Toyota mostra interesse em protótipos movidos a hidrogênio

O Presidente do Automobile Club de l’Ouest (ACO), Pierre Fillon e o Presidente da Comissão da Endurance da FIA, Richard Mille, confirmaram que os futuros regulamentos para carros movidos a hidrogênio nas agora abrangerão a tecnologia de combustão de hidrogênio, além de manter a opção de célula de combustível de hidrogênio. 

Inicialmente, o ACO tem estado na vanguarda de um esforço para introduzir o hidrogênio como fonte de combustível no esporte desde 2018. Desde então, houve passos progressivos no desenvolvimento junto com seus parceiros de tecnologia em projetos de demonstração, enquanto continua o diálogo com os fabricantes interessados.

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Além disso, nenhum detalhe foi dado pelo ACO sobre o interesse dos fabricantes, mas relatos recentes da mídia na França parecem confirmar que o interesse reexistente da Hyundai em lançar um carro movido a célula de combustível nos próximos anos ainda está vivo.

Enquanto isso, fontes próximas à Toyota ouvidas pelo Daily Sportscar afirmam que o desenvolvimento de protótipos utilizando combustão de hidrogênio, marca os estágios iniciais do desenvolvimento dessa rota em direção a máquinas de corrida e de estrada. 

ACO expande a ideia do hidrogênio

Porém, durante coletiva de imprensa das 24 Horas de Fuji, Pierre Fillon confirmou a expansão do escopo dos regulamentos de hidrogênio. Assim, foi recebido de forma muito positiva pelo recém-nomeado CEO da Toyota, Koji Sato que, em resposta a uma questão colocada sobre a oportunidade apresentada pelos regulamentos disse:

“O ACO tem sido positivo sobre o hidrogênio como energia desde o estágio inicial. Tem havido um esforço muito prático e realista e aprendemos muito com o ACO”.

“Em nossas comunicações anteriores, falamos sobre como nos envolvemos com os motores a hidrogênio e a atratividade dos motores a hidrogênio, embora tenhamos alguns desafios com os motores a hidrogênio”.

“O anúncio de hoje é uma grande motivação e é importante para nós da Toyota Motor Corporation. Estou muito otimista sobre esta oportunidade. Não posso fazer nenhuma declaração definitiva e específica, mas provavelmente em um futuro próximo, espero poder fazer um grande anúncio com um sorriso no rosto!” 

O futuro

Atualmente, a  ACO está “em estreita colaboração com a FIA, trabalhando para a criação de uma classe para protótipos movidos a hidrogênio nas 24 Horas de Le Mans nos próximos anos”.

Aliás, o MissionH24, uma joint venture entre o ACO e o GreenGT, conduz pesquisa e desenvolvimento em áreas como segurança, desempenho e reabastecimento.

O que dizem os responsáveis

“Desde 2018, o ecossistema do hidrogênio evoluiu enormemente. Estamos aprendendo fazendo. Estamos explorando possibilidades. E é exatamente esse o objetivo que estabelecemos há cinco anos quando lançamos o MissionH24. A célula de combustível foi escolhida inicialmente pelo seu potencial, que ainda é relevante. Hoje, o motor de combustão interna a hidrogênio também se apresenta como uma possibilidade para os fabricantes. Os regulamentos das 24 Horas de Le Mans sempre defenderam a liberdade e a variedade.

“Como tal, estamos anunciando oficialmente que ambas as tecnologias, célula de combustível e hidrogênio motor de combustão interna, serão aceitos e autorizados para os fabricantes que desejam participar das 24 Horas de Le Mans na categoria Hidrogênio. Gostaria de destacar o tremendo trabalho realizado pela MissionH24, ao lado do ACO e da FIA. Estamos todos cientes dos desafios que o futuro do automobilismo enfrenta e da necessidade de descarbonizar a mobilidade, e estamos enfrentando-os juntos”, disse Pierre Fillon, o presidente do Automobile Club de l’Ouest.

“O hidrogênio como fonte de energia ainda não foi totalmente explorado no esporte a motor. No entanto, devido ao fato de oferecer uma variedade de opções em termos de tipos de armazenamento e powertrains, é uma perspectiva muito interessante. A implementação de fontes de energia sustentáveis ​​nas competições de automobilismo é um dos principais objetivos da FIA. E parte do nosso roteiro de longo prazo. A chave é abordar as melhores soluções para diferentes disciplinas do automobilismo. Dada a natureza das corridas de resistência, o hidrogênio é uma das opções mais adequadas. Pelo que a FIA apoia totalmente o projeto MissionH24 da ACO. Por fim,  estamos trabalhando com eles, compartilhando nosso know-how e experiência, para introduzir uma nova fonte de energia nas corridas de resistência”, finalizou Richard Mille, Presidente da Comissão de Endurance da FIA.

 

Pipo Derani: “A grande mídia no Brasil sempre valorizou mais a Fórmula 1”

O brasileiro Pipo Derani está longe de ser uma promessa. Aos 30 anos, o paulista já tem o nome gravado em uma categoria até pouco tempo, desconhecida de um público, o endurance

Campeão das 24 Horas de Daytona, tetracampeão das 12 Horas de Sebring e vencedor de Petit Le Mans, Derani se prepara para disputar a edição do centenário das 24 Horas de Le Mans. Ele estará no Cadillac #311 da Action Express Racing ao lado de Alexander Sims e Jack Aitken. 

Além disso, Pipo está na vice-liderança no IMSA Weathertech SportsCar Championship com 1282 pontos ao lado do companheiro da Cadillac, Alexander Sims. A série é liderada pelos pilotos da Porsche Nick Tandy, e Mathieu Jaminet com 1307 pontos. 

Os detalhes com Pipo Derani

Contudo, em entrevista exclusiva para o jornalista Fernando Rhenius do portal Bongasat Endurance, Pipo fala dos desafios do endurance, BoP na IMSA e a popularidade nos Estados Unidos. Confira. 

A entrevista com Pipo Derani foi realizada antes da etapa de Laguna Seca da IMSA.

1 – Após a etapa de Long Beach, você e Alexandre Sims estão em segundo na classe GTP, com 954 pontos, contra 955 de Nick Tandy e Mathieu Jaminet. Como buscar a liderança do campeonato com um BoP muitas vezes desfavorável? Ele mais ajuda ou atrapalha?

“Seguimos em segundo na categoria, mas em Laguna Seca estivemos bem próximos da vitória e vimos o triunfo do outro carro da Cadillac. Ainda sim, em algumas pistas, o BoP pode favorecer um carro em específico, mas no geral acredito que a categoria tem feito um trabalho muito bom no sentido de equalizar a disputa”.

 2 – Em 2022, a Acura fez dobradinha em Laguna Seca, com você conquistando um terceiro lugar, para este ano, com a Porsche motivada após Long Beach, o desafio será maior pela quantidade de carros na classe? Ou a Cadillac, está em um melhor momento?

“Como disse acima, a Cadillac conseguiu vencer e nós também estivemos na briga pela vitória. A Porsche fez a pole com um de seus carros e terminou em segundo com o outro carro da equipe. Temos um carro totalmente novo este ano, então, isso tem mudado um pouco a dominância de algumas equipes em determinadas pistas, como acontecia no ano passado, deixando a disputa mais aberta”.

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 3 – Muitos enaltecem a IMSA pela competitividade, enquanto criticam o Mundial de Endurance pela falta dela, mesmo tendo boas disputas. No seu entendimento isso realmente existe? Ou o que o WEC faria para  passar uma impressão maior de emoção para o expectador?

“Vejo as duas categorias muito competitivas. Talvez o fato do IMSA ter mais classes em disputa em suas corridas faça a emoção ser maior para os fãs, com mais retardatários na pista e mais ultrapassagens neste sentido”.

A valorização do piloto nos EUA

4 – A IMSA retirou do WeatherTech a classe LMP3 para 2024. Agora você terá três classes para administrar os retardatários (LMP2, GTD-Pro e GTD). Qual é a maior dificuldade neste momento. Um carro lento ou um piloto amador (bronze) que também está lutando por posições?

“Um carro lento, normalmente, você consegue “negociar” a ultrapassagem mais rapidamente. Com pilotos menos experientes, os riscos podem ser maiores”.

 5 – Muitos pilotos hoje olham os EUA como um porto seguro quando buscam uma carreira internacional. Seja a Indy, GTs ou protótipos. Aquele sonho de competir na Europa ainda é viável ou o mercado norte-americano tem se mostrado mais fácil?

“Não acredito que exista um “porto seguro” no automobilismo sem muito trabalho e resultados. Em qualquer categoria do mundo vai existir uma cobrança neste sentido para que você consiga correr pelas melhores equipes/montadoras. Eu tive mais oportunidades concretas no mercado Norte-Americano depois de anos na Europa, mas tanto América como Europa e também Japão têm mercados interessantes para pilotos profissionais”.

Reconhecimento

6 – Você já venceu as 12 Horas de Sebring quatro vezes. Venceu as 24 Horas de Daytona, é conhecido como um piloto agressivo, que decide uma corrida. A imprensa brasileira acabou não dando o devido destaque a esse histórico vencedor. Nos EUA também é assim?  O público e a imprensa valorizam o piloto de outro país?

“A grande mídia no Brasil sempre valorizou mais a Fórmula 1, Fórmula Indy, até mesmo pelo histórico do país nessas categorias. Mas na mídia especializada o endurance tem ganhado destaque e sinto que esses jornalistas e os fãs das corridas de longa duração valorizam as conquistas que tive aqui, mesmo acompanhando aí de longe no Brasil”. 

” Também sempre me senti muito acolhido pelos fãs e a imprensa nos EUA, mesmo sendo de outro país. Assim,  o fato de eles estarem mais próximos nas corridas, poderem acompanhar no autódromo também acaba favorecendo esse convívio”. 

Pipo Derani e a sinergia com o endurance

Pipo Derani nas ruas de Long Beach. (Foto: Divulgação)

7 – A Action Express e a Chip Ganassi recebem o mesmo tratamento por parte da Cadillac? Existe uma troca de informações entre as equipes durante testes e o desenvolvimento ou mesmo tendo o mesmo protótipo é cada uma por si?

“Sim, temos o mesmo tipo de tratamento e uma equipe da Cadillac que trabalha com ambos os times, visando uma evolução dos carros da marca como um todo”. 

 8 – Você já testou um carro da Indy e já demonstrou interesse em competir nas 500 Milhas de Indianápolis. Existem conversas neste sentido, ou o foco agora é o endurance?

“No momento, o foco é o endurance. Desse modo,  estou muito feliz por ter me tornado piloto oficial de fábrica de uma grande montadora e estar no grid das 24 Horas de Le Mans mais uma vez e nesta prova que será histórica, marcando os 100 anos da corrida. Aliás, também quero lutar até o final pelo meu bicampeonato no IMSA este ano”.

09 – O que você diria para aquele piloto que almeja competir com protótipos. É apenas um robusto patrocínio ou a preparação é diferente do que em uma categoria de fórmula?

“Se o sonho é correr de endurance, diria para ele trilhar seu caminho neste sentido. Vislumbrando as melhores categorias para cada estágio da sua carreira, para ganhar experiência e tornar seu nome uma referência. Mas cada um tem sua trajetória. Além disso, eu segui meu sonho nos fórmulas por muitos anos e, quando tive a chance de correr uma corrida de ELMS, agarrei aquela oportunidade e comecei a mostrar o meu potencial neste tipo de carro. Atualmente, essa “mudança de chave” me levou às conquistas que felizmente tive até aqui”. 

 

 

 

Audi lança último livro da série Audi Tradition

Atualmente ausente das 24 Horas de Le Mans, a Audi segue sendo a montadora com a maior sequência de vitórias na prova francesa. O fabricante teve 13 triunfos entre 1999 e 2016. 

Com a edição do centenário ocorrendo neste ano,a Audi Tradition se juntará às festividades: em Ingolstadt, Le Mans e Goodwood. Assim, on “Audi in Le Mans” foi lançado recentemente para todos os fãs de automobilismo; o último livro da edição Audi Tradition apresenta pela primeira vez a história de sucesso dos quatro anéis no clássico de resistência em Sarthe.

O Audi Museum Mobile apresenta toda uma gama de carros de corrida de Le Mans para o Dia Internacional dos Museus no domingo, 21 de maio. Entre eles estão vários carros vencedores, como o R10 TDI de 2006, o primeiro carro de corrida movido a diesel a conquistar uma vitória em Le Mans.

No dia, o Centro do Cliente do Audi Forum Ingolstadt, realizará palestras com convidados do mundo do automobilismo, incluindo Rinaldo “Dindo” Capello. Além disso, haverá um tour de destaque no museu sobre a história do automobilismo da Audi.

Audi como eventos em Le Mans e Goodwood

Além disso, haverá uma exposição especial no “Musée des 24 Heures du Mans” com cerca de 80 carros vencedores de todas as décadas,  estarão expostos. A marca enviará três carros vencedores para a pista durante o Legends ‘Parade na sexta-feira, 9 de junho, e antes do início da corrida no sábado, 10 de junho: o R8 de 2000, o R10 TDI de 2007 e o R18 e-tron quattro de 2012 – dirigido por Dindo Capello, Tom Kristensen e Benoît Tréluyer.

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O tema “Le Mans” também será demonstrado pela Audi Tradition no “Goodwood Festival of Speed” de 2023 na Inglaterra. Assim, de 13 a 16 de julho, Capello, Kristensen e Tréluyer estarão no grid com os carros vencedores de 2000, 2007 e 2012. E Vesa e Juha Mikkola, filhos da lenda do rali Hannu Mikkola,  marcarão presença em Goodwood. Com o Rallye quattro (Grupo 4) de 1980 e o 200 quattro “Safari” de 1987. Ambos carros da histórica coleção AUDI AG com a qual seu pai competiu em corridas lendárias.

Uma equipe da Audi Sport também trará dois carros de corrida excepcionais dos últimos tempos para a largada em Goodwood. O S1 ​​e-tron quattro Hoonitron e o protótipo RS Q e-tron Dakar Rally.

 

Pescarolo detalha retorno as 24 Horas de Le Mans com a Peugeot

Um dos nomes mais icônicos do endurance está voltando a ativa. A Pescarolo Sport anunciou recentemente o retorno as 24 Horas de Le Mans em 2024. A escolha do carro é com o Peugeot 9X8

Inicialmente, o retorno não inclui Henri Pescarolo. Assim, o projeto está nas mãos de Jocelyn Pedrono, chefe da Pescarolo Sport. Ele detalhou o programa em entrevista ao site Ouest-france.

“A Peugeot validou o programa e expressou seu orgulho em trabalhar conosco “, disse Jocelyn Pedrono. Este anúncio abriu as coisas com potenciais parceiros financeiros. Estamos indo em frente. Contudo, os marcos foram ultrapassados, agora ainda há muitas coisas a fazer. Planejamos lançar no final de 2023 e começar no início de 2024. Se eu tiver um atraso na assinatura dos meus parceiros financeiros, adiaremos o programa. A ideia é chegar em boas condições, não é uma tacada só”, explicou

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A última participação da Pescarolo em Le Mans foi em 2010. Além disso, a equipe competiu em 2009 com um Peugeot 908 HDi FAP. Seu melhor resultado foram dois segundos lugares em 2005 e 2006. 

Na época, a Pescarolo Sport e a Peugeot já estavam intimamente ligadas. Assim, o fabricante forneceu motores a Pescarolo e seu protótipo Courage entre 2000 e 2003. 

“A escolha foi feita de forma extremamente natural. Um retorno de Pescarolo com a Peugeot, para mim, faz sentido. […] Existe um apoio real da Peugeot, que não se limita a vender-nos um carro. Estamos apoiados na operação e na logística”, explica Jocelyn Pedrono. 

“Podemos ver que a Peugeot está indo na direção certa. Contudo, a equipe já havia identificado problemas relacionados aos atuadores da caixa de câmbio, fizeram as correções, a confiabilidade está lá, agora estão procurando desempenho. Fazem-no como a Peugeot sabe fazer em Rally, Rally-Raid ou Endurance”. 

O time formado para o retorno da Pescarolo

Além disso, para dar vida ao retorno, nomes de peso estão no projeto. Bruce Jouanny, ex-piloto da Pescarolo Sport e com três participações nas 24 Horas de Le Mans. Ele será o responsável pelo desenvolvimento esportivo da equipe.

 “Ele conhece muito bem o grupo Peugeot, tendo feito a cobertura de vários eventos em termos de assessoria de imprensa”, destaca Pedrono. Contudo, a rápida relação com Jean-Marc Finot foi feita graças a ele. Bruce garante a implementação do programa esportivo. 

“Estamos trabalhando para compor um trio de pilotos franceses. Por fim, gostaríamos de ter dois pilotos executivos e um piloto novato em enduro”, enfatiza. 

 

Valentino Rossi competirá no Road to Le Mans 2023

O nove vezes Campeão do Mundo do MotoGP, Valentino Rossi competirá na edição 2023 do Road to Le Mans, válida pelo campeonato da Michelin Le Mans Series. Ele estará a bordo do BMW M4 GT3 preparado pelo Team WRT, equipa belga que inscreveu dois carros para a 8ª edição da prova. Assim, as provas acontecerão no dia 09 de junho.

Além disso, o tetracampeão mundial de carros de turismo Yvan Muller também estará no grid, competindo como piloto/proprietário do M Racing com o Ligier #69. 

As equipes regulares da Michelin Le Mans Cup estarão com os 42 carros a juntarem-se a 16 entradas adicionais para as duas corridas no circuito completo de 13,6 km de La Sarthe, que farão parte do calendário de corridas de apoio para esta celebração da edição do centenário. 

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A classe LMP3 é encabeçada pelos líderes do campeonato após a primeira rodada em Barcelona, ​​​​o #16 Team Virage de Julien Gerbi e Gillian Henrion. A classe LMP3 contará com 38 carros, 32 Ligier JS P320s e 6 Duqueine M30-D8s, com 76 pilotos e 21 equipes representando 22 nações diferentes.

Nesse sentido, a classe LMP3 apresentará o vencedor das 24 Horas de Le Mans de 2003, Guy Smith, que corre ao lado de Jim McGuire em La Sarthe, 20 anos depois de ter vencido a corrida mais famosa do mundo com a Bentley.

Lista de inscritos

Desde o primeiro evento Road to Le Mans em 2016, foram 13 corridas, com seis equipes LMP3 vencedoras – United Autosports, DKR Engineering, Graff Racing, Cool Racing, Nielsen Racing e Racing Spirit of Leman – e dois pilotos vencedores – Tony Wells e Colin Noble – no grid para o evento de 2023.

A classe GT3 no Road to Le Mans

Além disso, a classe GT3 contará com 12 equipes regulares do  MLMC e oito carros adicionais. O grid contará com uma seleção de dar água na boca das melhores máquinas GT3. Disponíveis para as equipes, com o Aston Martin Vantage, o Porsche 911, Lamborghini Huracan, Audi R8, Ferrari 296, Honda NSX, BMW M4 e Mercedes AMG.

O atual líder do Campeonato Michelin Le Mans Cup GT3 após a primeira rodada na Espanha é o #10 Racing Spirit de Leman da dupla francesa Arnold Robin e Valentin Hasse-Clot. Outro nome conhecido pode ser encontrado no grid do GT3, é Jan Magnussen. Pai do piloto de Fórmula 1 Kevin Magnussen, competindo no Honda NSX #88 da GMB Motorsport ao lado do dinamarquês Lars Pedersen nesta temporada.

Por fim, várias equipes e pilotos vencedores das 13 corridas anteriores de Road to Le Mans estarão no grid. Incluindo AF Corse, Iron Lynx, GMB Motorsport, Hiroshi Hamaguchi e Kristian Poulsen.

“Este ano, Road to Le Mans terá um grid recorde. Essas duas corridas oferecerão aos espectadores grandes batalhas na pista. Também estou muito feliz em receber um campeão como Valentino Rossi, que fará sua estreia no lendário circuito das 24 Horas de Le Mans. Desejo a ele o mesmo sucesso que teve nas duas rodas!”, disse Pierre Fillon, Presidente do Automobile Club de l’Ouest (ACO).

Porsche e Toyota divergem sobre regra do BoP antes das 24 Horas de Le Mans

Após viver extremos durante as 6H de Spa, a Porsche espera ansiosa por um novo BoP que lhe proporcionará chances de vencer a Toyota na edição 2023 das 24 Horas de Le Mans.

Inicialmente, as novas regras do BoP permitem que protótipos LMH e LMDh recebam ajustes a cada duas corridas. Porém, um ajuste teria que ser feito antes da etapa Belga, o que  não ocorreu.

No entanto, no início do evento foi confirmado que tal atualização não seria feita, apesar de fontes indicarem que um aumento de peso para o LMH havia sido proposto. Durante a prova, o vice-presidente de automobilismo da Porsche, Thomas Laudenbach, disse à imprensa que espera ajustes antes de Le Mans. 

Artigo da FIA sobre o BoP

“Não acho que a questão seja se haverá uma mudança”, disse Laudenbach. A grande questão é qual será a mudança. Eles afirmaram isso e tenho certeza de que o farão.

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Nesse sentido, o BoP da classe Hypercar baseia-se em simuladores, em vez de usar tempos de volta da qualificação e corridas. A medida buscar evitar o sandbagging.

“Estava à espera [de uma mudança de plataforma BoP] depois de Portimão,” disse Laudenbach. “Mas me disseram que faremos isso depois de Le Mans. Francamente falando, sim, esperávamos [uma mudança para Spa]. Mas isso definitivamente cabe à FIA e ao ACO decidirem. Esperamos claramente um ajuste antes de Le Mans.”

Ele acrescentou: “Acho que o que pode ser afirmado claramente é, de fato, e não julgar ou dizer o porquê … se você olhar para os carros LMDh, eles estão muito próximos. Temos duas marcas aqui, mas podemos olhar para a série nos EUA, onde temos quatro equipes”.

“Eles são 100% comparáveis ​​e todos parecem ser bastante próximos. Algumas vantagens aqui, algumas vantagens ali, se você acertar a configuração. Mas digamos, em uma faixa bastante estreita.

“O mesmo [no WEC], acho que estamos muito próximos do Cadillac. Mas se você olhar para toda a gama do restante da classe Hypercar, obviamente há uma gama muito maior. Assim, pelo menos, isso torna muito difícil o trabalho de oferecer uma chance justa a todos”.

Toyota ao contrário da Porsche, busca a manutenção do BoP para as 24 Horas de Le Mans

Nesse sentido, a Toyota, por sua vez, não espera entre Spa e Le Mans.

“Este regulamento foi publicado e acordado”, afirma o diretor técnico da Toyota, Pascal Vasselon. “Está publicado, temos atas. Temos documentos. Existem documentos que dizem qual é a regra”.

“Houve um acordo com um cronograma preciso. Não houve nenhum comunicado de imprensa que tenha explicado a todos. Não há espaço para um ajuste.” Questionado sobre se a Toyota farial algo, caso existise um BoP antes das 24 Horas de Le Mans, o dirigente é enfático: “Não deveria ser uma luta para que a regra fosse aplicada”.

No início da temporada, a FIA publicou um artigo afirmando que haverá “apenas um ajuste de BoP ao longo da temporada” feito após Le Mans, que se refere a uma possível atualização para carros individuais e não para todos os carros em uma plataforma.

Por fim, ele também disse que o campeonato poderia “possivelmente” ajustar LMH e LMDh um em relação ao outro antes da corrida de 24 horas.

 

David Salters da Acura sobre Le Mans: “Todos nós adoraríamos ir, quem não gostaria?

O bom desempenho da Acura na temporada 2023 da IMSA, nos faz pensar, e Le Mans? Após a dobradinha nas 24 Horas de Daytona, a marca premium da Honda almeja competir na principal corrida de endurance do mundo com o ARX-06 ou futuros protótipos. 

O protótipo foi desenvolvido de acordo com os regulamentos da classe LMDh. Nos EUA, Porsche e Cadillac já foram superados pelo carro japonês. Mas a situação é incerta pelo fato de a Acura ser uma marca exclusivamente americana e, embora a Honda Performance Development, com sede nos EUA, tenha fortes laços com sua controladora japonesa, apenas a Honda Motor Co pode assinar qualquer atividade internacional na F1, MotoGP ou Le Mans.

Nesse sentido, quando questionado se estava frustrado por não levar o ARX-06 para Le Mans este ano, o presidente da HPD, David Salters, respondeu: “Sim e não. Acho que estamos prontos. É [Le Mans] um animal diferente, então precisamos aprender isso. Você nunca sabe onde você vai estar”, disse em entrevista ao site autosport.com.

“Claro, todos nós adoraríamos ir, quem não gostaria? Mas estamos aqui para cuidar dos EUA, então vamos fazer um trabalho razoável primeiro. É o que paga as contas! Temos que nos familiarizar com esses carros. 

“Falamos com nossos colegas da Honda Motor no Japão, eles estão bastante interessados ​​– eles adoram o que estamos fazendo – mas como é global, está fora de nosso alcance. Então, é o que funciona para a Honda Motor, tem que ser coerente, mas está em discussão. É uma coisa grande, cabe a eles resolver.”

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Salters diz que a forte exibição do carro em Daytona e Sebring – que representa mais da metade do tempo de corrida da temporada IMSA – lhe dá confiança de que o ARX-06 seria adequado para os árduos desafios de Le Mans.

“Este carro pode fazer 24 horas, que é o ponto número um para corridas de resistência”, disse ele. “E não é lento – fizemos um bom carro, porque colocamos muito esforço nele.

“Uma das coisas de que mais me orgulho daquele carro é que ele navegou 24 horas na primeira tentativa. Novo powertrain, chassi, eletrônica e sistema híbrido. Como engenheiro, é isso que me dá mais satisfação. Não foi o caso de dar uma volta por aí, e olha a primeira hora de Sebring, foi como uma corrida de velocidade!

“Você quer ir e se sair bem, construímos conhecimento com este carro, mas quem sabe? Ainda não chegamos tão longe. Precisamos fazer isso no momento certo, quando estivermos prontos para fazer um bom trabalho para Honda ou Acura. Parte de mim quer ir, mas o engenheiro em mim vê que ainda temos muito o que fazer aqui. Se formos, faremos isso corretamente”, enfatizou. 

Acura e os adversários

Nesse ínterim, quando perguntado se ele invejava a Porsche Penske Motorsport, que controla dois carros no WEC junto com dois carros no IMSA, Salters respondeu: “No momento, eu não os invejo. Tiramos o chapéu para eles, eles estão fazendo um bom trabalho porque apenas colocar os carros no grid não foi fácil com os problemas da cadeia de suprimentos [que todas as equipes sofreram com os componentes comuns do LMDh].

“Qualquer carro novo é duro e estes são como um carro LMP1 por baixo. Simplesmente não custa mais US$ 100 milhões. E eles estão tentando fazer uma frota deles, o que é bem difícil.”

 

Entenda o significado de cada cor da pintura do Porsche 963 para as 24 Horas de Le Mans

A Porsche divulgou nesta sexta-feira, 28, o esquema de cores dos dois 963 que disputarão a edição 2023 das 24 Horas de Le Mans. Para essa edição, a fabricante terá pinturas que remetem a modelos históricos.

Inicialmente, as cores estarão em três 963. Assim, quinze faixas em sete cores diferentes, que fluem da frente e se estendem na parte traseira do LMP, representam o elemento central do design. Assim, para diferenciar entre os três carros de corrida, as aletas em cada capô do motor têm cores diferentes: preto para o #5, branco para #6 e vermelho para o terceiro #75 piloto de Le Mans.

“Este ano, estamos comemorando os 75 anos dos carros esportivos da marca. O automobilismo, e as corridas de resistência em particular, é um elemento central do nosso DNA Porsche. Portanto, o 100º aniversário das 24 Horas de Le Mans também tem um significado especial para a marca Porsche”, diz Detlev von Platen, membro do Conselho Executivo de Vendas e Marketing. “O esquema de cores dos três carros de corrida conecta os dois aniversários. Cada cor do 963 tem sua própria história em Le Mans. E estamos muito orgulhosos de cada um deles”.

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“Em Le Mans, nossos três Porsche 963 serão realmente atraentes no 75º aniversário de nossa marca e no 100º aniversário das 24 horas de corrida. Não tenho dúvidas de que este design conquistará imediatamente os corações dos fãs”, diz um encantado Thomas Laudenbach. “Adotamos os designs de veículos da rica e ilustre história da marca em Le Mans”, acrescenta o vice-presidente da Porsche Motorsport. “O 917 como um “porco” rosa e o “carro hippie” de 1970 – essas pinturas fizeram história nas corridas e ainda são populares hoje. Com o nosso design especial nos três Porsche 963, continuamos esta grande tradição em Le Mans.”

As cores da Porsche

No exterior, os designers usaram a cor laranja. Esta é uma homenagem ao lendário design da Gulf do 917 da década de 1970. A faixa rosa remete o “porco” – o célebre 917 de 1971. Essa pintura foi revisitada em 2018 no Porsche 911 RSR, que venceu a classe GTE-Pro em Le Mans.

Além disso, o destaque é o verde e azul claro do 917 de 1970, carinhosamente conhecido como o “Hippie”, bem como o icônico design Martini que foi pintado no 936, entre outros, em sua vitória definitiva em Le Mans em 1977.

Contudo, o azul escuro é uma homenagem à pintura dos Rothmans no 956 de 1982 e 1983, próximo a ele, um vermelho vívido comemorando o Salzburg-917 – o primeiro vencedor geral de Stuttgart do ano de 1970. Uma faixa amarela no meio completa o desenho. Em combinação com o vermelho,

“O Porsche 963 tem uma distância entre eixos muito longa – então tivemos que brincar um pouco com as proporções”, explica Stephane Lenglin. O Designer Exterieur Style Porsche acrescenta: “As linhas de cores que se espalham para a traseira conferem uma bela dinâmica e proporções harmoniosas. Trabalhar neste projeto foi muito divertido. Brincamos com muitas combinações de cores diferentes e, finalmente, estabelecemos sete esquemas de cores que permitem uma visão imediatamente reconhecível da longa e ilustre história da marca e das pinturas especiais de Le Mans. Tenho certeza que os carros serão bem recebidos pelos torcedores.”

Por fim, o #5 terá os pilotos Dane Cameron (EUA), Frédéric Makowiecki (França) e Michael Christensen (Dinamarca). Compartilhando funções de condução #6 será André Lotterer da Alemanha, Kévin Estre da França e Laurens Vanthoor da Bélgica.

Felipe Nasr (Brasil), Nick Tandy (Reino Unido) e Mathieu Jaminet (França) dividem o #75.

Os carros históricos que estão retratados no 963

Gulf Porsche 917 KH. (Foto: Porsche)

 

“Pink Pig” Porsche 917/20

 

“Hippie” Porsche 917 LH

 

Martini Porsche 936/77

 

Le Mans 1983: Rothmans Porsche 956

 

Salzburg Porsche 917 KH

 

DHL Porsche RS Spyder

 

 

 

 

 

 

Porsche entrega 963 para equipes de clientes

No próximo final de semana, no circuito de Spa-Francorchamps, ocorrerá a terceira etapa do Mundial de Endurance. A prova é tradicionalmente preparação para as 24 Horas de Le Mans, que acontecerá nos dias 10 e 11 de junho.

Nesse sentido, a Porsche Penske Motorsport realizou vários dias de testes na pista de 7.004 quilômetros no final de março. Consequentemente, a equipa de fábrica sente-se bem posicionada para enfrentar a corrida de seis horas com o modelo 963. Além disso, o terceiro lugar na segunda jornada da temporada em Portimão dá motivação extra à equipe.

“A nossa vitória na corrida da IMSA em Long Beach e o pódio na corrida FIA WEC em Portimão deram um impulso extra a toda a equipa. Nosso objetivo é aproveitar ao máximo isso em Spa-Francorchamps e continuar nossa forte forma”, explica Thomas Laudenbach, vice-presidente da Porsche Motorsport. 

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“A corrida na Bélgica serve como ensaio final para o grande destaque em Le Mans. Isso torna ainda mais importante melhorar ainda mais o desempenho do carro e os processos dentro da equipe. Também estou ansioso para ver um Porsche 963 nas mãos de um cliente em Spa-Francorchamps pela primeira vez. Tenho certeza de que a curva de aprendizado do Hertz Team JOTA será íngreme e não demorará muito para atingir o nível superior.”

“O terceiro lugar em Portimão foi uma recompensa maravilhosa para a equipa e sublinhou que o trabalho árduo compensa. Agora queremos dar o próximo passo em Spa-Francorchamps”, diz Urs Kuratle, expondo suas expectativas. O diretor do programa LMDh acrescenta: “Prevemos uma competição emocionante nas Ardenas. O desempenho do veículo em Spa não é o único fator decisivo – igualmente críticos são as mudanças nas condições climáticas, o desempenho de direção, a estratégia e o trabalho em equipe. É fantástico que a frota LMDh “Made in Flacht” inclua três carros. Estou muito curioso sobre a estreia de nossa equipe de clientes JOTA”, explicou.

A primeira equipe com o Porsche 963

Nesse ínterim, em meados de abril, a Porsche entregou o primeiro  963 para o Hertz Team JOTA. A equipe britânica de co-propriedade de David Clark e Sam Hignett é o atual campeão mundial de resistência da FIA na categoria LMP2. Assim, nos últimos nove anos, a equipe terminou no pódio nas 24 Horas de Le Mans dez vezes.

Nesta temporada, estarão na classe Hypercar e apresenta um protótipo híbrido de mais de 500 kW (680 cv) pela primeira vez em Spa-Francorchamps. Como suporte, a Porsche Motorsport fornece à sua equipe de clientes LMDh consultores em todas as corridas do WEC.

Além disso, os pilotos serão Félix da Costa, de Portugal, Will Stevens, do Reino Unido, e Yifei Ye. O piloto chinês é o piloto selecionado da Porsche Motorsport Asia Pacific.

“Nossa primeira corrida como participante da classe Hypercar é um momento realmente especial para todos os que estão conectados com JOTA, Hertz, Singer e Brady”, afirma Sam Hignett, co-proprietário do JOTA. “Juntamente com a Porsche, trabalhamos arduamente para deixar o carro pronto para sua estreia e com uma ótima aparência. Com nossa pintura única e forte formação de pilotos, mal podemos esperar para começar.”

 

Jack Aitken reforça a Cadillac no Mundial de Endurance

O piloto Jack Aitken, competirá pela equipe Cadillac, na etapa de Spa do Mundial de Endurance. O anúncio aconteceu na sexta-feira, 21.

O piloto britânico-sul-coreano, venceu as 12 Horas de Sebring com a equipe Action Express, em março. Assim, ele se juntará a Sebastien Bourdais e Renger van der Zande no terceiro lugar Cadillac V-Series.R.

Nesse sentido,  a equipe #3, que compete na classe GTP da  IMSA em tempo integral, junta-se a classe Hypercar do WEC, na Bélgica, O protótipo que não pontua no Mundial, testará em Spa antes das 24 Horas de Le Mans, ao lado do Cadillac #2. 

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“A Chip Ganassi Racing está entusiasmada por ter Jack se juntando a Sebastien e Renger para dividir as funções de piloto no Cadillac V-Series.R nº 3 na corrida Spa WEC na próxima semana”, disse Mike O’Gara, diretor de operações da Chip Ganassi Racing que administra a equipe da Cadillac Racing.

“Este é apenas mais um exemplo do conceito ‘One Team’ que caracteriza a Cadillac Racing. Valorizamos o feedback de Jack no carro e esperamos que isso fortaleça a preparação para o ataque da Cadillac Racing às 24 Horas de Le Mans em junho.”

Jack Aitken e seu histórico no endurance

Além desta passagem por Spa, Aitken está confirmado para Le Mans, onde correrá ao lado de Pipo Derani e Alexander Sims no carro da Action Express.

Em Le Mans, a Cadillac terá três carros da classe Hypercar. Com a Action Express viajando para La Sarthe para se juntar aos dois carros da Cadillac Racing. A AXR havia solicitado a entrada na etapa do WEC em Spa. Porém, o seu pedido foi negado pelos organizadores do campeonato devido à falta de vagas de garagem disponíveis no circuito. 

“Dirigir em um circuito tão incrível com o Cadillac V.Series R será uma adição inestimável à nossa preparação para Le Mans”, acrescentou Aiken. “Será um prazer integrar a Chip Ganassi e trabalhar juntos para levar adiante o programa Cadillac, pois temos muito respeito entre nós. A parceria com Seb e Renger será ótima para mim pessoalmente, pois estarei aprendendo com dois grandes caras”, disse Aitken.