Valentino Rossi nas 24 Horas de Daytona

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Valentino Rossi encerrou em 2021, sua participação na Moto GP. O piloto que está com 42 anos já pilotou diversos carros, de monopostos de Fórmula 1 a GTs. Com sua aposentadoria das motos, se especula que o italiano possa entrar no automobilismo, com uma Ferrari GT ou em seu futuro programa LMDh. 

De acordo com o site endurance-info e declarações do próprio Rossi, um dos desejos seria competir nas 24 Horas de Daytoona, que ocorre sempre no final de janeiro. “As 24 Horas  Spa e as 24 Horas de Le Mans estão na lista de corridas que pretendo disputar, sem falar nas 24 Horas de Nürburgring. No final, cinco ou seis corridas de endurance me interessam”, disse ao site Endurance-Info. 

O piloto já confirmou sua participação nas 12 Horas de Abu Dhabi, no dia 8 de janeiro. Ele estará com a Ferrari da equipe Kessel Racing ao lado de Luca Marini e Alessio Salucci. Mas não acaba por aí. 

Em um post no Twitter da IMSA, o piloto esboçou o interesse em Daytona. “O automobilismo sempre foi a minha segunda paixão na minha vida depois das motos,” admite Rossi. “Todos os anos procuro sempre fazer uma ou duas corridas de carro. Na próxima temporada estarei correndo GTs em um campeonato de enduro, mas no momento não decidimos qual. Há também um campeonato muito interessante nos Estados Unidos, o IMSA. Nesta série, há eventos de resistência, como as 24 Horas de Daytona, que acontecem no início do ano. Esta corrida hoje não será a minha última nos EUA. Certamente, será o máximo com uma motocicleta, mas espero voltar a correr lá de carro”, explicou. 

G-Drive anuncia programa no WEC e IMSA

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A equipe russa G-Drive Racing divulgou nesta segunda-feira, 29, seu programa esportivo para 2022. O alvo será o Mundial de Endurance e a IMSA. A equipe continuará sendo administrada pela Algarve Pro Racing. Um protótipo Aurus 01 para o WEC e dois para as 24 Horas de Daytona. Ainda não está confirmada a participação de uma temporada completa nos Estados Unidos. 

“Estamos muito satisfeitos por alargar e expandir o que já foi uma parceria de sucesso incrível com a G-Drive Racing”, disse Stewart Cox, chefe da equipe Algarve Pro Racing.

“Juntos, selamos três títulos em dois continentes desde o início da nossa associação em 2019, vencendo o Asian Le Mans Series por dois anos consecutivos e o troféu 2021 do European Le Mans Series Pro-Am”.

“Como resultado, é hora de subir ao Mundial de Endurance, e o objetivo deve ser almejar a  ‘Triple Crown’ em Daytona, Sebring e Le Mans. Vai ser um grande ano para o Algarve Pro Racing e já estamos a preparar-nos muito e estamos ansiosos por começar”, finalizou. 

Nenhum nome de piloto foi anunciado. 

Richard Mille estuda a possibilidade de pilotos homens no WEC

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A equipe Richard Mille que competiu no ELMS e no Mundial de Endurance, não descarta ter pilotos homens na temporada 2022 do WEC. Competindo este ano com um Oreca na classe LMP2 e as pilotos Sophia Floersch, Tatiana Calderon e Beitske Visser, a equipe quer mais 

A iniciativa da FIA de incentivar mulheres a competir no automobilismo já rendeu frutos. Além da Richard Mille a equipe Iron Lynx alinhou uma Ferrari formada por pilotos mulheres, a Iron Dames. 

Com o sucesso dessa primeira empreitada, a Richard Mille, que é administrada pela Signatech, busca um novo plano de pilotos, com uma formação mista. Philippe Sinault, gerente da Signatech, estuda a contratação de pilotos homens.   

“Pensamos em talvez uma evolução para nossa linha de pilotos”, disse Sinault em entrevista ao site Autosport no Bahrein no início deste mês. “Ainda não está feito, mas conversamos com [o dono da equipe] Richard sobre o espírito da equipe”. 

“O principal objetivo deste projeto, o objetivo do projeto, é provar que as meninas podem vencer Le Mans. Por isso, estamos abertos a vagas mistas entre pilotos masculinos e femininos. Hoje temos três meninas no time, talvez algumas mudanças aconteçam, ainda não sabemos ao certo. Mas pensamos muito sobre isso”. 

“Se amanhã a Ferrari ou a Audi quiserem testar uma garota, seria fantástico. Prefiro que seja com a Alpine com certeza. Nosso trabalho é treinar meninas para serem elegíveis para as equipes com protótipos LMDh no futuro e para ganhar a corrida”, enfatizou. 

Sem confirmar nomes, Calderon e Floersch, devem continuar na equipe, de acordo com a Autosport. Floersch chegou a testar com o Oreca da equipe WRT, durante o dia de testes para pilotos iniciantes, no Bahrein. Ela também competiu na etapa de Portugal do ELMS. 

A bicampeão da WSeries Jamie Chadwick, e sua rival pelo título Alice Powell tiveram a chance de dirigir o Oreca #1 da Richard Mille no teste de estreantes pós-temporada no Bahrein. A Richard Mille terminou em nono entre os 11 times da temporada completa do WEC, obtendo o melhor resultado um sexto lugar em Portimão e no Bahrein.

Felipe Fraga é vice-campeão mundial no WEC

Felipe Fraga nas 8h do Bahrein. (Foto: Andrew Lofthouse/RF1)

O Mundial de Endurance realizou neste final de semana a última etapa de 2021 no circuito do Bahrein e o piloto brasileiro Felipe Fraga fechou a temporada com o título de vice-campeão mundial logo em seu ano de estreia, na categoria GTE-Am.

Ao lado dos pilotos Dylan Pereira e Ben Keating, Fraga correu pela equipe britânica TF Sport e tinha chance de serem campeões mundiais, caso vencessem a prova e o rival direto não ficasse entre os quatro primeiros colocados. Mas um toque na largada e depois um abandono, tornaram o triunfo impossível.

“Infelizmente não deu pra levar o campeonato, foi um dia muito difícil. Meu companheiro de equipe acabou se envolvendo em dois acidentes, a gente também não tinha ritmo para ganhar a corrida mesmo assim, mas talvez fazer um pódio, não sei. Apesar destas circunstâncias, conseguimos ser vice campeão mundial, o que não dá pra ficar tão triste com um resultado desse. A gente sempre quer ganhar lógico, mas é isso aí, a gente teve altos e baixos na temporada”, diz Fraga, que acelera o Aston Martin Vantage AMR #33.

“Tivemos altos e baixos na temporada. Um segundo lugar em Le Mans e vice-campeão no campeonato mundial de Endurance. Primeira vez que eu faço uma temporada completa neste campeonato e estou muito feliz. Queria agradecer a Deus e a todo mundo que tá me acompanhando. Vamos continuar o trabalho, tem muita coisa pra acontecer na minha carreira, e muito obrigado a todo mundo que acompanhou”, completa Felipe, que é o mais jovem campeão da história da Stock Car, aos 21 anos.

O brasileiro volta a acelerar já neste próximo final de semana com a tradicional prova “Petit Le Mans”, que será realizada no circuito de Road Atlanta, válida pelo IMSA, nos Estados Unidos.

Toyota vence as 8 Horas do Bahrein

(Foto: Toyota)

A Toyota venceu neste sábado, 06, às 8 Horas do Bahrein, última etapa da temporada 2021 do Mundial de Endurance. O Toyota #8 dos pilotos  Brendon Hartley, Kazuki Nakajima e Sebastien Buemi chegou em primeiro, seguido pelo Toyota #7 de Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria Lopez garantiram o título de pilotos da classe Hypercar. 

Nakajima, em sua última corrida com o fabricante japonês, levou o #8  a uma vitória de 7.351 segundos sobre o #7. Isso deu à Toyota uma série de vitórias na temporada do WEC, em outra corrida dominante depois que o Alpine A480 Gibson, enfrentou problemas de câmbio logo no início da prova. 

Resultado final

Nico Lapierre assumiu a liderança, até que Conway assumir o controle na volta 8, no que rapidamente se transformou em diversas trocas de posições pela liderança entre os dois carros da Toyota. Outros pequenos contratempos viram Lapierre e os pilotos André Negrão e Matthieu Vaxiviere terminarem seis voltas atrás do líder.

A equipe WRT conquistou o título da classe LMP2 com sua terceira vitória consecutiva na classe com os pilotos Robin Frijns, Ferdinand Habsburg e Charles Milesi, sem qualquer problema. 

Team WRT vence na classe LMP2. (Foto: DecancqPhoto)

Frijns, levou o #3 à vitória com uma vantagem de a 1 minuto e 14,320 segundos sobre o #38 da equipe JOTA de Antonio Felix Da Costa, Roberto Gonzalez e Anthony Davidson. O #28  também da equipe JOTA de Tom Blomqvist saiu em segundo lugar após a última etapa de troca de pneus à frente de Da Costa, que contornou o carro irmão a três minutos do fim.

Davidson, em sua última corrida na competição profissional, superou uma entrada inesperada no pit lane e uma penalidade de drive-through subsequente por excesso de velocidade nos boxes.

Filipe Albuquerque com o Oreca #22 da United Autosports terminou a prova com um quarto lugar, à frente do #34 da Inter Europol Oreca. Na classe LMP2 Pro-Am o primeiro lugar ficou com o #29 do Team Nederland de Frits van Eerd, Giedo van der Garde e Job van Uitert. Van Eerd, por sua vez, conquistou o campeonato da subclasse como piloto único.

Ferrari vence na classe GTE-Pro

Ferrari vence após disputa com Porsche na classe GTE-Pro. (Foto: Ferrari)

Alessandro Pier Guidi e James Calado se tornaram campeões da classe GTE-Pro depois de um toque entre a Ferrari #51 e o Porsche #92 pilotado por Michael Christensen, faltando 15 minutos para o fim da prova.

Christensen rodou por conta do contato com a Ferrari, com o carro avariado, obrigando  a devolução da posição, regra não cumprida pelo piloto da Porsche. Pier Guidi cruzou a linha de chegada à frente de Christensen por 3.249 segundos. Não foi anunciada até agora nenhuma punição para a equipe AF Corse. O #52 AF Corse  completou o pódio da classe seguido pelo #91 da Porsche, que perdeu tempo devido a punição em um  pit stop e problema na roda traseira esquerda nas últimas três horas.

A classe GTE-Am viu a Ferrari #83 da AF Corse vencer com Nicklas Nielsen, Alessio Rovera e François Perrodo. Nielsen terminou 1 volta à frente do Porsche # 77 da equipe Dempsey-Proton Racing de Matt Campbell na corrida. O Porsche #56 do Team Project 1 completou o pódio da classe depois de superar uma penalidade de 1 minuto de stop-and-hold na quarta hora por “colocar um fiscal em perigo” durante o terceiro Full Course Yellow da corrida.

O resultado garantiu o título de pilotos para  Nielsen e Perrodo. Outros favoritos da classe ficaram pelo caminho, como o Aston Martin #33 da TF Sport com chances de título que bateu no Aston Martin #98. Os dois abandonaram a prova.  

BoP final do WEC dá vantagem para a Ferrari

(Foto: Ferrari)

A direção do Mundial de Endurance divulgou o BoP, com alterações para os carros da classe GTE. A Ferrari foi o carro que recebeu ajustes favoráveis. O modelo italiano teve um aumento de 12 a 13 cv em todas as faixas de RPM. 

A capacidade de combustível também foi aumentada em dois litros. A mudança “em cima da hora”, foi mais um lobby da Ferrari, do que uma decisão da FIA. A informação é do site sportscar365.com. 

Durante as 6 Horas do Bahrein na última semana, a AF Corse não conseguiu acompanhar o ritmo da Porsche na classe GTE-Pro. Na luta pelo campeonato de construtores da classe, a Porsche lidera com um ponto de vantagem. 

Entre os pilotos, James Calado e Alessandro Pier Guidi rumam para a decisão do título no sábado com uma vantagem de um ponto sobre Kevin Estre e Neel Jani da Porsche. Essa alteração do BoP não faz parte do sistema automático estipulado pela FIA/ACO.

Kazuki Nakajima encerra sua participação na Toyota

(Foto: Divulgação)

O piloto Kazuki Nakajima anunciou nesta quarta-feira, 03, o fim da sua parceria com a equipe Toyota no final da temporada 2021 do Mundial de Endurance. Nakajima é um membro fundador da equipe japonesa e referência em provas de endurance. 

Com 36 anos, Kazuki, é um dos pilotos de corrida mais condecorados do Japão. Ele venceu as 24 Horas de Le Mans três vezes e venceu o Campeonato Mundial de Endurance 2018-2019 ao lado de Sébastien Buemi e Fernando Alonso, ganhando um lugar no Hall da Fama da FIA.

A corrida de sábado no Bahrein, a última rodada da temporada de 2021, será a última de Kazuki com a Toyota e, apropriadamente, ele pode fechar a cortina em sua carreira no WEC ganhando outro título mundial. Ao lado dos companheiros de equipe #8, Sébastien Buemi e Brendon Hartley, ele está em segundo na classificação, a 15 pontos da liderança.

Ele iniciou no WEC em 2012, com o TS030. Obteve 16 vitórias no WEC em 58 corridas. Ele também marcou a primeira pole para os japoneses em 2014.Em 2016, Kazuki protagonizou um dos momentos mais emblemáticos da história recente da prova francesa. Faltando poucos metros para o término das 24 Horas de Le Mans no LMP1 apresentou uma falha técnica que simplesmente parou. Kazuki estivesse no cockpit para pegar a bandeira quadriculada e comemorar a vitória em 2018, 2019 e 2020 para um notável hat-trick de vitórias.

“Foi uma honra competir pela Toyota Gazoo Racing por nove temporadas e me sinto muito sortudo por ter vencido corridas, campeonatos e as 24 Horas de Le Mans ao lado de tantos colegas talentosos, apaixonados e dedicados. Quero expressar os meus maiores agradecimentos à Toyota Gazoo Racing por esta jornada de 10 anos no WEC. Tenho tantas memórias com esta equipe, que tem sido uma família para mim em tempos difíceis e também em tempos felizes, e sempre me sentirei um membro da equipe Toyota Gazoo Racing. Uma nova era está chegando para as corridas de resistência, com muitos fabricantes de Hypercars se juntando nos próximos anos, e será uma nova era para mim. Vou continuar a apoiar a equipe e estou ansioso para assistir ao início de um novo e emocionante tempo para as corridas de endurance”, explica, Kazuki Nakajima. 

 

Porsche realiza revisão em seus carros para a final do WEC

(Foto: Porsche)

Com a dobradinha na classe GTE-Pro na penúltima etapa do Mundial de Endurance, a Porsche está se preparando para buscar mais uma vitória , nas 8 Horas do Bahrein, que acontecerá no dia 6 de novembro. 

Após sete dias, os dois 911 RSR agora devem enfrentar o próximo desafio. Kévin Estre e Neel Jani conseguiram superar Gianmaria Bruni e Richard Lietz no último sábado. Neste sábado, 6 de novembro, a corrida final  a Porsche lutará pelos títulos dos campeonatos de fabricantes e pilotos. Para atingir esse objetivo, os dois carros foram totalmente desmontados e revisados.

No domingo de manhã, às 9h30, as portas da garagem do Porsche GT Team abrem. Dentro da oficina estão os dois 911 RSR, com traços inconfundíveis da corrida exaustiva do dia anterior. O corpo é coberto por listras pretas deixadas por pedaços de borracha. No lado esquerdo do carro #92, uma faixa vermelha sinaliza um encontro próximo com outro veículo. Às 10h, após uma rápida reunião da equipe, os pilotos da equipe de operações da Manthey começa o trabalho de restauração dos dois carros. “A desmontagem da carroceria, suspensão e todo o trem de força leva cerca de 40 minutos. Tudo o que resta no carro é o tanque de combustível, a eletrônica e todos os componentes do interior”,  descreve Tobias Hansonis, chefe de equipe da equipe Porsche GT. “Todas as peças são limpas e passam por uma inspeção visual.”

Se algum dano for descoberto durante o processo, os especialistas são chamados. Bem no fundo da garagem, Ulrich Pashaus espera em duas grandes mesas de trabalho. “Caso surjam defeitos, temos que decidir se devemos substituir completamente a peça ou repará-la”,  explica o especialista dos chamados componentes compostos. Bad Honnef, da Alemanha, acrescenta: “Temos material de carbono conosco. Eu misturo a resina e lamino novas camadas no componente danificado. O endurecimento da nova camada de carbono quase não leva tempo no clima do Bahrein. Se eu usar um secador de cabelo ou colocar os componentes no forno, a dureza desejada é alcançada em apenas duas horas”, explica.  Do seu local de trabalho, Pashaus certifica-se de que os dois Porsche 911 RSR estão de volta às suas condições originais.

A poucos metros está Kevin Panter. Ele é responsável pelos componentes de reposição. “Temos cerca de 5.000 peças de reposição diferentes conosco”, diz ele, enquanto olha para a vasta lista de unidades de montagem bem classificadas que podem ser encaixadas como kits completos. Toda a coleção foi transportada para o Bahrein em seis grandes contêineres. A maioria das peças sobressalentes vem em duplicidade; outros estão disponíveis em números maiores. “Vemos o maior desgaste na área das placas na frente do carro. Frequentemente, temos que substituí-los após apenas uma sessão de prática. Os saltos nas zebras ou mesmo os solavancos fortes deixam marcas distintas”, descreve Panter. Originalmente, as placas de deslizamento eram feitas de madeira, mas a versão atual é feita de um material de dois componentes. Ainda assim, o desgaste é inevitável.

O desmonte continua

Os carros são totalmente desmontados e revisados. (Foto: Divulgação)

Enquanto isso, nos boxes, os veículos foram desmontados: todas as partes da carroceria são removidas e arrumadas ordenadamente ao sol em frente aos boxes. Dois mecânicos se deitam sob o carro #91 e afrouxam os parafusos. Pouco depois, outros dois levantam o corpo em uma estrutura estável usando um sistema de tomada de ar. Todo o trem de força permanece em uma empilhadeira móvel e é puxado inteiro por baixo do carro. Um pouco depois, dois especialistas separam o motor da embreagem e da caixa de câmbio. Os conjuntos individuais são então meticulosamente verificados quanto a danos e desgaste. “Nossos componentes são projetados para durar 30 horas de funcionamento. Depois disso, geralmente realizamos um serviço. A caixa de câmbio passa por uma revisão após 60 horas”relata o especialista em caixas de câmbio Tobi Böller, que subiu ao pódio em nome da equipe na cerimônia dos vencedores no sábado passado. “Depois de uma corrida de seis horas, não deve haver nenhum defeito, mas ainda verificamos tudo cuidadosamente. Algo pode ter surgido aqui e ali que precisa ser consertado”.

É barulhento próximo ao departamento de transmissão. A batida constante soa como um navio a vapor em uma longa viagem: Juan Verpoorten tem sua bancada de teste para amortecedores funcionando. “Quando meu departamento recebe os amortecedores depois de uma corrida, eles geralmente são completamente pretos”, afirma. Os componentes da suspensão são cobertos com resíduos de borracha – ou a chamada “pickup”. “Eu os limpo os e os desmonto em suas partes individuais. Se não vejo nenhum dano, eu os remonto. Em seguida, os amortecedores são colocados na bancada de testes, que sempre temos conosco. Isso nos mostra se as características ainda são perfeitas. Caso contrário, é claro que trocamos o elemento. Trazemos três conjuntos de amortecedores para cada carro. E nós embalamos um conjunto adicional para os fins de semana consecutivos no Bahrein”. Os amortecedores do Porsche 911 RSR passam por um serviço completo após 30 horas de operação e, após 90 horas de trabalho, chegam ao fim de sua vida útil.

“Já sabemos antes das corridas propriamente ditas, quais peças estarão no final do tempo após o evento e precisarão ser substituídas. Estamos sempre preparados para isso”, explica o chefe dos mecânicos, Tobias Hansonis. Com base nessas listas de tempo de execução, os mecânicos trabalham por meio de um programa abrangente de manutenção do carro. Cinco especialistas são responsáveis ​​por cada carro, e outro mecânico está à disposição para outras tarefas. “Se tivermos uma corrida como no sábado passado, sem grandes incidentes ou manobras, a revisão dos veículos termina em pouco tempo. Obviamente, sempre ficamos satisfeitos quando isso acontece”, sorri Hansonis. O plano para o Bahrein: na terça-feira, os dois Porsche 911 RSR devem estar como novos na garagem do pit lane. O trabalho então começa na configuração antes dos carros voltarem para a pista na quinta-feira para a primeira sessão de treinos livres.

BMW tira engenheiros da FE e DTM para auxiliar no projeto LMDh

(Foto: BMW)

Visando o corte de custos, a BMW está realocando profissionais de seus programas da Fórmula E e DTM. A informação foi confirmada pelo diretor da BMW Motorsports, Mike Krack. 

A BMW estará competindo com um protótipo LMDh em parceria com a Dallara, na IMSA, a partir de 2023. Com o apoio oficial na DTM, que mudou seus carros para modelos GT3, agora equipes carros BMW, só serão administrados por equipes privadas. A participação do fabricante alemão na Fórmula E, terminou após o fim da temporada 2020/21

“Depois de parar com a  DTM e a Fórmula E, ainda há muitas pessoas boas disponíveis na BMW”, disse Krack ao site Sportscar365.

“Nós recrutamos dessas duas categorias. Também tivemos que demitir algumas pessoas e reduzimos o quadro de funcionários. Mas, principalmente, eles vêm da Fórmula E, e alguns têm um histórico de DTM”, enfatizou. 

“Os caras do GT estavam todos no programa M6 e continuaram com o desenvolvimento do M4, e não podemos tirá-los de lá. Eles têm que ficar lá porque também temos um novo GT4 chegando. Não está totalmente separado. A troca é importante, mas o que aprendemos é que a Fórmula E está nos dando boas orientações para a era híbrida do LMDh”. 

O ex-chefe do programa DTM, Maurizio Leschiutta, será o responsável pelo programa no Endurance.  A entrada de protótipos permitiu à BMW manter a maior parte de seu pessoal de corrida de fábrica.

O lançamento do protótipo da BMW está marcado para meados de 2022.

AF Corse com programa LMP2 para 2022

(Foto: Oreca)

Como parte do programa de desenvolvimento do projeto LMDh da Ferrari, a AF Corse planeja competir com protótipos LMP2 nas temporadas 2022 tanto do Mundial de Endurance, quanto do European Le Mans Series. 

De acordo com o site Endurance-Info, um dos pilotos confirmados é François Perrodo. A AF Corse é parceira técnica da Ferrari a partir de 2023, com um protótipo LMDh, possivelmente com um chassi Oreca. 

A AF Corse não é uma debutante na classe de protótipos. A última participação da equipe italiana na classe LMP2, foi na temporada 2019/20 do WEC com o Dallara P217 da Celitar Racing. 

Assim como a Ferrari, a Porsche já confirmou seu retorno ao endurance em parceria com a Penske. Também com um protótipo LMDh, a Penske testou na última semana um Oreca 07 no circuito de Indianápolis, como preparação da estréia em 2023. As informações são do site Sportscar365

Nenhuma das duas fabricantes revelou detalhes dos seus programas ou escalação de pilotos.