Inter Europol Competition vence corrida 2 em Dubai pelo Asian LMS

O Oreca #43 da Inter Europol Competition venceu na tarde deste domingo, 12, a segunda etapa da temporada 2023 do Asian Le Mans Series, no circuito de Dubai. Os pilotos Nolan Siegel, Christian Bogle e Charles Crews superaram o o Oreca #3 da equipe DKR Engineering. 

Depois de começar a corrida na pole position, uma rodada na primeira volta da corrida, fez o #43 da Inter Europol Competition cair para o final do grid. Assim, uma mudança na estratégia de pit stop levou a equipe polonesa a parar para abastecer após 30 minutos de corrida. Porém, batalhas duras e outro passeio incrível de Siegel, de 18 anos, incluindo uma incrível passagem no final da corrida no #3 DKR Engineering. Selaram o primeiro lugar da equipe.

Além disso, o Oreca #24 da Nielsen Racing de Rodrigo Sales, Ben Hanley e Mathias Beche, terminou em terceiro. Os líderes do campeonato, o #24 da Algarve Pro Racing, terminaram na quarta posição. 

Já na classe LMP3, uma corrida forte e consistente do  #5 DKR Engineering de Tom Van Rompuy e Valentino Catalano. Uma ultrapassagem de Xavier Lloveras nos minutos finais da corrida viu o #8 Graff Racing Racing  compartilhado com Fabrice Rossello e François Heriau passar para o segundo lugar. Os vencedores da corrida 1, o #29 MV2S Racing de Jerome De Sadeleer, Viacheslav Gutak e Fabien Lavergne, terminaram em terceiro.

Briga na classe GT3

As pole positions consecutivas e as vitórias na classe GT3,  foram para o BMW #34 Walkenhorst Motorsport de Chandler Hull, Nicky Catsburg e Thomas Merrill. Além disso, eles completaram um fim de semana dominante para a equipe em Dubai.

Raffaele Marciello, Fabian Schiller e Florian Scholze reforçaram seu segundo lugar na Corrida 1 no Mercedes #10 da GetSpeed .  Após uma ultrapassagem nos 10 minutos finais da corrida selando a posição à frente do #21 da AF Corse de Stefano Constantini , Simon Mann e Miguel Molina.

Além disso, a equipe  Viper Niza Racing, também sofreu um dia doloroso. Após uma punição por violações de limite de pista no início da corrida. Entretanto, também sofreu um acidente no final da corrida com o Aston Martin  #65 Aston Martin Vantage AMR GT3.

Por fim, a Asian Le Mans Series continua na próxima semana com as 4 Horas de Abu Dhabi (corrida 3 e 4) no Yas Marina Circuit  entre os dias 17 a 19 de fevereiro. 

Temporada 2023 do Asian Le Mans Series começa no próximo final de semana

A organização do Asian Le Mans Series, divulgou a lista de inscritos para a temporada de 2023. Serão 48 inscrições para as quatro etapas do certame. Nesse sentido, o crescimento mais significativo foi nas inscrições de protótipos, com o número de inscrições LMP igual ao número de inscrições GT. A lista apresenta 24 protótipos (nove  LMP2 e 15 LMP3) e 24 GT3.

Lista de inscritos

Diversidade no campo GT: Sete fabricantes 

A princípio, a assim como na temporada de 2022, haverá sete diferentes fabricantes de GT. Porém, a Lamborghini retorna com um Huracan GT3 EVO da equipe Leipert Motorsport.

  • 5 Aston Martin Vantage AMR GT3
  • 1 BMW M4 GT3
  • 4 Ferrari 488 GT3
  • 1 Lamborghini Huracán GT3 EVO
  • 3 McLaren 720S GT3
  • 5 Mercedes AMG GT3
  • 5  Porsche 911 GT3 R

Novas equipes no Asian Le Mans Series

Nesse sentido, a série continua a atrair novas equipes. Nesta temporada, oito equipes farão sua estreia na Asian Le Mans Series. Eles incluem Cool Racing, 99 Racing, WTM Racing, MV2S Racing, Leipert Motorsport, Orange Racing Powered by JMH, Pure Rxcing e Get Speed.

Assim, serão 33 equipes de 13 nacionalidades diferentes definidas para alinhar no grid.

O Calendário:

A Asian Le Mans Series de 2023 está preparada para proporcionar a emoção das corridas multiclasse durante a intensa temporada de duas semanas. A Série retornará aos Emirados Árabes Unidos e todas as quatro corridas serão realizadas entre os dias 11 e 19 de fevereiro. Por fim, haverá duas corridas, cada uma com quatro horas de duração, no Autódromo de Dubai e no Circuito Yas Marina, com uma mistura de corridas diurnas e noturnas.

  • Corrida 1 – sábado, 11 de fevereiro de 2023, Autódromo de Dubai
  • Corrida 2 – Domingo, 12 de fevereiro de 2023, Autódromo de Dubai
  • Corrida 3 – sábado, 18 de fevereiro de 2023, Circuito Yas Marina
  • Corrida 4 – Domingo, 19 de fevereiro de 2023, Circuito Yas Marina

“O Asian Le Mans Series está pronto para uma de suas temporadas mais incríveis. Nesse sentido, com um campo recorde de 48 carros em 2023, estamos em uma competição acirrada! A série é de vital importância para o ACO e a variedade de marcas inscritas nesta temporada prova o quanto ela é atraente. Assim, nos vemos no dia 11 de fevereiro, quando a bandeira será dada para o lançamento do campeonato,” explica Pierre Fillon, presidente do Automobile Club de l’Ouest:

 

Pelo Endurance Brasil, Blau Motorsport busca vitória no Sul

(Foto: Divulgação)

O Endurance Brasil desembarca em Santa Cruz do Sul. Na cidade gaúcha, o campeonato que reúne os carros mais rápidos do Brasil realiza a sexta etapa da temporada e os pilotos Marcelo Hahn e Allam Khodair encaram a disputa como uma oportunidade de se manter na briga pelo título. A dupla da Blau Motorsport conquistou o segundo lugar do pódio em Goiânia, na última etapa do campeonato, e agora mira a vitória. 

“Estou muito ansioso para voltar a acelerar a bordo da McLaren, afinal de contas já faz mais de um mês da última etapa, em Goiânia. Sei que as condições do traçado não favorecem nosso carro, mas nosso objetivo, sempre que entramos na pista, é a vitória”, diz Marcelo Hahn sobre suas expectativas para esta corrida.

“Santa Cruz é uma pista complicada para a McLaren, que é um carro que costuma ter uma maior velocidade de reta. Este ano não tem sido fácil para nossa dupla, mas vamos fazer nosso melhor em busca da vitória para nos mantermos vivos na briga pelo título”, completa Allam Khodair. A dupla soma 420 pontos e ocupa o quarto lugar no campeonato GT3.

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O Endurance no final de semana

A princípio, ss atividades de pista começam nesta quinta-feira com o primeiro treino livre às 13h30. Já na sexta, acontecem mais três treinos livres às 09h00, 11h00 e 14h00. Para finalizar o dia, às 16h00 será o treino classificatório.

Contudo, sábado é o dia da corrida e as luzes se apagarão às 11h30 para a velocidade reinar no Autódromo de Santa Cruz do Sul. Por fim, a disputa de quatro horas de duração será transmitida ao vivo pelo Bandsports e pelo canal oficial da categoria no YouTube. Acompanhe a cobertura do Endurance Brasil no Bongasat durante o final de semana.

Beto Monteiro vai a Goiânia em busca de seu 5º título brasileiro de Truck

(Foto: Vanderley Soares/RF1)

Um dos mais bem-sucedidos pilotos de caminhões do Brasil, Beto Monteiro disputa neste final de semana a decisão da temporada 2022 da Copa Truck, marcada para o Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia (GO). A princípio, o piloto do Volkswagen número 88 e apoiado pelo Grupo Universal Automotive Systems aparece na vice-liderança e busca se tornar o primeiro tricampeão da categoria dos caminhões, além de obter o seu quinto título nacional em competições de truck.

Na atual temporada, o pernambucano tem se apoiado na regularidade para seguir entre os ponteiros na classificação. Em oito rodadas duplas, Monteiro venceu duas vezes, o que o coloca na segunda posição do campeonato, apenas cinco pontos distante do líder da classificação, já considerando o descarte dos piores resultados. Apesar disso, o piloto encara a finalíssima como uma etapa comum.

Quase um Endurance

“Goiânia é uma pista que eu gosto muito, uma das minhas favoritas. Sempre tive bons resultados lá, e aposto nisso, mesmo em um campeonato tão acirrado. Mas vou encarar o final de semana como outro qualquer, visando ganhar corridas e só farei contas depois. Gosto de chegar na decisão da mesma forma de outras etapas, pois isso me fez chegar em condições de título”, disse Beto.

“A expectativa no geral é muito boa. A equipe trabalhou bastante no caminhão, e isso é positivo. Sei que a competitividade na Copa Truck é muito alta, mas estou bastante animado para este final de semana em Goiânia”, completou o piloto, que é patrocinado pelo Grupo Universal Automotive Systems.

A programação da Copa Truck em Goiânia será aberta nesta sexta-feira (4), com a realização de dois treinos livres. Alem disso, o sábado contará com mais um ensaio e a classificação que determinará as posições de largada. Por fim, a decisão do campeonato será disputada no domingo, e contará com transmissão da Band, do Sportv e do canal da categoria no YouTube.

Confira a programação da decisão da Copa Truck:

Sexta-feira, 4 de novembro
11h10 – treino livre 1
14h – treino livre 2

Sábado, 5 de novembro
10h15 – treino livre 3
15h – classificação (YouTube)

Domingo, 6 de novembro
7h45 – warm up
11h40 – corridas (Band, Sportv e YouTube)

Classificação do campeonato (top-5)
1º – Wellington Cirino – 234 pontos
2º – Beto Monteiro – 229
3º – Roberval Andrade – 224
4º – Felipe Giaffone – 223
5º – Paulo Salustiano – 199

 

 

Ford Prepara versão GT3 do Mustang

(Foto: Ford)

A Ford Performance divulgou nesta sexta-feira, 28, que está desenvolvendo uma versão do Mustang GT3, que competirá na classe GTD-Pro da IMSA a partir de 2024. O programa de fábrica em parceria com a Multimatic. Terá dois carros na principal classe GT da IMSA. 

O carro terá um motor Ford V8 de 5,0 litros baseado no Coyote desenvolvido pela Ford Performance e ajustado pelo parceiro de longa data M-Sport. O retorno da Ford marca a volta do fabricante em competições de endurance, desde 2019, quando competiu com modelos Ford GT no Mundial de Endurance e na IMSA. 

“O Mustang nasceu para correr desde o início e estamos entusiasmados em apresentar a versão GT3 para competir frente a frente com alguns dos maiores fabricantes do mundo”, disse Mark Rushbrook, diretor global da Ford Performance Motorsports.

“Com 58 anos de herança global em corridas de resistência, incluindo NASCAR e Supercars australianos hoje, estamos prontos para levar o Mustang ao próximo nível de desempenho global”. 

Além de operar o esforço GTD Pro de fábrica da Ford em IMSA, a Multimatic também será responsável pelo suporte ao cliente para o Mustang GT3 na classe GTD. “Não há dúvida de que a Multimatic Motorsports é a parceira perfeita neste projeto para nós”, disse Rushbrook.

“Eles não apenas trabalharam conosco para desenvolver vários programas de clientes Mustang no passado, mas seu trabalho no programa Ford GT e nos novos programas de corrida para clientes Bronco DR mostrou que juntos podemos fornecer programas de corrida de nível de campeonato para a Ford e seus clientes”. 

Larry Holt, da Multimatic, acrescentou: “Estamos entusiasmados por trabalhar neste novo programa IMSA, bem como no programa para clientes GT3 com a Ford Performance”. 

“Temos uma longa e excelente relação de trabalho uns com os outros, tanto nos níveis mais altos das corridas de carros esportivos profissionais quanto no desenvolvimento de programas e veículos competitivos para clientes”. 

“Agradecemos a confiança deles em nós e, juntos, mal podemos esperar para mostrar ao mundo o que está por vir com o Mustang”, finalizou. 

O Mustang GT3 terá suspensão dianteira e traseira de braço curto-longo sob medida, caixa de câmbio montada na traseira, painéis da carroceria de fibra de carbono, bem como um pacote aerodinâmico exclusivo desenvolvido para atender regras da classe GT3.

Piloto confirmado

Joey Hand, que fez parte do time vencedor da Ford nas 24 Horas de Le Mans de 2016 em GTE-Pro, foi nomeado como um dos pilotos de teste do fabricante para o programa. Os pilotos de corrida ainda não foram anunciados para o programa de fábrica.

Além do Mustang GT3, a Ford lançará a nova versão do Mustang GT4, no próximo ano. O atual Mustang GT4 construído pela Multimatic estreou em 2017 e recebeu atualizações nos anos seguintes.

“É importante para nós continuar a apoiar o esforço do Mustang GT4 também”, disse Rushbrook.

“Tivemos muito sucesso aqui e na Europa com o atual Mustang GT4, e esperamos poder oferecer aos nossos clientes um carro novinho para competição na categoria GT4 a partir da próxima temporada.Teremos mais a dizer sobre isso em um futuro próximo”, finalizou o dirigente. 

 

Ferrari e Oreca no desenvolvimento da 296 GTB GT3

(Foto: Ferrari)

A Ferrari anunciou nesta segunda-feira, 29, que está desenvolvendo em parceria com a Oreca, a versão GT3 do modelo 296 GTB.  O construtor francês começará os testes de pista no início do próximo ano. O lançamento oficial será em 2023. O carro desenvolvido em Maranello, será construído pela Oreca em Signes. Todo o suporte para as equipes de clientes como peças e revisões, ficará sob responsabilidade da Oreca. 

“O acordo com a ORECA é um importante ponto de partida para o novo projeto GT3”,  disse Antonello Coletta, gerente de competição da Ferrari. “Temos objetivos muito ambiciosos, pois este carro seguirá os passos do 488, que tem sido o modelo de maior sucesso na história da Ferrari. Além da habilidade e conhecimento de nossos engenheiros, podemos contar com uma primeira parceira como a ORECA, que alcançou grande sucesso no mundo do endurance, portanto, olhamos para o futuro com confiança”.

“É uma grande emoção e uma grande honra para a ORECA tornar-se parceira de um mito do desporto motorizado como a Ferrari”, declarou Hugues de Chaunac, Presidente do Grupo ORECA. “Agradeço calorosamente a Antonello Coletta, Diretor de Atividades Esportivas da Ferrari GT, e sua equipe pela confiança em nós. Pela primeira vez em sua história, a ORECA está unindo forças com a Ferrari no centro de tal programa e isso é uma grande fonte de orgulho”.

“É também uma responsabilidade importante perante a marca e os seus clientes, a Ferrari sempre se pautou pela excelência dos seus automóveis no automobilismo e devemos enquadrar-nos perfeitamente nesta linhagem. É um desafio estimulante que motiva e mobiliza todas as equipes técnicas da ORECA envolvidas neste programa. Estamos empenhados em colocar toda a nossa experiência, competência e “espírito de corrida” ao serviço desta nova geração de automóveis. Colaborar tão de perto com a Ferrari é, a nível pessoal, a concretização de um sonho e a concretização para a ORECA de um trabalho a longo prazo para se tornar uma empresa de referência mundial na construção de automóveis de corrida e apoio ao cliente associado. Tenho a convicção de que estamos, com a Ferrari, na gênese de uma parceria virtuosa e que vamos realizar projetos muito bons juntos”, finalizou o comunicado conjunto.

Stephane Ratel afirma que WEC poderá “matar” a classe GT3

(Foto: Divulgação)

O diretor da SRO, Stephane Ratel afirmou nesta segunda-feira, 24, que o Automobile Club de l’Ouest e a FIA, “matarão” a classe GT3, caso a entidade francesa adote os modelos GT3 nas 24 Horas de Le Mans e Mundial de Endurance. 

A classe GTE deve ser extinta em 2021. Em entrevista ao site Motorsport.com, Ratel acredita que a adição da classe em Le Mans e na IMSA, através da nova GTD-Pro, poderá causar sérios danos ao futuro da classe. 

“Quando as séries lideradas por fabricantes adotarem o GT3, você provavelmente terá uma grande festa por talvez dois ou três anos, mas em algum momento os custos sairão do controle”, disse o francês. “Você terá uma evolução rápida dos carros e eles ficarão mais caros”.

“GT3 é um esporte para clientes: contanto que você misture profissionais e amadores, está tudo bem. Mas se você torná-lo uma categoria puramente profissional, torna-se perigoso; no momento em que se torna uma corrida de fábrica, está condenado”.

Ratel, dirige a SRO que controla a GT World Challenge e a Intercontinental GT Challenge. Ele acredita que os custos baixos em relação a outras categorias tornaram o GT3 popular. 

“O equilíbrio do GT3 é fornecido pelo fator de vendas ser mais importante do que o valor de marketing das corridas vencedoras”, disse ele. “Pode haver problemas se mais séries levarem a um perfil mais alto; o DTM e outros podem representar um risco, enfatizou. 

Ratel revelou que não está convencido de que o ACO e a FIA irão adotar carros GT3 em Le Mans, WEC e ELMS. “O ACO geralmente gosta de ter sua própria categoria em vez de escolher a de outra pessoa, e acho que eles consideram GT3 dá SRO”, disse ele. “Só porque a IMSA escolheu o GT3 para a classe GTD Pro não significa que o ACO irá aceitar”. 

Le Mans e os protótipos na visão de Stephane Ratel

Ratel acredita que o ACO deverá se concentrar nos Hypercars e protótipos LMDh e deixar os GT3 para equipes de clientes. “Com o sucesso do LMH e do LMDh, eles realmente precisarão dos carros GT3?” Perguntou. “Não tenho certeza, porque o grid na classe superior será absolutamente incrível”, finalizou.

FIA anuncia campeonato de carros elétricos GT

Carregamento rápido será um dos diferenciais da nova categoria. (Foto: FIA)

A FIA anunciou nesta quarta-feira, 21, a criação de um campeonato envolvendo carros com especificações GT3 elétricos. A iniciativa  incorpora uma combinação única de inovações nunca antes vistas no esporte motorizado e tem como objetivo servir aos fabricantes como uma plataforma para desenvolver tecnologia relevante para seus carros de estrada de alto desempenho.

Os carros construídos de acordo com este conjunto de regulamentos técnicos competirão em circuitos permanentes  e estabelecerão novos padrões para veículos elétricos no esporte motorizado em termos de desempenho e alcance.

O campeonato inovador operará em uma janela de desempenho semelhante à atual geração de carros GT3, mas excederá seus equivalentes movidos a motor de combustão em áreas como aceleração e ritmo de qualificação.

Tecnologia e controle de custos

A nova classe é baseada no envolvimento direto com o fabricante, com os regulamentos técnicos preparados para alcançar o equilíbrio certo entre permitir que as montadoras inovem em termos de criatividade e desenvolver tecnologia de ponta, ao mesmo tempo em que previnem a escalada de custos.

A categoria será aberta a especialistas em construção de veículos elétricos sem experiência anterior em motores de combustão, bem como fabricantes já comprometidos com a classe GT3, que serão capazes de utilizar a arquitetura e certos elementos de design de seus carros existentes e convertê-los à energia elétrica.

Dependendo do modelo básico, o peso mínimo dos carros varia de 1490 a 1530kg, com potência máxima chegando a 430kW. Definir o limite de peso mais alto do que para a classe GT3 limitará o uso de materiais caros.

Parceria com empresas de bateria

Uma das novidades é o carregamento rápido das baterias. A nova classe será a primeira no esporte motorizado elétrico a não depender de baterias padronizadas. Ela acomodará carros de arquiteturas muito diferentes, com diferentes espaços disponíveis para instalar os principais componentes.

Por meio da parceria com a empresa líder do setor Saft, uma subsidiária da Total, a categoria permitirá que os fabricantes construam seus próprios layouts de bateria sob medida com base em células fornecidas pela Saft. Contando com os 100 anos de experiência da Saft em áreas como aeronáutica, programas espaciais, defesa e esportes motorizados, a Saft desenvolveu células de  íon de lítio sob medida, otimizadas para as necessidades da nova classe.

Especificações dos GT elétricos. (Foto: FIA)

As células foram projetadas para permitir uma regeneração de pico de 700kW e uma recarga rápida de 700kW que lhes permitirá reabastecer até 60% de sua capacidade em poucos minutos durante uma parada no meio da corrida. A rede de carregamento será desenvolvida para atender aos requisitos de carregamento rápido e, dependendo do local, incluirá elementos de infraestrutura permanente e temporária. Além do carregamento rápido, a categoria contará com várias outras inovações relevantes do ponto de vista de transferência de tecnologia.

Todos os fabricantes terão a liberdade de escolher suas próprias configurações de trem de força, compostas por dois ou quatro motores elétricos, com configurações de tração nas quatro e duas rodas..

Os carros também contarão com o controle dinâmico do veículo que ajustará automaticamente o torque de cada roda de forma independente com base na velocidade, aceleração, tração e ângulo de direção, garantindo assim que os carros terão características de manuseio superiores.

FIA quer a sustentabilidade com a ajuda de carros elétricos

A introdução deste novo conceito está em linha com a visão de longo prazo da FIA para a implementação de fontes de energia sustentáveis ​​em todo o seu portfólio de modalidades do desporto motorizado, constituindo assim um exemplo na abordagem à redução da emissão de CO₂, ao mesmo tempo em que reflete as últimas tendências da indústria automotiva e responde às demandas do mercado.

“A visão da FIA é fazer do esporte motorizado um laboratório para a mobilidade sustentável. O anúncio desta nova categoria de carros GT elétricos é um marco importante para atender a esse objetivo, pois abrirá o caminho para uma nova bateria e tecnologias de carregamento rápido. Uma ilustração perfeita de nossa abordagem de corrida para a estrada”, disse Jean Todt , presidente da FIA.

SRO quer menos emissões de carbono

(Foto: SRO)

A SRO, principal promotora de campeonatos GT3 ao redor do mundo, planeja diminuir drasticamente as emissões de carbono até 2023. Em um comunicado em suas redes sociais, a entidade afirma que está buscando em parceria com especialistas em responsabilidade social corporativa e meio ambiente, reduzir os efeitos causados pela emissão de dióxido de carbono.

O projeto foi lançado em 2020, quando a entidade criou estratégias de descarbonização em suas operações de negócios globais. Esforços de sustentabilidade aprimorados serão implementados com o objetivo de minimizar a emissão de carbono da organização e reduzir o impacto mais amplo de suas atividades dentro e fora do circuito.

SRO quer menos emissões além das corridas

Isso segue um estudo conduzido pela empresa líder em sustentabilidade Futerra, com quem a SRO começou a trabalhar em 2020. As novas iniciativas devem incluir suprimentos de energia verde, viagens eficientes e de menor impacto e o uso de materiais de escritório sustentáveis. A introdução de logística de baixo carbono e a adoção de combustíveis de corrida com carbono reduzido também serão exploradas. 

A organização buscará encorajar equipes, circuitos e parceiros-chave a se unirem aos seus esforços de redução de carbono expandidos. Ao estabelecer o padrão em sustentabilidade, espera-se que uma rede de automobilismo verde se desenvolva, cujos benefícios serão sentidos muito além do paddock. 

Paralelamente a esses esforços, a SRO começará a compensar suas emissões de carbono residual apoiando a conservação florestal internacional. Isso foi realizado em parceria com a Permian Global, que protege e restaura grandes áreas de floresta nos trópicos por meio da regeneração, enfrentando ameaças como fogo, extração de madeira e caça furtiva, e capacitando as comunidades locais. 

Outras iniciativas serão desenvolvidas conforme a SRO assume um firme compromisso com a redução de carbono em 2021 e além. Isto representa o início de um processo contínuo que vai levar a empresa a assumir a responsabilidade pela sua atividade, garantindo ao mesmo tempo um futuro sustentável para o desporto motorizado internacional.

“A redução de carbono é uma das nossas prioridades absolutas para os próximos anos. A SRO está levando este projeto muito a sério e é encorajador ver esses planos tomarem forma. Junto com nossas equipes e parceiros, nós queremos desempenhar um papel de liderança nesta causa e inspirar outros a se juntarem a nós para tornar o automobilismo uma indústria mais sustentável. Trabalhar com especialistas como Futerra e Permian Global permitiu que a SRO progredisse rapidamente e definisse metas ambiciosas, como alcançar a neutralidade operacional de carbono até 2023. Estamos totalmente empenhados em cumprir este objetivo e estou ansioso para compartilhar mais notícias de nossas iniciativas de sustentabilidade à medida que o projeto evolui”, destacou Stephane Ratel, fundador e CEO do SRO Motorsports Group.

 

BMW já trabalha em programa GTD-Pro

(Foto: Divulgação)

A BMW, que possui um M8 GTE na classe GTLM da IMSA, já está trabalhando em um programa na futura classe GTD-Pro, que substitui a GT Le Mans. A informação foi revelada por Mike Krack,  atual chefe de operações de engenharia de corrida e teste da BMW Motorsport, que assumirá o posto de novo diretor mundial do automobilismo em 1 de abril. A BMW está “trabalhando” para competir na futura classe já em 2022.

“É muito atraente”, disse Krack ao site Sportscar365. “Estamos participando de todas as discussões. “O que é bom é que o IMSA está ouvindo. A IMSA está sempre ouvindo os parceiros, as equipes, os fabricantes. Gostaria que outras organizações ou promotores escutassem seus clientes da mesma forma que a IMSA. Eles têm um modelo bastante sustentável. A grade está cheia; a TV é boa”. 

“É bom que eles façam a GTD-Pro e mantenham a classe de clientes. Acho que também é bom não misturá-los”, explica. Baseados no regulamento FIA GT3, a futura classe poderá ter pneus Michelin diferentes do atual classe GTD, algo que ainda não foi confirmado.  

Krack disse que a BMW, assim como a Porsche, é a favor de ter as mesmas especificações de pneus em ambas as classes com base nos custos.

Corvette meio GTLM, meio GTD

A BMW também seria a favor de permitir que a Chevrolet execute uma versão modificada de seu Corvette C8.R com especificações GTE na classe no próximo ano. “Nós apoiamos porque somos todos pilotos e queremos correr”, disse Krack. “Acho que seria completamente errado tentar empurrar este carro se o Corvette quiser correr”. 

“Confiamos na IMSA para eles equilibrarem isso corretamente. Parte da discussão não é apenas o Corvette, mas também tornar mais fácil para as equipes GTD se tornarem Pro ou trazer carros de outras séries, como o SRO”. 

“Não devemos colocar nenhum obstáculo como obter um BoP ruim ou um lastro de entrada ou qualquer tipo de prevenção para ter uma grade maior”. 

“Estamos sempre em troca com o Corvette. Na pista de corrida somos grandes competidores, mas quando se trata do interesse de Pro, Am ou GTD e GT em geral, conversamos e tentamos ser construtivos”, explicou. 

O dirigente afirmou que a decisão sobre um futuro programa será apresentada no final do ano. 

BMW M8 GTE irá para o museu

O BMW M8 GTE deve ir mesmo para o museu após Petit Le Mans, última etapa da IMSA em 2021. A equipe RLL não irá competir com os carros em outra série em 2021. 

Tendo estreado em 2018, o M8 GTE venceu as 24 Horas de Daytona duas vezes. O carro também participou do Mundial de Endurance. 

“O IMSA não está mais tendo a classe com carros GTE e não planejamos ir para outro lugar, então é o fim do M8”, disse Krack.

“Também está refletindo os tempos atuais. Os programas GTE ou DTM / Super GT são muito caros. Tínhamos ambos mais a Fórmula E. É um orçamento substancial”. 

“É como uma seleção natural com as classes desaparecendo”.

Miguel Molina quer a classe GT3 no WEC

Modelos GTE com os dias contados? (Foto: Divulgação)

A classe GTE-Pro do Mundial de Endurance enfrenta um momento conturbado. Com apenas a Ferrari e Porsche competindo na temporada 2021, já que a Aston Martin decidiu focar em programas de cliente, uma pressão para que o ACO aceite a classe GT3 vem ganhando força.

Com a extinção da classe GTLM na IMSA, o lobby aumentou. Para 2022 a GTD-Pro toma o seu lugar, aceitando que fabricantes invistam em times de fábrica com modelos GT3. 

Para este ano são esperados 13 carros na GTE-Am do WEC. O piloto Miguel Molina que competirá pela AF Corse na GTE-Pro no Mundial de Endurance afirma que os modelos GT3 são “a direção a seguir”, um caminho natural. 

 “Acho que eles farão mais ou menos o mesmo [que a IMSA]”, disse Molina ao Motorsport.com. “Mas a questão é se o WEC pode lidar com um grid tão grande com todas as marcas com programas GT3 que estariam interessadas”. 

“São tantas marcas e tão pouco espaço, e se houver opções para disputar o WEC, todos vão querer correr pelo menos um carro. Vai ser difícil, mas imagino que seja a direção a seguir”. 

“Mesmo assim, isso não aconteceria até o final de 2022 porque, pelo que eu sei, o projeto GTE está acordado e a atual homologação não terminará até o final de 2022. A Porsche lançou um novo carro no ano passado também”, explica.

WEC deveria seguir a IMSA 

Grid da GT World Clallenge em Paul Ricard. Muitos fabricantes. (Foto: Divulgação)

O piloto felicita a entidade americana por optar em profissionalizar os GT3. Os custos para as equipes serão menores se comparados a um GTE. 

“Acho que vai ser assim porque há muito mais marcas envolvidas e o carro é de alguma forma mais fácil de gerenciar, embora ainda seja complexo, a manutenção é diferente e o preço inicial do carro é mais baixo, explicou.

“Aconteceu também com o LMDh, que de alguma forma está tentando ajudar as marcas a conseguirem fazer projetos com o menor preço possível e isso é algo parecido, é a nova realidade do automobilismo.”

“É um carro que tem dado resultados muito bons e acho que há muita igualdade em termos de desempenho, como vimos no GT World Challenge, cujo BoP está muito bem feito. A IMSA deve ter percebido isso e foi o passo lógico a dar”.

“No final do dia vamos todos nos adaptar à situação, mas gosto muito do GTE, porque tem menos ajudas ao piloto, como o ABS, o que o torna um pouco mais para um carro de corrida.”. 

“Mas desde que estou na Ferrari tenho feito campeonatos em um tipo de carro e no outro e no final você se adapta a isso”, finaliza