Diferença de peso entre Acura e Cadillac será de 16 quilos para as 12 Horas de Sebring

A IMSA divulgou nesta quarta-feira, 08, o BoP para as 12 Horas de Sebring, segunda etapa do WeatherTech SportsCar Championship. Todos os carros da classe GTP sofrerão mudanças. 

A princípio, após todos os protótipos terem o peso de 1.030 kg em Daytona, o Acura agora pesará 1.054 kg, em comparação com o Porsche com 1.048 kg, o Cadillac com 1.038 kg e o BMW com 1.040 kg. Ele marca uma oscilação de 16 kg entre o protótipo de classe superior mais leve (Cadillac) e mais pesado (Acura).

Embora os limites de RPM tenham permanecido inalterados, o limite máximo de potência foi aumentado dos 500 kW iniciais em Daytona, também para níveis diferentes entre os fabricantes. Assim, tanto o BMW quanto o Cadillac terão agora uma potência máxima de 513 kW, com o Porsche de 517 kW e o Acura de 520 kW.

BoP para as 12 Horas de Sebring

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Os valores máximos correspondentes de energia stint também foram ajustados Agora o Acura terá 917 MJ, BMW e Cadillac ambos em 905 MJ e Porsche em 912 MJ, juntamente com taxas de reposição de energia stint ajustadas para equalizar os tempos de reposição de energia nos quatro fabricantes.

BoP para a classe LMP2 e GT3 para as 12 Horas de Sebring

A IMSA também confirmou que não haverá mudanças de desempenho na classe LMP2. O Oreca 07 terá as mesmas configurações de Daytona.  Ele vem após a análise de dados do teste sancionado pela IMSA no mês passado no Sebring. Que também viu os carros da classe GTP rodarem com níveis de potência aumentados.

Por fim, a IMSA  não liberou o BoP para as classes GTD-Pro e GTD. Em meio à antecipação de possíveis ajustes no Porsche 911 GT3 R Type-992 e os outros carros GT3.

 

Acura da Wayne Taylor Racing supera Porsche durante testes em Sebring

A Wayne Taylor Racing  liderou o teste oficial da IMSA no circuito de Sebring, entre os dias 15 e 16. O Acura superou o Porsche 963. Filipe Albuquerque conseguiu a melhor volta de 1m46s450 na  última sessão, ficando quase meio segundo mais rápido que o Porsche #6 de Mathieu Jaminet.

Além disso, o Cadillac #01 da Chip Ganassi Racing, de Renger van der Zande, foi o terceiro mais rápido da geral da prova. Jack Aitken colocou o outro Cadillac em quarto lugar na tabela de tempos combinada, à frente do Porsche  #7 de Matt Campbell e do Acura #60 Meyer Shank Racing.

Porém, o único BMW M Hybrid V8 que participou ficou na retaguarda das tabelas de tempo, quase dois segundos mais lento que os líderes da classe GTP.

Tempos combinados

BoP da prova

Contudo, Scott Huffaker superou Paul Loup-Chatin para ser o mais rápido na classe LMP2, com o no #11 da TDS Racing. O tempo de Scott foi de apenas 0,012 segundos à frente do experiente francês, pilotando pela PR1/Mathiasen Motorsports.

A Ave Motorsports, que competirá nas 12 Horas de Sebring, foi o único participante da classe LMP3. Os pilotos foram Tony Ave, Seth Lucas e Tonis Kasemets.

Classe GT3

Mikael Grenier foi o mais rápido da classe GT3. Ao lado de Mike Skeen, a dupla liderou com o Mercedes #32 da Team Korthoff Motorsports.

Contudo, a equipe Vasser Sullivan com o  Lexus #14 de Ben Barnicoat, foi uma das duas equipes da classe GTD-Pro a participar do teste. A outra equipe foi Iron com o Lynx com o Lamborghini Huracan GT3 Evo #63 Iron Lynx. 

 Daniil Kvyat completou suas primeiras voltas com a equipe. O Lamborghini, nas mãos de Roman Grosjean, ficou a três décimos do tempo de Barnicoat na classe, enquanto Andrea Bertolini, no #023 da Triasi Competizione ficou um segundo atrás de Grenier.

Por fim, o novo Porsche Type-992, apesar de  receber um ajuste de equilíbrio de desempenho pré-evento, marcou com o piloto Kay van Berlo em 2:02.847, quase 1,3 segundos atrás do Mercedes.

 

Inception Racing realiza boas corridas no WEC e IMSA

Porsche ficou em terceiro lugar na classe GTD-Am, no WEC. (Foto: Divulgação)

As equipes Team Project 1 e Inception Racing fizeram uma boa participação nas 12 Horas de Sebring e nas 1000 Milhas de Sebring, respectivamente provas da IMSA e do Mundial de Endurance

No WEC, o Porsche #56 conquistou um pódio, enquanto o McLaren #70 da classe GTD, ficou na quinta posição. A princípio, foi Brendan Iribe quem classificou a equipe, entrando na curta sessão de 10 minutos na noite de quinta-feira para colocar o Porsche 911 RSR #56 no terceiro lugar do grid para o início da corrida de oito horas.

Brendan fez uma largada limpa durante seu stint, antes de entregar o carro para Oliver Millroy. Contudo, depois de mostrar seu ritmo forte e ganhar posições, chegando ao quarto lugar, o britânico devolveu a Brendan. Que mais uma vez partiu com pneus novos para mais 60 minutos.

Indo para o seu segundo stint, Ollie teve que parar por conta da bandeira vermelha causada pelo Toyota #7 que colidiu com a parede de pneus. Felizmente, o piloto saiu ileso e a corrida foi retomada com quatro horas restantes. Com pouco mais de duas horas para o final da corrida, Ben Barnicoat saiu, voltando na segunda posição. Após 17 voltas, o Ben parou para entregar a Brendan para que este completasse seu tempo mínimo de condução.

Por fim, a corrida foi interrompida por uma tempestade de raios. Faltando menos de 30 minutos para o final, foi tomada a decisão de não reiniciar a prova, levando o trio a conquistar o primeiro pódio no Campeonato do Mundo de Endurance.

Inception na IMSA

Equipe terminou em quinto na classe GTD da IMSA. (Foto: Divulgação)

Depois de perder a sessão de qualificação da IMSA devido a uma falha no disco de freio, a equipe começou as 12 de Sebring, largando em último. Brendan Iribe iniciou a prova, entretanto, sofreu um furo nas primeiras voltas. Ollie Millroy assumiu o volante após uma hora de corrida.

Passando para Jordan Pepper depois de duas horas, a equipe buscava uma recuperação. Chegou ao 13º lugar na classe GTD. A equipe aproveitou as bandeiras amarelas,  parando enquanto o resto dos competidores permaneciam na pista.  

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imediatamente, a temperatura começou a cair, mas a ação na pista certamente começou a esquentar, pois com menos de cinco horas para o final, Jordan assumiu a liderança.

Passando pelos procedimentos habituais de pit stop e mudança de direção, a equipe lutou e Jordan entrou no carro para a última hora, reentrando na disputa em quinto lugar. Quando a bandeira quadriculada foi dada, a equipe se contentou com o quinto lugar, acumulando mais pontos para o campeonato.

 

Pipo Derani conquista terceiro lugar nas 12 Horas de Sebring

(Foto: Divulgação)

Pipo Derani, Tristan Nunez e Mike Conway (GB) completaram a 70ª edição das 12 Horas de Sebring, disputada neste sábado (19), no pódio. O trio do #31 Whelen Engineering Cadillac DPi-V.R, da equipe Action Express Racing, partiu da segunda posição do grid e até a metade da corrida esteve na liderança, mostrando força rumo à disputa pela vitória. Todavia, ainda havia muita corrida pela frente.

Porém, alguns problemas na segunda metade, no entanto, impediram os pilotos de chegarem mais à frente, finalizando na terceira posição num pódio totalmente formado pela Cadillac. A prova foi a segunda da temporada 2022 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, que teve início em janeiro com as 24 Horas de Daytona.

A corrida

Posteriormente, três vezes vencedor das 12 Horas de Sebring (2016, 18 e 19), Derani queria muito brigar por sua quarta vitória no evento. O atual campeão do IMSA esteve rápido durante todo o fim de semana. Na sexta-feira (18), ficou a apenas 0.026s da conquista da pole position.

Logo após a largada, o brasileiro assumiu a liderança, após o Cadillac #1 – que partiu na frente – apresentar problemas, e liderou seu duplo stint inicial, até entregar o carro para Nunez.

Nesse sentido, Nunez e Conway também lideraram seus duplos stints. Mas alguns pequenos erros, na segunda metade da prova, fez o trio cair para as últimas colocações entre os carros DPi, faltando três horas para o final. Os três pilotos tiveram de guiar sem cometer erros para conseguirem o pódio. E foi o que fizeram.

“Foi um dia difícil, mas marcamos bons pontos”, declarou Derani. “Infelizmente, não conseguimos vencer. Não tivemos uma bandeira amarela no final, então não foi possível alcançar os líderes”, lamentou.

“Tivemos três carros Cadillac no pódio, todos marcaram pontos e isso foi muito legal. Este é um campeonato longo e temos de seguir trabalhando forte. Claro que queria minha quarta vitória em Sebring, mas vamos ter de esperar um pouco mais”, completou o brasileiro.

Histórico de sucesso de Pipo Derani em Sebring

Entretanto, aos 28 anos, Pipo Derani é o mais jovem tricampeão das 12 Horas de Sebring e o primeiro piloto a ganhar três vezes num período de quatro anos desde que o ex-campeão da F-1 Phil Hill conseguiu o mesmo feito, quase 60 anos atrás.

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Por outro lado, além dos dois, Mario Andretti, Olivier Gendebien e Marco Werner também faturaram a lendária corrida em três oportunidades, mas num intervalo de tempo maior. Por fim, A próxima etapa da temporada 2022 acontecerá entre os dias 8 e 10 de abril em Long Beach. Derani e os companheiros ocupam a quinta posição no campeonato, 40 pontos atrás dos líderes Loic Duval / Richard Westbrook / Tristan Vautier.

Os seis primeiros nas 12 Horas de Sebring:
1. E. Bamber / A. Lynn / N. Jani (Cadillac DPi) 351 voltas em 12h01min46s148
2. T. Vautier / R. Westbrook / L. Duval (Cadillac DPi) a 6.471
3. Pipo. Derani / T. Nunez / M. Conway (Cadillac DPi) a 14.616
4. R. Taylor / F. Albuquerque / W. Stevens (Acura DPi) a 26.958
5. O. Jarvis / T. Blomqvist / S. Vandorne (Acura DPi) a 27.621
6. M. Rockenfeller / K. KobayashiJ. Lopez (Cadillac DPi) a 5 voltas

Chip Ganassi vence as 12 Horas de Sebring

Ganassi venceu na classe DPi. (Foto: Divulgação)

A  equipe Chip Ganassi Racing conquistou na noite desta sábado, 19, a vitória da edição 2022 das 12 Horas de Sebring. O Cadillac #02 dos pilotos Earl Bamber, Neel Jani e Alex Lynn, enfrentou problemas durante a prova, contudo, conseguiu se recuperar e vencer a prova.  

Contudo, Bamber cruzou a linha 6,471 segundos à frente do #5 da JDC-Miller Motorsports Cadillac de Tristan Vautier, que herdou a liderança com o Richard Westbrook duas vezes na última 1 hora e 15 minutos.

Resultado final da prova

Da mesma forma, Bamber, que tinha uma vantagem de quase 30 segundos com o carro da Chip Ganassi, foi punido com drive-through por ser responsável por um incidente com o Duqueine #13 da equipe AWA de Kuno Wittmer. Nesse ínterim, Westbrook ultrapassou Bamber com 58 minutos para o término da prova. Mas acabou tocando na Ferrari #21 da AF Corse de Simon Mann. Bamber recuperou a liderança. 

O brasileiro Pipo Derani terminou em terceiro com o Cadillac #31 da Action Express. Posteriormente ele bateu no Acura #60 da Meyer Shank Racing Acura ARX-05 de Stoffel Vandoorne com 2 horas e 34 minutos para ir.

Tom Blomqvist levou o Acura da MSR para o quinto lugar, sendo superado pelo Acura #10 da equipe Wayne Taylor Racing. Enquanto isso, Will Stevens, perdeu mais de 30 segundos devido a uma penalidade de drive-through por perder o leitor RFID no pit-out com menos de quatro horas para o final para o #10. 

Problemas para a Chip Ganassi

O Cadillac #48 da Action Express de José Maria Lopez, Kamui Kobayashi e Mike Rockenfeller saiu da disputa, após o carro sofreu uma falha no freio dianteiro esquerdo com duas horas restantes. Ele terminou em sexto na geral, cinco voltas atrás do #02.

Por fim, o Cadillac #01 da Chip Ganassi, sofreu problemas de caixa de câmbio desde o início, com Sebastien Bourdais relatando problemas de redução de marchas que levaram a uma longa troca de caixa de câmbio que a deixou mais de 30 voltas atrás.

Vitória da PR1/Mathiasen na classe LMP2

A PR1/Mathiasen Motorsports obteve uma vitória dominante na classe LMP2, com Mikkel Jensen, Ben Keating e Scott Huffaker. Jensen levou o Oreca #52 obteve uma volta de vantagem para o Oreca #29 da Racing Team Nederland de Giedo van der Garde.

Ryan Dalziel, Dwight Merriman e Kyle Tilley completaram o pódio da classe, o #18 Era Motorsport Oreca. O oreca #81 da DragonSpeed não completou a prova, depois de um acidente envolvendo o piloto Juan Pablo Montoya, durante a terceira hora de prova.

Na classe LMP3, a vitória ficou com os pilotos da equipe Sean Creech Motorsport de Malthe Jakobsen, João Barbosa e Lance Willsey, que lutou contra problemas de embreagem com seu Ligier JS P320. Eventualmente, Jakobsen assumiu a liderança no terço final da corrida depois que o #74 da Riley Motorsports Ligier de Kay van Berlo colidiu com o Porsche #9 da Pfaff Motorsports, pilotado por Mathieu Jaminet, faltando pouco mais de três horas para o fim. 

Foi a primeira vitória de Sean Creech na IMSA. Ari Balogh da Jr III Racing, Garett Grist e Dakota Dickerson voltam para casa em segundo , com o # da38 Performance Tech Motorsports. 

Corvette vence na classe GTD-Pro

Corvette vence na classre GTD-Pro. (Foto: Corvette)

A Corvette Racing ganhou na classe GTD-Pro, com os pilotos Antonio Garcia, Nicky Catsburg e Jordan Taylor. Garcia fechou a corrida, com uma diferença de 4,4 segundos à frente de Mirko Bortolotti, com o Lamborghini da equipe TR3 Racing. 

O #3 foi um forte adversário, durante toda a corrida. Catsburg ultrapassou o piloto da Pfaff Motorsports Porsche Matt Campbell, assumindo a liderança faltando quatro horas e meia restantes. Bortolotti dividiu o segundo lugar com os pilotos Maro Mapelli e Andrea Caldarelli, enquanto Jules Gounon cruzou a linha em terceiro #97 da WeatherTech Racing, que também teve como pilotos Maro Engel e Cooper MacNeil.

Na classe GTD, a Cetilar Racing conquistou sua primeira vitória na IMSA, quando Antonio Fuoco se recuperou de um acidente na hora oito. Fuoco recebeu uma penalidade de drive-through quando tocou o líder da corrida, Bill Auberlen, na curva 3, custando várias posições para a Ferrari #47.

Disputas em todas as posições

Os companheiros de Fuoco, Giorgio Sernagiotto e Roberto Lacorte, ultrapassaram o BMW da Turner Motorsport de Bill Auberlen faltando uma hora e 20 minutos restantes. A duas horas do final, Fuoco  estava em terceiro lugar, atrás do Turner BMW e do Mercedes da  Alegra Motorsports Mercedes-AMG GT3 Evo pilotado por Maximilian Goetz.

A equipe de Cetilar, superou o Mercedes da Alegra nos boxes durante a décima hora e Sernagiotto manteve-se à frente até as penúltimas paradas. Por fim, a Alegra caiu fora da disputa quando seu Mercedes-AMG com um problema de direção hidráulica, enquanto Fuoco passou por Auberlen antes de partir para uma liderança significativa.

Logo depois, o BMW da Turner, que tinha sido um dos favoritos, perdeu seu provável pódio, quando Auberlen teve de parar, evitando uma punição porde tempo de condução. Essa parada não programada aos boxes com meia hora para o final permitiu que a equipe Gilbert Korthoff Motorsports ficasse em segundo com Daniel Juncadella, Mike Skeen e Stevan McAleer.

Toni Vilander, Simon Mann e Luis Perez Companc, da AF Corse, ficaram em terceiro, colocando duas Ferraris no pódio. Robby Foley ficou em quarto no BMW da Turner, que também foi pilotado por Michael Dinan, enquanto Jordan Pepper levou a McLaren da Inception Racing McLaren 720S GT3 para um quinto lugar.

Chip Ganassi lidera primeiro treino para as 12 Horas de Sebring

(Foto: Divulgação)

O piloto Renger van der Zande liderou a sessão de treinos de abertura das 12 Horas de Sebring. O holandês conseguiu o tempo de 1:46.822 com o Cadillac #01. Em segundo o Acura #60 da Meyer Shank Racing, pilotado por Tom Blomqvist. a diferença foi de ​​0,758 segundos.

Earl Bamber colocou dois Cadillacs CGR entre os três primeiros, graças a um tempo de volta de 1:47.546. O Cadillac Action Express Racing de Mike Rockenfeller foi o quarto mais rápido, com Pipo Derani completando os cinco primeiros com o #31.

Tempos da sessão 1

Louis Deletraz foi o mais rápido da classe LMP2, com o Oreca #8 da Tower Motorsport. Por fim, Colin Braun da CORE autosport liderou na classe LMP3 com o Ligier #54. 

A BMW foi a mais rápida na classe GTE-Pro. Por meio de Nick Yelloly, que marcou 2:00.518 com o M4 GT3 #24. Elei 0,165 segundos mais rápido que a Ferrari #62 da  Risi Competizione de Daniel Serra.

na classe GTD, o Mercedes-AMG GT3 Evo #57 da Winward Racing de Philip Ellis, foi o ais rápido que marcou o GTD com o terceiro melhor tempo entre os carros de especificação GT3.

Pipo Derani busca o tetra nas 12 Horas de Sebring

Três vezes vencedor das 12 Horas de Sebring (2016, 18 e 19), o brasileiro Pipo Derani participa neste sábado (19) da corrida pela sétima vez. Será a 70ª edição da prova, uma das mais tradicionais do endurance mundial.

A etapa será a segunda da temporada 2022 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, que teve sua corrida inicial em janeiro nas 24 Horas de Daytona. Na ocasião, Derani – que é o atual campeão da categoria – foi o quarto colocado com o #31 Whelen Engineering Cadillac DPi-V.R, da equipe Action Express Racing. O brasileiro estará novamente ao lado dos companheiros Tristan Nunez (EUA) e Mike Conway (GB). Em fevereiro, Pipo participou dos testes em Sebring e ficou satisfeito com os resultados. O carro mostrou boa performance no traçado de 3,74 milhas e 17 curvas, ampliando a confiança da equipe.

Além da vitória com Derani em 2019 (ao lado de Felipe Nasr e Eric Curran), o #31 Whelen Engineering Cadillac DPi-V.R também venceu uma das provas de curta duração no circuito em 2020. No ano passado, nas 12 Horas de Sebring, a equipe partiu da pole position, mas não conseguiu finalizar a prova, após a quebra da caixa de câmbio.

“Estou ansioso para voltar a Sebring. É uma das minhas corridas favoritas do calendário. Há muita história e uma atmosfera única, que fazem deste um grande evento”, comentou Derani. “Os fãs são incríveis e a pista é fantástica. Pessoalmente, já tive muito sucesso lá, vencendo as 12 Horas de Sebring três vezes e a corrida curta de 2020. Então, é uma pista onde gosto muito de andar e que se encaixa muito bem ao meu estilo de pilotagem”, continuou o brasileiro, antes de elogiar o Cadillac #31.

“Nosso carro é fantástico. Ele tem uma performance muito boa em pistas onduladas como a de Sebring. Temos um ótimo histórico nesta pista e, definitivamente, vamos lutar muito para conquistar outra vitória. Espero que possamos sair de lá com um resultado muito bom”, finalizou.

Aos 28 anos, Derani é o mais jovem tricampeão das 12 Horas de Sebring e o primeiro piloto a ganhar três vezes num período de quatro anos desde que o ex-campeão da F-1 Phil Hill conseguiu o mesmo feito, quase 60 anos atrás.

Além dos dois, Mario Andretti, Olivier Gendebien e Marco Werner também faturaram a lendária corrida em três oportunidades, mas num intervalo de tempo maior.

Os treinos em Sebring terão início nesta quinta-feira (17), com três sessões livres. Na sexta-feira (18), o classificatório da classe DPi está previsto para as 11h10 (de Brasília), mesmo horário da largada da prova no sábado (19). As atividades de pista poderão ser acompanhadas ao vivo pelo aplicativo do IMSA e https://www.imsa.com/tv/.

12 Horas de Sebring com 53 inscritos

(Foto: IMSA)

A IMSA divulgou nesta quinta-feira, 10, a lista de inscritos para a edição 2022 das 12 Horas de Sebring. O plantel será composto por 53 carros em quatro classes. Com sete DPis, oito LMP2, dez LMP3s, 11 GTD-Pro e 17  GTD, a prova acontece no próximo final de semana.  

Tirando as equipes que participaram exclusivamente das 24 Horas de Sebring, a lista traz algumas alterações. Kevin Magnussen está confirmado como piloto do Cadillac #2 da Chip Ganassi, ao lado de Earl Bamber e Alex Lynn. 

Lista de inscritos

Entre outras mudanças na classe DPi estão Jose Maria Lopez e Stoffel Vandoorne, que estão substituindo o Jimmie Johnson e Helio Castroneves, respectivamente, no Cadillac #01 Chip Ganassi. Na classe, a equipe DragonSpeed, estará competindo com os pilotos Juan Pablo Montoya e Henrik Hedman, que se juntará ao filho de 16 anos de Montoya, Sebastian, para Sebring.

Anthony Mantella está no #7 da Forty7 Motorsports, enquanto Cameron Shields está definido para ser o terceiro piloto no Ligier da Performance Tech Motorsports. Aaron Telitz fará sua estreia na classe GTD-Pro, no Lexus #14 da Vasser Sullivan, no lugar de Kyle Kirkwood, que também está priorizando a corrida da IndyCar no Texas Motor Speedway no próximo fim de semana. Enquanto isso, Scott Andrews entrará no lugar de Telitz no Lexus nº 12 da equipe Vasser Sullivan na classe GTD.

A TR3 Racing está programada para retornar para Sebring com  pilotos de fábrica da Lamborghini, enquanto a Racers Edge Motorsports by WTR estreará seu Acura NSX GT3 Evo para Ashton Harrison, Kyle Marcelli e Tom Long. O Mercedes-AMG GT3 Evo da WeatherTech Racing também retorna após uma primeira partida em Dayton. 

A Paul Miller Racing estreia o BMW M4 GT3, que terá os pilotos Bryan Sellers, Madison Snow e Erik Johansson. Marvin Dienst, por sua vez, deve se juntar a Russell Ward e Phillip Ellis no #57 da equipe Winward Racing. 

Em comparação com a lista recorde de 61 carros inscritos para Daytona possui um bom grupo de inscritos.

A torcida pelos fabricantes no endurance

Quantidade de fabricantes nas classes LMDh e Hypercar, trazem de volta a torcida pela marca. (Foto: Peugeot)

Uma das grandes sacadas da sinergia entre IMSA e ACO, foi a unificação dos protótipos LMDh e Hypercars. O primeiro será desenvolvido em cima de chassis homologados pela FIA/ACO (Oreca, Ligier, Dallara e Multimatic). Já modelos classificados como Hypercars, são desenvolvidos pelo fabricante do zero, chassi e tudo mais. 

A escolha será de cada fabricante que usará motores de combustão interna combinados a um trem de força híbrido de especificação. Cada protótipo LMDh também terá um estilo de carroceria específico do fabricante, como ocorre com os atuais DPi. 

O desafio da ACO e IMSA será conseguir equalizar os níveis de potência de ambos os modelos. Como os protótipos poderão competir nos EUA e Europa, o desafio será grande.  

Com o anúncio dessa “unificação”, diversos fabricantes já confirmaram seus projetos para os próximos anos. Ferrari, Porsche, BMW, Cadillac, Acura, Peugeot, Toyota e Glickenhaus já estão com seus programas em desenvolvimento. 

É sabido que no automobilismo a marca, principalmente no endurance, é muito mais valorizada do que o próprio piloto, diferente do que ocorre em monopostos como na Fórmula 1. Essa torcida pela marca é um dos objetivos tanto do Mundial de Endurance quanto no IMSA. 

Mundial de Marcas moderno

Exemplos não faltam nos lados do atlântico. A Itália sempre teve uma paixão fervorosa pela Ferrari, assim como a Corvette é reverenciada nos EUA. Esse espírito está retornando.

“Quando você vai a uma corrida da IMSA, os fãs se penduram em cima do muro com uma camiseta que representa a marca”, disse Mike Hull, diretor administrativo da Chip Ganassi Racing, que disputa o 1º lugar no V Performance Academy Cadillac DPi-VR em o campeonato IMSA WeatherTech SportsCar. “Você tem pilotos de carros de corrida de classe mundial que apenas dirigem um Cadillac. … Isso é o que há de tão especial nesta série.”, explicou. 

Os fabricantes ao optarem pela plataforma LMDh, querem além da redução de custos, tornar mais fácil a introdução da marca em mercados emergentes. A expectativa é que os protótipos LMDh estejam competindo nos EUA em 2023. 

“É algo sobre o qual todos nós conversamos, mas por diferentes razões isso não aconteceu”, disse Tim Cindric, que supervisionará a transição da Equipe Penske para o LMDh com a Porsche. Isso foi interessante para todos. Parece que estamos no caminho certo”

Em termos práticos, a classe LMDh poderá se tornar mais popular que os Hypercars pela questão custo. Fabricantes americanos terão a oportunidade de explorar mercados antes inacessíveis, enquanto as europeias poderão avançar em terras americanas. O ápice de tudo isso é vencer uma das mais importantes do mundo, as 24 Horas de Le Mans. “Quando li sobre as 24 Horas de Le Mans, foi tudo sobre o Toyota que venceu a corrida”, disse Hull. “(O reconhecimento da marca) é exclusivo para corridas de carros esportivos e ainda mais agora para o fato de que haverá tantos fabricantes (no formato LMDh). Eu nem quero projetar quantos estarão nesta categoria. Sete, oito, nove, 10? Todos com pelo menos dois carros cada. Quem sabe? Se você adicionar várias entradas para ambos os continentes, é mais do que isso. É isso que é realmente legal”. 

“Você sabia que isso significava que as eficiências e a exposição que os fabricantes e equipes recebem aumentariam”, disse Cindric. “Torna-se mais uma abordagem global para corridas de carros esportivos, finalizou. 

A máxima: “Vença no domingo, venda na segunda”, nunca esteve tão em evidência. Basta escolher a marca.

Panoz Abruzzi. Ele bem que tentou…

(Foto: Divulgação)

O desenvolvimento de um carro depende muito mais do que bons engenheiros, projetistas e toda a cadeia produtiva. É necessário dinheiro. Essa foi a sina do Panoz Abruzzi, Superesportivo lançado em 2011 e que teve uma única unidade produzida sob os regulamentos da antiga classe GT2 (atual GTE).

O nome Panoz não é desconhecido no automobilismo norte-americano. Don Pazoz, que faleceu em 2018, teve uma rica história de empreendedorismo. Panoz construiu inúmeros protótipos vencedores, rivalizando com a Audi no início dos anos 2000. Foi de Panoz a iniciativa de criar em 1999 a American Le Mans Series, que depois se transformou no Weathertech em 2014.

Ele também foi dono dos circuitos de Sebring, Road Atlanta e Mosport. Mesmo com diversos negócios, os carros sempre foram a marca registrada de Panoz, e o Abruzzi, o último projeto no endurance.

O Carro

Versão de rua utilizava avançados componentes em sua construção. (Foto: Divulgação)

A versão de competição era construída em estrutura em aço e equipado com um motor V8 LS3 fornecido pela GM. O nome Abruzzi remete à antiga região italiana de Abruzzo, Itália, onde o avô de Don Panoz morava antes que o terremoto de 1915 obrigasse sua família a se mudar para os Estados Unidos.

Seriam produzidas 81 unidades para o mercado europeu. Com prazo de entrega entre 2011 e 2013, e um preço de varejo de cerca de £ 330.000. Grande parte do carro de rua seria feito de um composto multicamadas conhecido como REAMS (Sistema de Matriz de Absorção de Energia Reciclável), que Panoz afirmou ser tão forte quanto a fibra de carbono, sendo mais durável podendo ser reciclado.

O esportivo seria construído a mão e teria uma potência de 600 hp. Uma das principais características eram as enormes entradas frontais e capô alongado. O design garante uma downforce extremo e a possibilidade da utilização do carro no dia-a-dia.

O Abruzzi também apresenta a tecnologia Trifectacooling. Além de um radiador normal de alta eficiência, com sistemas de estágio dois e três que reduzem a temperatura do líquido refrigerante tanto na entrada quanto na saída do radiador.

A ideia de Panoz, era reviver o “espírito de Le Mans”, O carro fez sua primeira aparição em Le Mans cheio de pompa e circunstância. “Esta é a culminação de partes iguais de tempo, esforço e sonhos”, disse Panoz, fundador do Grupo Panoz, durante o lançamento do Abruzzi.  “A marca Panoz sempre se orgulhou de construir à mão e entregar um automóvel e experiência exóticos aos nossos clientes. Nossa nova oferta leva isso a um nível completamente novo”, enfatizou.

“Esses são avanços que abrirão uma nova era no design automotivo”, disse Panoz. “Remontando ao nosso primeiro carro de rua – o AIV Roadster – acredito na construção e design eficientes. Esta filosofia continua com o nosso Abruzzi”, declarava.

O Panoz Abruzzi remonta a tempo que os motoristas pilotavam seus carros até Le Mans, corriam sem parar e voltavam para casa. Essencialmente, captura o “Espírito de Le Mans” com um programa de aquisição nunca antes visto que define um novo padrão para personalização e entrega.

Além dos avanços tecnológicos, o fabricante afirmava que o futuro comprador, receberia aulas de pilotagem dadas por pilotos profissionais. Os carros também teriam total assistência nos boxes da ACO, no circuito de Le Mans. Não poderia faltar o convite para assistir à corrida ao lado de Panoz, em um camarote exclusivo.

Dadas as raízes dos sonhos automotivos da Panoz, é apropriado que o Abruzzi “Spirit of Le Mans” seja entregue aos seus proprietários no famoso Circuit de la Sarthe, despachado diretamente da fábrica da Panoz. Cada automóvel estará vinculado a uma corrida 24 Horas de Le Mans específica, com o número do chassi também contendo a data da corrida e as iniciais dos pilotos vencedores e a história daquele ano.

“Estar associado ao ACO e Le Mans é algo muito especial para mim”, disse Panoz. “Ser capaz de estar lado a lado com os heróis e lendas de Le Mans dá-me uma sensação de apreço e paixão por este grande evento. Achei importante dar aos nossos clientes a mesma experiência e sou grato aos nossos parceiros da ACO por ajudarem a fazer isso acontecer”.

Mesmo com avanços tecnológicos, como sua construção em alumínio e o forte apelo de marketing, o carro não decolou. Apenas uma unidade pré-série foi construída. A versão de competição chegou a participar da edição de 2012 das 12 Horas de Sebring, não completando a prova por causa de problemas mecânicos. Foi a única participação do modelo em provas da ALMS. Seu antecessor, o modelo Esperante, chegou a vencer na classe GT2 tanto nas 24 Horas de Le Mans e 12 Horas de Sebring em 2006.

O Abruzzi ainda aparece no site oficial da Panoz, porém, sem informação alguma. Outros modelos da marca, como o Avazzano e versões de Esperante, possuem opções de modificação. Em 2019, a Panoz Racing disputou a classe GT4 do campeonato organizado pela SRO com uma versão do Esperante, nos Estados Unidos.