Glickenhaus Racing encerra a sua participação no Mundial de Endurance

Competindo no Mundial de Endurance desde 2021, a Escuderia Glickenhaus confirmou nesta terça-feira, 24, que encerrou suas atividades. O time que tem como chefe Jim Glickenhaus, já havia informado que não disputaria as últimas etapas do WEC deste ano, por conta dos custos.

Aliás, em entrevista ao site Daily Sports Car, Jim confirmou que os carros SCG 007 da equipe, construídos pela Podium Engineering e preparados pela Joest Racing, não retornariam, por conta dos elevados custos que a classe Hypercar do WEC exige

Levou-se em conta também a forte concorrência, visto a grande quantidade de fabricantes envolvidos no Mundial, que só fez encarecer o desenvolvimento do SCG 007.

“No início, depois do caminho errado para acomodar o Aston Martin Valkyrie LMH original, era bastante simples. Você construiu um carro dentro dos regulamentos que poderia fazer 3m30 em Le Mans e estava tudo pronto para isso”, explicou Jim.

“Desde então, houve uma mudança muito previsível para os fabricantes que impulsionam o desenvolvimento enquanto estamos no limite”.

Altos custos causaram o fim da participação da Glickenhaus no WEC

Em provas regulares do WEC, um pódio nas 1000 Milhas de Sebring em 2022. (Foto: Divulgação)

ahhhhh

“Juntando tudo isso, há somas envolvidas que simplesmente não podemos justificar gastar enquanto trabalhamos na construção do negócio de carros de rua”, lamenta.

A equipe participou de 12 corridas no WEC, durante três temporadas, incluindo dois carros disputando as 24 Horas de Le Mans deste ano.

Além disso, a epopeia no endurance rendeu duas poles positions nos circuitos de Spa-Francorchamps e Monza em 2022. Por fim, o time conquistou um pódio durante as 1000 Milhas de Sebring do mesmo ano.

Le Mans, o palco principal

Porém, de longe, as conquistas mais impressionantes do programa ocorreram em Le Mans. Seis largadas e seis chegadas, incluindo um pódio em 2022, é um resultado muito significativo de um programa financiado pelo setor privado.

Na edição deste ano das 24 Horas de Le Mans, os dois carros da equipe terminaram em sexto e sétimo na classe Hypercar.

“Este ano vencemos a Peugeot e vencemos a Porsche e isso é mais um capítulo de uma aventura que podemos valorizar”, comemora.

“Vamos nos despedir com alguns pesares de que o conjunto de regras efetivamente nos tornou não competitivos, mas desejamos a todos boa sorte para uma era emocionante em um esporte pelo qual todos na Glickenhaus são totalmente apaixonados”, finalizou.

Sem dinheiro, Glickenhaus pode fechar as portas no final de 2023

A equipe Glickenhaus pode fechar as portas e abandonar o Mundial de Endurance no final deste ano. O motivo, a falta de dinheiro. O proprietário da equipe, Jim Glickenhaus, disse em entrevista ao site Sportscar365 que sua equipe precisaria de “orçamento substancial” para desenvolver, atualizar e testar seu carro LMH para o próximo ano.

Além disso, acrescentou que  não tem “nenhum desejo de ser bucha de canhão” na crescente classe de hipercarros do WEC. A princípio, o Glickenhaus 007 Pipo, que estreou nas 8 Horas de Portimão em 2021, é um dos carros mais antigos da categoria.

Foi introduzido no mesmo ano que o Toyota GR010 Hybrid, mas ao contrário do Glickenhaus, o carro japonês atualizações para as temporadas de 2022 e 2023. Com poucas atualizações e falta de testes, principalmente na temporada atual, Glickenhaus tem lutado contra medalhões como Ferrari, Porsche e Cadillac.

Leia também:

“Muito disso vai depender exatamente de como seria nosso programa com um patrocinador”, disse ele. “Este carro tem três anos. Para ser competitivo, precisaria de um upgrade sério. Precisaria de muitos testes. Seria necessário um orçamento substancial”, explicou. 

“Sentimos que, se tivéssemos isso, poderíamos ser muito competitivos. É incrível que nosso carro de três anos, contra os melhores e mais brilhantes carros mais novos, ainda esteja relativamente bom. A ideia de que em Le Mans vencemos a Porsche é incrível. Vencer a Peugeot também é incrível e certamente não fomos uma piada.”

Embora desejasse continuar no campeonato mundial no próximo ano, Glickenhaus admitiu que poderia encerrar o programa por completo se não fosse encontrado patrocínio adicional.

“É realmente se conseguirmos patrocinadores que nos permitam desenvolver o carro e continuar, isso seria emocionante e valioso”, disse ele. “E se não o fizermos, não há problema. Não temos nenhum desejo de subir e ser bucha de canhão. É o seguinte: as corridas vendem carros, mas a economia do WEC versus o tamanho de nossa empresa e o número de carros que seríamos capazes de produzir não faz sentido”. 

“Faz sentido para os grandes fabricantes que vendem milhões de carros por ano. No caso da Ferrari, 13.000 a 20.000 carros por ano”, enfatiza. “Ou Lamborghini, mas não acho que, para uma pequena equipe privada, faça algum sentido econômico.”

Glickenhaus é dúvida para o restante da temporada do WEC

Além disso, Glickenhaus assumiu uma posição semelhante às corridas no exterior em Fuji e Bahrein, que encerrarão a campanha do WEC deste ano. Sua participação deverá ser confirmada nos próximos dias porque os contêineres marítimos do WEC, nos quais as equipes colocam seus carros e equipamentos, devem partir logo após Monza.

Aliás, um porta-voz do WEC disse ao Sportscar365 que o frete para a viagem ao exterior será carregado de 17 a 18 de julho, com o barco partindo para o Japão um dia depois.

“Temos esperança de que seremos capazes de decidir isso de forma positiva”, disse. Glickenhaus. “Devemos saber, eu diria, dentro de duas semanas e veremos aonde vai.

“O WEC é muito diferente de quando assumimos. Quando assumimos, disseram-nos que se construíssemos um carro dentro das regras, poderíamos fazer um 3:30 em Le Mans, se fosse o que precisávamos”. 

“Houve muitas mudanças de regras e muitas coisas que foram trocadas para tentar fazer algum tipo de convergência. Além disso, acho que o espírito mudou um pouco. Quando contratamos, acreditávamos que uma equipe privada com um orçamento estimado muito mais razoável do que uma equipe LMP1 poderia ter uma chance”. 

“Mas agora enfrentamos corporações gigantescas com gastos ilimitados. É uma situação muito diferente”, finalizou. 

Glickenhaus lidera primeiro treino em Sebring

(Foto: Divulgação)

A Glickenhaus Racing, liderou nesta quarta-feira, 16, a primeira sessão de treinos, para a etapa de Sebring do Mundial de Endurance. Logo, Romain Dumas, foi o mais rápido, marcando 1:49.738s, que colocou o #708 Glickenhaus 007 meio segundo de vantagem no topo da tabela de classificação.

O segundo mais rápido foi o Alpine pilotado por Matthieu Vaxiviere. O mais rápido dos dois Toyota ficou em terceiro lugar. Sebastien Buemi marcou 1:50.267 com o #8. 

Tempos treino 1

Na classe LMP2, Ferdinand Habsburg, que liderou o teste de pré-temporada do fim de semana passado, ficou em quarto lugar, à frente do Toyota #7 pilotado por José Maria Lopez. Habsburg marcou 1::50.477 ao volante do #41 da WRT. Louis Deletraz, da Prema Orlen Team, fez 1:51.068 para terminar em sexto na geral.

A Porsche GT Team dominou na classe GTE-Pro, com Kevin Estre no 911#92. Estre marcou 1:58.827, enquanto seu companheiro de equipe Gianmaria Bruni no Porsche #91 ficou menos de um décimo de segundo atrás.

Os dois Porsches foram seguidos de perto pelo líder da classe GTE-Am, Matteo Cairoli, que superou os carros da Corvette Racing e AF Corse a bordo do 911 # 46 Team Project 1.

Cairoli marcou 1.58.906, enquanto o terceiro melhor tempo Pro e o quarto melhor na classe GTE veio das mãos de Tommy Milner, que marcou 1:59.893 no Chevrolet #64. Atrás de Cairoli na classe Am estava o #88 da Dempsey-Proton,  o NorthWest AMR e o Project 1.

As novidades da Glickenhaus para 2022

Equipe estará presente em todas as etapas do WEC com um carro. (Foto: Divulgação)

Uma das grandes novidades durante a temporada 2021 do Mundial de Endurance, foi a estreia da Scuderia Cameron Glickenhaus. O Hypercar SCG007 se mostrou convincente e por muito pouco, não venceu as 6 Horas de Monza, além de terminar as 24 Horas de Le Mans com seus dois carros. 

Mesmo enfrentando problemas inerentes a qualquer projeto que está nos primeiros estágios de desenvolvimento, o SCG007 pode surpreender em 2022, já que estará competindo no WEC de forma integral, com apenas um carro. 

Nos últimos meses a equipe tem aperfeiçoado o protótipo, além do desenvolvimento dos esportivos SCG 004S & SCG 004CS. O Hypercar que disputará o Mundial de Endurance, terá melhorias no motor, que irá ser abastecido com combustível 100% renovável, desenvolvido pela TOTAL. 

Este combustível 100% renovável, será produzido com base em bioetanol, feito de resíduos de vinho da indústria agrícola francesa e na refinaria Feyzin da TotalEnergies perto de Lyon (França) a partir de matéria-prima do agronegócio. Esse combustível deve permitir uma redução imediata de pelo menos 65% das  emissões de CO 2 dos carros de corrida. O combustível estará em vários carros do WEC e também no European Le Mans Series.
Outra novidade é a introdução do sistema ‘Brake-by-wire. O sistema possui a capacidade de controlar os freios por meios elétricos. Ele pode ser projetado para complementar os freios comuns ou pode ser um sistema de freio independente.

Esta tecnologia é amplamente utilizada em todos os veículos elétricos híbridos e a bateria, incluindo o Toyota Prius . O freio por fio também é comum na forma de freio de estacionamento elétrico, que agora é amplamente utilizado em veículos convencionais.

O sistema substitui componentes tradicionais, como bombas, mangueiras, fluidos, correias e o uso de vácuo, além de cilindros mestres, por sensores e atuadores eletrônicos. A tecnologia drive-by-wire na indústria automotiva substitui os sistemas tradicionais de controle mecânico e hidráulico por sistemas de controle eletrônico usando atuadores eletromecânicos e interfaces homem-máquina , como pedal e emuladores de direção.

A Glickenhaus deve alinhar dois carros nas 24 Horas de Le Mans, e pode se tornar uma das equipes principais da classe Hypercar em 2022. Adversários não irão faltar. Alpine, Toyota e ByKolles. 

Siga o Bongasat nas redes sociais:

Facebook – https://www.facebook.com/bongasat 

Instagram – https://www.instagram.com/bongasat/ 

Grupo no Telegram – https://t.me/+kAg7FzeIB4cyNTdh

Glickenhaus termina testes em Le Mans na frente

(Foto: Divulgação)

A Scuderia Glickenhaus fechou o dia de teste para as 24 Horas de Le Mans na frente, na tarde deste domingo, 15. Olivier Pla levou o SCG 708 ao primeiro lugar com o tempo de 3:29.115 faltando menos de dez minutos restantes na sessão de cinco horas.

O tempo de volta de Pla foi superior ao obtido pela Toyota na primeira sessão. Mike Conway registrou a segunda volta mais rápida do dia com 3: 29,340 no #7. O companheiro de equipe Kazuki Nakajima com o #8 fez uma melhora do seu tempo marcando 3:29.622, à frente de Brendon Hartley, que foi o mais rápido na sessão da manhã.

Tabela final de tempos

A dupla de Toyotas completou 131 voltas ao longo da segunda sessão, com apenas o #24 PR1 / Mathiasen Motorsports com o mesmo número de volta, este da classe LMP2.O Alpine #36 Nicolas Lapierre terminou em quarto lugar com o tempo de 3:30.111, com Romain Dumas em quinto com o Glickenhaus #709 marcando 3:30.924. Todos os cinco carros LMH ficaram à frente da classe LMP2.

Na classe o melhor foi o Oreca #48 da equipe IDEC Sport Oreca de Paul Loup Chatin, com o tempo de 3:31.105. Em segundo o também Oreca #65 da  Panis Racing Oreca de Will Stevens com uma diferença de 0,015 segundos.

Louis Deletraz foi o terceiro com o #41 do Team WRT Oreca, seguido pelos #23 e# 22 United Autosports. O Oreca #82º da Risi Competizione foi o sexto na classe, à frente do #29 do Racing Team Nederland da Pro-Am em sétimo lugar entre os corredores da LMP2.

Porsches dominam nas classes GTE

Kevin Estre marcou 3:52.901 na sessão da manhã ficando com o melhor tempo do dia. A Porsche terminou o teste com os três melhores tempos da classe, com o tempo de Gianmaria Bruni de 3 52.904 mantendo-se com o segundo melhor. 

O #51 AF Corse James Calado foi a Ferrari mais rápida, pouco menos de dois décimos do melhor tempo de Estre, enquanto o os dois Corvettes ficaram com os últimos tempos da classe GTE-Pro. 

Harry Tincknel foi o mais rápido na classe GTE-Am com o Porsche do #99 da Proton Competition, ultrapassando o #56 Team Project 1 Porsche de Riccardo Pera por 0,030 segundos. A Ferrari #66 da JMW Motorsport terminou o dia na terceira posição. 

Toyota vence corrida conturbada em Monza

Toyota viveu extremos em Monza. (Foto: Divulgação)

Os pilotos Mike Conway, Jose Maria Lopez e Kamui Kobayashi venceram neste domingo, 18, a etapa do Mundial de Endurance que foi disputado no circuito de Monza, na Itália. O Toyota #7 terminou a prova sem problemas, enquanto o #8 terminou na quarta posição a 43 voltas do líder depois de enfrentar problemas nos freios e na bomba de combustível. 

Conway encerrou a prova para a Toyota com um minuto de vantagem para o Alpine #36 de Matthieu Vaxiviere, Nicolas Lapierre e André Negrão. O Oreca #22 da United AutoSport de Filipe Albuquerque, Phil Hanson e Fabio Scherer terminou em terceiro no geral se aproveitando dos infortúnios da Toyota e dos Hypercars da equipe Glickenhaus que competiu com dois carros. 

O #7 chegou a perder o primeiro lugar brevemente a liderança com duas horas para o fim, quando Kobayashi parou na pista para “reiniciar” o sistema do carro. Isso fez com que o japonês ficasse atrás de Romain Dumas no #709 Glickenhaus, que então parou no box no final da mesma volta para uma troca de freio que duraria oito minutos, frustrando suas chances de um pódio.

Resultado final

O Toyota #8 de Brendon Hartley, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima foi o segundo colocado nos treinos, mas acabou tendo problemas durante a prova. O carro venceu as duas primeiras rodadas do WEC em Spa e Portimão, mas completou 43 voltas a menos que o carro vencedor e terminou em último dos classificados.

Quando o #8 encontrou seu primeiro revés com uma perda de potência uma hora e meia após o início da corrida, Alpine subiu para a segunda posição, enquanto o #709 avançou para a terceira. A vantagem de 40 segundos de Lopez sobre Vaxiviere caiu no início da terceira hora, quando um safety car foi chamado para recuperar os destroços de um furo no Aston Martin GTE.

Mesmo com problemas, Glickenhaus se mostrou rápido. Foto: (@SalaStampaF1)

A vantagem foi restaurada até a paralisação de Kobayashi, o que lançou dúvidas sobre as chances de vitória do #7 da Toyota. O problema com o Glickenhaus fez de Alpine o principal candidato a uma virada, com Lapierre à frente durante algumas voltas antes de parar nos boxes.

Kobayashi e Conway, fizeram voltas rápidas recuperando a vantagem do #7, ficando à frente do Alpine, garantindo a vitória. Depois de uma longa parada, o Glickenhaus pilotado por Dumas, Richard Westbrook e Franck Mailleux passou por vários carros LMP2 terminando em quarto lugar na geral.

Albuquerque garantiu a vitória na classe LMP2, chegando com quase um minuto para o Oreca da equipe WRT de Robin Frijns, Charles Milesi e Ferdinand Habsburg. Hanson assumiu a liderança na primeira curva, mas o United teve um lento pit stop, que restaurou a vantagem da WRT. No entanto, o #31 parou um pouco antes do safety car, que anulou sua vantagem. O #22 da United recuperou a vantagem e seguiu na corrida sem problemas.

United AutoSport venceu na classe LMP2. (Foto: Divulgação)

A Racing Team Nederland terminou em terceiro e venceu a classe LMP2 Pro-Am com Frits van Eerd, Nyck de Vries e Paul-Loup Chatin. Alex Brundle, Renger van der Zande e Jakub Smiechowski, da Inter Europol Competition, terminou em quarto, enquanto Stoffel Vandoorne, Tom Blomqvist e Sean Gelael da equipe JOTA completou os cinco primeiros.

Porsche vence na classe GTE-Pro

Porsche vence na classe GTE-Pro. (Foto: Divulgação)

Kevin Estre e Neel Jani venceram na classe GTE-Pro com o Porsche #92. A equipe alemã assumiu a liderança no campeonato de construtores. Estre liderou a hora final da corrida, mas sua vantagem sobre Alessandro Pier Guidi caiu quando a Ferrari optou por entrar nos boxes com o #51 durante o último período de Full Course Yellow.

Essa mudança colocou Pier Guidi na cola de Estre e os dois ex-campeões mundiais correram literalmente colados nas voltas finais até que a Ferrari parou para completar o combustível a dois minutos do final. Gianmaria Bruni e Richard Lietz completaram o pódio no Porsche #91, à frente de Miguel Molina e Daniel Serra na Ferrari #52.

Ferrari da AF Corse vence na classe GTE-Am. (Foto: Ferrari Races)

Na classe GTE-Am François Perrodo, Alessio Rovera e Nicklas Nielsen venceram com a Ferrari da AF Corse #83. O carro foi para o final do grid depois de uma penalidade técnica. Mas se recuperou, vencendo a prova. 

Augusto Farfus fez uma ultrapassagem tardia em Tomonobu Fujii garantindo o segundo lugar para o Aston Martin #98 da NorthWest AMR. Farfus dividiu o carro com Paul Dalla Lana e Marcos Gomes. O terceiro lugar ficou com o Aston Martin #777 da D’station Racing de Tomonobu Fujii, Satoshi Hoshino e Andrew Watson.

Glickenhaus pensa em hidrogênio

Protótipo teria autonomia superior aos atuais Hypercars. (Foto: Divulgação)

A ideia de veículos movidos a hidrogênio não é nova, a BMW já apresentou o Hydrogen 7 em 2005 e até a ACO já possui um protótipo movido por este combustível limpo. Agora é James Glickenhaus que aceitou o desafio. 

Em uma postagem em seu Instagram, Glickenhaus, divulgou como seria o Hypercar SCG007 com um tanque de hidrogênio acoplado. Indo além da foto nas redes sociais, James, anunciou a criação da Glickenhaus Zero, empresa focada no desenvolvimento e construção de veículos com emissão zero. 

A motivação partiu da picape desenvolvida pelo construtor americano, para rivalizar, e vencer, a Tesla Cybertruck, picape futurista 100% elétrica de Elon Musk. A “picape” de Glickenhaus utiliza células de combustível e está em franco desenvolvimento. 

 


Como o fabricante está envolvido no mundo do endurance, Le Mans é o foco principal. Um protótipo baseado no SCG 007 utilizará hidrogênio criogênico líquido. De acordo com Glickenhaus, o carro utilizará uma espécie de combustão para converter o hidrogênio líquido em água e eletricidade.

Os planos são ambiciosos. A expectativa é de que o protótipo seja capaz de ser reabastecido em cerca de 30 segundos, com uma autonomia similar aos atuais Hypercars e outros carros movidos a hidrogênio, como o Toyota Corolla, projeto feito pelo fabricante japonês, demonstrando que o conceito pode ser usado de forma satisfatória no automobilismo.  

O ACO planeja lançar a classe de protótipos movidos a hidrogênio em 2024, o carro de Glickenhaus estaria pronto um ano antes. Nos resta esperar.

Cameron Glickenhaus em dúvida sobre a participação após Le Mans

Os dois chassis para disputar o WEC estão prontos. (Foto: Divulgação)

Após adiar a estreia nas 6 Horas de Spa, a Scuderia Cameron Glickenhaus anunciou nesta quinta-feira que também não participará das etapas de Fuji e Bahrein do Mundial de Endurance

O motivo é o atraso no desenvolvimento do SCG007, seu primeiro Hypercar. O desenvolvimento vem  do fato de a equipe ainda não ser capaz de completar seu planejado teste de resistência de 30 horas com o carro, que agora está agendado para o início do próximo mês em Motorland Aragon.

“Não há nada que mudou em nossos planos”, disse Jim Cameron ao site Sportscar365. “O COVID-19 tornou mais difícil em termos de fornecedores. Coisas que costumávamos tirar do Reino Unido da noite para o dia agora levam três semanas”.

“Mesmo que seja algo tão pequeno quanto um conector elétrico, isso deixa você mais lento. Isso teve um efeito”. 

“As restrições de viagens da COVID tiveram um efeito enorme sobre nós”.

“Temos pilotos dos Estados Unidos, França, Reino Unido. As regras mudam a cada 15 minutos. É muito difícil, então isso tornou as coisas mais lentas. Mas a desaceleração nunca mudou nada”.

“Sempre íamos fazer um teste de 30 horas e sempre teríamos essa exploração aerodinâmica provisória, um teste de túnel de vento de pré-homologação em escala real”.

“A internet, imprudentemente, faz suposições de que não correr em Spa significa alguma coisa. Não significa nada. Estamos atrasados. Existem muitas razões para isso. Mas não temos pressão”.

“Por que correríamos para correr em Spa com um carro que não é tão bom como eventualmente vai ser, e ficar presos em algo que não é bom? É loucura”, enfatizou.

Próximos passos

O dono da equipe disse que o próximo passo no desenvolvimento é finalizar a aerodinâmica do carro 007. A equipe desenvolveu dois kits aerodinâmicos e precisa escolher apenas um.  

O segundo chassi está no túnel de vento da Sauber para testes. “Este é um teste SCG privado onde vamos experimentar diferentes configurações para determinar o que exatamente o carro final será, e o que o tornará o mais rápido – principalmente em Le Mans, mas também adequado para correr em outras pistas do WEC”, Glickenhaus disse.

“O problema é que se você acabou de fazer um carro puro para Le Mans, ele realmente não será tão bom em outras pistas. Então, estamos tentando fazer isso”. 

“Assim que fizermos isso, haverá um compromisso de cinco anos para a vida útil do carro. Então, realmente queremos ser muito cuidadosos com essa decisão. Meu objetivo é vencer a Ferrari em Le Mans em 2023, não aparecer em Spa com um carro que não está pronto”. 

“Além disso, olhe para a situação da COVID na Bélgica hoje. Não é o ideal. Eu quero me sujeitar e meus companheiros a isso?”

“Estaremos prontos para correr os dois carros em Portimão e, portanto, correremos com os dois carros em Portimão, Monza e depois em Le Mans”, disse Glickenhaus. “E então veremos onde estamos e partir daí.”

Falta de recursos poderá ser um problema após Le Mans

Glickenhaus disse que  não está comprometido com as rodadas ‘em Fuji e Bahrain nesta temporada e vai depender de patrocínio adicional. Fazemos isso para vender carros”, disse ele. “Não vendemos carros no Oriente Médio e não vendemos carros no Japão”.

“Então, para continuarmos fazendo todo o WEC, precisamos de patrocinadores que queiram a exposição que podemos dar a eles nesses mercados”, disse. 

“Só correr porque está lá, não é algo que tenhamos interesse ou tenhamos que fazer. Somos um pouco diferentes das outras empresas”. 

“Eu acho que vamos conseguir alguns desses patrocinadores? Certo. Eu acho que algum dia iremos vender carros para o Japão? Absolutamente. Acho que vamos vender carros para o Oriente Médio? Sim”,

“Meu objetivo não é vencer o Campeonato Mundial de Endurance. É para curtir as corridas e ter a corrida vendendo carros pra gente, da forma tradicional, não gastar 2 milhões de dólares indo para Bahrein e Fuji, isso não vai vender carros. Por que eu faria uma coisa dessas?” Finalizou. 

Glickenhaus não participará da abertura do WEC

Equipe está testando no túnel de vento da Sauber. (Foto: Divulgação)

A Scuderia Cameron Glickenhaus informou nesta segunda-feira, 12, que não participará das 6 Horas de Spa-Francorchamps, primeira etapa da temporada 2021 do Mundial de Endurance

O Hypercar SCG007 irá aparecer somente na segunda etapa do campeonato, em Portimão, em junho. “Definitivamente não vamos para Spa; foi uma decisão imprevisível”, disse Jim Glickenhaus ao site Motorsport.com. “Sempre planejamos começar a correr quando tivermos tudo exatamente onde queremos, porque este é um programa de cinco anos e estamos jogando um jogo longo aqui”, disse. 

“Nunca mudamos de opinião e nunca tivemos pressa para chegar a Spa”, enfatizou. 

O construtor norte-americano alega que irá para a pista depois de realizar uma corrida de 30 horas. O teste deve ocorrer em maio no circuito espanhol de Motorland Aragon. Só depois o carro passará pela homologação da FIA.

Glickenhaus revelou que o carro está passando por  testes no túnel de vento da Sauber, na Suíça, esta semana para avaliar duas configurações aerodinâmicas. “Temos duas configurações nas quais estamos trabalhando – uma é um pouco mais alta e outra é um pouco mais downforce”, explicou. “Vamos decidir o que é melhor porque só é permitida uma configuração aerodinâmica e depois faremos outro teste em Vallelunga”.

“Esse será o teste final antes de um teste de 30 horas e então estaremos prontos para correr os dois carros em Portimão”, finaliza.

Apenas um 007 correu no circuito de Vallelunga, perto  das instalações da Podium Advanced Technologies que desenhou e desenvolveu o carro. Foram percorridos por volta de 2 mil quilômetros com os pilotos Richard Westbrook, Olivier Pla e Franck Mailleux ao longo dos dois dias, que foi o quarto teste do carro.

A ausência de Glickenhaus em Spa significa que apenas três carros irão competir na classe Hypercar. Dois Toyota GR010 HYBRID LMHs e o projeto antigo LMP1 ORECA da Alpine.

Glickenhaus desenvolve esportivo com três lugares

Os dois chassis para disputar o WEC estão prontos. (Foto: Divulgação)

As ambições da Scuderia Cameron Glickenhaus parecem não ter fim. A equipe americana que fará sua estreia no Mundial de Endurance este ano com dois Hypercars, está desenvolvendo um esportivo de três lugares, baseado do modelo 007. As informações são do site pistonheads.com.

De acordo com Jim Glickenhaus, o esportivo de produção custará US $2,3 milhões. Seu principal diferencial será dois bancos de passageiros com o motorista sentado no terceiro banco, no centro do carro. Equipado com um motor V8, serão fabricadas 24 unidades, sendo entregues dois anos após todos terem sido vendidos.

O chefe do SCG, Jim Glickenhaus, destacou as habilidades do carro na estrada em suas redes sociais , sugerindo que ele será “capaz de dirigir até a pista, fazer 100 voltas e voltar para casa”

Para pilotar seu “brinquedo”, o futuro comprador teria que trocar os pneus para de corrida, regular o ABS e ajustar a altura do carro.

“Por 50 anos dirigimos carros de corrida como nosso Lola T70, nosso Ford MK-IV, nossa Ferrari P / 3, 412P e 159S, centenas de milhares de quilômetros em vias públicas”, observou Glickenhaus. “Para o registro de estrada de nosso Ford MK-IV 1967 foi simples. Tudo que precisávamos eram cintos de segurança e pneus com piso. Hoje é uma tarefa muito mais complexa e envolve testes de colisão, conformidade de emissões, engenharia massiva e muito dinheiro …O Glickenhaus 007S será totalmente legal nas estradas dos EUA”.

Esportivo espera aprovação em outros países

Glickenhaus acrescentou que o 007S poderia “provavelmente” ser digno de aprovação no Reino Unido, bem como certificado para uso por reguladores alemães (e, portanto, da UE), japoneses e até do Oriente Médio. A menção desses mercados enfatiza que o 007S não se destina a ser um produto de nicho elegível apenas para uma região, mas sim um carro global. 

Na sua postagem no instagram, Glickenhaus enfatizou ainda mais o uso do carro de “corrida” para as estradas. “Dirigir para Paris para jantar”. Recentemente ele anunciou uma versão de rua do 007 custando US $6 milhões. O futuro comprador receberia o carro antes das 24 Horas de Le Mans que acontecerá em agosto. 

Equipado por um motor V8 turbo de 3,5 litros é  desenvolvido pela francesa Pipo. Se SCG 007 for rápido e confiável, os organizadores da corrida podem autorizar uma terceira inscrição. O valor de US $6 milhões é considerado barato para uma equipe competir em Le Mans. Jim afirma que caso o cliente não tenha mais interesse em disputar corridas, o modelo pode ser convertido para um veículo habilitado para trafegar nas ruas. Interessado?