Programa do terceiro Hypercar da Ferrari ganha força com Yifei Ye

Após a confirmação de Robert Kubica como piloto na terceira Ferrari Hypercar que disputará o Mundial de Endurance no próximo ano, os nomes dos demais pilotos começam a ser definidos. 

De acordo com o diretor de automobilismo da Ferrari, Antonio Coletta, a terceira Ferrari 499P estará na terceira temporada completa do WEC através da equipe AF Corse SRL. Porém, muitos pensaram que a equipe Richard Mille seria a responsável pelo carro, o que acabou não se concretizando. 

Além de Kubica, o chinês Yifei Ye que competiu nesta temporada no Porsche do Team JOTA foi o escolhido. Yifei Ye impressionou com seu ritmo com o Porsche da JOTA.

Porém, seria uma mudança que faria com que o piloto chinês saísse do ambiente de fábrica da Porsche, onde foi nomeado piloto pela Porsche Asia Pacific – Não há confirmação de que Ye seria nomeado como piloto contratado pela Ferrari.

Novos nomes para a Ferrari 

Fabricante italiano confiante para a temporada 2024 do WEC. (Foto: Ferrari)

Aliás, há rumores de que o piloto reserva da Ferrari F1, Robert Shwartzman, será o terceiro piloto da temporada completa a participar do programa. A reportagem do Daily Sports Car, entrou em contato com Shwartzman durante os  testes de rookie do WEC, no circuito do Bahrein. Ele afirmou que está aberto a negociações.

“Sim”, ele disse. “Estou aberto a tudo, não estou focado apenas na F1. Eu realmente espero que após este teste haja uma oportunidade de tentar pilotar o Hypercar e obter toda a experiência em corridas de resistência”, disse.

“No momento não (não há mais planos), mas estou sempre aberto a isso”, finalizou.

Lamborghini segue no desenvolvimento do SC63 para o WEC

A Lamborghini está entrando na segunda fase de desenvolvimento de seu carro LMDh. Com a introdução de um segundo chassi SC63 no início do próximo ano.

Além disso, o novo carro será o terceiro chassi do Lamborghini SC63 no total, depois que o primeiro destruído em um acidente em Paul Ricard, em agosto, durante os primeiros estágios de testes.

O chefe da Lamborghini Squadra Corse, Giorgio Sanna, minimizou o impacto do acidente, afirmando que foram feitos testes dinâmicos suficientes para validar a confiabilidade do trem de força.

O segundo SC63 correu na Itália e na Espanha. Mas depois precisou ser enviado aos EUA para passar pelo processo de homologação da IMSA. Assim, esse chassi icompletará alguns testes nos EUA antes de retornar à Europa. Lá entrará no túnel de vento da Sauber para completar sua homologação com a ACO e a FIA.

A introdução de um novo chassi significará que a Lamborghini realizará o programa de testes de dois carros que originalmente previa ter no segundo semestre de 2023.

Sanna explicou que a Lamborghini intensificou seus testes dinâmicos para compensar a repentina falta de dois SC63.

Lamborghini apreendendo com os erros

O dirigente acredita que o próximo ano será uma “temporada de aprendizado” para a empresa. Que fará sua estreia em corridas de protótipos nos dois lados do Atlântico com a Iron Lynx.

Aliás, a Lamborghini planeja ter quatro SC63 ativos no próximo ano. Um para cada programa de corrida de carro único no WEC e na IMSA Michelin Endurance Cup, e dois carros de teste/reserva.

Por fim, a Lamborghini espera estrear com um desempenho forte no início de 2024, mas reconhece que será uma temporada de aprendizado para a empresa.

 

Kelvin van der Linde é o reforço da Akkodis ASP para o WEC

O piloto Kelvin van der Linde é o mais novo reforço da equipe Akkodis ASP que alinhará um Lexus RC GT3 na classe LMGT3 no WEC no próximo ano. O piloto sul-africano esteve recentemente testando o Lexus no Circuito de Barcelona-Catalunha.

Além disso, ele se junta ao já confirmado Jose Maria Lopez na liderança do programa LMGT3, com mais pilotos a serem confirmados posteriormente. Van der Linde passou a primeira fase de sua carreira em carros esportivos na Audi durante  oito anos como piloto de fábrica. Ele obteve duas vitórias em Nürburgring 24.

Outros sucessos com a marca de Ingolstadt incluem dois títulos ADAC GT Masters em 2014 e 2019. E a vitória nas 10 Horas de Suzuka 2019 com a Equipe WRT. Sua única experiência em corridas organizadas pelo ACO vem de duas corridas com a Phoenix Racing na Asian Le Mans Series em 2021. Quando se juntou a Matthias Kaiser e Simon Trummer ao volante de um Oreca 07.

Por fim, o jovem de 27 anos deverá permanecer ativo nas máquinas Audi através de seu relacionamento contínuo com a ABT Sportsline, articulando seus compromissos no WEC com uma quarta temporada no DTM ao volante de um Audi R8 LMS GT3 Evo II.

 

Toyota Gazoo Racing revela lineup para a temporada 2024 do Mundial de Endurance

A equipe Toyota Gazoo Racing anunciou nesta segunda-feira, 20, os pilotos que defenderão suas cores na temporada 2024 do Mundial de Endurance. Além disso, o objetivo claro da Toyota é conquistar o sexto título consecutivo no Campeonato Mundial e a sexta vitória em sete anos nas 24 Horas de Le Mans.

Pilotos do Toyota #8: Continuidade e Busca por Títulos

Na busca pelo terceiro Campeonato Mundial de Pilotos de Endurance consecutivo e pela segunda vitória em Le Mans, Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa permanecerão no comando do Toyota #8. A temporada passada foi marcada por duas vitórias e seis pódios, assegurando-lhes o título de Campeões de Pilotos. Buemi expressou sua satisfação ao retornar à equipe, destacando a longa parceria e a expectativa por mais sucessos.

Hartley, quatro vezes Campeão do Mundo e três vezes vencedor de Le Mans, compartilhou o orgulho de fazer parte da equipe e da jornada junto com Buemi e Hirakawa. Contudo, o último mencionou a especialidade da experiência até agora e a antecipação por desafios ainda maiores na próxima temporada.

Toyota #7: Novo Piloto e Mudanças Estratégicas

 

Nick de Vries é a novidade no Toyota #7. (Foto: Divulgação)

Kamui Kobayashi continuará como chefe de equipe e piloto do Toyota #7, ao lado de Mike Conway. A grande novidade é a inclusão de Nyck de Vries como terceiro piloto em tempo integral. O piloto holandês, conhecido por sua experiência na Fórmula 1, Fórmula E e Fórmula 2, traz consigo quatro largadas em Le Mans e uma vitória na categoria LMP2 no WEC e no ELMS.

Além disso, De Vries expressou entusiasmo por retornar às corridas de resistência com a Toyota Gazoo Racing, agradecendo à equipe pelo suporte contínuo. Assim, ele se une a Conway e Kobayashi para formar uma equipe talentosa e ambiciosa.

Novos Desafios

De Vries substituirá José Maria López, que, após uma temporada bem-sucedida de sete anos com Conway e Kobayashi, deixará as corridas de protótipos. López se juntará à equipe Akkodis ASP Team na classe LMGT3 para 2024. Assumindo responsabilidades no desenvolvimento da equipe e do carro, além de apoiar pilotos jovens e amadores na categoria pró-am. Por fim, este movimento representa uma mudança estratégica para López e destaca o compromisso contínuo da Toyota com o desenvolvimento de talentos e o enfrentamento de novos desafios na próxima temporada.

Audi na expectativa de competir no WEC

A Audi vive um dilema. Após ter os seus esforços focados no desenvolvimento de um carro para a Fórmula 1 para a temporada 2026, o fabricante alemão ainda possui ambições de competir no endurance. Esse desejo vem desde a época do diesel gate e ganhou corpo com a aceitação de carros GT3 no WEC

Porém, para competir no Mundial de Endurance e consequentemente nas 24 Horas de Le Mans na classe LMGT3 a montadora precisa ter um Hypercar. Coisa que as Audi não possui. Ela aguarda a benevolência  por parte do ACO pelo histórico da marca em Le Mans. Ou espera uma “ajudinha” da Porsche ou Lamborghini, empresas do mesmo grupo. 

Durante o GT World Cup, em Macau, Chris Reinke, chefe de corridas da Audi Sport Customer, deixou claro um certo desespero para que a marca consiga um convite. 

“Para nós é simples”, disse Reinke. “Fomos solicitados a mostrar compromisso com o LMGT3, como marca fizemos exatamente isso, desenvolvemos o carro e testamos, e testaremos novamente na próxima semana pneus Goodyear nas especificações LM GT3”, disse. 

“Também nos comprometemos a publicar duas inscrições e aguardamos a decisão”.

Futuro da Audi incerto

No entanto, espera-se que o pedido seja negado para a Audi e para o seu cliente Sainteoc Racing. Isso baseia-se na decisão adicional confirmada durante a reunião do WEC no Bahrein de que marcas não representadas no WEC não serão autorizadas a colocar carros em Le Mans.

Além disso, se um carro tiver conquistado o título e não tenha representantes no WEC, a coisa ficará complicada. Resta esperar. 

Corvette define pilotos para o WEC e IMSA

A Corvette Racing definiu nesta segunda-feira, 13, os pilotos que estarão representando a marca no WEC e na IMSA. Em ambas as séries, o carro será um Corvette Z06 GT3.R. 

Sendo assim, Daniel Juncadella, Earl Bamber, Charlie Eastwood e Nico Varrone farão parte do grupo que competirá nos dois campeonatos ou em ambos.  Além deles, atuais pilotos de fábrica Antonio Garcia, Tommy Milner, Nicky Catsburg e Alexander Sims, todos os quais disputarão a temporada completa do Campeonato WeatherTech.

Os oito competirão coletivamente como pilotos de fábrica da Corvette Racing – a marca que engloba todos os esforços do Z06 GT3.R também para equipes privadas. 

Juncadella e Bamber estarão nos dois carros da Corvette Racing by Pratt Miller Motorsports na classe GTD Pro da IMSA. Ambos os pilotos correrão pela fábrica nas 24 Horas de Daytona, 12 Horas de Sebring e Petit Le Mans.

Juncadella dirigirá com Garcia e Sims enquanto Bamber se junta a Milner e Catsburg. Aliás, Juncadella, que deixa a Mercedes-AMG, estará na classe GT do Asian Le Mans Series com a equipe TF Sport e também no WEC

“Devo dizer que ver o legado que a Corvette Racing criou nos EUA e ver a quantidade de conhecimento sobre a marca é muito emocionante”, disse Juncadella. “Fico orgulhoso e é uma sensação única ser um piloto de fábrica do Corvette.”

Pilotos da Corvette nos dois campeonatos

Ainda segundo a escalação do fabricante, Earl Bamber disputará corridas selecionadas do WeatherTech Championship no Z06 GT3.R. Aliás, o piloto já testou o Z06 GT3.R, somando-se a uma longa lista de carros GT3 que dirigiu ao longo de sua carreira.

“É realmente emocionante juntar-se à Corvette Racing da Pratt Miller Motorsports para corridas longas”, disse Bamber. “Há muitos anos faço parte de grandes rivalidades nas corridas IMSA. Mas esta organização ganhou tantas corridas e campeonatos… é realmente impressionante”. 

“Quando fiz meu primeiro teste na Road America, você pôde ver por que eles tiveram tanto sucesso. Eu dirigi o Z06 GT3.R e acho que o pacote é muito bom. Esses caras construíram carros GTLM fantásticos ao longo dos anos e não vejo por que o Corvette GT3 deveria ser diferente”, comemora. 

No WEC, Eastwood estará ao lado de Juncadella como dois pilotos profissionais da TF Sport. É uma relação familiar para Eastwood, que dirigiu pela TF Sport no campeonato de 2018-20 e na temporada atual.

Varrone, estrela em ascensão da Corvette Racing no WEC deste ano, fará a transição para funções em tempo integral no Campeonato WeatherTech em seu primeiro ano como piloto 

de fábrica. Ele volta à AWA, equipe com a qual venceu o Rolex 24 At Daytona deste ano na classe LMP3  ao lado de Anthony Mantella.

Por fim, o gerente do programa Corvette Z06 GT3.R, Christie Bagne, acrescentou: “À medida que avançamos para o GT3 e as corridas de clientes, é importante adicionarmos à nossa lista de pilotos que estão disponíveis para as equipes.

“Estamos entusiasmados com a riqueza de experiência em nossa linha de fábrica do Corvette. Tanto a GM quanto nossas equipes se beneficiarão com o aprendizado de cada piloto”, finalizou. 

 

TF Sport revela pilotos que disputarão o WEC 2024 com Corvette

A equipe TF Sport divulgou nesta segunda-feira, 13, os pilotos que estarão no Corvette que disputou a temporada 2024 do WEC. Daniel Juncadella e Charlie Eastwood, pilotos oficiais da Corvette, foram os escolhidos. 

Charlie, que nasceu em Belfast, venceu as 24 Horas de Le Mans na classe GTE-Am em 2020 com a TF Sport. Além disso, é campeão da categoria LMP2 Pro/Am na European Le Mans Series 2022.

Ele já desempenhou um papel importante na história da equipe. Por outro lado, Daniel, possui uma carreira tanto em monopostos como no GT. Assim, ele é o estreante da dupla.  Ambos os pilotos conduzirão um dos novos carros Corvette Z06 GT3.R, prontos para enfrentar o desafio da nova categoria FIA WEC GT3.

“É um capítulo novo e emocionante para a TF Sport com o Corvette e estamos muito felizes em receber Daniel e Charlie na equipe como nossos pilotos profissionais. Embora seja novo para nós”, disse .Tom Ferrier, Diretor Esportivo da TF Sport. 

“Daniel dispensa apresentações: os seus resultados no GT3 falam por si. Charlie tem sido parte integrante do sucesso da TF Sport e estamos muito felizes por poder continuar esta jornada com ele em nosso novo desafio. Ambos os pilotos trazem velocidade e experiência e sabem vencer e não poderíamos estar mais felizes com a escolha do piloto que a GM nos forneceu”, disse Tom Ferrier, Diretor Esportivo da TF.

Ferrari atualizará o 499P durante a temporada 2024 do WEC

Após vencer as 24 Horas de Le Mans e ser a maior adversária da Toyota no Mundial de Endurance, a Ferrari atualizará o 499P durante a próxima temporada do WEC. O fabricante italiano, que terminou em segundo lugar na classe Hypercar, ainda não decidiu se utilizará uma das cinco atualizações “coringa” que tem direito. 

Além disso, a Ferrari testará em parceria com a Porsche no final do mês de novembro no circuito do Catar, que receberá a primeira etapa do WEC no próximo ano. Outros testes também estão agendados pela AF Corse. 

“Sim, sempre há planos para atualizar o carro”, disse o representante da Ferrari,  Ferdinando Cannizzo ao Sportscar365.

“Precisamos entender como agendar essas atualizações, é claro, qual é a melhor maneira, porque gostaríamos de fazer as coisas da maneira adequada”. 

“Assim, nosso primeiro foco é apenas remover quaisquer riscos ou problemas de confiabilidade que possamos enfrentar, embora até agora tenhamos conseguido administrar o carro muito bem”. 

“Em todas as corridas, incluindo as 24 Horas de Le Mans, terminamos a corrida e levamos o carro à linha de chegada. Este é um ponto forte do carro, mas gostaríamos de ser ainda melhores”, explicou. 

Contudo, essa confiabilidade contrasta com a falta de velocidade, como visto durante a etapa do Bahrein. Na corrida, nenhum dos carros italianos chegou a ameaçar a Toyota.  

“Do lado do desempenho, penso que este ano foi muito útil para recolher estes dados”.

“Agora vamos digerir de forma que possamos agrupar todas as modificações que gostaríamos de fazer e espalhar para a próxima temporada ou ano que vem”.

Ferrari na busca por melhorias em diversos pontos

Ferrari testará com a Porsche no final deste mês. (Foto: Ferrari)

Aliás, Cannizzo não especificou qual parte do Hypercar será aperfeiçoada. “Ainda estamos na fase de entender quais são os [itens] mais importantes a serem feitos olhando primeiro o impacto no desempenho”, explicou.

Quando questionado se as atualizações poderiam ocorerãos após a abertura da temporada no Catar, como fará a Peugeot, Canizzo afirma  que “potencialmente, sim”.

“Realmente, de uma forma muito aberta, ainda não está decidido. Veremos”, acrescentou.

“O momento é apertado [para o Catar], mas, ao mesmo tempo, temos que esperar até o final da temporada para ter uma visão completa do desempenho do nosso carro e dos nossos potenciais pontos fortes e fracos antes de decidir onde investir tempo no desenvolvimento do carro”. 

Aliás, o chefe global de endurance da Ferrari, Antonello Coletta, acrescentou: “Normalmente, temos um plano de testes e organizamos alguns testes com outros fabricantes”. 

“É normal que tenhamos algumas novidades sobre o carro, mas para nós não está claro, não está decidido, se vamos gastar na melhoria do nosso carro, ou se faremos uma gestão normal do atual situação e melhorar pequenas peças sem alterar a homologação do carro”, explicou. 

Mesmos pilotos para o próximo ano 

Para finalizar, Colletta acredita que os pilotos serão os mesmos para o próximo ano, além da possibilidade de um terceiro protótipo para uma equipe de clientes. 

“A minha ideia, e a ideia da nossa gestão, é confirmar a nossa escalação”, disse ele. “É normal em todas as equipes que existam acordos que serão renovados, mas a nossa ideia é confirmar os pilotos porque estamos muito felizes com a nossa escalação.

“Demonstramos que temos seis bons pilotos que desenvolveram o carro em pouco tempo e durante a corrida não vimos erros. Provavelmente apenas um em Spa”. 

“Mas de qualquer forma, vi que nas outras equipes os erros dos pilotos foram mais consistentes do que na escalação da Ferrari. Neste sentido, estou muito feliz com os nossos pilotos.

“Se confirmarmos nossos pilotos, será com a mesma escalação.”

 

WEC mudará o BoP após críticas: “É a desculpa perfeita para os fabricantes”

Sempre alvo de críticas boas ou ruins, o Balance of Performance (BoP) será revisto para a temporada 2024 do Mundial de Endurance. De acordo com informações do site Sportcar 365, o ACO/FIA atualizarão alguns pontos para o próximo ano na classe Hypercar. 

Vale lembrar que 2023 foi o primeiro ano das classes LMH e LMDh juntas. Com isso o BoP segundo a organização do WEC continuará, mas, revisto. O BoP foi projetado para trazer mais estabilidade, normalmente sendo divulgado com várias corridas com antecedência e em grande parte com base em dados de simulação.

A primeira temporada da fórmula atualizada, no entanto, enfrentou vários momentos polêmicos, incluindo uma alteração no BoP feita fora das regras antes das 24 Horas de Le Mans.

Acredita-se que uma recente reunião com os fabricantes sobre o tema de uma proposta de revisão do BoP para a temporada de 2024 teve reações mistas, levando a FIA e a ACO a avançar com refinamentos no processo atual.

Para Pierre Fillon, presidente do ACO, as mudanças não acontecerão já em 2024. “Não mude, mas melhore”, enfatizou.  Entretanto,o presidente da Comissão de Resistência da FIA, Richard Mille, foi inflexível ao dizer que o BoP não deve ditar o resultado das corridas.

“Para o próximo ano, esperamos fazer algo mais simples, mas é um trabalho em andamento, algo onde é dada mais responsabilidade aos fabricantes porque eles têm que assumir a responsabilidade de terem bom desempenho”, explicou.

“O BoP não é um travesseiro de preguiça. Se um concorrente está esperando o BoP porque [fez] uma escolha errada ou não teve um desempenho, etc., o BoP trará todos de volta, é apenas um sonho. Não é possível”. 

“Conseguimos fazer as coisas da melhor maneira que podíamos”. 

As críticas vindas por parte das equipes e fãs do WEC

Aliás, Mille também explicou que o WEC é alvo de críticas mais do que gostaria “Hoje, se você terminar em segundo lugar, [as pessoas afirmam] não é por causa do seu desempenho, é por causa do balanço do BoP”, disse.

“O BoP também é a desculpa perfeita para os conselhos [dos fabricantes], etc. Estamos cientes disso e sabemos disso e assumimos a nossa responsabilidade”. 

Ele acrescentou: “Não podemos controlar tudo porque é impossível. Não podemos fazer o trabalho dos fabricantes… Não podemos resolver todas as misérias do mundo”. 

“Podemos ajudar até certo nível. Depois disso, não podemos fazer nada. É um puro sonho imaginar que podemos resolver todos os problemas. Não estamos aqui para isso e não é nosso dever e nem mesmo nosso objetivo”, enfatiza. 

Mille observou que o BoP foi implementado para evitar o aumento de custos dentro da classe, que apresenta duas plataformas distintas em LMH e LMDh que obedecem a regulamentos técnicos diferentes.

“Temos um peso mínimo que é alto o suficiente para evitar a explosão dos custos, dos materiais. O mesmo acontece com a potência que é limitada”, disse ele. “Você já tem os ingredientes para evitar a estúpida explosão de custos.

Mais equipes vencedoras 

Além disso, quando questionado se há algum nível de decepção pelo fato de apenas dois fabricantes terem conquistado vitórias este ano dos cinco presentes em tempo integral no grid, Fillon atribuiu isso à experiência e não ao BoP.

“É claro que preferimos ter mais vencedores”, disse ele. “Mas se você olhar para isso, a experiência é muito importante.

“Cadillac é novo no campeonato. Porsche, esta é uma nova equipe. A Ferrari não é uma equipe nova, eles já estiveram na classe GTE antes, então acho que a experiência anterior foi muito importante.”

Por fim, Mille acrescentou: “Quando consideramos que a diferença está cada vez mais próxima, isso também é o resultado do que fizemos.

“Existem tantos parâmetros que são variáveis: as passagens, o consumo dos pneus, a estratégia, os pilotos também. Existem muitos parâmetros que não são problema nosso”, finaliza. 

Christian Ried encerra a sua carreira no WEC

Tudo tem um final. Para o diretor da equipe Proton Competition, Christian Ried, uma etapa da sua carreira encerrou neste sábado, 04, no Mundial de Endurance, nas 8 Horas do Bahrein.

Ried competiu em 85 corridas consecutivas na WEC, um recorde. Isso lhe rendeu 13 vitórias em classes, incluindo uma vitória em Le Mans em 2018, além de 52 corridas ELMS consecutivas.

Isso inclui vitórias no Campeonato em 2020 e 2022. Ried conquistou 28 vitórias em corridas em carros da Porsches GT2 e/ou GTE, além de duas vitórias na Asian Le Mans Series em Porsches GT3.

“Com as pressões crescentes para executar os novos programas (Hypercar e GTP com Porsche e com Ford com GT3 – mais LMP2 e Carrera Cup Deutschland), além do fato de que este é o fim do GTE, uma classe que adorei, isso parece como o momento certo para parar de dirigir”, disse ele ao site Daily Sportcar.

Longe das pistas, dentro dos boxes. Ried, de 44 anos, permanecerá como chefe da Proton Competition, com seu irmão Michael, liderando a equipe técnica.

Christian Ried e sua carreira além do WEC

Ex-piloto se dedicará a administrar a Proton Competition. (Foto: Divulgação)

Aliás, Christian começou em 1996 com uma estreia no agora extinto Campeonato Global GT. Ele correu por muitos anos ao lado de seu pai, Gerold Ried, no Campeonato FIA GT, antes de a equipe mudar para as regras da ACO. 

Assim, correu com corridas de endurance, inicialmente na classe GTE-Pro e Am, antes da equipe de fábrica retornar para assumir a classe Pro. Além disso, Ried tem outra responsabilidade em sua nova função: Cuidar da carreira dos filhos.

“Sim, isso também está demorando, como deveria”, continuou ele. “Quero ter certeza de que eles estão devidamente focados e seguros, é claro. É bom que a história da família continue.

Por fim, Ried fez parte da equipe vencedora na corrida de abertura do FIA WEC da classe GTE Am em 2012, uma temporada em que a equipe dominou, mas onde não houve título de Campeonato de Pilotos.