Pirelli mais perto de ser fornecedora de pneus do WEC?

O final de semana foi da Fórmula 1 e o seu GP do México. Deixando isso de lado, mesmo que grande parte da mídia e fãs não tenham, a Ferrari aproveitou sua festa anual no circuito de Mugello, na Itália, o Finali Mondiali, para anunciar dois novos carros.

A Ferrari 296 Challenge, para o seu campeonato monomarca, e o que realmente surpreendeu, o 499P Modificata, versão para afortunados clientes que querem sentir o gostinho de correr com um protótipo Hypercar.

Até aí, nada demais, os italianos vivem desenvolvendo versões exclusivas dos seus carros. Agora, durante o lançamento, olhando detalhadamente as especificações técnicas que falam de um motor V6, maior poder de recuperação de energia e outras benesses que estão banidas dos regulamentos, um detalhe chamou a atenção.

Seguindo a lista de técnica do carro, chegamos em um dado interessante, os pneus. O 499P Modificata usa compostos da Pirelli com medidas de 310/710-18 à frente e 340/710-18 atrás.

Além disso, dizia o comunicado, o pneu é baseado nos regulamentos da FIA. Eles têm como objetivo enfatizar a dirigibilidade do carro e maximizar o feedback de dirigibilidade para pilotos não profissionais. Otimizando os tempos de aquecimento e reduzindo a degradação do desempenho durante corridas longas.

Como sabemos, a classe Hypercar utiliza exclusivamente pneus Michelin. O acordo com o construtor francês já contemplou a classe LMP2, que utiliza Goodyear e a quase finada GTE. Para a nova classe LMGT3, os pneus também serão Goodyear.

Pirelli pronta para o WEC?

Pirelli não será parceira do WRC após 2024. (Foto: Pirelli)

Para aumentar a especulação, na última semana o gerente da Pirelli, Matteo Braga, revelou que a Pirelli considerou substituir o pneu DHF (Pirelli P Zero) para o próximo ano, mas optou por esperar mais uma temporada antes de implementar as mudanças.

Nesse sentido, os novos compostos estarão nos carros que participam dos campeonatos organizados pelo SRO Motorsports Group, incluindo as quatro séries regionais Fanatec GT World Challenge.

Dias após o anúncio da Pirelli, a Ferrari lança um Hypercar com pneus…Pirelli. Poderia ser coincidência? Talvez, mas como os italianos já anunciaram que não seguem no WRC após 2024, porque não o WEC?

“Continuaremos a desenvolver produtos para ralis porque isso é realmente relevante para a nossa transferência de tecnologia em neve, gelo e terra, por isso queremos estar envolvidos nos ralis. Vamos expandir a nossa atividade em ralis históricos e alguns outros campeonatos”, explicou, Mario Isola, Chefe da Pirelli, quando questionado sobre o fim da parceria com o WRC, ao site Motorsports.com.

Aliás, o contrato da Michelin com a organização do Mundial de Endurance perdurará até o final de 2025. Como é normal empresas reverem os seus portfólios, nada está descartado.

Endurance não é um terreno desconhecido

Legenda 2 – A equipe Racing Box já competiu com compostos Italianos em 2010 no LMS. (Foto: Divulgação)

Para quem acha que corridas de protótipos são uma novidade para a Pirelli, precisa voltar para o ano de 2010. Naquela temporada do Le Mans Series, que depois trocou de nome para o atual European Le Mans series, era livre a escolha dos fornecedores de pneus pelas equipes.

Assim, a equipe Racing Box competiu com compostos italianos em seus dois Lolas B08 na classe LMP2. Desde então os Pzero e seus irmão mais novos são vistos em corridas de GT3 ao redor do mundo, inclusive no Brasil, no Império Endurance. Por fim, são apenas especulações de um possível anúncio no futuro. Nos resta esperar.

WEC poderá ter 37 carros no grid em 2024

Com a chegada de tantos fabricantes na classe Hypercar e na futura classe GT3, quantos carros teremos no grid para o próximo ano no WEC? A FIA/ACO tem enfrentado dificuldades para alocar tantas equipes interessadas, porém, existe um limite. 

Durante coletiva de imprensa na manhã deste sábado, 04, que antecedeu as 8 Horas do Bahrein, Pierre Fillon, presidente do Automobile Club de l’Ouest (ACO), divulgou um número de 37 carros. 

“O plano é ter 37 carros em 2024 ”, responderam Pierre Fillon e Richard Mille, presidente da Comissão de Endurance da FIA, e Frédéric Lequien, CEO da Le Mans Endurance Management.

“Para reabastecer é necessário ter dois carros em duas garagens diferentes, pois é uma situação injusta se não tiver dois sistemas de abastecimento”. 

WEC com 40 carros?

Sai GTE, entra GT3. (Foto: WEC)

Porém, durante o ano, especulou-se um plantel de 40 carros, porém a ideia foi adiada visto que muitos circuitos precisam de adaptações. “Foi muito complicado”, justificaram. Precisamos de tempo para discutir com as equipes para encontrar uma solução. Porém, a meta é conseguir isso até 2025. Se voltarmos em cinco anos, quem imaginaria que teríamos esse problema?”

Aliás, se o limite de inscrições para toda a temporada do WEC for de 37 (e a divisão entre as duas classes for de 18 a 18 , então a Audi, assim como a Mercedes-AMG, pareceria estar do lado de fora, olhando para dentro. Com a Aston Martin (Prodrive/Heart of Racing), BMW (WRT), Corvette (TF Sport), Ferrari (AF Corse), Ford (Proton Competition), Lamborghini (Iron Lynx), Lexus (ASP), McLaren (United) e Porsche (Manthey) estão todos em busca de duas vagas. Conseguirão?

Toyota domina segundo treino livre para as 8 Horas do Bahrein

A Toyota dominou a segunda sessão de treinos livres para as 8 Horas do Bahrein na tarde desta quinta-feira, 02. Assim, o melhor tempo foi de Kamui kobayashi com o Toyota #7. O japonês marcou 1:46,851, 0,461 segundos à frente do companheiro de equipe Brendon Hartley ao volante do Toyota # 8.

Alex Lynn completou os três primeiros à frente do Cadillac V-Series.R #2, com o Porsche 963 #38 do Team JOTA Porsche pilotado por Will Stevens. Em quinto o Porsche #6 da equipe Penske. 

Depois de inicialmente chegar ao terceiro lugar, por conta de Nico Mueller, o Peugeot #94 terminou a sessão em sexto lugar, com o Porsche #99 da Proton Competition e o Peugeot #93 em sétimo e oitavo respectivamente. 

Tempos sessão 2

Velocidades máximas 

Os dez primeiros foram completados pelo Porsche #5 e pela Ferrari 499 #50 de Antonio Fuoco. Aliás, na classe LMP2, o melhor tempo foi de Filipe Albuquerque, no Oreca #22 da United Autosports. O tempo de Albuquerque de 1:52.850 deu-lhe uma vantagem de 0,325 segundos para  Mirko Bortolotti, pilotando o #63 da Prema Racing.

Charles Milesi completou os três primeiros com o Oreca da Alpine Elf Team, com a segunda entrada da Prema, Bent Viscaal, em quarto lugar, menos de um décimo à frente do #34 da Inter Europol, de Fabio Scherer.

Ferrari na frente entre os GTE

Daniel Serra, da Kessel Racing, liderou o GTE-Am ao fazer 1:58.246 ao volante da Ferrari #57 que ele compartilha com Takeshi Kimura e Esteban Masson.

Riccardo Pera ficou em segundo lugar a bordo do Porsche 911 RSR-19 #86 da GR Racing, à frente de Matteo Cairoli. O co-piloto de Cairoli, Gunnar Jeanette, bateu o Porsche #56 da Projetc 1 – AO a 30 minutos do final, causando danos traseiros ao girar contra a parede na Curva 15.

O incidente resultou em bandeira vermelha, com a sessão prorrogada por dez minutos para compensar a paralisação. Por fim, a terceira sessão será nesta sexta-feira, 04. 

Robert Kubica conversa com a equipe JOTA para competir com Hypercar no WEC

O piloto polonês Robert Kubica revelou nesta quarta-feira, 1º, que estará ao volante do porsche 963 da equipe JOTA, no Mundial de Endurance no próximo ano. Segundo informações do site Sportscar365, o piloto garantiu que houveram conversas entre ele e a equipe. 

Além disso, especula-se que a equipe tenha um segundo Porsche para o próximo ano e que um dos seus companheiros seja Sebastien Vettel. Porém, o coproprietário da equipe, Sam Hignett, tenha negado o envolvimento de Kimi Raikkonen à Sportscar365 há várias semanas, Kubica, por sua vez, confirmou que as duas partes estiveram em contato.

“Não é segredo que estou em contato com o JOTA e não é segredo que uma das opções é a JOTA há muito tempo”, disse Kubica ao Sportscar365.

 A JOTA deverá ter pelo menos uma vaga em seu Porsche #38 no próximo ano, depois que Antonio Felix da Costa anunciou na segunda-feira que faria uma pausa nas competições do WEC por conta da Fórmula E.

Os desafios da JOTA para 2024

Equipe espera ter dois 963 em 2024. (Foto: Divulgação)

Kubica elogiou a equipe, observando que seria uma forte opção a ser considerada caso um acordo de fábrica não se concretizasse em outro lugar. “Farei 39 anos em dezembro em uma classe tão competitiva como esta, que se tornará ainda mais competitiva no próximo ano”, disse ele.

“Acho que o Hypercar é muito difícil para os times privados, não estou dizendo que é impossível, mas é um grande desafio competir contra as fábricas. Acho que a JOTA tem todos os ingredientes preparados, embora nunca tenha corrido lá”. 

“Dito de outra forma, se eu fosse um fabricante de automóveis que quisesse entrar no WEC, provavelmente a JOTA seria o primeiro para quem eu ligaria”.

“Tenho muito respeito, corri contra eles. Sim, é uma equipe privada, mas penso que  funciona muito bem e, embora nunca tenha estado lá, tenho um grande respeito pela equipa”, explica. 

Robert Kubica em Daytona

Piloto disputou o ELMS pela equipe WRT. (Foto: WRT)

Ainda segundo a reportagem do site Sportscar365, o piloto não descartou competir na IMSA. “Estou focado no WEC e vejo meu futuro aqui. Minha prioridade é o WEC”, disse ele.

Kubica fez uma aparição anterior no WeatherTech Championship, ao lado de Dennis Andersen, Anders Fjordbach e Ferdinand Habsburg em um Oreca 07 Gibson da equipe High Class Racing em Daytona.

“O IMSA é um campeonato muito competitivo”, disse ele. “Acho que você precisa estar lá para se tornar um piloto e estar no mercado e houve algumas conversas para eu fazer Daytona”, disse. 

“Foram algumas conversas sobre o LMDh, mas primeiro tenho que resolver o WEC  e definir minhas prioridades e então veremos”, finalizou.

 

Os desafios de Audi em seu retorno ao Mundial de Endurance

Ausente do Mundial de Endurance desde 2016, a Audi espera retornar ao WEC com o seu R8 LMS GT3 na futura classe LMGT3. Para isso, um R8 da marca esteve nos testes dos pneus Goodyear no circuito de Portimão, na última semana. 

Segundo informações do site Daily Sportcar, o carro já estava equipado com sensores binários obrigatórios para a nova classe do WEC para o próximo ano. Todo o trabalho foi acompanhado por técnicos da Audi. 

Além disso, o piloto de fábrica Christopher Haase dirigiu o carro de teste e a Team Saintéloc, cliente da Audi Sport, esteve presente com o diretor da equipe Frédéric Thalamy, o proprietário Sébastien Chétail e equipe de engenharia adicional.

Por outro lado, a equipe está nos preparativos para a próxima temporada do Asian Le Mans Series, degrau para chegar até as 24 Horas de Le Mans e por consequência, o WEC. “Depois do próximo ano estará terminado”, disse ele.

“Estamos aqui para conseguir algo, para entrar no FIA WEC”, disse Thalamy ao site Daily Sports Car. “É WEC ou nada. Todo mundo está se esforçando muito para conseguir inscrições, estamos pressionando por duas. Gostaríamos de dois carros, mas levaríamos um”, explicou.

Ainda segundo a reportagem, os testes foram positivos e o avanço dos pneus da Goodyear. “Fiquei realmente surpreso, o carro funcionou imediatamente. Fiquei muito feliz com o nível de aderência e feedback. Foi uma alegria”, disse Haase.

Dificuldades para a Audi conseguir participar do WEC

Audi R8 testando no circuito de portimão. (Foto: Tim Creswick)

Para conseguir uma vaga na classe LMGT3, o caminho da Audi é longo. Por regra, uma montadora só terá convites se estiver competindo na classe Hypercar. A Audi não tem, mas o Grupo VW tem algumas com seus Porsches e Lamborghinis. 

Assim, o time das quatro argolas, que faz parte do Grupo VW, espera que o passado vitorioso em Le Mans e as demais marcas do grupo, ajudem no aceite dos pedidos. Além disso, o Team Saintéloc não possui planos de competir no European Le Mans Series (ELMS) e nem no Le Mans Cup. 

Aliás, se o limite de inscrições para toda a temporada do WEC for de 36 (LMGT3 carros e a divisão entre as duas classes for de 18 a 18 , então a Audi, assim como a Mercedes-AMG, pareceria estar do lado de fora, olhando para dentro. Com a Aston Martin (Prodrive/Heart of Racing), BMW (WRT), Corvette (TF Sport), Ferrari (AF Corse), Ford (Proton Competition), Lamborghini (Iron Lynx), Lexus (ASP), McLaren (United) e Porsche (Manthey) estão todos em busca de duas vagas. Conseguirão?

 

Veja os detalhes das 8 Horas do Bahrein, última etapa do WEC em 2023

No próximo final de semana as 8 Horas do Bahrein encerra a emocionante temporada 2023 do Mundial de Endurance, que viu novos fabricantes rivalizarem com a Toyota a hegemonia da classe Hypercar. 

No deserto, três títulos serão decididos, incluindo o Campeonato de Pilotos da classe Hypercar e o Campeonato de equipes e pilotos da classe LMP2 que despede-se da competição. Assim, apenas 15 pontos separando o #8 da Toyota Gazoo Racing e a irmã #7. Com um total de 39 pontos disponíveis, ainda há tudo em jogo no Bahrein.

Lista de inscritos

BoP para o Bahrein

Aliás, os pilotos da Ferrari #51, James Calado, Antonio Giovinazzi e Alessandro Pier Guidi, ainda estão na disputa pelo título de pilotos. Mesmo com 31 pontos atrás do Toyota #8, as chances existem. Com 97 pontos, a Ferrari #50  ainda tem chances matemáticas de levar o título.

A prova terá a participação de 36 carros que correrão no abrasivo o Circuito Internacional do Bahrein, com 5,412 quilômetros, O traçado de gosto duvidoso tem um pouco de tudo – retas longas, curvas fechadas, mudanças de elevação e amplas curvas. 

Porsche na briga com a Cadillac no Bahrein

Porsche luta com a Cadillac pela terceira colocação na classe Hypercar. (Foto: Porsche)

Para quem gosta de estatísticas, a Toyota venceu as últimas seis etapas disputadas no Bahrein. No entanto, um total de cinco fabricantes diferentes garantiram pódios nesta temporada, incluindo Ferrari, Porsche, Cadillac e Peugeot.

A Porsche em sua segunda participação no WEC, vem melhorando progressivamente. O fabricante alemão igualou seu melhor desempenho da temporada durante a última corrida em Fuji, quando Kevin Estre, Andre Lotterer e Laurens Vanthoor deram à Toyota uma dura oposição em sua corrida em casa. O trio liderou quase dois terços da corrida terminando em terceiro.

Sendo assim, a Porsche lutará com a Cadillac pelo terceiro lugar na classificação geral dos fabricantes, com as duas marcas separadas por apenas cinco pontos. Entre as equipes clientes da Porsche #99, da Proton Competition estará ao lado do Porsche do Team JOTA. 

A equipe Peugeot viajará ao Bahrein pela segunda vez com seus dos 9X8. Nico Mueller – que não esteve na última etapa em Fuji devido a uma lesão, estará no #94.  A equipe está em quinto lugar na classificação, 18 pontos atrás da Cadillac.

Para fechar a lista de inscritos na classe  Hypercar está o protótipo da Vanwall Racing, com Ryan Briscoe substituindo João Paulo de Oliveira ao lado de Esteban Guerrieri e Tristan Vautier.

Despedida das classes LMP2 e GTE-Am 

Classe LMp2 e GTE-Am despedem-se do WEC. (Foto: Oreca)

O Bahrein marcará a corrida final das classes LMP2 e GTE Am, que têm sido um dos pilares do WEC desde a sua criação em Sebring, em 2012.

Entre os protótipos LMP2, a equipe WRT está perto de conquistar os títulos do campeonato de equipes e pilotos deste ano. A equipe está com 33 pontos sobre a segunda colocada, a Inter Europol Competition. 

No entanto, a posição de vice-campeão, está aberta, com apenas um ponto separando o segundo e terceiro colocados Inter Europol Competition e United Autosports. Além disso, a Prema Racing [dois carros], Vector Sport, JOTA e Alpine Elf Team [dois carros] compõem o restante do grid LMP2 de 11 carros no Bahrein.

Enquanto isso, na classe GTE Am, Ben Keating, Nicholas Varrone e Nicky Catsburg, da Corvette Racing, garantiram o título em julho em Monza, mas uma vitória no Bahrein faria com que o trio estabelecesse um novo recorde de pontos na GTE Am, batendo o recorde existente da Aston Martin [198 pontos].

O Corvette #33 atualmente tem 164 pontos, então apenas uma vitória quebraria o recorde, já que o título da classe é deles. Atualmente em segundo lugar na classificação geral com 79 pontos está a tripulação Iron Dames de Sarah Bovy, Rahel Frey e Michelle Gatting. 

Enquanto 20 pontos separam os pilotos da Ferrari #54 da AF Corse, o Porsche #77 da Dempsey-Proton e o Aston Martin #25 da equipe TF Sport. Ainda na briga pelo segundo lugar está o Porsche #86 da GR Racing mais a tripulação da Ferrari #83 da Richard Mille AF Corse.

Mudanças de pilotos

Para encerrar as mudanças de pilotos da classe GTE-Am, incluem a entrada de Franck Dezoteux na Ferrari #21 da AF Corse, com Kei Cozzolini mais uma vez  ao lado de Simon Mann. Além disso, a D’Station Racing chamou o australiano Liam Talbot para pilotar o Aston Martin #777 ao lado de Casper Stevenson e Tomonobu Fujii. Finalmente, Estaban Masson substituirá Scott Huffaker na Ferrari 488 GTE Evo #57.

Fora dos regulamentos: Ferrari revela versão especial “apimentada” do seu Hypercar

A Ferrari surpreendeu e revelou neste sábado, 28, uma versão especial do seu Hypercar que compete no Mundial de Endurance, a 499P Modificata. Acostumada a desenvolver e vender versões únicas dos seus carros de rua, a 499p Modificata não é igual ao protótipo que venceu as 24 Horas de Le Mans deste ano. Sendo assim, o carro é destinado a pilotos “amadores” e foi desenvolvido além dos regulamentos técnicos impostos pela FIA e ACO. Não sendo elegível para competição na classe Hypercar do WEC.

Como resultado, a potência total combinada produzida pelo motor V6 e pelo trem de força híbrido é de 640 kW (860 cavalos). O sistema híbrido recebeu um ajuste para uma maior capacidade de energia montada a partir do eixo dianteiro limitado a velocidades acima de 190 km/h (118 mph), o Modificata permiterá que o impulso híbrido seja ativado em baixa velocidade.

Além disso, um sistema Push-to-Pass, que os pilotos ativam o sistema de  120 kW (160 CV) adicionais durante um período de tempo limitado. O sistema pode ser acionado pressionando um botão na parte traseira do volante, com a potência extra disponível apenas em aceleração total e por no máximo sete segundos por ativação.

Mais detalhes da Ferrari 499P Modificata

Carro teve melhorias não permitidas pelo regulamento do WEC. (Foto: Ferrari)

Aliás, num notável contraste com o seu irmão de corrida, que utiliza pneus Michelin, o 499P Modificata assenta compostos Pirelli com medidas de 310/710-18 à frente e 340/710-18 atrás.

O composto, baseado nos regulamentos da FIA, tinha como objetivo enfatizar a dirigibilidade do carro e maximizar o feedback de dirigibilidade para pilotos não profissionais.  Otimizando os tempos de aquecimento e reduzindo a degradação do desempenho durante corridas longas.

O 499P Modificata mantém o cockpit e a ergonomia do carro de corrida. Ao mesmo tempo que oferece uma recalibração completa da configuração da suspensão, controladores eletrônicos e mapeamento do motor.

Por fim, o departamento Corse Clienti da Ferrari organizará o programa Sport Prototipi Clienti a partir de 2024. Onde os proprietários do carro receberão manutenção, bem como suporte técnico e logístico para eventos de pista dedicados.

Antônio Félix da Costa não disputará o WEC em 2024, por causa da Fórmula E

Após a confirmação do português António Félix da Costa pela Porsche na Fórmula E, a fabricante alemã determinou que o piloto português e o seu companheiro de equipe Pascal Wehrlein, foquem exclusivamente no campeonato de carros elétricos. As informações são do site Endurance-Info.

Para quem não sabe, Da Costa disputa o Mundial de Endurance pelo Team Jota na classe Hypercar, com um Porsche 963. Ele ocupa a 12º no campeonato de pilotos da classe ao lado de Yifei Ye e William Stevens. De início, pensou-se no conflito de datas entre o WEC e a FE no próximo ano. Os dois campeonatos possuem eventos no dia 11 de maio.

No WEC, teremos as 6 Horas de Spa-Francorchamps, na Bélgica. Além, das etapas de Berlim da Fórmula E, na Alemanha, no mesmo dia. Até onde se sabe, o piloto não competirá no WEC, e sua participação nas 24 Horas de Le Mans é incerta.

O segundo Porsche Hypercar da JOTA

Piloto português será companheiro Pascal Wehrlein na temporada 2024d FE. (Foto: Porsche)

Mesmo com o foco na Fórmula E, o futuro de Félix no endurance segue aberto. A equipe JOTA, que foi a primeira cliente Porsche a adquirir um 963 para competir no WEC, planeja um segundo protótipo para consolidar-se no Mundial de Endurance e competir na IMSA.

De acordo com o chefe da equipe, Dieter Gass, a prioridade é a aquisição de um segundo Porsche 963 e focar os esforços no Mundial de Endurance.

“Isso está sempre em nossas mentes, mas acho que você quer fazer um de cada vez”, disse Gass ao Sportscar365. “Então, se tivermos dois carros no próximo ano [no WEC], isso será um passo e acho que no futuro discutiremos se haverá corridas americanas”.

Na atual temporada do WEC, a Jota também possui um Oreca 07 competindo na classe LMP2 para os pilotos Pietro Fittipaldi, Oliver Rasmussen e David Heinemeier-Hansson. Dos três, apenas Fittipaldi está confirmado por enquanto no Rokkie Test após a finalização do Mundial de Endurance deste ano. Por fim, a equipe com a ausência do português dará uma chance ao brasileiro?

Lexus mais perto de participar do WEC em 2024

A equipe Akkodis AST Team confirmou nesta terça-feira, 24, que planeja ter dois Lexus RC F GT3 no mundial de Endurance em 2024. Mesmo com o interesse, os carros só participarão após o aceite do Comitê de Seleção do WEC

Além disso, a Lexus faz parte do grupo Toyota, o que não seria impecílio em termos de regulamentos, já que para competir na nova classe LMGT3, o fabricante deverá ter um protótipo na classe Hypercar.

A equipe liderada por Jerome Policand testará o Lexus nesta quarta-feira, durante a sessão de testes de pneus organizada pela Goodyear, no circuito de Portimão, em Portugal. Assim, os pilotos Jack Hawksworth e José Maria Lopez estarão atrás do volante. 

Mudanças para a Lexus

Lexus está em testes no circuito de Portimão. (Foto: Lexus)

A Akkodis possui um histórico interessante, quando falamos de corridas GT. A Lexus será a quinta fabricante que a equipe bota em seu portfólio em 25 anos de vida. A equipe já teve carros da Renault e Porsche, antes de mudar para a Ferrari.

Em 2016, embarcou numa aliança de grande sucesso com a Mercedes-AMG. Ele ganhou vários títulos do Fanatec GT World Challenge Europe, incluindo os da Endurance Cup em 2022 e 2023. Também conquistou a primeira vitória da Mercedes nas 24 Horas de Spa com Jules Gounon, Daniel Juncadella e Raffaele Marciello.

Aliás, caso sua inscrição no LMGT3 seja aceita, isso provavelmente significará um hiato temporário na competição GTWC Europe para a equipe. Por fim, os possíveis pilotos para a participação no WEC não foram anunciados. 

Equipes do WEC testam pneus Goodyear para a temporada 2024

Após o término das temporadas do European Le Mans Series (ELMS) e Le Mans Cup, no último final de semana em Portimão, equipes que competirão no ELMS e no Mundial de Endurance estão no circuito testando pneus e os carros que estarão na nova classe LMGT3 em ambos os campeonatos no próximo ano.

O teste que seguirá até terça-feira, 24, foi organizado pela Goodyear e acontecerá após o Rookie Test promovido pela ELMS. Que busca familiarizar novos pilotos com o Endurance.

Segundo informações do site Daily Sportscar, diversas equipes estão no circuito para ambos os trabalhos. A britânica United Autosport está testando um McLaren 720 S GT3. Além disso, a equipe pleiteia duas vagas na nova classe do WEC.

O ponto que fica é, sem Hypercars da McLaren, já que ter um fabricante na classe é pré-requisito para ter carros na classe LMGT3, a United Autosports aguardará o surgimento de vagas na classe. Que possui uma grande demanda antes mesmo do início do campeonato no próximo ano.

Já a Proton Competition, que é cliente da Porsche na classe Hypercar, e possui um programa com o novo Ford Mustang GT3, também busca vagas do WEC. Porém, em entrevista ao Daily Sports Car, o dono da Proton, Christian Reid, afirmou que o carro que está em Portimão é da Ford e que ele não estará no Mundial. Nem no ELMS, no próximo ano.

Outras equipes do WEC nos testes em Portugal

United Autosports é uma das equipes que buscam competir na nova classe com um McLaren. (Foto: DSC)

Nesse sentido, parceira da Lamborghini em sua estreia na classe Hypercar, a equipe Iron Lynx está testando pneus com um Lamborghini Huracan GT3 EVO. Que competiu no Le Mans Cup nesta temporada.

Por fim, a AF Corse está no circuito de acordo com a reportagem do Daily Sports Car, testando compostos da Goodyear. Por enquanto não foram divulgados qualquer tipo de lista de tempos.