Carros GT3 no Mundial de Endurance

(Foto: Divulgação)

A FIA e ACO confirmaram nesta sexta-feira, 20, que carros com especificação FIA GT3 irão substituir a classe GTE nas 24 Horas de Le Mans e Mundial de Endurance a partir de 2024. 

O presidente da Comissão de Resistência da FIA, Richard Mille, descreveu a mudança durante a coletiva de imprensa anual do ACO tradicionalmente realizada antes das 24 Horas de Le Mans.

Os regulamentos GTE atuais continuarão até o final de 2023 antes de serem substituídos por uma versão da fórmula GT3 global da FIA, que é usada pela maioria das grandes séries de corridas de carros esportivos em todo o mundo.

Não está claro se a classe de corrida GT3 aprovada pela ACO, ou classes, consistirá em carros GT3 padrão ou veículos com modificações técnicas.

A mudança também será aplicada no European Le Mans Series e Asian Le Mans Series. A IMSA já tinha anunciado a criação da classe GTD-Pro para 2023, no lugar da GTLM. 

A classe GTE-Pro do WEC, que agora inclui apenas Porsche e Ferrari como participantes de toda a temporada após a saída do Aston Martin após a temporada passada, continuará até o final de 2023.

Foi inicialmente antecipado que o GTE-Pro seria eliminado após o próximo ano, deixando o GTE-Am para conduzir a fórmula até a temporada final, no entanto, ambas as categorias permanecerão durante toda a duração dos regulamentos.

“GT sempre foi um parâmetro importante para o ACO e FIA”, disse Mille. “É importante para nós que muitos pilotos amadores possam competir. A situação atual é que até 2023 vamos manter a categoria atual: GTE”.

“Mas a partir de 2024 teremos uma nova categoria GT que será baseada na plataforma GT3 atual. Nossa meta é trabalhar esse tema ao longo do segundo semestre”. 

“Queremos que tudo isso seja finalizado no FIA World Motor Sport Council até o final do ano”, explicou.

Toyota preocupada com a durabilidade para Le Mans

Mesmo com “apagão”, Toyota venceu a prova. (Foto: Divulgação)

Mesmo com a vitória da Toyota nas 6 Horas de Monza, disputada neste domingo, a luz vermelha acendeu dentro da equipe japonesa. O #8 enfrentou problemas na bomba de combustível e freios. Já o #7 que venceu a prova, teve um “apagão” nas horas finais da prova, sendo necessário reiniciar o carro. 

Os problemas deixaram os dirigentes da Toyota preocupados. A próxima etapa do WEC são as 24 Horas de Le Mans e tudo pode acontecer. O diretor técnico da Toyota Gazoo Racing Europe, Pascal Vasselon, admitiu que a equipe sabe que “tem algum trabalho a fazer” antes dos testes oficiais preparatórios e a corrida que acontece nos dias 21 e 22 de agosto. 

“Sim, estamos preocupados, mas de alguma forma é um negócio normal para uma equipe de corrida”, disse ele. “Temos que chegar ao fundo das duas questões.”

Vasselon explicou que o foco da Toyota será nos testes de plataforma entre agora e Le Mans, descartando o agendamento de testes de pista adicionais. A única corrida planejada para o GR010 entre agora e Le Mans é o tradicional shakedown pré-corrida da Toyota em Spa, que acontecerá no início de agosto.

“Precisamos realmente entender o que aconteceu e, em seguida, gerar as condições suspeitas de serem críticas na plataforma”, disse ele. Já percorremos 30.000km com o carro; não dá para dizer que vai organizar um teste e isso o problema vai acontecer”.

Vasselon afirmou que o problema do #7 foi uma “falha na unidade de controle que precisava de uma reciclagem global”. 

Kobayashi recebeu uma mensagem de erro no painel, parou na lateral da pista e seguiu os procedimentos prescritos para reiniciar os sistemas do carro antes de continuar sem problemas. 

O problema no # 8 não foi totalmente compreendido pela Toyota logo após a corrida de Monza. O dirigente classificou como essencialmente um problema do sistema de combustível que não é exatamente claro”, e acrescentou: “Não sabemos o que está causando isso – não era um problema elétrico”, explicou. 

O carro foi inicialmente levado para os boxes por aproximadamente quatro minutos enquanto a Toyota tentava entender o problema e o sistema de combustível completo foi posteriormente trocado com a perda de pouco menos de 50 minutos.

Vasselon admitiu que componentes do lado dianteiro direito teve que ser alterado no # 8 porque a roda não tinha sido apertada corretamente quando o carro estava na garagem pela primeira vez. Ele chamou isso de “efeito colateral” que danificou o eixo.  

Como será Le Mans? Logo saberemos. 

 

Ferrari terá protótipo com tração 4×4 e motor híbrido

Protótipo terá cara de protótipo. (Foto: Ferrari Races)

Desde que lançou seu programa de retorno ao Mundial de Endurance, a Ferrari vem divulgando a conta-gotas informações sobre seu futuro projeto. A princípio, o construtor italiano desenvolveria um Hypercar. Com a convergência de regulamentos da IMSA e WEC, possibilitará que protótipos LMDh e Hypercars possam competir tanto nos EUA quanto no Mundial de Endurance. 

Nesta segunda-feira, 19, o diretor de competição da Ferrari, Antonello Coletta, revelou novos detalhes do programa de endurance da marca. Em entrevista ao site Sportscar365, Coletta, revelou que o Hypercar terá tração nas quatro rodas e motorização híbrida. 

“O estilo é a base de um protótipo”, explicou Coletta. Agora trabalhamos muito no estilo porque começamos com um novo estilo, mas o túnel de vento vai determinar o estilo final. Mas a base será um protótipo”. 

“Temos uma ideia muito clara, mas é muito cedo para explicar todas as características do carro. Todo o mundo da classe LMH está mudando para protótipos. É uma decisão lógica. Todas as chances que existem são de começar com os carros de rua, mas é impossível ter um carro que seja competitivo nas pistas”. 

“Será com tração nas quatro rodas. Todos os carros do protótipo tem tração nas quatro rodas, exceto o Glickenhaus. Mas Ferrari, Peugeot e Toyota terão tração nas quatro rodas”. 

A conexão com seus modelos de rua será mantida, afirma o dirigente. Quando questionado sobre como a Ferrari pretende conectar seu carro LMH aos carros de rua, Coletta disse: “No futuro, veremos. Mas guardamos algumas aplicações do carro de corrida para o carro de estrada. Esta é uma tradição da Ferrari”.

“Trabalhamos em estreita colaboração com os departamentos de road cars da Ferrari, em conjunto com o departamento da Competizione GT”.

“Somos uma grande família e trabalhamos juntos para um resultado máximo e o máximo de “O regulamento é aberto e temos algumas chances de imaginar uma nova ideia”, disse Coletta.

A liberdade dos regulamentos possibilitará à Ferrari, explorar opções inovadoras, assim como a Peugeot que lançou seu protótipo sem a asa traseira. 

“Trabalhamos muito para ter a melhor ideia que podemos ter. Mas agora, é estúpido colocar sobre a mesa nossas possíveis ideias que para nós são melhores do que os outros. Prefiro fazer os anúncios de vez em quando.” explicou. 

Os pilotos de fábrica James Calado, Alessandro Pier Guidi, Miguel Molina e Daniel Serra, já testaram o carro no simulador, mas não foi revelado quem estará no projeto. 

“A simulação e o estudo do carro estão crescendo a cada dia”, disse Coletta. “Trabalhamos muito duro todos os dias; fazemos muitas reuniões sobre o LMH. É importante trabalhar muito, mas é normal que a cada dia andemos para a frente e não para trás”. 

“Começamos com nossa linha GTE-Pro. No momento, estamos muito felizes com nossa formação e começamos com eles. Temos uma Academia de Pilotos que funciona muito bem. Veremos como escolher a programação final do protótipo. No momento, não tomamos nenhuma decisão”. 

“Simplesmente, começamos com nossos pilotos. Agora, nossa programação do WEC funciona no simulador. Temos os quatro pilotos que estão aqui e Davide Rigon: todos os nossos pilotos oficiais”, finalizou. 

A AF Corse foi escolhida como equipe que dará suporte na pista ao fabricante italiano. 

 

Toyota vence corrida conturbada em Monza

Toyota viveu extremos em Monza. (Foto: Divulgação)

Os pilotos Mike Conway, Jose Maria Lopez e Kamui Kobayashi venceram neste domingo, 18, a etapa do Mundial de Endurance que foi disputado no circuito de Monza, na Itália. O Toyota #7 terminou a prova sem problemas, enquanto o #8 terminou na quarta posição a 43 voltas do líder depois de enfrentar problemas nos freios e na bomba de combustível. 

Conway encerrou a prova para a Toyota com um minuto de vantagem para o Alpine #36 de Matthieu Vaxiviere, Nicolas Lapierre e André Negrão. O Oreca #22 da United AutoSport de Filipe Albuquerque, Phil Hanson e Fabio Scherer terminou em terceiro no geral se aproveitando dos infortúnios da Toyota e dos Hypercars da equipe Glickenhaus que competiu com dois carros. 

O #7 chegou a perder o primeiro lugar brevemente a liderança com duas horas para o fim, quando Kobayashi parou na pista para “reiniciar” o sistema do carro. Isso fez com que o japonês ficasse atrás de Romain Dumas no #709 Glickenhaus, que então parou no box no final da mesma volta para uma troca de freio que duraria oito minutos, frustrando suas chances de um pódio.

Resultado final

O Toyota #8 de Brendon Hartley, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima foi o segundo colocado nos treinos, mas acabou tendo problemas durante a prova. O carro venceu as duas primeiras rodadas do WEC em Spa e Portimão, mas completou 43 voltas a menos que o carro vencedor e terminou em último dos classificados.

Quando o #8 encontrou seu primeiro revés com uma perda de potência uma hora e meia após o início da corrida, Alpine subiu para a segunda posição, enquanto o #709 avançou para a terceira. A vantagem de 40 segundos de Lopez sobre Vaxiviere caiu no início da terceira hora, quando um safety car foi chamado para recuperar os destroços de um furo no Aston Martin GTE.

Mesmo com problemas, Glickenhaus se mostrou rápido. Foto: (@SalaStampaF1)

A vantagem foi restaurada até a paralisação de Kobayashi, o que lançou dúvidas sobre as chances de vitória do #7 da Toyota. O problema com o Glickenhaus fez de Alpine o principal candidato a uma virada, com Lapierre à frente durante algumas voltas antes de parar nos boxes.

Kobayashi e Conway, fizeram voltas rápidas recuperando a vantagem do #7, ficando à frente do Alpine, garantindo a vitória. Depois de uma longa parada, o Glickenhaus pilotado por Dumas, Richard Westbrook e Franck Mailleux passou por vários carros LMP2 terminando em quarto lugar na geral.

Albuquerque garantiu a vitória na classe LMP2, chegando com quase um minuto para o Oreca da equipe WRT de Robin Frijns, Charles Milesi e Ferdinand Habsburg. Hanson assumiu a liderança na primeira curva, mas o United teve um lento pit stop, que restaurou a vantagem da WRT. No entanto, o #31 parou um pouco antes do safety car, que anulou sua vantagem. O #22 da United recuperou a vantagem e seguiu na corrida sem problemas.

United AutoSport venceu na classe LMP2. (Foto: Divulgação)

A Racing Team Nederland terminou em terceiro e venceu a classe LMP2 Pro-Am com Frits van Eerd, Nyck de Vries e Paul-Loup Chatin. Alex Brundle, Renger van der Zande e Jakub Smiechowski, da Inter Europol Competition, terminou em quarto, enquanto Stoffel Vandoorne, Tom Blomqvist e Sean Gelael da equipe JOTA completou os cinco primeiros.

Porsche vence na classe GTE-Pro

Porsche vence na classe GTE-Pro. (Foto: Divulgação)

Kevin Estre e Neel Jani venceram na classe GTE-Pro com o Porsche #92. A equipe alemã assumiu a liderança no campeonato de construtores. Estre liderou a hora final da corrida, mas sua vantagem sobre Alessandro Pier Guidi caiu quando a Ferrari optou por entrar nos boxes com o #51 durante o último período de Full Course Yellow.

Essa mudança colocou Pier Guidi na cola de Estre e os dois ex-campeões mundiais correram literalmente colados nas voltas finais até que a Ferrari parou para completar o combustível a dois minutos do final. Gianmaria Bruni e Richard Lietz completaram o pódio no Porsche #91, à frente de Miguel Molina e Daniel Serra na Ferrari #52.

Ferrari da AF Corse vence na classe GTE-Am. (Foto: Ferrari Races)

Na classe GTE-Am François Perrodo, Alessio Rovera e Nicklas Nielsen venceram com a Ferrari da AF Corse #83. O carro foi para o final do grid depois de uma penalidade técnica. Mas se recuperou, vencendo a prova. 

Augusto Farfus fez uma ultrapassagem tardia em Tomonobu Fujii garantindo o segundo lugar para o Aston Martin #98 da NorthWest AMR. Farfus dividiu o carro com Paul Dalla Lana e Marcos Gomes. O terceiro lugar ficou com o Aston Martin #777 da D’station Racing de Tomonobu Fujii, Satoshi Hoshino e Andrew Watson.

Hypercars poderão competir na IMSA

(Foto: Divulgação)

FIA, ACO e IMSA confirmaram nesta sexta-feira, 09, a unificação das classes de Hypercars e LMDh. Agora os dois tipos de protótipos poderão competir tanto no Mundial de Endurance, quanto na IMSA. 

O documento divulgado pelas entidades, determinou alguns pontos que serão necessários para que fabricantes possam competir nas duas séries. As principais áreas entre as duas plataformas são a montagem dos pneus, o perfil de aceleração, a capacidade de frenagem e a aerodinâmica, com os carros LMDh adotando amplamente o perfil técnico de tração traseira delineado nos regulamentos atuais do LMH

Os carros LMDh usarão o mesmo tipo de pneus dos Hypercars, com 34 polegadas na parte traseira e pneus de 29 polegadas na frente. Isso se compara aos pneus de 31 polegadas (dianteiro / traseiro) usados ​​atualmente em carros LMH equipados híbridos de eixo dianteiro, como o Toyota GR010 Hybrid e permanecerão inalterados em 2023.

Regras de unificação

O perfil de aceleração para carros AWD, no entanto, agora será controlado por meio do Balanço de Desempenho em vez de ser escrito nos regulamentos técnicos, com duas velocidades de ativação de BoP (seco / molhado) a serem utilizadas em cada circuito, provavelmente entre 120-160 km / h.

Este método, que será ajustado pelas características de cada circuito, já foi testado na última corrida do WEC em Portimão, quando a Toyota teve um perfil de aceleração ajustado.

Os carros LMDh terão software de controle para limitar o seu motor elétrico montado no eixo traseiro para recursos de controle de tração. Ambos os tipos de trem de força terão capacidades de desaceleração idênticas, com carros AWD levando em consideração os níveis de torque do eixo dianteiro e traseiro.

Além disso, o diferencial dianteiro dos carros com tração integral terá agora um mecanismo de trava zero ativado durante a desaceleração. Na parte aerodinâmica, os carros LMH continuarão a ser homologados no túnel de vento Sauber na Suíça, enquanto os carros LMDh passarão por homologação em Windshear na Carolina do Norte.

No entanto, os carros LMH que participam do Campeonato WeatherTech e LMDh do WEC devem passar por testes de “caracterização em túnel de vento” nas instalações uns dos outros.

“Este grande anúncio surge da nossa ambição de forjar um futuro comum para as corridas de endurance”, disse o presidente da ACO, Pierre Fillon.

“Todos nós trabalhamos juntos para alcançar este acordo histórico e gostaria de agradecer sinceramente a todas as partes interessadas. É uma notícia maravilhosa para times e fãs e traz um futuro brilhante para o endurance”.

“Os fabricantes sonhavam em poder participar das maiores corridas de endurance do mundo com o mesmo modelo de carro: isso agora será realidade.”

O presidente da IMSA, John Doonan,também considerou o acordo benéfico para o esporte. “O palco está armado para uma categoria superior altamente competitiva que incluirá muitos dos maiores fabricantes automotivos do mundo, apresentando tecnologia relevante nas corridas de enduro de maior prestígio do mundo”, disse ele.

“Coletivamente, temos a oportunidade de nos envolver com a próxima geração de fãs de corrida de carros esportivos de resistência e elevar nosso esporte aos níveis mais altos”.

“Não posso estar mais orgulhoso do espírito de colaboração entre nossa equipe IMSA, nossos colegas na ACO e FIA, e todos os nossos parceiros automotivos”, explicou.

O presidente da Comissão de Resistência da FIA, Richard Mille, acrescentou: “Os princípios foram acordados por todas as partes. O sonho de equipes e fabricantes serem capazes de competir em todas as corridas de endurance com o mesmo carro pela primeira é real”.

“Isso representa um momento significativo na história do automobilismo”, finalizou. 

 

Confira o BoP para as próximas etapas do WEC e IMSA

(Foto: WEC)

ACO e IMSA divulgaram nesta quinta-feira, 08, o BoP para as etapas de Monza do Mundial de Endurance e Lime Rock, nos EUA. No WEC, a classe de Hypercar não sofrerá alterações. Os carros da Toyota, Alpine e Glickenhaus Racing correrão com os mesmos pesos mínimos e potências máximas que foram aplicados durante a etapa de Portimão.

Os dois Toyotas GR010  terão 1.066 kg, enquanto o Glickenhaus SCG 007 foi mantido em 1.030 kg, que é o peso base da fórmula do Hypercar. O Alpine A480 Gibson continuará com 952 kg.

O Alpine terá permissão para gerar um máximo de 450 kW e usar não mais do que 918 megajoules de energia em um stint. Os limites da Toyota são 515 kW e 962 MJ, respectivamente, enquanto Glickenhaus estará rodando com 520 kW e 965 MJ.

Na classe GTE-Pro, tanto  Ferrari quanto a Porsche receberam ajustes de peso na primeira rodada de mudanças no Balanço de Desempenho GTE-Pro nesta temporada. Os dois AF Corse tiveram uma redução de peso de 5 kg no processo automático, que só entrou em vigor após as duas primeiras corridas.

Por sua vez, o Porsche 911 RSR-19 de fábrica pesará 5 kg a mais do que em Spa e Portimão. As mudanças deixam as Ferraris com 1255 kg e os Porsches com 1264 kg.

Os pesos mínimos na classe GTE-Am estão sujeitos ao sistema de lastro de sucesso. A Cetilar Racing que compete com modelo Ferrari pesará a ter 1.305 kg, sendo o lastro de 15 kg pela vitória em Portimão, 15 kg pela liderança do campeonato e 5 kg pela terceira colocação em Spa.

O próximo peso total mais pesado, 1.285 kg, será dado a cinco Ferraris, incluindo as equipes Inception Racing, Rinaldi Racing e AF Corse #61.

Os outros carros da AF Corse  constituem o resto deste grupo. Todas as entradas únicas recebem um lastro automático de 15 kg devido ao seu status de não participar no campeonato de forma integral. Os carros GTE-Am mais leves em Monza serão os Aston Martin Vantage GTEs da D’station Racing e Aston Martin Racing com 1247 kg.

Porsche mais leve na IMSA

Pelos lados da IMSA, o Porsche 911 RSR recebeu ajustes em seu peso mínimo. O WeatherTech Racing que compete na classe GTLM terá  um peso mínimo de 1275 kg, uma redução adicional de 20 kg em comparação a etapa de Watkins Glen.

BoP para a IMSA

O Porsche tinha recebido uma redução de 10 kg antes das Seis Horas de Watkins Glen, duas semanas atrás. O Corvette C8.R, entretanto, teve um aumento de peso de 10 kg, elevando o peso mínimo  para 1290 kg. Nenhuma outra mudança BoP foi feita na classe GTD.

Hypercars e protótipos LMDh na mesma categoria em 2023

(Foto: Alpine)

A FIA confirmou nesta quinta-feira, 08, a unificação das classes LMH e LMDh. Com a unificação, que passa a entrar em vigor a partir de 2023, os dois tipos de protótipos poderão competir com o mesmo nível de desempenho.

O anúncio foi feito em conjunto com a ACO e IMSA, durante o World Motor Sport Council, em Mônaco. Anunciado inicialmente em Daytona em janeiro deste ano, o trabalho está em andamento para reunir as duas plataformas em uma única categoria, que será regulamentada por meio de um processo de Equilíbrio de Desempenho.

Protótipos LMDh poderão competir tanto no WEC quanto na IMSA. Os Hypercars serão elegíveis apenas no WEC, por enquanto. As entidades não divulgaram quaisquer detalhes sobre a “alteração dos regulamentos” que chegaram, nem detalhes se os carros LMH serão autorizados a competir no Campeonato WeatherTech.

A unificação vem  em um momento em que diversos fabricantes estão desenvolvendo projetos em ambas as plataformas.  A Ferrari, Toyota, Peugeot e Glickenhaus com modelos LMH e a recente confirmação da BMW para se juntar à classe LMDh ao lado de Acura, Audi e Porsche. A Cadillac deve anunciar seu programa nas próximas semanas. 

“Saudamos muito a convergência entre LMDh e LMH. Obrigado às equipes do WEC e da IMSA da FIA”, disse, Fritz Enzinger, chefe da Porsche Motorsport.Isso vai criar um grande show para os fãs de todo o mundo. Estamos ansiosos para entrar na corrida de protótipos novamente”. 

Além da unificação das classes de LMDh e Hypercar, a FIA confirmou que a próxima geração de protótipos será elegível a partir de 2024. Eles serão baseados em chassis LMDh. Uma declaração no WMSC confirmou que “os regulamentos técnicos LMP2 existentes serão mantidos até o final de 2023.”

 

Etapa de Fuji do Mundial de Endurance é cancelada

O agravamento dos casos de Covid-19 no Japão, obrigou a direção do Mundial de Endurance a cancelar a etapa de Fuji do WEC. O evento será substituído para uma segunda etapa que será realizada no Bahrein. 

A nova corrida de seis horas no Bahrein fará parte de uma rodada dupla para as duas últimas rodadas da temporada do WEC, com o primeiro evento sendo disputado em 30 de outubro e a segunda corrida de oito horas – o final da temporada do WEC – agendada para no fim de semana seguinte em 6 de novembro.

A rodada japonesa do WEC foi cancelada devido à pandemia COVID-19 em curso e como resultado direto das restrições de viagens ao Japão, o que tornará muito difícil para as equipes e funcionários chegarem lá.

Em vez de Fuji, o Circuito Internacional do Bahrein agora sediará as duas últimas rodadas do Campeonato Mundial, marcando a primeira partida dupla do WEC. Devido às contínuas dificuldades relacionadas ao COVID-19, foi decidido que dois finais de semana consecutivos de corrida no Bahrein seriam a solução mais viável para todos os envolvidos.

Mais detalhes sobre o duplo cabeçalho do Bahrain serão revelados nas próximas semanas.

“A instabilidade atual exige adaptabilidade. Depois de uma ampla consulta, dada a situação de saúde, não iremos para Fuji. Uma rodada de substituição será realizada no Bahrein. Meus sinceros agradecimentos à equipe de organização japonesa que fez de tudo para sediar o evento. Já estamos ansiosos para o jogo do próximo ano”, explicou Pierre Fillon, presidente do Automobile Club de l’Ouest.

Peugeot apresenta o 9X8 para competir no WEC

(Modelo não possuí asa traseira. (Foto: Divulgação)

Em um comunicado de imprensa divulgado nesta terça-feira, 06, a Peugeot apresentou o 9X8, Hypercar que o fabricante francês irá disputar o Mundial de Endurance a partir de 2022.  

O Peugeot 9X8 usa a nomenclatura ‘900’ usada para as antigas máquinas de corrida de endurance Peugeot, enquanto a parte ‘X’ representa a tecnologia de tração nas quatro rodas e o trem de força híbrido do carro LMH. O elemento ‘8’ deriva dos atuais produtos de carros de estrada da Peugeot.

A característica mais marcante do 9X8 é a ausência de uma asa traseira. Segundo a Peugeot, a “maior flexibilidade” permitida pelos regulamentos técnicos do LMH em termos de aerodinâmica permitiu à empresa “permitir um pensamento radicalmente novo” no design do automóvel.

Os trabalhos estão a cargo do diretor técnico do WEC da Peugeot, Olivier Jansonnie, que  trabalhou com uma equipe liderada pelo Diretor de Design Esportivo da Peugeot, Matthias Hossann.

“Os novos regulamentos de Hypercars foram elaborados para nivelar a importância dos sistemas convencionais de aumento de desempenho”, explicou Jansonnie.

“Projetar o 9X8 foi uma experiência apaixonante porque tivemos a liberdade de inventar, inovar e explorar maneiras incríveis de otimizar o desempenho do carro e, mais especialmente, sua aerodinâmica”, disse. 

“Os regulamentos estipulam que apenas um dispositivo aerodinâmico ajustável é permitido, sem especificar a asa traseira. Nosso trabalho de cálculo e simulações revelou que o alto desempenho era efetivamente possível sem ele”

Modelo possui motorização híbrida. (Foto: Divulgação)

De acordo com a Peugeot, remover a asa traseira “proporcionou a liberdade de projetar o tipo de silhueta elegante que não era vista há décadas”. A parte traseira do carro inclui um grande difusor, acima do qual o termo ‘não precisamos de uma asa traseira’ foi gravado.

Outros elementos de design 9X8 incluem recursos aerodinâmicos triangulares que abrigam os espelhos retrovisores laterais, uma dianteira agressiva e luzes que refletem a marca de três traços da Peugeot.

“Como o 9X8 é um Peugeot, o esboço original que orientou nosso trabalho retrata um grande gato pronto para atacar, uma postura que sugerimos pela cabine ligeiramente inclinada para a frente”, disse Hossann. “As linhas gerais do Peugeot 9X8 expressam as sugestões de estilo da marca, enquanto suas formas elegantes, vigorosas e elegantes inspiram emoção e dinamismo”.

Os pilotos da Peugeot

O fabricante também anunciou os pilotos Kevin Magnussen, Loic Duval, Gustavo Menezes, Mikkel Jensen, Jean-Eric Vergne e Paul di Resta. James Rossiter será o piloto reserva. O teste Dyno do motor de combustão interna V6 biturbo 2.6 litros de 500 kW do veículo começou em abril. O motor elétrico de 200 kW está em fase de montagem.

“Nosso objetivo com relação aos nossos requisitos de energia é confiabilidade sem falhas e controle perfeito”, disse Jean-Marc Finot, chefe da Stellantis Motorsport.

“Le Mans se tornou uma corrida de velocidade de 24 horas que pode ser ganha ou perdida com o número de vezes que você vai nos boxes. A excepcional eficiência energética dos novos Hypercars prefigura o que veremos em breve no mundo dos carros de rua”.

“Esta consideração teve uma influência fundamental no nosso trabalho no pacote Peugeot 9X8, cada aspecto do qual deve contribuir para alcançar a eficiência, desde a motorização à aerodinâmica.”

A CEO da Peugeot, Linda Jackson, comentou: “Eu conheço as equipes da Peugeot Design e da Peugeot Sport e elas sempre produzem um trabalho inovador e de qualidade, mas tenho que admitir que estou impressionado com o 9X8”.

“É simplesmente magnífico. A forma como suas linhas inovadoras e fluidas exalam uma identidade de marca tão poderosa é magistral”, finalizou. 

WEC e IMSA divulgam listas de inscritos para próximas etapas

Tanto a organização do Mundial de Endurance, quanto da IMSA, divulgaram a relação de inscritos para suas próximas corridas. O circuito de Monza receberá o WEC no dia 18 de julho, já a IMSA terá sua próxima etapa neste final de semana em Watkins Glen. 

No Mundial estão confirmados 37 carros. A grande novidade é o segundo carro da Scuderia Glickenhaus para os pilotos Pipo Derani, Gustavo Menezes e Olivier Pla.

A Ferrari #57 da Kessel Racing não estará na etapa italiana do WEC. Correndo sob o nome de Car Guy Racing, o time estava inscrito na classe GTE-Am para os pilotos Mikkel Jensen, David Fumanelli e Takeshi Kimura. A equipe informou que problemas logísticos impossibilitaram a sua participação. 

Lista de inscritos

O motivo é que a  Car Guy Racing também participa em tempo integral no Super GT, que tem uma corrida em Motegi marcada para o mesmo fim de semana de 16 a 18 de julho das 6 Horas de Monza.

Toni Vilander, estará na Ferrari #61 da AF Corse. Ele terá a companhia de Simon Mann e Christoph Ulrich em uma participação especial, disputou pela última vez uma corrida do WEC fora de Le Mans em 2017, quando se juntou à equipe AF Corse durante as 6 Horas de Nürburgring. 

O piloto Matej Konopka está definido para fazer sua estréia no WEC pilotando o Ligier JS P217 da ARC Bratislava com seu pai Miro e Oliver Webb. Konopka Jr representou o time eslovaco em outras competições, como Lamborghini Super Trofeo, Creventic’s 24H Series e TCR Eastern Europe.

Além de Derani, o Brasil será representado por André Negrão no Alpine #36, Felipe Nasr no Oreca 07 #82 da Rizi Competizione, Daniel Serra na Ferrari #52 da AF Corse, Felipe Fraga no Aston Martin #33 da TF Sport e Augusto Farfus e Marcos Gomes no AM #38. 

IMSA em Watkins Glen

A IMSA volta neste final de semana com mais uma prova em Watkins Glen. Depois de corrida de seis horas, disputada no último final de semana, a etapa desta semana acontece nesta sexta-feira, 02, com 2h40 de duração. 

Lista de inscritos

Serão 31 carros, contra 38 da corrida de seis horas. O motivo de permanecerem em Glen, substituição da etapa em Motorsport Park que foi cancelada. Serão seis DPi, três LMP2, seis  LMP3, três GTL M e 13 GTD.

Três brasileiros estão confirmados. Pipo Derani e Felipe Nasr no Cadillac #31 da Action Express e Felipe Fraga no Ligier JSP320 da equipe Riley Motorsports.