Em manobra polêmica, Wayne Taylor Racing vence as 24 horas de Daytona

Toque faltando poucos minutos, definiu vencedor da prova. (Foto: Reprodução Internet)

As 24 horas de Daytona, prova que abre o Weathetech SportsCar Championship 2017, foi cheia de simbolismos. O termo “foi a primeira vez”, se aplica em várias partes da prova. Seja nos carros, pilotos e regulamentos.

Com um domínio total dos protótipos Cadillac, o controverso BoP, voltou a ser um dos centros da polêmica. Depois dos testes oficiais, o ROAR, onde claramente os protótipos LMP2, com motores Gibson, estavam visivelmente mais rápidos do que os DPi da IMSA, a entidade divulgou um BoP, dias antes da prova.

O BoP, era aguardado, e era de conhecimento de todos que a organização iria privilegiar a prata da casa. Ter uma repetição do que foi 2016, com uma vitória incontestável do Ligier da equipe Extreme Speed Motorsports, não estavam nos planos. Nos ROAR, a melhor volta foi do Oreca 07 da equipe DragonSpeed, com 1:38.343. A pole para a prova, conquistada pelo Cadillac #5 da Action Express, de João Barbosa foi de 1:36.903.

Como resultado, nenhum LMP2, teve reais chances de vitória. A Rebellion Racing com seu Oreca 07, foi apontada como favorita pela estrutura e pilotos, não conseguiu chegar perto dos ponteiros. Curiosamente o melhor LMP2, que liderou a prova, foi o Dallara #90 da equipe Visit Florida dos pilotos Marc Goossens, Renger van der Zande e René Rast. O trio terminou em terceiro.

Resultado final da prova.

Mesmo com a vitória do Cadillac #10 da Wayne Taylor Racing dos pilotos, Ricky Taylor, Jordan Taylor, Max Angelelli e Jeff Gordon, o vencedor nos bastidores foi a ACO. A organização que manda no endurance mundial, organiza as 24 horas de Le Mans, o Mundial de Endurance e os campeonatos europeus e asiáticos, conseguiu impor sua vontade sobre a IMSA.

Cadillac mostrou superioridade. BoP ajudou? (Foto: IMSA)

Desde a unificação da American Le Mans Series com a Grand-Am no final de 2013, e a criação do United SportsCar Championship, a série nunca viveu sob uma influência tão grande por parte da entidade francesa. Os DPi, nada mais são do que protótipos LMP2, com uma abertura maior de regras do que seus irmãos “originais”.

Com essas mudanças, a série ganhou um maior interesse por conta de equipes europeias, e resgatou vários times americanos que estavam competindo no outro lado do atlântico. A Rebellion que deve competir nas provas longas da IMSA, a volta da Extreme Speed Motorsports, que até 2016 estava disputando o Mundial de Endurance, e até a DragonSpeed, que esteve no European Le Mans Series ano passado. Com a modernização da série, principalmente, depois da morte dos Daytona Prototypes, tudo indica que mais equipes devem adotar a IMSA como uma opção.

Assim como a adoção dos protótipos LMP3 para 2018, e o crescimento da classe GTD, após a IMSA aceitar as especificações para os GT3. A série tem tudo conseguir, mais fabricantes do que o próprio WEC.

A corrida

A briga na liderança da prova, ficou entre os três protótipos Cadillac. A Action Express, postulante a vitória com o #5 de João Barbosa, Filipe Albuquerque e Christian Fittipaldi. O segundo carro da equipe, o #31 de Dane Cameron, Eric Curran, Mike Conway e Seb Morris, e os sempre rápidos, Ricky Taylor, Jordan Taylor, Max Angelelli e a lenda do automobilismo americano Jeff Gordon.

Nenhuma outra equipe, com exceção da Visit Florida, teve condições reais de fazer frente as duas equipes. Grande parte da prova, foi de extrema calmaria. Sem grandes disputas, em todas as classes, o que se viu foi uma alternância, durante a troca de pneus, reabastecimento e de pilotos.

Campeões em 2016, ESM, não teve um carro para bater os Cadillac. (Foto: ESM)

A chuva também deu as caras. Grande parte das 24 horas, foi sob intempéries climáticas, e suas intermináveis bandeiras amarelas. Muitas provocadas pelos poucos competidores que estavam inscritos na classe PC. Com apenas cinco carros, grande parte das paralisações, foram causadas pelos Oreca FLM09.

Com tamanha paridade entre as equipes, a decisão da prova, acabou indo para os minutos finais. Com um carro mais veloz, Ricky Taylor, acabou forçando a ultrapassagem em cima de Filipe Albuquerque, faltando poucos minutos para o fim da prova.

Tudo aconteceu na curva 1, o americano, tentou ultrapassar, não tendo espaço. Com o toque, Albuquerque acabou rodando, não tendo tempo para recuperar ou pelo menos brigar pela liderança. A vitória da Wayne Taylor Racing, é a primeira desde 2005, quando chegou em primeiro com um Riley DP.

A direção da IMSA, anunciaram que não irão tomar nenhuma atitude contra a Wayne Taylor. Uma vitória, manchada por uma ultrapassagem malfeita. O Cadillac #31, enfrentou diversos problemas durante a prova, terminando na sexta posição. Em terceiro o #90 da Visit Florida. Renger Van Der Zande, Rene Rast e Marc Goossens, acabaram se beneficiando dos abandonos e acidentes. Foi o melhor LMP2 da prova.

Os vencedores da edição 2016 da prova, a equipe Extreme Speed, não lembram nada o bom desempenho de outrora. Scott Sharp, Ryan Dalziel e Pipo Derani, chegaram na quarta colocação, com uma diferença e três voltas para o líder. O #2 enfrentou problemas elétricos durante a prova, além de uma punição, por conta de irregularidades em uma as paradas nos boxes.

O segundo carro da equipe, o #22, no qual estava Bruno Senna, se envolveu em uma batida com o Porsche #991 da equipe TRG, enquanto estava sendo pilotado por Brendon Hartley. Os reparos custaram 25 voltas a equipe.

Rebellion Racing, também enfrentou problemas. (Foto: Reprodução)

A primeira parte da corrida sugeria um desfecho amplamente superior. O carro chegou a liderar antes da 10ª hora durante o turno do neozelandês Brendon Hartley, um dos companheiros de Senna. E corria em segundo quando Hartley tocou um carro da GT e acertou em cheio o muro do oval. As 30 voltas necessárias aos reparos acabaram com qualquer possibilidade da equipe.

“É claro que estou frustrado com o resultado. Tínhamos potencial para terminar no pódio, porque éramos mais velozes que o outro carro da nossa equipe, que terminou em quarto, e até que o terceiro. Com o acidente, não deu para fazer mais nada. Não deu pudemos disputar com a Cadillac, mas estou feliz com meu desempenho e acho que fiz um bom trabalho, principalmente quando as condições da pista eram bastante críticas por causa da chuva”, explicou Senna. Ela acredita que a vantagem da Cadillac na próxima etapa, as 12 Horas de Sebring, deve ser reduzida. “É provável que os organizadores mexam no balanço de performance”, previu.  Na quinta posição o Oreca #85 da JDC-Miller Motorsports.

Na classe PC, com apenas cinco inscritos, a Performance Tech conquistou o primeiro lugar. O #38 de Patrício O´Ward, Kyle Masson, James France e Nicholas Boulle, sobreviveu entre seus pares na classe. Boulle foi o responsável por levar o carro até a linha de chegada. A diferença entre o #85 e o #26 da BAR1 Motorsports foi de 22 voltas. O #20, também da BAR1 Motorsports, terminou na terceira colocação.

Os outros dois carros da classe, coincidentemente da equipe Starworks Motorsports, foram campeões de batidas e saídas da pista. Nenhum dos dois completou a prova.

Ford e a eterna briga com Ferrari, esquenta a classe GTLM

Ford superou mais ma vez a Ferrari. (Foto: IMSA)

A sempre competitiva classe GTLM, viu uma eterna briga ganhando mais um capítulo. Por quase toda a prova, Ford e Ferrari, estavam se alternando na liderança da corrida. Com quatro carros inscritos, a Ford, detinha tanto a superioridade em número, quanto no bom acerto.

Correndo literalmente sozinha, a Ferrari #62 da Rizi Competizione, dos pilotos Toni Vilander, Giancarlo Fisichella e James Calado. A vitória de Joey Hand, Dirk Muller e Sébastien Bourdais. Coroa o bom momento do carro americano. Este mesmo trio, venceu na classe GTE-PRO em Le Mans ano passado.

Surpreendendo no final da prova, O Porsche 911 RSR #911 de Patrick Pilet, Dirk Werner e Fréderic Makowiecki, acabaram superando a Ferrari #62, faltando pouco mais de 30 minutos para o final. Na terceira posição o Corvette #3 de António Garcia, Jan Magnussen e Mike Rockenfeller. O Ford #69, terminou na quinta posição. Os campeões de 2016, o Corvette #4, não completou a prova

Porsche vence na classe GTD

Porsche surpreende e vence na GTD. (Foto: IMSA)

A classe GTD, viu uma grande variedade de modelos. As estreantes Acura e Lexus, chegaram a liderar a prova, mas foi a Porsche que levou o primeiro lugar. Não foi a primeira vitória do time, que venceu em 2007

O 911 GT3 R #28, dos pilotos Michael Christensen, Daniel Morad, Jesse Lazare, Carlos e Michel de Quesada, de apenas 17 anos, superaram o Audi #29 da Land Motorsports de Christopher Mies, Connor de Phillippi, Jules Gounon e Jeffrey Schmidt por 0,293 segundos.

Christensen, que é piloto de fábrica da Porsche, assumiu a liderança na última rodada de pit stops. Enquanto o Audi da Land, acabou demorando demais para realizar sua parada. Voltando na quarta colocação, Christopher Mies, conseguiu recuperar duas posições, não superando o Porsche vencedor.

O #28 não demonstrava forças para lutar pela liderança durante grande parte da prova. Tudo mudou, depois de uma bandeira amarela causada pela Ferrari #63 da Scuderia Corsa. Sam Bird, que pilotava a Ferrari, enfrentou problemas no motor. A equipe terminou em quarto. Na terceira posição, chegou o Mercedes #33 da Riley Motorsports de Jeroen Bleekemolen, Ben Keating, Adam Christodoulou e Mario Farnbacher.

A Michael Shank Racing, que estreou na classe com o Acura teve altos e baixos. O #93 pilotado por Andy Lally, Katherine Legge, Mark Wilkins e Graham Rahal, acabou na 11º posição. O #86 de Jeff Segal, Ozz Negri, Tom Dyer e Ryan Hunter-Reay, terminou na quinta posição.

Outra estreante, a Lexus fez uma corrida para esquecer. O #14 pilotado por Scott Pruett, acabou abandonando, enquanto o #15 que disputava a liderança, sofreu com um furo em um dos pneus. Terminou na 14º colocação.

 

 

Nissan volta a classe LMP1 do WEC, fornecendo motores para ByKolles

(Foto: Divulgação)

A equipe ByKolles, anunciou nesta quarta (25), que vai substituir os propulsores AER, por motores Nissan. A notícia vem em um momento que apenas uma equipe, a própria ByKolles vai alinhar seu LMP1 no Mundial de Endurance, na subclasse de equipes privadas.

O propulsor será o mesmo que equipou o polêmico GT-R NISMO LMP1. Um V6 de três litros, bi-turbo. O chassi utilizado na temporada passada, irá passar por uma atualização.

“O fornecimento de motores da NISMO é de grande importância para nossa equipe”, disse o chefe da ByKolles Boris Bermes. “Depois de ter de lidar com muitos contratempos no passado devido a problemas de confiabilidade do motor, para a temporada de 2017, esperamos uma melhora significativa em termos de confiabilidade e desempenho”.

Novas atualizações estão programadas para deixar o LMP mais competitivo. “Estamos implacavelmente trabalhando em inúmeras melhorias adicionais para o nosso carro”, disse ele. “Como resultado das mudanças na regulamentação para 2017, seremos capazes de fazer grandes melhorias tanto na frente como na retaguarda, especialmente na aerodinâmica.”

“Além disso, nossos engenheiros de projeto alcançaram uma redução de peso e introduziram atualizações abrangentes de componentes mecânicos.”novo CLM P1 / 01. Para este ano, estamos olhando para demonstrar nossas melhorias e continuar a desenvolver o nosso protótipo.”

A equipe estuda fornecer chassis para equipes clientes, com ou sem o propulsor Nissan.

“É muito mais do que carenagem diferente”, diz Philippe Dumas da Onroak sobre LMP2 e DPi

Projeto do DPi da Nissan , acabou atrasando. (Foto: John Dagys)

O diretor da Onroak Automotive, Philippe Dumas, está em Daytona acompanhando os mais novos produtos do fabricante francês. O Ligier JS P217 e o Nissan DPi, estão se enfrentando pela primeira vez, mesmo que seja apenas um teste.

Em entrevista ao site sportscar365, Dumas revelou detalhes sobre os dois protótipos e confirmou o que grande parte dos torcedores já sabia, é muito mais do que uma carenagem diferente.

“Mais ou menos, tudo é diferente com o carro”, disse Dumas. “60%  do carro do DPi, é diferente do JS P217.”

“O equilíbrio é diferente. Algumas partes da caixa de velocidades são diferentes. O motor, o piso, os sidepods, a frente, a capota traseira … tudo é diferente.”

“Foi um grande desafio, porque se você olhar para a Mazda ou Cadillac, eles começaram o projeto do DPi, e depois fizeram o LMP2. Nós fizemos o oposto.”

O motor do DPi, é baseado no V6 de 3 litros e 3 cilindros oriundo do GT-R NISMO GT3. Todo o projeto começou em setembro. Os concorrentes diretos, Cadillac e Mazda estão com seus projetos em andamento desde o final de 2015.

“Foi também um grande desafio porque é a primeira vez que um motor GT3 está dentro de um protótipo”, disse. “É completamente novo e provavelmente bom para o futuro porque é um motor GT3.”

“Você pode imaginar o espaço com o turbocompressor, o peso, e tudo? Isso é muito novo.”

Outro fator que diferencia o DPi do LMP2 é a distribuição de peso. O motor Nissan é cerca de 50 kg mais pesado do que o Gibson GK428 V8. Segundo as regras da IMSA, os dois protótipos terão que ter o peso mínimo de 930 kg. Por conta disso, o JS P2017 terá que utilizar lastro em Daytona.

“Foi um desafio, mas é claro que no momento temos algo a aprender”, disse ele. “Temos de trabalhar do nosso lado e especialmente do lado da NISMO para obter um peso competitivo.”

“Quando você fala sobre uma diferença de 50 quilos, especialmente na parte traseira, e quando você olha para o motor, o peso está no pior lugar. É muito alto. Assim, a distribuição de peso é tão diferente.”

“A geometria é a mesma, o chassis é o mesmo, os freios são os mesmos. Então nós compartilhamos algumas informações entre os dois carros com certeza.”

“Não é algo novo para nós. Tivemos essa situação com o JS P2 Nissan e o JS P2 Honda”.

Ligier JS P217 é mais leve do que o irmão DPi. (Foto: John Dagys)

Muitos criticaram a carenagem do Nissan DPi, por ser ligeiramente diferente do JS P217. Para Dumas, este é apenas o começo do desenvolvimento do modelo. “Você tinha que encontrar um compromisso e trabalhar em conjunto porque o projeto estava atrasado”, disse Dumas. “A IMSA precisava nos dar um pouco de espaço, o mesmo para a Nissan.”

“Meu objetivo é dar confiança a Nissan que o campeonato está indo bem e eles vêem que é importante estar lá, e eu estou confiante nisso.”

“Então, se for um caso, certamente a Nissan trará mais apoio e um design um pouco diferente.”

As regras da IMSA, possibilitam uma mudança no desenho da carenagem por ano. A ESM tem um contrato de exclusividade com a Nissan e Onroak por dois anos. Para Dumas, a expectativa é que novos fabricantes queiram firmar parceria com a Onroak.

“Fomos os primeiros, a fazer um LMP2 totalmente compatível com motores Judd, Nissan e HPD. Seria impossível vencer Daytona e Sebring sem o apoio da HPD.”

“Com esta experiência com a Nissan, todos irão ver como somos capazes de trabalhar em diferentes projetos. Acho que é uma boa oportunidade para novas parcerias.”

Extreme Speed apresenta versão DPi do Ligier JS P217

(Foto: ESM)

A Extreme Speed Motorsports apresentou na tarde desta quarta (21), a versão DPi do Ligier JS P217 que vai competir na IMSA. A equipe firmou uma forte parceria com a Nissan para a próxima temporada.

O LMP é bem diferente da versão “original” do JS P217 que vai competir no WEC. Serão dois protótipos. Os pilotos já foram escolhidos. Scott Sharp e Ryan Dalziel irão dividir o #2 com o brasileiro Pipo Derani presente apenas nas provas longas. O #22 será dividido por Ed Brown e Johannes van Overbeek. Nas provas longas terão a companhia de Bruno Senna e Brendon Hartley.

E equipe venceu este ano as 24 horas de Daytona e 12 horas de Sebring.

(Foto: ESM)

Versão é está bem diferente da original. (Foto: IMSA)

Nissan se despede do WEC com vitórias e títulos

Última vitória de um motor Nissan no WEC, foi com a G-Drive Racing no Bahrein. (Foto: Divulgação G-Drive Racing)

A vitória do Oreca 05 #26, da G-Drive Racing na classe LMP2 na última etapa do Mundial de Endurance no Bahrein, marcou o fim da participação da Nissan no WEC. A montadora japonesa fornece motores para a classe LMP2 desde 2011.

Naquele ano foram cinco vitórias na ELMS e Intercontinental Le Mans Cup. No primeiro ano do WEC, em 2012, foram oito vitórias. A partir dali, o motor VK45DEV8 4,5 litros foi o maior vencedor na classe. Com 35 vitórias consecutivas no WEC. Foi o propulsor das equipes, vitoriosas na classe, OAK Racing (2013), SMP Racing (2014), G-Drive (2015) e Signatech Alpine (2016).

Além do WEC, a Nissan, foi o motor vencedor nas 24 horas de Le Mans. Greaves Motorsports (2011), OAK Racing (2013), JOTA Sport (2014), KCMG (2015) e Signatech Alpine (2016). No European Le Mans Series, foram seis campeonatos consecutivos.

“Estamos tristes que o nosso tempo como fornecedora de motores na classe LMP2 chegou ao fim no FIA WEC, mas depois de cinco temporadas e 37 vitórias Estamos imensamente orgulhosos de nosso envolvimento e gratos por ter tido a oportunidade de levar tantas equipes para a vitória,” disse o diretor global da  NISMO Motorsport,Mike Carcamo.

“Apesar da mudança de regra para o próximo ano, a Nissan continua empenhada em corridas de protótipo através da classe LMP3. O nosso motor VK45DE também permanecerá disponível para as equipes que competem na Asian Le Mans Series.”

Projeto DPi da Nissan sofre atraso

Nissan vai alinhar um Ligier DPi na IMSA em parceria com a Extreme Speed Motorsports. (Foto: Onroak Automotive)

A Nissan, foi um dos primeiros fabricantes a revelar seus planos de participação na temporada 2017 da IMSA. Em parceria com a Extreme Speed Motorsports, a montadora japonesa, deve rivalizar com Mazda e Cadillac a supremacia da série no próximo ano.

Mesmo tendo revelado seus planos com antecedência, o desenvolvimento está ocorrendo lentamente. O principal fator, fica por conta do motor, já que o Ligier JP217, que vai servir de base para o DPi, já foi apresentado, inclusive dando algumas voltas na França.

“No geral as coisas estão indo muito bem”, disse o chefe da NISMO Michael Carcamo ao site Racer. “Eu tive uma conferência com os caras da Onroak na França e na semana passada eu estava no Japão verificando o desenvolvimento do powertrain. Tudo está indo muito bem. O motor já foi testado em dinamômetro, e logo será embarcado para a Europa para ser instalado no chassi.”

“O chassi, está dentro do cronograma para o mapeamento aerodinâmico IMSA DPi. Nosso primeiro shakedown será no final de dezembro. Vamos fazer testes privados em primeiro lugar. Outros terão muito mais tempo testando seus próprios carros, então vamos testar em particular antes de qualquer outra coisa.”

O novo protótipo será alimentado por um motor 3.8 litros, biturbo V6. Ele será baseado no propulsor usado pela marca nos campeonatos GT3. A Cadillac, irá competir com um V8 aspirado, que foi usado no Corvette DP este ano. Já a Mazda vai correr com um turbo de quatro cilindros.

A Nissan fez grandes alterações no motor, por conta do layout do seu GT-R. Um novo sistema de lubrificação por cárter seco, bem como mudanças estruturais para deixar o motor com menos torção estrutural. “Há duas partes difíceis: A primeira é que você instalar um motor que estava montado na dianteira de um carro GT3, para a traseira de um protótipo. É necessário mudar mudar tudo estruturalmente em como o motor se conecta ao carro”, disse Carcamo. “É complicado do ponto de vista estrutural, mas não tanto tecnicamente. Você cria faceplates frontais e suportes traseiros para o motor para se adaptar na parte de trás de um protótipo. Então estamos nos certificando que os caminhos certos de ligação estão sendo feitos da maneira correta.”

“O motor que usamos no carro GT usar cárter molhado, e o que vamos usar no protótipo é seco. Neste momento não fizemos alterações significativas com a indução forçada porque estamos preocupados com a potência e torque. o motor em si é um pacote forte, e nós podemos mudar, se necessário, mas já temos grandes turbos e eles são confiáveis. Podemos ir além se isso for necessário.”

Carcamo também confirmou que o protótipo terá uma identidade própria. “Neste momento estamos dando prioridade para o sistema de refrigeração e carenagem”, disse ele.

Ao contrário de Mazda e Cadillac, que já confirmaram que vão permanecer por bastante tempo no campeonato, a Nissan segue com cautela, principalmente sobre o custo x benefício da IMSA.

“O primeiro passo foi tentar entrar em uma grande série de grandes eventos e uma grande equipe. Essa foi a gênese de começar o programa. O que acontece no futuro depende dos resultados e como a série em si cresce. Nós não estamos prontos para fazer qualquer compromisso sobre o futuro a longo prazo, mas esperamos encontrar oportunidades que vão se refletir na mídia.” Finaliza.

Extreme Speed confirma volta a IMSA com Ligier P217

(Foto: Drew Gibson)

Em nota publicada na tarde desta terça (20), em seu site, a Extreme Speed Motorsports confirmou os boatos e volta de forma integral a IMSA em 2017. Sendo assim 2016 é o último ano da equipe no Mundial de Endurance.

Porém a parceria com a Onroak Automotive continua, já que para o próximo ano a equipe vai alinhar o Ligier P217 com motores Nissan. A equipe terá apoio oficial da Nissan, sendo esta o primeiro fabricante a confirmar seu programa na IMSA.

“A Tequila Patrón ESM teve uma experiência incrível ao longo dos últimos 24 meses, em pistas incríveis ao redor do mundo. Mas estamos muito animados em voltar ao Weathertech”, disse o proprietário da equipe Scott Sharp.

Os pilotos não foram oficialmente confirmados, o que deve ser feito nas próximas semanas. “O programa de DPI vai ser realmente emocionante, e vai ser fantástico competir não só na nossa própria casa, mas pela vitória no geral para a vitória global”, disse presidente da Patrón Spirits e piloto Ed Brown.

“Vai ser maravilhoso estar associado a uma marca de classe mundial como a Nissan. Eu acho que a sinergias entre as duas empresas e cada um dos nossos consumidores nos dará grandes oportunidades para melhorar nossas marcas.”

O acordo com a Nissan é apenas técnico, sendo assim a carenagem deve ser a mesma que será utilizada nos Ligier que vão disputar o Mundial de Endurance. “Estamos muito satisfeitos em participar com a Tequila Patrón e Oak Racing em 2017 na IMSA”, disse o diretor de motorsports da Nissan, Michael Carcamo. “Acreditamos que a Nissan e a Nismo podem adicionar a este programa, um powertrain competitivo.”

Onroak se torna o terceiro construtor alinhado com um fabricante na IMSA próximo ano, juntando-se à Dallara (Cadillac) e Multimatic-Riley (Mazda). “Nós escrevemos uma história incrível este ano com a dupla vitória em Daytona e Sebring, mas 2017 será como um novo começo”, disse o chefe da Onroak Automotive, Philippe Dumas.

Bentley e Nissan distantes de competir na IMSA

(Foto: IMSA)

Tanto a Bentley quanto a Nissan que demostraram interesse em fazer parte do Weathertech em 2017 com a futura plataforma DPi, acabaram desistindo da ideia, pelo menos a curto prazo.

O diretor da Bentley Brian Gush em entrevista ao site sportscar365, comenta que no atual momento um projeto demanda mais tempo do que o prazo estipulado pela organização da IMSA para por exemplo estar em Daytona no próximo ano.

“Estamos obviamente interessados mas neste momento vários fatores estão em jogo. Eu acho que a série vai ser muito boa; serão várias provas interessantes.”

Para o novo diretor da Nissan Michael Carcamo, o empecilho para a marca que representa é o impasse entre ACO e IMSA sobre as regras. É fato que as duas entidades vem divergindo sobre o futuro da nova geração de LMP2 que serão implantados nos EUA. “O DPI, eu acho que é interessante do ponto de vista de protótipo nos EUA”, disse Carcamo. “Mas neste momento as regras e regulamentos, as divergências ou a falta de alinhamento entre as regras do ACO e dos LMP2 nos deixam desconfortáveis  para começar um projeto a longo prazo como este.”

“Ainda estamos observando ativamente. Mas não há nenhuma linha do tempo ou planos específicos.”

“Eu acho que há espaço para o ACO e IMSA trabalhar”, acrescentou Carcamo. “Tem que haver mais oportunidades para os fabricantes.”

“Quero correr tanto quanto possível, mas sem ter que construir cinco versões diferentes do mesmo carro para correr ao redor do mundo.”

“GT3 é um grande exemplo. O carro é o mesmo, basta levá-la onde quiser”. Para o dirigente o fato da NISMO, divisão esportiva da marca não ter uma base nos EUA acaba onerando todo o projeto.

 

Nissan avalia fornecimento de motor para a classe LMP1 do WEC

(Foto: Nissan)

A Nissan ainda não desistiu do WEC. Por conta dos novos regulamentos da classe LMP2 a partir do ano de 2017 que terá apenas um motor fornecido pela Gibson, o fabricante Japonês avalia levar seus motores para a classe LMP1, para equipes independentes. Atualmente o fabricante fornece um competente V8 para diversas equipes na classe LMP2

“É difícil para 2017, porque estamos perdendo a classe LMP2, mas na verdade estamos avançando com nosso programa de motores, olhando as oportunidades na classe LMP1 provada”, disse Michael Carcamo, novo diretor global do programa motorsports da Nissan ao site Sportscar365.

“Eu acho que existe esta oportunidade. É um dos nossos pontos fortes. Fornecemos a muito tempo motores a classe LMP2. Então, nós estamos procurando novas oportunidades. “

O motor V6 de 3 litros que equipou o GT-R NISMO LM poderia ser afinado para as equipes provadas na classe LMP1. Se o sistema híbrido do finado LMP foi considerado um fracasso, o mesmo não se pode dizer do motor.

Várias reuniões já foram feitas com clientes potenciais desde o ano passado. Segundo o dirigente, duas equipes se mostraram empolgadas com a parceria na principal classe do Mundial de Endurance. “Fomos convidados para o grupo de trabalho técnico. Estamos prontos para ajudar a ACO.” Disse Carcamo. “Nós apoiamos as provas de Endurance e gostaríamos de fazer parte da classe LMP1.”

“O interesse existe, enquanto as pessoas veem a classe LMP2 como um campeonato de pilotos, a LMP1 é algo mais voltado para os construtores, onde existe inovação sem a necessidade de um modelo híbrido.” Disse. Tanto a Strakka Racing quanto SMP Corrida estão avaliando as entradas na classe principal no próximo ano. A Onroak Automotive e Oreca também têm estado nas reuniões do grupo de trabalho.

Nissan planeja competir na classe DPI nos EUA

O que podemos esperar? (Foto: MarshallPruett)

A Nissan não desiste. Apos o vexame que foi o programa LMP1 que competiu de forma vergonhosa em Le Mans no ano passado, a montadora planeja uma nova empreitada. Desta vez com motores e apenas nos EUA.

Olhando para os novos regulamentos da classe LMP2, que mudam a partir de 2017, aonde motores serão elegíveis e liberados, a montadora pensa em usar uma bolha em um dos quatro chassis homologados pela ACO, fornecendo apenas motores.

A Honda, GM e Bentley já esboçaram projetos mas ainda nada foi confirmado. Como meta de potência na casa dos 600cv para os novos DPI, a escolha recai sobre o V6 de 3 litros bi-turbo que a montadora usou no projeto LMP1. Porém os regulamentos da IMSA obrigam que os motores se tenham origem em modelos GT3, que são a base dos mesmos utilizados em série.

Porém a entidade teria dado uma concessão a montadora e liberado uma versão baseada no motor TTV6, e em um propulsor de 2 litros turbo da Mazda. Para dar conta desta nova empreitada, os custos seriam inferiores se comparados com os do programa LMP1.

Mesmo fechando o departamento que cuidava exclusivamente do antigo protótipo, a Nissan manteve um grupo de engenheiros. Será que desta vez vai?