Ferrari competirá no Mundial de Endurance em 2023

A Ferrari confirmou nesta quarta-feira, 24, sua participação no Mundial de Endurance. O fabricante italiano entrará na a categoria Hypercar do Mundial de Endurance a partir de 2023.

A marca italiana retornará ao endurance pela primeira vez desde 1973 e será mais um grande fabricante a confirmar sua participação na nova categoria Hypercar do WEC A Ferrari está pronta para enfrentar empresas como Toyota, Glickenhaus, Peugeot, Porsche e Audi, que se comprometeram com a categoria Hipercarro.

A nova categoria Hypercar de 2021 é onde as equipes e pilotos podem competir pela vitória geral do campeonato no FIA WEC e nas 24 Horas de Le Mans.

A Ferrari tem uma longa e ilustre história em corridas de resistência e em Le Mans. O fabricante venceu Le Mans por nove vezes, a última vez em 1965 como parte das famosas batalhas Ford contra Ferrari nos anos 1960.

Nos últimos anos, no entanto, a Ferrari teve muito sucesso na categoria GT de Le Mans, vencendo pela última vez a categoria GTE Pro em 2019 com a AF Corse. A marca ganhou o título da classe quatro vezes, incluindo o primeiro Campeonato Mundial de Fabricantes de GT de Endurance da FIA em 2017. Mais detalhes do projeto não foram divulgados.

Hoje é um grande dia para as corridas de endurance: a Ferrari está de volta as 24 Horas de Le Mans e ao Campeonato Mundial de Endurance. A classe de Hypercars promete batalhas épicas. Ao lado da Ferrari, em 2023, muitos fabricantes que já se juntaram a nós farão de tudo para vencer a corrida em seu ano centenário. Esta é uma excelente notícia para uma disciplina cuja base de regras constitui um sólido base para construir um futuro brilhante”, disse Pierre Fillon, Presidente do Automobile Club de l’Ouest (ACO).

Sete Ferraris no Asian Le Mans Series

Ferraris foram destaque também nas 24 Horas de Daytona. (Foto: Ferrari)

Após o anúncio dos inscritos para a temporada 2021 do Asian Le Mans Series, o que chamou a atenção é a quantidade de modelos Ferrari 488 GT3 na classe GT. Serão sete carros com especificação “Evo” no certame que terá quatro rodadas nos circuitos de Dubai e Yas Marina

Com 36 carros nas três classes (LMP2, LMP3 e GT). Este último, apresenta o maior plantel com 19 equipes. Os vencedores da classe assim como as demais recebem um convite automático para as 24 Horas de Le MansApós o anúncio nas últimas semanas das equipes Rinaldi Racing com Davide Rigon, Rino Mastronardi e David Perel no carro #55, e Christian Hook, Manuel Lauck e Patrick Kujala #66, as demais formações foram oficializadas.

A AF Corse terá  Alessandro Pier Guidi, Francesco Piovanetti e o brasileiro Oswaldo Negri Jr. A equipe italiana será acompanhada dos pilotos da classe GTE-Am que participa do Mundial de Endurance com Giancarlo Fisichella, Thomas Flohr e Francesco Castellacci.

Com dois carros, a Kessel Racing. O primeiro levará as cores de Car Guy e terá o campeão de 2019 Takeshi Kimura com Côme Ledogar e Mikkel Jensen, reunindo a tripulação que participou da corrida de encerramento da temporada passada. Giorgio Roda e Francesco Zollo no # 27

A Fórmula Racing fará a sua estreia na categoria com um alinhamento dinamarquês liderado por Nicklas Nielsen. Seus companheiros de equipe serão Frederik Paulsen, campeão do Ferrari Challenge Europe, e Johnny Laursen.

 

Daniel Serra competirá no Mundial de Endurance

(Foto: Divulgação)

O piloto Daniel Serra irá substituir de Davide Rigon na temporada 2021 do Mundial de Endurance. Competindo na classe GTE-Pro, Serra, será companheiro de Miguel Molina na Ferrari 488 GTE Evo. 

A dupla será acompanhada em Le Mans por Rigon, que também representará as equipes da Ferrari na Asian Le Mans Series e no GT World Challenge Europa. James Calado e o atual campeão da GTWC Europe Endurance Cup, Alessandro Pier Guidi, irão mais uma vez pilotar a Ferrari #51 da AF Corse.

Serra tornou-se piloto de fábrica da Ferrari no final de 2019, após obter vitórias na classe em Le Mans e Petit Le Mans. O brasileiro de 36 anos, que também venceu em Le Mans com a Aston Martin em 2017.Ele competiu em vários campeonatos GT3 e GTE em 2020.  

“Meu objetivo era disputar o WEC e estou muito feliz por entrar na temporada 2021”, comentou Serra.

“Conheço a equipe e o meu companheiro de equipa muito bem e acho que podemos jogar bem juntos. Estou me preparando o melhor que posso para estar pronto quando a temporada começar”, explica. 

Até o momento serão quatro carros na classe GTE-Pro, duas Ferrari e dois Porsche.

Daniel Serra é o novo piloto do programa GT da Ferrari

Daniel Serra é um do principais pilotos brasileiros no automobilismo internacional da atualidade. (Foto: Divulgação)

A Ferrari anunciou na manhã desta segunda-feira, 16, Daniel Serra e Nicklas Nielsen como os novos pilotos oficiais da montadora em seu programa Competizioni GT. Serra, é um dos principais nomes do automobilismo brasileiro, sendo bicampeão em Le Mans na classe GTE-Pro e Petit Le Mans.

Nielsen iniciou sua “vida” com a equipe italiana através da Ferrari Challenge. Neste final de semana o piloto participou dos testes oficiais do WEC, no Bahrein.  A Ferrari ainda não definiu o destino dos pilotos. Serra deve substituir Alessandro Pier Guidi na Asian Le Mans Series, no circuito de Buriram, na Tailândia, que entrou em conflito com a etapa de COTA do Mundial de Endurance. 

Serra conquistou neste domingo, 15, o tricampeonato na Stock Car, no circuito de Interlagos. O piloto que tem 35 anos, começou no kart e  Fórmula Renault 2.0. de 2014 a 2016 ele participou da IMSA com a Ferrari da equipe Scuderia Corsa, vencendo em 2018 Petit Le Mans. 

Em 2017, ele venceu as 24 Horas de Le Mans pela equipe Aston Martin, na classe GTE-Pro. Feito que repetiu em 2019 com a AF Corse ao lado de Alessandro Pier Guidi e James Calado. Serra também é bicampeão de Petit Le Mans pela Risi Competizione. 

O dinamarquês Nicklas Nielsen,  22 anos, começou no kart, ingressou no Audi Sport Academy e participou do campeonato alemão de Fórmula 4, conquistando o título de novato do ano.

Teve passagem pela Ferrari Challenge, vencendo duas corridas em 2017. Após conquistar o título da série em Monza, foi competir no European Le Mans Series, pela equipe Luzich Racing. Na série de endurance conquistou o título ao lado de Fabiel Lavergne e Alessandro Pier Guidi, com quatro vitórias em seis corridas. 

No WEC, ele pilotou pela AF Corse ao lado de François Perrodo e Emmanuel Collard, vencendo em Silverstone.

 

Valentino Rossi nas 12 Horas de Abu Dhabi

Próximo passo será disputar as 24 Horas de Le Mans. (Foto: @FotoSpeddy)

O próximo final de semana será intenso para os fãs de endurance. Além das 8 Horas do Bahrein, quinta etapa do Mundial de Endurance, acontece as 12 Horas da Gulf, no circuito de Abu Dhabi

Um dos destaques da prova de 12 horas, é o sete vezes campeão da MotoGP, Valentino Rossi. O italiano estará pilotando a Ferrari 488  #46 da equipe Kessel Racing, que mantêm equipes na ELMS e Le Mans Cup. 

A vida de Rossi é intensa.Nesta segunda-feira, ele testou o carro de F1 do piloto Lewis Hamilton, no circuito Ricardo Tormo, em Valência. Para a prova de endurance, o italiano terá a companhia de Luca Marini e Uccio Salucci. Como preparação o campeão da MotoGP testou a Ferrari no circuito de Misano. 

De acordo com o piloto, o próximo passo será disputar as 24 Horas de Le Mans. A declaração foi feita durante a etapa da França, da MotoGP. “Quando eu parar com as motos, poderei dirigir carros por mais 10 anos. Gosto muito disso, então vou tentar pilotar e tenho que planejar participar das 24 horas de Le Mans”, disse. 

Valentino Rossi que está com 40 anos, tem contrato com a Yamaha até 2020. Além do carro de Hamilton, ele testou carros da Ferrari entre 2004 e 2010. Venceu o Monza Rally Show sete vezes com um Ford Focus e Fiesta. Ele também participou no WRC.

Rebellion Racing vence as 4 Horas de Xangai

Vitória de Norman Nato, Bruno Senna e Gustavo Menezes, foi marcada pelo excessivo consumo de pneus. (Foto: Divulgação)

Demorou, mas saiu! A Rebellion Racing venceu na madrugada deste domingo a etapa de Xangai do Mundial de Endurance, disputada no circuito de Xangai, na China. Bruno Senna, Gustavo Menezes e Norman Nato, superaram o asfalta abrasivo do circuito e um começo decepcionante para conquistar a primeira vitória da equipe no WEC.

A corrida marcou a primeira vitória de um Senna no “geral” em um mundial sob a chancela da FIA, e a segunda de um protótipo privado desde o ressurgimento do WEC em 2012. Com quatro horas de duração a prova foi cheia de alternativas, muito por conta do BoP que favoreceu tanto a Rebellion Racing quanto a equipe Ginetta que liderou as primeiras horas da prova com um desempenho surreal.

Resultado final da prova

Norman Nato que começou a corrida com o Rebellion #1 fez uma largada péssima, caindo para a última posição na classe LMP1. Mesmo mais pesados e com menos potência por volta, superar os dois protótipos da Toyota não foi algo fácil. Os LMP1 japoneses eram lentos somente nos trechos de reta, e apresentaram maior estabilidade nas partes sinuosas do circuito. Soma-se isso ao alto consumo de pneus. A disputa foi intensa e por muitas vezes os dois TS050 tiveram dificuldades de ultrapassar até os protótipos da classe LMP2.

As coisas melhoraram para o time do relógio quando a direção de prova puniu os dois carros da equipe Ginetta e o Toyota #7, por ter ultrapassado o líder antes da linha de largada. Isso ajudou a Rebellion administrar a vantagem e vencer a corrida. Coube a Bruno Senna levar o protótipo a vitória. Ele é o único piloto na história da competição a vencer nas quatro classes.

Com um desempenho surpreendente nas primeiras horas, a equipe Ginetta não conseguiu manter a performance durante toda a prova. Mais potentes, não superaram os dois TS050 que terminaram em segundo e terceiro lugares. A segunda colocação foi para os pilotos Sebastien Buemi. Kazuki Nakajima e Brendon Hartley. Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria Lopez, completaram o pódio para a Toyota.

“Estou feliz demais com esta primeira vitória de um não-híbrido desde a criação da categoria em 2012”, comemorou Bruno, que já havia repetido o êxito na GT AM, GT Pro e LMP2, categoria na qual levantou o título mundial em 2017. “Só hoje me dei conta que sou o primeiro a sair na pole e ganhar nas quatro séries do WEC”, disse o brasileiro.

“Nosso carro estava bastante competitivo, embora o Norman tenha sofrido com os pneus, os mesmos que usamos no qualifying. Também passei pelo mesmo problema com os quatro pneus da classificação e não tinha muita performance em meu primeiro turno. Felizmente o Gustavo saiu com os novos e pôde construir uma vantagem confortável. O susto foi só no começo mesmo. A estratégia funcionou bem, não tivemos nenhum problema mecânico. A equipe fez um ótimo trabalho, também, especialmente nos pit stops. Acho que hoje era mesmo nosso dia”, festejou Bruno.

JOTA Sport vence na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

Charlie Robertson e Ben Hanley foram os destaques da equipe Ginetta. A dupla que pilotou o nas horas iniciais os protótipos da equipe Ginetta, demonstraram uma performance promissora, mesmo com o pouco desenvolvimento do carro. Os protótipos perderam tempo durante os pit stops, incluindo Robertson ultrapassando seu pit box na segunda hora, o que ajudou a impulsionar a ultrapassagem do #5 de Hanley e dos co-pilotos Jordan King e Egor Orudzhev para o quarto lugar.

Na classe LMP2 a vitória ficou com o Oreca 07 da equipe JOTA de Anthony Davidson, Antonio Felix da Costa e Roberto Gonzalez. Foi o primeiro triunfo da equipe que conquistou o segundo lugar com o Oreca #37 Jackie Chan DC Racing, equipe que presta assistência técnica.

Gabriel Aubry, Ho-Ping Tung e Will Stevens chegaram há 17 segundos do vencedor. Stevens liderou os estágios iniciais da corrida até ser ultrapassado por Davidson no final da primeira hora. O feito da JOTA marcou a primeira vitória da Goodyear na competição desde o seu retorno que aconteceu na abertura do Mundial, em Silverstone. O terceiro lugar foi dos pilotos Filipe Albuquerque, Paul di Resta e Phil Hanson com o Oreca #22 da United Autosports. O único carro que não terminou a prova na classe foi o #42 da Cool Racing que largou na pole, mas teve falhas em seu sistema de telemetria.

Ferrari vence na classe GTE-Pro

Ferrari #51 conquista primeira vitória na classe GTE-Pro. (Foto: Divulgação FIAWEC)

Atualização: A Ferrari #51 foi desclassificada por irregularidades na parte dianteira esquerda do carro, que estava inferior aos 50 mm exigidos na vistoria pós-corrida. A vitória fica com o Porsche #92.

Alessandro Pier Guidi e James Calado venceram na classe GTE-Pro com a Ferrari #51 da AF Corse. Esta foi a primeira vitória da dupla na classe de pilotos profissionais do WEC. O primeiro lugar veio depois de um furo em um dos pneus do Aston Martin #95 pilotado por Marco Sorensen na última hora, o que levou o carro italiano para o primeiro lugar da classe.

Os pedaços de pneus do Aston Martin, causaram a única bandeira amarela da prova. Em segundo e terceiro lugar chegaram os Porsches #92 e #91 respectivamente. Estre e o co-piloto Michael Christensen chegaram em segundo lugar, recuperando de uma penalidade de dez segundos nas boxes por terem sido liberados de forma perigosa pelos mecânicos.

Gianmaria Bruni e Richard Lietz completaram o pódio da classe em terceiro. Sorensen e o co-piloto Nicki Thiim, que dominaram a corrida até a última hora, ficaram com o quinto lugar, terminando 34 segundos atrás da dupla vencedora da Ferrari.

TF Sport vence na classe GTE-Am. (Foto: Divulgação FIAWEC)

O Aston Martin da TF Sport dos pilotos Jonny Adam, Charlie Eastwood e Salih Yoluc, venceram na classe GTE-Am, pela segunda vez. Yoluc liderou após o toque entre o Porsche #56 do Team Project 1 de Egídio Perfetti e o Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana.

Enquanto Darren Turner assumiu a liderança da classe na terceira hora, o inglês foi atacado por Adam, que usava pneus novos, o que resultou no Aston vermelho retomando o primeiro lugar.

DKR Engineering conquista o título do Le Mans Cup

Mais um título para a DKR Engineering. (Foto: Le Mans Cup)

A DKR Engineering conquistou o título da temporada 2019 da Michelin Le Mans Cup, neste domingo, 27, no circuito de Portimão, em Portugal. François Kirmann e Laurents Horr, terminaram na terceira posição com o Norma M30 #3.

A vitória ficou com o Ligier #14 da RLR M Sport, de Alex Kapadia e Rob Wheldon que terminaram a prova com uma diferença de 19 segundos para Tony Wells e Colin Noble com o Norma M30 da Nielsen Racing. 

Resultado final Le Mans Cup Portugal 

Líderes do campeonato antes da corrida, a Lanan Racing foi penalizada por uma colisão com o Norma da equipe DKR na disputa pela segunda posição na classe LMP3, na segunda hora da prova. Dunacn Tappy foi punido com uma parada nos boxes de três minutos. 

Kessel conquista título na classe GT3. (Foto: Divulgação)

Na classe GT3, Sergio Pianezzola e Giacomo Piccini conquistaram mais um título para a Kessel Racing. A dupla teve uma disputa intensa com o Aston Martin #99 da equipe Beechdean de Ross Gunn e Andrew Howard. A Mercedes-Benz #54 da SPS Automotive Performance terminou na terceira posição. 

Tanto a Kessel Racing, quanto a DKr Engineering ganham além do título, convites para disputar as 24 Horas de Le Mans em 2020.

Ferrari descarta versão GTE da F8 Tributo

F8 Tributo estará nas ruas a partir de 2020. (Foto: Ferrari)

Uma versão GTE da Ferrari F8 Tributo, sucessora da 488, não está nos planos do fabricante italiano a curto prazo. Competindo desde 2016 no Mundial de Endurance, ELMS e IMSA, a Ferrari 488 GTE recebeu uma versão “Evo” para a temporada 2018/19, com algumas atualizações aerodinâmicas. 

A versão de rua da 488 deve ter sua produção encerrada no final deste ano, enquanto os modelos de pista, tanto o GTE, quanto o GT3, devem perdurar pelos próximos anos. 

Em entrevista ao site Motorsport.com, um porta-voz da Ferrari, argumentou que diversos fatores contribuíram para que o atraso do desenvolvimento do carro de competição, entre eles o ciclo de vida das atuais especificações da classe GTE, que terminarão apenas em 2021. 

Seus concorrentes diretos no WEC já estão com novos modelos. A Porsche lançou na abertura da temporada 2019/20 do WEC um versão atualizada do 911 RSR. A Corvette apresentou durante o final de semana de Petit Le Mans, a versão de competição do C8.R, que estreia nas 24 Horas de Daytona do ano que vem. 

 

United Autosport vence pelo European Le Mans Series e Spa

Filipe Albuquerque e Phil Hanson vencem na classe LMP2. (Foto: Divulgação)

A equipe United Autosports venceu a etapa belga do European Le Mans Cup disputado neste domingo, 22, no circuito de Spa-Francorchamps. Phil Hanson e Filipe Albuquerque estrearam o Oreca 07 #22, depois de competir desde 2018 com um Ligier JS P217. 

O desempenho do modelo 07 obrigou a equipe britânica a trocar seus dois protótipos que competem na classe LMP2, e o resultado parece que deu certo. Dos 17 LMP2 da classe, 14 eram modelos da Oreca que ocuparam as onze primeiras posições. 

Dos três modelos da Ligier, o melhor colocado foi o #34 da Inter Europol Competition, que ficou na 12º posição. Os outros dois não completaram a prova. A vitória veio depois de uma punição do #37 da equipe Graff, por uma infração cometida durante um FCY, no 20 minutos finais da prova.  

“Foi bom ter chegado aqui, foi um fim de semana memorável, tivemos um furo e ficamos presos no pit lane. Mas estávamos caçando o líder e ele recebeu uma penalidade, de modo que a sorte voltou ao nosso caminho”, disse Hanson depois de marcar a primeira vitória da United Autosports com uma ORECA, no segundo final de semana da equipe com o novo fornecedor de chassis.

A equipe Graff teve um final de semana complicado na Bélgica. Após ser desclassificada no Michelin Le Mans Cup, depois de vencer, Tristan Gommendy liderava com pneus gastos, sendo perseguido por Phil Hanson, no Oreca #22 que perdeu tempo devido a um furo de pneu que lhes custou um tempo valioso nos boxes.

O principal lance da corrida foi na volta final envolvendo O Oreca #37 da Cool Racing e o #39 da equipe Graff. Tristan Gommendy vinha na segunda colocação sendo pressionado por Antonin Borga, quando o piloto do #37 forçou a ultrapassagem, levando os dois protótipos a quase saírem da pista. 

Borga cruzou a linha de chegada na segunda posição, recebendo uma punição de 10 segundos pela condução perigosa, caindo para a terceira posição. 20 minutos depois o resultado foi alterado novamente, mantendo a Cool Racing na segunda posição. A Graff ficou em terceiro. 

Disputa entre Cool Racing e Graff marcou a última volta da classe LMP2. (Foto: Reprodução Youtube)

Único brasileiro na classe, Bruno Senna acabou perdendo o controle do Oreca #43 da RLR Motorsports na primeira parte da prova, forçando a entrada do primeiro carro de segurança. Entre o período de entrada do resgate e os reparos nos boxes, foram seis voltas perdidas impossíveis de serem recuperadas que custaram qualquer chance de uma colocação satisfatória e renderam apenas o 22º lugar na classificação final.

Resultado final da prova

Depois da corrida, Bruno ainda procurava sem sucesso uma explicação para o acidente. “Freei dois metros além do normal, a roda travou e saí reto. Fiquei sem entender o que aconteceu, mas, enfim, comprometeu toda a corrida”, disse. Na verdade, naquele momento ele já encontrava dificuldades para se manter à frente do russo Roman Rusinov na luta pela 7ª posição depois de um começo animador a partir do 6º lugar no grid. “Larguei bem, passei os dois carros com os mesmos pneus Dunlop que uso, mas logo percebi que não teria chance de brigar com os Michelin. Minha degradação de borracha era muito maior que a deles. Minha opção era fazer minha própria corrida e manter os pneus vivos, permitindo a ultrapassagem de quem estava de Michelin logo atrás de mim”, explicou.

 Após a batida e com o trabalho dos fiscais, Bruno pôde levar o protótipo LMP2 aos boxes e voltou em seguida à pista para mais um turno de pilotagem, sendo mais tarde substituído pelo indiano Arjun Maini e, na sequência, pelo canadense John Farano. “O nosso ritmo era até bastante razoável, mas àquela altura não havia muito o que fazer a não ser ganhar mais quilometragem”, observou.

O G-Drive que dominou as últimas etapas apresentou um desempenho modesto. Terminando na quarta colocação. A equipe foi a primeira colocada equipada com pneus Dunlop. Uma das possíveis explicações foi que a equipe utilizou um novo chassi, depois de Job van Uitert, bater o LMP nos treinos livres. Jean Eric Vergne e Roman Rusinov pilotaram mais do que o carro poderia suportar. 

Na quinta posição o Oreca #30 da  Duqueine Engineering, que chegou a liderar a prova por um longo período. A IDEC Sport fechou os seis primeiros depois do acidente com o protótipo da G-Drive nos treinos livres.

Com o resultado a G-Drive lidera com uma diferença de 13 pontos para a equipe IDEC. A Graff tem chances matemáticas; para conquistar o título da classe, devem marcar a pole na última etapa que será disputada no circuito de Portimão em Portugal, vencer e torcer para que tanto a G-Drive quando a IDEC, não marquem pontos.  

Eurointernational vence na classe LMP3 

Eurointernational vence na classe LMP3. (Foto: ELMS)

Assim como na LMP2, a classe LMP3 teve fortes emoções na última volta. O Ligier  #11 da Eurointernational de Mikkel Jensen e Jens Petersen, venceu. Jensen começou a última volta em terceiro, mas conseguiu ficar à frente de Nigel Moore no #13 da Inter Europol Ligier e no #7  de Nielsen Racing de Anthony Wells ao volante. O Norma havia começado a última volta na liderança. “Essa foi a última volta mais insana da minha vida, superando Wells e Moore na última curva”, disse Jensen 

Com este resultado, a Eurointernational e a Inter Europol estão empatadas em pontos, sendo que o primeiro está em vantagem porque Jensen e Petersen têm mais vitórias nesta temporada.

Ferrari vence na classe GTE

Luzich Racing vence e conquista título na classe GTE. (Foto: Divulgação)

Alessandro Pier Guidi, Nicklas Nielsen e Fabien Lavergne, venceram na classe GTE com a Ferrari #51 da equipe Luzich Racing. A vitória foi dramática na última parte da corrida, depois de lideraram a maior parte da segunda metade de prova que teve quatro horas de duração.

A disputa foi contra o Porsche #77 de Dempsey-Proton Racing, com Riccardo Pera a menos de um segundo dos últimos minutos. No entanto, o Porsche não conseguiu superar Pier Guidi com a Ferrari #51. Em terceiro, a Ferrari da Spirit of Race chegou 16 segundos atrás.

Com o resultado a Luzich conquista o título da classe. “É incrível, nosso segundo campeonato consecutivo, a equipe tem dois anos e dois campeonatos”, disse Pier Guidi. “Foi uma batalha muito dura e até o final estávamos perto do Porsche. Ganhar o título aqui é algo especial, eu amo este lugar”, comemorou. 

Toyota e Porsche vencem na abertura do Mundial de Endurance em Silverstone

Toyota marca mais uma dobradinha na categoria. (Foto: Toyota)

A Toyota, como era de se esperar, não encontrou dificuldades para vencer a etapa de Silverstone WEC na manhã deste domingo, 1, na Inglaterra. Jose Maria Lopez, Mike Conway e Kamui Kobayashi conquistaram o primeiro lugar com o TS050 #7. Na segunda posição o #8 de Kazuki Nakajima, Sebastien Buemi e Brendon Hartley. 

Lopez, soube segurar um destemido Kazuki Nakajima, para cruzar a linha de chegada com uma diferença de 1,901 segundo. O time japonês não encontrou dificuldades em vencer a prova, mesmo com quase 100 kg de peso a mais em relação aos carros da equipe Rebellion e Ginetta. 

A Rebellion chegou a assumir a primeira posição da prova em períodos de bandeira amarela e carro de segurança, mas nunca representaram um rival que a Toyota tivesse que se preocupar. 

Na terceira posição chegaram Pipo Derani, Loic Duval e Nathanael Berthon, com o Rebellion #3, chegou a ser punido por cometer uma infração técnica. O #1 da equipe acabou na quinta colocação depois de enfrentar vários problemas técnicos durante as 4 horas de prova. A quatro voltas dos vencedores, em quarto lugar, estava #5 da equipe LNT Ginetta G60-LT-P1 AER de Ben Hanley, Egor Orudzhev e Charlie Robertson.

Ginetta precisa aprimorar seu LMP, enquanto a Rebellion fez o que podia. (Fotos: Divulgação)

Bruno cumpriu os dois primeiros turnos com o Rebellion R13-Gibson. Partiu em terceiro, mas logo percebeu que não teria ritmo para se aproximar dos carros japoneses. “O problema maior foi com a temperatura dos pneus. Eu não conseguia acompanhar ninguém porque os dianteiros não aqueciam o suficiente. Foi um problema que já havíamos sofrido no ano passado. A Michelin melhorou os pneus, mas não o suficiente para nós, já que nosso carro não é 4×4. São os mesmos da Toyota, mas mais voltados para eles. Na chuva, então, é muito mais difícil fazer esses pneus trabalharem, e a diferença fica maior ainda. Até os LMP2 eram mais rápidos no molhado, até mesmo mais que as Toyota, o que dá uma boa ideia de como são esses pneus”, explicou.

 Mesmo assim, o brasileiro fez questão de lembrar que, se o resultado passou longe do aguardado, o primeiro combate do ano trouxe ganhos que serão úteis ao longo do calendário. “Aprendemos mais um pouco sobre o carro e também sobre algumas coisinhas que estamos fazendo de errado. O qualifying foi a melhor parte do final de semana para a gente, já que andamos até mais perto das Toyota do que esperávamos”, avaliou.

Hisatake Murata, diretor da equipe Toyota, comemora o início positivo no Mundial. “Esta foi uma maneira perfeita de começar a nova temporada; uma dobradinha em uma corrida memorável para os fãs. Agradeço a todos na equipe para um grande trabalho hoje, particularmente os mecânicos durante a troca de pneus e reabastecimento que realizaram as trocas de forma rápida. Vimos que a competição é muito mais difícil nesta temporada e nossos rivais estarão ainda mais perto em Fuji quando experimentamos o handcap de sucesso.. Então eu espero que os fãs continuem a desfrutar de uma batalha emocionante entre as equipes de LMP1 durante toda a temporada”, disse.

A Ginetta #6 sofreu danos em um incidente na curva Maggotts entre Oliver Jarvis e a Ferrari nº 71 GTE-Pro classe, e também recebeu uma penalidade de drive-through por não seguir as instruções dos comissários de bordo. Isso causou a segunda de duas intervenções com carros de segurança, com a primeira ocorrendo logo no início da corrida, quando o United Autosports LMP2 Oreca parou na segunda volta da prova. 

Cool Racing vence na estreia 

COOL Racing vence na estreia entre os LMP2. (Foto: Divulgação)

Na classe LMP2 a equipe Cool Racing venceu na sua primeira participação no Mundial de Endurance. Nicolas Lapierre e Antonin Borga. A liderança veio na terceira hora da prova, quando Lapierre ultrapassou  Job van Uitert que liderava com o Oreca da equipe Nederland. Borga manteve a vantagem construída por Lapierre cruzando a linha de chegada em primeiro. O segundo lugar foi para a equipe Signatech Alpine Elf, depois que Thomas Laurent ultrapassou van Eerd na última volta.

O Oreca da Jackie Chan DC Racing, terminou em quarto lugar como a melhor das equipes equipadas com pneus Goodyear.

Porsche vence na GTE-Pro

Nova versão do 911 RSR começou vencendo. (Foto: Porsche AG)

Gianmaria Bruni e Richard Lietz  venceram com a nova versão do Porsche 911 RSR na classe GTE-Pro. A equipe conquistou o segundo lugar com Michael Kristensen e Kevin Estre no #92. A dobradinha se desenhou depois de um período de chuva. A direção da equipe chamou os carros para troca de pneus quando a pista começou a ficar molhada.

 AF Corse manteve sa Ferrari 488 GTE Evo com pneus para pista seca, enquanto a Aston Martin efetivamente fez um pit stop extra, fazendo com que ambos os fabricantes perdessem para a Porsche. Isso manteve o carro #92 dos atuais campeões Kevin Estre e Michael Christensen na frente até Alessandro Pier Guidi assumir a liderança com a Ferrari #51. 

A felicidade de Pier Guidi que dividiu a Ferrari com James Calado durou até ele receber uma punição, por ultrapassar durante o período do carro de segurança.  Isso levou a liderança de volta às mãos da Porsche, com Bruni e Christensen correndo de ponta a ponta na passagem final, enquanto Maxime Martin herdou o terceiro lugar no melhor dos GTEs do Aston Martin Vantage. O Aston Martin #97 terminou em terceiro. 

Ferrari da AF Corse vence na classe GTE-Am. (Foto: Divulgação)

Pier Guidi se recuperou para terminar em quarto na única Ferrari  que terminou a prova. Nicki Thiim levou o Aston Martin nº 95 de volta em quinto. A Ferrari #71 de Davide Rigon e Miguel Molina acabou abandonando depois de se envolver em um acidente com o Ginetta pilotado por Oliver Jarvis. 

Na classe GTE-Am a vitória ficou com Nicklas Nielsen, François Perrodo e Emmanuel Collard, na Ferrari #83 da AF Corse. A prova na classe foi marcada por um disputa intensa entre os competidores. Em segundo lugar e a 22 segundos, chegou o Aston Martin #83 de  Paul Dalla Lana, Darren Turner e Ross Gunn.

A Dempsey-Proton Racing liderou no início da última hora, até Matt Campbell realizar uma parada nos boxes tardia.  O Porsche voltou para a prova mas na quinta posição, atrás de Ben Barker, da Gulf Racing, que também fez uma parada e terminou em quarto.

A próxima etapa do Mundial de Endurance acontece no Japão, no dia 4 de outubro, em Fuji.

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