FIA divulga primeiro BoP para o WEC

protótipo da Alpine será mais leve que o da Toyota. (Foto: Alpine)

A organização do Mundial de Endurance divulgou nesta sexta-feira, 23, o BoP inicial para a temporada 2021 do WEC. As alterações técnicas foram divulgadas antes dos testes oficiais, que acontecem na próxima semana. 

Os pesos mínimos, a energia máxima de restrição e os níveis de potência foram definidos para o Toyota GR010 Hybrid e Alpine A480 Gibson LMP1, que serão os únicos carros da classe LMH que estarão na etapa de Spa-Francorchamps. 

Pesando 1.040 kg, o Toyota terá uma potência máxima de restrição de 964 MJ e potência de pico de 520 kW (697 cv). Já o Alipine que será 110 kg mais leve com 930 kg, mas terá energia reduzida por stint (920 MJ) e uma potência máxima de 450 kW (603 HP).

BoP das classes GTE

Um novo sistema BoP substituiu a Equivalência de Tecnologia (EoT) anterior na classe superior do campeonato na nova classe LMH. O BoP inicial da classe GTE-Pro e GTE-Am  também foi definido antes do início da ação na pista na próxima segunda-feira.

Tanto o Ferrari 488 GTE Evo quanto o Porsche 911 RSR-19 terão pesos mínimos quase idênticos de 1260 kg e 1259 kg, respectivamente, enquanto o Chevrolet Corvette C8.R tem peso mínimo de 1235 kg.

A potência para o Ferrari equipada com motor turbo e Porsche e Corvettes aspirados também foram definidas. A classe GTE-Am, que contará com o Porsche de 2019 pela primeira vez, vê um desempenho ligeiramente reduzido se comparado  a classe Pro, como aconteceu nas temporadas passadas.

O Porsche, funcionará com um restritor de ar de 30,3 mm (x2) na classe GTE-Am e de 30,8 mm na classe GTE-Pro.

Toyota pronta para a estreia do GR010 Hybrid

GR010 Hybrid é o primeiro protótipo da Toyota. (Foto: Divulgação)

A temporada 2021 do Mundial de Endurance inicia no próximo dia 29 de abril, com as 6 Horas de Spa-Francorchamps. A nona temporada do WEC marca a estreia dos Hypercars, uma nova geração de protótipos que marca o fim dos modelos LMP1. 

A Toyota, presente no campeonato desde sua criação em 2012, foi uma das primeiras a desenvolver um novo carro que atendesse os regulamentos da FIA/ACO. Assim nasceu o GR010 Hybrid. 

O atual campeão mundial e três vezes vencedor de Le Mans, a Toyota Gazoo Racing, é o primeiro fabricante no grid com o novo modelo em 2021, ao lado da Scuderia Cameron Glickenhaus, com Audi, Ferrari, Peugeot e Porsche entre os que se juntarão ao campeonato nos próximos anos.

Após um intenso programa de testes de pré-temporada, o GR010 Hybrid está pronto para sua estreia nas corridas, com o objetivo de defender seus títulos mundiais e vencer pela quarta vez consecutiva as 24 Horas de Le Mans com um alinhamento de pilotos inalterado. Pela quarta temporada, os campeões mundiais Mike Conway, Kamui Kobayashi e José María López dividem o #7, enquanto os vencedores de Le Mans de 2020 Sébastien Buemi, Kazuki Nakajima e Brendon Hartley estão ao volante do #8.

Apesar de milhares de quilômetros de teste já completados em três circuitos diferentes desde que o novo carro nasceu em outubro do ano passado, a etapa final de preparação para Spa ainda está por vir, com um teste oficial ocorrendo no lendário Belga  entre 26 e 27 de abril. Isso representa a primeira vez que o GR010 Hybrid estará na pista com carros rivais, dando à equipe e aos pilotos uma importante oportunidade de avaliar o novo carro no tráfego e contra seus principais concorrentes Alpine, que corre com um carro LMP1.

Os números do GR010 Hybrid

O GR010 apresenta uma unidade elétrica dianteira, oferecendo 272 CV de potência híbrida e tração nas quatro rodas a velocidades acima de 120 km/h. Combinado com um motor V6 de 3,5 litros, o piloto tem 680 CV à sua disposição, sem restrições ao uso de combustível.

Em termos de comparação, o TS050 Hybrid pesava 162 kg a menos e ostentava 1000 CV, embora as rígidas restrições de combustível por volta limitassem efetivamente as velocidades máximas.

Com essas diferenças fundamentais em comparação com seu predecessor, os pilotos precisarão adaptar sua abordagem, enquanto os engenheiros ajustam o novo Hypercar para desempenho máximo, especialmente ao passar pelos carros mais lentos LMP2 e GT.

Além do desempenho na pista, toda a equipe também tem que se adaptar aos novos regulamentos que limitam o tamanho da tripulação operacional no circuito a 43 membros. Esta medida de economia de custos requer uma reorganização significativa e flexibilidade das equipes de mecânica e engenharia para manter seus altos padrões de suporte em pista, com Spa sendo a primeira vez que a equipe enxuta operará em um ambiente competitivo.

Um início de semana desafiador é, portanto, esperado, com 12 horas combinadas de testes na segunda e terça-feira para o prólogo antes da corrida começar com uma única sessão de treinos na quinta-feira. Uma sexta-feira movimentada serão duas sessões de treinos antes do grid de largada para a corrida de sábado ser decidido em um novo formato de qualificação, quando um piloto por carro fará uma única volta.

A Toyota já venceu em Spa cinco vezes vitórias desde a sua primeira corrida no WEC  em 2013 e, apesar de um forte desafio esperado dos seus concorrentes, a meta é começar a temporada com o máximo de pontos.

“Este é o início de uma nova era emocionante do Hypercar nas corridas de endurance, onde muitos competidores lutarão uns contra os outros em Le Mans. Os fãs estão todos ansiosos por isso, e nós compartilhamos seu entusiasmo. Estou orgulhoso de que a Toyota GAZOO Racing estará no grid no início desta era. Nosso TS050 HYBRID marcou o fim da primeira fase de nosso projeto WEC; lutamos muito para melhorar nossa tecnologia híbrida  e isso agora está contribuindo para fazer carros cada vez melhores para os clientes da Toyota”. 

“Agora começamos uma segunda fase e devemos lutar novamente como uma equipe para empurrar os limites de nosso híbrido, para entregar carros esportivos mais emocionantes no futuro para nossos clientes. Por meio do GR010 Hybrid, aprimoramos nosso pessoal, tecnologia e processos. Esta temporada não será fácil porque enfrentaremos competidores determinados que vão nos pressionar muito, mas sei que a equipe nunca desistirá”, disse Hisatake Murata, chefe da equipe.

Kit “Le Mans” não é mais obrigatório no ELMS

Medida vale para o WEC. (Foto: Divulgação)

O L’Automobile Club de l’Ouest (ACO) divulgou nesta quinta-feira, 22, que as equipes que participam da classe LMP2 do European Le Mans Series, não serão obrigadas a usar o “kit Le Mans”, alterações que deixam os protótipos LMP2 mais rápidos. 

A medida vale para a temporada 2021 da ELMS. O propósito é harmonizar o desempenho nas categorias Hypercar e LMP2. A FIA e a ACO decidiram no início de abril fazer um ajuste nas regulamentações relativas aos carros LMP2.

Além da redução de 50kW de potência dos motores Gibson, o uso do kit aerodinâmico na configuração “Le Mans” foi tornado obrigatório. O ACO, após consultar as diferentes equipes, decidiu não mais impor a utilização desta configuração no ELMS. 

Este kit aerodinâmico continua obrigatório para toda a temporada FIA WEC, que terá início em 1º de maio em Spa-Francorchamps.

 

 

6 Horas de Spa tem lista de inscritos atualizada

(Foto: Divulgação)

A direção do FIAWEC divulgou nesta segunda-feira, 19, a lista atualizada de participantes das 6 Horas de Spa-Francorchamps, primeira corrida da temporada 2021 do Mundial de Endurance

Marcada para o dia 1º de maio, a nova relação conta com 35 carros, dois a menos na primeira contagem. Os dois carros da Scuderia Cameron Glickenhaus, não irão participar da etapa belga, nem da corrida em Portimão.

Lista atualizada

As atualizações de pilotos referem-se a escalações nas categorias LMP2 e GTE-Am. A PR1/Mathiasen Motorsports vai correr com Gabriel Aubry e Simon Trummer ao lado de Patrick Kelly no Oreca #24.

Na categoria GTE-Am, a Dempsey-Proton Racing finalizou a programação de seu Porsche 911 RSR-19 #88 com Andrew Haryanto, Marco Seefried e o campeão europeu de Le Mans Series Alessio Picariello..

A equipe Absolute Racing que corre em parceria com a Dempsey Proton Racing terá os pilotos Andrew Haryanto, Marco Seefried e Alessio Picariello. Seefried está definido para sua primeira participação no WEC em seis anos, após sua temporada completa com Dempsey-Proton em 2015. 

Além disso, o piloto norueguês Anders Buchardt está ao lado de Dennis Olsen no Porsche #46 do Team Project 1. Buchardt dirigiu pela Walkenhorst Motorsport em vários eventos até 2019, com sua mais recente aparição nas 24 Horas de Spa daquele ano em um BMW M6 GT3.

Brasileiros na lista

Com a atualização, o Brasil ficará com um piloto a menos. Pietro Fittipaldi não estará Aurus 01 #25 da equipe G-Drive Racing. O motivo é sua participação na Fórmula Indy. 

André Negrão está confirmado no Alpine LMP1 #36, Daniel Serra na Ferrari #51 da equipe AF Corse (GTE-Pro), Felipe Fraga no Aston Martin #33 da TF Sport (GTE-Am) e Augusto Farfus e Marcos Gomes no Aston Martin #98 da AMR Racing (GTE-Am).

Cameron Glickenhaus em dúvida sobre a participação após Le Mans

Os dois chassis para disputar o WEC estão prontos. (Foto: Divulgação)

Após adiar a estreia nas 6 Horas de Spa, a Scuderia Cameron Glickenhaus anunciou nesta quinta-feira que também não participará das etapas de Fuji e Bahrein do Mundial de Endurance

O motivo é o atraso no desenvolvimento do SCG007, seu primeiro Hypercar. O desenvolvimento vem  do fato de a equipe ainda não ser capaz de completar seu planejado teste de resistência de 30 horas com o carro, que agora está agendado para o início do próximo mês em Motorland Aragon.

“Não há nada que mudou em nossos planos”, disse Jim Cameron ao site Sportscar365. “O COVID-19 tornou mais difícil em termos de fornecedores. Coisas que costumávamos tirar do Reino Unido da noite para o dia agora levam três semanas”.

“Mesmo que seja algo tão pequeno quanto um conector elétrico, isso deixa você mais lento. Isso teve um efeito”. 

“As restrições de viagens da COVID tiveram um efeito enorme sobre nós”.

“Temos pilotos dos Estados Unidos, França, Reino Unido. As regras mudam a cada 15 minutos. É muito difícil, então isso tornou as coisas mais lentas. Mas a desaceleração nunca mudou nada”.

“Sempre íamos fazer um teste de 30 horas e sempre teríamos essa exploração aerodinâmica provisória, um teste de túnel de vento de pré-homologação em escala real”.

“A internet, imprudentemente, faz suposições de que não correr em Spa significa alguma coisa. Não significa nada. Estamos atrasados. Existem muitas razões para isso. Mas não temos pressão”.

“Por que correríamos para correr em Spa com um carro que não é tão bom como eventualmente vai ser, e ficar presos em algo que não é bom? É loucura”, enfatizou.

Próximos passos

O dono da equipe disse que o próximo passo no desenvolvimento é finalizar a aerodinâmica do carro 007. A equipe desenvolveu dois kits aerodinâmicos e precisa escolher apenas um.  

O segundo chassi está no túnel de vento da Sauber para testes. “Este é um teste SCG privado onde vamos experimentar diferentes configurações para determinar o que exatamente o carro final será, e o que o tornará o mais rápido – principalmente em Le Mans, mas também adequado para correr em outras pistas do WEC”, Glickenhaus disse.

“O problema é que se você acabou de fazer um carro puro para Le Mans, ele realmente não será tão bom em outras pistas. Então, estamos tentando fazer isso”. 

“Assim que fizermos isso, haverá um compromisso de cinco anos para a vida útil do carro. Então, realmente queremos ser muito cuidadosos com essa decisão. Meu objetivo é vencer a Ferrari em Le Mans em 2023, não aparecer em Spa com um carro que não está pronto”. 

“Além disso, olhe para a situação da COVID na Bélgica hoje. Não é o ideal. Eu quero me sujeitar e meus companheiros a isso?”

“Estaremos prontos para correr os dois carros em Portimão e, portanto, correremos com os dois carros em Portimão, Monza e depois em Le Mans”, disse Glickenhaus. “E então veremos onde estamos e partir daí.”

Falta de recursos poderá ser um problema após Le Mans

Glickenhaus disse que  não está comprometido com as rodadas ‘em Fuji e Bahrain nesta temporada e vai depender de patrocínio adicional. Fazemos isso para vender carros”, disse ele. “Não vendemos carros no Oriente Médio e não vendemos carros no Japão”.

“Então, para continuarmos fazendo todo o WEC, precisamos de patrocinadores que queiram a exposição que podemos dar a eles nesses mercados”, disse. 

“Só correr porque está lá, não é algo que tenhamos interesse ou tenhamos que fazer. Somos um pouco diferentes das outras empresas”. 

“Eu acho que vamos conseguir alguns desses patrocinadores? Certo. Eu acho que algum dia iremos vender carros para o Japão? Absolutamente. Acho que vamos vender carros para o Oriente Médio? Sim”,

“Meu objetivo não é vencer o Campeonato Mundial de Endurance. É para curtir as corridas e ter a corrida vendendo carros pra gente, da forma tradicional, não gastar 2 milhões de dólares indo para Bahrein e Fuji, isso não vai vender carros. Por que eu faria uma coisa dessas?” Finalizou. 

Glickenhaus não participará da abertura do WEC

Equipe está testando no túnel de vento da Sauber. (Foto: Divulgação)

A Scuderia Cameron Glickenhaus informou nesta segunda-feira, 12, que não participará das 6 Horas de Spa-Francorchamps, primeira etapa da temporada 2021 do Mundial de Endurance

O Hypercar SCG007 irá aparecer somente na segunda etapa do campeonato, em Portimão, em junho. “Definitivamente não vamos para Spa; foi uma decisão imprevisível”, disse Jim Glickenhaus ao site Motorsport.com. “Sempre planejamos começar a correr quando tivermos tudo exatamente onde queremos, porque este é um programa de cinco anos e estamos jogando um jogo longo aqui”, disse. 

“Nunca mudamos de opinião e nunca tivemos pressa para chegar a Spa”, enfatizou. 

O construtor norte-americano alega que irá para a pista depois de realizar uma corrida de 30 horas. O teste deve ocorrer em maio no circuito espanhol de Motorland Aragon. Só depois o carro passará pela homologação da FIA.

Glickenhaus revelou que o carro está passando por  testes no túnel de vento da Sauber, na Suíça, esta semana para avaliar duas configurações aerodinâmicas. “Temos duas configurações nas quais estamos trabalhando – uma é um pouco mais alta e outra é um pouco mais downforce”, explicou. “Vamos decidir o que é melhor porque só é permitida uma configuração aerodinâmica e depois faremos outro teste em Vallelunga”.

“Esse será o teste final antes de um teste de 30 horas e então estaremos prontos para correr os dois carros em Portimão”, finaliza.

Apenas um 007 correu no circuito de Vallelunga, perto  das instalações da Podium Advanced Technologies que desenhou e desenvolveu o carro. Foram percorridos por volta de 2 mil quilômetros com os pilotos Richard Westbrook, Olivier Pla e Franck Mailleux ao longo dos dois dias, que foi o quarto teste do carro.

A ausência de Glickenhaus em Spa significa que apenas três carros irão competir na classe Hypercar. Dois Toyota GR010 HYBRID LMHs e o projeto antigo LMP1 ORECA da Alpine.

Qual o futuro da classe GTE no Mundial de Endurance?

(Foto: Divulgação)

O futuro da classe GTE está cada vez mais perto do fim. O que antes era um porto seguro para fabricantes, se tornou um grid vazio, dando seus últimos suspiros. Com o cancelamento dos programas da Ford, BMW e Aston Martin no WEC, e a extinção da classe GTLM na IMSA, apenas Porsche, Ferrari e Corvette, sobraram para contar a história.

Recentemente a Ferrari declarou que não dará mais apoio para a AF Corse ou irá desenvolver novos modelos GTE após 2022, já que estará desenvolvendo seu protótipo LMDh. O próprio Automobile Club de l’Ouest e a FIA, que afirmaram que não há intenção de substituir a classe antes de 2023.

A Porsche que também voltará ao WEC com um Hypercar, logo, seu 911 RSR também está com os dias contados. “Continuaremos em 2022 com o mesmo programa deste ano, o que significa um compromisso de fábrica com dois carros”, declarou um representante do fabricante alemão ao site Motorsport.com.

Correndo “por fora”, aparece a Corvette com seu modelo C8.R. O fabricante americano irá participar de algumas provas do WEC, incluindo Le Mans. A prova de 24 horas terá outro inscrito, a Ferrari da HubAuto Racing.

Além de Le Mans este é o último ano do C8.R competindo nos EUA. Para 2022 a classe GTLM, será substituída pela GTD-Pro, com modelos FIA GT3. Dirigentes da Corvette já confirmaram que uma versão GT3 do C8.R ainda está na fase de estudos.

GTE ainda com grids cheios

Com o futuro cada vez mais incerto, equipes que ainda desejam competir na classe estão migrando para a classe GTE-Am do WEC ou para a ELMS. Para as 4 Horas de Barcelona, primeira rodada do European Le Mans Series, nove carros estão confirmados. Na etapa do Mundial de Endurance na Bélgica, estão inscritos 13 carros.

Para as 24 Horas de Le Mans são esperados 24 carros na classe GTE-Am e oito na GTE-Pro. O futuro dos regulamentos GTE após 2022, quando a Ferrari e a Porsche passarão para a classe Hypercar do WEC, é incerto.

O porta-voz de Ferarri explicou que a marca italiana “se concentrará em seu programa Hipercarro de Le Mans”, para 2023. 

A Porsche descreveu 2023 como “um tópico diferente porque estaremos correndo com nosso LMDh e no planejamento atual haverá uma equipe de trabalho”. O representante da Porsche acredita que o ACO e FIA seguirão o que a IMSA irá implantar.

O ACO e a FIA disseram em um comunicado que nenhuma decisão foi tomada sobre seus planos para as categorias GT após 2022. 

“O conjunto de regras LMGTE fornece uma entrada forte para a temporada completa no FIA WEC nas classes Pro e Am, e a natureza dos carros, sem suporte ao piloto, os torna altamente populares entre as equipes concorrentes”, explica.

“O futuro permanece em aberto, mas a decisão não será iminente e os carros LMGTE irão competir no WEC até pelo menos o final da temporada de 2022. Uma estratégia de longo prazo será discutida e decidida nas reuniões do Comitê de Resistência da FIA no final deste ano”.

A Ferrari expressou o desejo do que chamou de “algum tipo de categoria GT plus” continue dentro do WEC e do ELMS. “Há muitos pilotos amadores competindo em nossos carros e eles são clientes importantes para nós”, disse ele.

A Ferrari e a Porsche admitiram que estão desenvolvendo novos carros para o próximo conjunto de regras do GT3 que entrará em vigor em 2023.

Augusto Farfus e Marcos Gomes no WEC com Aston Martin

(Foto: Divulgação)

Os pilotos Augusto Farfus e Marcos Gomes foram anunciados nesta sexta-feira, 09, como parceiros de Paul Dalla Lana , no Aston Martin Vantage #98 que irá disputar a temporada 2021 do Mundial de Endurance na classe GTE-Am. Os brasileiros substituíram Ross Gunn e Darren Turner.

Competindo pelo Intercontinental GT Challenge, Farfus foi trocado por Turner no Spa e nas 24 Horas de Le Mans no ano passado. O brasileiro competiu pela BMW Team MTEK durante os anos de 2018-19 na classe GTE-Pro antes de fazer sua estreia no Aston Martin na temporada seguinte.

Marcos Gomes está pronto para sua primeira participação com um Aston Martin GTE. Ele pilotou com a Ferrari da Hub Auto Racing na última edição de Le Mans. Essa participação estava diretamente ligada ao título da classe GT da Asian Le Mans Series 2019-20 da equipe taiwanesa, que teve Gomes como piloto para toda a temporada.

A inscrição de Dalla Lana irá correr sob o nome NorthWest AMR, referindo-se à Aston Martin Racing e à empresa canadense NorthWest Healthcare Properties, da qual Dalla Lana é o CEO. O carro está sendo preparado pela Prodrive. 

“Tive grande sucesso com a Aston Martin Racing nos últimos nove anos e ganhar o título em 2017 no Bahrein foi, sem dúvida, o destaque”,  ​​disse Dalla Lana.

“No entanto, ainda tenho negócios pendentes em Le Mans e acredito que agora temos o melhor pacote de carro, equipe e pilotos para repetir 2017 e garantir nosso primeiro título em Le Mans.

Farfus acrescentou que a tripulação NorthWest AMR está esperando uma luta difícil na divisão GTE-Am. O Campeonato Mundial de Endurance é o ápice das corridas de carros esportivos e uma temporada completa é uma meta para qualquer piloto”, disse.

“Gostei muito de conduzir o Vantage com o Paul no ano passado em Spa e Le Mans. Paul é um grande companheiro de equipe, com paixão absoluta por suas corridas e desejo de vencer, enquanto Marcus provou o quão rápido ele é”.

“A Classe GTE-Am este ano vai ser a mais competitiva do campeonato e vamos ter que lutar por cada ponto,” finalizou. 

Programa GTE da Ferrari vai até 2022

(Foto: Divulgação)

O desenvolvimento da Ferrari 488 GTE na classe GTE-Pro do Mundial de Endurance durará até 2022. O apoio da Ferrari às equipes no WEC e ELMS continuará até a chegada do modelo Hypercar, que deve acontecer em 2023. As informações são do site Sportscar365.com.

Com o cancelamento do programa italiano, apenas a Porsche deverá manter seu Porsche 911 RSR na classe GTE. Atualmente, a classe só deve aparecer no WEC e no ELMS no próximo ano, uma vez que a IMSA não terá a classe GTLM a partir do próximo ano.  

O diretor de corridas de carros esportivos da  Ferrari, Antonello Coletta, afirmou: Para nós, estamos comprometidos por dois anos: 2021 e 2022. Esta é a nossa decisão. Temos muitos carros na GTE-Am e, para nós, isso é muito importante”. 

“Para a Ferrari, a resistência é uma unidade de negócios importante e ter muitos clientes que correm com nossos carros nos campeonatos mundiais é uma questão importante”.

“Claro, para o futuro, provavelmente a partir de 2023 ou 2024 existe a chance de que a FIA e a ACO movam a categoria GT para GT3. Mas agora não temos nenhuma decisão, apenas muitas discussões”.

“Claro, para a Ferrari é importante manter a classe GT no WEC. Espero que sigamos nessa direção. Esta é uma questão importante não apenas para nós, mas também para a federação”. 

A Ferrari está planejando colocar seu carro LMH nas pistas pela primeira vez em 2023. Este cronograma se encaixa perfeitamente com seu compromisso GTE atual até o final do próximo ano.

“Nosso envolvimento está OK para este ano e no próximo, mas depois veremos”, disse Coletta. “Mas é normal que eu considere GT apenas para clientes no futuro. Porque o envolvimento com nossa equipe oficial será no Hypercar”.

“Mas acho que o futuro do GT, para os demais concorrentes, está correto se for apenas para carros de clientes”. 

“Minha ideia é que é importante ter lá um piloto Bronze ou Prata, como o GTE-Am de hoje, porque isso é muito importante para o sucesso dos números de carros do futuro e para o negócio das montadoras”, finalizou. 

A Ferrari conquistou o título cinco das seis primeiras temporadas do WEC desde 2012. O fabricante venceu as 24 Horas de Le Mans na classe GTE-Pro em 2012, 2014 e 2019, Em 2017 James Calado e Alessandro Pier Guidi conquistaram o campeonato mundial de pilotos.

A Ferrari também fornece suporte de fábrica na classe GT3 para a equipe Iron Lynx, que está competindo no Fanatec GT World Challenge Europe com a AWS Endurance Cup com duas inscrições, além de dar apoio a diversas equipes da classe GTE-Am.

ByKolles define pilotos para seu programa Hypercar

(Foto: Divulgação)

A equipe ByKolles nomeou nesta sexta-feira, seus pilotos que ajudarão no desenvolvimento do seu programa Hypercar. Tom Dillman e Esteban Guerrieri vão testar o carro que estará nas pistas em 2022.  

Mesmo ausente da atual temporada, a ByKolles garante que o desenvolvimento do seu Hypercar está dentro do cronograma. Tom Dillmann, vai realizar o trabalho de teste e desenvolvimento do carro ao lado do líder WTCR Guerrieri.

“Tenho pilotado pela equipe ByKolles há três anos e me sinto muito em casa com a equipe”, disse Dillmann, que fez oito corridas pelo WEC, incluindo duas corridas nas 24 Horas de Le Mans.

“O desenvolvimento de um novo Hypercar para o WEC e as 24 Horas de Le Mans é uma tarefa muito emocionante”.

“Durante minha carreira, estive envolvido no desenvolvimento de muitos carros diferentes ao lado das corridas. Mais recentemente, no LMP1 e na Fórmula E”.

“Estou ansioso para trazer minha experiência para este projeto e ajudar a orientá-lo desde o início”, frisou. 

Experiência ByKolles no automobilismo virtual

Guerrieri é um novato no Mundial de Endurance. Sua parceria com a ByKolles começou com as 24 Horas de Le Mans em 2020. Guerrieri e Dillmann dividiram o carro que terminaram em segundo lugar.

“Do karting a quase todas as séries de corridas de fórmula aos carros de turismo mais rápidos – em minha carreira dirigi quase tudo que pode ser experimentado no automobilismo”, acrescentou Guerrieri, que tem 10 vitórias em corridas no WTCR e venceu a classe TCR do ano passado nas 24 Horas de Nurburgring.

“Agora estou ansioso por este novo projeto e os testes na ByKolles. Tenho certeza que minha vasta experiência em uma grande variedade de carros nos ajudará a desenvolver de forma consistente o Projeto Hypercar e torná-lo um sucesso”.

“Ao mesmo tempo, é um caminho de volta às minhas raízes. Ainda conheço alguns dos membros da equipe de nosso tempo de Fórmula 3”.

A equipe não fez mais nenhum anúncio sobre sua futura formação de pilotos, mas afirmou que iria começar a avaliar “jovens pilotos talentosos” antes de sua estreia em 2022.