Os 30 anos da vitória da Mazda em Le Mans

Foi a única vitória da Mazda em Le Mans. (Foto: Divulgação)

O endurance nunca foi um esporte de um piloto ou carro. A coisa sempre foi em equipe. As primeiras corridas nasceram para testar a durabilidade dos carros, o que impulsionava às vendas de suas versões de produção em série

Tanto que por muitos anos o Mundial de Endurance (ou Sport-Protótipos), era mais conhecido por Mundial de Marcas. Muitos fabricantes tentaram a glória em Le Mans, mesmo o WSC tendo diversas provas (incluindo as 24 Horas de Daytona), o que valia e vale até hoje, é Le Mans. Quando uma marca não europeia vence em Sarthe, a festa é ainda maior. Se no Brasil valorizamos apenas pilotos e não a corrida como um todo, no Japão a história é outra. 

Toyota penou por diversas vezes até conseguir o enorme troféu. Foi a mesma coisa com a Mazda que compete atualmente na IMSA. Em 1991 o fabricante ia para a sua nona participação em Le Mans. Até então, o melhor resultado tinha sido um sétimo lugar em 1987 e 1989 com Jacky Ickx ao volante. Para 1991 as esperanças estavam no 787b e seu motor rotativo. 

O 787B, era equipado com o mesmo motor de quatro rotores R26B de 2,6 litros usado em 1990, mas apresentava um sistema de admissão continuamente variável recentemente desenvolvido que aumentava o torque para 448 lb-ft (608 Nm).

Como o grupo C priorizava a economia de combustível, o motor do 787B limitou as rotações de RPM na cada dos 8.500 giros, reduzindo a potência em cerca de 650 hp (485 kW). Isso ainda era muito para um carro que iria correr por 24 horas. 

O chassi também foi aprimorado, com a geometria da suspensão reconfigurada que permitia o uso de rodas maiores, junto com freios de carbono-cerâmica, uma inovação na Mazda. Dois 787B e um 787 foram escritos para a edição 59 da corrida. O 787 era o único que tinha o motor atualizado. Por segurança os dos “B” estavam com o motor mais limitado. 

 O carro #56 foi pilotado por Pierre Dieudonné, Takashi Yorino e Yojiro Terada. O primeiro 787B #18 estava nas mãos de David Kennedy, Stefan Johansson e Maurizio Sandro Sala, enquanto o segundo carro 787B, o #55 tinha Volker Weidler, Johnny Herbert e Bertrand Gachot ao volante.

Ao contrário dos outros dois carros que foram pintados em azul e branco, o #55 tinha uma pintura laranja brilhante e verde como uma homenagem ao patrocinador principal, a Renown, uma empresa de roupas japonesa que apoiava a equipe desde 1988.

Durante os treinos de qualificação, os carros conseguiram o 12º lugar (#55), 17º (#18) e 24º (#56). Não eram posições ideais para vencer, todos sabiam disso, mas era o que tinha. Os favoritos eram os Sauber-Mercedes e a equipe Jaguar. 

 Os regulamentos da FIA para 1991 tinham como principal novidade a utilização de motores 3,5 litros. Protótipos com essa motorização ocuparam as 10 primeiras posições do grid. Como a FIA sempre estragou, ou tentou atrasar o endurance,a equipe Mazda largou em 19º, 23º e 30º.

O Mazda 787B na corrida

 O 737B provou ser extremamente confiável e econômico durante os testes. O gerente da equipe, Takayoshi Ohashi, instruiu os pilotos do #55 a esquecer a economia e ir para cima dos adversários. Nas primeiras horas o carro o #55 tinha subido 16 posições, e mirava nos líderes, os carros da equipe Mercedes. 

 Com o passar das horas, o #31 de Mercedes de Michael Schumacher, Fritz Kreutzpointner e Karl Wendlinger tiveram que realizar reparos na caixa de câmbio, perdendo a segunda posição. Isso obrigou os pilotos a tirarem o pé para conseguirem terminar a prova. Também precisavam economizar combustível. 

 Faltando cerca de duas horas para o fim, o Mercedes líder acabou passando por cima de pedaços de outro carro. Teve que ir para os boxes para reparos, mas acabou abandonando. O #55 na liderança com uma vantagem confortável sobre o segundo colocado, o Jaguar XJR-12.

 Mesmo com uma troca de piloto marcada para o último pit stop, Johnny Herbert pediu que a equipe continuasse e, depois que todos concordaram, ele pilotou até o final, duas voltas à frente do Jaguar.

 O feito de Herbert lhe deu uma forte desidratação, tendo que ser retirado do carro por médicos. Ele não conseguiu subir ao pódio, deixando Weidler e Gachot sozinhos.  A Mazda se tornou o primeiro fabricante japonês a conquistar uma vitória geral em Le Mans. O 787B foi o primeiro carro com motor rotativo a cruzar a linha de chegada primeiro.

 Hoje, o lendário carro de corrida é considerado por muitos como um dos veículos mais icônicos já construídos no Japão e um dos carros do Grupo C mais populares de todos os tempos.  O #55 não competiu mais. Foi para o museu da Mazda no Japão. Ele voltou para Le Mans em 2011 para uma volta no circuito tendo Herbert ao volante. Ele também pode ser visto em aparições e desfiles de carros de corrida clássicos.

 

 

Historic Racing by Peter Auto reunirá modelos clássicos em Le Mans

(Foto: Historic Racing by Petrer Auto)

Os organizadores da Historic Racing by Peter Auto, evento que reúne corrida de carros clássicos, definiu as datas para o evento que acontecerá no circuito Bugatti, em Le Mans. Com provas entre os dias 23 a 25 de julho, mesma data do Le Mans Classic, contará com a presença do público.

Estarão na pista modelos das classes organizadas pela Peter Auto: Classic Endurance Racing I e II, Endurance dos anos 50, Endurance dos anos 60, Heritage Touring Cup, 2.0L Cup, The Greatest Trophy, Endurance Racing Legends e Grupo C.

As corridas serão dedicadas a diferentes períodos da história do automobilismo e a várias séries como GT, Esportes, Protótipos e Turismo de 1950 a 2000.

Clubes e proprietários individuais poderão participar. O evento marcará o retorno do público ao circuito Bugatti. O número de inscrições será limitado a 5000 espectadores por dia. Todos deverão respeitar o distanciamento social e o uso de máscara será obrigatório. Todo o protocolo de segurança está disponível  neste endereço.

Corvette constrói quarto C8.R GTLM

(Foto: Divulgação)

A Corvette Racing divulgou nesta terça-feira, 15, que iniciou a construção de um quarto Corvette C8.R GTLM. O motivo são as etapas de Watkins Glen pela IMSA e as 24 Horas de Le Mans

De acordo com o gerente da equipe Marc Maurini, da Pratt & Miller, que constrói as versões de competição do modelo GM, o carro será finalizado até agosto. O atual #4 pilotado por Tommy Milner e Nick Tandy, se tornará o# 64 carro em Le Mans ao lado do #63 que permaneceu na Europa desde a etapa de Spa-Francorchamps do WEC em abril.

Maurini explicou que o adiamento das 24 Horas de Le Mans para os dias 21 e 22 de agosto, forçou a equipe a construir um carro adicional mais cedo do que o esperado.

“Estávamos planejando construir este carro fora da temporada”, disse ele ao Sportscar365.“Tudo ficou comprimido. Tivemos uma pequena pausa aqui, então conseguimos fazer muito. Muitos componentes têm prazos de entrega de 16 semanas para usinar e fabricar. Tomamos a decisão muito cedo, assim que a nova data de Le Mans foi anunciada”. 

“Já tínhamos o chassi fisicamente construído e foi quando decidimos começar a construí-lo em um carro completo”, explicou. 

A rodada do campeonato WeatherTech na Road America está marcada para o domingo, oito de agosto, apenas três dias antes da equipe precisar embarcar para a França.

“Na verdade, temos que estar em Le Mans na quarta-feira às 18h”, explicou Maurini. “Para nós, logicamente, temos que completar a corrida Road America, levar todos os equipamentos e chassis de que precisamos para a Europa”.

“Normalmente, voávamos para o aeroporto de Heathrow em Londres, transportamos de avião para lá e depois os transportamos. Agora que o Reino Unido não faz parte da UE, provavelmente iremos direto para a França”. 

“Mas com as limitações dos voos por conta do COVID-19, todo o processo demora cerca de cinco dias. Não podemos fazer isso com nossos carros atuais”, enfatizou. 

Maurini disse que o novo carro #4, que é tecnicamente o quinto chassi nº 5 , será transportado para a França após a corrida Road América como um chassi reserva, mas não chegará antes do dia de teste.

“Costumávamos ser capazes de transportar tudo de avião e agora é muito caro fazer o frete aéreo”, disse Maurini. “Estamos avaliando se é mais barato comprar coisas com antecedência e enviá-las pelo mar”.

“Por exemplo, em vez de transportar um conjunto de rodas por frete aéreo, estamos comprando rodas novas e mandando-as diretamente da BBS para a Alemanha”.

“Essas são algumas das discussões divertidas que tivemos. Mas eu não vejo nenhuma bandeira vermelha para nós. Obviamente, Le Mans é algo que este programa já faz há algum tempo e estamos muito bem familiarizados com isso”. 

Corvette na classe GTD-Pro 

 Marc Maurini, explicou que aguarda uma definição por parte da IMSA e das equipes da classe GTD, para poder converter seus atuais modelos para a especificação FIA GT3. 

“Com base no que entendemos para os requisitos da classe GTD-Pro agora, seria muito fácil mover os carros para frente e para trás entre as duas especificações”, disse Maurini. “Um dia de trabalho pode movê-los para a frente e para trás”.

“Tudo o que planejamos fazer é em torno da capacidade de sermos flexíveis nessa situação. Acho que temos nossas bases sólidas”. 

“Para nós, estamos definitivamente competindo em Le Mans em 2022. Definitivamente vamos correr na classe GTE-Pro, então gostamos de construir um carro novo uma vez por ano, dessa forma estamos recebendo carros novos e não rodando com componentes de alta quilometragem nos eventos passados”, finalizou. 

Ricky Taylor é novo piloto da Oreca

Taylor ao lado do campeão das 500 Milhas de Indianápolis de 2021, Hélio CastroNeves. (Foto: Divulgação)

Ricky Taylor foi confirmado como piloto da Oreca nesta terça-feira, 01. Taylor será responsável por apoiar o fabricante francês, caso algum piloto que esteja em equipes que competirão nas 24 Horas de Le Mans, contraiam Covid-19. 

Com 24 Oreca 07 inscritos nas 24 Horas de Le Mans, que ocorrerá entre os dias 21 e 22 de agosto, o fabricante não quer ver nenhuma equipe de cliente desguarnecida de pilotos. Ricky Taylor foi chamado como piloto reserva.

Tendo em vista esta nova edição das 24 Horas de Le Mans, cujo programa consistirá num dia de testes e nas habituais sessões de treino e qualificação, a Oreca irá oferecer soluções para as 19 equipes que participarão sem problemas. Ricky Taylor, um dos mais talentosos pilotos americanos de sua geração, estará presente durante toda a semana de competição.

Com seis participações nas 24 Horas de Le Mans, a última das quais em 2019 com um Oreca 07  da Jackie Chan DC Racing, dois títulos de Campeão IMSA, incluindo um no ano passado com a Acura Team Penske, duas vitórias nas 24 Horas de Daytona em 2017 e 2021, um sucesso nas 12 Horas de Sebring em 2017 e uma vitória no Petit Le Mans em 2014, Ricky Taylor tem o perfil ideal para compensar uma eventual desistência.

“Nos últimos quatro anos, o trabalho entre Acura e Oreca teve grande sucesso. Também gostaria de agradecer a Acura e ao WTR por me permitirem assumir essa função de piloto reserva. Estou muito feliz por poder construir esta relação com a Oreca, uma construtora tão talentosa. Também gostaria de agradecer ao Sr. De Chaunac por me convidar. A Oreca tem uma história incrível em Le Mans e é uma honra ser nomeado piloto reserva”, ressaltou Ricky Taylor

 “Estamos tentando apoiar nossas equipes da melhor forma possível e, dado o contexto, queríamos propor um piloto reserva para esta edição de 2021. A escolha de Ricky rapidamente se tornou óbvia. Ele tem tudo o que é preciso para as 24 Horas de Le Mans: tem a experiência, conhece a Oreca 07, é rápido e tem uma excelente capacidade de adaptação. Esportivamente, ele está no topo. Humanamente, ela é uma pessoa que conhecemos bem e que apreciamos particularmente. Temos muita sorte de ter um piloto tão talentoso como Ricky entre nós e agradecemos a Wayne Taylor Racing e a HPD por concordarem em liberá-lo para este evento”, disse Anthony Megevand, Chefe da Competição de Clientes do Grupo Oreca.

Os 60 anos do museu das 24 Horas de Le Mans

(Foto: Divulgação)

O ano de 2021 marca o 60º aniversário do Museu das 24 Horas de Le Mans. No espaço o visitante encontra um rico material sobre a história da corrida, bem como carros de diferentes épocas. Para comemorar a data, o espaço Alpha & Omega mostra lado a lado o Porsche 919 Hybrid e De Dion, carro mais antigo do museu. O Porsche 919 agora faz parte do acervo do museu. 

134 anos de diferença no Museu

A Cart De Dion é a associação de três homens, o Conde Albert De Dion, o mecânico Georges Bouton e o vaporista Charles-Armand Trépardoux, que deu origem a este veículo cujo corpo imitava carrinhos de cachorro. 

Da palavra inglesa que significa “carroça de cachorro”,  é originalmente uma pequena carruagem puxada por cavalos com duas rodas, equipada com uma cesta para acomodar os cães de caça do proprietário. Esta nova versão, com a sua impressionante caldeira e duas enormes rodas dianteiras, podia atingir 40 km/h.

O 919 marca o retorno do fabricante alemão ao Campeonato Mundial de Endurance. O LMP1 venceu as 24 Horas de Le Mans em 2015, 2016 e 2017. Com 19 vitórias na classificação geral desde 1951, a Porsche é a marca de maior sucesso nas 24 Horas.. Desde 2011, o fabricante está presente no circuito de Le Mans todos os anos.

A Porsche vê a oportunidade de desenvolver motores com uma fonte dupla de propulsão. Longe da caldeira a vapor do Dog-Cart De Dion-Bouton, o Porsche 919 Hybrid é movido por um motor V4 de 500 cv na parte traseira, acoplado a um motor-gerador elétrico de 400 cv na frente, para atingir uma velocidade máxima de 345 km/h.

Mara maiores informações acesse o site oficial do museu:  lemans-musée24h.com

Rizi Competizione revela pintura do seu LMP2

(Foto: Divulgação)

A equipe Rizi Competizione revelou nesta quarta-feira, 19, o esquema de pintura do seu Oreca 07 no qual disputará as 24 Horas de Le Mans. A cor predominante é o vermelho, mesma cor usada nos diversos modelos Ferrari que a equipe competiu nos últimos anos. 

Felipe Nasr fará a prova ao lado de Ryan Cullen e Oliver Jarvis no Oreca  #82. A Rizi Competizione conquistou vitórias na classe GTE nas 24 Horas de Le Mans. O trio também competirá nas 6 Horas de Monza no dia 18 de julho. “Correr em Le Mans nunca fica velho para mim”, disse o proprietário da equipe Risi Competizione, Giuseppe Risi.

“Temos o prazer de adicionar o nome Risi Competizione à história da classe LMP2 em Le Mans com o esforço deste ano com Ryan, Oliver e Felipe ao volante”. 

“Quando a perspectiva de correr com o carro nas 6 Horas de Monza se tornou uma opção, sentimos que era uma excelente oportunidade para que os pilotos e a equipe pudessem trabalhar juntos e com o carro antes de uma corrida tão cansativa como Le Mans”. Finalizou. 

A Risi Competizione não anunciou nenhum outro plano de corrida para 2021 além de suas duas corridas na classe LMP2. A corrida mais recente da equipe ocorreu em janeiro, quando terminou em quarto lugar nas 24 Horas de Daytona, com uma Ferrari 488 GTE Evo.

Porsche e Multimatc acertam parceria para o desenvolvimento de protótipo LMDh

(Foto: Porsche)

A Porsche Motorsport e a Multimatic confirmaram nesta terça-feira, 18, parceria para o desenvolvimento do protótipo LMDh do fabricante alemão. A partir de 2023, os protótipos de corrida equipados com um sistema híbrido irão competir na recém-criada classe Hypercar no Mundial de Endurance e no Campeonato Norte Americano IMSA WeatherTech SportsCar. 

O chassi Multimatic foi escolhido como base para o desenvolvimento do protótipo LMDh da Porsche, que também competirá por vitórias gerais nos clássicos de resistência em Daytona, Sebring e Le Mans. Os carros de fábrica serão colocados em campo pela recém-criada Equipe Porsche Penske Motorsport.

Os regulamentos para a categoria LMDh estipulam que todos os protótipos na nova classe devem ser baseados no chassi de um dos quatro fabricantes aprovados (Multimatic, Oreca, Dallara e Ligier). A sigla LMDh significa Le Mans Daytona Hybrid. A empresa irmã do Grupo Volkswagen, a Audi, também colaborará com a Multimatic, o que resultará em efeitos de sinergia mais positivos no desenvolvimento conjunto desses novos carros de corrida.

“A Multimatic é a solução mais óbvia e lógica para nós”, disse Fritz Enzinger, vice-presidente da Porsche Motorsport. “Conhecemos esta empresa altamente respeitada e sua equipe de profissionais experientes há muitos anos e estamos absolutamente convictos da qualidade do seu trabalho. Não precisamos estabelecer uma relação comercial totalmente nova com eles, mas podemos começar a trabalhar. Isso é vital e é exatamente o que é necessário ao desenvolver um novo carro de corrida. É fundamental que eliminemos as perdas por atrito para garantir que possamos fazer um trabalho perfeito e entregar o que é necessário rapidamente. Há outro fator de benefício inestimável: UmA parte da Multimatic, como nosso parceiro de equipe Penske, está sediada em Mooresville, na Carolina do Norte. Distâncias curtas e linhas diretas de comunicação serão de grande ajuda no desenvolvimento do futuro protótipo LMDh e na competição”.

“Esta parceria com a Porsche Motorsport é o culminar de trinta anos de construção de nossa expertise na área de engenharia e desenvolvimento de veículos de competição. É um privilégio ser escolhido pela Porsche para seu próximo capítulo na competição global de protótipos híbridos”, comenta Larry Holt, vice-presidente executivo de Operações de Veículos Especiais Multimatic. “O conceito LMDh e a convergência de regras entre os campeonatos FIA WEC e IMSA não têm precedentes, e o compromisso da Multimatic com o novo modelo é all-in. A colaboração já provou ser perfeita e o entusiasmo da equipe é palpável em todas as reuniões. Estou igualmente satisfeito com o recente anúncio da Porsche Penske Motorsport, pois temos um longo relacionamento com Roger Penske e sua organização, tanto como colaborador quanto como competidor. Não consigo pensar em nenhuma equipe melhor do que nosso vizinho da Carolina do Norte para fazer campanha com os novos carros”.

A Multimatic é uma empresa global privada que fornece componentes de engenharia, sistemas e serviços para a indústria automotiva. As principais competências da Multimatic incluem a engenharia e fabricação de mecanismos complexos, hardware de carroceria, sistemas de suspensão e estruturas de carroceria, bem como o projeto e desenvolvimento de sistemas automotivos compostos leves. Além disso, a Multimatic oferece design, desenvolvimento e produção de veículos de nicho para aplicações em estradas e corridas. Sediada em Toronto, Canadá, a Multimatic possui divisões de manufatura e instalações de engenharia na América do Norte, Europa e Ásia. A empresa tem sido um parceiro-chave da Porsche Motorsport por muitos anos, mais recentemente fornecendo amortecedores para o novo Porsche 911 GT3 Cup, enquanto componentes de suspensão também foram instalados no Porsche 919 Hybrid Evo, que em 2018 estabeleceu uma série de recordes de voltas em circuitos como o Nürburgring-Nordschleife, bem como no Porsche 99X Electric Fórmula E e o 911 RSR no Campeonato Mundial de Resistência da FIA.

A nova categoria LMDh fará parte da nova classe superior em clássicos de resistência como Le Mans, Daytona e Sebring a partir de 2023 e apresenta um máximo em termos de eficácia de custo. Será baseado em um chassi que cada marca pode combinar com sua própria carroceria com estilo individual. Apesar dos regulamentos rígidos, os fabricantes têm uma liberdade considerável no que diz respeito ao sistema de transmissão. Não há especificações quanto ao design e deslocamento do motor de combustão, por exemplo. Juntamente com um sistema híbrido padronizado, a potência do motor será de 500 kW (aprox. 680 PS). O peso básico do veículo é especificado em 1.030 quilogramas.

 

Felipe Nasr irá disputar as 24 Horas de Le Mans pela Rizi Competizione

Equipe irá disputar Le Mans com um Oreca 07. (Foto: Divulgação)

A equipe Rizi Competizione confirmou nesta sexta-feira, 14, que Felipe Nasr irá disputar as 24 Horas de Le Mans com o Oreca 07  do time americano. Ele será companheiro de Ryan Cullen e Oliver Jarvis noi #82.

A Rizi Competizione conquistou vitórias na classe GTE nas 24 Horas de Le Mans. O trio também competirá nas 6 Horas de Monza no dia 18 de julho. 

“Correr em Le Mans nunca fica velho para mim”, disse o proprietário da equipe Risi Competizione, Giuseppe Risi.

“Temos o prazer de adicionar o nome Risi Competizione à história da classe LMP2 em Le Mans com o esforço deste ano com Ryan, Oliver e Felipe ao volante”. 

“Quando a perspectiva de correr com o carro nas 6 Horas de Monza se tornou uma opção, sentimos que era uma excelente oportunidade para que os pilotos e a equipe pudessem trabalhar juntos e com o carro antes de uma corrida tão cansativa como Le Mans”. Finalizou. 

A Risi Competizione não anunciou nenhum outro plano de corrida para 2021 além de suas duas corridas na classe LMP2.

A corrida mais recente da equipe ocorreu em janeiro, quando terminou em quarto lugar nas 24 Horas de Daytona, com uma Ferrari 488 GTE Evo.

Quem dá mais? Corvette C4 ZR1 à venda

Modelo é único. (Fotos: Total Performance Car)

O mercado de venda de carros esportivos clássicos aumenta a cada ano. Vários fatores inflam ou murcham o valor de um carro. Sua raridade, quem o pilotou ou corridas que venceu.  Então, quanto mais sucesso o carro tiver, mais caro ele será. No “Quem dá mais” desta semana, um raro Corvette C4 ZR1 pode ser adquirido por um valor considerado módico, para os padrões atuais. 

Tendo apenas um exemplar construído, o Corvette C4 ZR1 é literalmente uma mosca branca. Construído pela oficina especializada em modelos GM, a Doug Rippie Motorsports. O modelo de 1995 foi desenvolvido pela própria Rippie, para competir nas 24 Horas de Le Mans daquele ano. O fabricante americano não tinha uma equipe oficial na época, algo que seria feito anos depois. 

O #30 foi pilotado por John Paul Jr., Chris McDougall e James Mero. O ZR1 disputou a prova ao lado de outras versões do Corvette desenvolvidas pela Callaway. Dos quatro inscritos, o #30 foi o pior, não completando a prova. Ele estava inscrito na classe GT1. 

O carro não tinha potência para pelo menos ameaçar modelos como McLaren F1 GTR, vencedor da corrida e protótipos da classe WSC como o Courage C64 e Kremer K8 Spyder, este equipado com motor Porsche. 

Sem muitos recursos, a Rippie correu literalmente sozinha, pegando uma versão de rua e a adaptando para as pistas.  Apesar das velocidades máximas decentes, o carro lutou para mostrar qualquer ritmo real e registrou um péssimo 4:24.8 durante o treino classificatório, antes de também abandonar. Ele é equipado com um motor V8 de 6.3 litros turbo. 

Com o fracasso do projeto, o carro competiu apenas duas vezes nos EUA, sendo vendido para um colecionador. Agora ele pode ser seu. A Total Performance Car da Suíça, especializada na venda de carros exóticos, está ofertando o Corvette C4 ZR1 por $380 mil dólares. O carro foi totalmente restaurado e apto para competir em provas históricas. Interessados? 

 

Marcel Fässler anuncia sua aposentadoria

(Foto: Divulgação)

Marcel Fässler anunciou nesta quarta-feira, 17, sua aposentadoria de piloto em tempo integral. Aos 44 anos, o ex-piloto da Audi e da Corvette venceu as 24 Horas de Le Mans três vezes. 

Fässler é o primeiro piloto suíço a vencer as 24 Horas de Le Mans. A primeira participação na prova foi em 2006. Ele dirigia um Courage LC70-Judd da Team Swiss Spirit.

“Apaixonei-me imediatamente por esta corrida, com o seu ambiente incomparável” , confidenciou numa entrevista. Ele chegou ao primeiro lugar em 2011, 2012 e 2014 com a Audi. As vitórias foram com os pilotos Benoît Treluyer e André Lotterer. Um trio inseparável em que reinava um verdadeiro espírito de camaradagem. Entre 2017 e 2019, defendeu as cores do Corvette Racing na categoria LMGTE Pro.

“Quando menino, tive o sonho de me tornar um piloto de corrida. Cheio de paixão e compromisso, percorri um longo caminho com muitos altos e baixos, mas finalmente entrei na liga onde estava correndo com os melhores. Essa experiência foi mais do que eu jamais ousei sonhar. Isso me deixa orgulhoso do que fui capaz de realizar. Com outros, os melhores momentos da minha carreira foram definitivamente as três vitórias nas 24 horas de Le Mans! Ser o primeiro suíço a vencer esta lendária corrida me deixou muito orgulhoso. Esta sensação de estar no topo deste pódio ficará para sempre na minha memória”, disse.

“Durante todos estes anos pude trabalhar com tantas equipas, colegas, concorrentes e amigos e cada um acrescentou um pedaço a esta preciosa experiência que levarei comigo para a minha vida futura. Quero agradecer profundamente a todas as pessoas que vieram até aqui comigo, que lutaram por lugares comigo, que compartilharam a paixão assim como os altos e baixos, que acreditaram em mim, que me apoiaram de todas as formas! “, declarou em uma postagem em suas redes sociais. 

Aposentadoria e Hall da Fama

Marcel Fässler tem, portanto, 14 participações nas 24 Horas de Le Mans (incluindo três vitórias e dois pódios). Em 2019, ele ganhou um lugar no Hall da Fama de endurance da FIA ao lado de pilotos como Jacky Ickx, Derek Bell, Yannick Dalmas, Allan McNish, Tom Kristensen, Romain Dumas ou Fernando Alonso.