Quem dá mais? Corvette C4 ZR1 à venda

Modelo é único. (Fotos: Total Performance Car)

O mercado de venda de carros esportivos clássicos aumenta a cada ano. Vários fatores inflam ou murcham o valor de um carro. Sua raridade, quem o pilotou ou corridas que venceu.  Então, quanto mais sucesso o carro tiver, mais caro ele será. No “Quem dá mais” desta semana, um raro Corvette C4 ZR1 pode ser adquirido por um valor considerado módico, para os padrões atuais. 

Tendo apenas um exemplar construído, o Corvette C4 ZR1 é literalmente uma mosca branca. Construído pela oficina especializada em modelos GM, a Doug Rippie Motorsports. O modelo de 1995 foi desenvolvido pela própria Rippie, para competir nas 24 Horas de Le Mans daquele ano. O fabricante americano não tinha uma equipe oficial na época, algo que seria feito anos depois. 

O #30 foi pilotado por John Paul Jr., Chris McDougall e James Mero. O ZR1 disputou a prova ao lado de outras versões do Corvette desenvolvidas pela Callaway. Dos quatro inscritos, o #30 foi o pior, não completando a prova. Ele estava inscrito na classe GT1. 

O carro não tinha potência para pelo menos ameaçar modelos como McLaren F1 GTR, vencedor da corrida e protótipos da classe WSC como o Courage C64 e Kremer K8 Spyder, este equipado com motor Porsche. 

Sem muitos recursos, a Rippie correu literalmente sozinha, pegando uma versão de rua e a adaptando para as pistas.  Apesar das velocidades máximas decentes, o carro lutou para mostrar qualquer ritmo real e registrou um péssimo 4:24.8 durante o treino classificatório, antes de também abandonar. Ele é equipado com um motor V8 de 6.3 litros turbo. 

Com o fracasso do projeto, o carro competiu apenas duas vezes nos EUA, sendo vendido para um colecionador. Agora ele pode ser seu. A Total Performance Car da Suíça, especializada na venda de carros exóticos, está ofertando o Corvette C4 ZR1 por $380 mil dólares. O carro foi totalmente restaurado e apto para competir em provas históricas. Interessados? 

 

Marcel Fässler anuncia sua aposentadoria

(Foto: Divulgação)

Marcel Fässler anunciou nesta quarta-feira, 17, sua aposentadoria de piloto em tempo integral. Aos 44 anos, o ex-piloto da Audi e da Corvette venceu as 24 Horas de Le Mans três vezes. 

Fässler é o primeiro piloto suíço a vencer as 24 Horas de Le Mans. A primeira participação na prova foi em 2006. Ele dirigia um Courage LC70-Judd da Team Swiss Spirit.

“Apaixonei-me imediatamente por esta corrida, com o seu ambiente incomparável” , confidenciou numa entrevista. Ele chegou ao primeiro lugar em 2011, 2012 e 2014 com a Audi. As vitórias foram com os pilotos Benoît Treluyer e André Lotterer. Um trio inseparável em que reinava um verdadeiro espírito de camaradagem. Entre 2017 e 2019, defendeu as cores do Corvette Racing na categoria LMGTE Pro.

“Quando menino, tive o sonho de me tornar um piloto de corrida. Cheio de paixão e compromisso, percorri um longo caminho com muitos altos e baixos, mas finalmente entrei na liga onde estava correndo com os melhores. Essa experiência foi mais do que eu jamais ousei sonhar. Isso me deixa orgulhoso do que fui capaz de realizar. Com outros, os melhores momentos da minha carreira foram definitivamente as três vitórias nas 24 horas de Le Mans! Ser o primeiro suíço a vencer esta lendária corrida me deixou muito orgulhoso. Esta sensação de estar no topo deste pódio ficará para sempre na minha memória”, disse.

“Durante todos estes anos pude trabalhar com tantas equipas, colegas, concorrentes e amigos e cada um acrescentou um pedaço a esta preciosa experiência que levarei comigo para a minha vida futura. Quero agradecer profundamente a todas as pessoas que vieram até aqui comigo, que lutaram por lugares comigo, que compartilharam a paixão assim como os altos e baixos, que acreditaram em mim, que me apoiaram de todas as formas! “, declarou em uma postagem em suas redes sociais. 

Aposentadoria e Hall da Fama

Marcel Fässler tem, portanto, 14 participações nas 24 Horas de Le Mans (incluindo três vitórias e dois pódios). Em 2019, ele ganhou um lugar no Hall da Fama de endurance da FIA ao lado de pilotos como Jacky Ickx, Derek Bell, Yannick Dalmas, Allan McNish, Tom Kristensen, Romain Dumas ou Fernando Alonso.

 

Confira a lista de inscritos das 24 Horas de Le Mans

Prova acontecerá em agosto. (Foto: Divulgação)

A organização das 24 Horas de Le Mans divulgou nesta terça-feira, 09, a lista de inscritos para a prova de 2021. São 62 carros confirmados com destaque para as classes LMP2 e GTE-Am. 

O grid consiste nas equipes do Campeonato Mundial de Endurance. Também fazem parte  equipes com convites automáticos, bem como duas entradas de times da IMSA, além de seleções individuais para completar o campo.

Lista de Inscritos

A nova categoria  Hypercar de 2021 apresenta cinco carros, os mesmos que fazem parte do WEC. Ambos os SCG 007s da Scuderia Cameron Glickenhaus estão inscritos, bem como dois Toyota GR010 Hybrids de fábrica. Eles terão a companhia de um Alpine A480 Gibson, apesar dos rumores de uma segunda entrada sendo preparada para a corrida

Classe LMP2

Os protótipos LMP2 apresentam um total de 25 carros, predominantemente composta por máquinas Oreca 07 Gibson, embora apresentando algumas surpresas. As novidades são o Oreca Risi Competizione, Oliver Jarvis e Ryan Cullen. A PR1/Mathiasen Motorsports fará sua estreia como vencedora do prêmio IMSA Trueman, Patrick Kelly, até agora é único piloto anunciado.

Apenas dois Ligier JS P217 Gibsons estarão na prova. A ARC Bratislava e Racing Team India Eurasia serão os times que competirão com o JS P217. Onze equipes LMP2 irão participar na nova subclasse Pro-Am que exige pelo menos um piloto com classificação Bronze. 

Classes GTE

Um total de sete carros estão programados para a classe  GTE-Pro, incluindo o esperado retorno do Corvette Racing e seu modelo C8.R.A Ferrari terá dois carros. A Porsche com seus dois 911 RSR e a WeatherTech Racing com também com seu Porsche 911 RSR. GTE-Am é a segunda maior classe, com 24 inscrições.

O  ACO não divulgou uma lista de inscrições de times reserva. O período para as equipes se candidatarem a lista é de 12 a 26 de março.

Brasileiros confirmados

Até o momento, cinco brasileiros estão confirmados:

  • Pipo Derani – Glickenhaus Racing – #708
  • André Negrão – Alpine Elf Matmut – #36
  • Pietro Fittipaldi  – G-Drivre – #25
  • Daniel Serra – AF Corse – #52
  • Felipe Fraga – TF Sport – #33

O presidente da ACO, Pierre Fillon, disse que a corrida deste ano entra em uma “nova era” com a estreia da classe LMH.

“A introdução dos hipercarros promete trazer ainda mais ação para a pista de corrida de endurance”, disse Fillon. “Sessenta e dois carros irão alinhar para esta 89ª 24 Horas de Le Mans”.

“Nestes tempos desafiadores, este número é um forte sinal de que nossa categoria está mais atraente do que nunca”.

“Estamos ansiosos para dar as boas-vindas aos fãs mais uma vez na pista de corrida para vivenciarmos juntos esta edição histórica”, finalizou.

Paul di Resta competirá pela United Autosports em Le Mans

(Foto: Divulgação)

O piloto Paul di Resta foi confirmado nesta segunda-feira, 08, como um dos integrantes da equipe United Autosports que irá disputar as 24 Horas de Le Mans

Competindo na classe LMP2, ele terá a companhia de Filipe Albuquerque e Phil Hanson. Di Resta irá pilotar o Oreca 07 Gibson #23  enquanto Albuquerque e Hanson vão dividir o #22 com Fabio Scherer.

Nico Jamin, que se juntou à equipe, é o primeiro piloto do #22 para a corrida que acontece entre os dias 21 a 22 de agosto. Paul di Resta é um dos pilotos do programa da Peugeot para 2023. 

“É uma ótima notícia anunciar que estamos voltando às 24 Horas de Le Mans de 2021”, disse di Resta, que conquistou a pole em Le Mans no ano passado com um recorde de volta LMP2.

“É bom voltar a fazer parte dessa jornada e tentar manter a vitória que conquistamos com o Phil e o Filipe no ano passado”. 

“Obviamente é uma configuração diferente este ano, mas será interessante ver como será com meus novos companheiros de equipe quando eles forem anunciados. Eu acho que é bom que o ACO tenha agido cedo, mudando a data da corrida para permitir que as pessoas se preparassem”. 

“A classe LMP2 parece muito forte mais uma vez e Le Mans é a melhor corrida do mundo para se enfrentar, por isso não pode acontecer em breve. Até lá estarei fazendo o possível para me integrar novamente ao time e aos meus novos companheiros. Eu realmente aprecio os esforços de Richard Dean e Zak para me trazer de volta”,  finalizou. 

Equipe terá três carros em Le Mans

Paul de Resta estará com a Peugeot em 2023. (Foto: Divulgação)

A United Autosports terá três Orecas em Le Mans este ano, depois de colocar dois carros em 2020, embora a equipe tenha acumulado um total de cinco convites automáticos para a corrida.

Estes foram ganhos através de sua vitória na classe 2020 LMP2, seus títulos ELMS com protótipos LMP2 e LMP3, terminando em segundo no ELMS e sua recente vitória na categoria Asian Le Mans Series com um LMP3.

De acordo com os regulamentos, uma equipe pode inscrever dois carros. O terceiro será alinhado pela United Autosports UK.  A lista provisória de inscritos para as 24 Horas de Le Mans será publicada nesta terça-feira. 

Pietro Fittipaldi disputará as 24 Horas de Le Mans

(Foto: Divulgação)

Após anunciar o contrato como piloto reserva e de testes da Haas na F1 e confirmar a participação nos ovais da Indy em 2021, Pietro Fittipaldi está confirmado nas seis provas de endurance da temporada 2021 da European Le Mans Series pela equipe Algarve Pro Racing e vai disputar também as 24 Horas de Le Mans.

O piloto brasileiro estreou na NASCAR Whelan All-American Series em 2011, mas se mudou para a Europa para seguir a carreira de monopostos. Entre suas conquistas mais notáveis, estão as vitórias no campeonato da Fórmula Renault Inglesa, MRF Challenge e o título da World Series Formula V8 3.5 em 2017. Tais sucessos abriram portas na F1, com o jovem piloto brasileiro assumindo o papel de piloto oficial de testes e reserva da Haas F1 Team.

Fittipaldi participou da pré-temporada e dos testes para Jovens Pilotos da F1, e fez sua estreia oficial ainda em 2020 pela Haas nos Grandes Prêmios de Abu Dhabi e do Sakhir, substituindo Romain Grosjean. Embora continue com Haas como piloto reserva neste ano, o brasileiro também se comprometeu por uma temporada completa da European Le Mans Series (ELMS) com a G-Drive Racing, operada pela Algarve Pro Racing.

“Estou muito feliz por ter a oportunidade de competir em 2021 na European Le Mans Series com a G-Drive Racing, operada pela Algarve Pro Racing, e também realizar o sonho de correr nas 24 Horas de Le Mans” disse Fittipaldi.

Equipe russa é uma das mais fortes do endurance. (Foto: G-Drive)

“Será minha primeira campanha com LMP2 e estou realmente ansioso por isso, especialmente porque minha família tem um histórico muito forte em corridas de carros esportivos de endurance; meu primo Christian (Fittipaldi) venceu três vezes nas 24 Horas de Daytona e meu tio Max (Papis) tem duas vitórias de Daytona em seu nome, então eles certamente serão capazes de dar bons conselhos”.

Fittipaldi está otimista

“Tenho muita experiência em carros de fórmula, mas também corri e testei carros de corrida com cockpit fechado – fui o estreante mais rápido em um teste de final de temporada no Porsche 919 Hybrid LMP1. No entanto, sempre levo as coisas passo a passo porque cada carro requer um estilo e abordagem diferente e pode levar algum tempo para se adaptar. O meu primeiro teste com a Algarve Pro Racing vai acontecer muito em breve e estou muito entusiasmado. Esta temporada vai ser uma experiência diferente e vai ser muito bom trabalhar com o John (Falb) e o Rui (Andrade)”, diz Pietro.

Andrade deu boas-vindas ao novo companheiro de equipe. “Estou realmente ansioso para entrar na Le Mans Series Europeia de 2021. Pietro (Fittipaldi) é uma contratação fantástica porque ele é muito rápido e, sendo um cara tão bom, a química será ótima. Eu conheço cada um dos circuitos do calendário do ELMS muito bem, tendo competido ou testado em todos eles, e embora o objetivo principal seja vencer a classe Pro-Am, alcançar pódios seria incrível para toda a equipe”.

Falb continua na Algarve Pro Racing pela terceira temporada consecutiva e também destacou a chegada de Pietro. “Estamos empolgados para entrar em Barcelona e damos as boas-vindas a Pietro (Fittipaldi) na equipe. Pietro já começou a trabalhar e adicionou uma expertise nova e empolgante ao carro #25. Suas excelentes performances na F1, IndyCar e categorias de base irão garantir que nossa equipe tenha tudo o que é necessário para vencer, e a adição da categoria Pro-Am garante que possamos ter sucesso regularmente, embora estejamos almejando a vitória geral”.

Le Mans transferida para agosto

Quatro 911 RSR em Sarthe. (Foto: Porsche)

A edição de 2021 das 24 Horas de Le Mans foi adiada para os dias  21 e 22 de agosto. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 04, pelo o Automobile Club de l’Ouest.

A 89ª edição da prova deveria acontecer entre os dias 12 a 13 de junho com um dia de teste oficial uma semana antes, mas agora será realizada 10 semanas depois em uma tentativa de garantir que os espectadores possam comparecer em meio à pandemia do coronavírus.

O presidente da ACO, Pierre Fillon, comentou que seria “impensável” para a ACO organizar a prova a portas fechadas pelo segundo ano consecutivo.

“Embora tenha sido uma decisão difícil de tomar, é a certa”, disse ele. “Realizar as 24 Horas de Le Mans com os portões fechados pelo segundo ano consecutivo seria impensável. Estamos, portanto, fazendo todo o possível para evitar que isso aconteça e para dar às equipes uma visão clara de toda a temporada”.

“Estamos trabalhando muito para realizar um evento seguro, com todos os cuidados necessários. A corrida deste ano promete ser outro thriller com a estreia da nova classe Hypercar”, finalizou. 

A decisão de adiar Le Mans provisoriamente move a corrida de 24 horas da terceira rodada para a quarta rodada do calendário do 2021 do Campeonato Mundial de Resistência da FIA.

Le Mans fica  entre as 6 Horas de Spa em maio e as 6 Horas de Monza em julho, mas agora acontecerá cinco semanas após a rodada italiana.

 ELMS tem calendário alterado

Com a mudança das 24 Horas de Le Mans, o calendário da ELMS sofrerá alterações. As 4 Horas de Le Castellet  que seria realizada uma semana antes da nova data das 24 Horas.

Tanto Le Mans como o ELMS são organizados pelo Automobile Club de l’Ouest. .Paul Ricard agora será a terceira rodada da temporada, de 4 a 6 de junho. A data do início de junho cai três semanas após as 4 Horas do Red Bull Ring e coincide com o fim de semana do dia de teste de Le Mans, agora adiado.

As 24 Horas de Nürburgring e a rodada da IMSA WeatherTech SportsCar em Detroit também estão programadas para o primeiro fim de semana de junho. “Com as 24 Horas de Le Mans mudando para agosto, tomamos a decisão de mudar as 4 Horas de Le Castellet para junho”, disse o CEO da ELMS, Frederic Lequien.

“Esta mudança permitirá às equipes do ELMS que competem em Le Mans um evento extra para se preparar para a grande corrida, enquanto mantém o cronograma geral da temporada do ELMS com um intervalo de três a quatro semanas entre cada evento”.

“Gostaria de agradecer a Stephane Clair e sua equipe no Circuito Paul Ricard por trabalhar conosco para acomodar a mudança de data para as 4 Horas de Le Castellet.”

A temporada do ELMS deve começar no Circuito de Barcelona  em 18 de abril, seguida por Red Bull Ring em maio, após dois anos sem uma rodada austríaca. A corrida de Paul Ricard reprogramada vem a seguir, com a visita planejada de julho a Monza agora representando a quarta rodada. Spa-Francorchamps deve sediar a quinta rodada em 19 de setembro, levando ao final da temporada para Portimão em 24 de outubro.

 

Pandemia de Covid-19 pode adiar Le Mans

Primeiras etapas do WEC serão sem público. (Foto: ACO)

O aumento de casos de Covid-19 na Europa, pode fazer os organizadores das 24 Horas de Le Mans adiarem a prova para os dias 21 e 22 de agosto. As informações são do site Lequipe

Originalmente marcada para os dias 12 e 13 junho, a pandemia de Covid-19 pode alterar os planos do Automóvel Club de l’Ouest (ACO). Ade acordo com o Lequipe, a data seria o plano “B” da ACO por conta do avanço da pandemia. 

A entidade teme que só seja capaz de acomodar apenas 5.000 pessoas em junho, de acordo com declarações de Roselyne Bachelot, ministra da Cultura na França. Isso traria prejuízos aos organizadores.

Medidas restritivas contra o Covid-19

A prova já foi realizada sem a presença do público em 2020. A expectativa é que transferindo a prova para agosto, a presença do público possa ser autorizada. O ACO estima que 50 mil espectadores acompanhem a prova dentro do circuito.  

Se este adiamento for confirmado, isso levará a uma modificação do calendário das 4 Horas de Castellet (ELMS) programadas para o fim de semana de 28 a 29 de agosto.

A confirmação da alteração está prevista para esta quinta-feira, 04. Os dias 21 e 22 de agosto estavam inicialmente previstos para acolher as 24 Horas de bicicleta (560 equipas inscritas) no Circuito Bugatti que, se a informação for confirmada, o evento também será realocado.

Ferrari 333SP, o último protótipo

(Foto: Divulgação)

Com a confirmação do retorno da Ferrari de forma oficial ao Mundial de Endurance, um modelo específico retorna a mente dos fãs. A Ferrari 333SP. O desejo de ver o time de Maranello nas 24 Horas de Le Mans não é de hoje. Com a ascensão do WEC e o fraco desempenho da equipe na F1, muitos torcedores cobraram um retorno.

Mesmo competindo no endurance com seus modelos GT, dando suporte a equipes de clientes, um retorno como equipe de fábrica era o que faltava. Na quarta-feira, 24, veio o anúncio. 

O Hypercar chega em 2023, rivalizando com Peugeot, Audi, Cameron Glickenhaus e Porsche. Mas você sabe qual foi o último protótipo da marca a competir em Le Mans? Batizado de 333SP. o “LMP” não competiu oficialmente pela Ferrari. Mas sim pelo desejo de Gianpiero Moretti, dono da marca de acessórios esportivos MOMO, de correr em provas de longa duração nos EUA. 

O modelo nasceu em 1993, tendo as primeiras unidades sido construídas pela Ferrari. Com os anos a manufatura passou para a Dallara. Os últimos carros foram feitos pela Michelotto. Era equipado com um motor V12 utilizado na Ferrari F50 mas alterado de 4,7 para 4 litros.

Assim, ele poderia participar da classe IMSA WSC que substituiu a classe GTP. Logo ele estaria elegível tanto nas 24 Horas de Daytona e Le Mans. Um total de 41 chassis foram construídos. Acredita-se que 27 chassis estiveram na ativa, entre 1994 e 2003. 

Construção compartilhada

O desenvolvimento da Ferrari 333SP foi feito em conjunto com a Dallara. Ela forneceu a transmissão e a suspensão, e também foi a parte aerodinâmica e construção da carroceria. A caixa de câmbio usava peças mecânicas da Hewland, dentro de uma caixa Dallara customizada.

A Ferrari foi responsável pelo chassi e o já dito motor. O projeto ficou sob responsabilidade do engenheiro Tony Southgate. Ele ficou no cargo de 1994 até 1995. 

Sucesso nas pistas 

Ferraris 333SP competindo em Road Atlanta (Foto: Divulgação)

O sucesso da Ferrari 333SP começou em 1994 na terceira rodada do IMSA GT Championship em Road Atlanta em 1994. O protótipo venceu a prova e também ficou com o segundo lugar. 

Quatro carros estavam na pista. As equipes  Euromotorsport, Momo Corse e Team Scandia foram as que apostaram no modelo Italiano, Em Lime Rock, o domínio do 333 SP foi ainda maior. Ele fechou o pódio com os três primeiros lugares. Egemonia que se manteve até o final da temporada. 

A melhor Ferrari foi a do piloto Andy Evans, terminando em quinto lugar na classificação. A Oldsmobile venceu o campeonato de fabricantes. Fermín Velez o de pilotos, com Mauro Baldi e Wayne Taylor em terceiro e quarto lugar, respectivamente. 

Nas 24 Horas de Le Mans o modelo não obteve o mesmo desempenho que nos EUA. O melhor resultado em 1997 foi um 6० lugar.  No ano seguinte, o carro ainda era competitivo e duelou com o Oldsmobile no campeonato de construtores, mas perdeu no desempate, além de permitir que o ex-piloto de F1 Max Papis conseguisse um segundo lugar final e Didier Theys um quarto no campeonato de pilotos.

O 333 SP venceu duas corridas naquele ano. Em 1997, a Ferrari venceu novamente em Sebring e garantiu outras quatro vitórias.Seu maior adversário era o protótipo da Riley & Scott. Mesmo assim garantiu o 4º, 5º e 6º lugar no campeonato de pilotos e o segundo no de construtores.

Mudanças para 1998

Ferrari da Euromotosport em 1994 em Sebring. (Foto: Divulgação)

Aperfeiçoamentos foram feitos para 1998. O 333 SP precisava se atualizar. Ele começou a competir no International Sports Racing Series ( o que acabaria se tornando FIA Sportscar Championship ).  

Ele acabou vencendo todas as corridas e conquistando os dois primeiros lugares do campeonato com  Emmanuel Collard e Vincenzo Sospiri e o vice-campeão Didier Theys e Fredy Lienhard .

Na América, o carro venceu três rodadas na IMSA, dando a Wayne Taylor o segundo lugar na classificação final. O carro também garantiu o campeonato de marcas. Na USRRC Can-Am, o 333 SP finalmente venceu as 24 Horas de Daytona.

Para 1999 o carro foi parar na Europa. Nos EUA surgiria a American Le Mans Series e marcas como Audi e BMW entraram na disputa. Eles foram facilmente superados. O ano de 2000 viu a equipe Doran Racing trocar o motor Ferrari por um Judd mais atual. 

Na USRRC o carro garantiu o título de pilotos  para Collard e Sospiri, derrotando Christian Pescatori em 1999. O título retornou em 2000 com David Terrien. No total foram três campeonatos consecutivos para o JMB Racing.

O peso da idade

Protótipo também competiu em Le Mans. (Foto: Divulgação)

O avanço no desenvolvimento dos protótipos foi deixando o 333SP desatualizado e lento. Ele foi sumindo das corridas. Em 2001, nenhum protótipo da Ferrari correu na ALMS, embora o carro Risi Competizione tenha feito algumas aparições na Grand-Am e o chassi Judd da Doran Racing venceu as 6 Horas de Watkins Glen de 2001 , enquanto na Europa, Marco Zadra venceu o FIA Sportscar. Mais pelo braço do piloto do que pelo carro. 

Em 2002, o 333 SP esteve ausente do campeonato, mas fez algumas aparições no ano seguinte. A equipe GLV-Brums de Giovanni Lavaggi tentou, mas já não era a mesma coisa. A última aparição do 333 SP foi nos 500km de Monza de 2003.

Com o retorno da Ferrari para o Mundial de Endurance, o sucesso efêmero da 333 SP se repetira? Só o tempo para nos dar essa resposta. 

Tom Kristensen revela detalhes de sua carreira em livro

(Foto: Divulgação)

O maior vencedor da história das 24 Horas de Le Mans, Tom Kristensen tem muita história para contar. Para relembrar fatos e narrar acontecimentos inéditos, o piloto, hoje aposentado, lançará o livro “Tom Kristensen Mr Le Mans”

A biografia do piloto foi escrita pelo jornalista Dan Pilsen, ex-jornalista do jornal diário  Jyllands-Posten, com a colaboração do jornalista esportivo dinamarquês Nils Finderup. O livro está sendo traduzido pela primeira vez para o inglês. Vencendo nove vezes Le Mans, seis delas consecutivas, Kristensen também obteve cinco pódios na prova.

Em 18 anos, ele chegou ao pódio todas as vezes que seu carro participou da prova. Ele também venceu as 12 Horas de Sebring seis vezes, um recorde. 

Além do endurance ele competiu na DTM em 2007. Votado como “Livro de Esportes do Ano” na Dinamarca, a nova edição possui conteúdo extra produzido pelo Editor-Chefe do site Motorsport.com, Charles Bradley, e pelo jornalista de carros esportivos Gary Watkins.

O livro abrange toda a sua carreira, incluindo os anos que passou no kart, Fórmula 3 alemã e japonesa e na F3000 japonesa. Além dos anos em carros esportivos no Japão, Grã-Bretanha e Alemanha, conta sobre seus testes de pneus de Fórmula 1 com a Michelin, bem como Tyrrell, Minardi e Williams.

Ele também conta como esteve perto de competir na Fórmula 1 e como poderia ter feito sua estreia em Le Mans anos antes  em um carro do Grupo C da Toyota. O livro tem 432 páginas. “Mr Le Mans” estará disponível no Reino Unido em março. O lançamento nos EUA acontece em maio.

GPX Racing desiste de competir nas 24 Horas de Le Mans

(Foto: Divulgação)

A equipe GPX Racing confirmou nesta terça-feira, 23, que não disputará as 24 Horas de Le Mans. O time recebeu um convite após o resultado na temporada 2021 do Asian Le Mans Series.

Se tivesse aceito o presente, a equipe teria sua vaga garantida na classe GTE-Am. A GPX venceu metade das corridas nas quatro rodadas da temporada asiática com seu Porsche 911 GT3 R pilotado por Julien Andlauer, Axcil Jefferies e Alain Ferte. 

A equipe sediada em Dubai terminou em segundo lugar, garantindo o convite. A recusa se dá por questões financeiras e logísticas, já que teria que ter uma versão RSR do 911. O chefe da equipa, Pierre-Brice Mena, confirmou na terça-feira que a equipa enfrenta “muitas incógnitas” para se comprometer com o que teria sido a sua estreia em Le Mans.

“Le Mans ainda é um dos objetivos da GPX Racing, mas como as coisas estão no momento, sentimos que não temos o pacote certo”, explicou o chefe da equipe, Pierre-Brice Mena, ao site Sporstcar365. “Seria uma decisão precipitada, que não nos permitiria estar no grid nas condições que desejamos”.

“Existem muitas incógnitas para planejar o projeto de acordo com nossos padrões. Simplesmente, não é o melhor momento. Estamos convencidos de que haverá outras oportunidades, então ainda temos que ser um pouco pacientes”. 

Herberth Motorsport, Rinaldi Racing e Inception Racing foram as outras equipes que competiram no Asian LMS a receber inscrições para Le Mans na classe GTE-Am.

Mais convites

As equipes G-Drive Racing e United Autosports que venceram nas classes LMP2 e LMP3 respectivamente,  ganharam convites para a classe LMP2. 

Além de se retirar de Le Mans, a GPX desistiu de seu recurso contra a Herberth Motorsport, que agora foi confirmada como campeã da GT da série asiática. O motivo do recurso seria a porta do lado direito do 911 GT3 que deveria ter sido consertada durante um pit stop, o que a equipe não teria feito. 

A investigação apontou que a Herbert seguiu as orientações dos fiscais da prova. Portanto, não justificava penalização apesar de seu Porsche terminar sem os reparos necessários.

“Contestamos uma decisão desportiva na chegada da última corrida, mas num espírito de conciliação decidimos não recorrer”, encerra Mena.