Toyota faz dobradinha em Fuji pelo Mundial de Endurance

Mesmo em bandeira verde Toyota foi um adversário difícil para a Porsche. (Foto: Divulgação)

A Toyota conquistou na madrugada deste domingo, 15, a vitória em casa, no circuito de Fuji no Japão. A prova teve apenas 113 voltas e foi marcada pelo mau tempo, coroou o bom trabalho do TS050 #8 de Anthony Davidson, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima.

Mesmo com a entrada do carro de segurança, a organização da prova ficou na esperança de que a chuva e a falta de visibilidade, passassem, o que não aconteceu. A prova ficou sob bandeira verde por pouco mais de 10 minutos, quando finalmente foi decretada bandeira vermelha. Oficialmente a prova teve pouco mais de 4 horas e 20 minutos.

Esta foi a terceira prova na história do Mundial de Endurance que teve seu tempo reduzido, por conta do mau tempo. As duas primeiras vezes também foram em Fuji. A equipe japonese mostrou força, dominando a prova em condições molhadas. Os dois carros da equipe Porsche ficaram com a terceira e quarta posição. Earl Bamber com o 919 #2 chegou a liderar, mas não conseguiu manter a liderança frente ao bom desempenho dos carros da Toyota.

Resultado final

Hisatake Murata, chefe da equipe Toyota: “É fantástico ficar no centro do pódio novamente na nossa terceira vitória da temporada. Lutamos muito duro para conseguir isso, e é ainda mais especial aqui na nossa corrida em casa. Obrigado a todos que vieram para Fuji Speedway hoje e apoiar-nos, apesar do mau tempo. Eles realmente nos dão motivação extra e estou satisfeito que pudéssemos mostrar-lhes uma luta emocionante com a Porsche. Nossos pilotos e carros apresentaram desempenho muito forte hoje em condições molhadas. Nossa meta agora é lutar duro com a Porsche nas duas últimas corridas e criar um final emocionante para a temporada para os fãs.”

Mais tempo parados do que correndo. (Foto: FIAWEC)

Bamber, Timo Bernhard e Brendon Hartley são os líderes do campeonato, mantendo vivas a chances, pelo menos matemáticas de Nakajima e Buemi de conquistar o título. O Porsche #1 teve o bico avariado, após André Lotterer tocar em Buemi.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 da Porsche: “A chuva pesada, densa neblina, um começo atrás do safety car, duas bandeiras vermelhas e períodos de safety car numerosos e zonas amarelas: Dadas essas condições adversas, podemos estar contente que nada sério aconteceu hoje. No final, foi uma dobradinha  em casa para a  Toyota. Mas estávamos perto e em Xangai, vamos fazer de tudo para fazer o próximo passo para defender nossos títulos de campeão.”

Bruno Senna vence a segunda no ano. (Foto: Divulgação)

Na classe LMP2, Bruno Senna, Julien Canal e Nicolas Prost venceram com o Rebellion #31. Foi a segunda vitória do trio na temporada. Em segundo lugar o Alpine #36 de André Negrão e Gustavo Menezes. Os líderes do campeonato, o Oreca #38 da Jackie Chang DC Racing de Oliver Jarvis, Ho-Ping Tung e Thomas Laurent, terminarem em terceiro lugar.

“Foi talvez a corrida mais tensa e difícil da minha vida”, disse Bruno, que aproveitou o pódio para comemorar também o aniversário – completou 34 anos. Com os resultados, os pilotos da Rebellion Racing mantiveram a vice-liderança e reduziram para somente 10 pontos a diferença para o trio da Jackie Chan Racing, formado por Oliver Jarvis, Thomas Laurent e Ho-Pin Tung, terceiro colocados na etapa.

As previsões da meteorologia, que indicavam até a possibilidade de cancelamento da prova, quase que se confirmaram completamente. A prova começou com pista molhada e visibilidade reduzida, o que levou a direção de prova a determinar o regime de bandeira amarela em uma das curvas. “Em nenhum momento conseguimos ver a curva 1. Foi um desafio enorme completar a corrida”,  afirmou Bruno, que saiu na segunda colocação, passou à liderança logo no início e sobreviveu aos múltiplos choques – um deles envolvendo o segundo Oreca-Gibson da equipe, então nas mãos de Mathias Beche, que bateu forte mas nada sofreu.

Ferrari vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Bruno percorreu uma maratona. Por causa do encurtamento da prova, Canal nem chegou a assumir o cockpit. “Fiquei três horas e meia pilotando. Foi muito cansativo e mentalmente exigente. Felizmente, consegui tomar a frente logo com a rodada do Nelsinho Piquet, que provocou um embaralhamento de posições atrás que nos ajudou. Tivemos de fazer um pit stop com bandeira verde, o que nos prejudicou bastante, mas felizmente recuperamos no segundo e deu para reprogramar a estratégia. Mesmo assim, demos sorte porque o ritmo do carro do André Negrão era melhor que o nosso e o encerramento prematuro nos beneficiou”, admitiu.

Com mais 25 pontos, Bruno e Canal passaram a somar 135 contra 145 dos líderes – Prost não tem mais chances de ser campeão porque não participou das 6 Horas de Nurburgring. Com isso, as 6 Horas de Xangai, no próximo dia 3 de novembro, ganharam ainda mais importância na definição do título, já que depois restará apenas a prova final no Bahrein. “Dez pontos não são tão poucos assim, mas se lembrarmos que já estivemos 46 atrás…”, lembrou Bruno. “E o importante é que continuamos crescendo e viemos descontando um pouco a cada prova.”

Companheiro de Bruno Senna na equipe Rebellion Nelsinho Piquet, largou na pole, iniciando uma feroz recuperação e, depois de ultrapassar os carros das categorias GT, começou a descontar a diferença em relação aos demais protótipos da LMP2. Foi quando uma nova entrada do safety car ajudou e reduziu ainda mais a desvantagem.

Com pouco mais de uma hora de prova, Nelsinho já era o oitavo na classe, mas a chuva aumentou e uma forte neblina tornou a visibilidade terrível, obrigando a direção de prova a acionar a bandeira vermelha. Depois de quase uma hora de paralisação, mas com a regressiva das seis horas prosseguindo, a prova recomeçou e Nelsinho seguiu sua recuperação.

Clearwater vence na GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

Piquet Jr. subiu logo para o quinto lugar e decidiu permanecer na pista por mais tempo, retardando o segundo pit stop e, consequentemente, a troca de pilotos. Quando finalmente parou, com quase três horas de prova, Nelsinho já estava em segundo na LMP2, e deu lugar a Mathias Beche.

No entanto, o suíço acabou sofrendo um acidente com 3h35 de corrida após toque do francês Jean-Eric Vergne e a tripulação teve de abandonar a disputa devido aos danos no protótipo Oreca #13. Uma hora depois, a direção de prova agitou novamente a bandeira vermelha e esperou pela melhora das condições, o que não aconteceu, e a prova foi encerrada.

“A corrida foi complicada, acabei rodando no começo e caí para trás. Fomos recuperando bem, cheguei ali até a ficar em segundo, perto da frente. Depois, o Mathias Beche acabou levando uma pancada do Jean-Eric Vergne e infelizmente abandonamos”. Comentou o piloto.

Na classe GTE-PRO a Ferrari de Alessandro Pier Guidi e James Calado, superou a equipe Porsche no pódio e também na luta pelo título. A prova marcou a segunda vitória de Calado e Pier Guidi. Andy Priaulx e Harry Tincknell que pilotam o Aston Martin #67 não completaram a prova.

Em segundo o Porsche #91 de Richard Lietz e Fred Makowiecki. Completando o pódio o Porsche #92. Na classe GTE-AM Miguel Molina, Francesco Castellaci e Thomas Flohr, conquistaram a primeira vitória com a Ferrari #54 da Spirit Racing. Em segundo a Ferrari #61 da Clearwater de Keita Sawa e Weng Mok Sun. Completando o pódio da classe, o Porsche #77 da equipe Dempsey Proton Racing.

Judd volta ao Mundial de Endurance como fornecedora de motores

As fabricantes AIM e Judd anunciaram nesta sexta-feira, 13, parceria para a construção de um novo motor para a classe LMP1 do Mundial de Endurance. Será um V10 de 5,5 litros. Foi cogitada a utilização de blocos V8 ou V12, mas se optou pelo V10, por questões de durabilidade.

Ele terá um bloco de 72 graus e deve apresentar um peso menos do que os propulsores anteriores desenvolvidos pela Judd. “Acreditamos que a plataforma V10 deve ser a escolha natural para qualquer equipe LMP1 por um funcionamento sem problemas em 2018. Estamos muito satisfeitos em assumir o desafio Le Mans novamente com nossos amigos e parceiros de longa data AIM neste novo programa.”

Até o momento Ginetta, Dallara e ByKolles estão com projetos para a classe LMP1 em 2018. A Oreca também avalia a entrada de protótipos, desde que existam parceiros para tal.

 

 

Bruno Senna tenta encostar nos líderes no Japão

(Foto: Divulgação)

Com 20 pontos de desvantagem para o trio da Jackie Chan Racing formado pelo inglês Oliver Jarvis, o chinês Ho-Pin Tung e o francês Thomas Laurent, Bruno Senna tem neste fim de semana nas 6 Horas de Fuji a primeira das três últimas chances de superar os rivais na luta pelo título da classe LMP2 do Campeonato Mundial de Endurance. E a disputa entre os dois times favoritos promete mesmo ser a tônica da 7ª e antepenúltima etapa, já que nos treinos livres desta sexta-feira, prejudicados em grande parte pela chuva típica desta época do ano no Japão, Laurent foi o mais rápido da divisão, com uma volta em 1min47s437 que superou a de Bruno, seu mais direto perseguidor, por menos de um décimo.

Bruno e Julien Canal, um dos parceiros na Rebellion Racing, somam 110 pontos contra 130 dos ponteiros. Nicolas Prost, o outro francês da equipe, se afastou porque não participou da etapa de Nurburgring. O desafio que eles têm pela frente é grande, já que o sistema de pontuação do Mundial de Endurance segue o da Fórmula 1, distribuindo 25 pontos ao vencedor e 18 ao segundo. O crescimento da Rebellion na segunda fase do calendário, no entanto, é um fator que não pode ser desprezado na reta final.

O mau tempo aos pés do Monte Fuji desapontou a todos. “Quase não pudemos andar”, resumiu Bruno, que ainda teria um treino livre na manhã deste sábado para trabalhar no acerto do Oreca-Gibson do time suíço antes da sessão classificatória que definirá o grid. A largada da corrida está marcada para as 23 horas (Brasília) deste sábado. A chuva, no entanto, é uma ameaça real à realização da prova. “Existe, sim, o risco de não acontecer. Há previsão de tempestade a partir da tarde do sábado”, avisou Bruno.

Nelsinho Piquet inicia fase asiática do Mundial de Endurance

(Foto: José Mário Dias)

O Campeonato Mundial de Endurance inicia no próximo fim de semana a sua fase asiática com as 6 Horas de Fuji, no Japão, e Nelsinho Piquet chega embalado após o terceiro lugar na categoria LMP2 na última etapa, em Austin (Estados Unidos).

Ao contrário das últimas corridas, disputadas em pistas nas quais ele ainda não havia pilotado, o brasileiro da Rebellion Racing vai competir com o protótipo Oreca #13 em três circuitos conhecidos por ele; além da prova em Fuji, o FIA WEC terá etapas em Xangai (China) e Sakhir (Bahrein).

Nelsinho, aliás, guarda lembranças muito positivas de Fuji. Foi lá que em 2008 ele fez uma de suas melhores provas na Fórmula 1, quando chegou a liderar a corrida por duas vezes (sete voltas) e terminou em quarto lugar.

Localizado ao pé do famoso Monte Fuji, ponto culminante do Japão (3.776 metros), o circuito japonês tem 4,563 quilômetros e uma das mais longas retas do automobilismo mundial, com 1.475 metros. O traçado tem uma combinação de curvas de alta velocidade e um miolo de baixa. O clima na região costuma ser instável e a previsão indica chuva para o fim de semana.

“Agora o campeonato entra na fase asiática, em pistas que conheço bem e gosto bastante. Com isso, espero um resultado melhor do que nas últimas duas corridas, em circuitos que eu nunca havia andado. Estou muito motivado para essas três etapas e nessa reta final podemos tomar mais riscos para terminar melhor no campeonato”, comentou o piloto. 

A programação em Fuji se inicia na sexta-feira com a realização de dois treinos livres. No sábado, serão disputados mais um treino livre e a classificação para determinar o grid de largada. A corrida tem início previsto para as 23h de sábado (11h de domingo no Japão).

 

 

 

Ginetta confirma venda de três protótipos LMP1

(Foto: Divulgação)

A Ginetta declarou nesta terça-feira, 04, a venda de três protótipos LMP1 para a temporada 2018 do Mundial de Endurance. O fabricante não revelou o nome das equipes que realizaram a compra. Os três protótipos foram adquiridos pela mesma equipe, sendo o terceiro para servir de peças de reposição.

De acordo com informações do site sportscar365.com, as possibilidades recaem sobre a equipe Rebellion e Manor, que já deixaram claro a predileção por competir na principal classe do WEC.

“Este é um grande passo para o programa da Ginetta, e será uma grande notícia também para o WEC e ACO, que tem colocado muita fé em seus novos regulamentos LMP1”, disse o presidente da Ginetta Lawrence Tomlinson.

“Por agora você vai ter que esperar para o nosso cliente a fazer o seu próprio anúncio sobre este programa.”

“Os sinais são de que eles serão acompanhados por mais clientes Ginetta na classe LMP1 superior, e que um carro concebido em nossa fábrica Yorkshire em breve será contestando vitórias globais no Campeonato Mundial de Endurance, incluindo a maior corrida do mundo, Le Mans”.

A Ginetta vai construir 10 chassis LMP1. Todos serão equipados com motores Mecachrome. O primeiro protótipo deve ganhar as pistas em breve. Ainda de acordo com o fabricante seis LMP ainda estão disponíveis para venda.

* Com informações do site sportscar365.com e Ginetta

 

Para diretor da IMSA, existe “interesse genuíno” em unificar classes com a ACO para 2020

Em um futuro próximo, fabricantes como a Cadillac podem estar participando do WEC. (Foto: José Mário Dias)

A fusão entre a classe LMP1 do Mundial de Endurance e a DPi da IMSA ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira, 25. O diretor da IMSA (que também dirigia a ALMS) Scott Atherton deixou claro que existe um “interesse genuíno”, em discutir regras comuns para o ano de 2020.

O dirigente relatou ao site sportscar365.com que uma possível integração de motorizações híbridas, podem ser um ponto da nova geração de protótipos DPi. Essas afirmações vão de encontro com os novos regulamentos da ACO, que equiparam os protótipos híbridos dos sem o sistema de recuperação de energia.

Com a desistência da Porsche, o Mundial de Endurance pode perder projeção, sem dois grandes fabricantes na principal classe. Em contrapartida, a IMSA vem adicionando ao seu plantel novos fabricantes como a Honda, que iniciou parceria com a equipe Penske.

“Vemos que, como organização, é positivo se pudéssemos trazer os livros de regras juntos e ter uma categoria de protótipo superior na América, no nosso Weathertech, para podermos disputar corridas no WEC e em Le Mans. Há um interesse genuíno em ambos os lados da equação, ACO e IMSA, para fazer isto acontecer. ”

Equipes como McLaren e Ford já esboçaram interesse em desenvolver projetos LMP1/DPi, que possam ser utilizados nas 24 horas de Le Mans, Daytona e Sebring. Atherton deixou claro que existem planos de ampliar a série.

“Se você é capaz de olhar para os anos 2020/2021, eu acho que só serviria para acelerar e atrair outros fabricantes que não estão envolvidos atualmente”, disse ele. “Esse é o objetivo final.”

A principal diferença entre os interesses das duas entidades é a motorização híbrida. A FIA/ACO deixam claro que não vão abrir mão da tecnologia. Por outro lado, a IMSA diz estar aberta a esta possibilidade, desde que seja rentável e acessível para as equipes.

“As regras atuais da classe LMP1 estão insustentáveis. Precisa se basear em algo prático de fácil disponibilidade, acessibilidade e sustentabilidade.”

“Do ponto de vista da IMSA, não é uma questão de se, mas quando os sistemas híbridos se tornem parte de tudo o que estamos fazendo”, disse Atherton.

“Se você olhar para todos os principais fabricantes de automóveis, eles estão ou falando de um lineup híbrido de veículos ou um lineup totalmente elétrico, em um futuro não muito distante, 2025, 2030.”

“Eu acho que todas as formas de automobilismo precisam estar cientes de que se você não se encontrar um conjunto de regras fora de sincronia com a aplicação prática nos automóveis de passeio, vai estar fora dos olhos do consumidor. ”

O velho debate entre a equiparação de equipes privadas e oficiais vem desde as motorizações a diesel adotadas pela Peugeot e Audi. Agora o ponto de debate é o sistema híbrido com os motores à combustão. Para o dirigente, a equiparação proposta pela ACO é viável.

“Na superfície, isso soa atraente”, disse ele. “Soa como um bom ajuste para o que é hoje. Neste momento, não temos uma fórmula que exige tecnologia híbrida nos protótipos. Se você está falando sobre a próxima geração, e vendo o que está acontecendo ao nosso redor, parece o próximo passo lógico. ”

Atualmente quatro fabricantes estão envolvidos de forma oficial na classe DPi da IMSA: Cadillac, Mazda, Nissan e Acura. Para Atherton, a classe é atraente para os fabricantes, pois tem um custo mais acessível do que a LMP1 atual. “Eu acho que a DPi provou ser uma oportunidade atraente para os fabricantes”, disse ele.

“Achamos que os carros estão entregando o que os fãs querem. Eles têm uma singularidade visual. Suas motorizações estão gerando excelentes resultados competitivos, embora de maneiras diferentes. ”

“Há um nível de acessibilidade, como resultado do uso de quatro construtores, kits de carroçaria são permitindo que os fabricantes possam utilizar seus motores. Olhando para a frente, a partir de nossa perspectiva, uma evolução do que é DPi de hoje seria ideal. ”

As atuais regras da classe DPi perduram até 2020. “Nosso compromisso com nossos construtores DPI é inabalável, de modo que nos leva até a temporada de 2020. ”

“Isso poderia ser esse cenário ótimo pois pode manter elegíveis os DPi existentes, mas também permitir a especificação de próxima geração em ciclo. Mas tudo isso é especulativo. ”

Os regulamentos finais da classe LMP1 devem ser findados até o final deste ano. Atherton esclarece que novidades devem aparecer nas próximas semanas. “A visão da nossa perspectiva, seria um processo conjunto”, disse ele. “Se o objetivo é ter regras comuns, em seguida, ambas as partes precisam estar envolvidas ativamente na elaboração. ”

* Com informações do site sportscar365.com

Protótipos LMP2 passam por alterações para 2018

Oreca é o melhor LMP2 em 2017. (Foto: FIAWEC)

A temporada 2018 do Mundial de Endurance e campeonatos “regionais” (ELMS e IMSA) marcou a introdução de uma nova classe de protótipos LMP2. Com apenas quatro fabricantes de chassis homologados para competir no WEC e em Le Mans, a proposta da ACO era baratear custos e evitar que fabricantes abortassem seus projetos no meio do caminho.

Mesmo limitando a classe, o que se viu foram grids cheios e muita disputa. No Mundial de Endurance uma predileção pelos modelos da Oreca chamou a atenção. Praticamente todas as equipes optaram pelo modelo francês, deixando de lado Onroak, Dallara e  Riley/Multimatic.  

Para o próximo os protótipos irão passar por uma atualização. “Foi claramente dentro dos regulamentos, e foi uma discussão técnica” comentou em entrevista ao site RACER o diretor do WEC, Gerard Neveu. “Eu entendo que a FIA e ACO receberam pedidos de alguns dos fabricantes em relação ao desempenho a partir deste ano. Assim, a comissão técnica tem trabalhado duro nos últimos três meses, com os dados para investigar esse ponto, e sua conclusão foi claramente que, para um dos três fabricantes, eles têm uma grande oportunidade para melhorar o desempenho do carro, no caso a Riley”.

“E para os outros dois, existem algumas possibilidades para ajustar o desempenho do próximo ano, em diferentes níveis, seja Le Mans ou na demais corridas. A ideia não é para equilibrar, mas dar a todos os carros um nível semelhante de desempenho, como o interesse é ter o mesmo nível em cada carro”.

Ainda de acordo com a RACER, os planos para 2018 apontam que o protótipo Riley/Multimatic Mk30 receba alterações no chassis e kits tanto de Le Mans quanto para as pistas regulares. Para a Onroak (Ligier JP P217) e Dallara, serão autorizadas alterações em seus kits aerodinâmicos. O Ligier será permitido atualizar seus kits (Le Mans e pistas regulares). Já a Dallara apenas Le Mans. Equipe dominante na atual temporada, a Oreca não deve receber atualizações para melhorar seu desempenho. O dirigente garante que uma decisão final ainda não foi tomada.

“Tem havido comunicações com as equipes, mas eles não fizeram decisões finais sobre isso (que chassis podem modificar ou  qual kit aero)”, disse ele. “Eles têm que discutir isso agora, em detalhes, sobre o que eles podem fazer ou não.”

As novas modificações serão testadas este ano no túnel de vento da Windshear na Carolina do Norte nos EUA. “Eu não sei a data exata (para o teste de túnel de vento), mas eu acho que é até o final de novembro – isso ainda está em discussão.” disse Neveu. “Eles acabaram de iniciar contato com as equipes. Eles estão começando a discutir suas conclusões com os dados, e agora eles vão tomar uma decisão.”

Segundo o dirigente, a ideia não é superar o desempenho dos protótipos Oreca e sim garantir que os quatro fabricantes, tenham condições reais de vencer uma corrida.  “A ideia com isso não gastar mais dinheiro,” disse. “O único ponto que todos concordam é que o Oreca é o melhor carro atualmente, de modo que os outros carros devem ter a oportunidade de executar neste mesmo nível.”

“Eles estão trabalhando para se certificar de que (permitindo que os upgrades para exceder o nível de desempenho do Oreca)  não aconteça.  Não é possível dizer que ele vai estar exatamente no mesmo nível -. Você vai ver a diferença – mas a ideia é certificar-se de que, com os dados e análises que eles estão em um nível semelhante, para que possam lutar por vitórias.”

“Se isso aconteceu (um upgrade provando ser superior em termos de desempenho para o Oreca) não iria funcionar: Só vamos autorizar uma atualização que garanta que eles não tenham tomado mais um passo mais do que o Oreca.”

* Com informações do site Racer.com

FIA Confirma 1500 Milhas de Sebring

Protótipos LMP1 voltam ao circuito americano. (Foto: Rick Dole/Getty Images)

Uma das novidades do calendário 2018/2019 do Mundial de Endurance é a volta do circuito de Sebring, que tradicionalmente realiza sua prova de 12 horas em Março. A confirmação aconteceu durante a reunião do Conselho Mundial de Automobilismo nesta quinta-feira,21, em Paris.

A prova será a sexta etapa do WEC, sendo realizada no dia 17 de março, sua duração será em milhas e não mais em horas como nos últimos anos. Outra novidade é a largada a meia noite, para ter seu fim nas primeiras horas do dia 18. No mesmo dia será realizada a etapa da IMSA, essa sim com a denominação de 12 horas. A prova do WEC acontece 2 horas após o término da etapa da IMSA. O atual recorde de distância da prova é de Tom Kristensen, Dindo Capelo e Allan McNish. Com o Audi R15TDI o trio percorreu 1.416 milhas em 2009.

Durante a reunião a unificação da classe LMP1 foi confirmada. A partir do próximo ano a classe de protótipos não terá mais “duas” subclasses com modelos híbridos e não-híbridos. O ajuste para que os dois tipos de LMP consigam lutar de forma igual pela vitória será obtido, através do ajuste do fluxo de combustível. Também será realizadas equivalências tecnológicas entre motores turbo e aspirados, kits aerodinâmicos específicos.

Abaixo o calendário definitivo.

2018 – 05 de maio – Spa-Francorchamps

2018 – 16-17 junho – 24 Horas de Le Mans

2018 – 19 de agosto – Silverstone

2018 – 21 de outubro – Fuji Speedway

2018 – 18 de novembro – Shanghai

2019 – 17 de março – 1500 milhas de Sebring

2019 – 4 de maio – Spa- Francorchamps

2019 – 15-16 de Junho – 24 Horas de Le Mans

Oreca e seus planos para a classe LMP1

(Foto: Oreca)

A expectativa sobre o futuro da classe LMP1 para a temporada 2018/19 do Mundial de Endurance é grande. Mesmo com o diálogo entre Toyota e Fernando Alonso para uma eventual participação, não garante necessariamente que o time japonês, vai alinhar seus protótipos para o próximo ano. Em contrapartida, vários fabricantes estão desenvolvendo soluções, buscando equipes de clientes. Entre elas está a Oreca.

Com a unificação das classes híbridas e não-híbridas, as chances de uma equipe privada vencer no geral, são grandes. Pensando nisso a Oreca avalia a construção de um LMP1.

“Claramente, como um construtor de carro de corrida, nós gostaríamos de fazê-lo. Mas temos que assinalar algumas caixas antes que possamos realmente cometer,” comentou David Floury, diretor do fabricante para o site Sportscar365.

“A questão principal é o prazo. Se você está falando de 2018, o momento é muito desafiador já.”

“Temos muitos pedidos de clientes potenciais. Obviamente também estamos envolvidos com a Toyota, por isso temos de ver com atenção a forma como abordamos isso.

“Mas isso também depende do que vai acontecer em geral no próximo ano. No momento há muita incerteza. Um dos principais pontos é que não temos regulamentos técnicos.”

Atualmente apenas a Ginetta oferece protótipos para disputar a classe LMP1. O dirigente acredita que um “Oreca 9” não seria uma versão do atual 07, mas que poderia partilhar algumas peça a fim de evitar custos.

“Com certeza não temos tempo para fazer um carro completamente novo”, disse ele. “Por outro lado, já temos uma linha de base e não precisam redesenhar tudo. É uma questão de construir um carro novo com alguns dos componentes dos projetos existentes, juntamente com alguns novos componentes.”

A Oreca está em conversação com diversos fabricantes de motores, e que por enquanto o protótipo seria desenvolvido em cima de apenas um propulsor, por conta dos prazos apertados para início do campeonato. Uma definição sobre o projeto será conhecida até o final deste mês.

“Vai ser difícil ter clientes confirmados [na hora de se comprometer com o projeto], mas com certeza para ir em frente, precisamos ter um bom entendimento do que o mercado poderia ser”, disse Floury.

“Eu acho que podemos esperar até que tenhamos pedidos confirmados, caso contrário, não teria tempo para fazer um projeto adequado.”

“A ideia não é apenas fazer um carro para preencher o grid. Se fizermos isso, vamos tentar fazê-lo de forma adequada.”

A ACO e FIA garantem que os regulamentos para os não-híbridos, não serão alterados em 2018. A principal questão é a equalização entre os dois tipos de sistema. “Não podemos investir, se não temos mais visibilidade sobre onde será o futuro”, disse Floury.

“Há também um ponto de interrogação sobre quanto tempo este carro seria elegível. única 2018/19 ou além? Dependendo de quem você conversa, você tem respostas diferentes.”

* Com informações do site sportscar365.com

 

“Não tínhamos o mesmo ritmo do Alpine do Negrão”, comenta Bruno Senna após terceiro lugar em Austin

(Foto: Divulgação)

Bruno Senna reduziu um pouco mais a diferença para os líderes, conservou a segunda colocação ao lado do parceiro Julien Canal e manteve vivas as chances de título na classe LMP2 depois de conquistar sábado em Austin o 3º lugar nas 6 Horas do Circuito das Américas, sexta etapa do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Foi um dia histórico para o automobilismo brasileiro, que viu ainda seus representantes ocuparem todos os degraus do pódio da categoria, já que André Negrão integrou o time vencedor ao lado de Nicolas Lapierre e Gustavo Menezes, enquanto Nelsinho Piquet terminou em 2º no trio completado por Mathias Beche e Daniel Heinemeier Hensson.

Restando três corridas, a próxima marcada para 15 de outubro em Fuji (Japão), Bruno e Canal roubaram mais três pontos da vantagem de Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Tomas Laurent, quarto colocados no Texas e que agora comandam a classificação com 130 pontos contra 110 dos dois pilotos do Oreca-Gibson número 31 da Rebellion Racing – Nicolas Prost, o terceiro, não correu em Nurburgring e ocupa o 5º lugar com 92. Com 81 pontos ainda em jogo, a disputa está distante de uma definição.

Bruno, no entanto, disse que as chances de repetirem a vitória de duas semanas atrás no México pareceram viáveis. “Não tínhamos o mesmo ritmo do Alpine do Negrão, mas estávamos compensando na estratégia. Infelizmente, nossa prova foi complicada numa entrada do safety car e depois por um problema durante o pit stop do Canal. Perdemos cerca de um minuto que acabou fazendo toda a diferença”, explicou, depois de descer do quinto pódio da temporada de estreia da Rebellion na LMP2.

André Negrão, paulista de Campinas, conquistou a primeira vitória no Mundial de Endurance. Ele cumpriu o turno inicial com o Alpine A470-Gibson da Signatech Matmut e viu da mureta dos boxes o companheiro Gustavo Menezes receber a bandeirada depois de 177 voltas, uma a mais que os três carros seguintes. A corrida voltou a mostrar a conhecida competitividade da LMP2, a mais equilibrada das quatro do Mundial de Endurance, com a alternância de líderes e a segunda colocação sendo decidida em favor do segundo time da Rebellion Racing pela escassa margem de três segundos.