Oreca e seus planos para a classe LMP1

(Foto: Oreca)

A expectativa sobre o futuro da classe LMP1 para a temporada 2018/19 do Mundial de Endurance é grande. Mesmo com o diálogo entre Toyota e Fernando Alonso para uma eventual participação, não garante necessariamente que o time japonês, vai alinhar seus protótipos para o próximo ano. Em contrapartida, vários fabricantes estão desenvolvendo soluções, buscando equipes de clientes. Entre elas está a Oreca.

Com a unificação das classes híbridas e não-híbridas, as chances de uma equipe privada vencer no geral, são grandes. Pensando nisso a Oreca avalia a construção de um LMP1.

“Claramente, como um construtor de carro de corrida, nós gostaríamos de fazê-lo. Mas temos que assinalar algumas caixas antes que possamos realmente cometer,” comentou David Floury, diretor do fabricante para o site Sportscar365.

“A questão principal é o prazo. Se você está falando de 2018, o momento é muito desafiador já.”

“Temos muitos pedidos de clientes potenciais. Obviamente também estamos envolvidos com a Toyota, por isso temos de ver com atenção a forma como abordamos isso.

“Mas isso também depende do que vai acontecer em geral no próximo ano. No momento há muita incerteza. Um dos principais pontos é que não temos regulamentos técnicos.”

Atualmente apenas a Ginetta oferece protótipos para disputar a classe LMP1. O dirigente acredita que um “Oreca 9” não seria uma versão do atual 07, mas que poderia partilhar algumas peça a fim de evitar custos.

“Com certeza não temos tempo para fazer um carro completamente novo”, disse ele. “Por outro lado, já temos uma linha de base e não precisam redesenhar tudo. É uma questão de construir um carro novo com alguns dos componentes dos projetos existentes, juntamente com alguns novos componentes.”

A Oreca está em conversação com diversos fabricantes de motores, e que por enquanto o protótipo seria desenvolvido em cima de apenas um propulsor, por conta dos prazos apertados para início do campeonato. Uma definição sobre o projeto será conhecida até o final deste mês.

“Vai ser difícil ter clientes confirmados [na hora de se comprometer com o projeto], mas com certeza para ir em frente, precisamos ter um bom entendimento do que o mercado poderia ser”, disse Floury.

“Eu acho que podemos esperar até que tenhamos pedidos confirmados, caso contrário, não teria tempo para fazer um projeto adequado.”

“A ideia não é apenas fazer um carro para preencher o grid. Se fizermos isso, vamos tentar fazê-lo de forma adequada.”

A ACO e FIA garantem que os regulamentos para os não-híbridos, não serão alterados em 2018. A principal questão é a equalização entre os dois tipos de sistema. “Não podemos investir, se não temos mais visibilidade sobre onde será o futuro”, disse Floury.

“Há também um ponto de interrogação sobre quanto tempo este carro seria elegível. única 2018/19 ou além? Dependendo de quem você conversa, você tem respostas diferentes.”

* Com informações do site sportscar365.com

 

“Não tínhamos o mesmo ritmo do Alpine do Negrão”, comenta Bruno Senna após terceiro lugar em Austin

(Foto: Divulgação)

Bruno Senna reduziu um pouco mais a diferença para os líderes, conservou a segunda colocação ao lado do parceiro Julien Canal e manteve vivas as chances de título na classe LMP2 depois de conquistar sábado em Austin o 3º lugar nas 6 Horas do Circuito das Américas, sexta etapa do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Foi um dia histórico para o automobilismo brasileiro, que viu ainda seus representantes ocuparem todos os degraus do pódio da categoria, já que André Negrão integrou o time vencedor ao lado de Nicolas Lapierre e Gustavo Menezes, enquanto Nelsinho Piquet terminou em 2º no trio completado por Mathias Beche e Daniel Heinemeier Hensson.

Restando três corridas, a próxima marcada para 15 de outubro em Fuji (Japão), Bruno e Canal roubaram mais três pontos da vantagem de Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Tomas Laurent, quarto colocados no Texas e que agora comandam a classificação com 130 pontos contra 110 dos dois pilotos do Oreca-Gibson número 31 da Rebellion Racing – Nicolas Prost, o terceiro, não correu em Nurburgring e ocupa o 5º lugar com 92. Com 81 pontos ainda em jogo, a disputa está distante de uma definição.

Bruno, no entanto, disse que as chances de repetirem a vitória de duas semanas atrás no México pareceram viáveis. “Não tínhamos o mesmo ritmo do Alpine do Negrão, mas estávamos compensando na estratégia. Infelizmente, nossa prova foi complicada numa entrada do safety car e depois por um problema durante o pit stop do Canal. Perdemos cerca de um minuto que acabou fazendo toda a diferença”, explicou, depois de descer do quinto pódio da temporada de estreia da Rebellion na LMP2.

André Negrão, paulista de Campinas, conquistou a primeira vitória no Mundial de Endurance. Ele cumpriu o turno inicial com o Alpine A470-Gibson da Signatech Matmut e viu da mureta dos boxes o companheiro Gustavo Menezes receber a bandeirada depois de 177 voltas, uma a mais que os três carros seguintes. A corrida voltou a mostrar a conhecida competitividade da LMP2, a mais equilibrada das quatro do Mundial de Endurance, com a alternância de líderes e a segunda colocação sendo decidida em favor do segundo time da Rebellion Racing pela escassa margem de três segundos.

Porsche vence em Austin pelo Mundial de Endurance

Porsche #2 venceu após troca de posições. (Foto: FIAWEC)

A Porsche conquistou na tarde deste sábado, 16, sua quarta vitória consecutiva no Mundial de Endurance, em Austin nos EUA. Earl Bamber, Brendon Hartley e Timo Bernhard ampliaram a liderança na classe LMP1. A vitória foi em cima do Porsche #1 que cruzou a linha de chegada, com uma diferença de 0,276 segundos para o carro vencedor.

Resultado final Austin

O quarto triunfo do Porsche #2 veio após uma troca de posições quando o #1, pilotado por Nick Tandy liderava. A troca foi realizada faltando poucos minutos para o fim da prova. Naquele momento a vantagem do #1 era de quase 10 segundos. Esta foi a terceira troca de posições entre os dois carros no ano. A prova foi marcada pelo bom desempenho da equipe Toyota. Ainda na primeira parte da prova, Kazuki Nakajima com o TS050 #8 liderou, adotando uma estratégia de não trocar os pneus no primeiro pit-stop. Com altas temperaturas, a Toyota se mostrou um adversário forte, terminando com uma diferença de 21 segundos para o Porsche vencedor.

Hisatake Murata, presidente da equipe Toyota: “A equipe trabalhou muito para se recuperar de uma qualificação decepcionante e eu estou contente que nós desafiamos a Porsche e demos aos fãs uma corrida emocionante. Todo mundo podia ver o nosso espírito de luta hoje, então muito obrigado para a equipe para o seu grande esforço; tivemos uma boa estratégia, pit stops rápidos e corrida difícil. Parabéns à Porsche em sua vitória. Apesar de estarmos desapontados por não ganhar, o desempenho de hoje nos dá muito incentivo para a nossa corrida em casa; iremos para Fuji Speedway apontando para o meio do pódio”.

Alpine vence a primeira no ano na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

Na classe LMP2 a equipe Alpine conquistou a primeira vitória no ano. Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e André Negrão superaram os dois Oreca da equipe Rebellion que terminaram em segundo e terceiro. Em quarto o também Oreca #38 da equipe Jackie Chang DC Racing, que lidera o campeonato com Oliver Jarvis, Ho-Ping Tung e Thomas Laurent.

Com uma atuação marcada pela velocidade e regularidade, Nelsinho Piquet obteve seu melhor resultado na temporada 2017. Aliás, por pouco o segundo lugar não se transformou em vitória, depois que os líderes da prova tiveram um problema na luz traseira do protótipo #36 a poucos minutos do fim, e foi necessário um pit stop extra. No fim, Piquet terminou a 20 segundos da liderança.

Nelsinho dividiu a pilotagem do protótipo #13 da Rebellion Racing com o suíço Mathias Beche e o dinamarquês Daniel Heinemeier-Hansson. Depois do segundo lugar do trio no grid de largada da categoria, Piquet Jr. foi o responsável pelo segundo stint da tripulação.

Ferrari vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

No seu primeiro turno, Piquet Jr. se manteve em segundo lugar, sempre próximo ao líder, e entregou o carro a Heinemeier-Hansson. No entanto, o dinamarquês foi fechado por um adversário, rodou e ficou parado no sentido contrário, perdendo valiosos segundos.

“Finalmente conseguimos fazer uma corrida com um grande resultado! Tivemos uma grande sorte com uma entrada do safety car, até que enfim a sorte virou para o nosso lado. O carro estava bom e deu tudo certo, e equipe mereceu o resultado, trabalhou muito bem. Agora faltam três corridas para o fim da temporada e terminar essas provas no pódio seria bom para o fim do campeonato”, comentou Nelsinho Piquet.

Numa corrida marcada pelo sol forte e um calor de 35 graus, o protótipo #13 chegou a figurar na sétima colocação. Mas, depois de um safety car, Mathias Beche começou a recuperação do trio e subiu para quarto. Nelsinho pegou novamente o carro e o entregou a Heinemeier-Hansson, que caiu para quarto.

Beche reassumiu o carro no começo da penúltima hora e, com um bom ritmo, reconduziu o trio ao segundo lugar. Piquet Jr. voltou à pista no fim e manteve uma diferença tranquila para o outro protótipo da Rebellion Racing, que vinha em terceiro.

Aston Martin vence na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

A Ferrari voltou a vencer na classe GTE-PRO. Alessandro Pier Guidi e James Calado foram os primeiros a repetir o primeiro lugar na atual temporada com a Ferrari #51 da equipe AF Corse. Mesmo com o primeiro lugar a dupla enfrentou um adversário forte, o Porsche #92 de Michael Christensen e Kevin Estre. O Aston Martin #95 dos pilotos Nicki Thiim e Marco Sorensen, chegaram a liderar a prova, terminando na quarta posição. Em terceiro a Ferrari #71.

Na classe GTE-AM o Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana Pedro Lamy e Mathias Lauda venceram a segunda do ano. O trio enfrentou problemas com o difusor traseiro no início da prova. Mesmo com os reparos o trio conseguiu superar o tempo perdido vencendo, com uma vantagem de 50 segundos para a Ferrari #61 da equipe Clearwater Racing. Em terceiro a Ferrari #54 da Spirit of Race.

Dos 26 carros inscritos, apenas o Porsche #86 da equipe Gulf que compete na classe GTE-AM e o Oreca #25 da Manor, não completaram a prova. A próxima etapa será realizada no dia 13 de outubro em Fuji.

 

 

 

 

Porsche faz dobradinha em Austin. Silverstone volta ao calendário do WEC

(Foto: Porsche AG)

A Porsche dominou a primeira fila para a etapa de Austin do Mundial de Endurance, que será realizada neste sábado, 16, no Circuito das Américas nos EUA. Com o tempo de 1:44.741 o Porsche #1 do trio formado por Neel Jani, André Lotterer e Nick Tandy, superou nos momentos finais o segundo carro da equipe. O tempo foi conquista por Jani. Com uma diferença de 1.659 segundos aparece o Toyota #8, seguido pelo #7. A classe LMP1 terá apenas quatro carros competindo.

Para Andreas Seidl, chefe da equipe Porsche, o calor será um desafio extra durante a prova. “Considerando o calor, este desempenho é especialmente notável. Tendo ambos os nossos Porsche 919 largando na primeira fila, nos dá a melhor chance para a corrida. No entanto, esperamos que as mesmas altas temperaturas amanhã e, portanto, a corrida de seis horas vai se sentir extremamente longa. Mas com tudo o que aprendemos durante os treinos livres nos últimos dias, nos sentimos bem preparados.”

Treino classificatório Austin

Pelos lados da Toyota o desapontamento é grande. Mike Conway afirma que seu tempo poderia ser melhor, caso um LMP2 não tivesse lhe atrapalhado: “Estou muito irritado porque eu perdi  tempo devido a um LMP2. Ele saiu das boxes, assim como eu estava começando minha volta. Ele estava apenas pilotando por aí sem olhar o que está ao seu redor, embora eu estivesse farol alto.”

Na classe LMP2, a pole ficou com o Oreca #36 da equipe Signatech Alpine. Nicolas Lapierre, Gustavo Menezes e André Negrão vão partilhar a primeira fila com o Oreca #13 da equipe Rebellion Racing, que terá Nelsinho Piquet entre os pilotos. Bruno Senna larga em quarto na classe com Oreca #31 da Rebellion.

Bruno cravou o tempo de 1min53s081, diferença pouco inferior a dois décimos sobre Daniel Heinemeier Hensson, do outro carro da Rebellion e segundo mais rápido do qualifying. Mas no average o tempo subiu para 1min54s394 e o Oreca-Gibson de Senna e Julien Canal, que também contam com a companhia de Nicolas Prost, foi superado por Hensson, Nelsinho Piquet e Mathias Beche e pelos líderes do campeonato – Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Thomas Laurent, que dividiram a segunda fila com Bruno e seus parceiros.

A prova deste sábado é importante no esforço de Bruno se aproximar ainda mais da ponta da tabela, meta que parece mais ao alcance depois da vitória há duas semanas nas 6 Horas do México e que reduziu a desvantagem em relação aos líderes de 46 para 23 pontos – a vitória e a volta mais rápida rendem 26. Bruno saiu do Autódromo Irmãos Rodrigues suspeitando que a Rebellion pode ter encontrado o acerto ideal do carro, mas prefere esperar mais um pouco antes de aceitar que o trabalho de desenvolvimento está mesmo rendendo frutos. “Uma corrida não é suficiente. Temos de esperar mais um pouco para termos essa certeza.”

O que pode servir de consolo a Bruno é que o roteiro da prova na capital mexicana obedeceu a um roteiro semelhante nos treinos classificatórios. Também lá, Bruno foi o mais veloz da categoria, mas caiu para terceiro depois da entrada do segundo piloto da Rebellion. Na corrida, no entanto, tomou a ponta logo na primeira volta, abriu grande vantagem dos perseguidores e foi determinante para a primeira vitória da Rebellion Racing em sua temporada de estreia na LMP2 e a sua segunda no México.

 Na classes GT, AF-Corse #71 lidera na PRO, enquanto o Aston Martin #98 larga em primeiro na classe AM.

 Calendário do WEC sofre alterações para 2018/2019

 A direção do Mundial de Endurance atualizou o calendário como o novo formato do campeonato para os próximos anos. A principal alteração da primeira versão é o retorno de Silverstone, que passa a ser a quarta etapa do campeonato.

 Tradicionalmente os testes oficiais voltam a ser realizados no circuito de Paul Ricard entre os dias 6 e 7 de abril de 2018, que se estende com SPA, Le Mans, Silverstone, Fuji e Xangai. A luta pelo título continua em 2019 com etapas em Sebring, SPA e Le Mans fechando o campeonato. O calendário precisa ser oficializado perante o conselho mundial da FIA.

 Tanto Silverstone, quanto Sebring serão realizadas no mesmo final de semana do ELMS e IMSA respectivamente. A prova americana vai ter sua larga no período noturno, amanhecendo no domingo.

Bruno Senna lidera na classe LMP2 em Austin pelo WEC

(Foto: MF2)

Fundamental na primeira vitória da Rebellion Racing na temporada 2017 do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC, conquistada há duas semanas no México, Bruno Senna confirmou a ótima fase ao estabelecer a melhor volta da divisão LMP2 dos treinos livres que abriram nesta sexta-feira a programação das 6 Horas do Circuito das Américas, em Austin (EUA). Bruno, que divide o cockpit do Oreca-Gibson com os franceses Nicolas Prost e Julien Canal, estabeleceu o tempo de 1min54s601 e superou em pouco menos de dois décimos a marca do segundo carro da equipe, compartilhado por Nelsinho Piquet, Mathias Beche e David Heinemeier Hansson. O trio Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Tomas Laurent ficou apenas em 8º.

FP1 Austin

FP2 Austin

Bruno elogiou a evolução do carro depois da primeira das duas sessões de 90 minutos. “O acerto não estava nada bom. Mexemos bastante para a segunda e melhoramos bastante. Como a sessão classificatória será realizada no mesmo horário deste segundo treino, trabalhamos com essa visão. Não sabemos qual era o programa das demais, mas também estamos contentes com o ritmo de corrida. Se tudo der certo, acho que temos chances de mais um bom resultado na corrida do sábado.”

Apesar da satisfação com os resultados iniciais, Bruno manteve uma postura cautelosa em relação à briga pela pole. “Acho que temos possibilidades boas de largar nas primeiras filas”, desconversou. Apesar da posição discreta do carro da Jackie Chan Racing, vencedor de três das cinco etapas, Bruno disse que ele não pode ser retirado da equação do qualifying. “Os pilotos são muito bons e o carro já mostrou que é rápido. Eles estão no jogo”, garantiu.

Com o calendário avançando rumo às últimas etapas do ano, uma nova vitória na pista texana seria importante para Bruno e seus parceiros reduzirem ainda mais a atual vantagem de Tung, Jarvis e Laurent, que era de 46 pontos e caiu para a metade depois das 6 Horas do México. Depois da etapa norte-americana, o Mundial de Endurance ainda terá provas no Japão, China e Bahrein.

Nelsinho Piquet busca primeiro pódio em Austin pelo Mundial de Endurance

(Foto: José Mário Dias)

Depois da quinta posição na última etapa do Mundial de Endurance na categoria LMP2, Nelsinho Piquet volta a acelerar o protótipo #13 da Rebellion Racing neste próximo fim de semana nas 6 Horas de Austin, nos Estados Unidos.

Se no México Piquet Jr. alcançou o top5, a expectativa para o Circuito das Américas é brigar pelo primeiro pódio na temporada-2017, na prova que marca o início da segunda metade do campeonato – depois de Austin, restarão três etapas.

O brasileiro jamais pilotou no seletivo traçado de 5.513 metros, que tem 20 curvas e uma incrível variedade de curvas e mudanças de relevo. No entanto, Austin reserva boas memórias para Nelsinho, que conquistou no Texas uma inédita medalha para o Brasil no X-Games no Rally Cross, em 2014.

Para alcançar o melhor resultado no campeonato, Nelsinho espera que não haja contratempos como na Cidade do México, onde um problema após a classificação fez a tripulação do protótipo #13 ser punida e largar do fim do grid, o que influenciou diretamente no resultado.

“Adoro estar nos Estados Unidos! Não conheço a pista de Austin, então será mais um traçado para aprender, mas espero que as coisas funcionem um pouco melhor aqui. Vamos tentar apresentar um melhor desempenho em relação ao México, precisamos muito do nosso primeiro pódio esse ano”. Comentou o piloto. 

Os dois primeiros treinos livres para as 6 Horas de Austin serão disputados nesta quinta-feira, com a terceira sessão livre e a classificação programadas para sexta-feira e a corrida com largada às 14h (de Brasília) de sábado, com transmissão ao vivo do site oficial da categoria (www.fiawec.com)

Interlagos pode voltar ao calendário do WEC

(Foto: WEC)

Quando divulgou o calendário para o Mundial de Endurance 2018/2019, durante o final de semana das 6 horas do México, o CEO do WEC, Gerard Neveu deixou claro que a prova que será realizada em fevereiro ainda está em aberto.

Para o dirigente as opções estão abertas. “Será um calendário com muitas corridas”, disse ele, quando solicitado a explicar a nova “Super Season”. Serão duas na ásia, duas na Europa e duas na  América ou na América do Sul. Com duas corridas no continente americano (norte e sul), as opções são grandes, assim como na região do Golfo, Ásia como Barhein e Sepang.

Assim as chances de uma retorno de Interlagos ao calendário são grandes, porém não confirmados. Também estão na disputa um retorno da prova mexicana. Em entrevista ao site DailySportscar, o promotor da etapa do México afirmou que as negociações para a continuidade da prova estão acontecendo.

Calendário surpreendeu. (Foto: Divulgação)

“O acordo é de três anos para executar esta corrida (o próximo ano é o final no contrato atual)”, disse ele. “Mas, todos os anos, podemos revisar o contrato. Ainda tenho algumas reuniões com o WEC e patrocinadores para entender o que vai acontecer no próximo ano. Vamos ter notícias hoje sobre o que está acontecendo. Mas ainda estou esperando para saber mais.

“Com certeza, queremos que isso continue, mas há muitas coisas que devem se juntar para que isso aconteça”.

Como sempre um dos empecilhos para a realização da prova no Brasil é a logística. O tempo para o envio dos carros de São Paulo para a Flórida é de aproximadamente três semanas, o que daria uma janela de duas semanas entre um evento o outro.

A princípio a corrida estava originalmente marcada para janeiro. Por determinação das equipes a prova foi transferida, sinal de que Daytona não faria parte do futuro calendário.

* Com informações do site DailySportscar.com

DPi no Mundial de Endurance. ACO analisa possível participação

A atual geração de DPi, não teriam condições de vencer no geral em Le Mans. (Foto: IMSA)

A ACO busca alternativas para tapar o buraco e atrair novos fabricantes para a classe LMP1 do Mundial de Endurance. Alternativas existem, a mais viável é a adoção dos protótipos DPi no WEC.

Após a saída da Porsche, e um eminente cancelamento do programa da Toyota, a entidade francesa parece ter ouvido fabricantes, equipes e imprensa internacional e resolveu “analisar” a adoção dos modelos americanos em Le Mans.

Com as regras da classe fechada de 2018 até 2020, se algo acontecer, será depois deste ciclo. As discussões para o novo período de regras terá o início das conversações ainda neste ano.

Para o presidente da ACO Pierre Fillon, a entidade está aberta à possibilidade de unificação dos regulamentos DPi e LMP1. “Nós temos que abrir a discussão”, disse Fillon ao site Sportscar365 na Cidade do México. “Qual é o futuro da LMP1 e qual é o futuro da DPi? Lembre-se que eu estava muito entusiasmado com um protótipo comum entre ACO e IMSA e para mim não é um sonho. Acho que podemos trabalhar nisso.”

As regras da atual geração de protótipos DPi se encerram em 2020, o que seria um aditivo nos planos das duas entidades para uma possível unificação. O maior entrave é o uso de tecnologia híbrida, já que nenhuma equipe que disputa a IMSA adota tal aparato.

Gerard Neveu, CEO do WEC, também analisa a adoção dos DPi em seu campeonato, mas mostra cautela. “Espero que possamos ir nessa direção”, disse Neveu Sportscar365. “Se essa parceria funciona muito bem entre IMSA e ACO, acabamos olhando para o longo prazo, em 2020, por que não podemos imaginar ter um conjunto de regulamentos ou algo assim entre estes carros. Pode ser uma maneira interessante. O DPI poderia estar na classe LMP1.”

“Eu não sei como eles iriam trabalhar, mas vamos ficar totalmente abertos para discutir.”

“Nosso interesse é ver um forte campeonato nos Estados Unidos. Temos de encontrar a melhor maneira de executar juntos e fazer um desenvolvimento claro.”

A McLaren já deixou claro que deseja uma plataforma unificada onde possa competir tanto em Le Mans, Daytona e Sebring. Zak Brown, diretor da McLaren Technology, tem um sério interesse em competir com protótipos, desde que seja algo único. “Se pudéssemos chegar a uma fórmula que funcione para todos, eu acho que seria ótimo para o mundo das corridas de carros”, disse.

Neveu e Fillon jogam panos quentes sobre a participação da atual geração de DPi antes de 2020. “DPI é um modelo muito interessante”, disse Neveu. “Hoje ele está na América do Norte para o Campeonato Weathertech.”

“Este carro está lutando com os LMP2. Não temos espaço no WEC para acolher uma categoria adicional.”

“Se a questão é, não temos LMP1 para que possamos talvez imaginar os DPi. Mas isso não é o caso. Temos a Toyota, ainda temos a Peugeot trabalhando seriamente para chegar. Há outros fabricantes que estão interessados.”

“Temos pelo menos 4-5 LMP1 chegando próximo ano com equipes provas. Esta categoria claramente existe.”

Fillon observou que o nível atual interesse dpi para Le Mans pode não ser tão alta como inicialmente suspeitou. Atualmente um DPi pensa 100 kg a mais do que os LMP1 não híbridos, com 100 cavalos de potência a menos. Com as atuais configurações um DPi não teria condições de lutar por uma vitória no geral. “O desempenho do DPI é muito semelhante ao P2”, disse Fillon. “Você acha que se DPi gostaria de ir para Le Mans sem lutar pela vitória no geral? Esta é uma pergunta muito boa.”

* Com informações do site sportscar365.com

“Foi uma surpresa”, comemora Bruno Senna após vitória no México

(Foto: Divulgação MF2)

Bruno Senna comandou neste domingo a vitória da Rebellion Racing na classe LMP2 das 6 Horas do México, quinta etapa do Campeonato Mundial de Endurance. Com uma atuação quase perfeita desde o turno inicial, quando precisou de apenas uma volta para levar o carro da terceira posição do grid para a liderança da prova, o piloto brasileiro fez toda a diferença na conquista do primeiro triunfo da equipe suíça, depois de três segundos lugares nas quatro corridas anteriores. Além de reeditar a façanha do ano passado, quando integrou o time ganhador da Extreme Speed Motorsport, Bruno foi fundamental para reduzir pela metade os 46 pontos que a trinca Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Thomas Laurent abrira na liderança do campeonato antes de chegar à capital mexicana.

Bruno foi avassalador desde a largada. “O carro estava muito bom já nos treinos e adotamos uma estratégia de começar a prova como se toda volta fosse de classificação. Esperava abrir uma vantagem em torno de 10 a 12 segundos, mas o que consegui, mais de 30 segundos, foi uma surpresa acima de qualquer expectativa. Foi essa folga que nos permitiu chegar ao final com alguma margem, mas mesmo assim a última parte não foi fácil”, explicou o companheiro dos franceses Nicolas Prost e Julien Canal, que foram seguidos na bandeirada quadriculada pelo Alpine A470-Gibson do brasileiro André Negrão, do francês Nicolas Lapierre e do norte-americano Gustavo Menezes.

Rebellion conquista primeira vitória na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

A vitória, no entanto, não veio sem um componente dramático quando restava pouco mais de uma hora para o encerramento. Bruno corria em segundo, depois de perder a ponta brevemente ao voltar à pista para a pilotagem final, e rodou sozinho ao tentar manter a perseguição ao inglês Ben Hanley. “Tivemos dois períodos de bandeira amarela muito próximos e não estava conseguindo atingir a temperatura ideal dos pneus na relargada. Passei em cima de uma zebra e o carro deu a escapada. Senti um calafrio, achando que a prova poderia estar comprometida, mas felizmente deu tudo certo”, afirmou Bruno, que tornou a comandar a corrida quando Henley entrou nos boxes para o último reabastecimento.

Bruno acredita que o campeonato está completamente em aberto depois das 6 Horas do México, onde os líderes perderam sete voltas para reparar uma pane na embreagem e terminaram apenas em 9º. “Voltamos ao jogo. Agora, temos de continuar nesse caminho e fazer tudo direitinho”, afirmou. Sobre o ótimo rendimento do Oreca-Gibson, disse que a Rebellion Racing parece ter encontrado o caminho para brigar pelo título nas quatro etapas restantes. “Achamos um segredinho”, revelou, sem entrar em detalhes. Ele e Canal somam agora 95 pontos, contra 118 de Tung, Jarvis e Laurent. Prost não tem o mesmo número de pontos dos parceiros porque não disputou as 6 Horas de Nurburgring.

Porsche vence as 6 Horas do México

Porsche não encontrou dificuldades em superar a Porsche. (Foto: FIAWEC)

A Porsche venceu sem dificuldades a edição 2017 das 6 Horas do México, disputada na tarde deste domingo, 03, no circuito Hermanos Rodriguez. Timo Bernhard, Brendon Hartley e Earl Bamber levaram o #2 ao primeiro lugar.

Em segundo com uma diferença de 7,141 segundos o Porsche #1 que teve Neel Jani como piloto que fechou a corrida. O trio do #2 alcançou a primeira posição da prova ainda na primeira volta. Nick Tandy enfrentou uma penalidade com o #1 ainda na segunda hora, por conta do excesso de velocidade nos pits.

Mesmo enfrentando um pequeno problema em um dos sensores de fluxo de combustível, a troca foi realizada durante uma das paradas nos boxes, enquanto o 919 era pilotado por Earl Bamber. A vitória do #2 ampliou ainda mais a vantagem para Sébastien Buemi, Anthony Davidson e Kazuki Nakajima na luta pelo título da temporada. O trio da Toyota chegou na terceira posição. Na quarta posição o #7 da Toyota que fez uma prova apagada com seus dois carros.

Resultado final 6 Horas do México

Para o presidente da equipe Hisatake Murata, foi uma prova complicada: “Foi uma corrida muito decepcionante. Viemos aqui com o objetivo de ganhar e melhorar as nossas chances em ambos os Campeonatos do Mundo, mas não conseguimos desafiar a Porsche. Parabéns para eles pela vitória. A equipe, incluindo os pilotos, deram o seu máximo esta semana, mas nós não conseguimos o resultado, devemos agora se preparar para a próxima corrida. Nós não vamos desistir de nosso sonho de vencer o Campeonato Mundial por isso vamos dar o máximo para ser competitivo na próxima corrida. ”

Já na classe LMP2 a emoção foi do início ao fim. A vitória ficou com o Oreca #31 da equipe Rebellion Racing, de Bruno Senna Julien Canal e Nicolas Prost, que chegou com uma vantagem de 26,091 segundos para o #36 da equipe Alpine de Nico Lapierre, Gustavo Menezes e Alexandre Negrão. Esta foi a primeira vitória da equipe Rebellion desde que saiu da classe LMP1.  Na terceira posição o também Oreca #24 da equipe Manor dos pilotos Jean-Eric Vergne, Matt Rao e Ben Hanley.

Rebellion conquista primeira vitória na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

A principal batalha da classe foi entre Gustavo Menezes com o Alpine #36 de Romain Rusinov com o G-Drive #26. Tudo aconteceu na terceira hora de prova. Menezes chegou a sair da pista quatro vezes em uma única volta, até superar o piloto russo. A equipe DC Racing, que esteve entre os ponteiros na classe, enfrentou problemas com o #38 abandonou na segunda hora, por conta de danos na embreagem. Na luta pelo campeonato, Oliver Jarvis, Ho-Ping Tung e Thomas Laurent ficaram na última posição da classe, perdendo a liderança da classe para o Rebellion #31 vencedor.

Aston Martin vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Aston Martin venceu na classe GTE-PRO com o #95 pilotado por Nicki Thiim, e Marco Sorensen. A dupla teve trabalho em superar a Ferrari #71 de Sam Bird e Davide Rigon, que terminou na segunda colocação. Largando em segundo, Sorensen superou Bird ainda na primeira hora da prova. Com uma estratégia diferente da adotada pela Ferrari, Sorensen acabou antecipando suas paradas.

Com uma diferença de 9,159 segundos para Rigon, a dupla do Aston #95 venceu na classe. Na terceira posição o Porsche #91, o Ford #67 terminou na terceira posição. Completando os cinco primeiros, a Ferrari #51.

Porsche da equipe Proton vence a segunda na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

Na classe GRE-AM, a Dempsey Proton Racing conquistou a segunda vitória no ano. Christian Ried, Marvin Dienst e Matteo Cairoli, superaram o Aston Martin #98 que terminou em segundo. Cairoli superou Paul Dalla Lana, que não fez uma boa prova. Como resultado, não conseguiu seguir o Porsche vencedor. Em terceiro o Porsche #86 da Gulf Racing UK.