Aston Martin confirma construção de Hipercarro

(Foto: AMR)

A Aston Martin anunciou nesta quinta-feira, 20, que está desenvolvendo o projeto de um Hipercarro que deve ganhar as ruas em 2021. Batizado de “003” o modelo terá um motor híbrido e um a gasolina turboalimentado. Contará ainda com aerodinâmica ativa e suspensão ativa. Este é o terceiro projeto deste porte realizado pela montadora britânica, o AMR Valkyrie e Valkyrie AMR PRO são seus predecessores.

O projeto segundo o fabricante “possuirá dinâmicas líderes”, e que seu DNA está “profundamente enraizado em conceitos de tecnologia”. Limitado a 500 unidades, o modelo contará com espaço para bagagem e poderá ser usado normalmente no dia a dia.

“Sempre foi a intenção do Aston Martin Valkyrie ser um projeto único na vida”, disse Andy Palmer, diretor executivo da Aston Martin. “No entanto, também foi vital para nós que o Valkyrie criasse um legado: um descendente direto que também estabeleceria novos padrões dentro de sua própria área do mercado de Hipercarros, criando uma linhagem de máquinas de produção altamente especializadas e limitadas que podem existir em paralelo com Modelos de produção em série da Aston Martin.”

“Estou entusiasmado em anunciar que este carro é o Projeto ‘003’ e nosso próximo passo em uma arena dinâmica e exigente”.

O anúncio do novo modelo vai de encontro aos anseios da equipe de competição. A montadora já deixou claro que independente da entrada na nova classe rainha do Mundial de Endurance, o Vantage está confirmado na classe GTE-PRO. Se o projeto 003 é o prelúdio da marca na nova classe do WEC, só o tempo dirá.

 

Aston Martin descarta fim do programa GT no Mundial de Endurance e pensa na DTM

Programa na nova classe de supercarros do WEC e DTM. Aston Martin pensa grande. (Foto: Aston Martin Racing)

Os planos da Aston Martins para os próximos anos são promissores. A montadora inglesa descartou a hipótese de cancelar seu programa GT no Mundial de Endurance, bem como estuda a possibilidade de aderir ao conceito de “hipercarros” no WEC ou na DTM.

Para o presidente da Aston Martin, David King, a equipe planeja expandir sua área de atuação. “Sempre teremos carros GT”, disse em entrevista ao site motorsports.com. “O que quer que aconteça na classe LMP1, estamos comprometidos com as corridas de GT a longo prazo”, disse ele. “Estamos em corridas de GT desde nosso retorno em 2005 e não haverá mudanças. Há um longo caminho a percorrer quando avaliamos a opção LMP, mas se fizermos isso, nunca iremos sacrificar as corridas GT.”

A equipe participa dos grupos de estudos, que debatem o futuro da principal classe do WEC. Segundo o dirigente a atual versão do Vantage GTE que estreou este ano, terá uma vida útil na competição de pelo menos quatro anos. A versão GT3 do carro entregue para equipes de clientes no início de 2019.

Questionado sobre a entrada na DTM em parceira com a R-Motorsports, parceira da Aston Martin no Blancpain GT Series, David não quis revelar detalhes. “Estamos sempre buscando oportunidades em corridas, mas o núcleo de nossa estratégia é o automobilismo”.

A parceria com a Red Bull que para muitos estaria sendo direcionada para a F1, ainda está ligada ao projeto Valkyrie, carro híbrido desenvolvido por Adrian Newey. “Nossa associação com a Red Bull neste momento é com o projeto Valkyrie, teremos que esperar para ver se existe algum outro relacionamento”, disse ele.

A R-Motorsports já declarou a parceria com a Mercedes-Benz e a HWA para levar a Aston Martin ao DTM em 2020.

Aston Martin com programa de fábrica na IMSA

(Foto: Aston Martin Racing)

A britânica Aston Martin deve competir na classe GTLM da IMSA em 2019. As negociações vão além do campeonato de endurance. Com o apoio de uma equipe americana o construtor deve oferecer os novos modelos GT3 e GT4 para equipes de clientes, segundo o site Sportscar365.com.

O presidente da Aston Martin, David King, confirmou o interesse no programa de endurance. “Estamos conversando com alguns parceiros possíveis, sim”, disse King ao Sportscar365. “Eu não posso falar muito agora, pois não seria justo o processo que estamos passando. É gratificante ver o interesse de boas equipes na Aston Martin.”

De acordo com informações levantada pelo site, o desenvolvimento seria com a Wayne Taylor Racing, que compete com equipamentos Cadillac. David King nega. “O mais provável é uma parceria muito forte com uma equipe baseada nos EUA, onde fornecemos suporte técnico e para pilotos”, disse ele. “Mas ainda não há decisão ou equipe parceira escolhida.”

Atualmente Porsche, BMW, Ford, Corvette e BMW competem na classe GTLM. A Ford deve mudar seu foco, competindo com um protótipo DPi nos próximos anos. A Ferrari que tinha apenas um carro em parceria com a Rizi Competizione, desistiu após problemas financeiros.

Aston Martin mais rápidos em Silverstone pelo WEC

Joao Filipe / AdrenalMedia.com

Aston Martin e Ferrari estarão mais rápidas para a terceira etapa do Mundial de Endurance, que será disputada no circuito de Silverstone na Inglaterra. A FIA confirmou nesta segunda-feira, 13, ajustes necessários nas classes GTs.

A nova geração do modelo britânico terá um aumento da pressão do turbo, em todas a faixas de RPM. Esta alteração benificiará a Ferrari 488 GTE. O Aston também terá 5 litros a mais na capacidade do tanque de combustível.

O desempenho do novo Aston Martin Vantage não corresponderam aos anseios da equipe. Desde a abertura do Mundial em SPA, o carro chegou a ser mais lento que os participantes da classe GTE-AM.

Ao contrário das etapas anteriores a equipe terá um time reduzido para Silverstone. Nicki Thiim e Marco Sorensen vão dividir o #95,  Alex Lynn e Maxime Martin estão prontos para pilotar o carro #97. Até então Darren Turner era um dos poucos pilotos, a disputar todas as etapas do WEC desde 2012. Jonny Adam estará no Aston da equipe TF Sport.

A Porsche lidera nas classes PRO e AM. Michael Christensen e Kevin Estre estão 8 pontos a frente de Oliver Pla e Stefan Muecke da equipe Ford.

Sem adversários, Toyota vence as 24 Horas de Le Mans

Toyota vence sem dificuldades. (Foto: Toyota)

A música que ecoava no circuito de Le Sarthe, durante a volta de apresentação da edição 2018 das 24 Horas de Le Mans, daria o tom do que a Toyota enfrentaria nas 24 horas seguintes. O tema do filme “2001: Uma odisseia no espaço” do gênio Stanley Kubrick, que de forma lúdica era a música perfeita para a ocasião.

Presente no WEC desde o seu ressurgimento em 2012, a Toyota passou de azarada em 2016, para odiada por muitos torcedores. O motivo? Correu praticamente sozinha, com um regulamento extremamente favorável, tendo como adversária ela mesma.

Resultado final da prova

Desde a saída da Porsche no final de 2017, a pergunta quem sempre permeava as conversas sobre endurance era: Qual será o adversário real da Toyota? A ACO bem que tentou (muitos dizem que não), fez um esforço para atrair fabricantes para a moribunda classe LMP1, prometeu igualdade entre privados e oficiais, mas como ocorreu desde o surgimento dos motores a diesel em 2006, nenhuma equipe privada conseguiu a façanha de vencer um time de fábrica.

Rebellion Racing bem que tentou, mas não chegou perto dos Toyotas. (Foto: Divulgação)

Este ano não foi diferente. Equipes como Rebellion, SMP Racing, Manor e DragonSpeed, embarcaram na aventura de competir na classe LMP1. Todas oriundas de uma LMP2 extremamente competitiva, investiram, desenvolveram carros, esperando a tão sonhada equivalência que para os franceses é resumida em uma sigla, EoT não aconteceu. Para ajudar os times não poderiam ter tempos mais rápidos do que os da Toyota. Foi um jogo de cartas marcadas.

Para ajudar, um destemido Fernando Alonso chegou com a missão de levar o TS050 a vitória. Mesmo sem o espanhol a Toyota teria vencido com folga, muita folga. A participação de Alonso levou o WEC para as primeiras páginas de jornais e sites do mundo todo. Sem vencer nada a F1, e buscando a tríplice coroa do automobilismo, seu papel vai além de dividir o #7 com Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima. Hoje seu papel é de relações públicas da categoria assim como Mark Webber e Patrick Dempsey foram outrora. Para ajudar, Jenson Button teve a imagem massivamente utilizada nas redes sociais do WEC.

“Finalmente, nós ganhamos 24 Horas de Le Mans. Claro que isto é mais um passo para o próximo desafio para que eu gostaria de pedir seu apoio contínuo a partir de agora também muito obrigado. Quero agradecer nossos pilotos, finalmente, em nossa 20º participação completamos 388 voltas, e cerca de 5.300 km. Eu quero dizer isto a todos os fãs que nos apoiaram por um longo tempo, os nossos parceiros e fornecedores que lutaram junto com a gente, e todos os membros da equipe e as pessoas relacionadas à nossa equipe. Eu quero expressar o meu sincero apreço a todos, comemorou Akio Toyoda, presidente da Toyota Motor Corporation.

Toyota durante toda a prova, sozinha. (Foto: Toyota)

Kazuki Nakajima comemorou: “É ótimo estar aqui, finalmente; Faz muito tempo. Estou quase sem palavras. Eu tive grandes companheiros e Toyota nos deu um carro muito forte. Terminamos a corrida sem qualquer problema em ambos os carros assim que eu sinto que todos nós merecemos ganhar. Vencer esta corrida foi um grande sonho para todos TOYOTA desde 1985. Houve muitas pessoas envolvidas neste projeto, por isso estou orgulhoso de estar aqui para representar todo esse esforço.”

E deu certo. O envolvimento dos fãs, cobertura da mídia foram maiores este ano. Mas faltou um adversário para valer todo o investimento feito pela Toyota. Mesmo superando as adversidades de uma prova de 24 horas, tráfego e o erro humano que sempre pode dar as caras, a corrida – pelo menos na classe principal – não teve emoção. A torcida era por um erro dos #7 e #8, do que uma vitória. Mas não devemos tirar o mérito do trio vencedor.

Principal equipe privada na classe, a Rebellion Racing bem que tentou. André Lotterer conseguiu a proeza de bater na primeira curva de uma prova de 24 horas. O piloto, um dos mais experientes do grid, se precipitou, acreditando que poderia superar pelo menos um dos Toyotas antes da chicane Dunlop. Não conseguiu. O alemão dividiu o Rebellion #1 com Bruno Senna e Neel Jani. O trio acabou na quarta posição, à 12 voltas do carro vencedor.

O carro precisou ser levado aos boxes para reparos e deu início à enorme sucessão de problemas que foram minando as chances do trio. “Tivemos um monte de pepinos, especialmente com relação ao sensor do sistema de embreagem. Fomos perdendo tempo a cada parada e isso complicou nossa corrida”, explicou Bruno Senna.

Porsche domina classes GTE-PRO e AM. (Fotos: Porsche AG)

As possibilidades de subir ao pódio, depois de entregar o carro a Jani na terceira posição em seu último turno de pilotagem depois de travar um longo combate com Menezes. Mas a porta do carro não fechou depois do pit stop e Jani foi obrigado a praticamente parar o carro na pista para resolver o problema, permitindo a ultrapassagem. A partir daí, com a situação agravada nas horas finais com a punição de duas passagens pelos boxes, tudo ficou ainda mais difícil.

O consolo foi estabelecer a volta mais rápida depois das Toyota, que passearam por Le Mans graças a um regulamento que ainda não foi capaz de estabelecer o equilíbrio na principal divisão do WEC – a LMP1. O tempo de Bruno – 3m20s024 -, no entanto, foi três segundos pior que a volta mais veloz  das Toyota, o que comprova o ritmo superior e inalcançável dos carros da marca japonesa.

Em segundo lugar o TS050 #7 de Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria Lopez. O trio liderou boa parte da prova, e como era esperado, cedeu a posição para o carro #8. Faltando pouco mais de uma hora para o término da corrida, enfrentou problemas elétricos. A diferença confortável para o Rebellion #3 de Thomas Laurent, Mathias Beche e Gustavo Menezes, possibilitou retornar a pista ainda em segundo.

Dos 10 carros inscritos na classe, apenas 5 completaram a prova. O último foi o Ginetta #5 da equipe CEFC TRSM Racing. Os dois carros da SMP Racing que demonstraram um ritmo forte, ficam pelo caminho. Mesmo destino teve o Ginetta #6, o ByKolles #4, primeiro a quebrar e o BR Engineering da Dragon Speed, que foi acertado ainda na primeira curva por Lotterer.

A G-Drive Racing venceu com sobras na classe LMP2. Roman Rusinov, Andrea Pizzitola e Jean-Eric Vergne, terminaram a prova com uma diferença de duas voltas para o Alpine #36 de Nicolas Lapierre, André Negrão e Pierre Thiriet. Em terceiro o Oreca #39 da Graff-SO24 de Vincent Capillaire, Jonathan Hirschi Tristan Gommendy. Os quatro primeiros utilizaram protótipos Oreca. Em nenhum momento as equipes que utilizaram equipamentos Ligier e Dallara, tiveram reais condições de lutar pela vitória. O quarto lugar ficou com o Ligier #32 da United Autosports de Hugo de Sadeller, Will Owen e Juan Pablo Montoya que conseguiu bater o LMP. Felizmente foram danos de fácil reparo. Dos 20 inscritos na classe, 14 terminaram a prova.

Russos da G-Drive não encontram adversários na classe LMP2. (Foto: G-Drive)

A classe GTE-PRO poderia ser a principal do Mundial de Endurance. Com 5 fabricantes inscritos, a disputa foi intensa. Largando na pole, a Porsche não sofreu com os 10 quilos extras que ganhou após o treino classificatório, vencendo com o #92 de Michael Christensen Kevin Estre e Laurens Vanthoor. A decoração rosa do 911, em alusão ao Porsche 917 dos anos 70 foi um dos destaques da prova. A liderança veio na quarta hora de prova, quando Estre adiantou sua parada nos boxes, em seguida o carro de segurança entrou na pista. A partir deste ponto coube administrar.

Em segundo o Porsche #91 de Richard Lietz, Gianmaria Bruni e Fréderic Makowiecki, também com cores alusivas aos modelos de rally da marca nos anos 80. Curiosamente esta é a segunda vitória de uma nova geração do 911 em sua estreia em Sarthe. A primeira foi em 2013.  Visivelmente mais lento o #91 segurou o Ford #68 do trio formado por Joey Hand, Dirk Muller e Sébastien Bourdais. Os dois carros chegaram a correr lado a lado, quando Bourdais tentou surpreender Makowieck na primeira chicane da reta Mulsanne. Não obteve êxito. Em quarto o Ford #67 de Andy Priaulx, Harry, Tincknell e Tony Kanaan. Fechando os cinco primeiros, o Corvette #63 de Jan Magnussen, Antonio Garcia e Mike Rockenfeller. O outro Corvette abandonou faltando 4 horas para o término da prova com problemas na suspensão. A Ferrari #52 da AF Corse dos pilotos Toni Vilander, Antonio Giovanazzi e Pipo Derani, ficaram com o sexto lugar. o Ford #66 ficou na sétima posição.

Aston Martin e BMW estrearam carros novos em Sarthe. Enquanto os alemães conseguiram alguma coisa, os ingleses lutaram com os carros da classe AM. (Fotos: Divulgação)

O presidente da BMW Motorsports, Jens Marquardt, destacou os problemas e enalteceu o trabalho de toda a equipe: “Apesar de infelizmente não estar refletido em nosso resultado, o resumo da corrida do BMW M8 GTE em Le Mans é realmente positivo. Antes da corrida, não sabíamos realmente onde estávamos em termos de desempenho. Vimos agora que temos o ritmo necessário para competir na frente do grupo. Isso é exatamente o que pretendemos. Queríamos demonstrar o grande potencial do nosso carro e conseguimos isso. O fato de que os problemas técnicos e um acidente nos negaram um bom resultado é obviamente decepcionante para a equipe e os pilotos. No entanto, podemos definitivamente voltar a Munique com as nossas cabeças erguidas. Um destaque foi definitivamente o lançamento do novo BMW 8 Series Coupe em Le Mans. Essa foi uma forte evidência de quão importante é o automobilismo para a BMW.”

O Aston Martin Vantage “evo” não fez uma boa corrida. Em vários momentos os dois carros tiveram disputas diretas, com os primeiros colocados da classe GTE-AM. O #95 terminou na nona colocação, enquanto o #97 em 13º. A BMW com os novos M8 também começaram atrás do grid e foram galgando posições. O #81 que chegou a disputar a liderança, teve problemas com o amortecedor dianteiro direito. Já o #82 abandonou quando bateu nas curvas Porsche.

Dr. Wolfgang Porsche, presidente do Conselho da montadora comemora a dobradinha: “Um fim de semana absolutamente perfeita para Porsche. Você não pode desejar mais do que isso em nosso ano de aniversário. É impossível planejar tal coisa, mas quando isso acontece é uma sensação indescritível. Parabéns aos pilotos, as equipes e todos os funcionários que fizeram este sucesso possível. Isso me deixa muito orgulhoso.” 

A Porsche também venceu na classe AM. O 911 #77 de Matt Campbell, Christian Ried e Julien Adlauer da equipe Dempsey-Proton Racing não enfrentou adversários, após assumir a liderança na terceira hora de prova. Esta foi a primeira vitória do 911 desde 2010. A Ferrari #54 da Spirit of Racing ficou com a segunda posição. A também Ferrari da Keating Motorsports completou o pódio. O Aston Martin #98 que venceram em SPA e lideravam o campeonato, viram a vantagem ir por terra, após Paul Dalla Lana bater nas curvas Porsche, na sétima hora de prova.

Transmissão da corrida no Brasil

Os fãs tiveram que buscar meios alternativos, para acompanhar Le Mans, já que o Fox Sports, detentor dos direitos da corrida no Brasil, sequer transmitiram a largada. Vários streamings estiveram disponíveis, tanto no Youtube, quanto Facebook. O pessoal da página Race4funtv, que transmitem costumeiramente a provas da NASCAR, foram os responsáveis por salvar os torcedores, órfãos de uma cobertura de qualidade.

A equipe comandada por Rodrigo Munhoz soube conduzir a transmissão sem erros, dando voz para os participantes do chat, sanando dúvidas e esclarecendo questões sobre o automobilismo nacional, em especial o gaúcho e também o virtual. Já os portais de notícias especializados, trouxeram pouca variedade sobre a corrida e o WEC, algo comum em um ambiente onde o conhecimento parece ser restrito somente a Fórmula 1.

Este ano com a participação de Alonso na prova, o número de postagens teve um aumento, porém só falando de assuntos correlacionados a F1. Poucas postagens sobre o que é o BoP, EoT, novos regulamentos e participação de vários pilotos, não somente nossos representantes. Alguns jornalistas chegaram a comparar a vitória ou melhor o “feito” de Alonso (como se ele tivesse pilotado sozinho as 24 horas) a vitória de Nick Hulkenbeg em 2015 com a Porsche. Azarão na época o #19 não era o candidato à vitória, mas conseguiu sobreviver. Vale lembrar que naquele ano, Audi e Toyota estavam na classe LMP1, e não correndo praticamente sozinhos como os japoneses este ano.

Enaltecer Alonso, deixando seus companheiros de equipe em um papel secundário, mostra que a editoria de automobilismo precisa e muito se especializar e principalmente, fazer pesquisas, ler, sem ligar tudo a F1.

Após treino classificatório, Porsche e Ford correm mais pesados em Le Mans

Porsche que faz a pole nas classes PRO e AM, corre com 10kg a mais. (Foto: Porsche AG)

O bom desempenho da Porsche e Ford, no treino classificatório para as 24 Horas de Le Mans nesta quinta-feira, 14, teve um preço. Os dois fabricantes irão estar mais lentos, visto a última atualização do BoP, divulgada nesta sexta-feira, 15.

Pole na classe GTE-PRO, o Porsche 911 terá um aumento de 10kg. Já o Ford GT terá 8kg a mais. Corvette, BMW e Aston Martin tiveram redução: 5kg para o modelo americano e 5kg para o alemão e inglês.

Quem se beneficia com essas mudanças, é a Aston Martin e BMW que ficaram nas últimas posições da classe. A Ferrari 488 GTE EVO é o único carro que vai competir com o mesmo peso da qualificação. O modelo italiano ganhou 1kg de alocação de combustível.

A aumento de peso também foi empregada na classe GTE-AM. A Porsche que também marcou a pole na classe, verá seus carros 10kg mais pesados. A versão antiga do Aston Martin Vantage corre, com 10kg a menos. Ferrari 488 GTE não sofreu alterações.

Com ajuda do Toyota #7, Fernando Alonso estreia no Mundial de Endurance com vitória em SPA

Pilotos do Toyota #8 não encontraram dificuldades em vencer. (Foto: FIAWEC)

A prova inaugural da super-temporada do Mundial de Endurance começou, com um resultado mais do que esperado. O Toyota #8 pilotado por Fernando Alonso, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima, não teve problemas para vencer as 6 Horas de SPA.

Não que o trio não encontrou adversários competentes, mas a vitória do carro #8 era previsível. Alonso é a estrela do certame, e a Toyota tem a obrigação de vencer Le Mans e de quebra o campeonato. Se as regras, beneficiam e muito o único time oficial do WEC, nada mais justo que o piloto midiático chegar em primeiro.

Resultado final da prova

Rebellion foi a melhor equipe privada. (Foto: Divulgação)

Mas este primeiro, veio da forma um tanto quanto controversa. Se a punição do carro #7 foi justa por irregularidades, durante o treino classificatório, a pressão que Mike Conway exerceu sobre Alonso nas últimas voltas da corrida, deixou claro que o espanhol seria superado com uma facilidade absurda, ou na pior das hipóteses, lutado para se manter à frente. As voltas voadoras de Conway, pararam de uma forma abrupta, sem explicação, não combinou com o belo papel de Kamui Kobayashi e José María López, que tiveram que literalmente tirar tudo do carro para chegar apenas em segundo. De acordo com a equipe, o TS050 #7 estava com superaquecimento na caixa de câmbio.

G-Drive vence na classe LMP2. (Foto: Divulgação)

Se a ACO e a FIA abrirem esta jurisprudência a lá Ferrari na F1, o WEC corre o sério risco de perder o que a “principal” categoria, não sabe o que é faz tempo, esportividade. No segundo pelotão da classe LMP1, uma intensa briga entre as equipes Rebellion Racing e SMP Racing. Oreca e a BR Engineering mostraram que não se precisa de um grande fabricante para propiciar um ótimo espetáculo. Nome não ganha corrida, boa pilotagem sim.

A diferença de duas voltas para os demais privados, deixou claro que o EoT,  ou balanço de performance da classe não surtiu o efeito desejado, e nada deve mudar para Le Mans. Sem erros, a Toyota vence, provavelmente com uma senhora vantagem para as demais equipes, desde que complete a prova.

Na terceira posição o Rebellion #1 de Neel Jani, André Lotterer e Bruno Senna. O SMP #17 travou uma bela briga com o Rebellion, porém acabou batendo nas voltas finais, dando ao #3 da equipe suíça o terceiro lugar com Mathias Beche, Gustavo Menezes e Thomas Laurent. Participaram da classe 7 protótipos. Os Ginettas da equipe Manor sequer largam. O motivo foi a ausência do pagamento da principal patrocinadora da equipe, a Talent Racing Sports (TRS). Durante os treinos livres, os dois protótipos deram poucas voltas. A participação em Le Mans é uma incógnita.

Ford vence na classe GTE-PRO, mas perde o #67. (Fotos: Divulgação e reprodução Youtube)

A Ginetta, por sua vez, afirmou que a situação é “um problema de fluxo de caixa de curto prazo” e que “os principais fundos serão pagos antes de Le Mans”.

“Chegamos a uma situação em que uma equipe sediada no Reino Unido com excelente habilidade, além de um par de carros na classe LMP1, não podem correr simplesmente devido aos fundos não que possuem”, disse o presidente da Ginetta, Lawrence Tomlinson.

Na classe LMP2 a G-Drive voltou a vencer com Jean-Eric Vergne, Roman Rusinov e Andrea Pizzitola. Mesmo perdendo a liderança para o Dallara do Team Nederland, Vergne conseguiu recuperar a liderança. A diferença para o Oreca #38 da DC Racing foi de 21,744 segundos. Em terceiro o Alpine #36 da equipe Signatech, no qual corre o brasileiro André Negrão.

Estreando na classe GTE-PRO, BMW M8 e Vantage não apresentaram uma boa performance. (Foto: BMW Motorsports)

A Ford viveu extremos em SPA. Se a vitória do #66 dos pilotos Sebastien Muecke, Olivier Plas e Billy Johnson, foi comemorada, o acidente envolvendo o #67 trouxe apreensão para todos no circuito. Ainda nas primeiras horas, Harry Tincknell perdeu o controle na Eau Rouge, destruindo completamente o carro. Tincknell não sofreu nenhum tipo de escoriação, não passando de um susto.

Aston Martin vence na GTE-AM. (Foto: Divulgação AMR)

O Porsche #91 pilotado por Richard Lietz liderava, quando foi surpreendido por Pla na curva Raidillon, faltando 45 minutos para o término da prova. No final a diferença dos dois foi de 13,931 segundos. Em segundo o Porsche #92 de Michael Christensen e Kevin Estre, que também superaram o Porsche #91. Na terceira posição a Ferrari #71 de Davide Rigon e San Bird.

Pedro Lamy com uma pilotagem impecável, levou o Aston Martin #98 à vitória na classe GTE-AM. Sendo pressionado por Euan Alers-Hankey, o português venceu com uma diferença de 0,221 segundos para o Aston #90. A Ferrari #61 da equipe Clearwater completou o pódio.

Porsche vence em Austin pelo Mundial de Endurance

Porsche #2 venceu após troca de posições. (Foto: FIAWEC)

A Porsche conquistou na tarde deste sábado, 16, sua quarta vitória consecutiva no Mundial de Endurance, em Austin nos EUA. Earl Bamber, Brendon Hartley e Timo Bernhard ampliaram a liderança na classe LMP1. A vitória foi em cima do Porsche #1 que cruzou a linha de chegada, com uma diferença de 0,276 segundos para o carro vencedor.

Resultado final Austin

O quarto triunfo do Porsche #2 veio após uma troca de posições quando o #1, pilotado por Nick Tandy liderava. A troca foi realizada faltando poucos minutos para o fim da prova. Naquele momento a vantagem do #1 era de quase 10 segundos. Esta foi a terceira troca de posições entre os dois carros no ano. A prova foi marcada pelo bom desempenho da equipe Toyota. Ainda na primeira parte da prova, Kazuki Nakajima com o TS050 #8 liderou, adotando uma estratégia de não trocar os pneus no primeiro pit-stop. Com altas temperaturas, a Toyota se mostrou um adversário forte, terminando com uma diferença de 21 segundos para o Porsche vencedor.

Hisatake Murata, presidente da equipe Toyota: “A equipe trabalhou muito para se recuperar de uma qualificação decepcionante e eu estou contente que nós desafiamos a Porsche e demos aos fãs uma corrida emocionante. Todo mundo podia ver o nosso espírito de luta hoje, então muito obrigado para a equipe para o seu grande esforço; tivemos uma boa estratégia, pit stops rápidos e corrida difícil. Parabéns à Porsche em sua vitória. Apesar de estarmos desapontados por não ganhar, o desempenho de hoje nos dá muito incentivo para a nossa corrida em casa; iremos para Fuji Speedway apontando para o meio do pódio”.

Alpine vence a primeira no ano na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

Na classe LMP2 a equipe Alpine conquistou a primeira vitória no ano. Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e André Negrão superaram os dois Oreca da equipe Rebellion que terminaram em segundo e terceiro. Em quarto o também Oreca #38 da equipe Jackie Chang DC Racing, que lidera o campeonato com Oliver Jarvis, Ho-Ping Tung e Thomas Laurent.

Com uma atuação marcada pela velocidade e regularidade, Nelsinho Piquet obteve seu melhor resultado na temporada 2017. Aliás, por pouco o segundo lugar não se transformou em vitória, depois que os líderes da prova tiveram um problema na luz traseira do protótipo #36 a poucos minutos do fim, e foi necessário um pit stop extra. No fim, Piquet terminou a 20 segundos da liderança.

Nelsinho dividiu a pilotagem do protótipo #13 da Rebellion Racing com o suíço Mathias Beche e o dinamarquês Daniel Heinemeier-Hansson. Depois do segundo lugar do trio no grid de largada da categoria, Piquet Jr. foi o responsável pelo segundo stint da tripulação.

Ferrari vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

No seu primeiro turno, Piquet Jr. se manteve em segundo lugar, sempre próximo ao líder, e entregou o carro a Heinemeier-Hansson. No entanto, o dinamarquês foi fechado por um adversário, rodou e ficou parado no sentido contrário, perdendo valiosos segundos.

“Finalmente conseguimos fazer uma corrida com um grande resultado! Tivemos uma grande sorte com uma entrada do safety car, até que enfim a sorte virou para o nosso lado. O carro estava bom e deu tudo certo, e equipe mereceu o resultado, trabalhou muito bem. Agora faltam três corridas para o fim da temporada e terminar essas provas no pódio seria bom para o fim do campeonato”, comentou Nelsinho Piquet.

Numa corrida marcada pelo sol forte e um calor de 35 graus, o protótipo #13 chegou a figurar na sétima colocação. Mas, depois de um safety car, Mathias Beche começou a recuperação do trio e subiu para quarto. Nelsinho pegou novamente o carro e o entregou a Heinemeier-Hansson, que caiu para quarto.

Beche reassumiu o carro no começo da penúltima hora e, com um bom ritmo, reconduziu o trio ao segundo lugar. Piquet Jr. voltou à pista no fim e manteve uma diferença tranquila para o outro protótipo da Rebellion Racing, que vinha em terceiro.

Aston Martin vence na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

A Ferrari voltou a vencer na classe GTE-PRO. Alessandro Pier Guidi e James Calado foram os primeiros a repetir o primeiro lugar na atual temporada com a Ferrari #51 da equipe AF Corse. Mesmo com o primeiro lugar a dupla enfrentou um adversário forte, o Porsche #92 de Michael Christensen e Kevin Estre. O Aston Martin #95 dos pilotos Nicki Thiim e Marco Sorensen, chegaram a liderar a prova, terminando na quarta posição. Em terceiro a Ferrari #71.

Na classe GTE-AM o Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana Pedro Lamy e Mathias Lauda venceram a segunda do ano. O trio enfrentou problemas com o difusor traseiro no início da prova. Mesmo com os reparos o trio conseguiu superar o tempo perdido vencendo, com uma vantagem de 50 segundos para a Ferrari #61 da equipe Clearwater Racing. Em terceiro a Ferrari #54 da Spirit of Race.

Dos 26 carros inscritos, apenas o Porsche #86 da equipe Gulf que compete na classe GTE-AM e o Oreca #25 da Manor, não completaram a prova. A próxima etapa será realizada no dia 13 de outubro em Fuji.

 

 

 

 

Porsche vence as 6 Horas do México

Porsche não encontrou dificuldades em superar a Porsche. (Foto: FIAWEC)

A Porsche venceu sem dificuldades a edição 2017 das 6 Horas do México, disputada na tarde deste domingo, 03, no circuito Hermanos Rodriguez. Timo Bernhard, Brendon Hartley e Earl Bamber levaram o #2 ao primeiro lugar.

Em segundo com uma diferença de 7,141 segundos o Porsche #1 que teve Neel Jani como piloto que fechou a corrida. O trio do #2 alcançou a primeira posição da prova ainda na primeira volta. Nick Tandy enfrentou uma penalidade com o #1 ainda na segunda hora, por conta do excesso de velocidade nos pits.

Mesmo enfrentando um pequeno problema em um dos sensores de fluxo de combustível, a troca foi realizada durante uma das paradas nos boxes, enquanto o 919 era pilotado por Earl Bamber. A vitória do #2 ampliou ainda mais a vantagem para Sébastien Buemi, Anthony Davidson e Kazuki Nakajima na luta pelo título da temporada. O trio da Toyota chegou na terceira posição. Na quarta posição o #7 da Toyota que fez uma prova apagada com seus dois carros.

Resultado final 6 Horas do México

Para o presidente da equipe Hisatake Murata, foi uma prova complicada: “Foi uma corrida muito decepcionante. Viemos aqui com o objetivo de ganhar e melhorar as nossas chances em ambos os Campeonatos do Mundo, mas não conseguimos desafiar a Porsche. Parabéns para eles pela vitória. A equipe, incluindo os pilotos, deram o seu máximo esta semana, mas nós não conseguimos o resultado, devemos agora se preparar para a próxima corrida. Nós não vamos desistir de nosso sonho de vencer o Campeonato Mundial por isso vamos dar o máximo para ser competitivo na próxima corrida. ”

Já na classe LMP2 a emoção foi do início ao fim. A vitória ficou com o Oreca #31 da equipe Rebellion Racing, de Bruno Senna Julien Canal e Nicolas Prost, que chegou com uma vantagem de 26,091 segundos para o #36 da equipe Alpine de Nico Lapierre, Gustavo Menezes e Alexandre Negrão. Esta foi a primeira vitória da equipe Rebellion desde que saiu da classe LMP1.  Na terceira posição o também Oreca #24 da equipe Manor dos pilotos Jean-Eric Vergne, Matt Rao e Ben Hanley.

Rebellion conquista primeira vitória na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

A principal batalha da classe foi entre Gustavo Menezes com o Alpine #36 de Romain Rusinov com o G-Drive #26. Tudo aconteceu na terceira hora de prova. Menezes chegou a sair da pista quatro vezes em uma única volta, até superar o piloto russo. A equipe DC Racing, que esteve entre os ponteiros na classe, enfrentou problemas com o #38 abandonou na segunda hora, por conta de danos na embreagem. Na luta pelo campeonato, Oliver Jarvis, Ho-Ping Tung e Thomas Laurent ficaram na última posição da classe, perdendo a liderança da classe para o Rebellion #31 vencedor.

Aston Martin vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Aston Martin venceu na classe GTE-PRO com o #95 pilotado por Nicki Thiim, e Marco Sorensen. A dupla teve trabalho em superar a Ferrari #71 de Sam Bird e Davide Rigon, que terminou na segunda colocação. Largando em segundo, Sorensen superou Bird ainda na primeira hora da prova. Com uma estratégia diferente da adotada pela Ferrari, Sorensen acabou antecipando suas paradas.

Com uma diferença de 9,159 segundos para Rigon, a dupla do Aston #95 venceu na classe. Na terceira posição o Porsche #91, o Ford #67 terminou na terceira posição. Completando os cinco primeiros, a Ferrari #51.

Porsche da equipe Proton vence a segunda na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

Na classe GRE-AM, a Dempsey Proton Racing conquistou a segunda vitória no ano. Christian Ried, Marvin Dienst e Matteo Cairoli, superaram o Aston Martin #98 que terminou em segundo. Cairoli superou Paul Dalla Lana, que não fez uma boa prova. Como resultado, não conseguiu seguir o Porsche vencedor. Em terceiro o Porsche #86 da Gulf Racing UK.