Pipo Derani pronto para o Mundial de Endurance

Aos 21 anos, o paulista Pipo Derani está a poucos dias de sua estreia no FIA WEC (Campeonato Mundial de Endurance), que terá sua etapa de abertura neste Domingo12, Em Silverstone. Pipo estará a bordo do Ligier JS P2 #28 da equipe G-Drive Racing, aonde dividirá o volante com Ricardo Gonzalez e Gustavo Yacaman. A prova tem 31 carros inscritos, 10 deles na categoria LMP2, onde corre o brasileiro.

Derani está bastante animado para o início dos trabalhos, que começam nesta Sexta-feira 10, com dois treinos livres. O classificatório será no sábado e, no domingo, a prova terá sua largada às 8 horas de Brasília.

“A expectativa é muito boa. Nosso carro está bem preparado e vou estrear em um circuito que conheço bem, da época em que corria na F-3 Inglesa. Estou muito feliz por finalmente realizar minha primeira prova na categoria. No ano passado, fiz duas etapas do Europeu e o objetivo era disputar um dia o FIA WEC. Mas não achava que seria tão rápido assim. Então, quero aproveitar bastante esta oportunidade e trabalhar muito este ano para aprender e conseguir bons resultados”, comentou o piloto, que na ELMS (European Le Mans Series) conquistou um pódio logo na sua estreia, na etapa de Paul Ricard, na França, no final de 2014.

Confira a programação para as 6 Horas de Silverstone (horários de Brasília):

Sexta-feira, dia 10

7h55 às 9h25 – Treino Livre 1

11h55 às 13h25 – Treino Livre 2

Sábado, dia 11

5h00 às 6h00 – Treino Livre 3

8h30 às 8h50 – Classificação

Domingo, dia 12

8h00 – Largada 6 Horas de Silverstone

 

WEC adota largada “estilo” Le Mans

Após extinguir a participação das Grid Girls nas etapas do WEC, a ACO anunciou na manhã desta Terça-feira (07) que todas as provas do calendário irão adotar a largada estilo Le Mans com os carros “estacionados” lado a lado como já ocorre nos EUA.

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O formato da grade revive o procedimento de largada utilizado nos primórdios de Le Mans, a diferença é que os pilotos não irão correr até seus carros para largar.

Mesmo com a mudança os carros irão dar uma volta pela pista até a bandeira verde. A formação da grade ajudará a aumentar a atmosfera do evento, de acordo com o CEO do WEC, Gerard Neveu.

“Em cada corrida do Campeonato do Mundo de Endurance queremos oferecer aos espectadores a mesma atmosfera que existe nas 24 Heures du Mans”, disse Neveu. “Os carros e as equipes são as verdadeiras estrelas do evento. Essas mudanças vai colocar a tônica sobre isso e fornecer os espectadores uma experiência muito melhor em cada um dos fins de semana de corrida de 6 horas. “

 

Para Hugues de Chaunac, diversidade da classe LMP2 é necessária

Uma das maiores polêmicas do Endurance atualmente é a nova regulamentação da classe LMP2 que segundo proposta da ACO deve limitar a quantidade de construtores para 4 com apenas um fornecedor de motores.

Muitos apontem as fabricantes Oreca e OnRoak como responsáveis por esse “lobby” forçando a ACO a mudar as regras de forma tão radical. Já a ACO se defende alegando que tal medida é para preservar as pequenas equipes que investem muitas vezes em modelos que passam meses esperando o carro ficar pronto. Exemplos como a Strakka Racing com o Dome e mais recentemente a extinta equipe Lotus com seu LMP1.

Em entrevista ao site endurance-info, o presidente da ORECA, Hugues de Chaunac se mostra confiante para as novas regulamentações, bem como o sucesso do seu mais novo LMP o Oreca 05.

O que podemos aprender com o Oreca 05?

“Antes de chegar para os testes, o 05 tinham frequentado apenas pequenas voltas com Stéphane Sarrazin. É sempre importante ter as primeiras impressões de um grande piloto quando um novo carro dá suas primeiras voltas. A TDS Racing andou muito bem nos dois dias de testes em Paul Ricard, bem como a KCMG Racing. Os pilotos enfatizaram que o modelo é fácil de guiar e acredito que temos um bom produto para lutar por vitórias.”

Existe um interesse por outras equipes pelo modelo?

“Há um interesse real no Oreca 05, mas temos de ter cuidado. A qualidade é importante para nós. Para o próximo ano existem várias discussões em ambos os lados do Atlântico.”

Os regulamentos para 2017, que sugerem apenas um motor na classe LMP2.

“Deve-se notar que um único motor não é esperado nos Estados Unidos. Sempre vai existir quem é contra ou a favor. É tudo uma questão de custo. Ter apenas um motor é uma característica de uma classe aonde se deve cortar custo,e há aqueles que querem manter alguma diversidade. Eu respeito ambas as opiniões. A FIA e ACO sugeriu a questão de como reduzir os custos. Esta reflexão é boa e muito louvável. É necessário um plano de negócios o que é economicamente viável para os fabricantes. Um motor poderia rodar 12 mil km sem problema. Se não há concorrência, nós podemos desenvolver. Não podemos fazer um LMP2 sem controle de custos.Se amanhã Oreca decide alinhar diretamente na classe, podemos vir a ganhar tudo deixando a categoria sem graça. Poderíamos até encontrar um parceiro para este projeto, mas devemos evitar uma equipe de fábrica na classe.”

Qual o futuro do Oreca FLM09?

“Os carros de hoje são elegíveis até o final de 2016. A categoria tem operado nos EUA em provas como as 24 Horas de Daytona , 12 Horas de Sebring e Petit Le Mans. Na Europa, não existem planos de voltar a competir. Se tivéssemos um incentivo teríamos aproximadamente 10 carros prontos.”

Rebellion Racing e a mudança de motores.

“O tempo está correndo. O R -One ficará pronto antes de Le Mans. A decisão da mudança de motor ocorreu muito tarde . Um motor turbo exige uma série de mudanças por causa problemas de refrigeração.”

É possível ver um LMP1 privado híbrido?

“Um LMP1 híbrido exige muits recursos para uma equipe privada. Era possível ná época em que a Peugeot competia, mas eu não acho que isso ainda é possível hoje. Se tiver alguém disposto a bancar a idéia com certeza seria possível, caso contrário é inviável.”

Pipo Derani conclui testes em Paul Ricard visando o WEC

O brasileiro Pipo Derani participou nos último final de semana Sexta (2)7 e Sábado (28), dos testes coletivos em Paul Ricard na França, como preparação para o Mundial de Endurance. Derani de 21 anos,  faz sua estreia na categoria, esteve ao lado dos companheiros Ricardo Gonzalez e Gustavo Yacaman trabalhando nos últimos ajustes do Ligier JS P2 #28 para as 6 Horas de Silverstone, prova inaugural do calendário 2015 e que será disputada dia 12 de abril.

“O teste foi bom, mas tínhamos um limite de voltas em virtude do motor. Optamos por uma estratégia mais conservadora para usar um motor mais novo em Le Mans e, por isso, não fizemos muitas voltas. Mesmo assim, conseguimos atingir nosso objetivo e testamos os pontos que queríamos no carro”, comentou Derani.

“Nosso objetivo neste teste não era ser o mais rápido, mas sim testar o máximo possível para termos um bom pacote para a estreia em Silverstone, mesmo dando poucas voltas. Completei cerca de 18 voltas, o que é pouco, mas foi suficiente para me adaptar melhor ao carro. Agora estamos em Le Mans analisando os dados para decidir como iremos para a primeira corrida”, completou o brasileiro.

No primeiro dia de testes, o forte vento no circuito fez com que a equipe optasse por andar apenas no treino da noite, quando Derani esteve a bordo do carro. O brasileiro ficou em oitavo no geral da sessão e segundo na categoria LMP2 (1min48s607). No segundo dia de treinos, à tarde, o Ligier JS P2 #28 foi novamente o oitavo no geral e liderou a sua categoria, com o tempo de 1min48s588. Trinta carros no total participaram dos treinos coletivos.

Audi satisfeita com testes em Paul Ricard

A Audi que também usou os testes oficiais em Paul Ricard  Sexta (27) e Sábado (28),como preparação para as 24 horas de Le Mans e o Mundial de Endurance, considerou os dois dias de trabalhos intensos produtivos.

Em nota divulgada neste Domingo (29), Chris Reinke diretor esportivo da marca comenta como foram os testes e a expectativa para as 6 horas de Silverstone que acontecem daqui a duas semanas.

Como foram os testes em Paul Ricard?

“Durante os testes, nosso programa foi executado como planejado. Os dois carros os dois R18 e-tron completaram mais de 2.500 quilômetros e reuniram elementos valiosos para a preparação final de pré-temporada.. Todos os seis pilotos estiveram na pista e testamos troca de pneus e pilotos. Resolvemos alguns problemas e estamos prontos para Silverstone.”

Qual a diferença entre os testes em Sebring e Paul Ricard?

“No Prologue, nos reunimos com os nossos concorrentes, pela primeira vez este ano. É claro que não é possível avaliar a forma como eles irão trabalhar, se baseando apenas em um teste. No entanto, os dois dias em Le Castellet foram muito valiosos para nós. Devido à participação de tantas equipes na pista se assemelha as condições em uma corrida, com tráfego pesado, inúmeras manobras de ultrapassagem e, por exemplo.”

Qual é o próximo passo até Silverstone?

No Domingo (29), os carros voltaram para a nossa base em Nurburgring. Na Segunda-feira (30), vamos começar a trabalhar sobre os dois carros de corrida os deixando prontos para Silverstone. Eles vão ser desmontados, reparados e remontados. Queremos terminar este trabalho dentro de quatro dias, para deixar nossa equipe livre na semana da Páscoa. Na próxima semana, a Audi Sport Team Joest vai começar a viajar para Silverstone.”

Porsche Manthey contente com os testes em Paul Ricard

A equipe Porsche Manthey testou na manha desta Sexta-feira (27) no circuito de Paul Ricard nos testes oficiais do WEC. Todos os pilotos que irão competir no certame estavam presentes. Jörg Bergmeister, Michael Christensen, Wolf Henzler, Richard Lietz, Frédéric Makowiecki e Patrick Pilet estavam na pista. Sven Müller, também participa dos testes mas começa a competir somente na segunda etapa do WEC em Spa-Francorchamps no dia 2 de Maio.

“Nossa principal prioridade nestes testes é por toda a equipe na pista após a pausa de inverno”, diz Marco Ujhasi, líder global do projeto GT. “Nosso foco é a preparação para o início da temporada em Silverstone. Para os nossos pilotos, é conhecer o carro. Estamos competindo este ano com uma aerodinâmica ligeiramente modificadas no 911 RSR. Apesar do vento forte que é típico de Le Castellet, nosso objetivo é tentar descobrir neste teste se as mudanças irão surtir efeito.”

O Porsche 911 RSR, com base na sétima geração do 911 esportes, é caracterizada por um design leve e aerodinâmica sofisticadas. Na sua primeira aparição nas 24 Horas de Le Mans em 2013, o  carro conquistou uma vitória dupla na classe GTE-PRO. Em 2014 a equipe Porsche, ganhou três, das mais prestigiadas corridas de longa duração: As 24 Horas de Daytona, as 12 Horas de Sebring e Petit Le Mans, além de vitórias no WEC em Silverstone e Xangai.

Seu motor boxer de seis cilindros na parte traseira tem uma capacidade de 3996cc e produz em torno de 470 hp com restritor. Durante os meses de inverno na base da Porsche Motorsport em Weissach, muitos detalhes foram modificados. A aerodinâmica sofreu modificações na dianteira. Graças a pequenos ajustes, a confiabilidade do sistema de transmissão foi melhorada. Único ponto de reabastecimento garante segurança adicional no pit lane: O sistema utiliza uma mangueira de reabastecimento, tanto para enchimento e ventilação.

A novidade  é a contratação do piloto oriundo do programa Porsche Junior, Sven Müller, que venceu a etapa de Monza da Porsche Super Cup em Monza no ano passado. Sven também vai disputar a maioria das rodadas do Porsche Carrera Cup Deutschland.

“Ao dar Sven Müller a chance de dirigir em Spa, nós estamos seguindo ativamente a nossa ideia de apoiar jovens pilotos”, diz Frank-Steffen Walliser, chefe do programa Junior da Porsche. “Ele se apresentou muito bem no ano passado na Porsche Mobil 1 Supercup e no Carrera Cup Deutschland e agora está fazendo um passo lógico de ganhar a sua primeira experiência com o 911 RSR.”

“É um sonho se tornado realidade”, diz Sven Müller. “Para ter esta oportunidade de testar o 911 RSR aqui em Le Castellet é uma grande experiência, especialmente porque é um teste oficial com várias equipes. Este prólogo é executado como um final de semana de corrida e isso me dá uma boa ideia de como será uma rodada do WEC.” Finalizou.

No primeiro treino do dia em Paul Ricard o #92 ficou em segundo e o #91 em terceiro.

Rebellion Racing confirma pilotos para o WEC

A Rebellion Racing confirmou seus pilotos que irão disputar o Mundial de Endurance e as 24 horas de Le Mans.

Nicolas Prost, Nick Heidfeld e Mathias Beche estarão no R-One #12, enquanto Dominik Kraihamer terá dois novos pilotos, Alexandre Imperatori e Daniel Abt.

Imperatori correu pela KCMG em 2013 e 2014, vencendo na classe LMP2 nas etapas do Bahrain e Interlagos. “Primeiro de tudo, quero agradecer a equipe Rebellion Racing pela a confiança que depositaram em mim nesta temporada e estou ansioso para correr”, disse Imperatori. “Estou muito ansioso para começar a trabalhar com meus novos companheiros de equipe e contribuir para o desenvolvimento do carro para obter bons resultados nesta temporada. O desafio parece interessante com o novo motor e estou confiante de que isso vai nos ajudar a chegar a uma nova etapa.” Concluiu.

Já Daniel Abt, que correu  somente em monopostos, fará sua estréia em protótipos. Abt correu na GP2 e Fórmula E, mas vem de uma família com tradição em carros esportes. Seu pai corre pela ABT Sportsline, enquanto o tio Christian correu com um Audi R8 em Le Mans, terminando em terceiro lugar em 2000.

“Tenho orgulho de estar com Rebellion Racing”, disse Abt. “Este programa adicional ao lado de Fórmula E é um enorme impulso para mim: Eu vou dirigir um LMP  pela primeira vez, além de disputar Le Mans.” Finalizou.

“Estamos muito satisfeitos em confirmar a nossa dupla de pilotos para a temporada de 2015, e é bom ter um bom nível de continuidade em nossa equipe”, acrescentou Bart Hayden diretor da Rebellion Racing. Por conta da mudança de motores da Toyota para AER a equipe não vai participar das etapas de Silverstone e SPA.

Equipes americanas e os regulamentos LMP2

A polêmica sobre os novos regulamentos da classe LMP2 para 2017 não param. A ACO em parceria com a FIA divulgaram semana passada o que os fabricantes e imprensa já sabiam.  A partir de 2017 apenas 4 montadoras e 1 fornecedor de motor será aceito na classe LMP2.

Muitas equipes, sua grande maioria Europeias e por consequência os fabricantes estão divididos. E nos EUA? As regras também irão ser aceitas pela IMSA. No final de semana nenhum equipe LMP2 conseguiu um bom resultado, mais por erros delas mesmas do que por pelo projeto do carro em si.

A nota divulgada pela ACO afirma que tal mudança na classe não será válida para o TUSC e a quantidade de motores e chassis será livre.

ACO e IMSA mantem parceria até 2020.

Presidentes da ACO e IMSA ratificam parceria (Foto: Divulgação IMSA)

Durante as 12 horas de Sebring a IMSA e a ACO aumentaram a parceria até 2020. No próximo ano, IMSA e a ACO irão introduzir novas especificações para as classes GT, sendo GTLM no TUSC,  GTE em Le Mans, FIA WEC, ELMS e Asian LMS. Além disso, TUSC mudará a classe GTD e os carros serão baseados nos regulamentos técnicos da FIA GT3, válidos até a 2019.

“Desde o anúncio da nossa parceria estratégica aqui em Sebring, há dois anos, a ligação entre o ACO e a IMSA e ficou mais forte”, disse Presidente da IMSA Jim France. “Esta parceria vai tornar mais fácil para as nossas equipes  competir nas 24 Horas de Le Mans, e ter acesso a melhores equipes como novos protótipos e GTs.”

A parceria irá continuar a fornecer entradas automáticas para as 24 Horas de Le Mans para as equipes do TUSC. O acordo de licenciamento permite a IMSA para continuar a utilizar o nome de Le Mans para a sua classe GT e o evento Petit Le Mans.

Estamos muito satisfeitos em fortalecer ainda mais a nossa parceria com IMSA”, disse o presidente da ACO Pierre Fillon. “Foi essencial para a ACO contar com esta aliança estratégica para implementar a harmonização para as categorias LMP2 e LMGT, e  que possamos garantir a visibilidade a longo prazo para as equipes de endurance.” Disse.

E as equipes e fabricantes?

A Michael Shank Racing que viu seu novo Ligier JS P2 ser destruído após uma escapada do brasileiro Oswaldo Negri, se mantem firme confiante em sua escolha, mesmo que os atuais regulamentos não favoreçam tanto assim os novos carros.

“Eu acho que a coisa mais importante é que nós avançamos e temos uma opção além dois DPs”, disse Michael Shank Sportscar365. “O DP é o que nos trouxe até aqui como equipe. “Tendo sido bom, eu acho que para o longo prazo nós precisávamos de uma opção melhor, no caso a LMP2.” Disse.

Já a Honda que lançou apouco tempo seu novo ARX-04b e que fez apenas uma corrida e recolheu o carro para novos desenvolvimentos se mostra reticente caso não seja uma das montadoras escolhidas. “É um desafio para nós, mas nós ainda estamos participando das discussões na esperança de conseguirmos influenciar em uma direção ara que possamos continuar.” Disse o vice presidente HPD Steve Eriksen disse Sportscar365. “Como outros fabricantes que fizeram cupês P2, nos inscrevemos esperando ter um programa de seis anos. Eu acho que para todos os fabricantes desenvolver um um carro novo é uma tarefa bem difícil. Eu prefiro muito mais ver as equipes com os atuais P2 e fazer pequenas mudanças em sua carroceria e em termos de segurança.” Finalizou.

A definição sobre as marcas de chassi e motor deve ser divulgada nos próximos dias em Paul Ricard. Caso a HPD, seja escolhida como fornecedora de chassi, teria que usar um motor concorrente o que pode inviabilizar seus planos.

“Somos uma empresa de base norte americana”, disse Eriksen. “Ter a oportunidade de executar o nosso motor e o nosso chassis nos EUA seria certamente algo muito positivo. Mas eu não gostaria de estar em uma posição onde eu estaria correndo com o motor de outra empresa. Isso simplesmente não faz sentido para uma empresa que produz motores.” Concluiu.

Já para Jordan Taylor, dono da equipe Wayne Taylor Racing, sua maior preocupação é se os regulamentos terão um maior envolvimento dos fabricantes. “O maior problema que está em jogo para a nossa série é se os fabricantes levarão proveito das novas regras e se ela irão ter algum benefício.” Disse. “Por que um fabricante de automóveis fará um investimento e não ter competidores? Para mim, o maior problema é se existem fabricantes americanos interessados.”

Já a equipe PR1/Mathiasen tem uma opinião mais radical sobre o futuro da classe. “Minha opinião é que devemos unificar as classes P e PC. A única diferença [entre as classes] seria os pilotos.” Disse Bobby Oergel dono da PR1. “Eu entendo que alguns pontos poderiam ser diferentes como motores e amortecedores por exemplo.” Disse.

Taylor acredita que os primeiros anos serão de poucos carros. “Se o P2 vai em uma direção semelhante à ACO e da FIA, o primeiro ano pode ser magro, mas eu acho que dentro de um ano, todo mundo vai estar aqui”, disse Taylor. “Eu acredito que será a mesma coisa quando Jim France decidiu construir os Daytona Prototype. No primeiro ano tinha apenas 7 carros, dois anos depois estávamos com 31 carros.” Concluiu.

 

 

Peugeot considera “possível” volta ao Endurance

Ausente das corridas de longa duração desde 2012 a Peugeot causou espanto quando cancelou seu programa do WEC ainda na primeira temporada. O argumento na época era que a crise financeira que assolava a Europa não permitia mais altos investimentos em seus LMP1.

Todos os pilotos e equipe técnica foram demitidos e a marca ficou apenas na história da competição. Porém poderia existir uma luz no fim do túnel.

Em entrevista ao site Italiano “Automoto”, o diretor da Peugeot Sport, Bruno Famin durante o Salão de Genebra salientou que o construtor Francês poderia voltar a categoria.

“Nós gostaríamos de voltar a Le Mans e ao WEC, acreditamos que seja casa perfeita para aa filosofia da Peugeot.É um campeonato que coloca uma pressão sobre o conhecimento tecnológico de uma marca e que é capaz de transmitir muito bem os valores de um fabricante. Portanto, seria perfeito. “

Atualmente a montadora está envolvida de forma oficial no Rally Dakar e no FIA World Rally Cross. Uma incursão no WEC teria que ser autorizada pelo grupo PSA que controla a Peugeout ou o cancelamento de um dos programas oficiais.

 

Nissan vai competir apenas em Le Mans

A Nissan divulgou na tarde desta Terça (17) que não irá participar das duas primeiras provas do Mundial de Endurance em Silverstone e SPA, se apresentando apenas nas 24 horas de Le Mans em Junho.

Além das provas oficias o GT-R NISMO LM também não vai participar dos testes oficiais em Paul Ricard. Segundo informações a diferença de tempo entre o modelo e o Audi R18 durante os testes em Sebring no começo do mês chegaram a quase 10 segundos em favor do LMP1 Alemão.

Outro fator que pesou na decisão é o fato do carro não ter passado no crash test da FIA que serve como homologação para o WEC. Ainda durante os testes em Sebring o chassi do carro sofreu uma trinca e os testes foram cancelados.

“Como dissemos, o foco sempre foi Le Mans”, Darren Cox, diretor de Marketing da Nissan ao site Sportscar365. “Tivemos alguns desafios, um deles sendo um fracasso no teste de colisão, o que não é incomum. Muitas pessoas falham neste teste. Assim não conseguimos homologar o carro a tempo para Silverstone. Então, nós vamos nos reorganizar e continuar os testes nos EUA.”

A próxima data para homologação será no dia 26 de Março, caso o carro passe nos testes pode vir a competir em SPA, algo que será pouco provável. A equipe montou uma base no campo de provas da GM em Bowling Green, no NCM Motorsports Park, aonde o traçado é muito semelhante ao de Le Mans.

“O fato de que podemos correr em Bowling Green, junto com a Corvette,ajuda e muito em nossa preparação para Le Mans, e está a apenas três horas de distância de nossas instalações “, disse Cox. “Como se costuma dizer, é tudo é um aprendizado. Eu acho que nós vamos ter novas ações para focar em nosso principal objetivo este ano, que é Le Mans.”