Rebellion se torna cronometrista oficial do European Le Mans Series

(Foto: Divulgação)

A Rebellion, tradicional fabricante de relógios suíços, que mantém uma equipe que desde 2008, nos campeonatos organizados pela ACO (ELMS, WEC e Le Mans), é a nova patrocinadora do European Le Mans Series.

Além de ostentar sua marca pelos palcos do certame europeu, o fabricante vai ser responsável por todo o sistema de cronometragem do campeonato. Assim como acontece me Le Mans, onde cada vencedor recebe um relógio da também suíça Rolex, os campeões da ELMS, vão ganhar um exemplar do patrocinador.

Em cada uma das seis etapas, um protótipo da equipe vai estar exposto para apreciação. A primeira etapa do ELMS, acontece no dia 15 de abril em Silverstone.

Para Calim Bouhadra, vice presidente da marca, patrocinar o ELMS, é mais um passo, para divulgar seus produtos. “Estamos orgulhosos de dar apoio técnico, e mostrar nossa marca no ELMS, um campeonato extremamente competitivo com equipes de alto nível. Estamos em casa. Como os carros de Endurance buscam sempre o limite, nossos relógios fazem o mesmo. A parceria vai trazer muita visibilidade à nossa marca, vamos aumentar e melhorar a nossa reputação e apresentar nosso produto para um público bem informado em várias regiões europeias. O elevado nível dos adversários, certifica nossos relógios para ambos os aspectos técnicos e de design e nos dá a oportunidade de mostrar a famosa “precisão suíça.”

Gérard Neveu, CEO do ELMS: “É com grande prazer que damos as boas vindas Rebellion Timepieces como Parceiro Oficial. O fabricante investe no endurance, com sua equipe de corrida. A cronometragem no automobilismo é uma questão de exatidão e precisão, valores que caracterizam bem Rebellion Timepieces. Convidamos a todos os nossos fãs no fim de semana do dia 15 de abril, em Silverstone para a primeira etapa da ELMS.”

 

A classe LMP1 em Le Mans entre 2012 e 2016

Desde seu retorno em 2014, Porsche venceu em 2015 e 2016. (Foto: Porsche AG)

O suprassumo do endurance é a classe LMP1. Reduto de fabricantes, e inovações tecnológicas, o ambiente não é dos mais favoráveis para 2017. Sem a Audi que abandonou o esporte, e a Rebellion Racing, que mudou sua estrutura para a classe LMP2, tudo indica que teremos um ano magro na principal classe do WEC.

Com Porsche e Toyota lutando pelo geral, e com chances parcas de um terceiro carro para ambas, a edição 2017, pode ter um dos menores números de inscritos dos últimos anos. Como se comportaram as equipes desde a criação do Mundial de Endurance em 2012? Acompanhe abaixo.

Em 2012, Audi vence com seu primeiro protótipo híbrido. (Foto: Adrenal Media)

2012 – Vencedores em 2011, Marcel Fässler, André Lotterer e Benoit Treluyer repetiram com o Audi R18 e-tron quattro. A pole foi conquistada por Treluyer Lotterer em 2011 e em 2012. O trio superou os companheiros de peso, Dindo Capello, Tom Kristensen, Allan McNish.

2013 – Após a aposentadoria de Dindo Capello, Kristensen e McNish, tem um novo companheiro, Loic Duval. A vitória do Audi #2 foi manchada pela morte do piloto Allan Simonsen da Aston Martin. A edição também marca a nona vitória de Kristensen na prova, McNich, conquista seu terceiro triunfo. Duval em sua estréia no Audi #2, sua primeira vitória.

Audi volta a vencer em 2013. (Foto: Adrenal Media)

2014 – A edição 82 das 24 Horas de Le Mans é marcada pelo retorno da Porsche a classe LMP1, para um confronto contra Audi e Toyota. O Toyota #7 de Nakajima, Sarrazin e Wurz, larga na pole. Lidera por 14 horas, até abandonar, às cinco horas da manhã de domingo. O Audi No. 2 Fässler, Lotterer e Treluyer, assume a liderança. Faltando 6 horas e 30 minutos, enfrenta problemas no turbo.

2014, marca a última vitória da Audi em Le Mans. (Foto: AdrenalMedia)

O outro LMP da Audi, assume a liderança. É esperado mais uma vitória para Tom Krinstensen. Porém a sorte foge do Audi e junto com seus companheiros Lucas di Grassi e Marc Gené, enfrentam o mesmo problema mecânico. A Porsche vinha galgando posições com Timo Bernhard, Brendo Hartley e Mark Webber. Era perseguido pelo Audi #2, que com um ritmo forte, seus tempos eram mais rápidos do que a pole. O trio Fässler, Lotterer e Treluyer definitivamente assume a liderança para vencer sua terceira Le Mans em quatro edições pouco antes das 13 horas, o Porsche #20 abandona.

2015 – A batalha entre Porsche e Audi, foi o ponto alto da edição de 2015. De um lado a Porsche com 16 títulos, do outro a Audi com 13. A edição 83 das 24 Horas Le Mans, teve 28 mudanças de posição entre os líderes. O Porsche #17 (Timo Bernhard-Brendon Hartley-Mark Webber), #19 (Nico Hulkenberg-Nick Tandy-Earl Bamber), Audi #7 (Marcel Fässler, André Lotterer -Benoît Treluyer) e o #9 (Filipe Albuquerque-Bonanomi-Rast). Dezessete anos depois de seu último sucesso, a Porsche voltou a ganhar, com um trio, que pilotou pela primeira vez um protótipo LMP1. Hulkenberg, Tandy e Bamber. Estrearam no carro nas 6 horas de SPA. Em segundo, Bernhard-Hartley-Webber com o outro Porsche. A Audi, chega em terceiro com Fässler-Lotterer-Treluyer.

Porsche conquista 18º vitória no geral em 2015. (Foto: AdrenalMedia)

O nível de desempenho da edição 2015 é excepcional. Na corrida, André Lotterer estabeleceu um novo recorde de volta com uma média de 248 km/h. Neel Jani (Porsche 919 #18) marca a pole position, quase cinco segundos mais rápido que Kazuki Nakajima (Toyota) em 2014 e com 395 voltas (ou 5385 km). Por duas voltas, não supera o recorde de distância, obtido em 2010 pelo Audi de Romain Dumas, Timo Bernhard, Mike Rockenfeller (5405 km). A prova também foi marcada por diversas entradas do safety car.

2016 – Após o duelo Porsche-Audi em 2015, a Toyota é o inimigo número 1 da Porsche na edição 2016. A Audi enfrenta vários problemas em seus carros. Depois de uma segunda pole consecutiva, conquista por Neel Jani (Porsche 919), a Toyota rapidamente assumiu o controle da edição 84 das 24 Horas. No total, os dois TS050 HYBRID, lideraram a prova por mais de 20 horas. Após uma grande luta contra o Porsche #1 de Timo Bernhard, Brendon Hartley, Mark Webber, o #6 de Mike Conway Kamui Kobayashi e Stéphane Sarrazin, lidera, até sofrer um acidente na manhã de domingo. Quem assume é o outro carro da equipe, o #5 pilotado por Sebastien Buemi, Kazuki Nakajima-Anthony Davidson. A equipe se preocupava com o motor. A diferença para o Porsche que vinha na segunça colocação era de mais de um minuto. Lieb-Jani-Dumas, já estavam administrando o segundo lugar, quando o impossível aconteceu.

O abandono da Toyota em 2016, na última volta, foi o ponto alto de uma prova dominada pelo time japonês. (Foto: Divulgação)

Nakajima para o TS050 nas retas dos Boxes. A imagem do piloto parando o carro a poucos metros da bandeirada final, ganhou destaque na imprensa mundial. Surpreendentemente uma grande comoção. Tanto Audi, quanto Porsche, enviaram mensagens de parabéns, pelo ótimo trabalho e garra, durante toda a prova.

Após a vitória inesperada do Neel Jani, Romain Dumas e Marc Lieb, a Porsche, manda uma mensagem para a Toyota: “O valor de uma vitória se resume à qualidade de seus oponentes. Porsche vence 24 Horas de Le Mans pela 18ª vez. E Toyota, o nosso respeito para sempre.” Das 384 voltas percorridas nas 24 horas, a Toyota levou 277, Porsche 104 e Audi três. Depois de cinco segundos lugares, o dia de glória Toyota em Le Mans vai chegar. E a vitória será ainda mais bonita.

Pilotos
-Doze pilotos de seus países venceram a prova entre 2012 e 2016: Suíça (Marcel Fässler em 2012 e 2014, Neel Jani em 2016), Alemanha (Andre Lotterer em 2012 e 2014, Nico Hulkenberg em 2015, Marc Lieb em 2016 ), França (Benoit Treluyer em 2012 e 2014, Loïc Duval em 2013, Romain Dumas em 2016), Dinamarca (Tom Kristensen em 2013), Reino Unido (Allan McNish em 2013, Nick Tandy em 2015) e Nova Zelândia (Earl Bamber 2015).

-Durante Este período, seis deles, venceram pela primeira vez: Loïc Duval, Nico Hulkenberg, Nick Tandy, Earl Bamber, Neel Jani e Marc Lieb.

-Três equipes ganharam no mesmo ano as 24 horas de Le Mans e o título e pilotos do WEC: Marcel Fässler, Andre Lotterer, Benoit Treluyer (2012), Loïc Duval, Tom Kristensen, Allan McNish (2013 ) e Romain Dumas, Marc Lieb-Neel Jani (2016).

-Audi e Porsche, conquistaram vitórias em anos seguidos, 2012-2013 e 2015-2016 respectivamente.

-Se Toyota ainda não ganhou as 24 Horas, o fabricante líder mundial em ônibus hibrido, quebrou a hegemonia alemã no Campeonato do Mundo em 2014, com o título de Construtores e pilotos para Sébastien Buemi e Anthony Davidson. Toyota retornou ao endurance em 2012. Desde então vem frequentando o pódio três vezes (segundo em 2013 e 2016, terceiro em 2014).

Rebellion Racing, a equipe privada de maior sucesso em Sarthe desde 2012. (Foto: Divulgação Rebellion Racing)

-Desde a criação do Campeonato Mundial de Endurance, Audi é o único fabricante a competir com dois protótipos diferentes na mesma classe. Em 2012, a marca correi com dois protótipos híbridos (R18 e-tron quattro) para os vencedores (Fässler-Lotterer-Treluyer). Foram seguidos por ( Capello-Kristensen-McNish). Os outros dois foram modelos R18 ultra. Mesmo com o modelo antigo, a equipe conseguiu um terceiro lugar com (Bonanomi-Rockenfeller, Jarvis).

-Audi Também marcou duas vezes nas 24 Horas em 2014 (Fässler-Lotterer-Treluyer Kristensen-Gené-di Grassi), como Porsche em 2015 (Hulkenberg-Tandy Bamber front-Bernhard-Hartley-Webber).

-Entre as equipes privadas, a Rebellion Racing conquistou seus melhores resultados em 2012 (Jani-Prost- Heidfeld) e 2014 (Beche-Prost-Heidfeld), com dois quartos lugares. Para 2017, o time suíço se muda para a classe LMP2.

Em manobra polêmica, Wayne Taylor Racing vence as 24 horas de Daytona

Toque faltando poucos minutos, definiu vencedor da prova. (Foto: Reprodução Internet)

As 24 horas de Daytona, prova que abre o Weathetech SportsCar Championship 2017, foi cheia de simbolismos. O termo “foi a primeira vez”, se aplica em várias partes da prova. Seja nos carros, pilotos e regulamentos.

Com um domínio total dos protótipos Cadillac, o controverso BoP, voltou a ser um dos centros da polêmica. Depois dos testes oficiais, o ROAR, onde claramente os protótipos LMP2, com motores Gibson, estavam visivelmente mais rápidos do que os DPi da IMSA, a entidade divulgou um BoP, dias antes da prova.

O BoP, era aguardado, e era de conhecimento de todos que a organização iria privilegiar a prata da casa. Ter uma repetição do que foi 2016, com uma vitória incontestável do Ligier da equipe Extreme Speed Motorsports, não estavam nos planos. Nos ROAR, a melhor volta foi do Oreca 07 da equipe DragonSpeed, com 1:38.343. A pole para a prova, conquistada pelo Cadillac #5 da Action Express, de João Barbosa foi de 1:36.903.

Como resultado, nenhum LMP2, teve reais chances de vitória. A Rebellion Racing com seu Oreca 07, foi apontada como favorita pela estrutura e pilotos, não conseguiu chegar perto dos ponteiros. Curiosamente o melhor LMP2, que liderou a prova, foi o Dallara #90 da equipe Visit Florida dos pilotos Marc Goossens, Renger van der Zande e René Rast. O trio terminou em terceiro.

Resultado final da prova.

Mesmo com a vitória do Cadillac #10 da Wayne Taylor Racing dos pilotos, Ricky Taylor, Jordan Taylor, Max Angelelli e Jeff Gordon, o vencedor nos bastidores foi a ACO. A organização que manda no endurance mundial, organiza as 24 horas de Le Mans, o Mundial de Endurance e os campeonatos europeus e asiáticos, conseguiu impor sua vontade sobre a IMSA.

Cadillac mostrou superioridade. BoP ajudou? (Foto: IMSA)

Desde a unificação da American Le Mans Series com a Grand-Am no final de 2013, e a criação do United SportsCar Championship, a série nunca viveu sob uma influência tão grande por parte da entidade francesa. Os DPi, nada mais são do que protótipos LMP2, com uma abertura maior de regras do que seus irmãos “originais”.

Com essas mudanças, a série ganhou um maior interesse por conta de equipes europeias, e resgatou vários times americanos que estavam competindo no outro lado do atlântico. A Rebellion que deve competir nas provas longas da IMSA, a volta da Extreme Speed Motorsports, que até 2016 estava disputando o Mundial de Endurance, e até a DragonSpeed, que esteve no European Le Mans Series ano passado. Com a modernização da série, principalmente, depois da morte dos Daytona Prototypes, tudo indica que mais equipes devem adotar a IMSA como uma opção.

Assim como a adoção dos protótipos LMP3 para 2018, e o crescimento da classe GTD, após a IMSA aceitar as especificações para os GT3. A série tem tudo conseguir, mais fabricantes do que o próprio WEC.

A corrida

A briga na liderança da prova, ficou entre os três protótipos Cadillac. A Action Express, postulante a vitória com o #5 de João Barbosa, Filipe Albuquerque e Christian Fittipaldi. O segundo carro da equipe, o #31 de Dane Cameron, Eric Curran, Mike Conway e Seb Morris, e os sempre rápidos, Ricky Taylor, Jordan Taylor, Max Angelelli e a lenda do automobilismo americano Jeff Gordon.

Nenhuma outra equipe, com exceção da Visit Florida, teve condições reais de fazer frente as duas equipes. Grande parte da prova, foi de extrema calmaria. Sem grandes disputas, em todas as classes, o que se viu foi uma alternância, durante a troca de pneus, reabastecimento e de pilotos.

Campeões em 2016, ESM, não teve um carro para bater os Cadillac. (Foto: ESM)

A chuva também deu as caras. Grande parte das 24 horas, foi sob intempéries climáticas, e suas intermináveis bandeiras amarelas. Muitas provocadas pelos poucos competidores que estavam inscritos na classe PC. Com apenas cinco carros, grande parte das paralisações, foram causadas pelos Oreca FLM09.

Com tamanha paridade entre as equipes, a decisão da prova, acabou indo para os minutos finais. Com um carro mais veloz, Ricky Taylor, acabou forçando a ultrapassagem em cima de Filipe Albuquerque, faltando poucos minutos para o fim da prova.

Tudo aconteceu na curva 1, o americano, tentou ultrapassar, não tendo espaço. Com o toque, Albuquerque acabou rodando, não tendo tempo para recuperar ou pelo menos brigar pela liderança. A vitória da Wayne Taylor Racing, é a primeira desde 2005, quando chegou em primeiro com um Riley DP.

A direção da IMSA, anunciaram que não irão tomar nenhuma atitude contra a Wayne Taylor. Uma vitória, manchada por uma ultrapassagem malfeita. O Cadillac #31, enfrentou diversos problemas durante a prova, terminando na sexta posição. Em terceiro o #90 da Visit Florida. Renger Van Der Zande, Rene Rast e Marc Goossens, acabaram se beneficiando dos abandonos e acidentes. Foi o melhor LMP2 da prova.

Os vencedores da edição 2016 da prova, a equipe Extreme Speed, não lembram nada o bom desempenho de outrora. Scott Sharp, Ryan Dalziel e Pipo Derani, chegaram na quarta colocação, com uma diferença e três voltas para o líder. O #2 enfrentou problemas elétricos durante a prova, além de uma punição, por conta de irregularidades em uma as paradas nos boxes.

O segundo carro da equipe, o #22, no qual estava Bruno Senna, se envolveu em uma batida com o Porsche #991 da equipe TRG, enquanto estava sendo pilotado por Brendon Hartley. Os reparos custaram 25 voltas a equipe.

Rebellion Racing, também enfrentou problemas. (Foto: Reprodução)

A primeira parte da corrida sugeria um desfecho amplamente superior. O carro chegou a liderar antes da 10ª hora durante o turno do neozelandês Brendon Hartley, um dos companheiros de Senna. E corria em segundo quando Hartley tocou um carro da GT e acertou em cheio o muro do oval. As 30 voltas necessárias aos reparos acabaram com qualquer possibilidade da equipe.

“É claro que estou frustrado com o resultado. Tínhamos potencial para terminar no pódio, porque éramos mais velozes que o outro carro da nossa equipe, que terminou em quarto, e até que o terceiro. Com o acidente, não deu para fazer mais nada. Não deu pudemos disputar com a Cadillac, mas estou feliz com meu desempenho e acho que fiz um bom trabalho, principalmente quando as condições da pista eram bastante críticas por causa da chuva”, explicou Senna. Ela acredita que a vantagem da Cadillac na próxima etapa, as 12 Horas de Sebring, deve ser reduzida. “É provável que os organizadores mexam no balanço de performance”, previu.  Na quinta posição o Oreca #85 da JDC-Miller Motorsports.

Na classe PC, com apenas cinco inscritos, a Performance Tech conquistou o primeiro lugar. O #38 de Patrício O´Ward, Kyle Masson, James France e Nicholas Boulle, sobreviveu entre seus pares na classe. Boulle foi o responsável por levar o carro até a linha de chegada. A diferença entre o #85 e o #26 da BAR1 Motorsports foi de 22 voltas. O #20, também da BAR1 Motorsports, terminou na terceira colocação.

Os outros dois carros da classe, coincidentemente da equipe Starworks Motorsports, foram campeões de batidas e saídas da pista. Nenhum dos dois completou a prova.

Ford e a eterna briga com Ferrari, esquenta a classe GTLM

Ford superou mais ma vez a Ferrari. (Foto: IMSA)

A sempre competitiva classe GTLM, viu uma eterna briga ganhando mais um capítulo. Por quase toda a prova, Ford e Ferrari, estavam se alternando na liderança da corrida. Com quatro carros inscritos, a Ford, detinha tanto a superioridade em número, quanto no bom acerto.

Correndo literalmente sozinha, a Ferrari #62 da Rizi Competizione, dos pilotos Toni Vilander, Giancarlo Fisichella e James Calado. A vitória de Joey Hand, Dirk Muller e Sébastien Bourdais. Coroa o bom momento do carro americano. Este mesmo trio, venceu na classe GTE-PRO em Le Mans ano passado.

Surpreendendo no final da prova, O Porsche 911 RSR #911 de Patrick Pilet, Dirk Werner e Fréderic Makowiecki, acabaram superando a Ferrari #62, faltando pouco mais de 30 minutos para o final. Na terceira posição o Corvette #3 de António Garcia, Jan Magnussen e Mike Rockenfeller. O Ford #69, terminou na quinta posição. Os campeões de 2016, o Corvette #4, não completou a prova

Porsche vence na classe GTD

Porsche surpreende e vence na GTD. (Foto: IMSA)

A classe GTD, viu uma grande variedade de modelos. As estreantes Acura e Lexus, chegaram a liderar a prova, mas foi a Porsche que levou o primeiro lugar. Não foi a primeira vitória do time, que venceu em 2007

O 911 GT3 R #28, dos pilotos Michael Christensen, Daniel Morad, Jesse Lazare, Carlos e Michel de Quesada, de apenas 17 anos, superaram o Audi #29 da Land Motorsports de Christopher Mies, Connor de Phillippi, Jules Gounon e Jeffrey Schmidt por 0,293 segundos.

Christensen, que é piloto de fábrica da Porsche, assumiu a liderança na última rodada de pit stops. Enquanto o Audi da Land, acabou demorando demais para realizar sua parada. Voltando na quarta colocação, Christopher Mies, conseguiu recuperar duas posições, não superando o Porsche vencedor.

O #28 não demonstrava forças para lutar pela liderança durante grande parte da prova. Tudo mudou, depois de uma bandeira amarela causada pela Ferrari #63 da Scuderia Corsa. Sam Bird, que pilotava a Ferrari, enfrentou problemas no motor. A equipe terminou em quarto. Na terceira posição, chegou o Mercedes #33 da Riley Motorsports de Jeroen Bleekemolen, Ben Keating, Adam Christodoulou e Mario Farnbacher.

A Michael Shank Racing, que estreou na classe com o Acura teve altos e baixos. O #93 pilotado por Andy Lally, Katherine Legge, Mark Wilkins e Graham Rahal, acabou na 11º posição. O #86 de Jeff Segal, Ozz Negri, Tom Dyer e Ryan Hunter-Reay, terminou na quinta posição.

Outra estreante, a Lexus fez uma corrida para esquecer. O #14 pilotado por Scott Pruett, acabou abandonando, enquanto o #15 que disputava a liderança, sofreu com um furo em um dos pneus. Terminou na 14º colocação.

 

 

Rebellion Racing estuda competir de forma integral nos EUA

Última vez que a Rebellion competiu nos EUA foi em 2013. (Foto: Rebellion Racing)

A Rebellion Racing estuda a possibilidade de competir de forma integral no IMSA WeatherTech SportCar em 2017. A informação foi confirmada pelo diretor da equipe Bart Hayden em entrevista ao site Sportscar365.com.

A última vez que a equipe competiu nos EUA, foi em 2013, quando participou da extinta American Le Man Series, vencendo algumas provas, inclusive a última edição daquele ano, Petit Le Mans.

Como plano inicial, a equipe pretende participar das provas longas, que fazem parte do Tequila Patron North American Endurance Cup (Daytona, Sebring, Glen e Petit Le Mans). Para esses eventos, apenas um Oreca 07 será utilizado. Vale lembrar que o programa da equipe para 2017, inclui o Mundial de Endurance. Será a estreia da Rebellion na classe LMP2.

“Acho que no momento, provavelmente, o programa que temos é um desafio suficiente”, disse Hayden. “Eu sei que Alexandre Pesci [proprietário da equipe] está animado sobre as corridas do NAEC. Ele vai vir para a corrida de Daytona, então isso é realmente uma boa notícia.”

“Você nunca sabe, ele pode vir e pensar que vamos ter uma quebra no campeonato. Acho que é improvável para ’17, mas talvez para ’18.”

Tendo sua base técnica nos EUA nas instalações da Robertson Racing, equipe que competia na ALMS com o Ford GT, as chances de uma temporada completa pode ser reais.

“A facilidade que a Robertson Racing nos apresentou em Atlanta é boa”, disse Hayden. “Uma vez que você estabeleceu essa relação de trabalho,  você pode mantê-la, é a coisa óbvia a fazer.”

“Algumas das dores de cabeça que tínhamos antes desse acordo era, onde vamos nos basear? O que nós vamos fazer? Tenho o prazer de dizer que está funcionando muito bem.”

“Assim você pode se concentrar mais no programa e preparar os carros. É meio que um passo de cada vez.”

“Fazer as quatro corridas nos permite participar de grande parte do campeonato.”

Por enquanto, Hayden planeja utilizar a mesma equipe para os programas IMSA e WEC, embora mantendo um dos Oreca nos Estados Unidos para aliviar os desafios logísticos.

No entanto, terá pessoal adicional em Daytona para a primeira corrida da equipe de 2017, a primeira com o novo LMP2. “Há um elemento de aprendizagem, e estamos tentando acelerar o processo para preparar o carro”, disse Hayden.

Rebellion coloca Bruno Senna e Nicolas Prost no mesmo LMP2 para o WEC

(Foto: Rebellion Racing)

A Rebellion Racing, divulgou nesta segunda (09), os pilotos que faltavam para compor a equipe para a temporada 2017 do Mundial de Endurance. Os escolhidos foram David Heinemeier Hansson e Julien Canal. O time também definiu a formação dos dois Oreca 07, que estarão na classe LMP2 do WEC.

Heinemeier Hansson, ex-Campeão da classe GTE-AM do WEC, vai dividir o #13 com Mathias Beche e Nelsinho Piquet.

“Desde que comecei a competir no endurance, a Rebellion Racing tem se mantido no auge das equipes privadas”, disse Heinemeier Hansson.

“Eu não poderia desejar uma equipe melhor para começar a minha quinta temporada completa no WEC FIA e minha sexta racha nas 24 horas de Le Mans.”

“A competição é mais dura do que nunca na LMP2, os carros são mais emocionantes do que nunca, e juntos estaremos prontos como uma equipe”.

Julen Canal, entretanto, retorna ao WEC depois de um período de um ano na European Le Mans Series com a Greaves Motorsport em um Ligier JS P2 Nissan. Ele vai dividir o #31 com Nicolas Prost e Bruno Senna.

“Depois de vencer o campeonato FIA WEC LMP2 em 2015, meu desejo de voltar foi muito alto e eu queria voltar com uma equipe forte, uma equipe com a vontade de ganhar e vibração positiva”, disse ele.

“Eu não posso esperar para dirigir o novo Oreca 07 LMP2. Conheço Bruno Senna, nos damos muito bem, e com Nico nosso relacionamento amistoso remonta por muitos anos, estou ansioso para compartilhar este carro com os dois “.

O chefe da equipe, Bart Hayden, acrescentou: “Estamos ansiosos por uma grande temporada de corrida em 2017 no Campeonato Mundial de Endurance da FIA e, em junho, esperamos ter outra exibição forte em Le Mans.”

A equipe iniciará sua campanha com as 24 horas de Daytona, com apenas 1 carro. Os pilotos escalados foram Neel Jani, Stephane Sarrazin, Sebastien Buemi e Nick Heidfeld.

 

Protótipos Oreca na frente pelo ROAR em Daytona

(Foto: John Dagys)

A Rebellion Racing, se manteve na frente, com o melhor tempo no segundo dia do ROAR em Daytona. Neel Jani, novamente foi o responsável pelo melhor tempo das 3 sessões de testes do dia

Marcando 1:38.944, superou o Mazda #55 com Tristan Nunez marcando 1:39.157. Na terceira posição o Oreca #81 da equipe DragonSpeed de Ben Hanley. Em quarto o também Oreca #85 da JDC-Miller Motorsports. O Cadillac #10 da Wayne Taylor Racing terminou na sexta colocação.

O Ford GT #67 de Scott Dixon liderou a tabela de tempos da classe GTLM. Dixon marcou 1:44.558. O Oreca #38 da equipe Race foi o mais rápido na classe PC. O Audi R8 LMS da Land Motorsports, ficou em primeiro na classe GTD.

Terceiro treino.

Quarto treino.

Quinto treino.

 

Rebellion Racing fecha primeiro dia de treinos em Daytona na frente

(Foto: Rebellion Racing)

A Rebellion Racing com seu Oreca 07, começou na frente das demais equipes, fechando o primeiro dia de testes do ROAR na frente, em Daytona. Coube a Neel Jani, marcar 1:39.160. Em segundo, o também Oreca #85 da JDC-Miller ficou à apenas 0,274 milésimos.

O melhor protótipo DPi, foi o Cadillac #10 da Wayne Taylor Racing com 1:39.496, na parte da manhã. Os primeiros dois tempos foram obtidos no treino da tarde. Em termos de comparação, o tempo de Jani ficou 1,5 segundo mais lento do que o melhor tempo do ROAR de 2016, liderado pelo Corvette DP #31 da Action Express Racing, pilotado por Eric Curran.

Em quarto e quinto, o Ligier #52 da PR1/Mathiasen e o Oreca #81 da DragonSpeed. Entre os GTLM, o Corvette ficou com o primeiro lugar marcando 1:44.760, pelas mãos de Jan Magnussen. Na classe GTD, Andrew Davis liderou com o #57 da Stevenson Motorsports. A classe PC, teve como melhor colocado o Oreca #26 da BAR1 Motorsports.

Primeiro treino.

Segundo treino.

Nelsinho Piquet e Bruno Senna correm pela Rebellion Racing em 2017

(Foto: Divulgação)

A Suíça Rebellion Racing, confirmou nesta terça (20), que irá alinhar dois Oreca 07 na classe LMP2 no Mundial de Endurance e 24 horas de Le Mans de 2017. Além do WEC, a equipe vai participar do NAEC pela IMSA.

Os pilotos também tiveram suas identidades reveladas. Quatro dos seis estão definidos. Nicolas Prost, Mathias Beche e Nelson Piquet Jr, assim como Bruno Senna. Os pilotos restantes e as combinações serão ser confirmada no futuro próximo.

“Eu estou tão animado para fazer parte da Rebellion Racing para o FIA WEC em 2017! A equipe realmente tem se esforçado para obter a linha mais competitiva possível para o campeonato, bem como ganhar Le Mans em LMP2 “, afirmou Senna. “O nosso trabalho vai ser muito difícil, com tantos pilotos fortes e equipes, mas eu estou muito ansioso.”

“Estamos muito satisfeitos em confirmar nossos planos de entrar em dois Oreca 07 LMP2 no Campeonato Mundial de Endurance 2017 juntamente com a nossa entrada na IMSA”, acrescentou Bart Hayden. “Nós também estamos muito feliz que Nico, Mathias e Nelson estarão dirigindo conosco novamente em 2017 e eu gostaria de recebê Bruno de braços abertos.”

“Ficamos impressionados com o Oreca 07, quando testado em Sebring, na semana passada, ele deve ser um bom carro para lutar pelas vitórias.”

Rebellion Racing apresenta Oreca 07 para 2017

A Rebellion Racing confirmou nesta quinta (10), a escolha pelo Oreca 07 para a temporada a 2017. A nota não revela em qual campeonato a equipe suíça vai estar participando.

Após anunciar que não iria participar da classe LMP1 em 2017, fica a expectativa se o time volta ao WEC, ELMS ou IMSA. Ou todos de uma vez. A parceria com a Oreca vem desde 2014.

“Os LMP2 de 2017 serão muito competitivos,o que torna a escolha do parceiro certo chassis muito importante”, disse o gerente da equipe Bart Hayden.

“Com o R-One,  apreciamos a habilidade dos designers Oreca e temos testemunhado o sucesso do seu chassis 05 na LMP2, por isso era quase uma escolha lógica para que possamos continuar a nossa associação juntos.”

“Estamos muito animados com este novo desafio e estamos ansiosos para por nossas mãos nos novos carros.”

O presiente da Oreca, Hugues de Chaunac acrescentou: “Após o sucesso e o grande desafio com o R-One, era lógico e natural continuar a excelente relação de trabalho construído ao longo dos últimos anos.”

“A chegada da equipe na LMP2 é uma notícia muito boa para a categoria.” Finalizou. Detalhes sobre o programa da equipe para 2017 deve ser anunciados nas próximas semanas.

Rebellion compete na classe LMP2 no Mundial de Endurance 2017

(Foto: SPORTSYSTEME)

A Rebellion Racing, principal equipe privada da classe LMP1 do Mundial de Endurance, anunciou nesta quinta (06) a sua mudança para a classes LMP2 para o próximo ano, contrariando as informações anteriores que davam como certa sua permanência na P1, bem como o desenvolvimento de um novo LMP para a classe.

No curto comunicado, a equipe enalteceu sua participação na classe LMP1, desde 2009 quando alinhou um Lola equipado com motor Aston Martin. No ano seguinte, foram dois Lola com motores Judd V10.

Entre 2011 e 2014, a equipe firmou parceria com a Toyota, para a utilização de um motor V8 de 3.4 litros. Suas melhores classificações em Le Mans foram o terceiro lugar em 2012 e 2014.

Ainda em 2014, firmou uma parceria com a Oreca, no momento que os regulamentos mudavam para um controle maior de fluxo de combustível. Assim nascia o Rebellion R-One. O protótipo que dividia sua estrutura com o Oreca 05, inicialmente foi equipado com o V8 da Toyota e depois com um V6 biturbo da AER.

Ficou em quarto lugar na classificação do WEC em 2014, porém nunca consegui fazer frente aos protótipos oficiais de fábrica. Por conta dessa dificuldade, e principalmente dos pequenos esforços da ACO em tentar equalizar as coisas entre equipes oficiais e privadas, a equipe resolveu depois de 7 anos, competir na classe LMP2 em 2017.

Com uma forte parceria com a Oreca, é quase certo que o novo Oreca 07 seja o carro a ser escolhido pelo time suíço. A principal novidade para o time é a possibilidade de disputar além do WEC, IMSA e ELMS. Esses dois últimos vitórias no geral. O time venceu Petit Le Mans em 2012 e 2013, pela saudosa ALMS.