Após vitória em Le Mans, Porsche quer manter liderança em Silverstone

(Foto: Porsche AG)

Vencedores na classe GTE-PRO em Le Mans Michael Christensen e Kévin Estre, encaram a terceira etapa do Mundial de Endurance que será disputada em Silverstone com confiança.

A dupla espera levar o Porsche 911 RSR #92 ao degrau mais alto do pódio. Para tal acredita na confiabilidade do modelo alemão. “Depois da Le Mans ganhar estamos indo para Silverstone muito confiantes. Graças ao nosso segundo lugar em Spa e a vitória na França, estamos liderando o campeonato. Para manter a nossa liderança, no entanto, precisamos ganhar pontos. Devido às combinações de curvas, os pneus são colocados sob imensa tensão, especialmente a altas temperaturas. Precisamos manter isso em mente,” comenta Kévin Estre.

Com seis carros confirmados, dois na classe GTE-PRO e quatro na AM, as duplas na classe profissional foram mantidas. Michael Christensen e Kévin Estre no 911 #92 e Richard Lietz e Gianmaria Bruni no #91.

Três equipes de  clientes estão confirmadas. Júnior Julien Andlauer, Christian Ried e Matt Campbell estarão no 911 #77 da equipe Dempsey Proton Racing. O trio lidera o campeonato na classe. No #88 estão confirmados Matteo Cairoli, Khaled Al Qubaisi e Giorgio Roda. Jorg Bergmeister, Patrick Lindsey e Egídio Perfetti estarão no #56 do Team Project 1. Michael Wainwright, Ben Barker e Alex Davison estão confirmados no Porsche ##86 da Gulf Racing.

O Vice-presidente do programa Motorsports e GT da Porsche, Dr. Frank-Steffen Walliser, a prioridade é a manutenção da liderança. “Após o encerramento da batalha em Le Mans estamos prontos para enfrentar o próximo desafio. Nosso objetivo é defender a nossa liderança nos pontos. Silverstone goza de uma longa tradição e ocupa um lugar muito especial no coração dos pilotos e entusiastas de corridas de endurance. Estamos perfeitamente preparados. Em Le Mans, o Porsche 911 RSR, mais uma vez salientou que ele pode lidar com enormes tensões e é confiável.”

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Augusto Farfus inicia maratona de corridas pelo DTM e WEC

(Foto: Divulgação)

Após um intervalo de mais de três semanas para a pausa de verão europeu, o DTM retoma suas disputas neste fim de semana (10 a 12), com a 6ª etapa do campeonato. A categoria volta ao tradicional circuito de Brands Hatch, onde não corria desde 2013, mas com uma novidade. Ao invés de usarem o traçado curto (conhecido como Indy), como aconteceu nas provas anteriores, desta vez será utilizado o traçado longo, que Augusto Farfus conhece bem, e por isso, chega confiante para brigar pelas primeiras posições e seguir em rota ascendente nesta segunda metade da temporada.

A reação apresentada pelo único brasileiro do grid na etapa de Zandvoort, realizada no meio de julho, quando teve seu fim de semana mais consistente no ano até agora, andando sempre entre os 10 melhores, com um top-5 e um 8º lugar nas corridas, e subiu duas posições na classificação geral, enche o piloto da BMW de boas expectativas para mostrar um forte desempenho novamente. 

Localizado a cerca de 30 quilômetros da capital Londres, o circuito de 3.908 metros de extensão de Brands Hatch tem majoritariamente curvas rápidas, muitas subidas e descidas, e longos trechos de aceleração. Neste mesmo traçado, quando corria pelo WTCC, Farfus já marcou uma pole position e venceu provas, assim, o piloto do carro #15 quer aproveitar dessa experiência para somar bons pontos na rodada dupla.

A prova deste fim de semana abre a maratona de compromissos nas pistas que Farfus terá nos próximos dias. Na sequência da etapa em Brands Hatch, ele continua na Inglaterra, e entre os dias 17 e 19 de agosto volta a correr pelo Campeonato Mundial de Endurance (WEC), após as 24 Horas de Le Mans, nas 6 Horas de Silverstone, dividindo a nova BMW M8 GTE com o português António Félix da Costa. No outro fim de semana, nos dias 24 a 26, ele participa de mais uma etapa do DTM, na estreia da categoria no circuito italiano de Misano. 

“Temos uma maratona pela frente, com três finais de semana seguidos de corrida, dois pelo DTM e um pelo WEC. Conheço a versão longa da pista de Brands Hatch, pois corri na época do WTCC, com pole e vitória, então tenho boas recordações. De certa maneira, as características da pista lembram Zandvoort, onde tivemos um bom desempenho, o que nos deixa bem otimistas em relação ao acerto e equilíbrio do carro, então pode ser um bom fim de semana para nós. Obviamente, o clima sempre incerto da Inglaterra pode influenciar, mas estamos confiantes. Depois fico direto para as 6 Horas de Silverstone, com agenda cheia, dois carros diferentes, com estilo de pilotagem diversos, mas é algo muito prazeroso,” comentou o piloto. 

Em Brands Hatch, as atividades de pista serão concentradas em apenas dois dias. No sábado acontecem dois treinos livres, antes da classificação e corrida 1. No domingo, os pilotos contam com mais uma sessão de treinos, assim como uma classificação e uma corrida. Ambas as provas serão transmitidas ao vivo pelo canal Bandsports, a partir das 9h30, com 55 minutos mais uma volta, e pit-stop obrigatório. Os fãs também podem acompanhar a transmissão do DTM através do site www.farfus.com, na aba Live Races. 

Programação completa do DTM em Brands Hatch (horários de Brasília):

Sábado, 11 de agosto:
5h às 5h30 – Treino livre 1 / treino de largadas
5h35 às 6h – Treino livre 2
7h20 às 7h40 – Classificação 1
9h30 – Corrida 1

Domingo, 12 de agosto:
6h às 6h20 – Treino livre 3 / treino de largadas
7h20 às 7h40 – Classificação 2
9h30 – Corrida 2

Ford e seu programa DPi para a IMSA

GT com os dias contados? (Foto: Divulgação WEC)

A Ford pode ser o próximo fabricante a alinhar protótipos na classe DPi na IMSA. A informação foi revelada nesta terça-feira, 07, pelo site Sportscar365.com e revela que estudos estão nos estágios iniciais.

O programa da Ford no Mundial de Endurance encerra no final de 2019, a montadora já deixou claro que não irá estender este prazo e os caminhos indicam a série de Endurance nos Estados Unidos.

Todo o desenvolvimento do novo protótipo estaria a cargo da Multimatic, empresa que desenvolveu o Ford GT. Dirigentes da montadora já deixaram claro que não teriam programas esportivos, tanto na IMSA, quanto no Mundial de Endurance. A opção pelo mercado americano vem ganhando força, desde que dirigentes da Ford não participaram do grupo de estudos promovido pela FIA e ACO, sobre os novos regulamentos do Mundial de Endurance.

O diretor esportivo da marca, Mark Rushbrook, não quis comentar as informações pelo site, muito menos responder sobre um possível DPi já em 2019. “Não comento sobre as atividades futuras”.

De acordo com o presidente da IMSA, Scott Atherton, nenhum novo fabricante está confirmado para o próximo ano na classe DPi. “Estamos sempre em reuniões e sempre há um processo e conteúdo. Mas não acho que estamos esperando um novo jogador. Se houvesse, saberíamos sobre isso e isso não está em pauta agora.”

“Poderia acontecer. Há sempre conteúdo em desenvolvimento. Mas nosso planejamento de negócios não está esperando isso.”

Ginetta troca motores Mecachrome por AER no Mundial de Endurance

(Foto: Divulgação)

Ausente na próxima etapa do Mundial de Endurance a TRSM Racing que compete com protótipos Ginetta,  substituiu os motores V6 da Mecachrome pelos V6 da AER. Como a mudança precisa ser solicitada para a FIA, a equipe não o fez em tempo hábil, devendo realizar tal manobra com uma janela de 30 dias entre cada evento.

Em nota a equipe lamenta o ocorrido. “A Ginetta está extremamente desapontada com este resultado, já que o fabricante havia garantido que tudo estava pronto para entregar um carro competitivo pronto para a corrida ‘de fábrica’ do fabricante e da equipe”, disse. “Isso incluiu uma mudança de motor para fornecer a potência adicional que faltava na estreia competitiva do G60-LT-P1 em Le Mans.”

“Um novo fabricante foi escolhido optando por mudar para um motor AER V6 P60B quando o fornecedor de motores existente, Mecachrome, confirmou que não poderia fazer as mudanças necessárias. Infelizmente, apesar dos melhores esforços de Ginetta, agora parece que os carros não correrão”.

O calvário da equipe iniciou na abertura do WEC em SPA-Francorchamps quando o patrocínio da Manor acabou comprometendo o orçamento da equipe. Em Le Mans os dois LMP1 enfrentaram problemas de confiabilidade e potência. Charlie Robertson, Michael Simpson e Leo Roussel terminaram em 41º no geral.

O outro lado

A Mecachrome divulgou nota nesta segunda-feira, 06, esclarecendo as declarações da Ginetta. O acordo entre as duas partes se estenderia por toda a super temporada que termina em 2019.

Com as intempéries da etapa de SPA e sem a assinatura do contrato, as relações ficaram complicadas. “Finalmente, um contrato revisado entre a Ginetta e a Mecachrome viu o programa de corrida dos dois carros ser reduzido a apenas incluir Le Mans”, diz o comunicado.

Bruno Engelric, diretor da Mecachrome Motorsport, diz que a corrida limitada de menos de 3.000 km em SPA contribuíram para os problemas em Le Mans. “Essa falta de corridas na preparação para Le Mans significou que continuamos a desenvolver o carro durante o Dia de Testes e a semana da corrida”, disse Engelric.

“Tivemos algumas perguntas sobre o desempenho do motor quando instalamos no carro em comparação com os testes em dinamômetro, mas essa é uma informação crucial que você pode obter apenas com o teste na pista.”

“Havia queixas regulares sobre o motor não serem suficientemente potentes em comparação com outras unidades no mercado, mas desde o primeiro dia, a Ginetta e a Mecachrome tinham concordado que o objetivo principal era terminar Le Mans com a especificação original do motor.”

“Se estivéssemos correndo com um adicional de 50 cv, o resultado final teria sido o mesmo, ou possivelmente pior.”

No comunicado divulgado pela Ginetta na última sexta-feira, não conseguiu fazer alterações para conseguir “potência adicional que faltava na estreia do G60-LT-P1 em Le Mans.”

Em resposta a Mecachrome alega que não poderia continuar o desenvolvimento sem garantias, devido à incerteza financeira da equipe. “Do ponto de vista técnico e de desempenho, a Mecachrome cumpriu os compromissos prometidos e acordados desde o primeiro dia”, disse Engelric.

“As questões financeiras e de negócios antes mesmo da Super Temporada não ajudaram o relacionamento comercial; No lado técnico, e apesar da falta de testes e execução, entregamos o que nos comprometemos.”

“Ficamos surpresos com a escolha de Ginetta e Manor de usar um motor que foi desenvolvido por anos, mas não conseguiu terminar em Le Mans em junho.”

“Ver a bandeira quadriculada em sua primeira participação mostra a qualidade do nosso trabalho e o potencial do motor Mecachrome.”

Ford e Ferrari divergem sobre novos regulamentos do Mundial de Endurance

Ford quer unificação com a IMSA. (Foto: Divulgação ACO)

As novas regras para o Mundial de Endurance a partir de 2020, quando estão previstas a adição de protótipos com layout semelhante aos carros GT, tem levantado polêmicas. Muitos acreditam que o novo pacote irá desvirtuar a classe LMP1, deixando de lado a filosofia implementada pela ACO sobre protótipos.

Se os fabricantes buscam uma unificação entre a classe DPi da IMSA, celeiros de fabricantes como GM, Nissan, Mazda e num futuro a Hyundai, o dirigente Francês aposta em algo totalmente novo.

De acordo com informações levantadas pelo site Sportscar365.com, Ford e Ferrari não participaram da última reunião entre fabricantes, após o anúncio dos rumos que a entidade quer dar ao WEC.

Entre os fabricantes apenas Toyota, Aston Martin e McLaren enviaram representantes, Oreca e Onroak Automotive que desenvolvem protótipos, também participaram junto com a fornecedora de motores para a classe LMP2 Gibson.

O diretor de automobilismo da Ford, Mark Rushbrook, confirmou a ausência do construtor americano da reunião. “Ainda estamos seguindo o processo para ver aonde vai”, disse Rushbrook ao Sportscar365.  “Nós estabelecemos quais são os nossos princípios que nos interessam nessa série ou não e estamos acompanhando para ver onde termina.”

Segundo o dirigente a montadora só entraria na classe, se ela fosse em comum com a IMSA. O campeonato americano terá novas regras a partir de 2022. “Nossos princípios são que tem que ser global, significando que o mesmo conjunto de regras existe no WEC e no IMSA, tem que ser acessível e tem que ser relevante”, disse ele.

Segundo o site o sistema de BoP utilizando este ano em Le Mans, onde a Ferrari 488 GTE foi “penalizada” com alterações seguidas, motivou o não comparecimento na reunião.

Em compasso de espera a IMSA espera que os custos, sejam amortizado o máximo possível. O teto orçamentário para a nova geração de protótipos proposto pela ACO e FIA, está entre 30 e 35 milhões de dólares.

“Nada mudou a partir da nossa perspectiva sobre o anúncio em em Le Mans, em que estamos comprometidos em ver este processo”, disse o presidente da IMSA Scott Atherton ao site Sportscar365. “O objetivo agora é estar alinhado nesta plataforma global que está chegando… É um compromisso total de nossa parte para ver isso, e acho que nossa voz é válida.”

A próxima reunião do grupo de estudos está marcada, para o final do mês de agosto. Os regulamentos deverão ser apresentados ao Conselho Mundial de Automobilismo da FIA em dezembro.

WEC divulga lista de inscritos para Silverstone

(Foto: FIAWEC)

A direção do Mundial de Endurance divulgou nesta sexta-feira, 03, a lista de inscritos para a terceira etapa do WEC, que será disputada no circuito de Silverstone na Inglaterra, entre os dias 18 e 19 de agosto.

Silverstone é a primeira prova após as férias do WEC, e irá contar com 34 carros. Na classe LMP1 as equipes regulares da série voltam. Bruno Senna é o único brasileiro confirmado no Rebellion #1 ao lado de Neel Jani e André Lotterer. Fernando Alonso dividirá o Toyota TS050 #8 com Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima. A equipe Manor não deve competir, após os problemas financeiros enfrentados no início da temporada.

Lista de inscritos

Na classe LMP2 serão sete protótipos. Ligier, Oreca, Aline e Dallara estarão disputando a vitória. André Negrão é o único brasileiro na classe. Dividirá o Alpine #36 com Nicolas Lapierre e Pierre Thiriet.

Maior classe do grid a GTE-PRO confirmou 10 carros. Ford, Porsche, Aston Martin e Porsche. Com um carro a menos a a GTE-AM terá modelos Ferrari, Porsche e Aston Martin.

ACO altera EoT da classe LMP1 do Mundial de Endurance

Seria a grande chance da Rebellion Racing? (Foto: Divulgação equipe)

A FIA divulgou nesta quinta-feira, 19, alterações no EoT (balanço de performance) na classe LMP1 do Mundial de Endurance. O objetivo é tentar “concertar” o que ocorreu nas 24 Horas de Le Mans deste ano, onde nenhum protótipo privado, encontrou meios de superar a Toyota que venceu a prova, que venceu com uma vantagem de 12 voltas para o Rebellion Racing.

Para a etapa de Silverstone, a Toyota perdeu os 0,25% (0,5 segundos por volta em Le Mans) de vantagem, frente os modelos não-híbridos. Outra alteração é que os protótipos privados, tiveram o fluxo  de reabastecimento aumentado de 108 para 115 kg/h. Rebellion R13 e DragonSpeed BR1, estarão 15 quilos mais leves. A Toyota não sofreu alteração nestes dois pontos.

Alteração EoT

Alteração EoT 2

Para o delegado técnico da ACO, Thierry Bouvet, Le Mans mostrou claramente que a disparidade entre privados e a Toyota, foi maior do que se esperava. “Como resultado dos estudos realizados neste inverno, fornecemos às equipes privadas um fluxo de combustível para ajudá-las a alcançar níveis de desempenho próximos aos dos carros híbridos”, disse ele.

“Então, aproveitamos as informações concretas coletadas durante o Prologue, a primeira rodada no Spa e o dia do teste em Le Mans. Como as equipes sabem, nem tudo pode ser previsto em Le Mans.”

“Por exemplo, entre o dia do teste e a qualificação em Le Mans, o tempo mais rápido na categoria LMP2 melhorou em 2,4 segundos, comparado a 0,2 segundos para os LMP1s não híbridos.”

“Vários fatores podem explicar isso, como diferentes condições de pista ou porque as equipes não querem comprometer a confiabilidade.”

“Finalmente, vários parâmetros contextuais também podem ter afetado certas estimativas da EoT”. Finalizou. 

Para superar Toyota, Rebellion Racing testa em Paul Ricard

(Foto: Divulgação)

Bruno Senna inicia nesta quinta-feira dois dias de testes com o carro da Rebellion Racing no circuito francês de Paul Ricard. Quinto colocado no Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC ao lado dos companheiros Neel Jani e Andre Lotterer, depois das duas primeiras etapas da supertemporada 2018/2019, o brasileiro foi um dos dois pilotos da equipe franco-suíça convocado para trabalhar no desenvolvimento do protótipo da classe LMP1. Dividirá o único carro levado ao sul da França com Mathias Beche, titular do Rebellion R13 de número 3 juntamente com Gustavo Menezes e Thomas Laurent.

Bruno chegou em terceiro na abertura da temporada nas 6 Horas de Spa e em quarto nas 24 Horas de Le Mans. No entanto, com a desclassificação aplicada depois da vistoria técnica na Bélgica em função de irregularidade no assoalho do carro, Bruno perdeu pontos importantes na luta contra os principais rivais, notadamente os competidores das equipes particulares. Os pilotos de fábrica da Toyota estão confirmando o amplo favoritismo e ocupam as duas primeiras colocações do campeonato, comandado por Fernando Alonso, Kazuki Nakajima e Sébastien Buemi.

“Vamos avaliar um novo kit aerodinâmico para pistas de alto downforce”, explicou Bruno. “Temos também alguns desenvolvimentos de acerto para experimentar”, acrescentou.  “O domínio da Toyota, única fábrica a se manter na categoria depois da saída da Audi e da Porsche, já era esperado, mas a larga vantagem conquistada pelos japoneses em Le Mans comprovou o desequilíbrio de forças. A equalização técnica regular deve reduzir o hiato nas próximas etapas. “Aparentemente, vão nos devolver fluxo de combustível, então deveremos ganhar bastante potências”, disse Bruno.

O balance of performance e as novidades que estarão sendo testadas nesta semana podem dar um salto de competitividade à Rebellion. Se serão suficientes para fazer frente à Toyota é uma questão que só começará a ser esclarecida na terceira etapa. “Essa é uma boa pergunta”, reconheceu Bruno. O calendário voltará a ser movimentado dentro de um mês nas 6 Horas de Silverstone, programada para dia 19 de agosto.

Pilotos da Fórmula 1 criticam uso de chicane na reta Mistral de Paul Ricard

F1 é uma das poucas categorias que utilizam a chicane da reta Mistral. (Foto: Divulgação)

Em busca de mais emoção e principalmente ultrapassagens, vários pilotos criticaram o uso da chicane na Mistral, principal reta do circuito de Paul Ricard. A pista volta ao calendário da F1 depois de 27 anos.  Categorias como o European Le Mans Series e Blancpain Endurance Series, utilizam em suas competições a reta de forma integral, sem apêndices para diminuir a velocidade dos carros.

Durante o briefing dos pilotos realizado nesta sexta-feira, 22, vários criticaram a entidade por limitar a velocidade naquele trecho do circuito. Sem um conhecimento prévio da pista, várias equipes acertarem seus carros sem a chicane na reta, utilizando simuladores.

Brendon Hartley, que estou na pista com o Porsche 919 Hybrid, lamentou o uso da chicane. “Acredito que uma longa linha reta potencialmente criará mais ultrapassagens”, disse ele quando questionado pelo Motorsport.com. “Eu não acho que isso vai acontecer  amanhã, mas eu testei e corri sem a chicane”.

“Isso torna as coisas interessantes, porque é menos downforce com a longa linha reta. Talvez seja um ponto de discussão para o próximo ano. A boa notícia é que há muitas opções.”

Para Sergio Perez os fãs é que acabam perdendo. “Falamos com Charlie Whiting sobre isso, melhorar as ultrapassagens, melhorar o show e torná-lo mais interessante”, disse Perez.

“Acho que a melhor corrida que tivemos até agora neste ano foi em Baku, e todas as pistas devem estar tomando alguma direção disso. O circuito é desafiador, leva os pilotos ao erros.”

Protótipos utilizam o traçado sem amarras. (Foto: Le Mas Cup)

Outro ponto criticado foram as entradas e saídas dos boxes. A velocidade foi reduzida de 80 km/h para 60 km/h. De acordo com o diretor da prova, os pilotos poderiam perder o controle, podendo “acertar” os boxes da equipe Mercedes.

A pista muito elogiada por sua segurança e velocidade, foi criticada pelo piloto Lewis Hamilton. Para o inglês é difícil encontrar pontos de referência ao redor da pista, sendo possível a perda de controle.

“Há muitas linhas diferentes que você pode pegar e é complicado encontrar pontos de referência na pista”, disse. “É difícil dizer onde você está. Há alguns lugares, por exemplo nas retas, onde você está tentando descobrir onde fica os limites do traçado.”

Mais habituados as adversidades, Daniel Ricciardo e Nico Hulkenberg, não encontraram dificuldades em assimilar o traçado. “Muitas curvas são cegas”, disse Hulkenberg. “Você tem tantos layouts de pista diferentes e todas essas cores ao longo da pista”.

Ricciardo acrescentou: “É meio aberto, você pode se perder com todas aquelas linhas azuis e vermelhas, mas o layout era mais divertido do que eu pensava”.

As linhas azuis e vermelhas, uma das características do traçado, também foi criticada por vários jornalistas. Acostumados com traçados relativamente iguais, muitos projetados por Herman Tilke, a mudança causou desconforto.

 

Após treino classificatório, Porsche e Ford correm mais pesados em Le Mans

Porsche que faz a pole nas classes PRO e AM, corre com 10kg a mais. (Foto: Porsche AG)

O bom desempenho da Porsche e Ford, no treino classificatório para as 24 Horas de Le Mans nesta quinta-feira, 14, teve um preço. Os dois fabricantes irão estar mais lentos, visto a última atualização do BoP, divulgada nesta sexta-feira, 15.

Pole na classe GTE-PRO, o Porsche 911 terá um aumento de 10kg. Já o Ford GT terá 8kg a mais. Corvette, BMW e Aston Martin tiveram redução: 5kg para o modelo americano e 5kg para o alemão e inglês.

Quem se beneficia com essas mudanças, é a Aston Martin e BMW que ficaram nas últimas posições da classe. A Ferrari 488 GTE EVO é o único carro que vai competir com o mesmo peso da qualificação. O modelo italiano ganhou 1kg de alocação de combustível.

A aumento de peso também foi empregada na classe GTE-AM. A Porsche que também marcou a pole na classe, verá seus carros 10kg mais pesados. A versão antiga do Aston Martin Vantage corre, com 10kg a menos. Ferrari 488 GTE não sofreu alterações.