Corvette é a novidade do WEC para Sebring

(Foto: Divulgação)

A direção do Mundial de Endurance anunciou na manhã desta terça-feira, 29, a lista de inscritos para as 1000 milhas de Sebring, corrida que marca o retorno do circuito ao calendário do WEC.

A principal novidade além da prova em si, é a participação de um Corvette C7.R na classe GTE-Pro. O #64 será pilotado por Jan Magnussen, Antonio Garcia e Mike Rockenfeller. Na classe LMP1 Sergey Sirotkin entra no lugar de Matevos Isaakvan no #17 da SMP Racing ao lado de Stéphane Sarrazin e Egor Ordzhev. Nathanael Berthon foi confirmado no Rebellion #3, ao lado de Gustavo Menezes e Thomas Laurent.

Mudanças também na LMP2. David Heinemeier Hansson aparece no Oreca #37 da Jackie Chang Racing ao lado de Jordan King e Will Stevens.

A BMW confirmou os terceiros pilotos para os seus dois carros. Alexander Sims fica com Martin Tomczyk e Nicky Catsburg no #81. Augusto Farfus e Antonio Felix da Costa terão a companhia de Bruno Spengler no #82

Bruno Senna está confirmado no Rebellion #1, André Negrão aparece no Alpine #36 e Daniel Serra na Ferrari #51 da AF Corse.

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Corvette compete em 2019 com o modelo C7.R

Modelo está na ativa desde 2014. (Foto: Divulgação)

A Corvette Racing vai competir na temporada 2019 da IMSA, Le Mans e eventualmente no WEC com o atual C7.R. A informação foi apurada pelo site Dailysportscar.com O principal motivo para o atraso na estréia do C8.R no próximo ano, é que a versão de estrada não está pronta.

O C7.r #65 que compete neste final de semana em Xangai é o chassi 004. Sua última participação em provas de endurance foi no ROAR no circuito de Daytona em janeiro de 2017.

Ao contrário da lógica, este carro poderia ser usado em conjunto, com os dois amarelos que competem regularmente na IMSA. Outro motivo para a manutenção do atual modelo, são os regulamentos da classe tanto para Le Mans, WEC e IMSA que não permitem a mudança de modelo dentro da mesma temporada.

A atual geração do Corvette está nas pistas desde 2014.

Erro da Corvette da vitória para Ford em Lime Rock

(Foto: Ford Performance)

Um erro tirou a da Corvette a vitória na IMSA neste sábado, 21 no circuito de Lime Rock nos Estados Unidos. Jan Magnussen liderou  com o C7.R #3 desde a primeira volta, porém um erro fez a vantagem de mais de 10 segundos, ir por terra, faltando 13 minutos para o término da prova, que teve 2 horas e 40 minutos de duração.

Resultado final

Com o erro, Joey Hand levou o Ford GT #66 ao primeiro lugar. Esta foi a terceira vitória da Ford na temporada. Hand dividiu o GT com Dirk Mueller. Assim a dupla do #66 alcançou a liderança no campeonato na classe GTLM, com um ponto a mais do a dupla da Corvette, Antonio Garcia e Jan Magnussen. O Ford #67 aparece na terceira posição no campeonato com Richard Westbrook e Rian Briscoe.

“É simplesmente incrível”, disse Hand. “Sabíamos que essa corrida seria interessante. Nós sabíamos que a longevidade do pneu seria a chave aqui, e você tem que ficar impressionado com a Michelin. Eles foram bons quando precisávamos deles porque eu tinha 12 segundos de vantagem Percebi que o #3 estava com problemas, dificuldades com o tráfego.”

Em segundo o Corvette #3, seguido pelo Porsche #912 de Earl Bamber e Laurens Vanthoor. O Porsche enfrentou problemas na troca de pneus, faltando 55 minutos para o término da prova. Oliver Galvin e Tommy Milner levou o Corvette #4 a quarta colocação. O Porsche #911 de Nick Tandy e Patrick Pillet, fechou os cinco primeiros.

Os dois BMW do Team RLL não apresentaram um bom rendimento. O #25 terminou em sétimo com duas voltas de desvantagem,  para o carro líder. Já o #24 abandonou depois de várias paradas, para fixar a carenagem.

Na classe GTD a vitória ficou com o Lamborghini #48 da equipe Paul Miller Racing.

Corvette confirmada nas 6 Horas de Xangai

(Foto: Divulgação)

A Corvette confirmou nesta sexta-feira,22, sua participação na etapa de Xangai do Mundial de Endurance, marcada para o dia 18 de novembro. Outra novidade é a pintura especial que os dois C7.R estarão, utilizando na prova de 6 horas.

Esta é a primeira vez que um modelo oficial da GM estará competindo no continente asiático. A equipe vai contar com o apoio da Chevrolet de Xangai. O Corvette vai fará companhia para Ferrari, Porsche, Ford, BMW e Aston Martin.

O presidente do WEC, Gerard Neveu,  comemora a adição do Corvette na prova. “Estamos muito satisfeitos por  acolher a Corvette Racing e a Chevrolet Xangai  nas as 6 Horas de Xangai, em novembro. Para se ter uma marca com a história e o sucesso da Corvette Racing ao lado dos outros fabricantes na classe GTE-PRO, eleva a competição, aumentando o entretenimento para os milhares de fãs chineses que visitam a corrida.”

Sem adversários, Toyota vence as 24 Horas de Le Mans

Toyota vence sem dificuldades. (Foto: Toyota)

A música que ecoava no circuito de Le Sarthe, durante a volta de apresentação da edição 2018 das 24 Horas de Le Mans, daria o tom do que a Toyota enfrentaria nas 24 horas seguintes. O tema do filme “2001: Uma odisseia no espaço” do gênio Stanley Kubrick, que de forma lúdica era a música perfeita para a ocasião.

Presente no WEC desde o seu ressurgimento em 2012, a Toyota passou de azarada em 2016, para odiada por muitos torcedores. O motivo? Correu praticamente sozinha, com um regulamento extremamente favorável, tendo como adversária ela mesma.

Resultado final da prova

Desde a saída da Porsche no final de 2017, a pergunta quem sempre permeava as conversas sobre endurance era: Qual será o adversário real da Toyota? A ACO bem que tentou (muitos dizem que não), fez um esforço para atrair fabricantes para a moribunda classe LMP1, prometeu igualdade entre privados e oficiais, mas como ocorreu desde o surgimento dos motores a diesel em 2006, nenhuma equipe privada conseguiu a façanha de vencer um time de fábrica.

Rebellion Racing bem que tentou, mas não chegou perto dos Toyotas. (Foto: Divulgação)

Este ano não foi diferente. Equipes como Rebellion, SMP Racing, Manor e DragonSpeed, embarcaram na aventura de competir na classe LMP1. Todas oriundas de uma LMP2 extremamente competitiva, investiram, desenvolveram carros, esperando a tão sonhada equivalência que para os franceses é resumida em uma sigla, EoT não aconteceu. Para ajudar os times não poderiam ter tempos mais rápidos do que os da Toyota. Foi um jogo de cartas marcadas.

Para ajudar, um destemido Fernando Alonso chegou com a missão de levar o TS050 a vitória. Mesmo sem o espanhol a Toyota teria vencido com folga, muita folga. A participação de Alonso levou o WEC para as primeiras páginas de jornais e sites do mundo todo. Sem vencer nada a F1, e buscando a tríplice coroa do automobilismo, seu papel vai além de dividir o #7 com Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima. Hoje seu papel é de relações públicas da categoria assim como Mark Webber e Patrick Dempsey foram outrora. Para ajudar, Jenson Button teve a imagem massivamente utilizada nas redes sociais do WEC.

“Finalmente, nós ganhamos 24 Horas de Le Mans. Claro que isto é mais um passo para o próximo desafio para que eu gostaria de pedir seu apoio contínuo a partir de agora também muito obrigado. Quero agradecer nossos pilotos, finalmente, em nossa 20º participação completamos 388 voltas, e cerca de 5.300 km. Eu quero dizer isto a todos os fãs que nos apoiaram por um longo tempo, os nossos parceiros e fornecedores que lutaram junto com a gente, e todos os membros da equipe e as pessoas relacionadas à nossa equipe. Eu quero expressar o meu sincero apreço a todos, comemorou Akio Toyoda, presidente da Toyota Motor Corporation.

Toyota durante toda a prova, sozinha. (Foto: Toyota)

Kazuki Nakajima comemorou: “É ótimo estar aqui, finalmente; Faz muito tempo. Estou quase sem palavras. Eu tive grandes companheiros e Toyota nos deu um carro muito forte. Terminamos a corrida sem qualquer problema em ambos os carros assim que eu sinto que todos nós merecemos ganhar. Vencer esta corrida foi um grande sonho para todos TOYOTA desde 1985. Houve muitas pessoas envolvidas neste projeto, por isso estou orgulhoso de estar aqui para representar todo esse esforço.”

E deu certo. O envolvimento dos fãs, cobertura da mídia foram maiores este ano. Mas faltou um adversário para valer todo o investimento feito pela Toyota. Mesmo superando as adversidades de uma prova de 24 horas, tráfego e o erro humano que sempre pode dar as caras, a corrida – pelo menos na classe principal – não teve emoção. A torcida era por um erro dos #7 e #8, do que uma vitória. Mas não devemos tirar o mérito do trio vencedor.

Principal equipe privada na classe, a Rebellion Racing bem que tentou. André Lotterer conseguiu a proeza de bater na primeira curva de uma prova de 24 horas. O piloto, um dos mais experientes do grid, se precipitou, acreditando que poderia superar pelo menos um dos Toyotas antes da chicane Dunlop. Não conseguiu. O alemão dividiu o Rebellion #1 com Bruno Senna e Neel Jani. O trio acabou na quarta posição, à 12 voltas do carro vencedor.

O carro precisou ser levado aos boxes para reparos e deu início à enorme sucessão de problemas que foram minando as chances do trio. “Tivemos um monte de pepinos, especialmente com relação ao sensor do sistema de embreagem. Fomos perdendo tempo a cada parada e isso complicou nossa corrida”, explicou Bruno Senna.

Porsche domina classes GTE-PRO e AM. (Fotos: Porsche AG)

As possibilidades de subir ao pódio, depois de entregar o carro a Jani na terceira posição em seu último turno de pilotagem depois de travar um longo combate com Menezes. Mas a porta do carro não fechou depois do pit stop e Jani foi obrigado a praticamente parar o carro na pista para resolver o problema, permitindo a ultrapassagem. A partir daí, com a situação agravada nas horas finais com a punição de duas passagens pelos boxes, tudo ficou ainda mais difícil.

O consolo foi estabelecer a volta mais rápida depois das Toyota, que passearam por Le Mans graças a um regulamento que ainda não foi capaz de estabelecer o equilíbrio na principal divisão do WEC – a LMP1. O tempo de Bruno – 3m20s024 -, no entanto, foi três segundos pior que a volta mais veloz  das Toyota, o que comprova o ritmo superior e inalcançável dos carros da marca japonesa.

Em segundo lugar o TS050 #7 de Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria Lopez. O trio liderou boa parte da prova, e como era esperado, cedeu a posição para o carro #8. Faltando pouco mais de uma hora para o término da corrida, enfrentou problemas elétricos. A diferença confortável para o Rebellion #3 de Thomas Laurent, Mathias Beche e Gustavo Menezes, possibilitou retornar a pista ainda em segundo.

Dos 10 carros inscritos na classe, apenas 5 completaram a prova. O último foi o Ginetta #5 da equipe CEFC TRSM Racing. Os dois carros da SMP Racing que demonstraram um ritmo forte, ficam pelo caminho. Mesmo destino teve o Ginetta #6, o ByKolles #4, primeiro a quebrar e o BR Engineering da Dragon Speed, que foi acertado ainda na primeira curva por Lotterer.

A G-Drive Racing venceu com sobras na classe LMP2. Roman Rusinov, Andrea Pizzitola e Jean-Eric Vergne, terminaram a prova com uma diferença de duas voltas para o Alpine #36 de Nicolas Lapierre, André Negrão e Pierre Thiriet. Em terceiro o Oreca #39 da Graff-SO24 de Vincent Capillaire, Jonathan Hirschi Tristan Gommendy. Os quatro primeiros utilizaram protótipos Oreca. Em nenhum momento as equipes que utilizaram equipamentos Ligier e Dallara, tiveram reais condições de lutar pela vitória. O quarto lugar ficou com o Ligier #32 da United Autosports de Hugo de Sadeller, Will Owen e Juan Pablo Montoya que conseguiu bater o LMP. Felizmente foram danos de fácil reparo. Dos 20 inscritos na classe, 14 terminaram a prova.

Russos da G-Drive não encontram adversários na classe LMP2. (Foto: G-Drive)

A classe GTE-PRO poderia ser a principal do Mundial de Endurance. Com 5 fabricantes inscritos, a disputa foi intensa. Largando na pole, a Porsche não sofreu com os 10 quilos extras que ganhou após o treino classificatório, vencendo com o #92 de Michael Christensen Kevin Estre e Laurens Vanthoor. A decoração rosa do 911, em alusão ao Porsche 917 dos anos 70 foi um dos destaques da prova. A liderança veio na quarta hora de prova, quando Estre adiantou sua parada nos boxes, em seguida o carro de segurança entrou na pista. A partir deste ponto coube administrar.

Em segundo o Porsche #91 de Richard Lietz, Gianmaria Bruni e Fréderic Makowiecki, também com cores alusivas aos modelos de rally da marca nos anos 80. Curiosamente esta é a segunda vitória de uma nova geração do 911 em sua estreia em Sarthe. A primeira foi em 2013.  Visivelmente mais lento o #91 segurou o Ford #68 do trio formado por Joey Hand, Dirk Muller e Sébastien Bourdais. Os dois carros chegaram a correr lado a lado, quando Bourdais tentou surpreender Makowieck na primeira chicane da reta Mulsanne. Não obteve êxito. Em quarto o Ford #67 de Andy Priaulx, Harry, Tincknell e Tony Kanaan. Fechando os cinco primeiros, o Corvette #63 de Jan Magnussen, Antonio Garcia e Mike Rockenfeller. O outro Corvette abandonou faltando 4 horas para o término da prova com problemas na suspensão. A Ferrari #52 da AF Corse dos pilotos Toni Vilander, Antonio Giovanazzi e Pipo Derani, ficaram com o sexto lugar. o Ford #66 ficou na sétima posição.

Aston Martin e BMW estrearam carros novos em Sarthe. Enquanto os alemães conseguiram alguma coisa, os ingleses lutaram com os carros da classe AM. (Fotos: Divulgação)

O presidente da BMW Motorsports, Jens Marquardt, destacou os problemas e enalteceu o trabalho de toda a equipe: “Apesar de infelizmente não estar refletido em nosso resultado, o resumo da corrida do BMW M8 GTE em Le Mans é realmente positivo. Antes da corrida, não sabíamos realmente onde estávamos em termos de desempenho. Vimos agora que temos o ritmo necessário para competir na frente do grupo. Isso é exatamente o que pretendemos. Queríamos demonstrar o grande potencial do nosso carro e conseguimos isso. O fato de que os problemas técnicos e um acidente nos negaram um bom resultado é obviamente decepcionante para a equipe e os pilotos. No entanto, podemos definitivamente voltar a Munique com as nossas cabeças erguidas. Um destaque foi definitivamente o lançamento do novo BMW 8 Series Coupe em Le Mans. Essa foi uma forte evidência de quão importante é o automobilismo para a BMW.”

O Aston Martin Vantage “evo” não fez uma boa corrida. Em vários momentos os dois carros tiveram disputas diretas, com os primeiros colocados da classe GTE-AM. O #95 terminou na nona colocação, enquanto o #97 em 13º. A BMW com os novos M8 também começaram atrás do grid e foram galgando posições. O #81 que chegou a disputar a liderança, teve problemas com o amortecedor dianteiro direito. Já o #82 abandonou quando bateu nas curvas Porsche.

Dr. Wolfgang Porsche, presidente do Conselho da montadora comemora a dobradinha: “Um fim de semana absolutamente perfeita para Porsche. Você não pode desejar mais do que isso em nosso ano de aniversário. É impossível planejar tal coisa, mas quando isso acontece é uma sensação indescritível. Parabéns aos pilotos, as equipes e todos os funcionários que fizeram este sucesso possível. Isso me deixa muito orgulhoso.” 

A Porsche também venceu na classe AM. O 911 #77 de Matt Campbell, Christian Ried e Julien Adlauer da equipe Dempsey-Proton Racing não enfrentou adversários, após assumir a liderança na terceira hora de prova. Esta foi a primeira vitória do 911 desde 2010. A Ferrari #54 da Spirit of Racing ficou com a segunda posição. A também Ferrari da Keating Motorsports completou o pódio. O Aston Martin #98 que venceram em SPA e lideravam o campeonato, viram a vantagem ir por terra, após Paul Dalla Lana bater nas curvas Porsche, na sétima hora de prova.

Transmissão da corrida no Brasil

Os fãs tiveram que buscar meios alternativos, para acompanhar Le Mans, já que o Fox Sports, detentor dos direitos da corrida no Brasil, sequer transmitiram a largada. Vários streamings estiveram disponíveis, tanto no Youtube, quanto Facebook. O pessoal da página Race4funtv, que transmitem costumeiramente a provas da NASCAR, foram os responsáveis por salvar os torcedores, órfãos de uma cobertura de qualidade.

A equipe comandada por Rodrigo Munhoz soube conduzir a transmissão sem erros, dando voz para os participantes do chat, sanando dúvidas e esclarecendo questões sobre o automobilismo nacional, em especial o gaúcho e também o virtual. Já os portais de notícias especializados, trouxeram pouca variedade sobre a corrida e o WEC, algo comum em um ambiente onde o conhecimento parece ser restrito somente a Fórmula 1.

Este ano com a participação de Alonso na prova, o número de postagens teve um aumento, porém só falando de assuntos correlacionados a F1. Poucas postagens sobre o que é o BoP, EoT, novos regulamentos e participação de vários pilotos, não somente nossos representantes. Alguns jornalistas chegaram a comparar a vitória ou melhor o “feito” de Alonso (como se ele tivesse pilotado sozinho as 24 horas) a vitória de Nick Hulkenbeg em 2015 com a Porsche. Azarão na época o #19 não era o candidato à vitória, mas conseguiu sobreviver. Vale lembrar que naquele ano, Audi e Toyota estavam na classe LMP1, e não correndo praticamente sozinhos como os japoneses este ano.

Enaltecer Alonso, deixando seus companheiros de equipe em um papel secundário, mostra que a editoria de automobilismo precisa e muito se especializar e principalmente, fazer pesquisas, ler, sem ligar tudo a F1.

Após treino classificatório, Porsche e Ford correm mais pesados em Le Mans

Porsche que faz a pole nas classes PRO e AM, corre com 10kg a mais. (Foto: Porsche AG)

O bom desempenho da Porsche e Ford, no treino classificatório para as 24 Horas de Le Mans nesta quinta-feira, 14, teve um preço. Os dois fabricantes irão estar mais lentos, visto a última atualização do BoP, divulgada nesta sexta-feira, 15.

Pole na classe GTE-PRO, o Porsche 911 terá um aumento de 10kg. Já o Ford GT terá 8kg a mais. Corvette, BMW e Aston Martin tiveram redução: 5kg para o modelo americano e 5kg para o alemão e inglês.

Quem se beneficia com essas mudanças, é a Aston Martin e BMW que ficaram nas últimas posições da classe. A Ferrari 488 GTE EVO é o único carro que vai competir com o mesmo peso da qualificação. O modelo italiano ganhou 1kg de alocação de combustível.

A aumento de peso também foi empregada na classe GTE-AM. A Porsche que também marcou a pole na classe, verá seus carros 10kg mais pesados. A versão antiga do Aston Martin Vantage corre, com 10kg a menos. Ferrari 488 GTE não sofreu alterações.

Ford GT mais pesado para Le Mans

(FIAWEC)

A Ford pode encontrar dificuldades em repetir a vitória conquistada na classe GTE-PRO, no seu retorno as 24 horas de Le Mans em 2016. A ACO divulgou o BoP específico da corrida, afetando diretamente o modelo americano.

 Baseado no desempenho dos carros em 2016, as alterações já estarão efetivadas durante os testes oficiais para a prova, que serão realizadas no dia 4 de junho. O Ford GT terá um aumento de 20 quilos no seu peso mínimo, bem como uma redução nas faixas de RPM.

 Em comparação com as duas primeiras etapas do Mundial 2017, o modelo americano vai competir com 15 quilos a mais. Por outro lado a Ferrari não terá mudanças para a prova, tendo seu peso mínimo em 1268 quilos. Pressão de turbo e faixas e RPM também não sofreram alteração.

 A única mudança será na redução na capacidade de combustível (-2 litros). Ford também teve uma redução em sua capacidade (-3), Aston Martin (-2) e Corvette (-1). O Aston Martin Vantage, recebeu 10 quilos a mais de peso, além de um restritor de ar maior (0,4mm). Corvette, também teve um aumento em seu restritor (0,7mm).

 Estreando na prova, o Porsche 911 RSR, vai correr com as mesmas especificações da versão 2016. Contudo terá 10 quilos a mais de peso mínimo, restritor e ar maior (0,1mm) e 99 litros de capacidade de combustível, 1 a mais do que 2016.

 Alterações também foram realizadas na classe GTE-AM. Peso: Porsche 911 RSR (+10kg), Ferrari 488 (-10kg), Aston Martin (-5kg). O Corvette, único modelo a não competir na classe em 2017, vai competir com 1228 quilos de peso mínimo e restritor de ar com 29,4 milímetros.

 Tais alterações podem ser modificadas antes da prova que ocorre entre os dias 17 e 18 de junho. Em 2016 o BoP foi alterado 24 horas antes do início da prova, o que gerou muitas muitas reclamações por parte da Ford, que mesmo prejudicada venceu na classe.

 

 

Fernando Rees completa lineup da Larbre Competition para as 24 horas de Le Mans

(Foto: Divulgação)

Fernando Rees volta a disputar as 24 horas de Le Mans em 2017. O brasileiro assinou com a equipe Larbre Competition, inscrita na classe GTE-AM com o tradicional Corvette C7.R. A informação é do site sportscar365.com.

Rees estará ao lado de Christian Philippon e Romain Brandela, que necessita de confirmação. O brasileiro já competiu pela equipe entre 2010 e 2013 pilotando o Saleen S7-Rs na finada classe GT1 e o Corvette C6.R. Após sua participação na organização liderada por Jack Leconte, assinou contrato para ser piloto de fábrica da Aston Martin.

Além da participação nas 24 horas de Le Mans, a equipe também participa da segunda etapa do European Le Mans Series entre os dias 13 e 14 de maio no circuito de Monza na Itália. A equipe chegou a esboçar uma participação na classe GTE-PRO do WEC, porém dependia de uma resposta da GM bem como aporte financeiro que acabou não ocorrendo.

 

Em prova marcada por acidentes, Wayne Taylor Racing vence em Long Beach

(Foto: Wayne Taylor Racing)

A terceira etapa do IMSA Weatertech Sporstscar, disputada na tarde deste sábado 8, foi marcada por uma série de acidentes. Com tantos infortúnios, venceu quem soube escapar dos problemas.

Conquistando a terceira vitória consecutiva na prova, o Cadillac #10 da Wayne Taylor Racing, travou uma boa batalha nos minutos finais com o Mazda #2 da Extreme Speed Motorsports. Ryan Dalziel não conseguiu segurar Jordan Taylor, que assumiu a liderança depois da segunda rodada de pit stops.

Resultado final

Mesmo com uma boa vantagem, o piloto do carro #10 foi descontando a diferença, superando Dalziel à 5 minutos do fim. Com o segundo lugar a equipe do #2, obteve o melhor resultado até agora. Em terceiro o Mazda #55 de Tristan Nunez e Jonathan Bommarito. Os dois Cadillac da equipe Action Express tiveram problemas. O #5 pilotado por Christian Fittipaldi e João Barbosa ficou em 29º no geral após uma batida no início da prova.

Já o #31 sofreu um grave acidente faltando 30 minutos para o fim. De Cameron bateu forte em uma saída de curva, perdendo o controle do carro. Na quarta posição o Oreca #85 da equipe JDC Miller Motorsports. Completando os cinco primeiros o Ligier #51 da equipe PR1/Mathiasen Motorsports.

Corvette vence na classe GTLM. (Foto: IMSA)

Na classe GTLM a dobradinha certa da Corvette acabou se tornando um drama para o time americano. Tommy Milner se beneficiou de um toque envolvendo três carros da classe GTD, e superou Antonio Garcia que liderava com o C7-R #3.

Tradicional ponto de toques o harpin que antecede a reta dos boxes acabou prejudicando o piloto do Corvette #3 que escolheu a parte de fora da curva, não conseguindo passar pelos carros parados. Milner viu a oportunidade e cruzou a linha de chegada em primeiro.  

Ryan Briscoe também aproveitou o entrevero, levando o Ford #67 para a segunda posição na classe. O Porsche #912 de Kevin Estre ficou em terceiro. O Corvette #4 conseguiu chegar na quinta colocação.

Mercedes faz dobradinha na classe GTD. (Foto: IMSA)

Assim como nos protótipos, a classe GTLM também viu vários carros ficando pelo caminho devido a acidentes. Na classe GTD Gunnar Jeannete e Cooper MacNeil venceram com o Mercedes-AMG da equipe Riley. Usando uma estratégia de consumo de combustível. Os vencedores das 12 horas de Sebring Ben Keating e Jeroen Bleekemolen terminaram na segunda colocação com o segundo Mercedes da Riley. Fechando o pódio a Ferrari da Scuderia Corsa dos pilotos Alessandro Balzan e Christina Nielsen.

A próxima prova acontece entre os dias 4 e 6 de maio no Circuito das Américas em Austin.

Wayne Taylor Racing vence as 12 Horas de Sebring

(Foto: IMSA)

Desta vez sem batidas e polêmicas. A vitória da Wayne Taylor Racing em cima da Action Express Racing foi limpa. Após Daytona, se esperou algum tipo de punição por parte da IMSA. Em entrevista ao portal Vavel, Christian Fittipaldi argumentou que a vitória do #10 da Wayne Taylor na época, era benéfica para o americano. Seja pela equipe, seja pela participação de Jeff Gordon.

Resultado final Sebring 2017

A história se repetiu. O embate entre as duas equipes durou praticamente a corrida toda. O Oreca #13 da Rebellion Racing dos pilotos Neel Jani, Sébastien Buemi e Nick Heidfeld conquistou a pole. Era esperado que os protótipos LMP2 fossem mais rápidos por, conta do BoP. O #13 chegou a abrir uma vantagem no começo, foi atrapalhado por bandeiras amarelas e depois por problemas no alternador.

Se esperava mais dos LMP2. O melhor colocado foi o também Oreca da equipe JDC-Miller Motorsports. O trio formado por Misha Goikhberg, Chri Miller e Stephen Simpson, terminou em quarto lugar. Nenhum outro DPi ou LMP2 conseguiu fazer frente aos Cadillac. Mesmo com o BoP favorável, Mazda e Nissan enfrentaram problemas durante a prova. Tanto Bruno Senna quanto Pipo Derani, pilotos do Nissan, não completaram a prova. O #22 enfrentou problemas no escapamento, enquanto o #2 foi avariado depois de uma batida.

Problemas no alternador, tiraram o Oreca da Rebellion Racing da disputa. (Foto: Rebellion Racing)

O Mazda #55 terminou na quinta colocação, mesmo enfrentando de refrigeração. O segundo carro da equipe, acabou batendo devido falha dos freios. O Ligier #52 da equipe PR1/Mathiasen, também não completou a prova por falhas no motor.

A confirmação da vitória do Cadillac #10 dos irmãos Ricky e Jordan Taylor e do estreante Alex Lynn, se deu, faltando três horas para o término da prova. Por conta do trânsito, Jordan superou Filipe Albuquerque que estava no Cadillac #5 partilhado com João Barbosa e Christian Fittipaldi. A partir dali, a vantagem só aumentou. A diferença na última volta foi de pouco mais de 13 segundos.

Por conta do resultado, Jordan Taylor conquistou a tríplice coroa do endurance vencendo Daytona, Sebring e Le Mans. Por conta de uma saída de pista, o Cadillac #31 de Dane Cameron, Eric Curran e Mike Conway, terminou na terceira posição. A superioridade foi tanto que o Oreca da JDC, que terminou em quarto lugar, ficou a quatro voltas do líder.

Performance Tech vence na classe PC. (Foto: IMSA)

Na classe PC, o vencedor foi o Oreca FLM09 #38 da Performance Tech de James France, Patrício O’Ward e Kyle Masson. O trio completou a prova na quinta posição no geral. O #38 liderou boa parte da prova. Chegou duas voltas a frente do #8 da Starworks Motorsports. Completando o pódio o #26 da BAR1 Motorsports. Apenas 4 protótipos da classe competiram na prova, o que diminuiu e muito a incidência de bandeiras amarelas.

A Corvette superou o domínio da Ford e venceu na classe GTLM. Jan Magnussen, Mike Rockenfeller e Antonio Garcia, adotaram estratégias diferentes, superando o trio de Ford GT que se mantiveram nas primeiras posições, durante toda a corrida.

Corvette supera Ford na GTLM. (Foto: IMSA)

Mesmo com um forte desempenho do Porsche #911 de Patrick Pilet no período noturno, a constância do #3 foi primordial. O Porsche teve que fazer uma parada faltando 30 minutos para o fim, por conta de um furo no pneu. O 911 terminou na sétima posição.

Após a parada do Porsche, foi a vez do Ford #66 lutar pela liderança. Joy Hand impôs um ritmo forte, mas não conseguiu superar o Corvette. Seus companheiros, Sebastien Bourdais e Dirk Muller, buscavam também a tríplice coroa. Fechando o pódio a Ferrari da Rizi Competizione de Tony Vilander, James Calado e Giancarlo Fisichella.

Mercedes com vitória história na classe GTD. (Foto: IMSA)

O Mercedes #33 da Riley Motorsports, venceu na classe GTD. A vitória foi em cima da Ferrari da Scuderia Corsa. Jeroen Bleekemolen e os co-pilotos Ben Keating e Mario Farnbacher tiveram uma vitória histórica. A última vitória de um carro mercedes na prova foi em 1957. Completando o pódio a Mercedes #75 Sun Energy 1 Racing.