FIA estuda novo sistema de BoP para o Mundial de Endurance

(Foto: AdrenalMedia)

O BoP (Balance of performance), sempre foi motivo de discussões, tanto pelas equipes, pilotos e fãs, que veem o verdadeiro potencial do carro ser manipulado, para proporcionar uma disputa mais “justa”. Em tempos de custos controlados, o desenvolvimento e pesquisa por parte das equipes acabam se tornando um processo caro. O BoP acaba beneficiando, quem investe menos.

Em 2016, a classe GTE teve 10 mudanças ao longo do ano. Para evitar uma quantidade igual, ou maior para o próximo ano, a FIA e ACO estão desenvolvendo junto com os fabricantes um novo sistema para equilibrar o carros.

O diretor de esportes da ACO, Vincent Beaumesnil, ressaltou em entrevista ao site Sportscar365, alguns detalhes sobre o novo sistema. “A ideia é definir o processo em conjunto, uma evolução do processo”, disse Beaumesnil. “Há muita emoção com o BOP. Temos de manter a calma. Eu acho que a equipe técnica faz um trabalho incrível e eles realmente gerenciaram uma enorme quantidade de dados para tomar as  decisões.”

“Há um grupo de trabalho trabalhando no processo para o próximo ano. Nenhuma conclusão foi alcançada até o momento, mas eles estão trabalhando em uma boa direção.”

“Vamos ver em poucos dias ou semanas como as coisas estão. Mas estou muito confiante que teremos uma temporada com menos debate no próximo ano. “

Três fabricantes, venceram este ano na classe GTE-PRO, A Porsche, foi a única que não alcançou a vitória. Mesmo com o BoP, em determinadas pistas um fabricante, acabou tendo mais vantagem do que outro.

Mesmo com o título da Aston Martin, Ford e Ferrari foram os protagonistas na classe GTE-PRO em 2016 (Foto: AdrenalMedia)

Aston Martin dominou na Cidade do México e Austin. Mesmo com um restritor de ar menos, a Ford teve duas vitórias incontestáveis em Fuji e Xangai. Para a última etapa no Bahrein, os modelos americanos tiveram 20kg e peso extra e 4% menos de potência.

O grande debate do ano, foi durante as 24 horas de Le Mans. Poucas horas antes do início da prova, Ferrari 488 e Ford GT, ambos com motorização turbo, acabaram sofrendo com uma alteração de performance. Mesmo mais pesados e menos potentes, os dois carros foram os protagonistas da prova. A vitória ficou com a Ford.

Beaumesnil, no entanto, argumenta que a diferença entre os quatro fabricantes ao longo da temporada nunca não foi grande.

“Em todos os anos temos usado o BoP, ele nunca foi tão justo, e também nunca tivemos tantas reclamações. Essa é a conclusão mais irônica “, disse ele.

“Entendemos que o nível está aumentando e os mais fabricantes estão se envolvendo, mas eles querem defender suas posições e são mais fortes nos seus pedidos.” Justifica.

Marco Ujhasi, chefe do programa GT da Porsche, aprova as novas medidas, e está otimista para o próximo ano, principalmente pelo fato de que o 911 GTE, não venceu na classe PRO este ano.

“A coisa boa é que todos os fabricantes estão na mesma página e querem resolver este ponto”, disse. “Existem algumas idéias de como proceder, mas ainda é uma discussão em curso.”

Não está claro se um sistema BoP variável, semelhante ao que se usa nos campeonatos organizados pela SRO Motorsports Group, será adotado. O sistema do SRO utiliza quatro diferentes categorias de BoP, agrupadas com base em layouts de circuito e características.

Se no WEC, o BoP é polêmico, na IMSA, a equipes convivem pacificamente com as regras. (Foto: IMSA)

A solução, seria não ter BoP? “Corridas de GT  são impensáveis sem um BoP. Isso é claro “, disse ele. “Você quer competir com diferentes conceitos: motor dianteiro, traseiro, turbo, aspirado. São tantas diferenças que você tem que ter em mente.”

“É apenas factível com BoP. Caso contrário, você teria que escrever muita regulamentação técnica. Se for assim vamos transformar os GTs em protótipos.”

Se no WEC, a discussão sobre estes ajustes, sempre causaram discussões e muita polêmica, na IMSA a situação é diferente. Mesmo com ajustes a briga pela vitória é intensa em todas a provas. A solução seria um BoP comum para as duas séries?

“Nós compartilhamos todas as informações com a IMSA, em seguida, cada um toma suas próprias decisões”, disse ele. “Cada campeonato tem as suas próprias especificidades, circuitos, etc.”

“Fizemos um exercício simples. Em Le Mans, tomamos os valores que a IMSA usa. Não teria havido grandes diferenças se não tivéssemos usado o nosso “.

Beaumesnil espera  finalizar o seu processo de revisão até janeiro ou fevereiro. Qualquer alteração seria aprovado diretamente pelo Comité de Endurance da FIA e não teria de ir antes para o Conselho Mundial de Automobilismo.

“Em anos anteriores nós mantivemos um mínimo de duas corridas [antes de uma mudança BoP]”, disse ele. “O que planejamos para o próximo ano é provavelmente muito diferente disso.”

“Me senti confortável no carro desde o começo”, ressalta Pipo Derani, após testes com o TS050 da Toyota

(Foto: (Jakob Ebrey)

O brasileiro Pipo Derani completou no último domingo (dia 20) seu primeiro teste em um Toyota TS 050 HYBRID LMP1-H no circuito internacional do Bahrein. O piloto de 23 anos foi especialmente convidado para o teste em um dos carros vencedores da temporada com a equipe Toyota Gazoo Racing, em reconhecimento por sua grande performance no ano e por ser um dos jovens talentos da LMP2.

Derani pilotou por duas horas na manhã de domingo na mesma pista onde sábado (19) mostrou mais uma de suas excelentes performances nas 6 Horas do Bahrein, última etapa do FIA WEC 2016.

O brasileiro completou 32 voltas e impressionou a equipe com uma performance segura, completando três saídas pela manhã. À tarde, Pipo acompanhou o restante do teste com o piloto Stephane Sarrazin no cockpit.

Em sua primeira vez a bordo de um carro LMP1 Hybrid, Derani já se sentiu confortável e, após algumas voltas iniciais, completou a primeira parte do teste com pneus usados. Depois, com pneus Michelin novos, o brasileiro voltou à pista e completou uma série de voltas na casa de 1min44s, sendo a mais veloz delas registrada em 1min44s292.

“Me senti confortável no carro desde o começo”, disse Derani. “Obviamente a potência é muito forte na saída das curvas. Nunca havia sentido algo assim antes, mas me familiarizei rapidamente e consegui fazer boas voltas”, continuou o brasileiro.

“Foi uma grande experiência pilotar um carro da LMP1”, ressaltou. “Estar envolvido com a equipe Toyota Gazoo Racing, mesmo que por um curto período, me deu um valioso conhecimento a agora estou determinado a ser um piloto da LMP1 no futuro. Gostaria de agradecer a todos da equipe, a todos do FIA WEC e da ACO pela oportunidade que me foi dada, graças ao meu sucesso na LMP2, que é uma categoria muito importante no endurance mundial”, completou Derani.

David Floury, diretor técnico adjunto da Toyota Gazoo Racing, avaliou o trabalho de Pipo com o time. “Ficamos satisfeitos com o teste do Pipo. Ele é um dos pilotos mais rápidos da LMP2 e nós sempre observamos quem está no topo desta categoria. Ele se adaptou bem e tudo correu da melhor maneira possível. O Pipo tem um grande potencial e é um dos pilotos a serem observados nos próximos anos”, comentou.

O piloto brasileiro segue agora para os Estados Unidos para alguns testes com o novo Ligier LMP2, antes das férias e antes de iniciar seus preparativos para a temporada 2017, que será anunciada nas próximas semanas.

Nissan se despede do WEC com vitórias e títulos

Última vitória de um motor Nissan no WEC, foi com a G-Drive Racing no Bahrein. (Foto: Divulgação G-Drive Racing)

A vitória do Oreca 05 #26, da G-Drive Racing na classe LMP2 na última etapa do Mundial de Endurance no Bahrein, marcou o fim da participação da Nissan no WEC. A montadora japonesa fornece motores para a classe LMP2 desde 2011.

Naquele ano foram cinco vitórias na ELMS e Intercontinental Le Mans Cup. No primeiro ano do WEC, em 2012, foram oito vitórias. A partir dali, o motor VK45DEV8 4,5 litros foi o maior vencedor na classe. Com 35 vitórias consecutivas no WEC. Foi o propulsor das equipes, vitoriosas na classe, OAK Racing (2013), SMP Racing (2014), G-Drive (2015) e Signatech Alpine (2016).

Além do WEC, a Nissan, foi o motor vencedor nas 24 horas de Le Mans. Greaves Motorsports (2011), OAK Racing (2013), JOTA Sport (2014), KCMG (2015) e Signatech Alpine (2016). No European Le Mans Series, foram seis campeonatos consecutivos.

“Estamos tristes que o nosso tempo como fornecedora de motores na classe LMP2 chegou ao fim no FIA WEC, mas depois de cinco temporadas e 37 vitórias Estamos imensamente orgulhosos de nosso envolvimento e gratos por ter tido a oportunidade de levar tantas equipes para a vitória,” disse o diretor global da  NISMO Motorsport,Mike Carcamo.

“Apesar da mudança de regra para o próximo ano, a Nissan continua empenhada em corridas de protótipo através da classe LMP3. O nosso motor VK45DE também permanecerá disponível para as equipes que competem na Asian Le Mans Series.”

Pipo Derani satisfeito com performance no Bahrein

(Foto: FGCom)

Pipo Derani, realizou uma das melhores corridas no Mundial de Endurance, no último sábado (dia 19), na disputa das 6 Horas do Bahrein. A bordo do # 31 Tequila Patrón Ligier JS P2-Nissan, Pipo foi novamente destaque na conquista do quarto lugar na etapa, assegurando a quarta posição para a equipe na classificação final da LMP2. Foi um final muito positivo para o brasileiro, que este ano venceu as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring, além de ter conquistado quatro pódios no FIA WEC.

Derani iniciou a disputa das 6 Horas do Bahrein ao cair da tarde na pista que recebe o GP do Bahrein de F-1 e, imediatamente, conquistou várias posições. Na sequência, o companheiro Ryan Dalziel completou seu duplo stint e Derani voltou ao cockpit, registrando várias voltas rápidas e, após uma bandeira amarela, assumiu a liderança com uma excelente estratégia da equipe ESM nos boxes.

Com a corrida entrando na sua hora final, o piloto Prata da equipe Chris Cumming assumiu o cockpit do Ligier, para cumprir o mínimo dos 75 minutos de corrida. Na liderança, Cumming não conseguiu se defender dos pilotos Platina – Filipe Albuquerque, Rene Rast e Nicolas Lapierre – e caiu para a quarta posição. No entanto, foi uma disputa valente de toda a equipe, após uma estratégia criativa e suficiente para assegurar os pontos que colocaram o time em quarto na temporada.

“Tivemos uma corrida muito forte hoje, onde fizemos o máximo e mostramos que podemos criar juntos uma nova estratégia para alcançar um resultado top”, declarou Derani. “O ritmo do carro era bom durante a prova e mostramos que podemos lutar com os líderes e ficar à frente deles por alguns períodos”, continuou o brasileiro.

“Antes da última parada, estávamos 50 segundos à frente, o que é realmente muito bom, porque a competição este ano foi muito dura, com os pilotos classificados em termos diferentes”, lembrou. “Foi outra grande apresentação e não houve erros. A temporada chega agora ao final e foi uma forma satisfatória de terminar nossa campanha no WEC. Tenho de agradecer à equipe por este super ano. Eles foram formidáveis e foi um prazer correr com este time e experimentar o sucesso que tivemos”, completou Derani.

Embora a temporada tenha terminado, o trabalho de Derani continua até o final do ano, já que o piloto viaja para os Estados Unidos para continuar seu trabalho como pilotos de testes oficial da Onroak Automotive, que lançou recentemente o novo Ligier JS P217.

Porsche lidera Rookie Test no Bahrein

ACO testa novos mostradores digitais para o próximo ano. (Foto: Sportscar365.com)

A Porsche liderou as sessões de treinos neste domingo (21) no Bahrein. O teste contou com pilotos convidados pelas equipes e seus titulares.

Neel Jani , com o Porsche #2 foi o mais rápido com 1:42.137. Foi seguido por Timo Bernhard com o 919 #1 que marcou 1:42.159. Tanto Porsche, quanto Toyota testou com seus pilotos titulares, novos pneus para 2017. Já os pilotos novatos, tiveram direito a dar 30 voltas.

O melhor rookie, foi Gustavo Menezes com o Porsche #1 marcando 1:43.626. Paul-Loup Chatin foi o mais rápido com o Audi #7, marcando 1:43.910. O R18 teve que encerrar o teste antes da hora pro problemas mecânicos.

Pipo Derani, testando o Toyota TS050 #5 marcou 1:44.292. Robert Kubica, estreou nos protótipos com o CLM P1/01 da ByKolles marcando 1:47.222.

Na classe LMP2, Alex Brundle e Mike Guasch, testaram com o Oreca #44 da Manor. Foi uma cortesia pelo título na classe LMP3 na ELMS. Alex Lynn que fez duas provas no WEC pela Manor, foi o mais rápido na classe GTE com o Aston Martin #95.

Tempos combinados.

 

Regulamentos da classe LMP1 congelados até 2019

Medidas podem trazer novos fabricantes, argumenta a ACO. (Foto: Porsche AG)

As regras que regem a classe LMP1, vão perdurar até 2019. O anúncio foi feito na manhã deste domingo (20) no Bahrein, durante os testes coletivos do WEC.

Inicialmente a FIA e ACO chegaram a anunciar que novos regulamentos entrariam em vigor em 2018, como um terceiro sistema híbrido e o aumento da subclasse híbrida para até 10MJ. Asa móvel para os LMP1 sem sistema híbrido e sistema de seguranças atualizados também foram propostos.

Em reunião com as equipes, Toyota e Porsche, se chegou a um consenso de que as regras deveriam se manter estáveis para que novos fabricantes e equipes tenham interesse de ingressar na categoria.

“É claro que, se queremos atrair novas equipes, porém ter um carro com três sistemas híbridos é muito complexo”, disse o chefe da Toyota, Pascal Vasselon, antes do anúncio oficial.

“Isso é óbvio: três sistemas ERS é bastante ambicioso e para um iniciante pode ser um pouco assustador.”

O chefe da Porsche, Andreas Seidl acrescentou: “Nossa preferência pessoal é para atrair fabricante, mas ao mesmo tempo, manter o nível de alta tecnologia do WEC porque essa é uma das principais razões por que estamos aqui.”

Para o diretor esportivo da ACO, Vincent Beaumesnil, esta paralisação das regras, não vai tirar o atrativo da categoria, muito menos deixar o campeonato atrasado. “O nível técnico já é elevado, por isso temos que manter os custos controlados”, disse.

“O problema das novas regras é que ele exigiria novos investimentos para tornar os novos sistemas. Mas, ao mesmo tempo, estamos trabalhando sobre o futuro.”

“Nós estamos analisando a introdução introduzir carros de célula de combustível de hidrogênio. estamos olhando para diferentes tipos de combustíveis e eu acho que a otimização do que temos hoje ainda é um desafio os engenheiros.”

“Não tenho absolutamente nenhuma dúvida de que o WEC será uma categoria superior em tecnologia nos próximos anos.”

O principal motivo para este revés nos regulamentos, segundo o dirigente foi a saída repentina da Audi. Entre os fabricantes interessados, a Peugeot, já deixou claro que volta, porém com regras mais flexíveis e menores custos.

“Obviamente, temos de continuar a insistir na redução de custos, para que seja atraente para novos fabricantes”, disse Beaumesnil.

Para 2017, a potência para Le Mans, deve ser adotada, bem como para os novos LMP2. Já os LMP1 privados, que ganhariam um novo chassi para 2018, também terão que esperar. “Nós não vamos introduzir um novo monocoque para os privados antes das fábricas”, disse. “Faz sentido, mas isso ainda não foi oficialmente decidido por isso temos de trabalhar.”

Segundo o dirigente, um novo conjunto de regras, deve entrar em vigor somente em 2020.

Despedidas marcam última vitória da Audi no Mundial de Endurance no Bahrein

Audi em números. Uma das grandes na história do Endurance (Foto: Audi AG)

O dia finalmente chegou. A última volta na última corrida da Audi no Mundial de Endurance. Presente em corridas de longa duração desde 1999, a marca alemã, apostou em uma série que por muitos anos foi marginalizada por conta dos desmandos da Fórmula 1 e de politicagem dentro da FIA.

Começou como quem não quer nada. Ano após ano foi mostrando serviço, mostrando resultado. Assim foi com o R8, R10, R15 e as versões do R18. Em 2012 foi a única montadora que apostou no ressurgimento do WEC, já que faltando poucos meses para o início do campeonato, a Peugeot acabou desistindo pelo famoso corte de custos.

Resultado final da prova.

O famoso corte de custos que por muitas vezes rondou a equipe, não por estar descontente com a modalidade. A Audi sempre foi sondada por outra categorias. Sempre esnobou com veemência a fórmula 1, argumentando que a categoria máxima não lhe traria benefícios. Nos últimos anos, boatos e mais boatos diziam que a permanência da montadora no Endurance era questão de tempo, as conversas ganharam corpo quando a Porsche resolveu entrar. Os críticos diziam que era um absurdo o grupo VAG, rasgar dinheiro com duas equipes de ponta brigando entre si.

Audi #8 vence a última. (Foto: AdrenalMedia)

De 2014 até 2016 foi assim. Porsche, Audi e Toyota. Tivemos boas brigas, boas disputas. O escândalo dos motores diesel, combustível que ganhou as pistas e se popularizou por conta dos motores TDI, foi seu maior vilão. Prevendo processos milionários, o grupo fez uma grande reestruturação. Demissões, programas esportivos cancelados e muita tristeza.

A corrida foi especial e cheia de simbologia. Não foi apenas a Audi que foi embora. Mark Webber, que largou uma F1 sem sal e descobriu o caminho da vitória no Endurance também fez sua última corrida. Por conta dos novos regulamentos da classe LMP2 para o próximo ano, o Ligier JS P2 e o motor Nissan VK 45, também estão na memória dos fãs. Vão estar reclusos no European Le Mans Series e Asian LMS. O Oreca 05 também deixa a cena. As equipes que quiserem, podem atualizar o protótipo para a versão 07.

Ainda na largada, O Audi #8 manteve a ponta. Não foi uma corrida difícil. Foram poucos acidentes e alguns pneus furados. O Porsche #2 viveu esse drama, quando acabou batendo o Porsche #78 da KCMG. Teve que fazer uma parada não programada nos boxes. O Aston Martin #98 da classe GTE-AM, não teve tanta sorte. Abandonou com problemas no motor.

G-Drive vence na LMP2. (Foto: AdrenalMedia)

Lucas Di Grassi, Loic Duval e Oliver Jarvis, foram os responsáveis pela última vitória da Audi. Foi a segunda vitória do trio no ano. Em segundo lugar o Audi #7 de Andre Lotterer e Benoit Treluyer. Na terceira posição o Porsche #1 de Mark Webber, Timo Bernhard e Brendon Hartley

Foi uma exibição de gala. “Uma vitória carregada de significados e emoções. Foi a minha vitória mais importante no WEC e também a minha melhor performance na categoria nestes três anos. Pole, recorde da pista na classificação e na corrida, melhor stint da prova, melhor tempo em todos os setores”, enumerou. “Então sem dúvida esse desempenho mostrou o quanto eu estava motivado para levar a bandeira do Brasil e da Audi para o lugar mais alto do pódio”, afirmou.

Fazendo parte da esquadra das quatro argolas desde o final de 2012, Lucas passou a disputar a temporada regular do WEC em 2014. Em quatro participações nas 24 Horas de Le Mans, três pódios e o segundo lugar, justamente em 2014, igualando o melhor resultado de um piloto brasileiro na classificação geral da mítica prova de resistência.

Em 2016, o brasileiro, junto de seus companheiros, cravou três pole positions e venceu duas corridas. “Mostramos que evoluímos como trio de pilotos, tendo vencido duas vezes na temporada, e isso é ótimo. Naturalmente, estou triste que a Audi e a maioria de nós está deixando o WEC, que é uma grande família. Vou sentir falta das corridas longas e das pessoas também. Eu não era familiarizado com o endurance quando pilotei com a Audi pela primeira vez em 2012, e me apaixonei por isso. Vou sentir muita falta destes carros e da adrenalina deste estilo de disputa”, ressaltou.

O prêmio pelo desempenho foi fechar a temporada como segundo melhor trio do ano, atrás apenas dos campeões Romain Dumas, Marc Lieb e Neel Jani, da Porsche. Uma forma de concluir a disputa premiando a fabricante que acolheu o brasileiro apostando em seu potencial e o reconhecendo como um dos melhores do mundo na atualidade. “Eles (Audi) merecem, e a vitória foi uma consequência disso. O segundo lugar no campeonato acabou como uma recompensa: não é todo ano que a gente pode dizer que terminou dois campeonatos mundiais entre os três melhores – e com dois vice-campeonatos”, disse, referindo-se à Fórmula E, onde segue defendendo a Audi.

“É, sem dúvida, um ano para se orgulhar, agradecer e fechar esta história tão importante da Audi no endurance com chave de ouro, e fazer parte dela proporcionando a vitória derradeira. É uma mistura de sentimentos: estou muito feliz, muito satisfeito, mas ao mesmo tempo muito triste por fechar este ciclo no WEC com a Audi. Vou sentir falta de acelerar esta fera”, concluiu.

“Nossa intenção era alcançar o máximo hoje no Bahrein, e foi exatamente o que fizemos”, disse Stefan Dreyer, chefe de LMP na Audi Sport. “Um enorme obrigado vai para todo o time Audi Sport Joest, aos nossos pilotos, e todas as pessoas que tornaram isso possível nos bastidores em Neuburg, Neckarsulm e Ingolstadt. Sinceros parabéns a todos.”

Vitória e título de pilotos para a Aston Martin na GTE-PRO. (Foto: AdrenalMedia)

A G-Drive, voltou a vencer na classe LMP2. Rene Rast superou o Ligier #43 da equipe RGR, faltando pouco mais de 20 minutos para o fim. O Ligier #31 da ESM, chegou a liderar a classe, mas Chris Cumming ficou sem combustível. Com a parada para reabastecimento, foi superado pelo Alpine #36 de Nicolas Lapierre, Gustavo Menezez e Stephane Richelmi. Com o resultado a Alpine, conquista o título de equipes e pilotos na classe.

O segundo lugar do #43, coroou uma ótima campanha da RGR Sport. “Fizemos sete pódios em nove corridas. Sofremos problemas com o motor em Spa e Le Mans, e esses resultados acabaram fazendo toda a diferença. Mas só posso estar satisfeito com essa colocação. Fizemos tudo o que era possível nas condições que tínhamos, e ainda levando em conta que essa era a primeira experiência da equipe na LMP2. Enfrentamos adversários duros, como os campeões da Signatech-Alpine, e a G Drive, que venceu as últimas três provas”, lembrou Senna.

A despedida do calendário no circuito do Bahrein viu uma das melhores atuações de Senna em 2016. Ele largou em terceiro, cumpriu os dois primeiros turnos e chegou a liderar o terço inicial. “O carro estava muito bom no início, quando sai com pneus velhos. Estranhamente, piorou no terceiro stint, depois que coloquei um jogo zero pneus. Com a queda de rendimento, chegamos a despencar para quinto na vez do Ricardo, mas felizmente o Filipe fez muito bem a parte dele e recuperou as posições perdidas”, elogiou.

Senna permanecerá na LMP2 em 2017, mas ainda avalia as possibilidades. Ele espera pela posição da RGR Sport, equipe mexicana de propriedade do parceiro Gonzalez, mas considera também a possibilidade de mudança para uma equipe da qual já recebeu proposta. “Tenho uma ótima relação com a RGR Sport e é natural que eles tenham a preferência neste momento”, justificou. Antes do final do ano, Senna estará na Nova Zelândia para cumprir compromissos com a McLaren.

Nicki Thiim e Marco Sorensen, venceram na classe GTE-PRO e faturaram o título de pilotos da classe. A festa seria perfeita, se não fosse o pneu furado do Aston #97. Com o incidente a Aston Martin não conquistou também o título de equipes.

Porsche vence na GTE-AM. (Foto: AdrenalMedia)

A AF Corse, completou o pódio #51 e #71 respectivamente. Com o resultado a Ferrari levou o título de construtores nas classes GT. Na GTE-AM, a vitória ficou com o Porsche #88 da Abu Dhabi-Proton, dos pilotos Patrick Long, David Heinemeier Hansson e Khaled Al Qubaisi. Em segundo o Porsche da KCMG. Fechando o pódio, a Ferrari #83 de Emmanuel Collard, Rui Aguas e François Perrodo.

Foram 18 anos, assim como um adolescente que tira sua tão sonhada carteira de motorista, a Audi, vai percorrer outras pistas agora. Grande parte do time vai se deslocar para a Fórmula E e programas esportivos dentro do grupo VW. Muitos se tornaram fãs de endurance, por conta das inúmeras vitórias da Audi. Quem ousaria vencer os carros prateados? Poucos. Foram batalhas com a Peugeot, Toyota e Porsche. Também teve a Acura, Panoz nos primórdios da ALMS. Muitas histórias.

Mark Webber também vai deixar saudades. (Foto: AdrenalMedia)

O WEC se despede. 2016 foi um ano atípico, muitas despedidas e muitas incertezas. 2017 será um período de transição. Poucas equipes na LMP1 e um turbilhão de mudanças na P2. Estamos prontos.  

Robert Kubica testa ByKolles no Bahrein

(Foto: Divulgação)

Robert Kubica fará um teste com o LMP1 da equipe ByKolles, após as 6 horas do Bahrein que serão realizadas neste sábado (19). O polonês, que competiu na F1, e hoje disputa o Mundial de Rally

O polonês competiu este ano nas 12 horas de Mugello, terminando em terceiro lugar. Também correu pela Renault Sport Trophy em SPA.

Para minimizar especulações, Boris Bermes, chefe da ByKolles, deixou claro que será apenas um teste. “Ele está vindo aqui para obter alguma experiência e ver se gosta de um LMP1”, disse Bermes ao site Sportscar365. “Ele teve um longo relacionamento com Colin e quer ver se este carro é adequado para ele. Por enquanto, não há nada para o próximo ano.”

Kubica terá Francesco Dracone, ex-piloto da Fórmula Indy como companheiro de teste.

Audi marca pole em corrida derradeira no Mundial de Endurance

(Foto: Audi AG)

A Audi marcou sua última pole. Coube a Lucas di Grassi e Oliver Jarvis, levar o R18 #8 a primeira posição do grid para as 6 horas o Bahrein que acontece neste domingo a partir da 11:00, horário de brasília.

Marcando 1:39.207, o #8 superou o Porsche #1 de Timo Bernhard e Brendon Hartley por 0,264 segundos. Em terceiro o Porsche #2 de Marc Lieb e Timo Bernhard. O Audi #7 de Andre Lotterer e Marcel Fassler fica na quarta posição. Esta foi a terceira pole para o Audi #8 na temporada. A Toyota ficou com o quinto e sexto lugar. “Estou absolutamente feliz. Esta qualificação histórica é incrível “, disse di Grassi

Na classe LMP2, O Oreca 05, #26 da G-Drive Racing com Roman Rusinov e Rene Rast, conquistou o primeiro lugar. Segue a frente do Alpine #36 com uma diferença de 0,018 segundos. O Oreca #44 da Manor, fecha o top-3 na classe.

A Aston Martin com o Vantage #97, marcou a pole na classe GTE-PRO. Entre os amadores, o #98 larga na frente.

Resultado do treino classificatório.

Porsche fecha dia na frente no Bahrein

(Foto: Porsche AG)

Neel Jani fechou os primeiros treinos para as 6 horas do Barhein, na frente. Marcando 1:39.817, o piloto do Porsche #2 marcou o melhor tempo das duas sessões de treinos livres realizadas nesta quinta (17). Em termos de comparação, a pole do ano passado conquistada pelo Porsche #17 foi de 1:39.670.

Em segundo o Porsche #1 de Brendon Hartley marcando 1:40.400. Na quarta posição, o Toyota #6 com 1:40.603, tempo esse conquistado por Kamui Kobayashi.

Na classe LMP2, o Oreca 05 #26 da equipe G-Drive Racing, liderou com Rene Rast ao volante. Foi seguido pelo Alpine #36 e o Manor #44. A Aston Martin liderou ambas as classes GTE. O #95 na PRO e o #98 na AM.

Tempos da primeira seção de treinos.

Tempos da segunda seção de treinos.