“Dissemos aos pilotos que eles poderiam correr apenas até o último pitstop”. Comenta o diretor da Toyota sobre vitória em SPA

(Foto: Divulgação Toyota)

A vitória da Toyota na abertura do Mundial de Endurance neste sábado, 05, em SPA-Francorchamps, foi cheia de controvérsias. O primeiro lugar conquistado pelo TS050, no qual participou Fernando Alonso, foi questionada por todos que acompanharam a prova.

Com um carro visivelmente mais rápido Mike Conway teve que tirar o pé para que o espanhol garantisse o primeiro lugar.  O que não passava de uma suposição, foi confirmado pelo diretor técnico da marca, Pascal Vassselon ao site Motorsports.com

“O acordo era que os carros poderiam correr até o último pitstop e na verdade os dois carros se juntaram no último pitstop”, disse Vasselon. “Dissemos aos pilotos que eles poderiam correr apenas até o último pitstop porque não queríamos ter as últimas voltas com muita tensão.”

Mike Conway que encerrou a prova no #7, dividiu a condução com Kamui Kobayashi e José Maria Lopez. Os dois LMP chegaram ao final da prova com uma diferença de 1,4 segundos. Marcando a pole, o #7 foi desclassificado por erros no medidor de fluxo de combustível.

A diferença entre os dois carros era de 55 segundos, faltando uma hora para o término da prova. Com a entrada do carro de segurança o tempo caiu para cinco segundos.  

“Isso não mudou nada, porque sempre foi o plano para congelar as posições”, disse Vasselon, que admitiu que o segundo colocado, TS050, foi o mais rápido dos dois Toyotas durante a corrida.

“Os tempos por volta mostram que o carro # 7 foi ligeiramente mais rápido, em apenas um ou dois décimos, mas a diferença caiu basicamente por causa do safety car”, acrescentou.

 

Com ajuda do Toyota #7, Fernando Alonso estreia no Mundial de Endurance com vitória em SPA

Pilotos do Toyota #8 não encontraram dificuldades em vencer. (Foto: FIAWEC)

A prova inaugural da super-temporada do Mundial de Endurance começou, com um resultado mais do que esperado. O Toyota #8 pilotado por Fernando Alonso, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima, não teve problemas para vencer as 6 Horas de SPA.

Não que o trio não encontrou adversários competentes, mas a vitória do carro #8 era previsível. Alonso é a estrela do certame, e a Toyota tem a obrigação de vencer Le Mans e de quebra o campeonato. Se as regras, beneficiam e muito o único time oficial do WEC, nada mais justo que o piloto midiático chegar em primeiro.

Resultado final da prova

Rebellion foi a melhor equipe privada. (Foto: Divulgação)

Mas este primeiro, veio da forma um tanto quanto controversa. Se a punição do carro #7 foi justa por irregularidades, durante o treino classificatório, a pressão que Mike Conway exerceu sobre Alonso nas últimas voltas da corrida, deixou claro que o espanhol seria superado com uma facilidade absurda, ou na pior das hipóteses, lutado para se manter à frente. As voltas voadoras de Conway, pararam de uma forma abrupta, sem explicação, não combinou com o belo papel de Kamui Kobayashi e José María López, que tiveram que literalmente tirar tudo do carro para chegar apenas em segundo. De acordo com a equipe, o TS050 #7 estava com superaquecimento na caixa de câmbio.

G-Drive vence na classe LMP2. (Foto: Divulgação)

Se a ACO e a FIA abrirem esta jurisprudência a lá Ferrari na F1, o WEC corre o sério risco de perder o que a “principal” categoria, não sabe o que é faz tempo, esportividade. No segundo pelotão da classe LMP1, uma intensa briga entre as equipes Rebellion Racing e SMP Racing. Oreca e a BR Engineering mostraram que não se precisa de um grande fabricante para propiciar um ótimo espetáculo. Nome não ganha corrida, boa pilotagem sim.

A diferença de duas voltas para os demais privados, deixou claro que o EoT,  ou balanço de performance da classe não surtiu o efeito desejado, e nada deve mudar para Le Mans. Sem erros, a Toyota vence, provavelmente com uma senhora vantagem para as demais equipes, desde que complete a prova.

Na terceira posição o Rebellion #1 de Neel Jani, André Lotterer e Bruno Senna. O SMP #17 travou uma bela briga com o Rebellion, porém acabou batendo nas voltas finais, dando ao #3 da equipe suíça o terceiro lugar com Mathias Beche, Gustavo Menezes e Thomas Laurent. Participaram da classe 7 protótipos. Os Ginettas da equipe Manor sequer largam. O motivo foi a ausência do pagamento da principal patrocinadora da equipe, a Talent Racing Sports (TRS). Durante os treinos livres, os dois protótipos deram poucas voltas. A participação em Le Mans é uma incógnita.

Ford vence na classe GTE-PRO, mas perde o #67. (Fotos: Divulgação e reprodução Youtube)

A Ginetta, por sua vez, afirmou que a situação é “um problema de fluxo de caixa de curto prazo” e que “os principais fundos serão pagos antes de Le Mans”.

“Chegamos a uma situação em que uma equipe sediada no Reino Unido com excelente habilidade, além de um par de carros na classe LMP1, não podem correr simplesmente devido aos fundos não que possuem”, disse o presidente da Ginetta, Lawrence Tomlinson.

Na classe LMP2 a G-Drive voltou a vencer com Jean-Eric Vergne, Roman Rusinov e Andrea Pizzitola. Mesmo perdendo a liderança para o Dallara do Team Nederland, Vergne conseguiu recuperar a liderança. A diferença para o Oreca #38 da DC Racing foi de 21,744 segundos. Em terceiro o Alpine #36 da equipe Signatech, no qual corre o brasileiro André Negrão.

Estreando na classe GTE-PRO, BMW M8 e Vantage não apresentaram uma boa performance. (Foto: BMW Motorsports)

A Ford viveu extremos em SPA. Se a vitória do #66 dos pilotos Sebastien Muecke, Olivier Plas e Billy Johnson, foi comemorada, o acidente envolvendo o #67 trouxe apreensão para todos no circuito. Ainda nas primeiras horas, Harry Tincknell perdeu o controle na Eau Rouge, destruindo completamente o carro. Tincknell não sofreu nenhum tipo de escoriação, não passando de um susto.

Aston Martin vence na GTE-AM. (Foto: Divulgação AMR)

O Porsche #91 pilotado por Richard Lietz liderava, quando foi surpreendido por Pla na curva Raidillon, faltando 45 minutos para o término da prova. No final a diferença dos dois foi de 13,931 segundos. Em segundo o Porsche #92 de Michael Christensen e Kevin Estre, que também superaram o Porsche #91. Na terceira posição a Ferrari #71 de Davide Rigon e San Bird.

Pedro Lamy com uma pilotagem impecável, levou o Aston Martin #98 à vitória na classe GTE-AM. Sendo pressionado por Euan Alers-Hankey, o português venceu com uma diferença de 0,221 segundos para o Aston #90. A Ferrari #61 da equipe Clearwater completou o pódio.

Toyota lidera no primeiro dia de treinos na Bélgica

(Foto: FIAWEC)

A Toyota fechou o primeiro dia de treinos livres para as 6 Horas de SPA, primeira etapa do Mundial de Endurance 2018/19 na frente. Na  segunda sessão de treinos, Mike Conway com o TS050 #7 marcou 1:56.172.

Na segunda posição o TS050 #8 com Kazuki Nakajima que marcou 1:56.815. Alonso que marcou o melhor tempo na primeira sessão de treinos, ficou com o tempo de 1:57.0967. Ao contrário do treino realizado pela manhã, os protótipos LMP1 privados ficaram distantes dos dois Toyotas. Pietro Fittipaldi levou o Dallara da equipe DragonSpeed a terceira posição, marcando 1:58.835.

Tempos da segunda seção de treinos

Velocidades máximas

Pastor Maldonado manteve o primeiro lugar na classe LMP2. O venezuelano marcou 2.02.991. Em segundo lugar na classe o Oreca 07 #37 da DC Racing, seguido pelo também Oreca #26 da G-Drive Racing.

Na classe GTE-PRO, Ford e Porsche se intercalaram nas primeiras posições. Oliver Pla liderou com o Ford #66, seguido pelo Porsche #91 de Gianmaria Bruni. O Ford #67 completou os três primeiros. O Porsche #88 da Proton Competition, voltou a liderar na classe GTE-AM.

 

Toyota mostra evolução após entrada de Fernando Alonso

(Foto: Toyota)

Uma das grandes novidades da temporada 2018/19 do Mundial de Endurance é a participação de Fernando Alonso, como piloto da Toyota. O espanhol vai dividir o TS050 #8 com Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima.

Para Buemi, a entrada do espanhol ajudou a equipe como um todo. “Ele deu uma visão diferente de algumas das coisas com as quais todos nós nos acostumamos, como as configurações do volante e as formas de montar o carro”, disse Buemi ao site Sportscar365. “Ele vai sugerir: ‘Oh, por que você não faz assim ou assim’ e vamos tentar as sugestões dele.”

“Somos as mesmas pessoas que trabalham com as mesmas pessoas que temos há algum tempo, então às vezes não pensamos em mudar algumas coisas. Então ele surge com novas ideias e feedback que tem sido bom.”

“Ele sabe que precisamos compartilhar o carro, todos nós precisamos ser rápidos e tudo precisa se encaixar para nós três. Ele é realmente aberto e quer fazer o bem – ele quer vencer. Ele está disposto a fazer tudo o que puder para ser bom ”.

Para Alexander Wurz, ex-piloto da Toyota e atual consultor, o ritmo que Alonso impôs nos testes oficiais da categoria em Paul Ricard, mostram o quanto está focado e determinado em vencer.

“Obviamente, ele é um piloto extremamente talentoso que está muito ansioso para aprender cada detalhe”, disse Wurz ao Sportscar365. “Ele fez muitas perguntas e toda vez que estamos no carro – se ele encontra algo novo, ele normalmente vai e faz – há muitas coisas que vêm naturalmente a ele.”

“Mas também há algumas coisas que são um pouco diferentes em nossos carros, como os sistemas AWD e híbrido.”

“O poder híbrido que ganhamos é significativamente maior do que o poder híbrido de um F1 porque nosso carro é baseado inteiramente no híbrido. Demora um tempo para nos acostumarmos, e tivemos um pouco com Fernando, mas sua taxa de progresso foi muito rápida.”

“Além disso, ele vai questionar por que fazemos as coisas de uma certa maneira, e esse questionamento de um processo desenvolvido é útil porque você tenta encontrar as respostas e, ao fazer isso, você se questiona novamente.”

Buemi também salienta que Alonso terá um desafio maior do que pilotar por 6 e 24 horas, conciliar seus compromissos com a Fórmula 1. Nos meses de junho e julho, Alonso terá cinco finais de semanas literalmente na pista. A maratona inclui o GP do Canadá, Le Mans, GP da França, GP da Áustria e GP da Inglaterra. No final do ano uma nova maratona, GP do Brasil, 6 horas da China, e Abu Dhabi.

TS050 vai competir sozinho? (Foto: Divulgação Toyota)

“Sentado no carro é a parte mais fácil”, disse ele. “Você apenas baixa seu visor e dirige, e é disso que as pessoas gostam. As principais coisas que fornecem um desafio mental são marketing, viagens, organização, logística, etc.”

“O mais difícil é basicamente combinar essas coisas e garantir que você esteja em boas condições para tudo. Todos nós ficamos impressionados com sua preparação e sua atitude, então acho que teremos sucesso, que é o que conta no final.”

O diretor da equipe Hisatake Murata, acredita que a equipe esteja pronta para o Mundial. “É um momento emocionante do ano; Estou certo de que todos os membros da equipe e os fãs não podem esperar para ver a primeira corrida. Não sabemos exatamente o que esperar em termos de desempenho, porque há muitas incógnitas com os recém-chegados LMP1 privados, mas para os fãs eu tenho certeza que isso só aumenta a excitação. A nossa prioridade nesta temporada é, obviamente, a vitória em Le Mans. Embora tenhamos concluído um cronograma de testes de pré-temporada intensiva, nada se compara ao desafio de competir em Spa é um passo importante em nossa preparação. Nossas três vitórias consecutivas no final de 2017 estabeleceram um padrão elevado, por isso o nosso alvo neste fim de semana tem que ser o centro do pódio.”

 

Toyota confirma Alonso no Mundial de Endurance

(Foto: Divulgação)

McLaren e Toyota confirmaram nesta terça-feira, 30, a participação de Fernando Alonso no Mundial de Endurance e consequentemente nas 24 horas de Le Mans 2018.

Com a definição do nome do espanhol, o line-up dos dois TS050 está completo. No #7 estarão Mike Conway, Kamui Kobayasi e José María López. Alonso estará no #8 ao lado de Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima. Alonso estreia nas 6 horas de SPA em maio, competindo em todas as etapas do Mundial de Endurance, exceto em Austin. 

O time britânico ressalta ainda que: A McLaren e Fernando estão totalmente de acordo que a Fórmula 1 continua sendo a principal prioridade compartilhada. Como tal, Fernando vai competir em todas as rodadas do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA de 2018, e encaminhará seus compromissos de carro esportivo em grande prêmio. Por conta disso, o espanhol não vai competir na etapa de Fuji, que será realizada no mesmo final de semana do GP de Austin, dia 21 de outubro.”

Alonso se mostra otimista com o novo desafio: “Meu objetivo sempre foi ganhar a” Triple Crown “do automobilismo – o Grande Prêmio de Mônaco, Indy 500 e as 24 Horas de Le Mans. Nós tentamos a Indy no ano passado, chegamos perto.

“Este ano, tenho a chance, graças a McLaren de correr pela vitória em Le Mans. É um grande desafio – pode dar errado – mas estou pronto, preparado e ansioso pela luta.

“O meu acordo para a corrida no WEC só foi possível através da boa compreensão e do forte relacionamento que tenho com a McLaren, e estou muito feliz por terem ouvido e entendido o que isso significa para mim.

“De modo algum esse desafio mudará meu alvo principal da Fórmula 1 com a McLaren. Em 2018, meu objetivo é ser competitivo em todos os grandes prêmios, e tenho certeza de que estamos mais perto de conseguir isso “.

Toyota confirma permanência no Mundial de Endurance

(Foto: Divulgação)

A Toyota confirmou nesta terça-feira, 19, sua permanência no Mundial de Endurance. O fato que já era conhecido, ganhou sua confirmação oficial, após as regras da classe LMP1 serem efetivadas.

O gerente do programa LMP1 da marca, Hisatake Murata, já tinha acenado para a continuidade da equipe na série. Já Akio Toyoda, presidente mundial da Toyota, Akio Toyoda enalteceu a importância do endurance para a companhia.

“A Toyota Gazoo Racing continuará a correr nesta competição na próxima temporada”, disse Akio Toyoda.

“E, a partir daqui também, para que possamos fornecer aos nossos clientes carros que são divertidos de dirigir e carros que eles sonhem, continuaremos a desenvolver nossas habilidades e tecnologia ganhas até agora.”

Não foram divulgado a relação de pilotos, nem detalhes sobre o novo LMP1. Para a próxima temporada devem alinhar somente dois carros em Le Mans e consequentemente no WEC.

 

Despedida da Porsche e vitória da Toyota marcam as 6 Horas do Bahrein

Toyota não deu chances para a Porsche. (Foto: FIAWEC)

A última etapa do Mundial de Endurance que foi realizada na tarde deste sábado, 18, no Bahrein foi “histórica” como a maioria dos especialistas sobre o assunto no Brasil, gostam de potencializar seus textos e argumentos, muitas vezes sem tanta relevância assim. Maior que a convincente vitória da Toyota, foi ver o Porsche 919 Hybrid dando suas últimas voltas. Ele ainda não se aposentou. Neste domingo,19, o modelo vai rivalizar com a Toyota pela última vez. Não terá o mesmo brilho, mas não deixa de ser uma despedida sem a pressão de uma prova de seis horas.

Classificação final.

Com uma nova concepção nos próximos dois anos, o Mundial de Endurance tenta se reinventar sem sua principal equipe na classe LMP1. Muito se falou sobre o fim da série, a falta de emoção. A Toyota correndo praticamente sozinha, os desafios para as demais equipes, será a luta pelo segundo lugar. De acordo com a ACO no próximo campeonato que se estende até 2019, a paridade entre privados e oficiais será menor. Alguns até desejam que a Toyota desista e a classe fique somente com os privados, algo mais purista. A expectativa é de quase 10 carros na P1, número considerável frente aos quatro que competiram durante todo o ano. Privados ou não, o WEC não vai acabar.

Ainda em 2017, a vitória da Toyota foi inquestionável. Sebastien Buemi foi o responsável por levar o TS050 #8 até a linha de chegada. Na segunda posição o Porsche #2. Coube a Timo Bernhard, levar o icônico carro até os boxes. A vitória poderia ter sido do time alemão. Com 15 minutos de prova, Bernhard acabou derrubando um dos postes que delimita a pista, tendo que fazer reparos nos boxes.Largando na Pole o Porsche #1 perdeu a liderança para o #8 ainda na primeira hora, após toque entre Nick Tandy e o Porsche #86 da equipe Gulf que compete na classe GTE-AM. Com os dois protótipos em desvantagem, a estratégia da Porsche foi fazer stints mais longos com os pneus. André Lotterer conseguiu terminar a prova em terceiro com o #1, 46 segundos atrás do Porsche #2.

Mesmo em condições normais, a prova foi totalmente dominada pela Toyota. Buemi dividiu o #8 com Anthony Davidson e Kazuki Nakajima. O trio faturou a quinta vitória na temporada. Mesmo com o maior número de vitórias, o título de construtores ficou com a Porsche, por conta do resultado em Le Mans. O Toyota #7 terminou na quarta colocação, três voltas atrás do líder, após um toque de Kamui Kobayshi com o Porsche #92 de Michael Christensen. Nesta altura o #92 era líder da classe GTE-PRO.

Fritz Enzinger vice-presidente do programa LMP1 da Porsche: “Hoje uma época de muito sucesso chega ao fim e este é o momento certo para dizer obrigado. Acima de tudo eu quero agradecer ao conselho da Porsche que teve a fé para me dar ao projeto, apoiado me muito me dando a sensação de que eu era a escolha certa. Pessoalmente, eu só foi convencido sobre isso quando tomamos a nossa primeira vitória em São Paulo em 2014. Obrigado a todos os nossos pilotos que tomaram todas as chances e entregaram o mais alto desempenho. Foram 17 vitórias em 34 corridas. Graças a todos na equipe pelo seu trabalho incansável e euforia pelo projeto. Não havia nada que eu gostava mais do que ver o instinto de vencer em seus olhos em dias de corrida! Hoje também é o momento certo para pagar a minha gratidão ao nosso chefe da equipe, Andreas Seidl: Nos últimos dois anos, Andreas fez um duplo papel como chefe de equipe e Diretor Técnico de uma forma superior com o primeiro 919 que foi desenvolvido sob a sua orientação. E finalmente: É ótimo que uma empresa como a Porsche exista. Se eu tivesse que resumir os seis anos que estou com a Porsche em uma frase seria: eu estava autorizado a viver o meu sonho. Obrigado para o projeto e obrigado e pela liberdade”.

Desde 2014 foram três títulos de pilotos e três de construtores, além de três vitórias em Le Mans. Porsche sai por cima. (Foto: Porsche AG).

Após o término da corrida o presidente da Toyota Akio Toyoda, divulgou uma longa nota sobre a temporada 2017 e a despedida da Porsche no WEC:

“Eu gostaria de expressar minha profunda gratidão a todos aqueles que apoiaram TOYOTA GAZOO Racing no Campeonato Mundial de Endurance nesta temporada. Indo para Le Mans para estar juntos com a nossa equipe na nossa luta lá em junho deste ano resultou em uma experiência pessoal e realmente frustrante. E estou ciente de que nosso desempenho na corrida que trouxe frustração para os nossos fãs, também. Outras corridas vieram, e em meio a tudo isso, nós aprendemos e sentimos com a retirada planejada do Porsche do WEC. Depois do ano passado em Le Mans, Porsche nos reconheceu como um rival. Ao debaterem-se com tais rivais como Porsche, eu acho que nós fomos capazes de aumentar a nossa capacidade técnica, tornando-nos mais rápidos e mais fortes. Como nós fomos contra Porsche, todos os nossos membros da equipe, incluindo eu, tive o mesmo pensamento em nossos corações: “nós odiamos perder”. Mas, na raiz do que, eram sentimentos que nutria de respeito e gratidão para com o nosso rival. O que eu pensei de novo seguindo as nossas últimas três corridas contra a Porsche, começando com a rodada Fuji, era o que eu queria competir em uma corrida que faria Porsche rivalizar TOYOTA novamente. Essa é uma das razões pelas quais nos aproximamos Fuji, Xangai e, em seguida, Bahrain determinados a vencer, e, desta vez, fomos capazes de fazer exatamente isso. Foi na corrida anterior, em Xangai que a Porsche seria campeão deste ano. Para Porsche, por favor, deixo, as minhas felicitações. Embora nós experimentamos a nossa quota de pesar este ano, se esta última corrida deixa a sensação de que a Porsche gostaria de competir com a TOYOTA mais uma vez, nossa equipe seria capaz de terminar a temporada com um pouco de orgulho. Para todos aqueles a Porsche, por todos os meios, um dia, em alguma estrada, por favor deixe-nos competir com vocês novamente. Para esse dia, a Toyota GAZOO Racing irá continuar a sua tomada de carros cada vez melhores. Para os pilotos, engenheiros, mecânicos, parceiros da Toyota GAZOO Racing e todos os envolvidos no WEC, vamos continuar a fazer o nosso melhor juntos! A todos os fãs que apoiaram a TOYOTA nesta temporada, eu mais uma vez expressar a minha gratidão. Para o futuro dos automóveis, e para os sorrisos nos rostos dos nossos clientes, vamos continuar a repetidamente enfrentar desafios e tentar o nosso melhor. Estamos ansiosos em continuar recebendo seu apoio. ”

Vitória de Bruno Senna e título na LMP2

Senna e Piquet novamente no pódio. (Foto: Divulgação)

Bruno Senna, Julien Canal e Nicolas Prost venceram na classe LMP2 e conquistaram o título de pilotos. A Rebellion Racing que trocou a finada classe LMP1 privada em 2017, arriscaram e terminaram com o título. A diferença de 40 segundos para o Oreca da Jackie Chang DC Racing #38, adversários diretos pelo título. A diferença entre eles e o Rebellion #31 era de apenas 4 pontos.

O britânico Oliver Jarvis e o francês Thomas Laurent com o #38, dependiam somente das próprias forças para chegar ao título. No entanto, apenas a vitória os levaria a descontar a desvantagem de quatro pontos em relação ao time de Senna. E eles em vários momentos estiveram à frente, ameaçando o sonho do brasileiro e seus parceiros, que largaram em segundo – logo atrás dos rivais e dos poles André Negrão, Nicolas Lapierre e Gustavo Menezes.

Para aumentar ainda mais a carga emocional, uma pane na direção quase derrubou Senna. “Foi muito louco. Perdi o power steering e o carro ficou extremamente pesado de dirigir. Precisei resetar o volante para ver se ele voltava a funcionar direito e deu certo. Foi muito tenso, mas felizmente incrível. Estou sem palavras. Foram quatro vitórias nas últimas cinco corridas. Mal dá para acreditar”, comemorou Bruno, recebido no pit lane por Canal e Prost depois de cruzar a linha de chegada 10 segundos antes de Jarvis. Prost, ausente da corrida em Nurburgring por conflito de datas com a rodada da Fórmula E nos Estados Unidos, não pôde festejar o título, mas seu trabalho foi exaltado por Bruno. “Ele perdeu uma prova, mas de resto fez tudo o que pôde para nos ajudar”, agradeceu.

Bruno é o segundo brasileiro a vencer no Mundial de Endurance – o primeiro foi Raul Boesel, pela Jaguar, em 1987. E o final de semana no circuito de Sakhir foi particularmente iluminado para os nomes mais ilustres da história do automobilismo brasileiro. Na véspera, Pietro Fiittipaldi – neto de Emerson Fittipaldi – assegurou a conquista da World Series, enquanto hoje Nelsinho Piquet subiu ao pódio da LMP2 com o 3º lugar ao lado de Mathias Beche e David Heinemeier Hansson.

Foi a recompensa por um campeonato marcado pela incrível recuperação da tripulação do Oreca 07-Gibson da Rebellion Racing. Os três chegaram a ficar 46 pontos atrás do carro 38 da equipe de propriedade do astro chinês de filmes de ação Jackie Chan, que abriu grande frente na classificação por conta da vitória e da pontuação dobrada nas 24 Horas de Le Mans. A reação veio a partir da segunda metade do ano, quando Bruno, Canal e Prost ganharam no México, no Japão e na China antes de fecharem o calendário com chave de ouro no Bahrein.

Nelsinho Piquet que também compete pela Rebellion Racing, ao lado de David Heinemeier-Hansson e Mathias Beche terminou na terceira posição. Depois de um treino de classificação difícil, a tripulação do carro #13, formada também pelo dinamarquês David Heinemeier-Hansson e o suíço Mathias Beche, conseguiu boa recuperação e chegou a ocupar o segundo lugar. No entanto, devido a problemas de pneus, o trio acabou caindo para terceiro.

“Gostaríamos de ter terminado a temporada com a vitória, é claro, mas tivemos uma boa estratégia e conquistamos mais um pódio. No fim da prova tivemos dificuldades com os pneus e nas últimas duas horas o carro ficou difícil de pilotar. Fizemos o possível para terminar na terceira posição”. Comentou.

Agora, Nelsinho volta novamente suas atenções para a quarta temporada da FIA Fórmula E. Primeiro campeão mundial da categoria de carros elétricos, Piquet Jr. fará sua estreia pela equipe Jaguar na rodada dupla de Hong Kong, dias 2 e 3 de dezembro. André Negrão terminou na quarta posição com o Alpine #36.

Vitória e título para a Ferrari na classe GTE-PRO

Ferrari termina temporada com título e dobradinha na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

James Calado e Alessandro Pier Guidi chegaram em segundo na classe GTE-PRO e de quebra, levaram para casa o título de pilotos para a Ferrari. Com dois pontos de vantagem antes da etapa do Bahrein, a dupla teve uma boa luta com Porsche e Ford durante toda a prova.

No início da prova a liderança ficou com a Ferrari #71 de Sam Bird e Davide Rigon. Harry Tincknell e Andy Priaulx com o Ford #67 foram os maiores adversários. Na terceira hora, Pier Guidi levou a Ferrari #51 ao terceiro lugar antes da direção de prova aplicar uma bandeira amarela em todo o circuito.

A sorte mudou após o toque da Toyota com o Porsche #92 que liderava a classe. Após ver Priaulx escapar em uma das curvas, Pier Guidi conseguiu se manter na liderança, entregando o carro para James Calado completar a corrida na segunda posição. A vitória ficou com Sam Bird e Davide Rigon.

Aston Martin vence na GTE-AM

Aston Martin se despede do Vantage GTE com título e vitória na classe GTE-AM. (Foto: Divulgação)

Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Mathias Lauda conquistaram um título de pilotos na classe GTE-AM. A vitória foi com quase uma volta de vantagem para a Ferrari 61 da Clearwater Racing. Na largada Lauda caiu para a quarta posição. Com uma pilotagem agressiva, conseguiu recuperar as posições, entregando para Dalla Lana, que já liderava na terceira hora.

A prova marcou a última participação do Aston Martin Vantage GTE. Carro iniciou sua trajetória em 2012, na primeira temporada do Mundial de Endurance. Venceu duas vezes as 24 horas de Le Mans e dois pódios nos últimos cinco anos. No total foram 36 vitórias nas duas classes. Na terceira posição a Ferrari #54 da Spirit of Race.

Toyota confirma testes com Alonso no Bahrein

(Foto: Divulgação)

A Toyota divulgou na tarde desta sábado, 18, a participação do espanhol Fernando Alonso nos testes promovidos pelo WEC neste domingo, 19 no Bahrein. A confirmação veio depois de uma onda de boatos por parte da imprensa internacional, já que Alonso esteve na sede da Toyota na Alemanha, poucas semanas atrás.

O objetivo do espanhol e conquistar a tríplice coroa do automobilismo, vencendo Le Mans, Indianápolis e Mônaco, esta última já conquistada. A liberação por parte da McLaren só foi possível, após o rompimento do time britânico com a Honda.

“Estamos muito animados com os testes de Fernando com o nosso carro. Quando ele nos visitou em Colonia todos sentiram seu entusiasmo e paixão pelo nosso esporte; ele é um verdadeiro piloto. Respeitamos o seu interesse em diferentes formas do automobilismo e é um prazer oferecer-lhe esta oportunidade de dirigir um carro LMP1 hybrid. Vai ser interessante ouvir o seu feedback sobre o TS050.” Comentou o presidente da equipe Hisatake Murata.

De acordo com imprensa inglesa, Alonso pode disputar temporada 2018/2019 do WEC

Alonso dando a bandeirada na edição de 2014 da 24 horas de Le Mans (Foto: Moy / XPB Images)

Fernando Alonso pode disputar a temporada 2018/2019 do Mundial de Endurance pela equipe Toyota. De acordo com o jornalista Andrew Benson da BBC, o espanhol vai testar o TS050 durante os testes do WEC no Bahrein no dia 19 de novembro. A informação foi publicada no site da emissora inglesa nesta sexta-feira, 10. 

Segundo o jornalista da BBC é certo que o espanhol vai disputar Le Mans e que as demais etapas estão sendo negociadas entre McLaren, Honda e Toyota. Alonso que participa neste final de semana do GP do Brasil em Interlagos se limitou a dizer: “Até agora, nada para comentar. Vamos ver. Apenas rumores”.

A Toyota também negou qualquer rumor: “Não temos nenhum comentário a fazer nesta especulação”. O objetivo do espanhol é conquistar a tríplice coroa do automobilismo. Alonso já venceu o GP de Mônaco, restando Le Mans e Indianápolis. A participação da equipe japonesa ainda não foi confirmada, segundo a BBC a confirmação deve ser feita nos próximos dias, já que possui orçamento e o carro já está em processo de desenvolvimento.

 

Toyota vence as 6 Horas de Xangai

Equipe japonesa não deu chances para a Porsche (Foto: Toyota)

A Toyota venceu na madrugada deste domingo, 05, a penúltima etapa do Mundial de Endurance que foi realizada no circuito de Xangai na China. Sebastien Buemi, Anthony Davidson e Kazuki Nakajima não tiveram dificuldades em superar a equipe Porsche, que chegou em segundo lugar com o 919 #2 de Timo Bernhard, Earl Bamber e Brendon Hartley. Com o resultado o trio da Porsche conquistou o título da temporada de pilotos e construtores.

A história da corrida poderia ter sido outro vencedor se José Maria López, não tivesse provocado um erro, que acabou custando a título para a equipe japonesa. Lopez liderava quando bateu o TS050 #7. O toque foi em cima do Porsche #91, o que custou uma dobradinha da equipe. Com o resultado o #7 terminou sete voltas atrás do vencedor, depois de ficar 1 hora, realizando reparos. Se não bastasse o resultado, o trio foi punido em 10 segundos após o término da prova.

Resultado final

Na terceira colocação o Porsche #1 de Nick Tandy, Andre Lotterer e Neel Jani. O trio também enfrentou problemas com o LMP que sofreu com o acelerador do carro. Em nenhum momento a Porsche teve reais condições de superar a Toyota.

A equipe Rebellion conquistou a terceira vitória da temporada com o #31 pilotado por Bruno Senna, Julien Canal e Nicolas Prost. A diferença de 35,280 segundos foi em cima do Alpine #36 de Nicolas Lapierre, Gustavo Menezes e André Negrão. Em terceiro Oreca #13 da equipe Rebellion.

Harry Tincknell, Andy Priaulx venceram na classe GTE-PRO. A dupla do Ford #67 conquistaram a segunda vitória na temporada. Tincknell conseguiu segurar o Porsche #91 por grande parte da corrida, enquanto a Ferrari #51 da AF Corse completou o pódio. Mesmo com uma parada para troca de pneus e reabastecimento tardia, o #67 conseguiu manter a liderança nos momentos finais da prova.

O Porsche #91 foi pilotado por Richard Lietz e Fred Makowiecki, enquanto a Ferrari #51 teve Alessandro Pier Guidi e James Calado ao volante. Com o resultado a Ferrari conquistou o título de construtores na classe com uma corrida de antecedência. Na classe GTE-AM uma vitória tranquila para o Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Mathias Lauda. Foi a 50º vitória da AMR no WEC. Na segunda posição o Porsche #86 da equipe Gulf. O também Porsche da Dempsey Proton completou o pódio.