Toyota marca pole em Xangai. Bruno Senna lidera na classe LMP2

(Foto: Divulgação)

Bruno Senna “voou” nos treinos classificatórios, estabeleceu a volta mais rápida da sessão que definiu o grid das 6 Horas de Xangai e deixou claro que são grandes as possibilidades de alcançar a liderança entre os pilotos da LMP2 do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC neste domingo na China. Foi a primeira pole do trio da Rebellion Racing, completado pelos franceses Julien Canal e Alain Prost, e ela não poderia ter vindo em local e momento psicologicamente mais apropriados, já que foi conquistada na casa da Jackie Chan DC Racing, ponteira da classificação desde a abertura do calendário. Com o ponto extra, Senna e seus parceiros aumentaram ainda mais a pressão sobre o chinês Ho-Pin Tung, o britânico Oliver Jarvis e o francês Thomas Laurent, que partirão em quarto e viram a vantagem cair para nove pontos restando somente duas corridas para o fim do campeonato.

Resultado treino classificatório

Senna comemorou a conquista depois de acompanhar dos boxes o trabalho de Canal na segunda parte do qualifying – o tempo é obtido pela média da soma da melhor volta de uma dupla de cada carro. Quatro décimos mais rápido que o segundo do primeiro grupo, o outro protótipo Oreca 07-Gibson da Rebellion dividido por Nelsinho Piquet, Mathias Beche e David Heinemeir Hansson, Senna fez a diferença e facilitou a tarefa do companheiro. Mas procurou dividir os méritos com todos. “O carro esteve sempre muito bom desde o início dos treinos. E tanto o Canal quanto o Nicolas estão andando muito bem aqui. Eles já haviam mesmo falado que gostam bastante desta pista”, lembrou.

A corrida começará à 1 hora da madrugada do domingo. Apesar da longa duração, Senna não minimizou a importância de sair na frente. “O pole pode controlar o ritmo da largada. Além disso, há um espacinho legal entre a gente e o pessoal da Jackie Chan. Sei que provas longas são sempre imprevisíveis, mas estou animado com nossas chances”, afirmou. Como o sistema de pontuação obedece ao formato da Fórmula 1, o vencedor receberá 25 pontos. Portanto, se as 6 Horas de Xangai terminarem com as mesmas posições de partida, Bruno e Canal assumirão a liderança da LMP2. Eles têm agora 136 pontos, contra os 145 de Tung, Jarvis e Laurent. A desvantagem para os pilotos da equipe de propriedade do astro de cinema Jackie Chan chegou a 46. Prost, ausente da etapa de Nurburgring por conflito de datas com a Fórmula E, se distanciou e não pode mais ser campeão.

Toyota não tem data para confirmar futuro no WEC

(Foto: Divulgação Toyota)

A Toyota não definiu um prazo para decidir se fica ou não, no Mundial de Endurance em 2018. Existe uma expectativa desde o anúncio por parte da Porsche de não continuar no certame no próximo ano.

Em declarações obtidas pelo site sportscar365.com, o diretor da equipe Pascal Vasselon garante que não existe um “dead line” sobre o futuro da equipe na série. A decisão depende dos regulamentos da temporada 2018/19 para a classe LMP1, com a unificação de protótipos híbridos e não-híbridos em uma única classe.

“Os prazos de decisão têm, basicamente, que se adaptar aos prazos de publicação da regulação”, disse Vasselon. “Estamos monitorando o que acontece, por isso é difícil confirmar nosso compromisso antes de saber exatamente do que estamos falando.”

“No momento, os regulamentos para o próximo ano e para o futuro do WEC não são claros. Não há nenhum ponto de apressar uma decisão com base no que sabemos no momento.”

“Do nosso lado, eu não acho que nós tenhamos um prazo absoluto para decidir dizer sim ou não.”

A FIA e ACO deixaram claro que não serão feitas alterações nos protótipos híbridos. O dirigente espera detalhes sobre o poder de força, que será dado para as equipes privadas.

“Nós não sabemos o que vai exatamente acontecer, como as coisas serão feitas”, disse ele. “Os nossos regulamentos técnicos tem que ser congelados. Temos que prever o nível das equipes privadas.”

Por conta do atraso na divulgação das regras, o desenvolvimento do LMP1 para 2018 está parado. Mesmo com a pausa, Vasselon adiantou que o próximo carro será similar ao atual TS050.

“Não há grande incentivo para continuar o desenvolvimento deste tipo de carro”, disse ele. “Nós aumentamos progressivamente o desenvolvimento porque precisávamos saber para onde estamos indo”.

* Com informações do site sportscar365.com

Toyota faz dobradinha em Fuji pelo Mundial de Endurance

Mesmo em bandeira verde Toyota foi um adversário difícil para a Porsche. (Foto: Divulgação)

A Toyota conquistou na madrugada deste domingo, 15, a vitória em casa, no circuito de Fuji no Japão. A prova teve apenas 113 voltas e foi marcada pelo mau tempo, coroou o bom trabalho do TS050 #8 de Anthony Davidson, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima.

Mesmo com a entrada do carro de segurança, a organização da prova ficou na esperança de que a chuva e a falta de visibilidade, passassem, o que não aconteceu. A prova ficou sob bandeira verde por pouco mais de 10 minutos, quando finalmente foi decretada bandeira vermelha. Oficialmente a prova teve pouco mais de 4 horas e 20 minutos.

Esta foi a terceira prova na história do Mundial de Endurance que teve seu tempo reduzido, por conta do mau tempo. As duas primeiras vezes também foram em Fuji. A equipe japonese mostrou força, dominando a prova em condições molhadas. Os dois carros da equipe Porsche ficaram com a terceira e quarta posição. Earl Bamber com o 919 #2 chegou a liderar, mas não conseguiu manter a liderança frente ao bom desempenho dos carros da Toyota.

Resultado final

Hisatake Murata, chefe da equipe Toyota: “É fantástico ficar no centro do pódio novamente na nossa terceira vitória da temporada. Lutamos muito duro para conseguir isso, e é ainda mais especial aqui na nossa corrida em casa. Obrigado a todos que vieram para Fuji Speedway hoje e apoiar-nos, apesar do mau tempo. Eles realmente nos dão motivação extra e estou satisfeito que pudéssemos mostrar-lhes uma luta emocionante com a Porsche. Nossos pilotos e carros apresentaram desempenho muito forte hoje em condições molhadas. Nossa meta agora é lutar duro com a Porsche nas duas últimas corridas e criar um final emocionante para a temporada para os fãs.”

Mais tempo parados do que correndo. (Foto: FIAWEC)

Bamber, Timo Bernhard e Brendon Hartley são os líderes do campeonato, mantendo vivas a chances, pelo menos matemáticas de Nakajima e Buemi de conquistar o título. O Porsche #1 teve o bico avariado, após André Lotterer tocar em Buemi.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 da Porsche: “A chuva pesada, densa neblina, um começo atrás do safety car, duas bandeiras vermelhas e períodos de safety car numerosos e zonas amarelas: Dadas essas condições adversas, podemos estar contente que nada sério aconteceu hoje. No final, foi uma dobradinha  em casa para a  Toyota. Mas estávamos perto e em Xangai, vamos fazer de tudo para fazer o próximo passo para defender nossos títulos de campeão.”

Bruno Senna vence a segunda no ano. (Foto: Divulgação)

Na classe LMP2, Bruno Senna, Julien Canal e Nicolas Prost venceram com o Rebellion #31. Foi a segunda vitória do trio na temporada. Em segundo lugar o Alpine #36 de André Negrão e Gustavo Menezes. Os líderes do campeonato, o Oreca #38 da Jackie Chang DC Racing de Oliver Jarvis, Ho-Ping Tung e Thomas Laurent, terminarem em terceiro lugar.

“Foi talvez a corrida mais tensa e difícil da minha vida”, disse Bruno, que aproveitou o pódio para comemorar também o aniversário – completou 34 anos. Com os resultados, os pilotos da Rebellion Racing mantiveram a vice-liderança e reduziram para somente 10 pontos a diferença para o trio da Jackie Chan Racing, formado por Oliver Jarvis, Thomas Laurent e Ho-Pin Tung, terceiro colocados na etapa.

As previsões da meteorologia, que indicavam até a possibilidade de cancelamento da prova, quase que se confirmaram completamente. A prova começou com pista molhada e visibilidade reduzida, o que levou a direção de prova a determinar o regime de bandeira amarela em uma das curvas. “Em nenhum momento conseguimos ver a curva 1. Foi um desafio enorme completar a corrida”,  afirmou Bruno, que saiu na segunda colocação, passou à liderança logo no início e sobreviveu aos múltiplos choques – um deles envolvendo o segundo Oreca-Gibson da equipe, então nas mãos de Mathias Beche, que bateu forte mas nada sofreu.

Ferrari vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Bruno percorreu uma maratona. Por causa do encurtamento da prova, Canal nem chegou a assumir o cockpit. “Fiquei três horas e meia pilotando. Foi muito cansativo e mentalmente exigente. Felizmente, consegui tomar a frente logo com a rodada do Nelsinho Piquet, que provocou um embaralhamento de posições atrás que nos ajudou. Tivemos de fazer um pit stop com bandeira verde, o que nos prejudicou bastante, mas felizmente recuperamos no segundo e deu para reprogramar a estratégia. Mesmo assim, demos sorte porque o ritmo do carro do André Negrão era melhor que o nosso e o encerramento prematuro nos beneficiou”, admitiu.

Com mais 25 pontos, Bruno e Canal passaram a somar 135 contra 145 dos líderes – Prost não tem mais chances de ser campeão porque não participou das 6 Horas de Nurburgring. Com isso, as 6 Horas de Xangai, no próximo dia 3 de novembro, ganharam ainda mais importância na definição do título, já que depois restará apenas a prova final no Bahrein. “Dez pontos não são tão poucos assim, mas se lembrarmos que já estivemos 46 atrás…”, lembrou Bruno. “E o importante é que continuamos crescendo e viemos descontando um pouco a cada prova.”

Companheiro de Bruno Senna na equipe Rebellion Nelsinho Piquet, largou na pole, iniciando uma feroz recuperação e, depois de ultrapassar os carros das categorias GT, começou a descontar a diferença em relação aos demais protótipos da LMP2. Foi quando uma nova entrada do safety car ajudou e reduziu ainda mais a desvantagem.

Com pouco mais de uma hora de prova, Nelsinho já era o oitavo na classe, mas a chuva aumentou e uma forte neblina tornou a visibilidade terrível, obrigando a direção de prova a acionar a bandeira vermelha. Depois de quase uma hora de paralisação, mas com a regressiva das seis horas prosseguindo, a prova recomeçou e Nelsinho seguiu sua recuperação.

Clearwater vence na GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

Piquet Jr. subiu logo para o quinto lugar e decidiu permanecer na pista por mais tempo, retardando o segundo pit stop e, consequentemente, a troca de pilotos. Quando finalmente parou, com quase três horas de prova, Nelsinho já estava em segundo na LMP2, e deu lugar a Mathias Beche.

No entanto, o suíço acabou sofrendo um acidente com 3h35 de corrida após toque do francês Jean-Eric Vergne e a tripulação teve de abandonar a disputa devido aos danos no protótipo Oreca #13. Uma hora depois, a direção de prova agitou novamente a bandeira vermelha e esperou pela melhora das condições, o que não aconteceu, e a prova foi encerrada.

“A corrida foi complicada, acabei rodando no começo e caí para trás. Fomos recuperando bem, cheguei ali até a ficar em segundo, perto da frente. Depois, o Mathias Beche acabou levando uma pancada do Jean-Eric Vergne e infelizmente abandonamos”. Comentou o piloto.

Na classe GTE-PRO a Ferrari de Alessandro Pier Guidi e James Calado, superou a equipe Porsche no pódio e também na luta pelo título. A prova marcou a segunda vitória de Calado e Pier Guidi. Andy Priaulx e Harry Tincknell que pilotam o Aston Martin #67 não completaram a prova.

Em segundo o Porsche #91 de Richard Lietz e Fred Makowiecki. Completando o pódio o Porsche #92. Na classe GTE-AM Miguel Molina, Francesco Castellaci e Thomas Flohr, conquistaram a primeira vitória com a Ferrari #54 da Spirit Racing. Em segundo a Ferrari #61 da Clearwater de Keita Sawa e Weng Mok Sun. Completando o pódio da classe, o Porsche #77 da equipe Dempsey Proton Racing.

Toyota inicia conversas com Alonso para Le Mans 2018

(Foto: Divulgação)

Toyota e Fernando Alonso iniciaram conversas, para uma eventual participação nas 24 Horas de Le Mans em 2018. De acordo com o diretor técnico da Toyota, Pascal Vasselon, o diálogo com o espanhol é mais do que natural, devido ao seu elevado nível técnico.

“Estamos sempre interessados ​​em falar com os melhores pilotos. Tenho um bom relacionamento com Fernando, mas não podemos dizer nada mais do que isso, porque tudo está aberto no momento.” Disse o dirigente em entrevista ao site motorsports.com. Um eventual cancelamento do programa da Toyota no WEC, deve ser conhecido somente em Outubro.

Alonso esboçou inúmeras vezes que deseja conquistar a tríplice coroa do automobilismo (Le Mans, Indianápolis e Mônaco). Caso aceite o convite da prova, poderia perder o GP de Mônaco. O diretor da McLaren Zak Brown, afirma que mantém conversas com Alonso sobre Le Mans, e poderia sim liberar o piloto nas circunstâncias certas.

A Toyota também afirmou que não terá um terceiro carro em Sarthe, o que dá de entender que um dos seus seis pilotos iria “sobrar” para o próximo ano.

* Com informações do site Motorsports.com

Porsche vence em Nurburgring, e conquista 15º vitória no Mundial de Endurance

(Foto: Porsche AG)

A Porsche venceu na manhã deste domingo 16, as 6 horas de Nurburgring, quarta etapa do Mundial de Endurance 2017. Timo Bernhard levou o Porsche #2 ao primeiro lugar. Na segunda posição o Porsche #1 pilotado por Andre Lotterer, que liderava, porém cedeu o primeiro lugar após uma última parada para reabastecimento.

Com um evidente jogo de equipe, Timo Bernhard, Brendon Hartley e Earl Bamber, assumiram a primeira posição, aumentando a diferença na classificação do campeonato. Foi a primeira dobradinha da marca desde a etapa de Xangai de 2015.

Classificação final

A Porsche não viu a mesma Toyota das últimas etapas do WEC. Os dois 919 se revezaram na liderança da prova. O time japonês, acabou mostrando um desempenho superior apenas no final da prova. O TS050 #7 de Kamui Kobayashi, Mike Conway e José Maria López, conquistaram o terceiro lugar. Mesmo saindo na pole, o #7 acabou perdendo a liderança ainda no início da prova. O segundo Toyota apresentou problemas na bomba de combustível, terminando na quarta posição.

Fritz Enzinger, da Porsche: “Conseguimos um hat-trick e a 15 vitória no geral para o 919 hybrid apenas quatro semanas após o nosso sucesso em Le Mans – isso é quase inacreditável. Este excelente resultado é mais um passo para a nossa missão na defesa ambos os títulos nos campeonatos mundiais. Conseguimos aumentar nossa vantagem nos pontos e para mim a coisa mais importante é que a equipe agora pode desfrutar de uma pausa e recuperar o trabalho duro nos últimos meses.”

DC Racing vence na classe LMP2. (Foto: AdrenalMedia)

Para Toshio Sato, presidente da equipe, a prova foi um grande desafio. “Nürburgring foi novamente uma corrida desafiadora para nós. Nós mostramos uma boa velocidade e apreciamos a luta com a Porsche pelo primeiro lugar, mas o equilíbrio do carro mudou durante a corrida e perdemos algum desempenho. A corrida de hoje foi realmente um exercício de limitação de danos em termos de Campeonato do Mundo. Acreditamos que seremos mais fortes durante o resto da temporada, quando os circuitos deve se adequar melhor ao nosso TS050. Precisamos minimizar as perdas para a Porsche e agora vamos olhar em frente para as corridas seguintes.”

Pela classe LMP2 a vitória ficou com o Oreca #38 da equipe Jackie Chang DC Racing dos pilotos Oliver Jarvis, Thomas Laurent e Ho-Ping Tung. Na segunda posição o Rebellion #31 de Bruno Senna, Filipe Albuquerque e Julien Canal. O trio do #38 ampliou ainda mais a liderança na classificação geral de pilotos ao completar 191 voltas, uma a mais que o time de Bruno.

AF Corse vence na classe GTE-PRO. (Foto: AdrenalMedia)

Bruno recebeu o resultado com tranquilidade. “Foi o máximo que dava para fazer. Não tínhamos o mesmo ritmo do carro dos vencedores, embora não estivéssemos tão atrás assim. O problema foi o tráfego que enfrentamos depois do meu segundo stint. Entreguei o carro ao Canal na segunda colocação a apenas quatro segundos dos ponteiros, mas ele ficou retido pelo carro 26, perdeu mais de 40 segundos e ainda destruiu os pneus. Eles entraram com uma punição de três minutos por causa de um acidente em Le Mans e não tinham nada a perder. O problema é que a direção de prova nada fez contra os retardatários. Como não tínhamos a mesma velocidade do vencedor, andamos pendurados o tempo todo. E aí qualquer contratempo atrapalha bastante.”

A equipe do astro de cinema Jackie Chan abriu mais sete pontos de vantagem sobre Bruno e Canal, que mantiveram a vice-liderança restando cinco etapas até o final da temporada. “Na verdade, estamos pagando um preço alto pela corrida de Le Mans, onde quebramos depois de liderar mais de metade das 24 horas. Eles ganharam, levaram os 50 pontos da pontuação dobrada e conseguiram livrar uma grande vantagem no campeonato”, concluiu Bruno. Fechando o pódio o Alpine #36 da Signatech Alpine Matmut. André Negrão que compete no Alpine #35 não completou a prova. Pipo Derani que estava no Rebellion #13 terminou na quarta colocação.

A Ferrari #51 de Alessandro Pier Guidi e James Calado venceu na classe GTE-PRO. Foi a segunda vitória no ano na classe. A diferença para o segundo colocado, o Porsche #91 foi de mais de 50 segundos. A dupla do #51 começou na sétima posição na classe, galgando posições até o primeiro lugar.

Porsche vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Foi a primeira vitória de Alessandro Pier Guidi no WEC e a segunda de James Calado. A dobradinha da Porsche em segundo e terceiro também representou o melhor resultado para o 911 esta ano. Daniel Serra com o Aston #97 ficou na sétima posição na classe. Por conta do BoP, a equipe Ford ficou com a quinta e sexta posição. A Ferrari #71 terminou na última posição da classe após uma parada para reparos.

Na classe GTE-AM, a vitória ficou com o Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing. O trio formado por Matheo Cairoli, Marvin Dienst e Christian Ried. Foi a primeira vitória para Cairoli e Dienst. Ried não vencia desde 2012. A Ferrari #54 da Spirit of Racing e o Aston Martin #98 completaram o pódio na segunda e terceira posições respectivamente.

* Com informações do site do WEC, assessoria de imprensa: Bruno Senna, Porsche e Toyota. 

 

Futuro da Porsche no WEC, será decidido nos próximos meses

Caso a Porsche saia, permanência da Toyota é incerta. (Foto: Porsche AG)

Os rumos da equipe Porsche no Mundial de Endurance, devem ser definidos nos próximos meses. De acordo com o chefe da equipe, Andreas Seidl, uma decisão será tomada logo. As especulações ganharam corpo, após matéria publicada pelo site Sport Auto da Alemanha que falam que alegam, ser difícil a Porsche alinhar no WEC em 2018.

O destino seria a Fórmula E como equipe, ou a Fórmula 1 como fornecedora de motores. Seidl, não revelou o destino, apenas precisou datas. “Eu acho que não há mais a dizer do que o que está na imprensa e nós temos que simplesmente esperar agora para a próxima decisão”, disse Seidl. “Não tenho nada a comentar sobre isso no momento. Esperamos uma decisão no final de julho.”

Resultado treino classificatório

Caso a Porsche realmente deixe o certame, o WEC poderia perder o status de “Mundial”, já que o contrato firmado com a FIA, exige no mínimo dois fabricantes na classe LMP1. Para o diretor da Toyota, Pascal Vasselon, a saída da única rival seria um problema sério para o esporte.

“Nós não podemos falar pela Porsche”, disse Vasselon. “No momento, com a situação que sabemos, a nossa administração está comprometida para o próximo ano. O resto eu não posso dizer que o que não sei.”

“Qual seria a nossa posição? Eu só não sei. É algo muito novo, que ainda não é um fato, por isso é um pouco prematuro para nós a elaborar sobre ele.”

É sabido que a Toyota poderia reavaliar sua participação, visto o investimento em uma competição sem adversários diretos. A chegada da Peugeot, que é dada como certa por setores da imprensa internacional, também não é 100% certa.

* Com informações: Sportscar365.com, Sport Auto e Porsche AG

Para Hugues de Chaunac tecnologia híbrida precisa ser revista

(Foto: Toyota)

O desempenho dos protótipos híbridos na edição 2017 das 24 Horas de Le Mans, causou estranheza no mais cético dos torcedores. Tanto Porsche quanto Toyota enfrentaram problemas com seus protótipos.

Tal supremacia chegou a ser superada, quando o Oreca #48 da DC Racing, líder na classe LMP2, liderou a prova. O pódio também foi um contraste. Apenas o Porsche vencedor representou a classe LMP1. As demais posições foram ocupadas pelas equipes DC Racing e Rebellion Racing que ficaram em primeiro e segundo lugar na classe P2.

O maior prejuízo foi da equipe Toyota. Com três protótipos inscritos, o melhor colocado foi o #8 que terminou na 9º posição. Tanto o Porsche vencedor, quanto o Toyota #8 também enfrentaram problemas. O primeiro teve avarias no sistema híbrido, enquanto o modelo japonês enfrentou intempéries no motor.

Em entrevista ao site Sportscar365, Hugues de Chaunac, presidente da Oreca que é a parceira da Toyota no WEC, afirma que algo precisa mudar.  “Eu acho que este nível é provavelmente muito complicado para um carro”, disse ele Sportscar365. “É importante para nós para reduzir toda essa tecnologia um pouco para algo menos complicado.”

Mesmo com tantas desilusões durante a prova, Kamui Kobayshi bateu o recorde da pista durante os treinos classificatórios. O tempo foi cerca de 2 segundos mais rápido do que o recorde anterior.

Já o chefe da Porsche, Andreas Seidl, também se espantou com o nível de dificuldade e principalmente a resolução dos problemas em seus carros: Eu acho que simplesmente mostra que desafiamos uns aos outros até o limite e acima dele, disse Seidl ao site Sportscar365. Honestamente, é preciso analisar mais detalhadamente o que foram essas falhas, porque, por exemplo, do nosso lado, falhas como esta nunca tivemos antes.”

As declarações vão contra os novos regulamentos, que entram em vigor a partir de 2020. De acordo com as novas regras, os futuros protótipos terão que completar 1 km somente com seus sistemas híbridos. Para de Chaunac, as novas diretrizes precisam ser melhor estudadas. “Eu acho que é algo que precisa ser avaliado agora; é algo importante “, disse ele.

O dirigente da Porsche se mostrou cauteloso sobre os novos regulamentos: “É muito cedo para dizer”, disse. “Precisamos analisar isso para ser honesto. Eu tenho que digerir em primeiro lugar, o que aconteceu nos últimos dois dias.”

*Com informações do site Sportscar365.com / Release de imprensa da Toyota e Porsche

Imprevisibilidade marca as 24 horas de Le Mans 2017

Porsche vence a 19º vitória no geral em Le Mans. (Foto: FIAWEC)

O texto já estava na cabeça deste a tarde de sábado. O desempenho superior da Toyota, acabou facilitando as coisas. Estava acompanhando a prova pelo canal Eurosport (acredite é outro nível de cobertura), e acreditando que neste ano a coisa ia. Mas não foi. Dizem que Le Mans escolhe os seus, e mais uma vez a profecia se fez.

 

Timo Bernhard, Earl Bamber e Brendon Harley foram os agraciados. As intempéries que assolaram todos os protótipos da classe LMP1, também bateram a porta do Porsche #2. Ainda na primeira parte da prova, um sério problema na suspensão, fez o carro ficar parado nos boxes por mais de uma hora.

 

Se para os alemães as coisas já não andavam bem desde os treinos, para a Toyota tudo ia bem. Largando com três carros, a equipe liderou de forma consistente até a 10 hora, quando o TS050 #7 do trio formado por Mike Conway, Kamui Kobayashi e Stéphane Sarrazin teve que abandonar por problemas de câmbio. Mais uma vez coube ao competente Kobayashi encerrar a triste participação do seu LMP.  Os problemas da Toyota começaram com o #8 que parou por conta de problemas no motor. Conseguiu voltar a prova, muitas voltas atrás.

Resultado final da prova


Resultado corrida 2 Road To Le Mans

Todas as esperanças dos japoneses foram depositadas no #9 que acompanhava de longe os ponteiros. Após um toque na chicane Dunlop, e seriamente avariado, voltou se arrastando aos boxes. Faltando poucos metros para entrar nos pits, e quem sabe voltar a prova, os faróis desligaram pela última vez. Ali terminada o sonho da tão sonhada vitória da Toyota em Sarthe. Os três carros acabaram avariados um sonho que se desfez em um intervalo de pouco mais de 2 horas.

 

Para o presidente da Toyota Toshio Sato, a equipe não vai desistir do sonho de vencer Le Mans. “Toda a equipa está arrasada com o que aconteceu aqui, depois de todo o trabalho duro e esforço ao longo dos últimos meses para chegar a Le Mans com um carro tão competitivo. Nosso ritmo era muito bom durante toda a semana e estávamos ganhando uma luta dura com a Porsche. Os pilotos, engenheiros e mecânicos realizaram umgrande trabalho durante esta semana e eu gostaria de agradecê-los. Claro, nós felicitamos a Porsche em sua vitória, porque, sem dúvida, ela mereceu vencer hoje. Deixamos Le Mans novamente sem o troféu do vencedor, apesar do incrível apoio dos fãs. Vamos analisar o que deu errado, porque não podemos aceitar uma aposentadoria dupla. Vamos voltar mais fortes e mais determinados do que nunca; nosso desafio Le Mans vai continuar”.

Toyota dos sorrisos ao choro. (Foto: Divulgação)

A Porsche que estava acompanhando tudo de longe, liderava com o #1 de Neel Jani, André Lotterer e Nicholas Tandy. Sendo o único P1 na pista durante a madrugada, o 919 andava literalmente pisando em ovos. Tudo parecia bem, mas faltando 4 horas para o término da prova, a pressão levou por terra qualquer chance de vitória.

 

Se na LMP1 as coisas não foram como planejadas, a briga pela liderança na LMP2 acabou chamando mais atenção do que na classe principal. Literalmente sem adversários, a briga entre os protótipos Oreca foi intensa, culminando com a liderança do #38 da Jackie Chang DC Racing, dos pilotos Ho-Ping Tung, Thomas Laurent e Oliver Jarvis. A briga na classe foi entre os dois LMP da DC Racing, além da forte equipe Valiante Rebellion que ficou com seus dois protótipos na liderança da classe por várias horas.

“Uma de nossas metas ambiciosas para a temporada de 2017 era conseguir um hat-trick em Le Mans. Mas o que  passamos ao longo dos últimos 24 horas, você não poderia imaginar em seus sonhos mais selvagens. Esta corrida nos levou ao limite. É inacreditável o que você pode conseguir com esforço. Às vezes não é o carro mais rápido, mas o melhor desempenho da equipe que faz a diferença. Esta equipa é o melhor de todas e fez o sucesso de hoje possível. A reação de todos os lugares é esmagadora – dos funcionários da Porsche e também ao redor do mundo. Pessoalmente, eu só posso dizer muito obrigado a Porsche por me colocar na posição de criar um grande programa e graças a cada membro da equipe um grande abraço.” Disse o vice presidente do programa LMP1 da Porsche, Fritz Enzinger.

 

DC Racing vence na classe LMP2. (Foto: Divulgação)

Oliver Jarvis que largou na terceira posição na classe, também enfrentou problemas durante uma das paradas nos boxes. Seu companheiro Thomas também parou na curva Indianápolis com problemas. Com uma forte recuperação, a equipe liderou a prova por algumas horas, sendo superada pelo Porsche #2 faltando 1 hora para o término da corrida. Se já tinham feito história com a liderança, fizeram ainda mais com o segundo lugar no geral. Em terceiro na classe o Rebellion #13 de Nelson Piquet Jr., David Heinemeier Hansson e Mathias Beche. A DC foi a primeira equipe chinesa a vencer em Le Mans, bem como Thomas Laurent com apenas 19 anos, subiu ao pódio.

 

Os demais brasileiros tiveram desempenhos condizentes com suas equipes. André Negrão que dividiu o Alpine #35 com Pierre Ragues e Nelson Panciatici terminou na quarta posição na classe e quinto no geral. Bruno Senna terminou na 15º posição com o segundo carro da Rebellion, o #31 partilhado com Nicolas Prost e Julien Canal. A Oreca foi a grande vencedora entre os construtores. Das cinco primeiras equipes na classe, quatro estavam competindo com o modelo de francês. O melhor Ligier JS P2017 foi o #32 da United Autosports na quinta colocação.

 

“Foi uma corrida extremamente difícil. O começo foi muito bom, com uma estratégia perfeita da equipe. No meio da prova, houve alguns probleminhas no carro. Os pit stops foram difíceis, o motor de arranque parou de funcionar, então em todas as paradas nós demoramos uns 20 segundos a mais.  Tive de forçar muito no fim, o Mathias Beche passou mal, então tive de cobri-lo um pouco. No fim deu tudo certo! Comentou Nelsinho que sofreu uma punição, por se envolver em um toque na penúltima hora de prova no Ligier #49 da equipe ARC Bratislava.

 

Bruno Senna lamenta: Foi frustrante”, admitiu Bruno, que partiu em 4º e assumiu a ponta com menos de 30 minutos de corrida. “O carro estava bom em todas as condições e as chances de ganhar eram mesmo enormes”, afirmou, depois de receber a bandeirada ao final de 340 voltas, 26 atrás do time vencedor. Rubens Barrichello que estreou na prova no Dallara #29 da equipe Racing Team Nederland ao lado de Jan Lammers e Frits Van Eerd, terminou em 12º.

 Luta na classe GTE-PRO até o fim

Depois de 10 anos, Aston Martin vence em Le Mans. (Foto: FIAWEC)

As emoções não se resumiram somente as classes de protótipos. A vitória do Aston Martin #97 de Jonathan Adam, Darren Turner e Daniel Serra em cima do Corvette #63 de Jan Magnussen, Antonio Garcia e Jordan Taylor, fez até o maior dos descrentes rever seus conceitos. O BoP funcionou desta vez. As cinco primeiras posições foram ocupadas por cinco carros diferentes.

A briga entre Corvette e Aston Martin, remete aos bons tempos da classe GT1, algo que não se via na prova a mais de 10 anos. O último triunfo da equipe inglesa foi em 2007 com Darren Turner, Rickard Rydell e David Brabham. O primeiro lugar para o #97, a primeira para a Aston Martin na classe GTE-PRO, aconteceu após um furo no pneu dianteiro-esquerdo no Corvette #63.

 

Foi a terceira vitória de Turner na classe, e a primeira do brasileiro Daniel Serra e Jonathan Adam. Mesmo com o pneu furado, Taylor conseguiu levar o carro ao terceiro lugar. Foi também superado pelo Ford #67 de Andy Priaulx, Harry Tincknell e Pipo Derani.

 

Vários carros sofreram com acidentes. Tommy Milner perdeu o controle do Corvette #64 nas curvas Porsche. Voltou para os boxes com apenas três rodas. Michael Christensen também teve que abandonar com o Porsche #92. A equipe AF Corse também enfrentou problemas com o #51 de James Calado, Alessandro Pier Guidi e Michele Rugolo. Calado perdeu muito tempo nos boxes por conta de um furo no radiador. O Aston #95 também sofreu com um furo no pneu traseiro esquerdo.

 

JMW vence na classe GTE-AM. (Foto: Divulgação)

Na classe GTE-AM o favoritismo do Aston Martin #98 foi por terra após um furo no pneu, e os danos causados por percorrer a pista sem uma das rodas. Coube a equipe JMW dos pilotos Rob Smith, Will Stevens e Dries Vanthoor vencer na classe. A Ferrari #84 partiu da sexta colocação na classe, assumindo a liderança na terceira hora de prova.

 

Em segundo a Ferrari #55 da equipe Spirit of Race dos pilotos Duncan Cameron, Aaron Scott e Marco Cioci. Na terceira colocação a Ferrari #62 da Scuderia Corsa de Townsend Bell, Bill Sweedler e Cooper MacNeil. O aston #99 da Beechdean AMR e a Ferrari #61 da Clearwater Racing completam os cinco primeiros.

 

O Corvette #50 da equipe Larbre Competition, no qual competia o brasileiro Fernando Rees, largou na pole, porém acabou na última posição na classe depois do carro sair da pista. O Porsche #77 da equipe Dempsey-Proton Racing também enfrentou problemas, terminando na sexta posição. O segundo carro da equipe, o #88 não completou a prova.

O presidente da Toyota Akio Toyoda esteve nos boxes da equipe em Le Mans. Após a corrida divulgou o comunicado abaixo.

“Desculpe, não fomos capazes de deixá-lo pilotar totalmente.

Normalmente, seria adequado  começar com palavras de apreço pelo apoio que nos foi fornecido por nossos fãs. No entanto, para este tempo em Le Mans, acho que primeiro devo dirigir minhas palavras para os nossos pilotos.

Foi minha primeira vez em Le Mans, um dos nossos pilotos disse: “Queremos que se junte a nós no centro do pódio, para isso, nós definitivamente não podemos perder, e então, lute juntos conosco.

Em troca, eu disse: “Faça o seu melhor. Aproveite o carro, aproveite Le Mans…”

Apesar de ter lhe dito isso, não fomos capazes de entregar um carro vencedor. Isso, eu realmente lamento. Mesmo que nossos pilotos acreditaram em nossos carros, só posso dizer o quanto lamento e como estou cheio de remorsos.

Eu acredito que os engenheiros da Toyota, mecânicos e fornecedores de peças, que construíram nossos carros para esta batalha, sentem o mesmo.

Assim, tendo a carga como representante de todas essas pessoas, por favor, deixe-me dizer mais uma vez: “Desculpe, não fomos capazes de deixá-lo pilotar totalmente.”

Além disso, a todas as pessoas relacionadas à equipe Toyota, incluindo os nossos nove pilotos, eu gostaria de compartilhar duas coisas em minha mente neste momento.

A primeira é para os nossos fãs. Para todos os fãs que nos apoiaram acreditando na vitória, eu realmente sinto muito que não foram capazes de atender às suas expectativas.

E por acreditar em nós e nos dando seu apoio apaixonado por 24 horas todo o caminho até o fim, quero expressar o meu apreço mais profundo. Obrigado. Obrigado a todos.

Mais uma vez, a Toyota vai esforçar-se para que podemos, juntos, têm sorrisos em nossos rostos.

A segunda é para a equipe Porsche.

Após a batalha do ano passado, eu felizmente recebi muitos comentários de pessoas no Porsche reconhecendo-nos como um rival.

Viver até ter sido chamado de “rival”, eu tinha pensado que o que precisava fazer este ano para proporcionar uma luta brilhante que iria cativar os fãs.

É por isso que a equipe foi capaz de enfrentar desafios ousados que resultaram em novas tecnologias e competências.

Para a equipe de Porsche, eu digo parabéns. Também te digo muito obrigado.

No final, no entanto, a Toyota não foi capaz de colocar-se no tipo de luta que poderia cativar os fãs, como fez no ano passado.

Desta vez,  Porsche e nós, não fomos capazes de completar sem incidentes as 24 horas com nossos carros híbridos.  Mesmo o carro #2 que ganhou a corrida e o nosso #8, foram obrigados a passar por reparos, lutando para cruzar a linha de chegada. Embora a tecnologia híbrida que tem avançado através da competição no Campeonato Mundial de Endurance FIA coloca suas habilidades em exibição em corridas de seis horas, pode ser que ainda não esteja pronta para a longa distância das 24 Horas de Le Mans.

O poder da eletricidade é absolutamente necessário para os carros assumirem uma presença mais-emocional. Le Mans é um laboratório precioso em que podemos continuar a enfrentar os desafios relacionados com as tecnologias envolvidas, colocando essas tecnologias para o teste em um ambiente extremo.

Vamos aprimorar nossas tecnologias ainda mais longe, fornecendo aos nossos clientes com tecnologias que realmente o farão sorrir. E nós, vamos continuar fazendo o esforço após esforço para que possamos continuar a fazer carros cada vez melhores.

Nós convidamos você a olhar para a frente. Obrigado.”

Akio Toyoda

Presidente

Toyota Motor Corporation

* Com informações: Porsche AG, Toyota Motor Corporation, Assessorias de imprensa dos pilotos Bruno Senna e Nelsinho Piquet

Aston Martin e Toyota garantem pole provisória para Le Mans

(Fotos: AdrenalMedia)

A Toyota e Aston Martin garantiram a pole provisória para a edição 2017 das 24 horas de Le Mans. As conquistas foram alcançadas na noite desta quarta-feira 14. Kamui Kobayashi marcou 3:18.793 com o TS050 #7. O melhor Porsche #1 ficou em terceiro lugar, pelas mãos de Timo Bernhard.

“Mesmo com o tempo mais rápido, eu tive tráfego de modo que foi um pouco frustrante. Mas é bom estar na pole provisória. Na parte da tarde cheguei mais confiante com o carro e fizemos progresso. É uma corrida de 24 horas o modo de qualificação não é a prioridade; vamos ver como podemos melhorar o carro para a corrida”. Comentou Kobayashi.

 Na classe LMP2 a pole provisória ficou com o Oreca #28 da equipe TDS Racing. Em segundo #31 da equipe Valiante Rebellion. Completando os três primeiros o #25 da equipe Manor, todos competindo com protótipos Oreca.

 O Aston Martin #95 liderou na classe GTE-PRO, sendo seguido pelas Ferrari da equipe AF Corse (#71 e #51 respectivamente). A Aston também conquistou a pole na classe GTE-AM com o #98. Em segundo o Porsche #77, completando os três primeiros o Aston Martin #90.

Primeiro treino classificatório

 

Velocidade da Toyota impresiona Porsche. Montadora japonesa pode alinhar três carros em Fuji

(Foto: Toyota Racing)

A Porsche se mostrou surpresa com os resultados obtidos pela rival Toyota, durante os testes oficiais para as 24 horas de Le Mans. Andreas Seidl, diretor da Porsche, se mostrou surpreso com disparidade de desempenho entre as duas montadoras que competem na classe LMP1.

O melhor tempo dos testes que ocorreram no último domingo 04, foi de Kamui Kobayashi com 3:18.132. Em termos de comparação, o tempo de Kobayashi, foi 1,6 segundos mais rápido do que a pole obtida na edição 2016 da prova, por Neel Jani.

Dentro da própria Toyota a performance mudou. A diferença entre as versões 2016 e 2017 foi de mais de cinco segundos. Pelos lados da Porsche, a melhora foi de pouco mais de sete décimos.

Earl Bamber foi 3,5 segundos mais lentos que o tempo de Kobayashi. “Nós tivemos um dia de testes mistos”, disse ele Andreas. “Estávamos com foco na configuração de corrida e nos abstemos da simulação de qualificação. Velocidade da Toyota foi impressionante, não poderíamos corresponder.”

“Nos próximos dias vamos analisar os dados de hoje e tirar as nossas conclusões para melhorar o desempenho de nossos carros.”

Foi a primeira vez que os dois protótipos competiram com suas configurações completas de baixo downforce. A Porsche ainda enfrentou uma troca de motor no 919 #2, que privou a equipe de testar o carro por duas horas.

O motivo da troca, se deu por conta de um vazamento de óleo. “Teria sido bom para ter mais tempo para afinar o nosso 919, mas a equipe trabalhou muito na troca do motor”, disse Timo Bernhard.

“Apesar de não atingir a quilometragem que queríamos, nós ainda aprendemos lições importantes para a corrida em relação a escolha de pneus e desgaste”, disse Seidl. “Agora vamos a todo vapor na estrada para a semana da corrida Le Mans.” Completou.

 Toyota com três TS050 em Fuji

A probabilidade da Toyota alinhar seus três protótipos na etapa de Fuji, dependem dos resultados obtidos em Le Mans. De acordo com Rob Leupen, diretor da Toyota, tudo está indefinido. “Para nós, é uma questão em aberto”, disse Leupen ao site Sportscar365. “Eu acho que temos que criar alguns pré-requisitos para isso, por exemplo vencer Le Mans.”

Além do argumento de vitória em Le Mans, o orçamento para alinhar o terceiro carro em Fuji depende de recursos, não da equipe sediada na Alemanha e sim da matriz no Japão.