Toyota TS050 de 2019 é cerca de de três segundos mais lento do que o de 2017

TS050 vem tendo sua performance comprometida pelo EoT da classe. (Foto: Toyota)

O terceiro tempo obtido pela equipe Toyota no treino classificatório na manhã desta sexta-feira, no Bahrein, deixou a equipe em uma posição complicada. Desde que a organização do Mundial de Endurance instaurou o handicap de sucesso, os dois TS050 perderam a primeira corrida desde que a Porsche deixou o WEC, em 2017. 

Das três etapas da atual temporada, a equipe japonesa ganhou duas (Silverstone e Fuji). A Rebellion Racing venceu em Xangai e marcou a pole para as 8 Horas do Bahrein. O tempo do R13 #1 foi de 1:42. 979 contra 1:43.497 do TS050 #1. A diferença de mais de meio segundo, deixa claro que vence tanto a Rebellion quanto a Ginetta, será um trabalho árduo. 

Kazuki Nakajima que ao lado de Brendon Hartley marcou o terceiro tempo combinado do #8, se contou com l sua performance no treino de classificação. “Em terceiro lugar não é uma posição ruim para nós e é melhor do que o esperado. Como uma equipe fizemos um bom trabalho e o carro estava bastante competitivo considerando o handicap. Foi um dia bom e para a corrida temos alguma confiança agora. Eu sei que os outros carros são rápidos, mas  a prova terá oito horas por isso temos de ter calma e fazer o nosso melhor até o fim”, comentou. 

A defasagem de performance do TS050 em comparação com a prova de 2017, é grande. Naquele ano, a pole foi do Porsche 919 #1, que conseguiu o tempo de 1:39.084. O melhor Toyota foi o #7 que partiu da terceira posição com 1:39.527. A diferença entre o tempo de 2017 e o de 2019 foi de 3,980 segundos. 

A velocidade máxima este ano também foi menor. O Ginetta #6 foi o mais rápido com 301,8 km/h, enquanto o melhor Toyota foi o #8 com 263,6 km/h. Em 2017 o Oreca 07#26 obteve 289 km/h contra 266,2 do TS050 #8. 

Mike Conway, que foi um dos pilotos contratados pela equipe Action Express para disputar as 24 Horas de Daytona ao lado de Pipo Derani e Felipe Nasr, conseguiu o quarto tempo na classe. “Estou muito desapontado com a qualificação, porque tivemos problemas e fomos superado pelo #8. Foi bom ver que estávamos muito perto dos carros não-híbridos. A corrida é de oito horas vamos com tudo”. analisou.

Entenda como será o handcap da classe LMP1 do Mundial de Endurance

Mike Conway será companheiro de Derani, Nasr e Albuquerque para Daytona

Conway ao lado do brasileiro Felipe Nasr. (Foto: Divulgação)

O piloto da Toyota Mike Conway foi confirmado nesta segunda-feira, 09, como o quarto piloto do Cadillac #31 da equipe Action Express Racing. Conway estará ao lado dos brasileiros Pipo Derani e Felipe Nasr e do português Filipe Albuquerque durante as 24 Horas de Daytona, prova que abre o calendário 2020 do IMSA WeatherTech Sportscar Championship

Conway pilotou o #31 da Action Express entre 2017 e 2018. “Estou animado por estar de volta com a Action Express Racing, e até agora tem sido divertido pilotar com eles desde 2017”, disse Conway. “Tivemos bons resultados, mas obviamente, vencer em Daytona nos escapou.” Conway terminou em sexto na Watkins Glen e em sétimo em Road Atlanta em 2019, ao lado de Albuquerque e João Barbosa no Cadillac #5. 

“Corri com Albuquerque no ano passado e estarei juntando-me novamente ao Nasr – a quem pilotei em Daytona”, disse Conway. “Então, eu os conheço muito bem como companheiros de equipe. Sinto que temos uma das equipes mais fortes da corrida deste ano e acho que podemos ter um bom resultado”, explicou. 

Em 2018 o piloto ajudou os pilotos do #31 a garantir o título do Michelin Endurance Cup, com o segundo lugar em Daytona,  terceiro nas 12 Horas de Sebring. Depois de ficar em sexto com a equipe em Daytona em 2017, Conway terminou em terceiro nas 12 horas de Sebring e em segundo no encerramento da temporada, em Petit Le Mans.

Conway tem seus passagens por Le Mans, terminando em segundo lugar no geral em três oportunidades pilotando para a equipe Toyota. Atualmente, ele é o segundo na classificação LMP1 do Campeonato Mundial de Endurance.  Ele terminou em segundo no campeonato de 2018-19, com três vitórias e nove pódios nas duas últimas temporadas. Antes de voltar sua atenção para carros esportivos, Conway na IndyCar Series de 2009 a 2014, vencendo quatro corridas.

O piloto Eric Curran anunciou sua aposentadoria. Ele competiu pela Action Express por quatro anos e garantiu dois campeonatos no WeatherTech em 2016 e 2018 e no Michelin Le Mans Cup em 2018 e 2019.  

Toyota aprova integração da classe DPi ao Mundial de Endurance

Geração 2.0 dos protótipos DPi serão baseados em chassis LMP2. (Foto: IMSA)

O diretor esportivo da Toyota, Pascal Vasselon, não vê como um empecilho um futuro aceite dos protótipos DPi na principal classe do Mundial de Endurance, para brigar diretamente com os hypercars. 

Não é de hoje que tanto fãs, quanto a IMSA, buscam uma unificação, levando em conta a quantidade de fabricantes na série americana contra apenas um no Mundial de Endurance. A Toyota e Aston Martin já confirmaram seus programas com hypercars para o próximo ano. Outras equipes demonstraram interesse, mas não confirmaram seus planos. 

Pelos lados da IMSA, os novos DPi, com sistema de recuperação de energia, instalado no eixo traseiro dos protótipos devem estar na pista a partir de 2020. A principal diferença é que o chassi será o mesmo utilizado pela classe LMP2. 

“Obviamente, no futuro, devemos procurar qualquer oportunidade de ter mais fabricantes, é claro”, disse Vasselon ao site Sportscar365.com. “Enquanto mantivermos o que nos leva a Le Mans, o que significa algum nível de tecnologia, não estamos interessados ​​em um sistema híbrido específico”.

“Já temos equalização entre protótipo e hipercarro”, disse Vasselon. “Portanto, não há limite para a equalização. E também haverá LMP1s adquiridos por regulamento, porque eles têm uma homologação de três anos”.

“Será um equilíbrio em todas as direções”.

O dirigente acredita que a primeira temporada seja interessante, se tornando um chamariz para futuros fabricantes. “No momento, esperamos que quatro equipes estejam lá, Aston e nós, também ByKolles e Glickenhaus”, disse ele. “Estes são os quatro que estão trabalhando para estar presentes”. 

“A longo prazo, tudo pode acontecer, vários fabricantes estão olhando e planejando entrar no segundo ano”, finaliza. 

Rebellion Racing vence as 4 Horas de Xangai

Vitória de Norman Nato, Bruno Senna e Gustavo Menezes, foi marcada pelo excessivo consumo de pneus. (Foto: Divulgação)

Demorou, mas saiu! A Rebellion Racing venceu na madrugada deste domingo a etapa de Xangai do Mundial de Endurance, disputada no circuito de Xangai, na China. Bruno Senna, Gustavo Menezes e Norman Nato, superaram o asfalta abrasivo do circuito e um começo decepcionante para conquistar a primeira vitória da equipe no WEC.

A corrida marcou a primeira vitória de um Senna no “geral” em um mundial sob a chancela da FIA, e a segunda de um protótipo privado desde o ressurgimento do WEC em 2012. Com quatro horas de duração a prova foi cheia de alternativas, muito por conta do BoP que favoreceu tanto a Rebellion Racing quanto a equipe Ginetta que liderou as primeiras horas da prova com um desempenho surreal.

Resultado final da prova

Norman Nato que começou a corrida com o Rebellion #1 fez uma largada péssima, caindo para a última posição na classe LMP1. Mesmo mais pesados e com menos potência por volta, superar os dois protótipos da Toyota não foi algo fácil. Os LMP1 japoneses eram lentos somente nos trechos de reta, e apresentaram maior estabilidade nas partes sinuosas do circuito. Soma-se isso ao alto consumo de pneus. A disputa foi intensa e por muitas vezes os dois TS050 tiveram dificuldades de ultrapassar até os protótipos da classe LMP2.

As coisas melhoraram para o time do relógio quando a direção de prova puniu os dois carros da equipe Ginetta e o Toyota #7, por ter ultrapassado o líder antes da linha de largada. Isso ajudou a Rebellion administrar a vantagem e vencer a corrida. Coube a Bruno Senna levar o protótipo a vitória. Ele é o único piloto na história da competição a vencer nas quatro classes.

Com um desempenho surpreendente nas primeiras horas, a equipe Ginetta não conseguiu manter a performance durante toda a prova. Mais potentes, não superaram os dois TS050 que terminaram em segundo e terceiro lugares. A segunda colocação foi para os pilotos Sebastien Buemi. Kazuki Nakajima e Brendon Hartley. Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria Lopez, completaram o pódio para a Toyota.

“Estou feliz demais com esta primeira vitória de um não-híbrido desde a criação da categoria em 2012”, comemorou Bruno, que já havia repetido o êxito na GT AM, GT Pro e LMP2, categoria na qual levantou o título mundial em 2017. “Só hoje me dei conta que sou o primeiro a sair na pole e ganhar nas quatro séries do WEC”, disse o brasileiro.

“Nosso carro estava bastante competitivo, embora o Norman tenha sofrido com os pneus, os mesmos que usamos no qualifying. Também passei pelo mesmo problema com os quatro pneus da classificação e não tinha muita performance em meu primeiro turno. Felizmente o Gustavo saiu com os novos e pôde construir uma vantagem confortável. O susto foi só no começo mesmo. A estratégia funcionou bem, não tivemos nenhum problema mecânico. A equipe fez um ótimo trabalho, também, especialmente nos pit stops. Acho que hoje era mesmo nosso dia”, festejou Bruno.

JOTA Sport vence na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

Charlie Robertson e Ben Hanley foram os destaques da equipe Ginetta. A dupla que pilotou o nas horas iniciais os protótipos da equipe Ginetta, demonstraram uma performance promissora, mesmo com o pouco desenvolvimento do carro. Os protótipos perderam tempo durante os pit stops, incluindo Robertson ultrapassando seu pit box na segunda hora, o que ajudou a impulsionar a ultrapassagem do #5 de Hanley e dos co-pilotos Jordan King e Egor Orudzhev para o quarto lugar.

Na classe LMP2 a vitória ficou com o Oreca 07 da equipe JOTA de Anthony Davidson, Antonio Felix da Costa e Roberto Gonzalez. Foi o primeiro triunfo da equipe que conquistou o segundo lugar com o Oreca #37 Jackie Chan DC Racing, equipe que presta assistência técnica.

Gabriel Aubry, Ho-Ping Tung e Will Stevens chegaram há 17 segundos do vencedor. Stevens liderou os estágios iniciais da corrida até ser ultrapassado por Davidson no final da primeira hora. O feito da JOTA marcou a primeira vitória da Goodyear na competição desde o seu retorno que aconteceu na abertura do Mundial, em Silverstone. O terceiro lugar foi dos pilotos Filipe Albuquerque, Paul di Resta e Phil Hanson com o Oreca #22 da United Autosports. O único carro que não terminou a prova na classe foi o #42 da Cool Racing que largou na pole, mas teve falhas em seu sistema de telemetria.

Ferrari vence na classe GTE-Pro

Ferrari #51 conquista primeira vitória na classe GTE-Pro. (Foto: Divulgação FIAWEC)

Atualização: A Ferrari #51 foi desclassificada por irregularidades na parte dianteira esquerda do carro, que estava inferior aos 50 mm exigidos na vistoria pós-corrida. A vitória fica com o Porsche #92.

Alessandro Pier Guidi e James Calado venceram na classe GTE-Pro com a Ferrari #51 da AF Corse. Esta foi a primeira vitória da dupla na classe de pilotos profissionais do WEC. O primeiro lugar veio depois de um furo em um dos pneus do Aston Martin #95 pilotado por Marco Sorensen na última hora, o que levou o carro italiano para o primeiro lugar da classe.

Os pedaços de pneus do Aston Martin, causaram a única bandeira amarela da prova. Em segundo e terceiro lugar chegaram os Porsches #92 e #91 respectivamente. Estre e o co-piloto Michael Christensen chegaram em segundo lugar, recuperando de uma penalidade de dez segundos nas boxes por terem sido liberados de forma perigosa pelos mecânicos.

Gianmaria Bruni e Richard Lietz completaram o pódio da classe em terceiro. Sorensen e o co-piloto Nicki Thiim, que dominaram a corrida até a última hora, ficaram com o quinto lugar, terminando 34 segundos atrás da dupla vencedora da Ferrari.

TF Sport vence na classe GTE-Am. (Foto: Divulgação FIAWEC)

O Aston Martin da TF Sport dos pilotos Jonny Adam, Charlie Eastwood e Salih Yoluc, venceram na classe GTE-Am, pela segunda vez. Yoluc liderou após o toque entre o Porsche #56 do Team Project 1 de Egídio Perfetti e o Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana.

Enquanto Darren Turner assumiu a liderança da classe na terceira hora, o inglês foi atacado por Adam, que usava pneus novos, o que resultou no Aston vermelho retomando o primeiro lugar.

Diretor da Toyota estranha “lentidão” da Rebellion durante treino classificatório

Equipe suíça conquista primeira pole no WEC. (Foto: Divulgação)

A Rebellion Racing conquistou na madrugada deste sábado, sua primeira pole no Mundial de Endurance, na China. Gustavo Menezes e Bruno Senna tiveram o tempo combinado de  1:45.892 com o Rebellon R13 #1. Em segundo lugar aparece o Ginetta pilotado por  Mike Simpson e Charlie Robertson com uma diferença de 1,2 segundos. 

Em terceiro aparece o Ginetta #7 de Ben Hanley e Egor Orudzhev. O melhor Toyota foi o #7 que ficou na quarta colocação. Foi a primeira vez desde a etapa do Bahrein de 2017, que o time japonês não conquista o melhor tempo nos treinos classificatórios. 

O tempo combinado de Mike Conway e Kamui Kobayashi foi de 1:47.235; uma diferença de 1,343 segundos para o Rebellion. A pole do #1 foi segunda de um protótipo não-híbrido. A primeira foi em 2012, na primeira corrida do WEC, em Sebring.

Treino classificatório Xangai

Velocidades máximas 

A diferença de performance dos dois Toyota é evidente quando se compara a velocidade máxima dos protótipos. O mais rápido foi o Ginetta #9 com máxima de 314,9 Km/h. O Toyota #8 aparece em 12º lugar com 289,5 Km/h de máxima. 

Apesar da satisfação de um resultado que não vinha desde a campanha que lhe deu o título na classe LMP2 em 2017, Bruno Senna não se mostrou surpreso. “Acho que foi mais ou menos o que a gente tinha planejado. Acreditávamos que tínhamos alguma vantagem sobre as demais, e foi mais ou menos por aí, graças também às boas voltas que acertamos”, disse o brasileiro. 

Diretor da Toyota estranha “falta” de performance da Rebellion

Mesmo realizando um treino dominante, a Rebellion poderia ter ido mais rápida, é o que sugere o diretor da equipe Toyota, Pascal Vasselon.

“Do nosso lado, era exatamente o que esperávamos, porque estávamos prevendo uma perda de aproximadamente quatro segundos, o que tivemos”, disse Vasselon em entrevista ao site sportscar365.com. “Somos muito bons em prever nossa dor.No ano passado, estávamos em 42,6, desta vez em 46,5, mais ou menos onde esperávamos estar”. analisa. 

“A surpresa é que a Rebellion está lenta. Não deveríamos ter realmente desafiado a Rebelião e a Ginetta. No ano passado, eles nos desafiaram com tempos de volta muito rápidos. Fizemos 42,6 e eles fizeram 42,8. Desde o ano passado, eles receberam 37 kg de lastro, que normalmente é de 0,9 segundo, muito bem definido”.

“Eles deveriam estar em 43 alto ou 44 baixo. Não temos explicação de como eles podem ter 46. A diferença para o LMP2 é simplesmente incrível. No ano passado, eles foram 5,6 segundos mais rápidos que o melhor P2. Este ano, estão 2,3 segundos mais rápidos. É simplesmente inacreditável. Eu não consigo entender como a Rebellion Pode ser tão lenta”, finalizou.

Protótipos da Toyota serão 2,74 segundos mais lentos em Xangai

Chances da Rebellion nunca foram tão grandes. (Foto: Toyota)

A organização do Mundial de Endurance divulgou nesta quarta-feira, 30, o EoT e BoP para as classes LMP1 e GTE-Am. De acordo com o boletim técnico, os dois Toyotas ficarão 2,74 segundos mais lentos por volta em Xangai. 

O tempo de volta é baseado no resultado obtido na etapa de Fuji. A expectativa é que Rebellion e Ginetta sejam adversários reais para os protótipos japoneses. Em Fuji, o TS050 #8 tinha uma vantagem de 0,4s por volta, em relação ao outro protótipo da equipe. Além do tempo de volta, a Toyota terá menos combustível e alterações no tamanho dos restritores de combustível.  

EoT classe LMP1 

BoP classe GTE

A Rebellion Racing será 0,89 segundos mais lento, baseada nos 16 pontos no campeonato, em relação ao Ginetta #6. A Rebellion também terá 37 kg de lastro, indo para 862 kg de peso mínimo. 

O Ginetta #5 terá quase o mesmo peso do Rebellion, com 861 kg. Somente aumentos de peso foram as equipes LMP1 privadas, com tolerâncias de fluxo de combustível, diâmetros de restritor de combustível e outros parâmetros inalterados a partir das 6 horas de Fuji.

Na classe GTE-Am, a Ferrari #83 que lidera a classe com François Perrodo, Emmanuel Collard e Nicklas Nielsen, estará mais pesada. O carro será o único acima dos 1300 quilos, indo para 1310 quilos. 

O peso extra vem dos dois pódios em Silverstone e Fuji.  O segundo carro mais pesado da GTE-Am será a Ferrari da MR Racing Ferrari com 1280 kg, enquanto o Aston Martin da  TF Sport será o terceiro com 1272 kg.

Também foi feito um pequeno ajuste no balanço de desempenho para os carros da Aston Martin que competem nas duas classes. Os carros terão 1 litro a menos na capacidade em seus tanques de combustível. 

 

 

Pascal Vasselon da Toyota: “Estamos em um nível de potência que é quase crítico”

Rebellion mostrou um desempenho promissor em Fuji. (Foto: Rebellion Racing)

A comemoração de mais uma vitória da Toyota no Mundial de Endurance, por parte dos integrantes da equipe japonesa. Vencendo de maneira ininterrupta desde a etapa de Fuji em 2017, tirando a desclassificação em Silverstone em agosto passado. 

O Handicap de sucesso que “pune” o vencedor com restrições de peso e potência, já demonstrou que poderá ser um dos diferenciais  da temporada. Nas primeiras voltas da etapa de Fuji, disputada neste final de semana, o LMP1 da Rebellion Racing teve um desempenho no mesmo patamar do Toyota #7.  

Com o resultado os dois protótipos japoneses estarão ainda mais lentos. O diretor técnico da Toyota, Pascal Vasselon, está preocupado com o que encontrará em Xangai. “Xangai será muito difícil para nós, porque teremos mais uma etapa de desvantagens.A Rebellion deve ser um forte desafiante para a pole e também na corrida”, disse em entrevista ao site motorsports.com. 

Sebastien Buemi, vencedor no Japão, ao lado de Kazuki Nakajima e Brendon Hartley, também acredita no potencial da equipe suíça. “Mais cedo ou mais tarde, a Rebellion e talvez Ginetta sejam mais rápidos que nós”, disse ele. 

“Iremos a Xangai mais lentos e, em algum momento, se eles não cometerem erros, eles vão nos derrotar. Acho que poderia ser em Xangai”, explica. 

Vasselon explicou após a corrida de Fuji a redução no combustível permitido ao TS050 e na energia híbrida que ele pode implantar agora está dificultando os pilotos da Toyota ultrapassar os protótipos LMP2 nas retas.  

“Estamos em um nível de potência que é quase crítico”, disse ele. “Hoje conseguimos passar os LMP2s, mas apenas.” Os dois Toyotas serão igualmente penalizados em Xangai após cada vitória, um segundo lugar e uma pole position nas duas rodadas do WEC até agora nesta temporada. 

A nova versão do handicap de sucesso será baseado na diferença de pontos do campeonato para o carro mais baixo na classificação. Os carros são penalizados por um determinado período de tempo por ponto, até um máximo de 40, multiplicado pelo comprimento da pista em quilômetros. 

As sanções para Xangai ainda não foram publicadas, mas os Toyotas devem ser penalizados em 2,5s por volta, enquanto o Rebellion #1, que terminou em terceiro em Fuji nas mãos de Bruno Senna , Norman Nato e Gustavo Menezes , deve ser retardado por um segundo.

Os valores exatos dependerão do coeficiente usado para fazer os cálculos. Isso foi anunciado inicialmente como 0,008s por ponto, mas foi aumentado para 0,012s depois que a diferença entre a Toyota e os privados se mostrou maior do que o esperado na abertura da temporada em Silverstone, em setembro.

Após o treino classificatório de sábado, Vasselon se mostrou surpreso pela Rebellion não ter conquistado a pole, já que estava mais rápida em reta. A explicação foi que o protótipo montado sob um chassi Oreca, sofreu com as temperaturas mais quentes, algo incomum na área do circuito. 

As duas opções de pneus que a Michelin trouxe ao Japão eram um composto macio e a Rebellion considerou que teria sido mais competitivo se o composto médio estivesse disponível.

Isso foi confirmado pelo ritmo do solo R-13 nos estágios finais da corrida, quando as temperaturas caíram quando Gustavo Menezes igualou os tempos dos protótipos da Toyota.

Toyota vence as 6 Horas de Fuji com dobradinha

TS050 fez sua última corrida em casa. (Foto: Divulgação Toyota)

Não foi no Japão que a Rebellion Racing conquistou, sua primeira vitória na classe LMP1 do Mundial de Endurance. Mesmo mais pesada, a Toyota não teve adversários  na madrugada deste domingo, 06, no circuito de Fuji, dando a Brendon Hartley, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima, a vitória de ponta a ponta. 

Largando na pole, o #8 manteve a liderança, enquanto o #7 de Kamui Kobayashi, Mike Conway e José Maria Lopez, teve uma interessante briga com o Rebellion #1 pilotado por Bruno Senna nas voltas iniciais. A esperança da torcida se esvaiu depois de 20 minutos, quando Kobayashi “sumiu” na frente do protótipo pilotado pelo brasileiro. 

Resultado final da prova

Para dar uma certa emoção a prova, o #8 recebeu uma punição na quarta hora, por exceder a velocidade nos boxes. Como a vantagem era de aproximadamente 50 segundos, Lopez conseguiu voltar na liderança. 

A diferença entre os dois protótipos da equipe Toyota se deu graças ao handicap de sucesso estipulado pela organização do Mundial de Endurance, já que o #8 registrou tempos de volta mais rápidos que o #7 durante toda a provas. 

Esta defasagem no desempenho foi responsável pela batalha entre o #7 e o protótipo da Rebellion Racing nas voltas iniciais. Os dois LMP da equipe Ginetta terminaram na quarta e quinta colocação. A diferença de desempenho os deixou atrás de protótipos da classe LMP2 na classificação geral. 

Bruno e parceiros fizeram uma corrida relativamente tranquila, sabendo de antemão que as chances de superar a força da marca japonesa seriam limitadas. Mas Bruno acabou proporcionando os melhores momentos da prova ao ganhar uma posição na largada e passar os primeiros 30 minutos em segundo, à frente da Toyota de Kobayashi, Conway e Lopez. “Foi o que deu para fazer. Estávamos com os pneus errados. Fomos dois segundos mais lentos no qualifying que no ano passado. A temperatura influenciou muito na performance do carro, porque os compostos que pedimos à Michelin não foram os que eles trouxeram ao Japão. Isso comprometeu principalmente o começo da prova, no período mais quente, porque nossos pneus estavam um pouco fora da janela. Consegui esquentar os pneus antes que os outros, mas depois eles passaram da temperatura e fiquei na mão. No final, quando a temperatura estava mais baixa, o carro voltou a ficar competitivo, mas aí já era tarde”, analisou.

Bruno Senna foi um dos destaques da prova. (Foto: Divulgação)

O resultado acabou ficando de bom tamanho e a longa sequência de pódios na pista também foi motivo de comemoração. “Brigamos um pouquinho, deu para me divertir um pouco, o que não acontecia há algum tempo, e agora temos de ir para cima deles em Xangai na próxima etapa. Essa é uma pista que combina mais com nosso carro e a temperatura por lá deve nos ajudar a ser um pouco mais competitivos. De qualquer forma, a última vez que subi ao pódio havia sido aqui mesmo, no ano passado, e deu para manter os 100% de aproveitamento”, concluiu Bruno.

O Ginetta #5, que terminou 16 voltas atrás, sendo obrigado a fazer uma parada para realizar reparos no freio esquerdo. O #6 teve o pneu traseiro direito furado, além de receber uma punição após o término da prova. 

O diretor da equipe, Hisatake Murata, felicitou o esforço do time. Toda a equipe tem o prazer de alcançar outra dobradinha em nossa corrida em casa. Depois de Le Mans, Fuji é a próxima corrida mais importante da temporada para a Toyota, então foi o nosso alvo; obrigado a todos na equipe que tornaram isto possível. Obrigado especialmente a todos os fãs que mais uma vez prestigiaram as  as 6 Horas de Fuji uma corrida tão especial; todos nós apreciamos o seu apoio. Espero que eles gostaram de ver os TS050 pela última vez no Japão. Agora vamos para Xangai com o handicap adicional que deve fazer para uma corrida mais difícil, mas estamos ansiosos para o desafio”, finalizou. 

Racing Team Nederland vence na LMP2

A equipe Racing Team Nederland conquistou sua primeira vitória na classe LMP2 com Nyck de Vries, Giedo van der Garde e Frits van Eerd. A classe teve vários líderes como a Jackie Chan DC Racing, JOTA Sport e High Class Racing. 

Atualização – JOTA Sport é desclassificada

Utilizando uma estratégia alternativa, o carro da Nederland assumiu a liderança na hora final, quando De Vries teve que realizar mais uma parada depois dos seus adversários. O piloto conseguiu sair na frente e manter uma diferença de seis segundos para Anthony Davidson que estava no Oreca #38 da JOTA. 

De Vries terminou a prova com uma diferença de  24 segundos para Davidson, que dividiu a pilotagem com Antonio Felix da Costa e Roberto Gonzalez. Na terceira posição o LMP da Jackie Chan de Will Stevens, Gabriel Aubry e Ho-Pin Tung.

Aston Martin domina classes GT

Aston Martin vence entre os GTs. (Foto: AMR)

A Aston Martin desbancou a Porsche e venceu na classe GTE-Pro com Marco Sorensen e Nicki Thiim. Foi a primeira vitória do #95 desde a etapa de Xangai de 2018. A vitória veio nas horas finais da prova. 

Thiim colocou o carro na liderança superando Alex Lynn no Aston #97. Ele e Sorensen ditaram o curso da corrida, liderando dois em períodos na quarta hora para ganhar a vitória. Thiim cruzou a linha 17,6 segundos à frente do Porsche 911 RSR #92 de Kevin Estre e Michael Christensen, enquanto o carro #97 da Aston Martin terminou em terceiro.

A equipe britânica  estavam em primeiro e segundo lugar no meio da corrida, até Maxime Martin perdeu o controle do carro na curva 1, dando a oportunidade do Porsche #92 assumir a vice-liderança. 

A Ferrari lutou para ser competitiva em Fuji, depois de Alessandro Pier Guidi conquistar a liderança na primeira volta. Pouco tempo depois os dois carros italianos não conseguiram acompanhar o ritmo da Porsche e Aston Martin. 

Os campeões mundiais de GT de 2017, Pier Guidi e James Calado, terminaram em quarto lugar, um lugar à frente de Davide Rigon e Miguel Molina. Os dois Ferraris só ficaram à frente do Porsche #91, devido a uma penalidade de drive-through causada por exceder os limites da pista. 

TF Sport, equipe cliente Aston Martn vence na classe GTE-Am. (Foto: Divulgação)

Na classe GTE-Am, a TF Sport venceu com o Aston Martin #90 de Salih Yoluc, Charlie Eastwood e Jonny Adam. A vitória veio depois que o Porsche #57 da equipe Project  1 recebeu uma punição durante o treino classificatório. Esta foi a primeira vitória da equipe no Mundial de Endurance. 

O trio estabeleceu um ritmo forte na frente e praticamente não foi ameaçado. Yoluc estabelecendo uma grande diferença para os demais competidores da classe. Eastwood e Adam consolidaram a vantagem acumulada do piloto turco durante as paradas nos boxes. O Aston fechou a prova com uma diferença de 33 segundos  à frente de Nicklas Nielsen, que diminuiu um pouco a diferença na última hora com a Ferrari #83 da AF Corse.

Nielsen compartilhou a Ferrari, com Emmanuel Collard e François Perrodo, com a equipe terminando à frente do Porsche do Team Project 1, que partiu do fundo da grade depois que sua penalidade pós-qualificação terminou em terceiro.

O diretor técnico da TF Sport, Tom Ferrier, enalteceu o trabalho de toda a equipe. “Estou feliz e aliviado, depois de tantos segundos lugares e pole positions. Salih fez um trabalho incrível no início da corrida e a equipe foi impecável nos pitstops. Foi fantástico quando nossos adversários precisaram parar durante a bandeira amarela, e nós não, mas tudo deu certo e trouxemos nossa primeira vitória no WEC”, finalizou. 

Dirigente da Toyota não entende como equipe conquistou pole para etapa de Fuji do WEC

Dirigente da equipe não entendeu como a Rebellion foi mais lenta. (Foto: Divulgação Toyota)

O domínio da Toyota durante o treino classificatório para as 6 Horas de Fuji, que aconteceu neste sábado, 05, deixou o diretor técnico da Toyota, Pascal Vasselon, surpreso. A diferença do TS050 #8, que marcou 1:25.013, contra 1:26.163, para o Rebellion #1, na terceira posição, foi visto com espanto. 

A diferença de 1,150 segundos foi maior do que a discrepância que aconteceu na etapa de 2018. O tempo obtido no ano passado pelo TS050 #8 foi de 1:23.648. O dirigente não entende que mesmo com o handicap desfavorável, o carro superou os modelos privados. 

Treino classificatório 2018

Treino classificatório 2019

“Fizemos algumas análises da competição e podemos dizer que Ginetta se saiu bem, como poderíamos esperar”, disse Vasselon. “Infelizmente, eles tiveram uma rotação que de alguma forma desqualifica o carro”.

“O que é realmente surpreendente, e para o qual não temos explicação, é o desempenho realmente ruim da Rebelião. Eles perderam quase dois segundos em comparação com o ano passado.

“Se nos referirmos ao LMP2, que é uma boa referência, eles perderam algo como 1,5 segundos. É muito difícil de entender. Até onde sabemos, eles estão operando o mesmo carro com a mesma especificação. Nós não temos a resposta”.

A comparação do LMP2 de Vasselon baseia-se no fato de que o pole na classe LMP2, que não apresenta handicap de sucesso, foi quatro décimos mais lento este ano em comparação a 2018.

“É difícil ser extremamente preciso, porque muitas coisas mudaram”, disse ele. “Mas, tomando o LMP2 como referência, a diferença é maior que o esperado. Do nosso lado, o impacto do handicap foi pouco maior do que o esperado”.

“Em relação ao LMP2, perdemos 1,3 segundos em relação ao ano passado, quando normalmente deveríamos ter perdido um segundo”, explicou. 

Equipe suíça largará na terceira posição. (Foto: Rebellion Racing)

Bruno Senna acredita que o desempenho aquém do esperado, se deu por escolhas erradas. Foi um dia difícil. Tomamos algumas decisões que talvez não tenham sido as mais adequadas ao carro e andamos para trás em termos de balanço e performance”, explicou Bruno, que acompanhou dos boxes o esforço dos parceiros para chegar à primeira fila. A média das melhores voltas de Nato e Menezes foi 1s150 pior que a Nakajima e Hartley.

O brasileiro torce para uma reviravolta. “No molhado as coisas ficam um pouco piores para nós, mas vamos ver o que vai acontecer. A chuva transforma tudo em um pouco de loteria, principalmente em termos de estratégia. Estamos um pouco mais conservadores aqui em relação ao equilíbrio do carro para ver se ganhamos um pouco mais de estabilidade. De qualquer forma, vamos para a briga”, concluiu.

Toyota lidera primeiros treinos livres em Fuji

Toyota liderou sem esforços. (Foto: Toyota)

A Toyota dominou os primeiros treinos livres para a segunda etapas da temporada 2019/20 do Mundial de Endurance, que acontece neste final de semana em Fuji, no Japão. Com o tempo de 1:25.623, Kazuki Nakajima, lidero com o Toyota TS050 #8, no segundo treino livre. 

Na segunda colocação o Rebellion #1 pilotado por Norman Nato, marcou 1:27.042. OS dois carros da equipe Ginetta, o #5 e #6, ficaram em terceiro e quarto respectivamente.

O LMP1 mais rápido foi o Ginetta com 325,3 km/h, enquanto o Toyota aparece na 12º com 301,7 km/h. 

Tempos da primeira seção de treinos

Tempos da segunda seção de treinos

Velocidades máximas 

Bruno Senna que compete pela equipe Rebellion se mostrou satisfeito com os tempos. “Acho que ficou tudo dentro dos conformes, considerando que esta é a pior pista para nosso carro, com exceção de Sebring. O último setor é muito difícil para nós. É o trecho mais lento. Ainda estamos perdidos ali e precisando acertar as coisas. Mas vamos ter de esperar para ver como o “success handicap” que será aplicado às Toyota nos ajuda na corrida. A gente sabe que no tráfego eles levam vantagem por causa da utilização do boost, mas já não parece ser como antes, quando era ridículo. Eles passavam e sumiam. Agora, a média dos tempos de volta sugere que não estamos tão longe”, avaliou Bruno.

 Depois do início satisfatório e a expectativa favorável para o qualifying, a preocupação agora passa também a ser com as condições atmosféricas para a corrida no circuito com vistas ao Monte Fuji, um dos mais conhecidos cartões postais do Japão. “Vamos torcer para não chover no domingo, porque fica bem pior para a gente. Nosso carro não consegue atingir a temperatura ideal nos pneus dianteiros com a pista molhada. Enfim, vamos ver como é que vai ficar o tempo, mas estamos fazendo a briga que a gente pode aqui”, concluiu o brasileiro.

Na classe LMP2 o melhor tempo ficou com o Oreca #38, pilotado por Anthony Davidson, que marcou 1:29.663. Na classe GTE-Pro, o Porsche #92 de Michael Kristensen e Kevin Estre liderou. O Aston Martin da equipe TF Sport conquistou o primeiro lugar na classe GTE-Am.