Toyota lidera primeiros treinos livres em Fuji

Toyota liderou sem esforços. (Foto: Toyota)

A Toyota dominou os primeiros treinos livres para a segunda etapas da temporada 2019/20 do Mundial de Endurance, que acontece neste final de semana em Fuji, no Japão. Com o tempo de 1:25.623, Kazuki Nakajima, lidero com o Toyota TS050 #8, no segundo treino livre. 

Na segunda colocação o Rebellion #1 pilotado por Norman Nato, marcou 1:27.042. OS dois carros da equipe Ginetta, o #5 e #6, ficaram em terceiro e quarto respectivamente.

O LMP1 mais rápido foi o Ginetta com 325,3 km/h, enquanto o Toyota aparece na 12º com 301,7 km/h. 

Tempos da primeira seção de treinos

Tempos da segunda seção de treinos

Velocidades máximas 

Bruno Senna que compete pela equipe Rebellion se mostrou satisfeito com os tempos. “Acho que ficou tudo dentro dos conformes, considerando que esta é a pior pista para nosso carro, com exceção de Sebring. O último setor é muito difícil para nós. É o trecho mais lento. Ainda estamos perdidos ali e precisando acertar as coisas. Mas vamos ter de esperar para ver como o “success handicap” que será aplicado às Toyota nos ajuda na corrida. A gente sabe que no tráfego eles levam vantagem por causa da utilização do boost, mas já não parece ser como antes, quando era ridículo. Eles passavam e sumiam. Agora, a média dos tempos de volta sugere que não estamos tão longe”, avaliou Bruno.

 Depois do início satisfatório e a expectativa favorável para o qualifying, a preocupação agora passa também a ser com as condições atmosféricas para a corrida no circuito com vistas ao Monte Fuji, um dos mais conhecidos cartões postais do Japão. “Vamos torcer para não chover no domingo, porque fica bem pior para a gente. Nosso carro não consegue atingir a temperatura ideal nos pneus dianteiros com a pista molhada. Enfim, vamos ver como é que vai ficar o tempo, mas estamos fazendo a briga que a gente pode aqui”, concluiu o brasileiro.

Na classe LMP2 o melhor tempo ficou com o Oreca #38, pilotado por Anthony Davidson, que marcou 1:29.663. Na classe GTE-Pro, o Porsche #92 de Michael Kristensen e Kevin Estre liderou. O Aston Martin da equipe TF Sport conquistou o primeiro lugar na classe GTE-Am.

Toyota confirma jogo de equipe em Silverstone

Equipe não escondeu a troca de posições. (Foto: Toyota)

A Toyota confirmou nesta segunda-feira, 02, que adotou jogo de equipe na abertura do Mundial de Endurance, disputado neste domingo, 01, em Silverstone. Foram três pedidos através do rádio. 

Todas as vezes que Kamui Kobayashi e Brendon Hartley trocaram de posições, um aviso de voltarem as posições originais era dado pela equipe. Isso resultou na vitória do Toyota #7 de Mike Conway, José Maria Lopez e Kobayashi. 

Em entrevista ao site motorsports.com. o diretor técnico da equipe, Pascal Vasselon, explicou. “Tivemos três trocas de posição de acordo com nossos acordos e processos usuais. Observamos o ritmo dos carros quando eles se juntaram e tivemos que mudar de posição – é o processo que temos para garantir que o carro mais rápido esteja na frente”, disse.

“Uma vez, Kamui pegou Brendon no molhado e depois Brendon pegou Kamui no seco, mas ele não conseguiu se afastar e nós trocamos de volta.”

Kazuki Nakajima, que assumiu o carro #8 e que divide com Hartley e Sebastien Buemi, perdeu tempo para alcançar Lopez inicialmente, mas conseguiu fechar após a rodada final de pit stops. 

As regras entre os dois Toyotas congelam as posições durante o período final da prova, assim que a equipe percebeu que nenhum dos adversário poderia roubar a liderança. A diferença os dois protótipos foi de 1,9s. 

Conway acrescentou: “Estávamos tentando ver se o # 8 era o carro mais rápido, mas simplesmente não aconteceu. A diferença era tão pequena que eles só queriam ver se alguém era mais rápido”, explicou.

“O ritmo de José mostrou que poderíamos diminuir a diferença nas etapas. O carro #8 foi estelar como sempre, e será assim até o final [da temporada]”.

Conway liderou as primeiras voltas da pole position, antes de Buemi assumir o primeiro lugar durante a primeira rodada de pit stops, quando os dois carros entraram juntos e tiveram que ser manobrados no pitlane lotado.

Toyota e Porsche vencem na abertura do Mundial de Endurance em Silverstone

Toyota marca mais uma dobradinha na categoria. (Foto: Toyota)

A Toyota, como era de se esperar, não encontrou dificuldades para vencer a etapa de Silverstone WEC na manhã deste domingo, 1, na Inglaterra. Jose Maria Lopez, Mike Conway e Kamui Kobayashi conquistaram o primeiro lugar com o TS050 #7. Na segunda posição o #8 de Kazuki Nakajima, Sebastien Buemi e Brendon Hartley. 

Lopez, soube segurar um destemido Kazuki Nakajima, para cruzar a linha de chegada com uma diferença de 1,901 segundo. O time japonês não encontrou dificuldades em vencer a prova, mesmo com quase 100 kg de peso a mais em relação aos carros da equipe Rebellion e Ginetta. 

A Rebellion chegou a assumir a primeira posição da prova em períodos de bandeira amarela e carro de segurança, mas nunca representaram um rival que a Toyota tivesse que se preocupar. 

Na terceira posição chegaram Pipo Derani, Loic Duval e Nathanael Berthon, com o Rebellion #3, chegou a ser punido por cometer uma infração técnica. O #1 da equipe acabou na quinta colocação depois de enfrentar vários problemas técnicos durante as 4 horas de prova. A quatro voltas dos vencedores, em quarto lugar, estava #5 da equipe LNT Ginetta G60-LT-P1 AER de Ben Hanley, Egor Orudzhev e Charlie Robertson.

Ginetta precisa aprimorar seu LMP, enquanto a Rebellion fez o que podia. (Fotos: Divulgação)

Bruno cumpriu os dois primeiros turnos com o Rebellion R13-Gibson. Partiu em terceiro, mas logo percebeu que não teria ritmo para se aproximar dos carros japoneses. “O problema maior foi com a temperatura dos pneus. Eu não conseguia acompanhar ninguém porque os dianteiros não aqueciam o suficiente. Foi um problema que já havíamos sofrido no ano passado. A Michelin melhorou os pneus, mas não o suficiente para nós, já que nosso carro não é 4×4. São os mesmos da Toyota, mas mais voltados para eles. Na chuva, então, é muito mais difícil fazer esses pneus trabalharem, e a diferença fica maior ainda. Até os LMP2 eram mais rápidos no molhado, até mesmo mais que as Toyota, o que dá uma boa ideia de como são esses pneus”, explicou.

 Mesmo assim, o brasileiro fez questão de lembrar que, se o resultado passou longe do aguardado, o primeiro combate do ano trouxe ganhos que serão úteis ao longo do calendário. “Aprendemos mais um pouco sobre o carro e também sobre algumas coisinhas que estamos fazendo de errado. O qualifying foi a melhor parte do final de semana para a gente, já que andamos até mais perto das Toyota do que esperávamos”, avaliou.

Hisatake Murata, diretor da equipe Toyota, comemora o início positivo no Mundial. “Esta foi uma maneira perfeita de começar a nova temporada; uma dobradinha em uma corrida memorável para os fãs. Agradeço a todos na equipe para um grande trabalho hoje, particularmente os mecânicos durante a troca de pneus e reabastecimento que realizaram as trocas de forma rápida. Vimos que a competição é muito mais difícil nesta temporada e nossos rivais estarão ainda mais perto em Fuji quando experimentamos o handcap de sucesso.. Então eu espero que os fãs continuem a desfrutar de uma batalha emocionante entre as equipes de LMP1 durante toda a temporada”, disse.

A Ginetta #6 sofreu danos em um incidente na curva Maggotts entre Oliver Jarvis e a Ferrari nº 71 GTE-Pro classe, e também recebeu uma penalidade de drive-through por não seguir as instruções dos comissários de bordo. Isso causou a segunda de duas intervenções com carros de segurança, com a primeira ocorrendo logo no início da corrida, quando o United Autosports LMP2 Oreca parou na segunda volta da prova. 

Cool Racing vence na estreia 

COOL Racing vence na estreia entre os LMP2. (Foto: Divulgação)

Na classe LMP2 a equipe Cool Racing venceu na sua primeira participação no Mundial de Endurance. Nicolas Lapierre e Antonin Borga. A liderança veio na terceira hora da prova, quando Lapierre ultrapassou  Job van Uitert que liderava com o Oreca da equipe Nederland. Borga manteve a vantagem construída por Lapierre cruzando a linha de chegada em primeiro. O segundo lugar foi para a equipe Signatech Alpine Elf, depois que Thomas Laurent ultrapassou van Eerd na última volta.

O Oreca da Jackie Chan DC Racing, terminou em quarto lugar como a melhor das equipes equipadas com pneus Goodyear.

Porsche vence na GTE-Pro

Nova versão do 911 RSR começou vencendo. (Foto: Porsche AG)

Gianmaria Bruni e Richard Lietz  venceram com a nova versão do Porsche 911 RSR na classe GTE-Pro. A equipe conquistou o segundo lugar com Michael Kristensen e Kevin Estre no #92. A dobradinha se desenhou depois de um período de chuva. A direção da equipe chamou os carros para troca de pneus quando a pista começou a ficar molhada.

 AF Corse manteve sa Ferrari 488 GTE Evo com pneus para pista seca, enquanto a Aston Martin efetivamente fez um pit stop extra, fazendo com que ambos os fabricantes perdessem para a Porsche. Isso manteve o carro #92 dos atuais campeões Kevin Estre e Michael Christensen na frente até Alessandro Pier Guidi assumir a liderança com a Ferrari #51. 

A felicidade de Pier Guidi que dividiu a Ferrari com James Calado durou até ele receber uma punição, por ultrapassar durante o período do carro de segurança.  Isso levou a liderança de volta às mãos da Porsche, com Bruni e Christensen correndo de ponta a ponta na passagem final, enquanto Maxime Martin herdou o terceiro lugar no melhor dos GTEs do Aston Martin Vantage. O Aston Martin #97 terminou em terceiro. 

Ferrari da AF Corse vence na classe GTE-Am. (Foto: Divulgação)

Pier Guidi se recuperou para terminar em quarto na única Ferrari  que terminou a prova. Nicki Thiim levou o Aston Martin nº 95 de volta em quinto. A Ferrari #71 de Davide Rigon e Miguel Molina acabou abandonando depois de se envolver em um acidente com o Ginetta pilotado por Oliver Jarvis. 

Na classe GTE-Am a vitória ficou com Nicklas Nielsen, François Perrodo e Emmanuel Collard, na Ferrari #83 da AF Corse. A prova na classe foi marcada por um disputa intensa entre os competidores. Em segundo lugar e a 22 segundos, chegou o Aston Martin #83 de  Paul Dalla Lana, Darren Turner e Ross Gunn.

A Dempsey-Proton Racing liderou no início da última hora, até Matt Campbell realizar uma parada nos boxes tardia.  O Porsche voltou para a prova mas na quinta posição, atrás de Ben Barker, da Gulf Racing, que também fez uma parada e terminou em quarto.

A próxima etapa do Mundial de Endurance acontece no Japão, no dia 4 de outubro, em Fuji.

[pdf-embedder url=”https://bongasat.com.br/wp-content/uploads/2019/09/Resultado-final-4-Horas-de-Silvestone-WEC.pdf” title=”Resultado final 4 Horas de Silvestone WEC”]

 

Toyota fecha primeiro dia do WEC em Silverstone na frente

(Foto: Divulgação)

A Toyota liderou e marcou o melhor tempo dos dois treinos livres nesta sexta-feira, 30, para a etapa de abertura do Mundial de Endurance que acontece neste domingo, no circuito de Silverstone, na Inglaterra. 

Mike Conway marcou 1m36.847, com o Toyota #7. Em segundo lugar ficou Kazuki Nakajima com o #8. A diferença entre os dois protótipos foi de 0,8 segundos. O Rebellion #1 que marcou 1m36.860, ficou na terceira posição com Gustavo Menezes fazendo 1m37.876.

Conway se mostrou satisfeito com o desempenho do carro: “É bom estar de volta a pista, especialmente aqui em Silverstone, na frente dos fãs britânicos. Eles fizeram um bom trabalho ao recapear a pista; é agradável e suave com muita aderência. Então é bom estar lá. Houve uma competição acirrada e espero que a qualificação seja interessante; Estou ansioso por isso e espero que os fãs gostem do show”, disse. 

Na classe LMP2 o Oreca da United Autosport manteve a primeira posição. Coube ao piloto Paul di Resta marca 1m43.059. A Ferrari #71 de James Calado liderou na classe GTE-Pro, enquanto a Aston Martin manteve o bom desempenho, fazendo dobradinha na classe GTE-Am.

[pdf-embedder url=”https://bongasat.com.br/wp-content/uploads/2019/08/Segundo-treino-livre-Silverstone-WEC.pdf” title=”Segundo treino livre Silverstone WEC”]

Confira os horários da transmissão do Mundial de Endurance pelo BandSports

Diferença de peso entre Toyota e equipes privadas é de aproximadamente 100 kg para Silverstone

(Foto: Divulgação WEC)

A Toyota irá começar a temporada 2019/20 do Mundial de Endurance mais pesada. A ACO divulgou nesta terça-feira, 27, o EoT da classe LMP1 onde aparece que o TS050 terá 932 kg, 40 a mais do que o peso original do carro. 

Ele estará 99 kg mais pesado que o Ginetta G60-LT-P1 e 108 kg mais pesado do que o Rebellion R-13. O adicional se baseou nos testes realizados no circuito da Catalunha em julho. 

EoT para Silverstone

Em nota, a FIA e a ACO afirmam: “Em vista dos dados coletados em julho em Barcelona, ​​particularmente em relação aos carros híbridos, decidimos reformular a EoT para garantir que estamos nos inclinando para essa meta mais ampla”.

“Nós também introduzimos um lastro de sucesso LMP1 que é baseado em pontos de campeonato e foi projetado para criar um campeonato emocionante, corrida após corrida”, disse. “No entanto, para implementar o trabalho, precisamos de uma boa linha de base da EoT.

“Após um exame cuidadoso, decidimos que era necessário um ajuste da linha de base estabelecida para Barcelona.”

A abertura do Mundial de Endurance acontece neste final de semana, em Silverstone.

 

SMP Racing rebate afirmação de chefe da Toyota: “Nunca nos foi prometida uma vitória”

Russos foram os melhores times privados em Le Mans. (Foto: SMP Racing)

A diferença diminuta entre a Toyota e os protótipos privados que estiveram participando dos testes oficiais do Mundial de Endurance, nesta semana, no circuito da Catalunha, na Espanha, eram esperados pelos dirigentes da equipe. 

Nos testes o Rebellion #1 ficou a 0.627 segundos do TS050 #7 que liderou, na terceira posição. Se por um lado a diferença nunca foi tão pouca, não se sabe como o EoT para as próximas etapas do campeonato influenciará o desempenho da classe LMP1.

Em entrevista ao site motorsports.com, o chefe da Toyota, Rob Laupen, estava ciente do que estava por vir, e criticou a desistência da SMP Racing, que abandonou a principal classe do Mundial de Endurance depois de uma temporada.  Para a abertura da temporada 2019/20 do WEC, em Silverstone, são esperados cinco carros na classe LMP1: Dois Toyota, dois Ginetta e um Rebellion. O time suíço alinhará seus dos carros somente em Spa e Le Mans.  

“Não é realmente uma surpresa”, disse Laupen sobre o prólogo do WEC. “Eu não esperava que a SMP fosse sair, e sim a Rebellion, porque há o mesmo tipo de reclamações”

“Por um lado, acho uma pena que eles não estejam mais aqui, mas quais eram as expectativas deles? Eles foram prometidos a chance de uma vitória rápida, mas você não pode simplesmente aparecer e começar a ganhar. Você paga suas dívidas, como nós fizemos. Nós pagamos muito, na verdade”.

“A SMP perdeu seis voltas para nós em Le Mans, mas muito disso coube a eles porque os pitstops não foram rápidos o suficiente. Você pode reclamar, mas essas voltas perdidas como um time você nunca voltará através da EoT ou regulamentos”.

Para a próxima temporada os dois TS050 estarão mais pesados enquanto os times privados terão o mesmo tempo de reabastecimento do que a única equipe de fábrica da competição. 

O dirigente afirma que a SMP Racing “realmente conseguiu o que queria”, e espera uma boa disputa com a Rebellion e Ginetta. 

“Eu acho que a Rebellion pode começar a ganhar corridas se montarem uma boa estratégia”, continuou ele. “Nós não ganhamos uma volta extra, vamos reabastecer mais lentamente e perder todas as vantagens do híbrido, além do aqueles na pista”.

“Nós aceitamos isso, mas a Rebellion ou Ginetta terão que se apresentar em um alto nível, como nós, para vencer. É assim que deve ser, não deve haver vitórias baratas”.

“É bom para o nosso time, porque eles competiram sem adversários ano passado. Agora eles vão sentir a pressão novamente. Os pilotos também farão a diferença.”

Leupen acredita que não foi sua equipe que motivou a saída da SMP da competição. “É em parte nossa responsabilidade ter um bom campeonato com boas corridas e não corrermos sozinhos com dois carros”, admitiu. “Podemos dominar e liderar por seis voltas, mas para nós é melhor ter mais corridas reais”.

“Estamos aceitando isso para o campeonato, não para nenhuma equipe individual. É uma solução para todos e não deve ser vista como um favor a uma ou duas equipes”.

Para SMP Racing, espetáculo ficou apenas com os privados 

Um representante da SMP Racing, respondeu as indagações do chefe da Toyota, para o site motorsports.com. Ele disse que a Toyota estava mais interessada no próprio espetáculo do que na competição com as equipes não-híbridas. 

O porta-voz disse: “Nunca nos foi prometida uma vitória, mas estávamos pensando que dentro de uma categoria cada carro deveria ser permitido pelos regulamentos ganhar, mas isso não era o caso”.

“Uma equipe foi oficialmente concedida uma vantagem, foi escrito nos regulamentos que um carro híbrido deve ter stints mais longos. Esta não-equivalência foi confirmada durante toda a temporada.”

“Nossa equipe fez um ótimo trabalho e tivemos uma ótima competição na pista com a Rebellion, enquanto a Toyota estava fazendo seu próprio espetáculo, que não tem nada a ver com a essência das corridas”.

Sensor tira vitória do Toyota #7 em Le Mans

Pilotos do #8 fizeram uma comemoração discreta no pódio. (Foto: Toyota)

Não tinha como ser diferente. A Toyota venceu a edição 2019 das 24 Horas de Le Mans, prova disputada neste final de semana, na França. A vitória do time japonês era mais do que certa. Nenhuma equipe teve condições de vencer os dois TS050 na pista. Torcer para que os dois LMP1 japoneses quebrassem, ecoou nos mais diversos grupos em redes sociais.

Condenar somente a equipe, como muitos acabam fazendo, é a mesma coisa que falar mal do colega de escola que tira boas notas. Mesmo competindo “sozinha”, a Toyota seguiu a risca os regulamentos estipulados pela ACO, e foi isso. Com normas controversos, o futuro do Mundial de Endurance será interessante. Os hypercars, modelos baseados em super esportivos, ou em versões GT3 “anabolizadas”, levou a ACO contra o que sempre seguiu, protótipos.

Resultado final

Os custos e a insistência em aceitar equipes oficiais com sistemas híbridos, afugentou as equipes, erro que foi corrigido com os a nova regulamentação. Se vai funcionar? Só o tempo irá nos dizer. Toyota e a Aston Martin já confirmaram a participação na pujante classe, que também acolherá a McLaren.

A vitória do TS050 #8 dos pilotos Fernando Alonso, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima, foi mais uma vez cercada de suspeitas. Em nenhum momento durante a prova, o trio se mostrou melhor do que os companheiros do #7, Mike Conway, Pechito López e Kamui Kobayashi. O “drama” começou com duas paradas não programadas. Lopez assumiu a liderança da prova na 11° hora. Com uma vantagem mais do que confortável para o #8.

O diretor da Toyota, Pascal Vasselon, garantiu que o problema no sensor existiu, e que optou em trocar apenas o pneu “defeituoso”.  “A opção existe, mas você precisa mudar para um set que tenha feito quatro passagens, o que não é ideal quando você quer estar seguro”, disse ao site motorsport.com. “É por isso que colocamos apenas um pneu usado e não quatro. Quando o pneu está muito quente, é mais provável que tenha furos. É tudo sobre gerenciamento de risco”.

“Neste caso, teria sido muito melhor mudar todos os quatro, mas não é algo que você faz normalmente, porque você não quer fazer os últimos testes com pneus antigos”.

“Os pilotos #7 têm que aceitar o que aconteceu, mesmo que seja muito, muito frustrante para eles e para a equipe também”, disse Pascal Vasselon, chefe da Toyota

Faltando uma hora para o final, a equipe avisou o piloto que o pneu esquerdo traseiro, estava com problema no sensor de pressão. Assim foram duas paradas nos boxes, até que resolveram substituir o pneu. A diferença para o líder, Nakajima, passou para 16.972 segundos. O jogo estava ganho, com o título de campeão mundial para os pilotos do carro #8.

Na terceira posição e a seis voltas do líder, o protótipo da SMP Racing #11 dos pilotos Stoffel Vandoorne, Mikhail Aleshin e Vitaly Petrov completaram o pódio geral. A SMP e a Rebellion tiveram sua luta particular. Neel Jani, André Lotterer e Bruno Senna, chegaram em quarto com o Rebellion #1, depois de muitos problemas. O #3 sofreu um acidente.

SMP Racing foi a melhor equipe privada, terminando na terceira posição. (Foto: SMP Racing)

O número 1 da rebelião R13 Gibson de Neel Jani, Andre Lotterer e Bruno Senna chegou em casa em quarto lugar depois de uma corrida precoce, giro e viagem para a garagem, enquanto o carro nº 3 da irmã se recuperou de um acidente de Thomas Laurent no sétima hora.

O LMP também sofreu uma punição de três minutos na 17° depois de não utilizar pneus específicos. O SMP #17 abandonou na 11° hora depois de um acidente com o piloto Egor Orudzhev, que estava na terceira posição.

Problemas com a bomba de combustível fizeram o #4 da equipe ByKolles abandonar ainda no início. O BR1 da equipe DragonSpeed também abandonou depois de 76 voltas, com problemas no câmbio.

Alpine vence e conquista título na classe LMP2

Alpine vence na classe LMP2 e fatura o título. (Foto: Alpine)

O time francês assumiu a liderança com seis horas de corrida. Nicolas Lapierre, Pierre Thiriet e André Negrão foram impecáveis. Com o resultado Lapierre venceu todas as corridas que disputou na classe. O francês competiu na classe secundária em quatro ocasiões, vencendo todas as vezes, em 2015, 2016, 2018 e 2019.

A Alpine  terminou no pódio em todas as corridas do WEC desta temporada, apesar de vencer apenas uma vez, em Le Mans em 2018. A vitória veio depois de uma ultrapassagem de Negrão em cima do russo Roman Rusinov da equipe G-Drive Racing.

A equipe Jackie Chang DC Racing, principal adversário na luta pelo título, terminou na segunda colocação, na frente da equipe TDS Racing. O melhor Ligier aparece na quarta colocação, o #22 da United Autosports.

Brasileiros ajudaram suas equipes a vencer nas classes GT

Ferrari vence na classe GTE-Pro. (Foto: Ferrari Races)

Na classe GTE-Pro, Alessandro Pier Guidi, James Calado e Daniel Serra, venceram com a Ferrari #51 da AF Corse. A Porsche levou o título da classe com Kevin Estre e Michael Christensen, mesmo terminando na 10° posição.

Pier Guidi fechou a prova com uma diferença de 49 segundos à frente de Gianmaria Bruni no Porsche #91 que dividiu com Richard Lietz e Frederic Makowiecki.

A Ferrari vencedora liderou a maior parte do final da temporada do WEC, e assumiu a liderança depois de um período de segurança por volta a meia-noite.

Tanto o #51 quanto o Porsche #92 foram apanhadas por um safety car separado para o resto da classe, estabelecendo uma diferença de dois minutos entre os líderes e o pelotão.

No entanto, o  #92 saiu da disputa por problemas no sistema de escape, forçando uma parada de 20 minutos na manhã de domingo. Isso deu à Ferrari uma vantagem confortável, embora sua liderança tenha sido gradualmente corroída pelo Chevrolet Corvette C7.R de Jan Magnussen, Antonio Garcia e Mike Rockenfeller nos próximos períodos.

Com seis horas restantes, a Ferrari e o Corvette estavam envolvidos em uma série de trocas de posições, devido às suas estratégias. A equipe do AF Corse foi novamente agraciada quando Magnussen rodou  nas Curvas de Porsche na Hora 21, o que forçou o Corvette a gastar seis minutos nos boxes para reparos e checagens.

Isso tirou o C7.R da liderança, jogando Garcia ficou em sétimo lugar. Bruni chegou para terminar em segundo depois de uma longa batalha entre o #91 e o #93 no domingo.

Depois de negociar muito nas ultrapassagens o #91 conseguiu avançar nos últimos períodos para terminar 17 segundos à frente dos pilotos Nick Tandy, Earl Bamber e Laurens Vanthoor.

O quarteto de Ford GTs da Ford Chip Ganassi Racing ocupou as quatro posições seguintes, com o # 68 terminando um minuto do #67. Onze dos 17 carros inscritos no GTE-Pro terminaram à frente do campo GTE-Am, enquanto outros foram afetados por incidentes e outros problemas.

Ford GT vence em sua estreia na classe GTE-Am. (Foto: Divulgação)

O Corvette #64 abandonou na sexta hora, quando Marcel Fassler bateu nas curvas Porsche depois de tocar no Porsche da Proton que competiu na classe GTE-Am.

Os outros dois carros da Ferrari tiveram corridas complicadas. O #71 teve problemas no motor, enquanto a Rizi Competizione não fez uma boa apresentação. Os carros da Aston Martin também fizeram uma prova complicada. Alex Lynn bateu nas Curvas da Porsche com o #97, terminando na 13° posição, enquanto o #95 bateu com Marco Sorensen na curva de Indianápolis. A BMW que disputou sua última corrida no WEC, terminou na 12° posição com o M8 #82.

Na classe GTE-Am, o Ford da equipe Keating Motorsports, venceu com o modelo GT depois de enfrentar problemas na duas horas finais da prova. A direção da prova obrigou a equipe a trocar o para-choque do carro.

A equipe contou com a ajuda dos mecânicos da Ford, para conseguir encaixar a peça. Quatro mecânicos da equipe do Ford trocaram a frente do carro em cerca de 30 segundos. Além dos problemas com a carenagem, a equipe ganhou uma punição por girar as rodas na saída dos boxes.

Ben Keating pilotou o GT ao lado de Felipe Fraga e Jeroen Bleekemolen. Na segunda posição o Porsche da equipe Project 1. A Ferrari da JMW Motorsports completou o pódio.

*Com informações dos sites motorsport.com e sporscar365.com

Toyota e Aston Martin com hypercars no WEC

(Foto: Divulgação AMR)

Aston Martin e Toyota são os primeiros fabricantes a confirmar o desenvolvimento de hypercars para a temporada 2020/21 do Mundial de Endurance. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira, 14, em Le Mans, na França.

O fabricante inglês irá alinhar o modelo Valkyrie, desenhado por Adrian Newey, e que conta com um motor V12 de 6,5 litros, construído em parceria com a Cosworth, capaz de produzir 1160 hp. A Aston deve firmar parceria com a Multimatic, para o desenvolvimento do carro. A R-Motorsport poderá ser uma possível parceira.

Equipes de clientes  estão nos planos da montadora, de acordo com o presidente da marca, David King. “Seria surpreendente se não houvesse clientes”, disse King. “Talvez não no primeiro ano, mas seria surpreendente se não houvesse equipes de alto nível procurando competir com esses carros. Nós dissemos muito claramente que isso começa como um programa de fábrica. Será um programa de fábrica de vários anos com pelo menos dois, carros”.

King enalteceu o esforço da ACO em limitar os limites de força híbrido nos carros, impedindo o uso abaixo de 120 km/h em condições secas e uma velocidade ainda a ser definida entre 140-160 km/h em condições úmidas.

Isso impede que os carros híbridos (tração nas quatro rodas) obtenham uma vantagem tão grande em relação aos projetos de tração nas duas rodas em velocidades mais lentas.

“Essa é a parte que precisava ser colocada em prática para garantir que qualquer um que chegasse com um carro não 4WD não ficasse simplesmente para trás”, disse King.

“Com pista molhada em Le Mans, e as quatro rodas tivessem uma vantagem, você estaria fazendo uma grande aposta se viesse com um carro com tração nas duas rodas”.

“Vários fabricantes têm várias posições diferentes com base em que powertrains querem rodar e a solução é boa. Você tem que dar crédito para os técnicos da FIA e da ACO”.

“Claro que haveria alguns benefícios secundários da execução de um sistema híbrido ou de tração nas quatro rodas em termos de equilíbrio entre o desgaste dos pneus e, por outro lado, a complexidade e a confiabilidade adicionais”, finalizou.

Toyota também terá seu hypercarro

Segundo os passos da Aston Martin a Toyota confirmou sua participação na próxima temporada do WEC, e o desenvolvimento de um novo esportivo.O modelo será baseado no esportivo GR Super Sport, que está sendo desenvolvido na planta da Toyota, na cidade de Colônia, na Alemanha e em Fuji, no Japão.

O TS050 será aposentado no final da temporada 2019/20. O nome do novo carro será revelado nos próximos meses, e os testes de pista começarão em 2020 antes do início da temporada de 2020-21. Não foram divulgados detalhes técnicos do esportivo.

“Tenho o prazer de confirmar que a Toyota Gazoo Racing continuará seu desafio em corridas de endurance além das regulamentações atuais”, comentou o presidente da Gazoo Racing, Shigeki Tomoyama.

“Obrigado à ACO e à FIA pelo seu trabalho árduo na finalização destes regulamentos, que esperamos que traga uma nova era de ouro das corridas de endurance, com vários fabricantes lutando em Le Mans e pelo Campeonato Mundial de Endurance da FIA”.

“Para a Toyota Gazoo Racing, esta nova era de competição é uma oportunidade fantástica para demonstrar nossas credenciais não apenas como uma equipe de corrida contra alguns dos melhores do ramo, mas também como um fabricante de carros esportivos”.

“Tenho certeza de que vou me juntar aos fãs e competidores para dar as boas-vindas às novas regras e ansioso por uma emocionante era de competição no WEC e em Le Mans”.

A Toyota foi um dos seis fabricantes envolvidos em grupos técnicos de trabalho a definir as novas regulamentações, que passaram por várias revisões desde o anúncio inicial em Le Mans no ano passado.

Toyota lidera primeiro treino em Le Mans

(Foto: Divulgação)

Mais do mesmo. A Toyota liderou o primeiro treino livre para a edição 2019 das 24 Horas de Le Mans, que foi realizado nesta quarta-feira, 12, na França. Kamui Kobayashi liderou a sessão marcando 3:18.091, superando Stoffel Vandoorne que surpreendeu, ficando com o segundo lugar com SMP Racing #11. A diferença entre ambos foi de 1.840 segundos.

A chuva deu as caras durante o treino, o que limitou o acesso a pista. Gustavo Menezes, da Rebellion Racing, chegou a liderar, durante o período de pista molhada. Por conta do mau tempo o treino foi interrompido por uma hora e 40 minuto, por causa de um acidente envolvendo o Porsche #99 da equipe Proton Competiton, quando Tracy Krohn acertou a barreira de pneus entre as duas chicanes da reta Mulsanne.

Kobayashi também perdeu o controle do seu Toyota na chicane da Mulsane, Mesmo local em que a Ferrari da equipe Car Guy Car se perdeu. O Rebellion #3 ficou na terceira posição a frente do Toyota #8, pilotado por Fernando Alonso.

 

Na classe LMP2 o Oreca 07 #48 da IDEC Sport liderou, enquanto na GTE-AM, a Porsche conquistou o melhor tempo com o #77 da Dempsey-Proton Racing com Matt Campbell ao volante.

Na classe GTE-Pro a Porsche dominou com o 911 RSR #92 e #94 em primeiro e segundo lugares respectivamente. Michael Christensen marcou 3:52.149. Sam Bird ficou com o terceiro tempo com a Ferrari #71 da equipe AF Corse.

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Toyota e Corvette lideram testes para Le Mans

(Foto: Toyota)

Mesmo com um EoT mais favorável, as equipes privadas da classe LMP1, não conseguiram superar a Toyota no testes oficiais para Le Man, realizados neste domingo, 02, na França.  

Com o tempo de 3:19.440, Sebastien Buemi levou o Toyota #8 ao primeiro lugar. Foi seguido pelo TS050 #7 que pelas mãos de Kamui Kobayashi marcou 3:20.586. A diferença entre o primeiro e o terceiro, o Rebellion #1  de André Lotterer foi de 1.883 segundos.

Tempos testes Le Mans

Velocidades máximas

Os testes foram divididos em duas baterias. Todas as equipes privadas conseguiram melhores os tempos na segunda sessão. O SMP Racing #11 ficou na quarta colocação, seguido pelo Rebellion #3. O BR1 da equipe DragonSpeed, completou os cinco primeiros.

O LMP1 mais rápido foi o SMP #11. Stoffel Vandoorne registrou 350.1 km/h. O melhor Toyota aparece apenas na 20° posição com 329.8 km/h.

Na classe LMP2 o melhor tempo foi conquistado pelo Oreca 07 #38 da equipe Jackie Chang DC Racing, com Ho-Pin Tung ao volante. Ele superou por décimos Pastor Maldonado com o também Oreca da Dragon Speed.

A Corvette liderou na classe GTE-Pro, com Mike Rockenfeller no C7.R #63, marcando 3:54.001. Na segunda e terceira posições aparecem o Ford #67 da equipe Chip Ganassi e o Corvette #64. Na classe GTE-Am, a Ferrari #62 da WeatherTech marcou 3:56.862. As quatro primeiras posições na classe foram ocupadas por modelos Ferrari 488 GT3.