JDC-Miller Motorsports troca LMP2 por DPi para próxima temporada da IMSA

(Foto: Divulgação)

A equipe JDC-Miller Motorsports que compete na temporada 2018 da IMSA com protótipos Oreca, anunciou nesta quinta-feira, 09, a compra de dois Cadillac DPi para a temporada 2019. A escolha se deu após o regulamento da próxima temporada ter duas classes de protótipos, DPi e LMP2.

“Quando iniciamos nosso programa na IMSA em 2014, sabíamos que nosso objetivo era trabalhar com uma marca como a Cadillac. Acreditamos firmemente que encontramos o melhor parceiro possível e estamos ansiosos para aumentar o incrível sucesso que a Cadillac já desfrutou no IMSA ”, disse o sócio-gerente da JDC-Miller, John Church.

O primeiro protótipo será entregue em setembro, os testes iniciam em novembro, após o término do atual campeonato. “Nós trabalhamos muito duro para chegar a este ponto e eu não poderia estar mais orgulhoso do meu parceiro John Church e todos do nosso grupo e empresa que contribuíram para o nosso sucesso”, acrescentou John Miller, sócio da JDC-Miller MotorSports. “Estes são tempos empolgantes para a nossa equipe, mas acho que provamos no ano passado e nesta temporada que estamos prontos para esta etapa.”

“Felicito a entrada da equipe JDC-Miller para a família Cadillac V-Performance”, disse Matt Russell, gerente de marketing da Cadillac Racing. “O desempenho deles com os carros LMP2 tem sido impressionante e estamos ansiosos para se juntarem ao grid com seus dois novos carros Cadillac DPi-VR em Daytona em janeiro.”

Pilotos serão anunciados nas próximas semanas. O retrospecto da equipe é favorável. Nas últimas três corridas foram dois pódios, incluindo a vitória em Watkins Glen. “Podemos confirmar que Stephen Simpson com certeza permanecerá com a equipe em 2019, já que tivemos a opção de continuar com Stephen, e depois de seu desempenho este ano não houve dúvida de que ele estará na escalação em um protótipos”, acrescentou Church.

CORE Autosport conquista vitória em Road America

(Foto: Divulgação)

A CORE Autosport venceu pela segunda vez consecutiva na IMSA. O feito ocorreu neste domingo, 05, no circuito de Road America. Colin Braun levou o Oreca 07 #54 a primeira posição com uma vantagem de 2.389 segundos para o Oreca #99 da JDC Miller Motorsports, pilotado por Stephen Simpson.

Se prevalecendo da estratégia, Braun aproveitou a parada de Jordan Taylor no Cadillac #10 e Jonathan Bomarito no Mazda #55, para alcançar a primeira posição. Como é tradição no circuito a vantagem de quase 10 segundos para o #99 caiu para pouco mais de 2 segundos na última volta. A vitória foi literalmente no sufoco, já que o LMP2 ficou sem combustível poucos metros, após receber a bandeira quadriculada.

Resultado final

Braun dividiu o #54 com John Bennett. Em terceiro o Cadillac DPi #31 da equipe Action Express dos pilotos Felipe Nasr e Eric Curran, que tentaram surpreender o #99 na última volta, sem sucesso. O Cadillac #10 da Wayne Taylor Racing terminou na quarta colocação. Pipo Derani terminou na sexta colocação com o Nissan #22

Na classe GTLM o Ford #67 de Richard Westbrook e Ryan Briscoe venceu, após Connor de Phillippi no BMW #25 abandonar na última volta por problemas de combustível. Sofrendo com o consumo e com uma vantagem considerável para o Corvette #4, Westbrook conseguiu cruzar a linha sem grandes sustos. Esta foi a quarta vitória consecutiva da Ford na IMSA.

Na segunda posição o Corvette #4 de Tommy Milner e Oliver Gavin. Em terceiro o #3 também da Corvette com Jan Magnussen e  Antonio Garcia. A Porsche ocupou as duas posições subsequentes com o #912 e #911 em quarto e quinto respectivamente. Na classe GTD o Porsche #58 de Patrick Long e Christina Nielsen ficaram com a primeira posição.

G-Drive Racing vence em Red Bull Ring

(Foto: ELMS)

A equipe G-Drive Racing conquistou neste domingo, 22, a vitória nas 4 Horas de Red Bull Ring, terceira etapa da temporada 2018 do European Le Mans Series. Jean-Eric Vergne, Andrea Pizzitola e Roman Rusinov, ampliaram a liderança na classe LMP2.

Desclassificados após vencer em Le Mans, o time russo teve que enfrentar uma prova com bandeiras amarelas, carro de segurança, chova e uma penalidade no início da prova. Com um triplo stint de Pizzitola, a ajuda de um safety car na segunda hora e o bom trabalho feito por Andrea, levaram a equipe a segunda vitória no ano.

Resultado final

Vergne assumiu a liderança, faltando 30 minutos para o fim da prova. Até aquele momento o Oreca #29 da Duqueine Engineering, liderava a prova com Nelson Panciatici. O #29 precisou fazer uma parada extra, para reabastecimento.

Com uma vantagem de quase 20 segundos, Vergne não encontrou empecilhos para levar o Oreca à vitória. O #29 chegou em segundo, pressionado por Paul-Loup Chatin no Oreca #24 da Racing Engeneering. O melhor Ligier aparece na quarta colocação, com #22 da United Autosports. A Dallara que teve quatro representantes em pista, levou o #35 da SMP à oitava posição

Porsche #88 da Proton Competition vence na classe GTE, enquanto Ligier #15 da RLR vence na LMP3. (Fotos: Divulgação Twitter)

Na classe LMP3 a vitória ficou com a equipe RLR Msport de Rob Garofall, John Farano e Job van Uitert. O Ligier #15 liderou a maior parte da corrida, perdendo o posto nas paradas nos boxes. Com a vitória  a equipe supera o Ligier #11 da Eurointernational, que terminou na sétima posição, liderando o campeonato, faltando três etapas.

O Porsche #88 da Proton Competition de Matteo Cairoli, Giorgio Roda e Gianluca Roda, venceram na classe GTE. Giorgio Roda superou a Ferrari da equipe JMW Motorsports, de Lian Griffin no início da prova, abrindo uma vantagem de 10 segundos.

A diferença caiu depois de inúmeras bandeiras amarelas, baixando a diferença. Com o abandono da Ferrari da JMW, o segundo lugar ficou com a Ferrari da Spirit Of Race. Em terceiro o Porsche da equipe Ebimotors. Esta foi a primeira vitória do Porsche 911 no ano.

A próxima etapa acontece no circuito de Silverstone, no dia 18 de agosto.

Oreca LMP2 lideria primeiro dia de treinos em Mosport pela IMSA

Mesmo com BoP favorável para os DPi, LMP2 liderou. (Foto: IMSA)

A equipe CORE Autosports liderou nesta sexta-feira, 06, o primeiro treino livre para a etapa de Mosport da IMSA no Canadá. Colin Braun marcou 1:06.902 com o Oreca 07 #54. Na segunda posição o Acura DPI #06 pilotado por Dane Cameron.  O treino da tarde foi marcado pelo acidente de Hélio Castroneves, com o Acura #07, que chegou a marcar o terceiro tempo. Por conta do toque, o treino foi interrompido por um longo período.

Na quarta colocação o Mazda #55. Pipo Derani ficou com o quinto tempo com o Nissan DPi #22. Entre os GTE da classe GTLM, o Porsche #911 de Nick Tandy liderou o pelotão. O Acura #86 da equipe Meyer Shank Racing w/ Curb-Agajanian, liderou na classe GTD.

Primeiro treino livre

Segundo treino livre

Velocidades máximas obtidas

Protótipos LMP2 largam na frente em Watkins Glen

(Foto: Twitter equipe)

O domínio dos protótipos DPi foi quebrado momentaneamente. O Oreca 07 da equipe CORE Autosports marcou neste sábado, 31, a pole para as 6 Horas de Watkins Glen. Colin Braun marcou 1:32.350. Superou por 0.006 segundos o Ligier da equipe United Autosports, do brasileiro Bruno Senna, Paul di Resta e Phil Hanson.

A prova começará às 10h45 (Brasília) e com expectativa otimista por parte de Bruno Senna, o melhor entre os cinco brasileiros na prova – os demais são Christian Fittipaldi, Felipe Nasr, Hélio Castroneves e Pipo Derani. Apesar da evolução ao longo dos treinos livres, o excelente posicionamento no grid foi recebido não sem uma certa surpresa por Bruno. “Na verdade, eu achava que ficaríamos entre os quatro mais rápidos, mas o carro estava bem acertado e o Paul fez uma volta muito boa”, analisou.

Tempos do treino classificatório

Bruno acredita que as chances da equipe são muito boas porque praticamente todo o trabalho nos treinos esteve voltado para a configuração de corrida. “Mal mexemos no acerto de classificação”, revelou. “Mas parece que a pista casou muito bem com nosso carro”, continuou. “A equalização do desempenho dos motores, prática rotineira na série, parece ter dado os efeitos pretendidos. “A potência dos DPi foi reduzida e o equilíbrio ficou maior”, aplaudiu. De acordo com o regulamento do campeonato, que obriga o piloto que classificou o carro a fazer o primeiro turno na corrida, o escocês Di Resta estará no cockpit para a largada. Bruno só assumirá o volante depois de Hanson.

Braun não marcava uma pole, fazia dois anos. A equipe Penske ocupa a terceira e quarta posições com seus Acura DPi. Na classe GTLM a Ford marcou dobradinha com o #67 e #66 em primeiro e segundo lugar, respectivamente. Na classe GTD, o primeiro lugar ficou com o Lexus da equipe 3GT Racing.

Sem adversários, Toyota vence as 24 Horas de Le Mans

Toyota vence sem dificuldades. (Foto: Toyota)

A música que ecoava no circuito de Le Sarthe, durante a volta de apresentação da edição 2018 das 24 Horas de Le Mans, daria o tom do que a Toyota enfrentaria nas 24 horas seguintes. O tema do filme “2001: Uma odisseia no espaço” do gênio Stanley Kubrick, que de forma lúdica era a música perfeita para a ocasião.

Presente no WEC desde o seu ressurgimento em 2012, a Toyota passou de azarada em 2016, para odiada por muitos torcedores. O motivo? Correu praticamente sozinha, com um regulamento extremamente favorável, tendo como adversária ela mesma.

Resultado final da prova

Desde a saída da Porsche no final de 2017, a pergunta quem sempre permeava as conversas sobre endurance era: Qual será o adversário real da Toyota? A ACO bem que tentou (muitos dizem que não), fez um esforço para atrair fabricantes para a moribunda classe LMP1, prometeu igualdade entre privados e oficiais, mas como ocorreu desde o surgimento dos motores a diesel em 2006, nenhuma equipe privada conseguiu a façanha de vencer um time de fábrica.

Rebellion Racing bem que tentou, mas não chegou perto dos Toyotas. (Foto: Divulgação)

Este ano não foi diferente. Equipes como Rebellion, SMP Racing, Manor e DragonSpeed, embarcaram na aventura de competir na classe LMP1. Todas oriundas de uma LMP2 extremamente competitiva, investiram, desenvolveram carros, esperando a tão sonhada equivalência que para os franceses é resumida em uma sigla, EoT não aconteceu. Para ajudar os times não poderiam ter tempos mais rápidos do que os da Toyota. Foi um jogo de cartas marcadas.

Para ajudar, um destemido Fernando Alonso chegou com a missão de levar o TS050 a vitória. Mesmo sem o espanhol a Toyota teria vencido com folga, muita folga. A participação de Alonso levou o WEC para as primeiras páginas de jornais e sites do mundo todo. Sem vencer nada a F1, e buscando a tríplice coroa do automobilismo, seu papel vai além de dividir o #7 com Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima. Hoje seu papel é de relações públicas da categoria assim como Mark Webber e Patrick Dempsey foram outrora. Para ajudar, Jenson Button teve a imagem massivamente utilizada nas redes sociais do WEC.

“Finalmente, nós ganhamos 24 Horas de Le Mans. Claro que isto é mais um passo para o próximo desafio para que eu gostaria de pedir seu apoio contínuo a partir de agora também muito obrigado. Quero agradecer nossos pilotos, finalmente, em nossa 20º participação completamos 388 voltas, e cerca de 5.300 km. Eu quero dizer isto a todos os fãs que nos apoiaram por um longo tempo, os nossos parceiros e fornecedores que lutaram junto com a gente, e todos os membros da equipe e as pessoas relacionadas à nossa equipe. Eu quero expressar o meu sincero apreço a todos, comemorou Akio Toyoda, presidente da Toyota Motor Corporation.

Toyota durante toda a prova, sozinha. (Foto: Toyota)

Kazuki Nakajima comemorou: “É ótimo estar aqui, finalmente; Faz muito tempo. Estou quase sem palavras. Eu tive grandes companheiros e Toyota nos deu um carro muito forte. Terminamos a corrida sem qualquer problema em ambos os carros assim que eu sinto que todos nós merecemos ganhar. Vencer esta corrida foi um grande sonho para todos TOYOTA desde 1985. Houve muitas pessoas envolvidas neste projeto, por isso estou orgulhoso de estar aqui para representar todo esse esforço.”

E deu certo. O envolvimento dos fãs, cobertura da mídia foram maiores este ano. Mas faltou um adversário para valer todo o investimento feito pela Toyota. Mesmo superando as adversidades de uma prova de 24 horas, tráfego e o erro humano que sempre pode dar as caras, a corrida – pelo menos na classe principal – não teve emoção. A torcida era por um erro dos #7 e #8, do que uma vitória. Mas não devemos tirar o mérito do trio vencedor.

Principal equipe privada na classe, a Rebellion Racing bem que tentou. André Lotterer conseguiu a proeza de bater na primeira curva de uma prova de 24 horas. O piloto, um dos mais experientes do grid, se precipitou, acreditando que poderia superar pelo menos um dos Toyotas antes da chicane Dunlop. Não conseguiu. O alemão dividiu o Rebellion #1 com Bruno Senna e Neel Jani. O trio acabou na quarta posição, à 12 voltas do carro vencedor.

O carro precisou ser levado aos boxes para reparos e deu início à enorme sucessão de problemas que foram minando as chances do trio. “Tivemos um monte de pepinos, especialmente com relação ao sensor do sistema de embreagem. Fomos perdendo tempo a cada parada e isso complicou nossa corrida”, explicou Bruno Senna.

Porsche domina classes GTE-PRO e AM. (Fotos: Porsche AG)

As possibilidades de subir ao pódio, depois de entregar o carro a Jani na terceira posição em seu último turno de pilotagem depois de travar um longo combate com Menezes. Mas a porta do carro não fechou depois do pit stop e Jani foi obrigado a praticamente parar o carro na pista para resolver o problema, permitindo a ultrapassagem. A partir daí, com a situação agravada nas horas finais com a punição de duas passagens pelos boxes, tudo ficou ainda mais difícil.

O consolo foi estabelecer a volta mais rápida depois das Toyota, que passearam por Le Mans graças a um regulamento que ainda não foi capaz de estabelecer o equilíbrio na principal divisão do WEC – a LMP1. O tempo de Bruno – 3m20s024 -, no entanto, foi três segundos pior que a volta mais veloz  das Toyota, o que comprova o ritmo superior e inalcançável dos carros da marca japonesa.

Em segundo lugar o TS050 #7 de Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria Lopez. O trio liderou boa parte da prova, e como era esperado, cedeu a posição para o carro #8. Faltando pouco mais de uma hora para o término da corrida, enfrentou problemas elétricos. A diferença confortável para o Rebellion #3 de Thomas Laurent, Mathias Beche e Gustavo Menezes, possibilitou retornar a pista ainda em segundo.

Dos 10 carros inscritos na classe, apenas 5 completaram a prova. O último foi o Ginetta #5 da equipe CEFC TRSM Racing. Os dois carros da SMP Racing que demonstraram um ritmo forte, ficam pelo caminho. Mesmo destino teve o Ginetta #6, o ByKolles #4, primeiro a quebrar e o BR Engineering da Dragon Speed, que foi acertado ainda na primeira curva por Lotterer.

A G-Drive Racing venceu com sobras na classe LMP2. Roman Rusinov, Andrea Pizzitola e Jean-Eric Vergne, terminaram a prova com uma diferença de duas voltas para o Alpine #36 de Nicolas Lapierre, André Negrão e Pierre Thiriet. Em terceiro o Oreca #39 da Graff-SO24 de Vincent Capillaire, Jonathan Hirschi Tristan Gommendy. Os quatro primeiros utilizaram protótipos Oreca. Em nenhum momento as equipes que utilizaram equipamentos Ligier e Dallara, tiveram reais condições de lutar pela vitória. O quarto lugar ficou com o Ligier #32 da United Autosports de Hugo de Sadeller, Will Owen e Juan Pablo Montoya que conseguiu bater o LMP. Felizmente foram danos de fácil reparo. Dos 20 inscritos na classe, 14 terminaram a prova.

Russos da G-Drive não encontram adversários na classe LMP2. (Foto: G-Drive)

A classe GTE-PRO poderia ser a principal do Mundial de Endurance. Com 5 fabricantes inscritos, a disputa foi intensa. Largando na pole, a Porsche não sofreu com os 10 quilos extras que ganhou após o treino classificatório, vencendo com o #92 de Michael Christensen Kevin Estre e Laurens Vanthoor. A decoração rosa do 911, em alusão ao Porsche 917 dos anos 70 foi um dos destaques da prova. A liderança veio na quarta hora de prova, quando Estre adiantou sua parada nos boxes, em seguida o carro de segurança entrou na pista. A partir deste ponto coube administrar.

Em segundo o Porsche #91 de Richard Lietz, Gianmaria Bruni e Fréderic Makowiecki, também com cores alusivas aos modelos de rally da marca nos anos 80. Curiosamente esta é a segunda vitória de uma nova geração do 911 em sua estreia em Sarthe. A primeira foi em 2013.  Visivelmente mais lento o #91 segurou o Ford #68 do trio formado por Joey Hand, Dirk Muller e Sébastien Bourdais. Os dois carros chegaram a correr lado a lado, quando Bourdais tentou surpreender Makowieck na primeira chicane da reta Mulsanne. Não obteve êxito. Em quarto o Ford #67 de Andy Priaulx, Harry, Tincknell e Tony Kanaan. Fechando os cinco primeiros, o Corvette #63 de Jan Magnussen, Antonio Garcia e Mike Rockenfeller. O outro Corvette abandonou faltando 4 horas para o término da prova com problemas na suspensão. A Ferrari #52 da AF Corse dos pilotos Toni Vilander, Antonio Giovanazzi e Pipo Derani, ficaram com o sexto lugar. o Ford #66 ficou na sétima posição.

Aston Martin e BMW estrearam carros novos em Sarthe. Enquanto os alemães conseguiram alguma coisa, os ingleses lutaram com os carros da classe AM. (Fotos: Divulgação)

O presidente da BMW Motorsports, Jens Marquardt, destacou os problemas e enalteceu o trabalho de toda a equipe: “Apesar de infelizmente não estar refletido em nosso resultado, o resumo da corrida do BMW M8 GTE em Le Mans é realmente positivo. Antes da corrida, não sabíamos realmente onde estávamos em termos de desempenho. Vimos agora que temos o ritmo necessário para competir na frente do grupo. Isso é exatamente o que pretendemos. Queríamos demonstrar o grande potencial do nosso carro e conseguimos isso. O fato de que os problemas técnicos e um acidente nos negaram um bom resultado é obviamente decepcionante para a equipe e os pilotos. No entanto, podemos definitivamente voltar a Munique com as nossas cabeças erguidas. Um destaque foi definitivamente o lançamento do novo BMW 8 Series Coupe em Le Mans. Essa foi uma forte evidência de quão importante é o automobilismo para a BMW.”

O Aston Martin Vantage “evo” não fez uma boa corrida. Em vários momentos os dois carros tiveram disputas diretas, com os primeiros colocados da classe GTE-AM. O #95 terminou na nona colocação, enquanto o #97 em 13º. A BMW com os novos M8 também começaram atrás do grid e foram galgando posições. O #81 que chegou a disputar a liderança, teve problemas com o amortecedor dianteiro direito. Já o #82 abandonou quando bateu nas curvas Porsche.

Dr. Wolfgang Porsche, presidente do Conselho da montadora comemora a dobradinha: “Um fim de semana absolutamente perfeita para Porsche. Você não pode desejar mais do que isso em nosso ano de aniversário. É impossível planejar tal coisa, mas quando isso acontece é uma sensação indescritível. Parabéns aos pilotos, as equipes e todos os funcionários que fizeram este sucesso possível. Isso me deixa muito orgulhoso.” 

A Porsche também venceu na classe AM. O 911 #77 de Matt Campbell, Christian Ried e Julien Adlauer da equipe Dempsey-Proton Racing não enfrentou adversários, após assumir a liderança na terceira hora de prova. Esta foi a primeira vitória do 911 desde 2010. A Ferrari #54 da Spirit of Racing ficou com a segunda posição. A também Ferrari da Keating Motorsports completou o pódio. O Aston Martin #98 que venceram em SPA e lideravam o campeonato, viram a vantagem ir por terra, após Paul Dalla Lana bater nas curvas Porsche, na sétima hora de prova.

Transmissão da corrida no Brasil

Os fãs tiveram que buscar meios alternativos, para acompanhar Le Mans, já que o Fox Sports, detentor dos direitos da corrida no Brasil, sequer transmitiram a largada. Vários streamings estiveram disponíveis, tanto no Youtube, quanto Facebook. O pessoal da página Race4funtv, que transmitem costumeiramente a provas da NASCAR, foram os responsáveis por salvar os torcedores, órfãos de uma cobertura de qualidade.

A equipe comandada por Rodrigo Munhoz soube conduzir a transmissão sem erros, dando voz para os participantes do chat, sanando dúvidas e esclarecendo questões sobre o automobilismo nacional, em especial o gaúcho e também o virtual. Já os portais de notícias especializados, trouxeram pouca variedade sobre a corrida e o WEC, algo comum em um ambiente onde o conhecimento parece ser restrito somente a Fórmula 1.

Este ano com a participação de Alonso na prova, o número de postagens teve um aumento, porém só falando de assuntos correlacionados a F1. Poucas postagens sobre o que é o BoP, EoT, novos regulamentos e participação de vários pilotos, não somente nossos representantes. Alguns jornalistas chegaram a comparar a vitória ou melhor o “feito” de Alonso (como se ele tivesse pilotado sozinho as 24 horas) a vitória de Nick Hulkenbeg em 2015 com a Porsche. Azarão na época o #19 não era o candidato à vitória, mas conseguiu sobreviver. Vale lembrar que naquele ano, Audi e Toyota estavam na classe LMP1, e não correndo praticamente sozinhos como os japoneses este ano.

Enaltecer Alonso, deixando seus companheiros de equipe em um papel secundário, mostra que a editoria de automobilismo precisa e muito se especializar e principalmente, fazer pesquisas, ler, sem ligar tudo a F1.

G-Drive vence em Monza pelo ELMS

Vitória ficou com a equipe G-Drive. (Foto: ELMS)

A equipe G-Drive Racing venceu neste domingo, 13, a segunda etapa do European Le Mans Series, no circuito de Monza na Itália. Jean-Eric Vergne, Andrea Pizzitola e Roman Rusinov repetiram o feito, conquistado na abertura do Mundial de Endurance em SPA.

Com uma diferença de mais de 29 segundos, o Oreca 07 da equipe Russa, realizou uma prova sem grandes problemas. Na segunda posição o Oreca #33 da TDS Racing. Fechando o pódio o Oreca #28 da IDEC Sport. As primeiras sete posições na classe LMP2 foram ocupadas por protótipos Oreca.

Resultado final

A equipe DragonSeed viu suas chances de vitória irem por terra, depois de receber um drive-through, por bater em um dos protótipos da classe LMP3. O #21 que tem entre seus pilotos Nicolas Lapierre, terminou na quarta colocação. O melhor protótipo Ligier chegou na oitava colocação, sendo o #23 da equipe Panis Barthez Competition. Com uma condução impecável e estreando na série, o brasileiro Felipe Nasr, conquistou o nono lugar com o melhor protótipo Dallara na competição, o #47 da equipe Villorba Corse.

Com vários incidentes, o carro de segurança foi utilizado diversas vezes. O acidente mais grave foi com o Oreca #39 da equipe Graff, que acabou perdendo o controle na curva Lesmo. O segundo carro da equipe G-Drive o Oreca #40 também acabou saindo na chicane Ascari, faltando uma hora para o término da prova. O Ligier JS P3 #9 da AT Racing e o Norma #18 da M.Racing também abandonaram depois de se tocarem na segunda curva de Lesmo.

Ligier vence na classe LMP3. Ferrari fatura vitória na GTE. (Fotos: ELMS)

Na classe LMP3 a vitória ficou com o Ligier #11 da equipe Eurointernational de Kay van Berlo e Girgio Mondini. A dupla herdou a primeira posição quando John Falb acabou batendo no Liger LMP2 da equipe IDEC Sport. Falb e Sean Rayhall perderam a chance de vencer na classe.

A vitória não foi fácil para o Liger #11, já que Berlo teve que aguentar a pressão de Martin Hippe no Ligier #13 da Inter Europol Competition. A sorte de Hippe foi por terra. Faltando duas voltas para o final o protótipo ficou sem combustível. Na segunda posição o #6 da equipe 360 Racing de Ross Kaiser e Terence Woodward. Fechando o pódio o #3 da United Autosports.

O desempenho dominante do Norma M30 durante o prova da Le Mans Cup, contrasta com o resultado na ELMS. Na corrida de duas horas o vencedor, o #3 da DRK Engineering, venceu marcando como melhor volta o tempo de 1:46.782. Já na prova deste domingo, o melhor Norma chegou apenas na sétima colocação, marcando 1:47.651. Lembrando que as duas provas foram realizadas sem intempéries climáticas.  

Em uma prova dominante, a Ferrari #55 da Spirit of Racing de Duncan Cameron, Matt Griffin e Aaron Scott venceu, com uma vantagem de mais de um minuto para o Porsche #77 da Proton Competition. O também Porsche da Ebimotors, completou o pódio na terceira posição.

Com ajuda do Toyota #7, Fernando Alonso estreia no Mundial de Endurance com vitória em SPA

Pilotos do Toyota #8 não encontraram dificuldades em vencer. (Foto: FIAWEC)

A prova inaugural da super-temporada do Mundial de Endurance começou, com um resultado mais do que esperado. O Toyota #8 pilotado por Fernando Alonso, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima, não teve problemas para vencer as 6 Horas de SPA.

Não que o trio não encontrou adversários competentes, mas a vitória do carro #8 era previsível. Alonso é a estrela do certame, e a Toyota tem a obrigação de vencer Le Mans e de quebra o campeonato. Se as regras, beneficiam e muito o único time oficial do WEC, nada mais justo que o piloto midiático chegar em primeiro.

Resultado final da prova

Rebellion foi a melhor equipe privada. (Foto: Divulgação)

Mas este primeiro, veio da forma um tanto quanto controversa. Se a punição do carro #7 foi justa por irregularidades, durante o treino classificatório, a pressão que Mike Conway exerceu sobre Alonso nas últimas voltas da corrida, deixou claro que o espanhol seria superado com uma facilidade absurda, ou na pior das hipóteses, lutado para se manter à frente. As voltas voadoras de Conway, pararam de uma forma abrupta, sem explicação, não combinou com o belo papel de Kamui Kobayashi e José María López, que tiveram que literalmente tirar tudo do carro para chegar apenas em segundo. De acordo com a equipe, o TS050 #7 estava com superaquecimento na caixa de câmbio.

G-Drive vence na classe LMP2. (Foto: Divulgação)

Se a ACO e a FIA abrirem esta jurisprudência a lá Ferrari na F1, o WEC corre o sério risco de perder o que a “principal” categoria, não sabe o que é faz tempo, esportividade. No segundo pelotão da classe LMP1, uma intensa briga entre as equipes Rebellion Racing e SMP Racing. Oreca e a BR Engineering mostraram que não se precisa de um grande fabricante para propiciar um ótimo espetáculo. Nome não ganha corrida, boa pilotagem sim.

A diferença de duas voltas para os demais privados, deixou claro que o EoT,  ou balanço de performance da classe não surtiu o efeito desejado, e nada deve mudar para Le Mans. Sem erros, a Toyota vence, provavelmente com uma senhora vantagem para as demais equipes, desde que complete a prova.

Na terceira posição o Rebellion #1 de Neel Jani, André Lotterer e Bruno Senna. O SMP #17 travou uma bela briga com o Rebellion, porém acabou batendo nas voltas finais, dando ao #3 da equipe suíça o terceiro lugar com Mathias Beche, Gustavo Menezes e Thomas Laurent. Participaram da classe 7 protótipos. Os Ginettas da equipe Manor sequer largam. O motivo foi a ausência do pagamento da principal patrocinadora da equipe, a Talent Racing Sports (TRS). Durante os treinos livres, os dois protótipos deram poucas voltas. A participação em Le Mans é uma incógnita.

Ford vence na classe GTE-PRO, mas perde o #67. (Fotos: Divulgação e reprodução Youtube)

A Ginetta, por sua vez, afirmou que a situação é “um problema de fluxo de caixa de curto prazo” e que “os principais fundos serão pagos antes de Le Mans”.

“Chegamos a uma situação em que uma equipe sediada no Reino Unido com excelente habilidade, além de um par de carros na classe LMP1, não podem correr simplesmente devido aos fundos não que possuem”, disse o presidente da Ginetta, Lawrence Tomlinson.

Na classe LMP2 a G-Drive voltou a vencer com Jean-Eric Vergne, Roman Rusinov e Andrea Pizzitola. Mesmo perdendo a liderança para o Dallara do Team Nederland, Vergne conseguiu recuperar a liderança. A diferença para o Oreca #38 da DC Racing foi de 21,744 segundos. Em terceiro o Alpine #36 da equipe Signatech, no qual corre o brasileiro André Negrão.

Estreando na classe GTE-PRO, BMW M8 e Vantage não apresentaram uma boa performance. (Foto: BMW Motorsports)

A Ford viveu extremos em SPA. Se a vitória do #66 dos pilotos Sebastien Muecke, Olivier Plas e Billy Johnson, foi comemorada, o acidente envolvendo o #67 trouxe apreensão para todos no circuito. Ainda nas primeiras horas, Harry Tincknell perdeu o controle na Eau Rouge, destruindo completamente o carro. Tincknell não sofreu nenhum tipo de escoriação, não passando de um susto.

Aston Martin vence na GTE-AM. (Foto: Divulgação AMR)

O Porsche #91 pilotado por Richard Lietz liderava, quando foi surpreendido por Pla na curva Raidillon, faltando 45 minutos para o término da prova. No final a diferença dos dois foi de 13,931 segundos. Em segundo o Porsche #92 de Michael Christensen e Kevin Estre, que também superaram o Porsche #91. Na terceira posição a Ferrari #71 de Davide Rigon e San Bird.

Pedro Lamy com uma pilotagem impecável, levou o Aston Martin #98 à vitória na classe GTE-AM. Sendo pressionado por Euan Alers-Hankey, o português venceu com uma diferença de 0,221 segundos para o Aston #90. A Ferrari #61 da equipe Clearwater completou o pódio.

Rebellion Racing apresenta LMP1 para o Mundial de Endurance

(Foto: Divulgação)

A equipe Suíça Rebellion Racing divulgou nesta terça-feira, 06, as primeiras imagens do R13, protótipo que marca o retorno do time a classe LMP1 do Mundial de Endurance. O protótipo é uma parceria da Rebellion com a Oreca, sendo equipado com um propulsor Gibson.

Os pilotos confirmados são Neel Jani, André Lotter, Bruno Senna, Mathias Beche, Gustavo Menezes e Thomas Laurent.

 “É a primeira vez que eu vi o carro hoje e parece rápido. Estou realmente ansioso para pilotar”, disse Jani em Genebra. Jani que se tornou campeão do WEC em 2016, volta a Rebellion após quatro anos.

“A razão pela qual pensei em voltar para Rebellion era o pacote”, disse Jani. “Eu pensei que com a ORECA fazendo o carro, o motor, a experiência que a Rebellion ganhou nos últimos dez anos, é suficiente eu acho que podemos esperar estar em posição de pelo menos lutar pelo pódio e até mesmo estar em posição para um vitória na corrida.”

“Esse é claramente um grande objetivo para todos nós”.

Beche acrescentou: “A ORECA está trabalhando muito duro para produzir um ótimo carro. Eu acho que temos um pacote incrível. Temos que ficar satisfeitos com isso.”

“Temos de fazer o nosso melhor e espero ter um excelente resultado em Le Mans”.

Oreca lidera entre os fabricantes no Mundial de Endurance e Le Mans

(Foto: Oreca)

A ACO divulgou na última sexta-feira, 09, a relação de inscritos para o European Le Mans Series, Mundial de Endurance e 24 Horas de Le Mans. Nomes conhecidos como o de Fernando Alonso, que chegou a fazer a entidade alterar a data da etapa de Fuji para não coincidir com o calendário da Fórmula 1, foram os destaques.

Tirando o favoritismo da Toyota e as novas equipes na classe LMP1, o grande vencedor entre os construtores até o momento é a Oreca. Dos 17 protótipos inscritos na classe LMP2 da ELMS, sete são do construtor francês. Para o WEC, dos sete, cinco são modelos Oreca 07. Já em Le Mans a briga entre a Onroak que produz os Ligier JS P217 é mais acirrada. São nove modelos Ligier contra oito Oreca 07. A conta poderia ser parelha para ambos os lados, mas a JDC-Muller cancelou sua participação em Sarthe.

Além da classe LMP2, dois Rebellion R13, parceria entre a equipe Rebellion Racing e a Oreca estarão participando da classe LMP1. O #1 será pilotado por Bruno Senna. Na guerra entre construtores, o Ligier segue com nova carros inscritos em Le Mans, um no WEC e seis na ELMS. 

Na “terceira” posição aparece a Dallara com três inscritos em Le Mans, um no WEC e quatro no ELMS. A Porsche aparece com 10 modelos 911 RSR nas classes GTE-PRO e GTE-AM em Le Mans. Confira abaixo a relação completa dos três eventos

Lista ELMS

Lista Le Mans

Lista WEC