“Foi incrível”, diz Pipo Derani sobre parceria com a ESM. Piloto está confirmado no Asian LMS

(Foto: Divulgação)

Pipo Derani encerrou no último sábado (dia 13) sua participação na temporada 2018 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship na disputa das 10 Horas de Petit Le Mans, em Road Atlanta (EUA). A prova também marcou a despedida do piloto de 25 anos da equipe Tequila Patrón ESM, já que em 2019 ele correrá na Action Express Racing, ao lado de Felipe Nasr, que se sagrou campeão da categoria este ano.

A bordo do #22 Nissan Onroak DPi, Derani foi a grande sensação do treino classificatório e conquistou de forma memorável a pole positon. Na corrida, o brasileiro liderou o pelotão assim que a luz verde se acendeu e foi abrindo vantagem até ter o pneu traseiro esquerdo furado, com menos de 30 minutos de disputa.

Brasileiro está confirmado no Asian Le Mans Series 

Derani parou nos boxes, fez a troca do pneu e logo voltou para a prova. Ao lado dos companheiros Timo Bernhard e Johannes van Overbeek, o piloto foi escalando o pelotão, para voltar a brigar na frente.

Reconhecido por ser um dos pilotos que melhor sabe lidar com o tráfego na categoria, o brasileiro realizou grandes stints até chegar ao Top-3 na metade da disputa.

Com oito das 10 horas completadas, Bernhard fez o pit stop em segundo, dando a Derani a chance de brigar pela vitória na reta final. O brasileiro foi pra cima e logo assumiu a ponta.

No entanto, um novo pneu furado uma hora antes do encerramento forçou Derani a parar nos boxes para a troca, antes do previsto. Mesmo reabastecendo neste momento, faltando três voltas para o final, o piloto precisou parar novamente para um splash and go. O pit stop deixou a equipe na sexta posição, depois do grande esforço do brasileiro e seus companheiros.

“Infelizmente, não foi o nosso dia. Mas encerro este ciclo muito agradecido por ter trabalhado com estes caras nos últimos três anos”, disse Derani.

“Foi incrível. Tenho muitas memórias inesquecíveis e a amizade que irá continuar pra sempre. Petit Le Mans foi uma corrida difícil. Tínhamos tudo para vencer. Estávamos na mesma estratégia do carro que venceu, mas tivemos de parar por conta do furo no pneu e isso nos custou a vitória”, lamentou o brasileiro.

“Mas corridas são assim. Espero numa próxima oportunidade vencer esta corrida, porque não tem sido fácil pra mim nos últimos anos. Mas a etapa também teve o lado bom da pole para encerrar estes três anos incríveis com a equipe”, completou Derani, que em 2018 venceu as 12 Horas de Sebring pela segunda vez e também subiu ao lugar mais alto do pódio em Laguna Seca.

Em 2019, a temporada terá início no final de janeiro com a disputa das 24 Horas de Daytona, prova que Derani já venceu em 2016.

São Paulo garante WEC em Interlagos por seis anos

(Foto: Divulgação)

O prefeito Bruno Covas firmou neste domingo (14) com o CEO do WEC, Gérard Neveu, e com a N/DUDUCH Motorsports, empresa promotora do 6 horas de São Paulo no Brasil, o termo de compromisso que garante por seis anos o evento como parte oficial da programação do aniversário da cidade de São Paulo. O acordo foi firmado durante a etapa de Fuji do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC).

“A expectativa de receber o campeonato na cidade de São Paulo é enorme. Nossa prova será uma semana após o aniversário de São Paulo, o que nos dará a oportunidade de fazer uma festa ainda mais longa para sua celebração. Daremos um grande presente à cidade. Ao conhecer todos os detalhes do funcionamento do evento, estou ainda mais confiante de que podemos fazer algo memorável em Interlagos, atraindo milhares de pessoas de todas as partes do mundo para a cidade, movimentando ainda mais nosso turismo e economia com uma grande festa”.

A cerimônia também contou com a presença do secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Vitor Aly, e dos sócios da N/DUDUCH Motorsports, Nicholas Duduch e Moyses Parizatto.

“Foi um verdadeiro prazer receber nas 6 horas de Fuji o prefeito de São Paulo junto com Nicholas Duduch, promotor das 6 horas de São Paulo com a delegação brasileira. Estamos todos ansiosos com o retorno do WEC à São Paulo no começo de 2020”, destacou o CEO do evento.

A viagem até o Japão também foi mais uma oportunidade para que os envolvidos na organização da etapa em São Paulo adquirissem conhecimento sobre todas as necessidades que um evento deste porte exige. “Estou impressionado com a qualidade e tamanho do evento. Tenho certeza que não estamos longe da estrutura adequada para conseguir promover uma grande festa do automobilismo mundial em São Paulo”, disse o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.

A expectativa é que a capital paulista possa receber a etapa de fevereiro de 2020. “Estamos, juntos, trazendo um evento esportivo de impacto mundial para abrir o calendário de atividades de São Paulo em 2020. Tenho certeza que, com a participação de todos aqui no Japão e no processo do dia a dia da nossa prova, estamos no caminho certo para dar, aos fãs do esporte a motor do Brasil, uma grande festa e experiência no Autódromo de Interlagos”, destacou o CEO da N/DUDUCH Motorsports, Nicholas Duduch.

Alonso acredita que protótipos privados são tão rápidos quanto Toyota

Espanhol acha que Toyota sabe gerenciar melhor suas corridas. (Foto: Divulgação)

A vitória dominante da Toyota neste final de semana em Fuji, sem qualquer ameaça por parte das equipes privadas que competem na classe LMP1 do Mundial de Endurance, foi encarada por Fernando Alonso com naturalidade.

O espanhol que chegou em segundo com o Toyota #8, credita o fraco desempenho na gestão ou “qualidade” dos pilotos rivais do que necessariamente na superioridade do TS050.

Mesmo com alterações no EoT da classe, nenhum protótipo privado chegou a ser uma ameaça ao time japonês. Chegando na terceira colocação o Rebellion #1 dos pilotos Andre Lotterer, Bruno Senna e Neel Jani terminou a prova com quatro voltas de diferença. Durante o trabalho nos boxes o #1 foi 1m36 segundos mais lento que o carro vencedor.

Em entrevista ao site Autosport, o espanhol, não acredita que a diferença seja tão desproporcional: “As pessoas estão sempre falando sobre o domínio da Toyota, mas a SMP e a Rebellion estavam fazendo os mesmos tempos que quando tiveram uma volta clara”, disse Alonso. “Ter um carro que foi desenvolvido por quatro meses fazendo os mesmos tempos da Toyota com 10 anos de desenvolvimento é injusto, se queremos chamá-lo assim, mas eles acertaram em cheio.”

“Outras vezes eles perdem três ou quatro minutos a mais que nós no pit stops durante as seis horas, e quando terminam três ou quatro voltas atrás, parece que os Toyotas estão correndo sozinhos, mas isso é o resultado de uma corrida que é perfeita.”

Alonso não está sozinho em seu argumento. O presidente da equipe, Hisatake Murata, também concorda que a Toyota está sendo injustiçada. “É verdade que estamos mais rápidos quando olhamos para essa corrida. Eles pesam menos e têm mais combustível disponível. Tal como na corrida anterior em Silverstone, conseguimos a diferença de quatro voltas, mas penso que é a força da equipe. pneus devidamente selecionados, pitwork, foram feitos corretamente.

“Os privados estão consideravelmente mais próximos em termos de velocidade de volta, mas as corridas de resistência não são decididas em uma uma volta.”

“E como os regulamentos não restringem nossa capacidade híbrida por seis horas, essa diferença é de quatro voltas”, justificou.

Toyota mais pesada em Fuji

 

“Estamos consumindo mais combustível que o esperado”. Afirma Bruno Senna após treino em Fuji

(Foto: Rebellion Racing)

O treino classificatório que definiu as posições para a etapa de Fuji do Mundial de Endurance, acabou dando uma pequena vantagem para a equipe Rebellion Racing. Pechito Lopez que tinha marcado a pole com o Toyota #7, acabou desclassificado por ter ultrapassado o limite de velocidade nos boxes. Além de legar em último, o piloto terá que pagar 900 Euros de multa. Com o resultado o TS050 #8 herdou a posição. Se para a Toyota “fechar” a primeira fila, se tornou algo comum, a Rebellion Racing espera aproveitar a oportunidade.

Treino classificatório para Fuji

Bruno Senna, Neel Jani e Andre Lotterer irão largar em segundo com o Rebellion #1 ao lado de Fernando Alonso, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima com o outro protótipo LMP1 oficial da Toyota. Recuperado do tornozelo direito fraturado nos treinos livres da corrida em Silverstone em agosto e de volta ao cockpit do carro da equipe suíço-britânica, Bruno ficou contente com o resultado do classificatório – o melhor até agora do trio, a apenas sete décimos de segundo da favorita Toyota. “Foi muito bom. Nunca estivemos tão perto das Toyota, embora não saibamos se eles estão andando no limite. Mas nosso tempo de volta bateu com as simulações, então achávamos que ficaríamos cerca de oito décimos atrás”, explicou. Como consequência da equalização técnica anunciada para as 6 Horas de Fuji, as Toyota ganharam um peso adicional de 26 quilos.

Bruno, no entanto, observou que os carros estão enfrentando uma dificuldade não prevista. “Estamos consumindo mais combustível que o esperado e perdendo de três a quatro décimos de segundo por volta por economia. Então, a verdade é que poderíamos estar até mais próximos das Toyota. No ritmo de prova é que será mais complicado, porque eles têm uma conservação de pneus melhor. Outra vantagem deles é no último setor, porque conseguem administrar melhor o tráfego por causa da tração nas quatro rodas, o que ajuda bastante nas ultrapassagens. Mas, enfim, estamos botando pressão neles, o que é legal para todos, evoluímos bastante de Silverstone para cá, aprendendo bastante sobre o carro. Estamos contentes com o resultado e animados com a corrida.”

Toyota domina treinos livres em Fuji

(Foto: Divulgação)

A Toyota liderou sem grandes dificuldades, os primeiros treinos livres para a etapa de Fuji no Mundial de Endurance. Fernando Alonso marcou 1:23.973 na segunda seção, superando e muito o tempo de Sebastien Buemi que cravou 1:25.847.

Um bandeira vermelha acabou deixando o FP2 com 90 minutos mais curto. O motivo foi a manutenção dos novos delimitadores da pista. A organização do WEC concedeu mais 10 minutos para compensar o atraso. Entre as equipes privadas, a Rebellion foi a mais rápida marcando 1:25.697 com o #3. A diferença de tempo para o Toyota #8 foi ficou na cada dos seis décimos.

Treino 1 Fuji

Treino 2 Fuji

Na classe LMP2 o Alpine #36 pilotado por André Negrão liderou marcando 1:30.410. Na classe GTE-PRO Nicki Thiim liderou com o Aston Martin #95, Matteo Cairoli liderou na GTE-AM com o Porsche #88 da equipe Dempsey-Proton Competition.

Toyota mais pesada em Fuji

BoP para Fuji beneficia BMW

Bruno Senna sobre a alteração de EoT para Fuji: “Acho que não muda muito”

Brasileiro aposta no favoritismo da Toyota. (Foto: AutoWebbb – Eric Fabre)

De regresso ao cockpit do protótipo LMP1 da Rebellion Racing nas 6 Horas de Fuji, quarta etapa da temporada 2018/2019 do FIA WEC, Bruno Senna reconhece que o favoritismo das Toyota deverá ser pouco reduzido mesmo com as anunciadas mudanças no regulamento para a prova deste fim de semana. Os dois carros japoneses ganharam um adicional extra de 28 quilos, alcançando agora o mínimo de 904 kg, e perderão as duas voltas de vantagem por turno que tinham sobre os concorrentes.

Bruno ficou fora das 6 Horas de Silverstone, em agosto, em função de acidente nos treinos livres que provocou uma fratura no tornozelo direito. Totalmente recuperado, voltará a dividir o carro da equipe com o alemão Andre Lotterer e o suíço Neel Jani. As atualizações promovidas pela organização para a prova no Japão não entusiasmaram o brasileiro. “Acho que não muda muito. E, no fim das contas, esta é a corrida da Toyota. Deixar de ganhar em casa é algo que nem passa pela cabeça deles”, justifica.

Os quilos a mais, em tese, significam que os Toyota TS Hybrid devem ficar der sete décimos a um segundo mais lentos por volta. Reduz, mas não elimina a vantagem de rendimento sobre os não-híbridos que compõem o restante do grid da principal divisão. “Talvez o efeito seja mais percebido na corrida, porque eles sentirão desgaste maior no consumo de pneus e de combustível. Em ritmo de classificação eles ainda estarão bem à frente”, analisa.

Bruno chegou ao Japão nesta quarta-feira e deverá cumprir uma série de ações promocionais antes das atividades iniciais de pista marcadas para a sexta. E permanecerá no país ao longo de toda a próxima semana, já que vestirá o macacão de embaixador oficial da McLaren para carros de turismo em evento programado para o mesmo autódromo localizado na região do Monte Fuji, um dos mais conhecidos cartões postais do Japão.

BoP para Fuji beneficia BMW

(Foto: BMW)

A BMW começa a etapa de Fuji do Mundial de Endurance na frente. A FIA divulgou nesta sexta-feira, 05, o BoP para as classes GTE do WEC. O BMW M8 GTE estará 20 kg mais leve, além de um aumento na pressão de turbo em todas as faixas de RPM.

O M8 também ganha dois litros na capacidade no tanque de combustível. Estas alterações vêm depois de dois quintos lugares nas duas primeiras etapas do WEC. Em contrapartida, o Ford GT fica 18 kg mais pesado e perde pressão de turbo. Já o Porsche 911 RSR ganha 2 kg de peso e um restritor de ar de 0,3mm menor. Todos os carros perdem 1 litro na capacidade do tanque de combustível.

BoP classe GTE

Tanto o Ford GT que ganha 18 kg de lastro, quanto os 20 kg do BMW M8, estão no limite máximo permitido pelo regulamento. Ferrari e Aston Martin não receberam alterações para a prova.

Na classe GTE-AM o Porsche 911 RSR e Aston Martin Vantage GTE ficaram mais pesados, com 10 kg para o modelo alemão e 5 kg para o inglês. O 911 agora está 31 kg mais pesado do que a versão que compete na classe PRO. Ele também ganha um restritor 0,1 mm menor.

Porsche 911 RSR pode manter motor aspirado

(Foto: Auto Motor und Sport)

A nova versão do Porsche 911 RSR que disputa o Mundial de Endurance na classe GTE e IMSA classe GTLM, poderá manter o motor aspirado. Os rumores de que um motor turbo estaria sendo desenvolvido, foram descartadas pelo diretor esportivo da marca, Dr. Frank-Steffen Walliser.

Os boatos ganharam força após o site Auto Motor und Sport, divulgou imagens do possível 911 em testes. De acordo com o fotógrafo que captou as imagens, o som do motor era característico de propulsores turbo.

Quando questionado, o dirigente afirmou que não vê necessidade de trocar o conceito de motor, visto que o atual boxer é um projeto confiável, sem diferenças para seus pares turbo. “Para mim, é bem equilibrado”, disse ele ao site Sportscar365. “Mas isso não depende do turbo. Os turbos são controlados, precisamos olhar para a temperaturas dos intercoolers, pressões de impulso e todas essas coisas.”

Ainda segundo Walliser, o carro de competição precisa estar em sintonia com os modelos de produção em série. Com certeza, olho para os carros de rua”, disse ele. “Se eu pedisse aos caras aqui na Rennsport (encontro da Porsche em Laguna Seca), ‘Devíamos ficar com motores naturalmente aspirados ou turbo?’ Eles responderam que preferem os modelos aspirados.”

“Então isso é muito essencial: o link com os carros de rua. Em termos de desempenho, isso não faz diferença. É um conceito diferente, mas é balanceado. Eu não sinto uma grande necessidade. É algo que podemos fazer, mas não estamos pressionando por isso.”

A ciclo de regulamentos da classe GTE do WEC é de três anos, e muda após a edição de 2019 das 24 Horas de Le Mans. Os fabricantes podem apresentar uma nova homologação, ou um kit “evo” para o carro existente.

“Você tem um novo período de homologação e cabe a você se vai para uma atualização do carro ou manter o carro existente”, disse Walliser. “Alguns concorrentes fizeram isso da maneira mais difícil com kit. Saber o que você tem também é bom. Mas uma nova homologação é uma nova homologação,” Concluiu.

 

Bruno Senna volta ao WEC em Fuji

(Foto: Divulgação)

A volta de Bruno Senna ao cockpit do protótipo LMP1 da Rebellion Racing é a principal novidade das 6 Horas de Fuji, quarta etapa da temporada 2018/2019 do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. A prova está marcada para o próximo dia 14 no autódromo localizado aos pés do Monte Fuji, o mais conhecido cartão postal do Japão. Bruno estava afastado das pistas desde o dia 17 de agosto, quando fraturou o tornozelo direito em decorrência de acidente ainda nos minutos iniciais da primeira sessão de treinos livres das 6 Horas de Silverstone.

Bruno foi submetido a um último exame na semana passada e a análise das imagens confirmou que a fratura estava consolidada. “Não sinto mais dores, estou andando bem e pude retomar meus treinamentos”, comemorou o atual campeão mundial da divisão LMP2. Nos últimos dias, Bruno retomou também suas atividades como piloto oficial dos carros de turismo de alta performance da McLaren.

Por meio de suas mídias sociais, Bruno agradeceu as mensagens de apoio que recebeu durante o período de recuperação e enviou os votos de pronto restabelecimento ao canadense Robert Wickens, gravemente ferido durante as 500 Milhas de Pocono das Fórmula Indy em agosto, e ao paulista Alan Hellmeister, que sofreu múltiplas fraturas ao final da corrida da GT Open em Monza (Itália) na semana passada. Citou também Pietro Fittipaldi, outro brasileiro que passou por grande susto e sofreu fraturas na etapa de Spa (Bélgica) do WEC. “A recuperação dele foi uma superinspiração para mim e acho que me ajudou a me restabelecer mais rapidamente.”

A abertura das atividades de pista das 6 Horas de Fuji está marcada para dia 12, mas Bruno chegará ao Japão no início da semana para cumprir movimentada agenda de ações promocionais da Rebellion Racing ao lado dos companheiros Neel Jani e Andre Lotterer. Dos 34 carros inscritos nas quatro divisões do Mundial de Endurance, o Brasil estará representado também pelo campineiro André Negrão no Alpíne A470-Gibson da equipe Signatech.

Kamui Kobayashi e Kazuki Nakajima, o lado oriental do Mundial de Endurance

A dupla que descobriu no endurance o sucesso. (Foto: Toyota)

A próxima etapa do Mundial de Endurance acontece no circuito de Fuji no Japão no próximo dia 14 de outubro. Em um campeonato tão diverso como o WEC, dois nomes se destacam, Kamui Kobayashi e Kazuki Nakajima, pilotos da equipe Toyota.

“Koba” como é carinhosamente chamado, teve uma passagem conturbada pela Fórmula 1. Suas ultrapassagens nem sempre bem sucedidas e seu arrojo, lhe deram um mantra comum aos pilotos nipônicos, pouco talento e muita confusão.

Foi campeão da GP2 Asia Series em 2009. O sucesso lhe rendeu a uma vaga como piloto de testes na equipe Toyota, quando esta ainda buscava sucesso na cansativa Fórmula 1. Estreou oficialmente na categoria em 2012 pela equipe Sauber. Não fez feio! Foi o primeiro piloto japonês a subir no pódio de um grande prêmio, na sua casa em Suzuka. É de Kobayashi o recorde de pontos de pilotos japoneses que competiram na F1 com 125 pontos, em 75 GPs disputados. Deixou a categoria em 2014.

Koba e sua pole em 2017. (Foto: Toyota)

Um ano antes, já sentia o gostinho do que seria seu futuro. Ao lado de Toni Vilander, competiu na classe GTE-PRO do Mundial de Endurance pela AF Corse. Conquistou quatro pódios. Com a aposentadoria de Alexander Wurz, ocupou seu lugar na equipe Toyota em 2016.

Venceu sua primeira corrida em Fuji ao lado de Mike Conway, e José María Lòpez. No ano seguinte o simpático piloto marcou o melhor tempo no treino classificatório. Com 3:14.479  o tempo não deve ser batido tão cedo. Em 2018 sem compatriota, Kazuki Nakajima marcou 3:15.377.

Popular no japão o piloto conseguiu 8 milhões de Euros por crowdfunding, quando sua permanência na F1 estava ameaçada. Hoje deve agradecer por não ter atingido a meta. Quando criança sonhava em ser comediante. O “pouco” talento foi suficiente para investir no kart. Com um plano B em todos os momentos da vida, Kobayashi iria tentar a sorte como cheff. O mundo perdeu provavelmente bons pratos, mas ganhou um piloto talentoso.

Kazuki Nakajima desde o começo

Nakajima é outro exemplo de que existe vida além da Fórmula 1. Esteve na categoria entre 2007 e 2009, representando a equipe Williams. Conquistou apenas nove pontos, ficou conhecido por atropelar dois mecânicos da equipe. O sobrenome é famoso. Kazuki é filho do ex-piloto da categoria, Satoru Nakajima.

Foi escolhido pela Toyota para ingressar no WEC, estando com a equipe desde a primeira prova em 2012. Sendo um dos poucos pilotos a competir na categoria desde sua fundação, conquistou nove vitórias, começando sua jornada em Le Mans naquele ano.

A decepção em 2016 e a vitória em 2018. Aprendizado. (Foto: Divulgação e Toyota)

A escolha pelo endurance surtiu efeito. Venceu em Fuji, casa da Toyota ao lado de Alex Wurz e Nicolas Lapierre em uma prova marcada pelo tufão que assolou a região do circuito. Seu talento garantiu para a Toyota em 2014 a primeira pole em Le Mans desde 1999.

O dito popylar, “A dor educa,” foi vivenciada pelo piloto com todas as forças em 2016. Nakajima teve que abandonar com problemas no turbo do seu TS050 #5, na última volta da prova.

Como tudo parece acontecer a cada dois anos, o piloto entrou para a história (desta vez da forma correta) ao vencer a grande clássica ao lado de Fernando Alonso e Sébastien Buemi.

Kazuki nunca se preocupou com a pressão por ter um pai famoso. Repetiu seus feitos vencendo  A Fórmula Nipônica / Super Fórmula em 2012 e 2014, além de competir na F1. Também venceu no Super GT. Seu irmão mais novo, Daisuke segue os passos do pai e irmão, conquistando vitórias na Super Fòrmula e Super GT.

Outros dois representantes japoneses estarão participando da etapa de Fuji. A equipe MR Racing do Japão terá Motaki Ishiawa e o frances Julien Andlauer, que estarão a bordo da Ferrari #70. De Singapura vem a Clearwater Racing com a Ferrari #60 para os pilotos Keita Sawa e Weng Sun Mok natural de Singapura.