“Não escondemos performance.” Garante Larry Holt

Reclamação dos demais fabricantes fez ACO agir. (Foto: Ford Performance)

A política sempre foi parceira do automobilismo. Com grandes montantes de dinheiro, é evidente que lobbys estão por toda parte. Em Le Mans não é diferente. A vitória da Ford foi bem mais emblemática do que as comemorações dos 50 anos do primeiro triunfo em Sarthe.

O domínio nos treinos, a supremacia que a equipe impôs aos adversários fez a ACO mexer no BoP da categoria GTE-PRO poucas horas antes da largada da prova, até então algo inédito. O balanço e performance nunca foi algo querido pelas equipes e principalmente pelos fãs. Ele pune quem investe mais e ajuda quem trabalha menos. Claro que existem muitos pormenores, mas é basicamente isso.

Um categoria que se vangloria em ser referencia no desenvolvimento de novas tecnologias, acaba limando quem investe mais. Em um mundo hipotético qual seria a reação da Porsche, Toyota e Audi se uma Rebellion da vida superasse seus valiosos protótipos? Com certeza a frase padrão dita para os dirigentes da entidade seria: “Ou mexe nisso ou largamos o WEC.” 

A ACO não é boba, e a vitória do Ford mesmo com  peso extra, bem como o segundo lugar da Ferrari que também foi punida foi muito além de festa no pódio. Mas como se deu todo esse imbróglio?

Em defesa da equipe americana, aparece Larry Holt, vice-presidente  da  Multimatic. A empresa é parceira da Ford na concepção e construção do Ford GT, além é claro de ser uma das quatro equipes a fornecer chassis LMP2 para 2017. Holt foi enfático ao dizer que a equipe não escondeu o real desempenho dos carros e acusa as demais equipes de chorar ao invés de desenvolver seus modelos.

“Nossos adversários foram se lamentar para a direção da ACO.” Disse. “O que você viu na noite passada (domingo 19), foi dois grandes fabricantes em uma batalha. Todos queriam ver Ferrari e Ford brigando.” Revelou o dirigente ao site motorsports.com

“E todos os outros, como a Corvette, que também foram atingidos pelo BoP, não há como explicar a velocidade deles. Isso é uma besteira completa.”

De acordo com a telemetria divulgada pela direção da prova, após cada treino, o Ford GT foi quase 5 segundos mais rápido no treino classificatório do que no dia de teste. Segundo o dirigente tal supremacia foi uma combinação e circunstâncias.

“Nós tinhamos vantagens, obviamente, como baixo nível de combustível”, disse Holt. “Sabíamos que estávamos mais rápidos. Nós trabalhamos analisando a pista, mas não tínhamos percebido que o carro estava tão mais rápido.”

Todo o trabalho durante o treino livre antes dos três classificatórios foi em cima da durabilidade do carro. Muito desses dados foram obtidos ainda durante o dia de testes oficiais. “Havia vários pontos , correlacionando o consumo de combustível, o desgaste dos pneus, desgaste das pastilhas de freio e assim por diante através do teste”, ele continuou. “Fizemos uma série de voltas para conseguir rodar 14 voltas sem para para reabastecimento.”

“Todo esse tipo de coisa estava acontecendo no teste, sendo observada pela FIA. Então, nós fizemos algumas voltas rápidas, mas nada espetacular, conseguimos 3m56s. Em ritmo de corrida esperávamos virar 3m54s, que foi o nosso objetivo durante a prova.”

Não foi só a Ford que estava com um bom desempenho. A Ferrari também mostrou estar rápida. Como estratégia Holt e seus  engenheiros optaram por menos combustível durante a seção classificatória. “A Ferrari começou a ficar rápida, quando resolvemos correr com menos combustível.”

Outro fator que segundo o dirigente ajudou a equipe a fazer bons tempos foi a pressão atmosférica. “A ACO declarou a pressão barométrica. Foi com esses dados que configuramos nossos carro.”

“Na noite passada (sexta 17) , a pressão barométrica real foi significativamente menor do que a habitual, eu acho que eles declararam 1019 milibares para o que estaria previsto durante a prova. O que aconteceu que a pressão chegou a 950.”

“Então, tínhamos de oito a dez cavalos e potencia a mais. oito ou 10 cavalos de potência devido ao que eles estavam declarando como pressão atmosférica, e que a pressão atmosférica era realmente a noite passada. Isso é uma vantagem que por vezes obter a partir de um turbo.”

“Adicione tudo isso e você verá o resultado: 1, 2, 4, 5.”

Corvette estaria escondendo o jogo segundo Holt. (Foto: FIAWEC)

Holt acredita que o BoP do carro seja alterado novamente para a etapa de Nurburgring. “Eu acho que eles provavelmente vão fazer alguma coisa para nos deixar mais lentos. Então, eu diria que você provavelmente viu o máximo do carro na qualificação.”

Por mais que a Ferrari seja o eterno rival da Ford, o mercado americano gostaria de ter visto também um embate com o Corvette. Se a Ford vencer na Europa já é algo sublime, ter a Corvette nas primeiras posições era o verdadeiro sonho.

Mas não foi o que aconteceu. Tanto a Corvette, Aston Martin e Porsche, não tiveram qualquer chance de lutar pelas primeiras posições. Holt enfatiza que o desempenho do Corvette não foi o real apresentado na corrida.

“Mas os outros caras, as caras que estão se lamentando, e escondendo o seu desempenho, não tenho tempo para eles. Mas eu não acredito que todos eles estão lentos como mostraram. Isso é um absurdo.”

 

Os escolhidos pelas 24 horas de Le Mans 2016

De um segundo lugar a vitória. Agora são 18. (Foto: Porsche AG)

Dizem que não são os cachorros que escolhem seus donos. Essa premissa é muito bem retratada no filme “Sempre ao seu lado”. Na película Richard Gere vive o professor de música que encontra em uma estação de trem um Akita. Lhe dá o nome de Hachi. Todo mundo já foi escolhido por um cachorro. São fieis e estão sempre ao nosso lado.

E o que isto tem haver com Le Mans? Ela escolhe seus vencedores A edição 2016 da prova, brindou os fãs com um final digno das histórias de Stephen King, um final que nem o maior e mais ferrenho torcedor da Porsche acreditaria que pudera acontecer.

A vitória certa da Toyota, algo que o time japonês almejava a 31 anos se perdeu a poucos minutos do fim. Talvez se tivesse sido perdida faltando 8, 4 ou até 2 horas não teria sido tão doído. A 18º vitória da Porsche, ficou em segundo plano. O choro sempre presente nas comemorações e nas derrotas tive um sentido diferente este ano. Até para quem não torcia pela marca, queria ver a primeira vitória do TS050. Le Mans escolhe seus vencedores e a Toyota provou isso da pior maneira possível.

Resultado final.

Desde a abertura do Mundial de Endurance em Silverstone, era nítido que os protótipos da classe LMP1 enfrentavam problemas de confiabilidade em seus projetos. A fragilidade dos sistemas híbridos botava em xeque projetos bem construídos principalmente da Audi e Porsche.

O que se viu em SPA foi ainda pior. As três equipes de fábrica com problemas. O que poderia acontecer em uma prova de 24 horas? Muito se falou de uma possível vitória da Rebellion Racing, única equipe que poderia fazer frente as estrutura de fábrica, mas que em condições normais seria apenas mais um retardatário.

O sábado começou rançoso na França. A chuva que castigou a região durante os treinos, apareceu forte no início da prova. Das 24 horas, tivemos apenas 23, por por medida de segurança, sempre questionável em se tratando da FIA, os mais de 50 carros passaram a primeira hora em uma procissão atrás do carro de segurança.

Hugues de Chaunac da Toyota. Da quase vitória para uma decepção impar. (Foto: Reprodução)

Neste meio tempo, estratégias foram alteradas. Na largada a Porsche ficou a frente, mas não de uma forma satisfatória. A Toyota com o #5 dos pilotos Anthony Davidson, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima foram os protagonistas de uma investida para cima do Porsche #2 de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb. A estratégia da Toyota foi ousada mas deu certo. Com paradas nos boxes a menos que os rivais conseguiu uma vantagem. Mesmo gastando e consumindo mais a Porsche se manteve na mesma volta dos líderes.

Teria dado certo. Faltando pouco mais de seis minutos uma pane no TS050 minou as chances de uma vitória inédita. O LMP chegou a ganhar vida novamente, mas como completou a volta em mais de 6 minutos acabou desclassificado O empenho, a estratégia e a garra de vencer ficaram pena na memória dos fãs e da equipe. Para o campeonato o carro foi desclassificado.

Mesmo com a inacreditável perda, o presidente da Toyota Toshio Sato encarou a experiência de forma positiva: “Eu sou incrivelmente orgulhosos do nosso esforço de equipe, não só hoje, mas desde Le Mans no ano passado. Obrigado à equipe em Fuji e Colônia, assim como os nossos parceiros da Oreca. A forma como respondemos à dor da nossa passagem pela prova em 2015, através do desenvolvimento de um chassi totalmente novo e powertrain em um curto espaço de tempo, tem sido impressionante e o desempenho do híbrido TS050 era forte. Nós trabalhamos e nos surpreendemos com nosso desempenhos este ano. Parabéns à Porsche em sua vitória. Não tenho palavras para descrever nossas emoções hoje. É simplesmente doloroso mas vamos voltar mais fortes e mais determinado a vencer.”

A vitória da Porsche, a 18º não passou despercebida. O #2 acabou sendo o principal carro da equipe. Os atuais campeões no #1 Timo Bernhard, Mark Webber e Brendon Hartley fizeram uma prova discreta. Para “ajudar” enfrentaram problemas passando bastante tempo nos boxes para reparos. Em segundo lugar vem o Toyota #6 de Stéphane Sarrazin, Mike Conway e Kamui Kobayashi. A briga do segundo carro da Toyota sempre foi com o #1 da Porsche. Kobayashi ainda conseguiu dar um susto quando rodou e teve que ir para os boxes para reparos. A terceira posição estaria garantida, mas acabou se beneficiando dos problemas do #5.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 comemora e se mostra surpreso com o resultado: “Primeiro de tudo eu gostaria de expressar o meu respeito para o desempenho sensacional que a Toyota deu nesta corrida. Foi uma grande luta com eles. Pouco antes do fim tínhamos aceitado o segundo lugar, até que de repente a vitória caiu em nossas mãos. Eu gostaria de agradecer a nossa grande equipe em Weissach, nossa equipe aqui em Le Mans e todos os empregados e fãs da Porsche que nos apoiaram.”

Audi foi a equipe mais apagada dos times de fábrica. Ainda no começo não teve carro para lutar pelas primeiras posições. O #8 de Lucas di Grassi, Loic Duval e Olivier Jarvis acabou na terceira posição. A colocação foi um alento, já que o R18 teve que trocar a suspensão, bem como enfrentou problemas de freio durante toda a prova.

O brasileiro lamentou os problemas da equipe. “Nós passamos muito tempo nos boxes com problemas diferentes no carro. Por isso a gente não conseguiu disputar a liderança e a vitória, mas a gente leva este pódio para casa. Temos capacidade de fazer melhor no ano que vem – carro e equipe – para conquistarmos um resultado mais positivo dependendo não só do fator performance como também da confiabilidade, para não passarmos tanto tempo dentro dos boxes. Entretanto, estou orgulhoso do que fizemos aqui”, destacou o brasileiro, que fez um total de 29 pit stops (três deles não programados) – e em um deles, durante o início da manhã na França, o Audi R18 #8 passou quase 40 minutos na garagem para a troca dos discos de freio e para uma manutenção no eixo dianteiro. Com o pódio o brasileiro divide com os companheiros a vice liderança do Mundial de Endurance com 61 pontos. O Porsche #2 lidera com 93 pontos.

Para o presidente da Audi Sport, Dr. Wolfgang Ullrich, Le Mans mostrou seu pior lado. “Este fim de semana, mais uma vez mostrou por que Le Mans é considerada a mais difícil corrida de resistência do mundo. Estou orgulhoso de nosso plantel ter conseguido trazer os dois carros para casa. Mas, obviamente, isso não é o resultado que estávamos esperando. Parabéns à Porsche em sua segunda vitória consecutiva. Na sequência de uma corrida tremenda. Parabéns para a Toyota, em fazer sua.”

O #7 de Marcel Fassler, André Lotterer e Benoit Treluyer chegou na quarta posição. Também enfrentaram problemas com o turbo, realizando uma corrida mais para chegar do que para ganhar. As demais equipes da classe P1 acabara ficando pelo caminho. O #4 da equipe byKolles pegou fogo e acabou abandonando. A Rebellion Racing subiu ao pódio com o #12 na sexta posição atrás do Porsche #1. Em sua primeira participação em Le Mans, Nelson Piquet foi determinante na recuperação do carro nas primeiras horas de pois de ter problemas na ignição. O brasileiro dividiu o carro com Nicolas Prost e Nick Heidfeld. O segundo carro da equipe acabou abandonando.

Uma das melhores imagens da prova:

O Oreca 05 fez jus a fama de protótipo bem acertado para Le Mans.  Os dois primeiros colocados da classe LMP2 são equipes que utilizam o modelo. A vitória ficou com o Alpine #36 do trio Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e Stéphane Richelmi.

Esta foi a segunda vitória de Lapierre em Le Mans. Mas não foi algo fácil de conquistar. O segundo lugar veio depois de uma batalha com o Oreca #26 da equipe G-Drive Racing dos pilotos Rene Rast, Will Stevens e Roman Rusinov.  A disputa começou boa mas o Oreca da G-Drive acabou enfrentando um furo de pneu e uma penalidade por reabastecer com o motor ligado.  

Em terceiro o BR01 #37 da equipe SMP Racing de Vitaly Petrov, Viktor Shaitar e Kiril Ladygin. a conquista veio depois de uma batalha com o Gibson #42 da equipe Strakka Racing de Danny Watts, Jonny Kane e Nick Leventis.

Alpine vence na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

As equipes que competiram com protótipos Ligier sofreram com a alta performance da rival Oreca. Os três brasileiros que competiram na classe não tiveram um desempenho bom. Oswaldo Negri que competiu com o #49 da Michael Shank Racing chegou na nona posição após estar em último nas primeiras horas de prova.

Em 10º, o Ligier #43 da RGR Sport aonde compete Bruno Senna. Cerca de uma hora após a largada no sábado, o LMP apresentou falhas, foi recolhido aos boxes e exigiu muito trabalho dos técnicos. O protótipo retornou à pista, mas o problema voltou a se manifestar e só na segunda parada é que uma vela rachada foi localizada. Mas o prejuízo já estava contabilizado: com a perda de mais de 30 minutos, o trio se atrasou e acabou apenas na 10ª colocação na classe LMP2.

Apesar das dificuldades, Bruno e companheiros conseguiram levar o carro à bandeirada e minimizar o prejuízo – salvaram os pontos relativos à 6ª colocação, já que quatro equipes que terminaram à frente não disputam a temporada regular. “Ao menos deu para completar as 24 Horas pela primeira vez depois de quatro tentativas”, comentou Bruno. A quebra foi determinante para o resultado abaixo das expectativas. “Nosso carro nunca esteve à altura dos mais rápidos, mas ainda seria possível chegar em terceiro se não fosse a quebra”, ressaltou.

Pipo Derani com o Ligier #31 da equipe Extreme Sport ficou em 16º. Na classe GTE-PRO a Ford de um verdadeiro cala boca na ACO, após o famigerado balanço de desempenho que prejudicou em partes Ferrari e o fabricante americano. E quis o destino que novamente a Ford supere a Ferrari.

O Ford #68 de Joey Hand, Dirk Mueller e Sebastien Burdais, superou a forte equipe da Ferrari #82 da Rizi Competizione dos pilotos Giancarlo Fisichella, Toni Vilander e Matteo Malucelli. A disputa entre os dois carros aconteceu durante boa parte da prova.

Fisichella recebeu uma bandeira preta e laranja por conta de problemas com uma das luzes da Ferrari. Mesmo cabendo punição a equipe não chamou o piloto para o boxes. Como a equipe não participa do WEC o resultado pode não ser oficializado.

Em terceiro lugar o Ford #69 de Scott Dixon, Ryan Briscoe e Richard Westbrook. Na quarta posição o Ford #66 de Olivier Pla, Billy Johson e Stefan Muecke. O quarto Ford de #67 enfrentou problemas ainda no começo da prova com problemas de cambio. Além do cambio o carro acabou não tendo uma boa saúde durante toda a corrida. Acabou em 9º na classe.

Talvez a equipe de fábrica mais infeliz foi Porsche Motorsport, que aposentou seu par de Porsche 911 RSR durante a noite.

Cinquenta anos depois Ford volta a Le Mans e supera a Ferrari na classe GTE-PRO. (Foto: Twitter Ford)

A Porsche não fez uma boa apresentação na classe GTE-PRO. Os dois carros acabaram abandonando ainda na madrugada. O #91 de Patrick Pilet, Kevin Estre e Nick Tandy sofreu um furo no radiador por conta de uma pedra. Já o #92 de Frederic Makowiecki, Earl Bamber e Joerg Bergmeister abandonou depois de problemas na suspensão dianteira e direção.

Apesar de um eixo de motor substituído, o 911 RSR da equipe  Dempsey-Proton conseguiu terminar a corrida na oitava posição com os pilotos Richard Lietz, Philipp Eng e Michael Christensen.

Scuderia Corsa vence na GTE-AM e conquista tríplice coroa, já que venceu Daytona e Sebrig. (Foto: Scuderia Corsa)

Já a Corvette não fez uma boa corrida. Em nenhum momento teve um carro que pudesse lutar pela liderança da prova. O #64 abandonou no início da manhã, após bater na curva 1. Ricky Taylor ficou em sétimo lugar ao lado de Antônio Garcia e Jan Magnussen. A AF Corse também não conseguiu completar a prova com seus dois carros. O #51 teve problemas no motor, enquanto o #71 também teve problemas e não conseguiu completar a prova. A britânica Aston Martin fez uma prova calma, também sem lutar pela vitória. O #95 ficou na quinta posição, seguido pelo #97.

Frédéric Sausset. O verdadeiro vencedor da prova. (Foto: Divulgação)

Na classe GTE-AM A Scuderia Corsa venceu Os pilotos Bill Sweedler, Townsend Bell e Townsend Bell conquistaram a tríplice coroa, já que conquistaram Sebring em 2012 e Daytona em 2014. Em segundo a Ferrari #83 da AF Corse com Emmanuel Collard, Rui Águas e Francois Perrodo. Coube ao Porsche #88 da Abu Dhabi-Proton Racing, com Khaled Al Qubaisi, David Heinemeier e Patrick Long. A equipe chegou a liderar grande parte da prova.

Tirando a espetacular vitória da Porsche, e o infortúnio da Toyota, o maior vencedor da prova foi Fréderic Sausset.O tetra-amputado ficou em 38º lugar no geral. Fez uma prova discreta. Não andou no mesmo ritmo dos seus pares da classes LMP2 e muitas vezes foi superado pelos GTs. Mesmo assim não desistiu dos seus sonhos e com todas as privações que uma pessoa tem sem as pernas e braços mostrou que pode fazer. Le Mans escolhe seus vencedores, e o principal foi Sausset.

Equipes divididas com mudança de BoP da classe GTE-PRO para Le Mans

Porsche foi o fabricante que não teve qualquer alteração. (Foto: FIAWEC)

Mudanças repentinas em regulamentos atrapalham bem mais do que ajudam. A decisão da ACO de alterar o BoP da classe GTE-PRO, por conta do desempenho de Ford e Ferrari acima dos concorrentes pegou todo mundo de surpresa.

O modelo americano terá uma acréscimo de 10 kg em seu peso mínimo, enquanto a Ferrari foi mais punida com 15 kg. O Ford GT também teve um redução na potencia de seus motores turbo. Com a Ford tomando as duas primeiras posições da classe, é evidente que os dirigentes não gostaram nada de mudanças tão em cima da corrida.

Estamos desapontados que o nosso forte desempenho na qualificação resultou em uma ligeira mudança no BoP”, disse Raj Nair, vice-presidente executivo da Ford ao site Sportscar365. “Mas estamos determinados a trabalhar com isso, superar isso na corrida.”

Os Ford foram cerca de 2,5 km/h mais rápidos do que os Aston Martin Vantage GTE durante os treinos. “A velocidade máxima é o que conta para eles”, disse Nair. “Vamos trabalhar por isso.”

“Nós ainda temos um carro forte e uma equipe forte. Em 24 horas, nosso carro será posto a prova. Vamos montar uma boa estratégia e vamos correr.”

Por conta das mudanças, a Corvette e Aston Martin foram as equipes que mais se beneficiaram. Ambos os carros ficaram com os restritores de ar 0,2 milímetros maiores. “Certamente é um bom presságio para a corrida”, disse o gestor do programa motorsports  da Corvette, Ferran Told. “Obviamente, isso vai nos ajudar um pouco em relação aos nossos adversários.”

“Eles têm uma equipe técnica muito competente que eu sei que trabalhou durante toda a noite para tentar equalizar tudo.”

Mesmo com o benefício, o trabalho na equipe será grande para deixar o carro corretamente configurado para a prova. “Temos 29.0mm restritores”, disse Fehan. “Isso vai apresentar um desafio formidável para nós, para tentar preparar tudo.”

Pelos lados da Aston Martin, o diretor John Gaw foi mais comedido sobre a mudança técnica: “Eu não sou engenheiro e eu não entendo todas as matemática por trás disso”, disse Gaw. “Se é certo ou errado, quem sabe, a história dirá … Mas cada carro que entrar na corrida precisa ter uma boa chance de vencer desde o início, todo mundo quer isso.”

“Ninguém quer ganhar por padrão ou porque eles tinham algo a mais do que seu concorrente.”

O diretor técnico da Risi Competizione, Rick Mayer, acredita que o aumento de 15kg na sua Ferrari pode impactar nos resultados. “Quinze quilos vai doer, mas não é como quebrar a perna, é como se você quebrou um dedo.” Disse. “Isso definitivamente vai nos atrasar, não há dúvida. Eu teria sido mais felizes com 10 quilos, se quisessem fazer alguma coisa. Mas estamos ok.”

“A verdadeira questão é o que temos que ver qual será o ritmo de corrida, e não basear tudo isso em apenas uma volta de classificação.”

A Porsche, única equipe a não ter qualquer alteração. O chefe do programa motorsports da marca, Dr. Frank-Steffen Walliser,  estava visivelmente chateado com a falta de uma mudança, só tinha uma coisa a dizer. “É uma decisão da FIA, temos que respeitar.”

 

Audi supera Porsche e marca melhor tempo no test day em Le Mans

(Foto: Porsche AG)

A Audi marcou o melhor tempo no test day para as 24 horas de Le Mans neste domingo (5) na França. Se na primeira seção a Porsche dominou os trabalhos, a equipe irmã acabou não só liderando a segunda seção, como superando o tempo obtido pela manha.

O feito coube ao brasileiro Lucas di Grassi que marcou com o R18 #8 3:21.375. Lucas dividiu o LMP com Loic Duval que pilotou na primeira seção na parte da manha. Pelos lados da Porsche, Neel Jani liderou a primeira seção, foi superado pelo colega Mark Webber. Em seguida por di Grassi.

Tempos do test day

Para Andreas Seidl, chefe da equipe Porsche foi um bom começo: “Foi um início bem sucedido para nós, o que nos deixa confiantes para a corrida. Ambos os carros completaram nosso programa de testes  em condições de pista seca. Na sessão da manhã, o foco foi no set-up trabalho, na parte da tarde, trabalhamos principalmente nas corridas longas e testes com pneus. Também foi importante por em prática de todos os procedimentos específicos para Le Mans com controle de corrida, como a implantação carro de segurança e zonas lentas. Como uma equipe, nós sentimos bem preparados para a semana da corrida.”

Eurasia Motorsports fica com o melhor tempo na classe LMP2. (Foto: Eurasia)

A Toyota ficou com o quinto e sexto lugar. Anthony Davidson foi o piloto com o melhor desempenho, marcando 3:23.197 com o TS050 #5. Entre os protótipos sem sistemas híbridos, a Rebellion Racing foi a equipe mais rápida com o R-One #13 marcando 3:27.062 pelas mãos de Alexandre Imperatori. A equipe suíça divulgou algumas informações dos seus treinos neste domingo. Ao todo os dois LMP rodaram 2.357,8 km. O #12, 1.144,83 enquanto o #13 1.121.98. Nelson Piquet Jr com o Rebellion #12 ficou na 8º posição.

Dr. Wolfgang Ullrich, chefe da Audi Motorsport comemora o primeiro lugar. O novo R18 esteve em Le Mans pela primeira vez. Era importante a coletar dados. Usamos ambas as sessões de teste de forma produtiva, e completamos 1.881 quilômetros no processo que nos deu um importante passo na preparação para a corrida. Nossos seis pilotos deram um feedback positivo no que diz respeito à corrida que nos espera em duas semanas.”

Corvette lidera na classe GTE-PRO.

Na classe LMP2 a Eurasia Motorsports com o Oreca 03 #33 foi a equipe que melhor aproveitou as seções de treinos. Tristan Gommendy ao lado de Pu Junjin e Nico Bruijn marcou 3:36.690. Dos quatro primeiros, as três primeiras posições foram ocupadas por protótipos Oreca 03 e duas posições por protótipos da equipe G-Drive. “O dia foi tranquilo. O progresso é bom, o carro é saudável. Todas as alterações feitas desde a manhã nos levaram para a direção certa. Não vamos olhar apelas para o desempenho, temos que montar uma estregia de corrida.” Comenta Gommendy.

Em segundo o #36 da equipe Alpine, segundo pelo #26 e 38 da G-Drive Racing. Este último o antigo e competente Gibson 015s Nissan. Entre os brasileiros na classe. Pipo Derani com o Ligier da equipe ESM terminou na 13º posição. Bruno Senna com o também Ligier da equipe RGR ficou na 18º posição. Oswaldo Negri acabou batendo o seu Ligier na chicane Michellin ocasionando a segunda bandeira vermelha do dia. O piloto não se machucou. Já o carro foi severamente avariado.

(Foto: Sportscar365.com)

A equipe Corvette superou Porsche e Ferrari e marcou o melhor tempo na classe GTE-PRO com o C7R #63 pilotado por Antonio Garcia marcando 3:55.122. Nick Tandy ficou a pouco mais de 0,280 segundos com o Porsche 911 RSR #91.

Corvette #50 da Larbre Competition também mostra serviço na classe GTE-AM.

Em terceiro o Porsche #92 marcando 3:55.691. Para Marco Ujhasi, direitor do programa GT da Porsche o dia foi produtivo.: “O dia do teste foi como sempre com trabalhos muito intensivos para Le Mans. Utilizamos o tempo tempo de forma muito boa. Desenvolvemos os pneus com antecedência e demos um passo em nossa configurações. Foi também importante que os nossos pilotos puderam se ambientar com o traçado. A próxima semana será de análises dos dados que conseguimos para definir uma boa configuração para a prova.”

Foi da Corvette também o melhor tempo na classe GTE-AM com o C7R #50 da equipe Larbre Competition. Nicky Catsburg marcou 3:57.999. Catsburg ocupou o lugar de Paolo Ruberti que acabou enfrentando problemas na coluna na última semana. Em segundo a Ferrari #55 da AF Corse e #62 da Scuderia Corsa. Fernando Rees ficou na 11º posição na classe GTE-PRO com o Aston Martin #97.

Wayne Taylor Racing vence em Detroit pelo WeatherTech

(Foto: IMSA)

O Pulo do gato, foi mais ou menos assim que foi a vitória do Corvette #10 da equipe Wayne Taylor Racing dos irmãos Ricky e Jordan Taylor. Detroit é uma pista apertada, estreita e nem um pouco favorável para provas de Endurance

Com uma hora e quarenta minutos de duração largar na frente e saber administrar os retardatários seria a receita para vencer, além de não bater. Christian Fittipaldi largou na pole com o Corvette #5 da equipe Action Express ao lado do companheiro João Barbosa.

Resultado final

Fittipaldi abriu uma distancia considerável na liderança e tinha tudo para manter a primeira posição, sendo seguido pelo Corvette da Wayne Taylor. O terceiro lugar naquele momento era do Corvette #90 da equipe Visit Florida Racing pilotado por Marc Goossens que acabou batendo o DP na barreira de pneus, perdendo o aerofólio traseiro.

Goossens não percebeu a falta do apêndice aerodinâmico e acabou batendo no muro de pneus na próxima curva, acertando Eric Curran que vinha na quarta posição com o Corvette #31 da Action Express. Tudo isso com pouco mais de 13 minutos de prova.

Starworks vence na classe PC. (Foto: Starworks Motorsports)

O feito de Rick e Jordan Taylor é a quinta vitória em sete corridas que foram disputadas em circuitos de rua, mostrando que os irmãos gostam de correr lado a lado com os muros. Assim Jordan acabou assumindo a liderança na prova depois do reinício da segunda bandeira amarela.

Se aproveitando dos pneus frios de João Barbosa, Jordan acabou saltando na frente faltando 48 minutos para o término da prova. Está foi a segunda vitória seguida dos irmãos no campeonato, já que tiveram o primeiro triunfo em Long Beach.

Em terceiro e quarto lugar na classe P, chegaram os dois carros da equipe Mazda, o #55 em terceiro e o #70 em quarto. O Ligier da equipe Michael Shank Racing do brasileiro Oswaldo Negri e Katherine Legge acabou não completando a prova por problemas mecânicos. Por conta de duas punições por overboost, o Mazda #70 ficou na 9º posição no geral. O #55 também enfrentou problemas e terminou em 7º no geral. Erick Curran e Dane Cameron conseguiram voltar a prova salvando pontos para o campeonato. Assim terminaram na 23º posição.

Na classe PC os vencedores foram Renger van der Zande e Alex Popow com o Oreca #8 da equipe Starworks Motorsports. A vitória seria de Colin Braun da equipe CORE Autosport, mas faltando 4 minutos para o final da prova, Braun acabou superado por Popow.

Viper vence na GTD. (Foto: IMSA)

Esta foi a primeira vitória da equipe no ano. Em terceiro o #52 da PR1/Mathiasen de Tom Kimber-Smith e Robert Alon. O #85 da equipe JDC/Miller Motorsports de Misha Goikhberg e Stephen Simpson completou apenas 18 voltas, após sofrer um acidente durante o warm up. Com o resultado a equipe PR1 lidera a classe.

Na classe GTD a vitória ficou com o Viper #33 de Jeroen Bleekemolen e Ben Keating. A dupla superou Joerg Bergmeister e Alessandro Balzan que estavam com o Porsche #73 da Park Place Motorsports.

Bleekemolen assumiu a liderança na segunda parte da prova após a troca de pneus e pilotos. O Porsche acabou demorando demais para sair, sendo superado pelo Viper. Em terceiro chegou Alessandro Balzan  com a Ferrari 488 GT3 com quem dividiu com Christina Nielsen.  

Em quarto lugar chegou o Porsche #23 da equipe Alex Job Racing de Ale Riberas e Mário Farnbacher. Andrew Davis e Robin Liddel terminaram em quinto com o Audi da equipe Stevenson Motorsports.  

Ford e Aston Martin com alterações para Le Mans

(Foto: Ford Performance)

Os fabricantes das classes GT que irão participar das 24 horas de Le Mans receberam alterações no BoP antes dos testes oficiais que ocorrem neste final de semana em Sarthe.

O Ford GT e o Aston Martin Vantage GTE terão 20kg a menos no peso mínimo ficando com 1190kg. Além disso o modelo Inglês terá um restritor de 0,4mm menor. Esta é a segunda vez que o carro fica mais leve, a primeira foi durante as 6 horas de SPA na Bélgica.

A Ferrari que venceu as duas primeiras etapas do WEC terá 10kg a mais de peso. Em termos de restritor de ar, Ford e Ferrari não terão alterações. A Corvette teve uma redução em seu restritor de ar que ficou em 29,1.

Em termos de comparação a equipe corre na IMSA com o29,5 mm em seus restritores. Para compensar terá 10kg a menos em seu peso mínimo. Todos os carros da classe GTE-PRO vão ganhar 5kg a mais de capacidade em seus tanques de combustível.

Na classe GTE-AM a Ferrari F458 Italia também terá uma redução de peso de 10kg. O Aston Martin vai ter um restritor com 0,3mm maior. Todos os carro, exceto o Corvette terá um aumento de 5 lintros no tanque de combustível.

 

Corvette C7.R 2.0 para Rfactor2 by UnitedRacingDesign

A equipe UnitedRacingDesign lançou a versão 2.0 do Corvette C7.R GTE, que disputa a série IMSA nos EUA, além do Mundial de Endurance e claro as 24 horas de Le Mans. O modelo estreou nas 24 horas de Daytona em 2014 em substituição ao C6.R.

Link para Download.

A versão aqui apresentada tem uma série de melhorias para explorar ao máximo os recursos do Rfactor2:

Geometria de suspensão atualizada
Sensibilidade aos danos atualizada
Nova aerodinâmica
Configurações padrão atualizadas
Novo sistema de direção
Adicionado 6 conjuntos de pneus (4 sliks, 1 intermediário e 1 de chuva)
Sistemas de frio e arrefecimento atualizados
Novo sistema de direção

Wayner Taylor vence em Long Beach

Irmãos Tayor não tiveram dificuldades em vencer a prova. (Foto: IMSA)

A equipe Wayne Taylot Racing conquistou sua segunda vitória consecutiva nas ruas de Long Beach na tarde deste sábado (16). Em segundo o Corvette #5 da equipe Action Express de Christian Fittipaldi e João Barbosa. Completaram o pódio o segundo carro da Action Express, o #31 dos pilotos Eric Curran e Dane Cameron

“É muito bom ver a Corvette nos três primeiros lugares.” Disse Taylor que comandou a vitória ao lado do irmão Jordan. A corrida começou com um movimento ousado de Ricky Taylor, que surpreendeu Christian Fittipaldi para assumir a liderança ainda na curva 1.

O brasileiro foi atrás da liderança e logo chegou ao segundo lugar, posição que manteve até sua parada nos boxes e entrega do carro para Barbosa.

“Eu, provavelmente, fui muito conservador na largada”, admitiu Fittipaldi. “Tiro o chapéu para o Rick, pois ele viu uma brecha e fez uma ultrapassagem perfeita. Foi uma corrida difícil, mas no geral o resultado foi bom. Quando você não pode vencer, terminar em segundo e maximizar os pontos para o campeonato é o melhor que pode fazer e foi exatamente o que conseguimos hoje”, completou o brasileiro.

Resultado final.

Com o resultado Fittipaldi e Barbosa assumiram a liderança do campeonato, com 93 pontos. Os companheiros vêm logo atrás, com 90.

“Os pontos que marcamos hoje serão extremamente importantes, já que estamos tentando vencer nosso terceiro campeonato seguido”, disse Barbosa. “É bom estar na liderança neste estágio da temporada, mas será ainda mais importante crescer com isso, quando formos para Monterey. Pontos são fácies de serem perdidos, mas extremamente difíceis de serem conquistados. Então, foi um bom segundo lugar e vamos para a próxima corrida”, finalizou o piloto português.

JDC-Miller Motorsports vence na classe PC. (Foto: IMSA)

Para o chefe da equipe, Gary Nelson, a performance da Action Express Racing mostrou uma clara evolução com relação ao ano passado. “Sofremos no ano passado quando corremos aqui em Long Beach”, lembrou. “Fizemos uma lista dos nossos problemas e acho que encontramos maneiras de evoluir. Isso foi evidente com a pole position ontem e o resultado da corrida de hoje, com os dois carros no pódio. Foi um grande dia para a Chevrolet”, continuou Nelson.

“Long Beach estava entre as nossas piores performances e sempre foi uma das melhores para o carro #10. Foi encorajador o resultado de hoje para o restante das pistas do campeonato, onde sempre andamos bem”, concluiu o chefe do time.

Foi o segundo pódio duplo e seguido do time, que terminou em segundo e terceiro também nas 12 Horas de Sebring. Os dois protótipos da Mazda tiveram um final de semana atípico desde que inciaram sua jornada na IMSA em 2014. Os dois carros terminaram em quarto e quinto.  

Porsche #911 fatura vitória na classe GTLM. (Foto: IMSA)

Na classe PC Misha Goikhberg e Stephen Simpson venceram com o Oreca #85 da equipe JDC-Miller Motorsports. A dupla completou a prova sem grandes problemas. Renger van der Zande e Alex Popow chegaram em segundo na classe como o #8 da equipe Starworks Motorsports. Em terceiro o #38 da Performance Tech Motorsports de James France e Kyle Marcelli.

Na sempre complicada classe GTLM a Porsche venceu mais pela sorte do que por méritos próprios. Nick Tandy que vinha na terceira posição com o Porsche #911, acabou se beneficiando do acidente envolvendo o Porsche #912 pilotado por Frederic Makowiecki que vinha na segunda posição e acertou a traseira do Corvette #4 pilotado por Tommy  Milner.

Acidente entre Corvette #4 e Porsche #912. (Foto: Reprodução internet)

Esta foi a primeira vitória da Porsche na temporada. Nick Tandy dividiu o Porsche com Patrick Pillet. Mesmo avariado, Milner que teve Oliver Gavin como companheiro, conseguiu levar o carro até a segunda posição. Em terceiro na classe, a Ferrari #62 da Rizi Competizione dos pilotos Giancarlo Fisichella e Toni Vilander.

Em quarto lugar o Ford #67 de Richard Westbrook e Ryan Briscoe que tiveram um princípio de incêndio durante os treinos, mas conseguiram fazer a corrida sem grandes problemas. Fechando os cinco primeiros o BMW #25 que fez a pole, chegou a liderar os primeiros 15 minutos da corrida, mas sucumbiu ao bom desempenho dos carros da Corvette e Porsche.

 

 

Um quarto Corvette C7.R em Le Mans?

Quanto mais Corvette melhor. (Foto: IMSA)

Segundo informações do site Dailysportcar.com, um quarto Corvette C7.R pode participar das 24 horas de Le Mans em Junho. Atualmente três carros estão confirmados. Dois pelo time oficial que compete na classe GTE-PRO e o terceiro da equipe Larbre Competition que disputa na classe GTE-AM

O quarto carro seria um esforço da equipe AAI na classe GTE-AM, que atualmente está na lista de espera das equipes que podem participar da prova. Curiosamente o time inscreveu um Corvette C6.R. Toda a logística bem como apoio técnico estaria sendo feita em parceria com a equipe Prospeed.

 

Porsche, a grande campeã do prólogo em Paul Ricard

Imbatível? (Fotos: FIAWEC)

Sem grandes dificuldades a Porsche conquistou o melhor tempo nas cinco baterias de testes do “The Prologue”, nome dado a teste oficial para o Mundial de Endurance que ocorre religiosamente em março no circuito de Paul Ricard na França.

Ao contrário de Audi e Toyota que apresentaram carros novos, o 919 Hybrid recebeu modificações pontuais e não se mexeu no que não precisa. Ficou mais leve e principalmente aproveitou melhor o combustível depois das sanções impostas pela ACO para tentar brecar o desempenho e a velicidade dos LMP1.

Enquanto seus principais rivais não conseguiram chegar perto na tomada de tempo, a Porsche testou com exaustão seus dois LMP1. Ao todo foram mais de  2.197 quilômetros nestes dois dias.

Alpine #36. O melhor entre os LMP2.

“Eles basicamente estavam funcionando sem problemas”, disse Fritz Enzinger, Vice-Presidente LMP1 “Recebemos o feedback positivo de nossos motoristas. Por isso estamos confiantes para a rodada de abertura em Silverstone em 17 de abril.  Só não será possível julgar corretamente na competição global e estamos esperando isso com enorme entusiasmo. O Prólogo é como uma primeira corrida, é um grande evento organizado pelo WEC, muito útil para as equipes, para a mídia e para os fãs que tinham livre acesso à pista e ao paddock hoje.”

Brendon Hartley marcou no quinto treino o tempo de 1:37.445. Na soma de todos os treinos o segundo mais rápido foi Neel Jani com o Porsche #2 marcando 1:37.487. Em terceiro, o Toyota TS050 com Stépahe Sarrazin ao volante com o tempo de 1:38.273.

A Audi foi a equipe que mais enfrentou problemas nos dois dias de testes. Problemas com o novo R18 foram recorrentes. Mesmo assim Benoit Treluyer conquistou o quarto tempo no geral marcando 1:38.827. A diferença de tempo para o Porsche vencedor foi na casa de 1,4 segundos.

Para o presidente da Toyota Toshio Sato, os testes foram positivos para a equipe: “Foi um prazer ver tantos fãs aqui em Paul Ricard hoje, mas eu estou mais satisfeitos de ver o nossoTS050 na pista com os nossos concorrentes para a primeira vez. Tem sido um período muito intenso de preparação. Eu gostaria de agradecer a todos na equipe pelo seu trabalho árduo para chegar a este ponto. A primeira corrida da temporada está se aproximando e os preparativos estão quase completos. O Prólogo foi um marco importante e conseguimos nossos principais alvos neste teste, que foram compreender nossos diferentes pacotes aerodinâmicos e continuar os nossos preparativos intensos para o início da temporada. Estou contente com a forma como os dois dias se passaram, e particularmente feliz de ver o nosso forte espírito de equipe. Veremos em Silverstone, onde todos ficam; ainda temos trabalho a fazer. “

Na classe LMP2 o Alpine #36 pelas mãos de Nicolas Lapierre fez o melhor tempo nos dois dias de teste. Com 1:46.974, superou o Gibson 015S da equipe Strakka Racing que pelas mãos de Jonny Kane marcou 1:46.976. A diferença entre os dois primeiros chega a ser insignificante.

Gianmaria Bruni levou a Ferrari #51 ao melhor tempo na classe GTE-PRO.

Em terceiro o Oreca 03 #26 da equipe G-Drive Racing com Rene Rast ao volante marcou 1:47.024. Os protótipos Ligier que dominaram a classe em 2015 tiveram um papel secundário nos treinos. A ordem das coisas se inverteu. Se em 2015 os modelos Oreca foram meros coadjuvantes, para este ano a coisa para tomar outro rumo. Vale lembrar que as equipes ESM tem um forte apoio técnico dado pela Onroak Automotive, empresa que desenvolveu e construiu o Ligier JS P2.

A Ferrari #51 de Gianmaria Bruni foi a grande campeã na classe GTE-PRO. Com o tempo de 1:57.808, Bruni superou seus companheiros de equipe com a Ferrari #71. Em terceiro e quarto os dois novos Ford GT que estão inscritos pela equipe Chip Ganassi. Não deixa de ser uma grata surpresa, já que os dois carros são projetos totalmente novos.

Corvette da Larbre Competition “venceu” na classe GTE-AM.

Na classe GTE-AM o Corvette #50 da equipe Larbre Competition fez o melhor tempo pelas mãos de Paolo Ruberti. Com o tempo de 1:58.269, superou em tempo os dois Ford GT da classe PRO. Em segundo e terceiro na classe AM chegaram O Porsche da equipe Gulf Racing e a Ferrari da equipe AF Corse.

E os brasileiros?

Entre nossos representantes, Lucas di Grassi não participou dos testes pela Audi. O estreante Nelsinho Piquet ficou em 6º na classe LMP1 com o R-One #12 da equipe Rebellion Racing. Na classe LMP2, Pipo Derani ficou na 7º posição com o Ligier #31 da equipe ESM.


Bruno Senna com o Ligier #43 da equipe RGR ficou com o 5º tempo na classe LMP2. Fernando Rees com o Aston Martin #97 ficou na 5º posição na classe GTE-PRO.

Tempos da quinta seção de treinos.

Resultado final.