“Nós adoraríamos levar nosso Cadillac DPi para Le Mans”, revela Mark Kent da GM

(Foto: Action Express Racing)

Um importante fabricante, almeja voltar as 24 horas de Le Mans. De acordo com Mark Kent, diretor de motorsports da GM, a marca sonha em alinhar o Cadillac DPi-VR na tradicional prova francesa.

Não é de hoje que se fala da adição dos protótipos DPi em Sarthe. Somado a escassez de equipes na classe LMP1, os protótipos que competem a IMSA, poderiam sem grandes modificações, alinhar na classe LMP1, sem sistemas híbridos.

“Gostaríamos de poder levar nosso Cadillac DPi para Le Mans, no estado atual, apenas se pudéssemos usar o nome”, disse Kent ao Sportscar365. “Qualquer outra coisa além disso, nós realmente não temos nenhum interesse.”

“Se eles mudassem as regras para permitir que isso acontecesse, definitivamente teríamos interesse.”

O Cadillac DPi, é baseado na plataforma Dallara P217 LMP2, venceu sua primeira corrida, as 24 horas de Daytona em Janeiro. Foi pelas mãos da Wayne Taylor, que a Cadillac competiu em Le Mans entre os anos de 2000 e 2002.

Caso a GM, estivesse interessada em competir na França, o Taylor toparia o desafio. “Se a GM e a Cadillac quiserem ir, eu adoraria”, disse Taylor ao Sportscar365. “Esse carro em Le Mans seria tão grande. Sou muito favorável a isso. “

As equipes da IMSA, que queiram competir em Le Mans,devem alinhar seus protótipos na classe LMP2, com carrocerias originais, e não as “bolhas” que são utilizadas nos EUA.

O diretor esportivo do ACO Vincent Beaumesnil, no entanto, revelou que o DPis poderiam ser aceitos na classe LMP1 sem sistema híbrido, com algumas modificações para atender às regulamentações técnicas da categoria, principalmente envolvendo um aumento de potência.

O propulsor V8 de 6,2 litros, utilizado pela Cadillac, consegue desenvolver mais potência, do as regras da IMSA estipulam. Competir na LMP1, não é um grande desafio, segundo Taylor. “De qualquer forma, não haverá muitos desses carros no próximo ano”, disse ele. Uma das possíveis soluções, no entanto, poderia vir com o suporte de fabricantes, como equipes de fábrica não são atualmente permitidos na subclasse não-híbrido.

Beaumesnil disse que um DPi seria elegível, desde que inscrito como equipe privada. “Vendo um chassi Dallara equipado com um motor Cadillac é possível, o carro é inserido por uma equipe privada”, disse o dirigente em entrevista ao site Endurance-Info.

Kent aguarda ansioso pelo fim das polêmicas e discussões. “Teríamos apenas de ver até onde isso vai”, disse ele.

 

Porsche apresenta pilotos GT para 2017

(Foto: Porsche AG)

Na manhã desta quarta (08), a Porsche revelou seus pilotos para o programa GT. São doze nomes, que vão representar o fabricante alemão no Mundial de Endurance, Weathertech Sportscar Series, Pirelli World Challenge e provas GT3 como 24 horas de SPA, Nurburgring e eventos selecionados.

Confira quem vai pilotar o Porsche 911 RSR e GT3-R

Da esquerda para a direita em pé:

Frédéric Makowiecki, Richard Lietz, Dirk Werner, Laurens Vanthoor, Kévin Estre, Michael Christensen, Patrick Pile

Da esquerda para a direita agachados:

Jörg Bergmeister, Patrick Long, Wolf Henzler, Sven Müller, Romain Dumas

Regras para testes privados do WEC são definidas

(Foto: AdrenalMedia)

A FIA divulgou alguns esclarecimentos, sobre os testes privados das equipes que participam do Mundial de Endurance.

Equipes que tem dois carros inscritos, devem testar apenas um. Organizações da classe LMP2, podem realizar testes privados, por dois dias. Além destes, oito dias de testes são autorizados, incluindo o oficial em Monza e o preparatório para as 24 horas de Le Mans

Nas classes GTE, não existem limitações. Cada carro, pode participar por até dez dias, em testes fechados. Equipes LMP1, vão seguir as regras impostas em 2016. Podem testar por sete dias em testes privados (somente a equipe), e 33 dias nos mesmos moldes, mas podendo dividir a pista com demais equipes, independente da classe. Já estão contabilizados os eventos em Monza, Le Mans e o Rookie Test no Bahrein no final do ano.

Novos fabricantes, que desejam participar da classe LMP1, tem 20 dias de testes privados fechados por ano.

Toyota arrisca ao alinhar três carros em Le Mans

(Foto: Toyota Racing)

Uma das novidades este ano em Le Mans, é a adição de um terceiro Toyota. O TS050, também vai estar nas 6 horas de SPA, prova que antecede a principal prova de endurance do mundo.

Nos bastidores, existe uma preocupação, por parte da equipe. Os custos de manufatura deste terceiro LMP, preocupa. O diretor da equipe, Pascal Vasselon trata o assunto com cautela.

“Se tivermos um par de acidentes, por exemplo, estaremos com grandes problemas financeiros e teríamos que fazer uma economia drástica em algum momento”, disse em entrevista ao site Motorsport.com.

O orçamento da equipe não mudou para 2017. O dinheiro “extra” para a construção e desenvolvimento do terceiro carro, veio da economia do programa como um todo. “Tivemos de lidar com a nossa estrutura orçamental – não conseguimos mais orçamento”, explicou.

“Reduzimos alguns itens de desenvolvimento sem prejudicar nossa meta de desempenho e, ao mesmo tempo, assumir alguns riscos financeiros”.

O retrospecto da equipe em 2014, e 2016 foi um dos motivos para alinhar o terceiro LMP. “Se você olhar para os últimos três anos, duas vezes nós estávamos em uma posição de vencer Le Mans e duas vezes nós tivemos exatamente o mesmo cenário com um carro tendo um acidente e uma única questão de confiabilidade”, ele explicou.

“O mesmo cenário duas vezes em três anos empurra você fortemente para ter o terceiro carro.”

A troca do capacitor do sistema híbrido, por baterias, acabou dando estabilidade ao projeto, mostrando ser a opção mais acertada.

 

Sai Audi entre Renault? Os novos carros de apoio das 24 horas de Le Mans

(Foto: Maximilian Cadiou/Endurance-info)

Com a desistência da Audi do Mundial de Endurance, se especulou qual seria o fabricante que iria fornecer os carros de apoio para o WEC, e consequentemente as 24 horas de Le Mans.

O fotógrafo Maximilian Cadiou, publicou no site endurance-info, dois Renault Talisman Estate com as logos da ACO e a inscrição “Medical Car” nas laterais. Ainda é possível ver os alguns utilitários da VW.

Um anúncio oficial deve ser divulgado, durante os testes oficiais do WEC em Monza.

 

Toni Vilander e Giancarlo Fisichella, confirmados pela Rizi Competizione para Le Mans

(Foto: Rizi Competizione)

A equipe americana Rizi Competizione, confirmou Toni Vilander e Giancarlo Fisichella, para disputar as 24 horas de Le Mans, na classe GTE-PRO.

Competindo no IMSA, a equipe ainda não definiu o terceiro piloto. Sua última vitória, foi em Petit Le Mans, em 2016. Nas 24 horas de Daytona deste ano, a Ferrari 488 GTE, chegou em segundo lugar na classe GTLM

James Calado, que competiu em Daytona ao lado de Fisichella e Vilander, não poderá repetir a parceria em Le Mans, já que tem compromisso com a equipe AF Corse. Em 2016, a dupla teve a companhia e Matteo Malucelli, terminando em segundo lugar na classe, perdendo novamente para o Ford GT.

“É sempre uma honra ser convidado para Le Mans e este ano não é excepção”, disse o dono da equipe Giuseppe Risi.

“Nossa pequena equipe mostrou que pode lutar contra as fábricas com um carro bem preparado, com bons pilotos, e a determinação de ter sucesso em corridas de resistência.”

“O Ferrari 488, provou ser um carro excelente e esperamos mostrar suas habilidades novamente em junho.”

 

McLaren e Le Mans, os planos de Zak Brown

(Foto: Divulgação)

Um retorno às 24 horas de Le Mans,com um programa GTE, este são os planos de Zak Brown, novo CEO da McLaren. A marca venceu a edição de 1995 com JJ Lehto, Masanori Sekiya e Yannick Dalmas, com o mítico F1 GTR.

A participação da marca em Sarthe, durou até 1998. Em entrevista ao site motorsports.com, Brown declara que Le Mans, é imprescindível para os planos de expansão.

“Ganhamos Le Mans e a corrida está em nossa história, e parte do meu trabalho é decidir onde a McLaren marca deve correr”, disse

“Voltando a Le Mans é algo que nós identificamos e estamos discutindo. Pessoalmente, eu adoraria nos ver em Le Mans, e eu não sou o único com essas opiniões.”

A palavra final sobre um retorno às 24 Horas, depende do chefe de operações da marca Mike Flewitt. Brown, acredita que a volta se daria a classe GTE, mas não descartou a construção de um LMP1, para uma vitória no geral.

Sobre o WEC, o dirigente afirma que, “levaria vários anos para ser montado”. Esses rumores, ganharam força, depois da contratação de Dan Walmsley, ex-chefe da equipe britânica, Strakka, que também firmou parceria com a McLaren.

Brown, também acredita que um programa GTE, seria desenvolvido por alguma empresa especializada, nos mesmos moldes das classes GT3 e GT4, desde 2011.

O conceito de parceria, também é defendida pelo chefe do programa GT Andrew Kirkaldy. “Houve discussões, mas não posso dizer muito”, disse. “A esperança é que estaríamos envolvidos.”

Atualmente a McLaren tem pilotos oficiais tanto no 650S GT3, quanto no 570S GT4. As primeiras conversas sobre uma projeto GTE, começarem em 2012. Tudo foi por terra, quando a FIA e a ACO, tentaram unificar as classes GTE e GT3 em 2013.

 

Oreca e Onroak Automotive, ampliam domínio no WEC e IMSA

Dos 10 protótipos da classe LMP2 do WEC, 10 são da Oreca. (Foto: Alexis Goure)

A divulgação das listas de inscritos do WEC, Le Mans e ELMS, revelaram algo que já era implícito nos bastidores. O domínio da Oreca e Onroak Automotive no cenário do endurance mundial.

Os números do WEC, não mentem. Todas as equipes da classe LMP2, irão alinhar um Oreca 07.  Por outro lado, o Ligier JS P3, foi o protótipo mais vendido, e vai dominar a classe LMP3 no ELMS. Este domínio se estende, pelas várias parceria da ACO ao redor do mundo. IMSA, campeonato britânico de protótipos e VdeV.

Na contramão, Dallara e Rilley, confirmaram poucos protótipos. A Dallara, está em melhor situação, pois firmou parceria com a GM, e está presente na IMSA pelas mãos da Action Express e Wayne Taylor Racing. Com vários LMP2 em 2016, a Onroak, viu sua participação, ser diminuída em 2017. Por outro lado, está lado a lado da Nissan com um DPi na IMSA.

O mercado americano

Onroak estreou Ligier JS P217 nas 24 horas de Daytona. (Foto: Onroak)

 

Jacques Nicolet, dono da Onroak, em entrevista ao site endurance-info, comenta a logística em torno do Ligier JS P217 e o Nissan DPi, que estrearam nas 24 horas de Daytona. Pelos lados do WEC, o domínio da Oreca, não é algo que preocupa sua organização.

“Nós temos agora um suporte ao cliente eficaz através do meu filho Pierre. O povo de Crawford (base da Onroak localizada no Texas) são de uma qualidade incrível. Eles vão dar um suporte ao cliente rápido e com eficiente. A implementação foi complicada no começo, mas tudo acaba funcionando ao longo do tempo. Temos um estoque de peças no local e vários Ligier JS P3 já estão nos Estados Unidos. Vendemos carros que não estão envolvidos especificamente na nova liga. O suporte ao cliente está também acompanha as equipes LMP2 e DPI “.

Nissan DPi, enfrentou problemas no motor na abertura da IMSA, nada que desabone o projeto da Onroak. (Foto: Onroak Automotive)

Sobre o domínio da Oreca. “Nós vendemos carros para os clientes que decidem ao campeonato de sua escolha. Não há nenhum segredo sobre a distribuição. Tudo é uma questão de orçamento. Várias equipes que confiam em nós, que não tiveram orçamento para chegar no WEC. Estou muito feliz por ter um Ligier no ELMS. Não posso pedir as equipes para encontrar o dinheiro para ir no FIA WEC. O número de chassis vendidos, está além das nossas expectativas. Devemos ter quinze carros em diferentes campeonatos. Este é o dobro do que nós imaginávamos em nosso plano de negócios para o primeiro ano.”

Assim como seu Nicollet, Hugues de Chaumac, acredita que a Oreca vai desempenhar um bom papel nos EUA. É sempre um prazer estar em Daytona. Este é um lugar fantástico e simbólico. Daytona é um dos mitos de Endurance. Com Oreca, temos grandes memórias deste o tempo Viper. 2017 marca o início de uma nova era com o P2 e o DPi.”

Sobre um possível imediatismo dos chassis LMP2 e DPi em Daytona: “Todo mundo está no mesmo barco. Equipes apresentaram seus carros com um pouco de pressa. Nem tudo estava 100% pronto. Em espírito, eu não gosto disso. Nós temos três equipes que nos confiaram.”

Por conta do BoP, que claramente favoreceu os DPi, Daytona viu os Oreca 07 em posições secundárias. (Foto: Oreca)

Chaunac, afirma que uma parceria DPi, não está descartada. “Estou confiante. Oportunidades atraentes estão sob consideração. A probabilidade de Oreca desenvolver um DPi para a próxima temporada é forte. Nós não queremos nada neste ano. O princípio da DPI é bom, pois permite que os fabricantes trabalhem com um orçamento razoável. O conceito é bom.”

Com todas as equipes do WEC, competindo com seu protótipo na classe LMP2, o presidente da Oreca, argumenta, que isso é resultado do bom trabalho de desenvolvimento do Oreca 07. “Por um lado, nós amamos a concorrência, por isso é um lamento ver somente chassis Oreca nesta temporada do WEC. No entanto, não sabemos de todos os elementos. Isto é muito importante para nós e para a LMP2, ter diferentes fabricantes. Por outro lado, a Oreca fez um grande trabalho para ter o melhor carro. A nossa oferta é atraente. No plano econômico, temos de estar vigilantes.”

Protótipos LMP1

Os dois fabricantes são cautelosos com seus projetos para a principal classe do Mundial de Endurance. Seria uma inverdade, acreditar que nenhuma das duas empresas, não possuem projetos para ofertar, a possíveis clientes.

Sendo 2017, um ano de esperar para os novos regulamentos que entram em vigor a partir de 2018, uma expectativa sobre Oreca e Onroak, na classe LMP1, estão depositada em 2018. “Continuamos atentos para a classe LMP1 privada. É necessário encontrar parceiros e um fabricante para a parte mecânica. coisas que queremos fazer da melhor forma possível. O projeto está bem avançado e as regras estão confirmadas por um período considerável. Temos muitos problemas para lidar agora. Para iniciar este projeto, é necessário que sejam preenchidas todas as condições. Se formos para a LMP1, aplicamos a mesma receita que fizemos com os LMP3. É fazer um projeto vencedor.” Salienta Jacques Nicolet.

Oreca desenvolveu o Rebellion R-One para a classe LMP1 do WEC. (Foto: Rebellion Racing)

O mesmo argumento é sustentado por Chaunac. “Oreca, de alguma forma iniciou o LMP1 privado com o Rebellion R-One. Há claramente um projeto,  mesmo que por agora todo mundo esteja olhando para a LMP2. Em paralelo a uma reflexão sobre o chassi, olharmos para o que pode ser feito sobre o motor. Temos feito um bom trabalho com a Nissan, quando esta competia na LMP2. Temos de acompanhar o desenvolvimento das regras. É importante que o LMP1 privado, não canibaliza os LMP2. Não se pode pensar que a classe tenha seis ao invés de dez. A ACO está ciente desse parâmetro.”

“É preciso um novo conceito de LMP1, mais barato do que um protótipo híbrido, e de um privado. Algo inspirado no que feito com os DPi. Devemos reinventar algo para 2019. O mercado que a ACO abriu é bom, estou bem ciente de que a solução não é óbvia.”

Onroak domina mercado LMP3 com seu Ligier JS P3. (Foto: Onroak Automotive)

Para Pierre Fillon, presidente da ACO, o fato da classe LMP2, ter apenas protótipos Oreca não reflete qualquer predileção por parte da entidade. “Eu realmente acho – eu não diria que é uma coincidência, não é a palavra certa – mas isso não reflete a realidade”, disse ao Motorsport.com. “Este ano, acontece ser apenas Orecas no WEC, mas se você olhar para as 24 Horas de Le Mans ou ELMS, você vê que há muitos Ligiers, há Dallaras. Eu acho que tudo isso, faz parte do primeiro ano, mas eu não acho que o fato de que há apenas Orecas no WEC tem um significado particular.”

Quando questionado sobre o fato da Alpine, estar na classe LMP2, e não na P1, o dirigente foi político. “Alpine não faz carros”, disse ele, “assim quando eles voltaram para a P2, eles não fizeram carros e não poderíamos considerá-los como um construtor. É por isso que os aceitamos sua inscrição na classe LMP2. Sabemos que o chassi ainda é um Oreca ou qualquer outra coisa. Caso Alpine não produza carros, eles serão autorizados a correr na P2.”

“É óbvio que no dia em que produzem carros, as regras terão de ser aplicadas”.

 

Mundial de Endurance 2017, um ano de transição

(Foto: AdrenalMedia)

A ACO divulgou nesta quinta (02), as equipes que irão participar do Mundial de Endurance, 24 horas de Le Mans e European Le Mans Series. Mesmo com a abertura da IMSA em Daytona nas últimas semanas, a abertura do endurance mundial acontece em abril em Silverstone.

Durante a cerimônia, simples mais honesta que apresentou as equipes, tanto dirigentes, quanto donos de equipe e fabricantes foram sucintos em dizer que 2017, será um ano tão emocionante quanto os demais, e que sim, existe vida no WEC sem a Audi.

Lista de inscritos ELMS

Lista inscritos Le Mans

Lista inscritos WEC

Ela fará falta? Sim, mas a vida segue. Antes da divulgação da lista de inscritos para Le Mans, a Toyota, revelou que vai alinhar um TS050 para a principal prova do ano. Mesmo com esta adição, a classe LMP1, terá apenas 6 carros nas 24 horas e 5 nas demais etapas do WEC. É pouco.

A Toyota terá um carro a altura da Porsche? Ainda é cedo para dizer. As últimas etapas do WEC em 2016, com uma vitória dos japoneses em Fuji, mostrou um certo avanço, some aí o ótimo desempenho da equipe em Le Mans, mesmo perdendo a prova na última volta, e o terceiro carro, revelam apenas uma coisa. Eles querem vencer e principalmente convencer.

Porsche vai manter seus títulos? (Foto: Porsche AG)

Entre os LMP2, a nova política da ACO, beneficiou Oreca e Onroak de forma descarada. Dos dez carros inscritos na classe LMP2 do WEC, os dez são manufaturados pela Oreca. O número também é grande em Le Mans. Dos 25 inscritos, 15 são da empresa de Hogues de Chaunac.

Entre esses dez Oreca, que estarão no WEC, é difícil apontar um favorito. Cada vez mais os times estão investindo em pilotos profissionais. Rebellion, Manor, G-Drive, Alpine, TDS Racing e DC Racing, sempre foram muito felizes em seus trabalhos. O pesar ficar por não ter outro fabricante inscrito.

Já na ELMS, a Onroak, com seu Ligier JS P217, leva uma pequena vantagem. São quatro, contra cinco do seu concorrente direto. Este domînio, reflete nas outras duas fabricantes. Riley, vai alinhar apenas um LMP2 em Le Mans e só. A Dallara, terá três em Sarthe e quatro no ELMS. O argumento de que as equipes teriam uma certa liberdade, fez bem para os bolsos dos dois fabricantes franceses.

A classe GTE-PRO do WEC e de LM, mais do mesmo. Equipes oficiais de Ferrari, Porsche, Corvette (apenas LM), Ford com seus quatro GTs e a Aston Martin. Vale destacar o anúncio de Pipo Derani como piloto da Ford, tanto em Le Mans, quanto em algumas etapas do WEC. Uma grata surpresa, para quem pensava que ele estaria dentro do terceiro TS030. A principal novidade da classe é “Mundial de GT”, o que deve atrair mais fabricantes nos próximos anos. A BMW já confirmou seu retorno ao WEC.

Protótipos Oreca, dominando a classe LMP2 do WEC. (Photo by Brian Cleary/bcpix.com

Nas classes GTE-AM, a diversidade e força das equipes que protestaram, e fizeram uma clara mudança de regras. Assim, foram aceitos carros com especificação 2015, e não apenas 2016 como era via de regra. Teremos equipes com a JMW Racing, com uma Ferrari 458 GTE, ao lado da irmã turbinada 488. Como o BoP vai resolver esta disparidade de potências?

Se entre os LMP2, a Oreca domina, tanto em LM, quanto no WEC, a Onroak, dá as cartas com seu Ligier JS P3. Dos 16 inscritos na ELMS, apenas dois não são do fabricante francês. coube a Norma alinhar dois M30 para a M.Racing e Oregon Team. Essa quantidade de carros também respinga na classe GTE. Apenas sete carros vão estar na pista.

Entre os brasileiros confirmados, temos Rubens Barrichello (ELMS e LM), pelo Team Nederland, Pipo Derani (LM e WEC) com Ford, Bruno Senna e Nelson Piquet Jr., pela Rebellion (WEC e LM). As chances de todos vencerem em suas respectivas classes é grande. Apenas Rubens Barrichello, que talvez precise de algumas provas para se habituar. Jamais duvide do talento, de um dos melhores pilotos que temos em atividade.

Protótipos LMP3, e Ligier. Aparecem em grande número na ELMS. (Foto: AdrenalMedia)

Durante a cerimônia, o presidente da FIA, Jean Todt, enalteceu o espírito inovador do WEC, e ratificou a importância da série para o mundo automobilístico. “A temporada de 2017 será a sexta, de um acordo bem sucedido entre a FIA e ACO. O WEC, vem crescendo, e obtendo um destaque, no esporte a motor mundial. As grandes equipes anunciadas hoje, reforçam esta posição, e será, sem dúvida, o foco de algumas batalhas intensas e dramas nestas nove corridas.

“Na classe LMP1, a Porsche defenderá sua vitória em Le Mans e no WEC, enquanto a Toyota espera repetir os sucessos de 2016. Além disso, quatro fabricantes competirão pelo novo Campeonato Mundial de Endurance da FIA nas classes GTE e LMP2. Gostaria de agradecer a Pierre Fillon, Lindsay Owen-Jones e Gérard Neveu pelo seu trabalho árduo. A grande cooperação das equipes, FIA e ACO, torna o Campeonato Mundial de Endurance da FIA o sucesso que é hoje. Estou ansioso pela temporada emocionante. “

Pierre Fillon, presidente do Automobile Club de l’Ouest:  “O endurance está em muito boa saúde para 2017. Hoje, revelamos as três grandes listas de entrada para o ELMS, FIA WEC e, claro, as 24 horas de Le Mans. O espetáculo na pista será absolutamente fantástico com duelos entre pilotos de primeira classe e rivalidade total entre os concorrentes. Todos os ingredientes que compõem o DNA do endurance foram combinados para 2017. As 24 Horas de Le Mans é particularmente rica com pilotos de 16 nacionalidades. A ELMS, maior campeonato de endurance continental, maior que as séries americanas e asiáticas. Será um ótimo ano.”

 

 

ByKolles confirma Robert Kubica para o Mundial de Endurance

(Foto: Divulgação)

Robert Kubica, está confirmado como piloto do CLM P1/01 da equipe ByKolles. A informação foi repassada durante a apresentação das equipes para o Mundial de Endurance 2017.

O polonês, testou pela equipe durante o WEC Rookie no Bahrein em novembro. Competindo atualmente no WRC, Kubica não tem mais condições físicas para disputar a Fórmula 1. Aos 31 anos, se mostra confiante, em sua volta aos circuitos de asfalto.

“Depois de competir no Rally, estive procurando algo tão perto da Fórmula 1 quanto possível”, disse Kubica. “Isto é exatamente o que eu encontrei em LMP1”

“No final do ano passado, fiz minhas primeiras voltas ao volante do CLM P1 / 01. Eu me senti confortável no carro, e foi capaz de aumentar o meu ritmo em conformidade.”

“Com ainda mais experiência eu tenho certeza que vou ser capaz de extrair mais desempenho. Já estou muito ansioso pelos testes em Monza e o início da temporada em Silverstone. “

“Estou feliz por ser parte disso”, disse Kubica. “O WEC está correndo em circuitos que conheço bem do meu tempo na Fórmula 1.

“A exceção é Le Mans. Eu ouvi tantas coisas boas sobre o evento. Estou muito empolgado com a minha primeira participação nesta corrida de 24 horas.”

O protótipo da ByKolles, troca o motor AER, por um propulsor Nissan, o mesmo que foi utilizado no GT-R LM NISMO LMP1 em 2015. Kubica tem por enquanto Olivier Webb como companheiro. O terceiro piloto será anunciado em breve.