bongasat.com.br

Endurance tratado a sério!
Felipe e um novo começo no automobilismo

massa_2_interlagos_thumb-25255B1-25255D

Faz muito tempo que não comento nada sobre a F1 aqui no blog. Seja pelo desânimo em acompanhar a categoria, que não tem mais aquele espírito esportivo, ou por que o endurance tem demostrado ser uma categoria aonde a vontade de vencer ainda está imune a ordens de equipe. Para mim, o melhor exemplo foi na abertura do mundial deste ano em Silverstone, onde os dois carros da Audi lutaram até o fim.

Mas vim falar, hoje, sobre a saída de Massa da Ferrari. Por mais que todo mundo soubesse que isto iria acontecer mais cedo ou mais tarde, pois Felipe não era mais o mesmo, desde o fatídico acidente da mola, sempre existiu uma esperança em termos um representante na categoria “máxima”. As negociações envolvendo Felipe Nasr também não avançaram e provavelmente ano que vem, depois de séculos, não teremos um brasileiro no grid. Triste? Não.

Felipe deve procurar o que é melhor para ele, mesmo que todo piloto brasileiro seja condicionado a tentar a F1 pelo nosso histórico de títulos e vitórias. Nosso passado é rico na categoria mas é passado, ninguém vive dele o máximo que podemos é aprender com ele e os nossos dois campeões vivos tiveram relativo sucesso em outras categorias e nem por isso perdem alguma parte do corpo.

Talvez o maior erro do torcedor brasileiro é ter uma memória menor do que um grão de areia. Massa foi vice-campeão em um pais aonde ser segundo não é grandes coisas mais chegar na F1 é algo que 0,009% dos pilotos conseguem e ele ficou lá por 9 anos. Competiu na maior e mais carismática equipe de corrida, mesmo esta, muitas vezes, optando por deixar o espírito esportivo de lado em favor de jogos políticos e interesses comerciais.

A mídia brasileira tratou o assunto como se Felipe tivesse morrido. As manchetes dos principais sites só perderam em drama para a morte de Champignon da banda Charlie Brow Junior. Felipe está vivo, provavelmente frustrado, mas vai sobreviver e se não continuar na F1, deve abraçar a possiblidade de uma nova carreira seja no endurance, NASCAR, Fórmula Indy ou qualquer corrida de automóvel que lhe de prazer, até a stock car aqui no Brasil.

Caso ele realmente não tenha uma equipe para 2014, será o melhor momento em décadas para analisar como a mídia vai tratar a F1 no Brasil. Será que o torcedor que “entende” tudo sobre automobilismo vai continuar a acompanhar a categoria independente de brasileiros lá? Será que o espaço (pequeno) que é dado em grandes veículos de mídia vai continuar o mesmo? Será que o brasileiro é realmente fã de automobilismo ou é modinha como tantas modalidades que tiveram a participação de compatriotas e por conta da ausência acabaram no ostracismo? Tenho minhas dúvidas.

Agora é torcer para que Felipe tenha serenidade para tomar a melhor decisão para sua vida e carreira. A escolha de Kimi Haikkonen foi um tanto quando inusitada. Teremos na Ferrari a mesma situação vivida pela McLaren em 2007 quando Hamilton em determinado momento começou a andar mais rápido que Alonso. O espanhol que se comportou como um bebê chorão fez de tudo para atrapalhar Lewis a ponto de sair da equipe. Alguém duvida que na Ferrari será diferente?

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.