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Endurance tratado a sério!

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O GP da Inglaterra foi um bom exemplo de como andam as coisas ultimamente na F1. Há quem goste de tanta tecnologia aonde os carros só não andam sozinhos pois precisam de alguém para virar o volante, e tem aqueles que gostam do piloto fazendo a diferença. Como dizem na gíria automobilista piloto bom tem “braço”. As imagens de Alonso dominando um F1 dos anos 50 deixa bem claro isso. O jovem espanhol tento que segurar o carro a todo segundo sob risco de escapar e bater o lindo exemplar. Isso que ele estava a uma velocidade baixa. Agora vamos voltar na época e Fangio, Farina, Moss. Queria ver ele ou qualquer piloto de hoje segurar.

E foi esse braço que diferencia pilotos de pilotos. A pilotagem de Vettel pode ser resumida entre antes e depois da sua parada de box quando Alonso o superou. Esperei um Vettel louco para recuperar a posição andando no limite e explorando todo o potencial que o carro tem. Mas o que se viu foi um alemãozinho totalmente entregue. Muitos podem dizer que a grande vantagem que ele tem sobre os outros pilotos lhe da o luxo de tirar um pouco o pé e levar o carro até o fim. Será mesmo? Ou será que Vettel desaprendeu a pilotar?

Este “estilo” me lembra outros dois pilotos que foram campeões do mundo mais pelo belo carro do que por qualidades próprias. Damon Hill e Mika Hakkinen. O primeiro teve o triste fardo de levar a equipe nas costas quando Senna morreu em 1994. Quase foi campeão no mesmo ano mais pela ajuda da FIA por punir Schumacher até pelo ar que ele respirava do que por talento. Conseguiu o trunfo em 1996 pelo ótimo carro que a Williams lhe entregou. Damon não gostava de embates com seus adversários. Se ele fazia a pole e conseguir manter a posição na largada era impossível alcança-lo. Foi assim em quase todas as corridas exceto na chuva aonde era facilmente superado por outros pilotos. Mesma característica tinha Hakkinen com seu bi-campeonato em 98 e 99. Voava quando não era incomodado mas se tinha que lutar por posições o calo era mais embaixo.

Assim notei Vettel na Inglaterra. Tinha carro e tem um ótimo talento para buscar a vitória mesmo com a Ferrari tendo um desempenho superior aos outros GPs ainda não alcançou a RBR. Mas um trunfo que a equipe italiana tem é Alonso dai…

Webber que nos últimos grandes prémios estava apagado mostrou um ligeiro serviço nas voltas finais pressionando seu companheiro de equipe. A ordem por parte da Red Bull de proibir uma disputa nas últimas voltas nos privou de uma possível acidente ou quem sabe ver pedaços dos carros voando. Fez o mesmo que a Ferrari em seus ridículos jogos de equipe agora não podem mais criticar a Ferrari.

Massa também teve uma ligeira melhora mas ainda longe de Alonso. A reza dos brasileiros por melhores pits-stops parece que deu resultado. É a primeira vez que tudo o correu bem com o brasileiro em suas paradas. Na pista não conseguiu compensar a instabilidade do carro acabando em 5º depois de uma bela disputa com Hamilton. Se o Inglês foi desleal ou não isso cabe a direção de prova julgar. No meu ponto de vista os dois estavam errados e pareciam mais carrinhos de choque. Como sempre sobrou para o brasileiro. A tristeza do final de semana se deu pelo azar de Button com sua roda solta no carro. Se não fosse o incidente Button teria conseguido um segundo lugar. A próxima prova será no circuito de Nurburgring com sua pista estreita para os padrões da F1 atualmente. A corrida promete.

1 comentário em “F1 Silverstone–Quanto o braço faz a diferença

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