Nelsinho Piquet luta por pódio na etapa do Mundial de Endurance no México

Terminado o campeonato da FIA Fórmula E, Nelsinho Piquet virou a chave e volta de novo as atenções para a temporada-2017 do Mundial de Endurance. Neste fim de semana, o piloto da Rebellion na classe LMP2 disputa as 6 Horas do México, quinta de nove etapas do certame.

Será um novo desafio para Nelsinho, que jamais pilotou um protótipo no Autódromo Hermanos Rodríguez, reformado em 2015 e que recebe pela segunda vez o WEC – o brasileiro não participou da etapa mexicana no ano passado.

Este ano, Nelsinho correu na Cidade do México pela Fórmula E, mas num traçado mais curto e travado. Os carros do Mundial de Endurance irão percorrer o mesmo circuito usado pela Fórmula 1, com 4.304 metros e 17 curvas.

Diante disso, Piquet Jr. passou os últimos dias realizando testes no simulador para analisar o traçado longo e buscar o máximo de informações antes de entrar na pista.

Outra questão para as 6 Horas do México é a altitude, já que o Autódromo Hermanos Rodríguez fica 2.250 metros acima do nível do mar – é a maior altitude de todo o campeonato.

Com o ar rarefeito, os carros devem atingir velocidades bem próximas aos 350 km/h na reta principal. Por outro lado, a resistência dos conjuntos será colocada à prova, já que a refrigeração é mais difícil.

“Espero poder fazer mais um pódio, o que seria muito importante para o campeonato. Faz tempo que eu não ando no carro, estou louco para voltar. Nunca andei no México com um protótipo, então andei muito no simulador. Espero que tenha sido o mais parecido possível com a pista verdadeira”. Comentou o piloto. 

Os treinos livres começam nesta sexta-feira, às 19h15 (de Brasília), com a classificação sendo disputada no sábado, às 19h50. A largada para as 6 Horas do México será às 14h deste domingo – o Fox Sports terá duas janelas de transmissão ao vivo da prova.

 

 

 

Bruno Senna corre por nova vitória no México

(Foto: MF2)

Com o retorno do francês Nicolas Prost, a equipe de Bruno Senna voltará a contar com a formação titular nas 6 Horas do México, quinta etapa do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Substituído pelo português Filipe Albuquerque em Nurburgring (Alemanha), em função do choque de datas com a estreia de Nova York na Fórmula E, categoria na qual defende o time oficial da Renault, o filho do tetracampeão da Fórmula 1 Alain Prost estará novamente ao volante do Oreca-Gibson da Rebellion Racing neste fim de semana como companheiro do brasileiro e do compatriota Julien Canal na classe dos protótipos LMP2.

As 6 Horas do México marcam a metade das nove datas do calendário. Bruno venceu no ano passado a prova que representou o ingresso do México no Mundial de Endurance, na oportunidade ao lado do local Ricardo Gonzalez e de Albuquerque. Uma repetição do desempenho seria fundamental em suas pretensões de seguir na luta pelo título da classe com maior número de carros e mais competitiva das quatro divisões – as demais são a LMP1, GTE Pro e GTE Am. O trio da equipe suíça conquistou três segundos lugares, e o hiato de 46 pontos – 116 a 70 – que separa os vice-líderes Bruno e Canal dos ponteiros Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Thomas Laurent pode ser explicado principalmente pelo resultado das 24 Horas de Le Mans, onde o chinês, o britânico e o francês ganharam a corrida com pontuação dobrada (50 pontos) e livraram 34 sobre o time do brasileiro. “Essa etapa está fazendo muita diferença”, lembra Bruno, cujo carro liderou mais da metade da maratona de um dia de duração antes que os problemas mecânicos começassem a minar os esforços da equipe suíça. “Agora temos de tentar compensar essa desvantagem corrida a corrida. Não será fácil, mas vamos brigar.”

As atividades de pista serão abertas amanhã com a realização da primeira sessão de treinos livres de 90 minutos, a partir das 19h15 de Brasília. O FIA WEC obedece a uma programação de treinos semelhantes à da Fórmula 1, com dois ensaios livres de uma hora e meia e uma terceira de 60 minutos antecedendo as tomadas classificatória para definição do grid no sábado. Domingo, a largada está programada para as 14 h pelo horário brasileiro e o Fox Sports 2 transmitirá ao vivo a largada e os primeiros 90 minutos de disputa no Autódromo Irmãos Rodríguez. Depois, voltará com o período compreendido entre a quarta e a quinta horas, a partir das 18 h. 

Mundial de Endurance pode ter redução de provas para 2018

Prova sprint para a classe GTE está nos planos. (Foto: FIAWEC)

O calendário 2018 do Mundial de Endurance pode apresentar para fãs e equipes, alterações profundas. De acordo com informações do site sportscar365.com, pelo menos três etapas (Silverstone, COTA e México), estariam fora do próximo calendário.

Mudanças também estariam em curso no formato da série. Ainda de acordo com o site, o próximo calendário poderia encerrar com as 24 horas de Le Mans, nos mesmos moldes do Asian LMS, bem como provas de qualificação para a classe GTE, nos mesmos moldes do Blancpain Series.

Está marcada uma entrevista coletiva para o próxima final de semana, durante as 6 horas do México. 

* Com informações do site sportscar365.com

Lucas di Grassi e Jens Marquardt falam sobre o futuro do WEC

Para diretor da BMW, classe GTE deve ter um maior protagonismo em 2018. (Foto: ELMS)

Os rumos que o Mundial de Endurance vai tomar nos próximos anos, ainda é uma incógnita. Depois da desistência da Porsche, se botou em xeque o futuro da série. Mesmo com várias equipes privadas confirmadas para o próximo ano, um fabricante como a Porsche fará falta.

Ao contrário do ceticismo de muitos sobre os rumos da série, é notório que algo precisa mudar. Voltando ao Mundial em 2018, a BMW por meio do seu diretor Jens Marquardt, acredita que a classe GTE-PRO terá uma papel de destaque, em relação a classe LMP1.

Para o diretor a mudança tanto da Porsche, quanto da Mercedes para a Fórmula E, mostra que o cenário do automobilismo está mudando. “É triste que em uma semana tivemos dois anúncios que não são positivos para o desporto motorizado em geral”, disse Marquardt ao site  Sportscar365. “Ao mesmo tempo, muitas vezes, quando algo está mudando, há uma oportunidade.”

“Porsche, ao mesmo tempo destacou que vai fortalecer seu programa GT, o que é ótimo. Estamos entrando na classe GTE-PRO e estamos felizes em lutar contra os caras de Zuffenhausen e Weissach.”

“Eu acho que,  isso fortalece a categoria e espero que mostra quão atraente é. Existem muitos fabricantes que têm carros GT que ainda não possuem versões GTE. Eu acho que definitivamente há uma boa chance da classe GTE, se tornam mais visível.”

Outro fabricante que olha a classe GTE, com mais afinco do que a LMP1 é Giorgio Sanna, diretor da Lamborghini. O dirigente já deixou claro que pensa em alinhar seus carros na classe, acredita que o protagonismo da classe é algo concreto. “Pode ser que os GTs vão se tornar os protagonistas de Le Mans ou no WEC”, disse. “Também seria uma boa dinâmica para todos os fabricantes envolvidos em corridas de GT.”

“Não podemos esquecer que LMP2, em termos de mercado, estão indo bem. Havia muitos carros em Le Mans.”

“Mas é claro, a fim de ter um big show, você precisa de drivers de fábrica e equipes de fábrica no envolvimento e hoje isso não é possível na classe LMP2. Então, alguma coisa tem que acontecer.”

A BMW vai competir contra a Aston Martin, Ferrari, Ford, Porsche e a Corvette em Le Mans. Mesmo com tantos fabricantes, Jens acredita que a classe LMP1 deve ser a principal, e aposta na inclusão dos DPi como alternativa. “Eu honestamente acho que o passo que foi feito com os LMP2 foi uma boa para os protótipos”, disse Marquardt.

“Vendo os dois conceitos, o conceito DPi nos EUA e o conceito LMP2, é algo que precisa ser discutido”.

“Vale a pena o ACO observar o que acontece nos EUA porque há fabricantes envolvidos. Eu acho que eles estão no mesmo nível dos GTE”.

Lucas di Grassi acredita que mudanças são necessárias

Se por um lado, os fabricantes estão cobrando mudanças e custos, para os pilotos a situação também é preocupante. Atual campeão da Fórmula E, Lucas di Grassi, que foi piloto da Audi também no WEC, afirma que algo precisa mudar para manter a série atraente.

“A indústria automobilística tem de mudar, pelo menos parte dela, de combustão para o elétrico. Então porque não criar uma série que promova a tecnologia das corridas elétricas e tecnologia elétrica em geral?”, Disse di Grassi.

“É claro que os fabricantes vão levar algum tempo para entender o projeto e a série. Os parceiros são fortes, a atenção da mídia está lá. Eles vêem o futuro: eles têm que mudar para modelos elétricos em um determinado ponto. É por isso Fórmula E é tão bem sucedida”.

“Para mim, o WEC tem um futuro brilhante, e especialmente Le Mans, mas eles têm de se adaptar. Le Mans na minha opinião seria o último desafio para um carro elétrico, a vencer uma longa distância depois de  24 horas, seria incrível”.

“Mas eles podem continuar com muitas maneiras diferentes, eles têm que se adaptar, eles têm de reduzir os custos, eles têm de reduzir a complexidade.

“Com certeza, haverá espaço para corridas de GT, para corridas de LMP se os regulamentos estiveram no caminho certo. Estou muito contente que os fabricantes estão se juntando a Fórmula E, mas acho que no mercado há vários fabricantes e oportunidades de corrida para todos.”

* Com informações do site sportscar365.com

O Endurance não vai acabar

Não! Não vai acabar… (Foto: FIAWEC)

Não sou adepto dos textos opinativos. Quem acompanha o BONGASAT dificilmente vai ler minha opinião nas matérias. Levo isso como um mantra, o jornalista deve dar condições para que seus leitores criem um senso crítico. Cabe a eles, formar a opinião, baseada nas informações de uma corrida, piloto ou equipe.

Essa informação deve ser, sem um nacionalismo barato, ou achismos. A informação não deve ser menor do que seu emissor. Digo isso depois de acompanhar os desdobramentos da saída da Porsche do Mundial de Endurance. Ninguém quer ver sua equipe favorita, fora do seu campeonato favorito.

A saída do fabricante alemão acabou caindo como uma bomba, para alguns setores da imprensa mundial, era algo esperado. No Brasil, nossos “especialistas” já taxaram que o WEC estava com os dias contados, fim de uma era e que o endurance tinha morrido. Pior, a salvação seria a sacrossanta Fórmula 1.

Não! O endurance não morreu. O automobilismo sempre foi um clube do bolinha. Nem sempre, os interesses dos fãs, prevalecem sobre os interesses de um grupo de empresários. Nunca podemos esquecer aquele antigo ditado “ganhe no domingo, venda na segunda”.

O interesse das montadoras na Fórmula E é grande, querendo os fãs ou não. É sabido que mais cedo o mais tarde o petróleo vai acabar, os estudos em energias alternativas, sempre estiveram presentes no dia a dia das montadoras. Hoje a energia elétrica é uma realidade, e não apenas um devaneio de algum desenho dos anos 70 e 80.

Na Europa, mais precisamente na Inglaterra o governo anunciou que não vai mais comercializar carros a combustão a partir de 2050. França e Alemanha já deixaram claro que em 2030, as coisas também estarão indo para este nível.

Basta olhar em qualquer fórum, ou roda de conversa. Ninguém usa seu antigo carro, beberrão para ir de casa para o trabalho. O consumidor quer algo econômico e silencioso. Tirando de lado os saudosistas, se hoje um carro não fizer mais de 15 km/l, deixa de ser atraente para o consumidor. Sendo o automobilismo a vitrine das montadoras, evidente que para elas 2050, está logo ali.

Corridas de carros elétricos e silenciosos são o futuro, querendo você fã dos beberrões e barulhentos V12 ou não. Cada vez menos teremos esse “barulho”, o que não é demérito de nada. Quando comprar um carro e reclamar que ele faz muito ruído em marcha lenta, lembre-se da corrida que acabou de assistir no domingo, cobrando ruído.

Voltando ao Endurance. Mesmo hoje a ACO dominando o cenário internacional, a saída da Porsche e posteriormente da Toyota, que já deixou claro que vai embora se não tiver um rival direto, o mundo não vai acabar. As diversas equipes LMP2, LMP3 e GTE, não estarão evaporando no melhor estilo Guerra dos Mundos. Este é o erro da imprensa “especializada”, taxar, cravar, dar como certo algo, baseado unicamente em achismo.

Alguns exemplos. No início dos anos 90, com o crescimento do grupo C, a FIA com o dedo sujo de Bernie Ecclestone, tentou e conseguiu acabar com o campeonato. Mesmo assim não existiu uma interrupção das 24 horas de Le Mans. Foram tempos complicados, com grids modestos e pouco apoio de montadoras. Mas a corrida e a ideologia por trás do endurance seguiram em frente.

Lola B12/69EV muito antes da Fórmula E. (Foto: Divulgação)

No final de 2008, a Porsche e Audi decidiram cancelar seus programas na ALMS. O campeonato americano vivia seus melhores anos, com embates quentes entre as montadoras do grupo VW e a Japonesa Acura. Para 2009, a Audi com seu R15 fez algumas provas, deixando as etapas “regionais” da ALMS apagadas. O que foi feito? O então presidente da série, Scott Atherton, introduziu os LMPC, e os Porsche Cup.

As batalhas épicas entre o Acura da Muscle Milk e o Lola da Dyson Racing, somada a sempre concorrida classe GT2/GTE, fizeram os primeiros anos da nova IMSA, com o descarado favorecimento dos Daytona Prototype, uma corrida sem sentido.

Outro exemplo foi com o crescente aumento dos campeonatos GT3. Se cobrou da ACO um aceite dos carros em Le Mans e no Mundial de Endurance. Mais baratos que os GTE, era o prato cheio, segundo alguns para engordar os grids e estimular novos pilotos. Vendo uma oportunidade de crescimento, foi criado os LMP3, que hoje estão em diversos campeonatos, sendo uma alternativa para equipes que desejam ingressar no endurance.

Em 2012 uma reviravolta com a criação do Mundial de Endurance. Faltando poucos meses para o início da nova série em Sebring a Peugeot, uma das montadoras que idealizou e cobrou um mundial, acabou cancelando seu programa por conta dos custos. Restou Audi e Toyota.

A imprensa “especializada” mais uma vez tentou de todos os meios levar a Audi para a F1. Não conseguiu. Todo final de campeonato afirmando como o último do time das quatro argolas. Até que em 2016, a montadora anunciou sua saída, muito pelo escândalo dos motores a diesel, que está fazendo todo o grupo VW pagar. Foram para a F1? Não. Optaram pela FE. Este ano será a Porsche.

Qual o melhor caminho que a ACO deve tomar? Aceitar que os protótipos DPi, entrem na classe LMP1? Criar regulamentos mais acessíveis? A única coisa concreta é que motores 100% elétricos estão na lista de desejos da indústria, e que impreterivelmente, vai respingar em campeonatos e mundiais.

O futuro do automobilismo será conectado a uma tomada, e em silêncio, o fã e os especialistas gostando ou não.

Não deixe de ler o artigo sobre o Lola B12/69EV do site SpeedHunters.

 

Em nota, ACO afirma que temporada 2018 do WEC vai: “Entusiasmar equipes, parceiros e fãs”

(Foto: FIAWEC)

O Automobile Club de I´Ouest publicou nota nesta sexta-feira 28, comentando a decisão da Porsche de abandonar o Mundial de Endurance no final da temporada 2017, em detrimento a Fórmula E. O fabricante alemão vai manter no WEC, apenas seu programa GTE, com o 911 RSR na classe PRO.

Na nota, a entidade enalteceu o compromisso e história da Porsche no Endurance, bem como a parceira na confecção e debates dos novos regulamentos da classe LMP1-H, que entrarão em vigor a partir de 2020.

Também deixou claro que está trabalhando arduamente para entregar aos fãs, equipes e parceiros uma temporada 2018 acima da média. Confira abaixo a nota na íntegra.

“A Porsche, confirmou recentemente a sua participação no Campeonato Mundial de Endurance FIA na classe  ​​LMP1-H como equipe oficial até o final da temporada de 2018, e que tem estado ativamente envolvida no desenvolvimento dos regulamentos técnicos que entrarão em vigor em 2020, acaba de anunciar a retirada de seus híbridos LMP1 no final da temporada de 2017.

O Automobile Club de l’Ouest, promotor do WEC e organizador das 24 Horas de Le Mans, lamenta esta partida precipitada, e a decisão de um dos mais bem sucedidos fabricantes das corridas de resistência.

No entanto, o ACO e da FIA, realizadores do Mundial de Endurance da FIA começaram a trabalhar  imediatamente, para apresentar a todos os envolvidos da série um panorama da temporada  2018 temporada – uma temporada que promete ser bastante excepcional graças à introdução de novas inovações.

Claramente, a redução de custos e estabilidade são prioridade, mas também criatividade e audácia, serão vitais, tornando possível organizar um campeonato cada vez mais espetacular e atraente.

O Campeonato Mundial de 2018 irá, sem dúvida, excitar e entusiasmar concorrentes, parceiros e fãs de corridas de endurance.”

* Com informações da assessoria do FIAWEC

Porsche confirma entrada na Fórmula E. Programa GT no WEC continua

Programa GT no WEC será mantido. (Foto: Porsche AG)

A Porsche confirmou nesta sexta-feira 28, os rumores de que estaria deixando a classe LMP1 do WEC, e se dedicar a Fórmula E. A partir de 2019 a montadora alemã vai estrear na competição de carros elétricos. Mesmo fora da LMP1, a participação da marca no WEC não termina. O 911 RSR vai continuar na classe GTE-PRO, bem como na IMSA nos Estados Unidos.

Este realinhamento do automobilismo é devido a direção estabelecida para a empresa até 2025,  que vai ser o desenvolvimento de uma série de carros GT totalmente elétricos, como o conceito Mission E, 100% elétrico. “Competir na  Fórmula E e alcançar o sucesso nesta categoria são os resultados lógicos de nossa estratégia. A crescente liberdade para desenvolvimentos de tecnologia in-house torna a Fórmula E atraente para nós”, diz Michael Steiner, Membro do Conselho Executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Porsche AG. “A Porsche está trabalhando com alternativas, conceitos de propulsão inovadoras. Para nós, a Fórmula E é o ambiente competitivo final para impulsionar o desenvolvimento de veículos de alto desempenho em áreas como a proteção do meio  ambiente, eficiência e sustentabilidade”. A Porsche já deu os primeiros passos para desenvolver seu próprio Fórmula E.

Steiner afirma que o compromisso do programa GT será mantido. “A diversidade de fabricantes e a qualidade do WEC e IMSA levaram-nos a fortalecer nosso compromisso e concentrar nossas energias em usar o 911 RSR”, diz Steiner. “Queremos ser o número um. Para fazer isso, devemos investir”.

Depois de quatro anos de grande sucesso, três vitórias consecutivas nas 24 Horas de Le Mans e no WEC, tanto a classificação da equipe e pilotos  em 2015 e 2016, a Porsche vai deixar a classe LMP1 para  trás. No entanto, este ano, a equipe vai  defender a dois títulos do Campeonato Mundial mais uma vez. A temporada termina em 18 de novembro, no Bahrein.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 e uma figura central no retorno de Porsche para o WEC em 2014, diz: “Construir a equipe para Le Mans a partir do zero foi um enorme desafio. Ao longo dos anos, temos desenvolvido uma equipe incrivelmente bem sucedida e profissional. Esta será a nossa base daqui para frente. Estou certo de que vamos manter nosso alto nível na Fórmula E. A confiança é alta, e estamos animado para começar”.

Porsche vai manter a equipe LMP1, incluindo os pilotos. Fórmula E é a primeira série de corridas puramente elétrica do mundo e foi lançado em 13 de setembro de 2014. A FIA, que também é responsável pela Fórmula 1, organizou a série para fazer uma declaração em favor da mobilidade elétrica e para conectar as novas gerações ao automobilismo. Ao contrário da maioria de outras séries, a temporada começa no outono e termina no verão. Os locais de corrida são circuitos  de rua no coração de grandes cidades, ou seja, o esporte vai de encontro aos espectadores – e não o contrário.  

* Com informações da assessoria de imprensa da Porsche AG

Porsche pode deixar o Mundial de Endurance no final de 2017

(Foto: Porsche AG)

Os rumores de uma eventual saída da Porsche do Mundial de Endurance, ganharam força na manhã desta quinta-feira 27. De acordo com várias publicações alemãs, a principal equipe do WEC, deve confirmar a saída no final desta temporada.

Caso se concretize, a Toyota seria a única equipe de fábrica na classe LMP1, o que poderia alterar o status de “mundial”, já que por contrato entre ACO e FIA, são necessárias duas equipes de fábrica na LMP1.

O destino da Porsche seria a Fórmula E. De acordo com a imprensa internacional, a entrada do fabricante no certame de carros 100% elétricos, está marcado para a temporada 2019/2020. A Mercedes também já confirmou sua entrada na categoria, além de cancelar sua participação na DTM.

André Lotterer que foi piloto da Audi em seu programa LMP1, e agora compete pela Porsche, lamenta e “espera o pior”.

“Eles não vão fazer uma declaração para dizer que nós estamos continuando o programa”, disse Lotterer. “Depois do ano passado Audi, saiu. O que acontece com carros esportivos corrida”?

“Ontem a Mercedes oficializou que estava deixando DTM. Amanhã nós tememos a retirada de Porsche do WEC …. O que vamos fazer?” Comentou em entrevista ao site autohebdo.fr.

Além da Audi e Mercedes, a BMW também confirmou sua participação na Fórmula E.

* Com informações dos sites sportscar365.com e autohebdo.fr

Primeiros testes do novo BMW M8 GTE em Lausitzring

(Foto: D.R. Andreas Beil BMW Motorsport)

As primeiras imagens do novo BMW M8 GTE, foram revelas nesta quarta-feira 20. O modelo participou dos primeiros testes no circuito alemão de Lausitzring. A estréia será durante as 24 horas de Daytona em 2018. Martin Tomczyk e Maxime Martin foram os responsáveis pelas primeiras voltas do novo modelo. 

“Para ver o BMW M8 GTE na pista me deixa muito orgulhoso”, disse o diretor da BMW Motorsport Jens Marquardt. “Todos os envolvidos tem feito um trabalho magnífico nos últimos meses para nos permitir chegar a este marco no desenvolvimento do nosso novo carro-chefe para as corrida de GT.”

“Em primeiro lugar, a propósito de um teste como este é, obviamente, conhecer o carro. A este respeito, uma maior ênfase é colocada sobre o aspeto da segurança do que o desempenho. No entanto, a primeira impressão da BMW M8 GTE para a pista é muito positiva.”

O ex-campeão DTM, Martin classificou o carro como “muito divertido”. Não foram divulgadas maiores informações dos testes. “A BMW M8 GTE é bom de dirigir, desde o início, e é fácil para nós pilotos trabalhar com ele, o que é importante”, disse ele.

“Temos uma boa quilometragem, reunimos uma grande quantidade de dados. Nós também demos nossos primeiros passos no que diz respeito ao desempenho, que é de nenhuma maneira um dado em um primeiro teste.”

“Nós, obviamente, vamos trabalhar mais intensamente em que nos próximos testes, trabalhando com o que conseguimos aqui em Lausitzring.”

* Com informações da assessoria de imprensa da BMW

Porsche vence em Nurburgring, e conquista 15º vitória no Mundial de Endurance

(Foto: Porsche AG)

A Porsche venceu na manhã deste domingo 16, as 6 horas de Nurburgring, quarta etapa do Mundial de Endurance 2017. Timo Bernhard levou o Porsche #2 ao primeiro lugar. Na segunda posição o Porsche #1 pilotado por Andre Lotterer, que liderava, porém cedeu o primeiro lugar após uma última parada para reabastecimento.

Com um evidente jogo de equipe, Timo Bernhard, Brendon Hartley e Earl Bamber, assumiram a primeira posição, aumentando a diferença na classificação do campeonato. Foi a primeira dobradinha da marca desde a etapa de Xangai de 2015.

Classificação final

A Porsche não viu a mesma Toyota das últimas etapas do WEC. Os dois 919 se revezaram na liderança da prova. O time japonês, acabou mostrando um desempenho superior apenas no final da prova. O TS050 #7 de Kamui Kobayashi, Mike Conway e José Maria López, conquistaram o terceiro lugar. Mesmo saindo na pole, o #7 acabou perdendo a liderança ainda no início da prova. O segundo Toyota apresentou problemas na bomba de combustível, terminando na quarta posição.

Fritz Enzinger, da Porsche: “Conseguimos um hat-trick e a 15 vitória no geral para o 919 hybrid apenas quatro semanas após o nosso sucesso em Le Mans – isso é quase inacreditável. Este excelente resultado é mais um passo para a nossa missão na defesa ambos os títulos nos campeonatos mundiais. Conseguimos aumentar nossa vantagem nos pontos e para mim a coisa mais importante é que a equipe agora pode desfrutar de uma pausa e recuperar o trabalho duro nos últimos meses.”

DC Racing vence na classe LMP2. (Foto: AdrenalMedia)

Para Toshio Sato, presidente da equipe, a prova foi um grande desafio. “Nürburgring foi novamente uma corrida desafiadora para nós. Nós mostramos uma boa velocidade e apreciamos a luta com a Porsche pelo primeiro lugar, mas o equilíbrio do carro mudou durante a corrida e perdemos algum desempenho. A corrida de hoje foi realmente um exercício de limitação de danos em termos de Campeonato do Mundo. Acreditamos que seremos mais fortes durante o resto da temporada, quando os circuitos deve se adequar melhor ao nosso TS050. Precisamos minimizar as perdas para a Porsche e agora vamos olhar em frente para as corridas seguintes.”

Pela classe LMP2 a vitória ficou com o Oreca #38 da equipe Jackie Chang DC Racing dos pilotos Oliver Jarvis, Thomas Laurent e Ho-Ping Tung. Na segunda posição o Rebellion #31 de Bruno Senna, Filipe Albuquerque e Julien Canal. O trio do #38 ampliou ainda mais a liderança na classificação geral de pilotos ao completar 191 voltas, uma a mais que o time de Bruno.

AF Corse vence na classe GTE-PRO. (Foto: AdrenalMedia)

Bruno recebeu o resultado com tranquilidade. “Foi o máximo que dava para fazer. Não tínhamos o mesmo ritmo do carro dos vencedores, embora não estivéssemos tão atrás assim. O problema foi o tráfego que enfrentamos depois do meu segundo stint. Entreguei o carro ao Canal na segunda colocação a apenas quatro segundos dos ponteiros, mas ele ficou retido pelo carro 26, perdeu mais de 40 segundos e ainda destruiu os pneus. Eles entraram com uma punição de três minutos por causa de um acidente em Le Mans e não tinham nada a perder. O problema é que a direção de prova nada fez contra os retardatários. Como não tínhamos a mesma velocidade do vencedor, andamos pendurados o tempo todo. E aí qualquer contratempo atrapalha bastante.”

A equipe do astro de cinema Jackie Chan abriu mais sete pontos de vantagem sobre Bruno e Canal, que mantiveram a vice-liderança restando cinco etapas até o final da temporada. “Na verdade, estamos pagando um preço alto pela corrida de Le Mans, onde quebramos depois de liderar mais de metade das 24 horas. Eles ganharam, levaram os 50 pontos da pontuação dobrada e conseguiram livrar uma grande vantagem no campeonato”, concluiu Bruno. Fechando o pódio o Alpine #36 da Signatech Alpine Matmut. André Negrão que compete no Alpine #35 não completou a prova. Pipo Derani que estava no Rebellion #13 terminou na quarta colocação.

A Ferrari #51 de Alessandro Pier Guidi e James Calado venceu na classe GTE-PRO. Foi a segunda vitória no ano na classe. A diferença para o segundo colocado, o Porsche #91 foi de mais de 50 segundos. A dupla do #51 começou na sétima posição na classe, galgando posições até o primeiro lugar.

Porsche vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Foi a primeira vitória de Alessandro Pier Guidi no WEC e a segunda de James Calado. A dobradinha da Porsche em segundo e terceiro também representou o melhor resultado para o 911 esta ano. Daniel Serra com o Aston #97 ficou na sétima posição na classe. Por conta do BoP, a equipe Ford ficou com a quinta e sexta posição. A Ferrari #71 terminou na última posição da classe após uma parada para reparos.

Na classe GTE-AM, a vitória ficou com o Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing. O trio formado por Matheo Cairoli, Marvin Dienst e Christian Ried. Foi a primeira vitória para Cairoli e Dienst. Ried não vencia desde 2012. A Ferrari #54 da Spirit of Racing e o Aston Martin #98 completaram o pódio na segunda e terceira posições respectivamente.

* Com informações do site do WEC, assessoria de imprensa: Bruno Senna, Porsche e Toyota.