Project 1 adquire Porsche 911 RSR

(Foto: Divulgação)

A Project 1 equipe que participa da Porsche Mobil 1 SuperCup anunciou nesta quinta-feira, 23, a aquisição de um Porsche 911 RSR, para participar da temporada 2018/2019 do WEC na classe GTE-AM.

Até o momento a Porsche confirmou seis unidades comercializadas para o próximo ano. Duas para a equipe Proton Competiton, um para a Gulf Racing e um para equipe na Ásia. As demais ainda não foram divulgadas. 

“É certamente um marco na história da nossa empresa”, disse Hans-Bernd Kamps, proprietário da Project 1 “É apropriado para o nosso 25º aniversário em 2018. Teremos um dos carros mais procurados no motorsport e. Sobretudo, é um voto de confiança entre a Porsche e nós”.

Os pilotos não foram divulgados. A equipe precisa passar pelo crivo do comitê de seleção da ACO para poder disputar o WEC e as 24 horas de Le Mans. “É claro que sabemos que vai demorar muito e um extenso processo de aprendizagem para trabalhar com o carro”, disse o líder do projeto, Axel Funke. “No entanto, estamos à altura do desafio e vemos as ótimas oportunidades que estão associadas ao projeto”.

 

Michelin renova parceria com o Mundial de Endurance

CEO do WEC, Gérard Neveu ao lado do presidente da Michelin Motorsports Pascal Couasnon e Pierre Fillon da ACO.  (Foto: WEC)

A Michelin e o Automobile Club de IOuest anunciaram durante a última etapa do WEC no Bahrein, que vão estender a parceria até 2021, o que inclui as 24 Horas de Le Mans. A primeira participação do fabricante de pneus franceses na grande clássica, foi em 1923 em um Chenard & Walcker.

Desde a predileção pelos compostos da Michelin foi gradativa. Com a vitória da Porsche em 2017, são 20 vitórias consecutivas em Sarthe. A atual parceria vem desde a criação do WEC em 2012. Para 2018 a IMSA também passa a contar com o fornecimento na classe de protótipos. A parceria também se estende pela ELMS, Asian LMS e no Le Mans Cup.

O CEO do WEC e ELMS Gérard Neveu, festeja a parceria. “A Michelin tem sido um parceiro leal do WEC e contribuiu muito para o sucesso da nossa competição, não é apenas um fornecedor, mas com tecnologia que oferece o nosso. concorrentes – tanto protótipos quanto GTE – a regularidade e desempenho procurado por todos em sua busca por vitórias. A Michelin é um jogador importante no nosso paddock e isso em muitas outras maneiras seria difícil imaginar o WEC sem a Michelin, por isso estamos muito satisfeitos que nossa contínua parceria nos permitirá avançar em conjunto para este novo período excitante para o WEC. “

Despedida da Porsche e vitória da Toyota marcam as 6 Horas do Bahrein

Toyota não deu chances para a Porsche. (Foto: FIAWEC)

A última etapa do Mundial de Endurance que foi realizada na tarde deste sábado, 18, no Bahrein foi “histórica” como a maioria dos especialistas sobre o assunto no Brasil, gostam de potencializar seus textos e argumentos, muitas vezes sem tanta relevância assim. Maior que a convincente vitória da Toyota, foi ver o Porsche 919 Hybrid dando suas últimas voltas. Ele ainda não se aposentou. Neste domingo,19, o modelo vai rivalizar com a Toyota pela última vez. Não terá o mesmo brilho, mas não deixa de ser uma despedida sem a pressão de uma prova de seis horas.

Classificação final.

Com uma nova concepção nos próximos dois anos, o Mundial de Endurance tenta se reinventar sem sua principal equipe na classe LMP1. Muito se falou sobre o fim da série, a falta de emoção. A Toyota correndo praticamente sozinha, os desafios para as demais equipes, será a luta pelo segundo lugar. De acordo com a ACO no próximo campeonato que se estende até 2019, a paridade entre privados e oficiais será menor. Alguns até desejam que a Toyota desista e a classe fique somente com os privados, algo mais purista. A expectativa é de quase 10 carros na P1, número considerável frente aos quatro que competiram durante todo o ano. Privados ou não, o WEC não vai acabar.

Ainda em 2017, a vitória da Toyota foi inquestionável. Sebastien Buemi foi o responsável por levar o TS050 #8 até a linha de chegada. Na segunda posição o Porsche #2. Coube a Timo Bernhard, levar o icônico carro até os boxes. A vitória poderia ter sido do time alemão. Com 15 minutos de prova, Bernhard acabou derrubando um dos postes que delimita a pista, tendo que fazer reparos nos boxes.Largando na Pole o Porsche #1 perdeu a liderança para o #8 ainda na primeira hora, após toque entre Nick Tandy e o Porsche #86 da equipe Gulf que compete na classe GTE-AM. Com os dois protótipos em desvantagem, a estratégia da Porsche foi fazer stints mais longos com os pneus. André Lotterer conseguiu terminar a prova em terceiro com o #1, 46 segundos atrás do Porsche #2.

Mesmo em condições normais, a prova foi totalmente dominada pela Toyota. Buemi dividiu o #8 com Anthony Davidson e Kazuki Nakajima. O trio faturou a quinta vitória na temporada. Mesmo com o maior número de vitórias, o título de construtores ficou com a Porsche, por conta do resultado em Le Mans. O Toyota #7 terminou na quarta colocação, três voltas atrás do líder, após um toque de Kamui Kobayshi com o Porsche #92 de Michael Christensen. Nesta altura o #92 era líder da classe GTE-PRO.

Fritz Enzinger vice-presidente do programa LMP1 da Porsche: “Hoje uma época de muito sucesso chega ao fim e este é o momento certo para dizer obrigado. Acima de tudo eu quero agradecer ao conselho da Porsche que teve a fé para me dar ao projeto, apoiado me muito me dando a sensação de que eu era a escolha certa. Pessoalmente, eu só foi convencido sobre isso quando tomamos a nossa primeira vitória em São Paulo em 2014. Obrigado a todos os nossos pilotos que tomaram todas as chances e entregaram o mais alto desempenho. Foram 17 vitórias em 34 corridas. Graças a todos na equipe pelo seu trabalho incansável e euforia pelo projeto. Não havia nada que eu gostava mais do que ver o instinto de vencer em seus olhos em dias de corrida! Hoje também é o momento certo para pagar a minha gratidão ao nosso chefe da equipe, Andreas Seidl: Nos últimos dois anos, Andreas fez um duplo papel como chefe de equipe e Diretor Técnico de uma forma superior com o primeiro 919 que foi desenvolvido sob a sua orientação. E finalmente: É ótimo que uma empresa como a Porsche exista. Se eu tivesse que resumir os seis anos que estou com a Porsche em uma frase seria: eu estava autorizado a viver o meu sonho. Obrigado para o projeto e obrigado e pela liberdade”.

Desde 2014 foram três títulos de pilotos e três de construtores, além de três vitórias em Le Mans. Porsche sai por cima. (Foto: Porsche AG).

Após o término da corrida o presidente da Toyota Akio Toyoda, divulgou uma longa nota sobre a temporada 2017 e a despedida da Porsche no WEC:

“Eu gostaria de expressar minha profunda gratidão a todos aqueles que apoiaram TOYOTA GAZOO Racing no Campeonato Mundial de Endurance nesta temporada. Indo para Le Mans para estar juntos com a nossa equipe na nossa luta lá em junho deste ano resultou em uma experiência pessoal e realmente frustrante. E estou ciente de que nosso desempenho na corrida que trouxe frustração para os nossos fãs, também. Outras corridas vieram, e em meio a tudo isso, nós aprendemos e sentimos com a retirada planejada do Porsche do WEC. Depois do ano passado em Le Mans, Porsche nos reconheceu como um rival. Ao debaterem-se com tais rivais como Porsche, eu acho que nós fomos capazes de aumentar a nossa capacidade técnica, tornando-nos mais rápidos e mais fortes. Como nós fomos contra Porsche, todos os nossos membros da equipe, incluindo eu, tive o mesmo pensamento em nossos corações: “nós odiamos perder”. Mas, na raiz do que, eram sentimentos que nutria de respeito e gratidão para com o nosso rival. O que eu pensei de novo seguindo as nossas últimas três corridas contra a Porsche, começando com a rodada Fuji, era o que eu queria competir em uma corrida que faria Porsche rivalizar TOYOTA novamente. Essa é uma das razões pelas quais nos aproximamos Fuji, Xangai e, em seguida, Bahrain determinados a vencer, e, desta vez, fomos capazes de fazer exatamente isso. Foi na corrida anterior, em Xangai que a Porsche seria campeão deste ano. Para Porsche, por favor, deixo, as minhas felicitações. Embora nós experimentamos a nossa quota de pesar este ano, se esta última corrida deixa a sensação de que a Porsche gostaria de competir com a TOYOTA mais uma vez, nossa equipe seria capaz de terminar a temporada com um pouco de orgulho. Para todos aqueles a Porsche, por todos os meios, um dia, em alguma estrada, por favor deixe-nos competir com vocês novamente. Para esse dia, a Toyota GAZOO Racing irá continuar a sua tomada de carros cada vez melhores. Para os pilotos, engenheiros, mecânicos, parceiros da Toyota GAZOO Racing e todos os envolvidos no WEC, vamos continuar a fazer o nosso melhor juntos! A todos os fãs que apoiaram a TOYOTA nesta temporada, eu mais uma vez expressar a minha gratidão. Para o futuro dos automóveis, e para os sorrisos nos rostos dos nossos clientes, vamos continuar a repetidamente enfrentar desafios e tentar o nosso melhor. Estamos ansiosos em continuar recebendo seu apoio. ”

Vitória de Bruno Senna e título na LMP2

Senna e Piquet novamente no pódio. (Foto: Divulgação)

Bruno Senna, Julien Canal e Nicolas Prost venceram na classe LMP2 e conquistaram o título de pilotos. A Rebellion Racing que trocou a finada classe LMP1 privada em 2017, arriscaram e terminaram com o título. A diferença de 40 segundos para o Oreca da Jackie Chang DC Racing #38, adversários diretos pelo título. A diferença entre eles e o Rebellion #31 era de apenas 4 pontos.

O britânico Oliver Jarvis e o francês Thomas Laurent com o #38, dependiam somente das próprias forças para chegar ao título. No entanto, apenas a vitória os levaria a descontar a desvantagem de quatro pontos em relação ao time de Senna. E eles em vários momentos estiveram à frente, ameaçando o sonho do brasileiro e seus parceiros, que largaram em segundo – logo atrás dos rivais e dos poles André Negrão, Nicolas Lapierre e Gustavo Menezes.

Para aumentar ainda mais a carga emocional, uma pane na direção quase derrubou Senna. “Foi muito louco. Perdi o power steering e o carro ficou extremamente pesado de dirigir. Precisei resetar o volante para ver se ele voltava a funcionar direito e deu certo. Foi muito tenso, mas felizmente incrível. Estou sem palavras. Foram quatro vitórias nas últimas cinco corridas. Mal dá para acreditar”, comemorou Bruno, recebido no pit lane por Canal e Prost depois de cruzar a linha de chegada 10 segundos antes de Jarvis. Prost, ausente da corrida em Nurburgring por conflito de datas com a rodada da Fórmula E nos Estados Unidos, não pôde festejar o título, mas seu trabalho foi exaltado por Bruno. “Ele perdeu uma prova, mas de resto fez tudo o que pôde para nos ajudar”, agradeceu.

Bruno é o segundo brasileiro a vencer no Mundial de Endurance – o primeiro foi Raul Boesel, pela Jaguar, em 1987. E o final de semana no circuito de Sakhir foi particularmente iluminado para os nomes mais ilustres da história do automobilismo brasileiro. Na véspera, Pietro Fiittipaldi – neto de Emerson Fittipaldi – assegurou a conquista da World Series, enquanto hoje Nelsinho Piquet subiu ao pódio da LMP2 com o 3º lugar ao lado de Mathias Beche e David Heinemeier Hansson.

Foi a recompensa por um campeonato marcado pela incrível recuperação da tripulação do Oreca 07-Gibson da Rebellion Racing. Os três chegaram a ficar 46 pontos atrás do carro 38 da equipe de propriedade do astro chinês de filmes de ação Jackie Chan, que abriu grande frente na classificação por conta da vitória e da pontuação dobrada nas 24 Horas de Le Mans. A reação veio a partir da segunda metade do ano, quando Bruno, Canal e Prost ganharam no México, no Japão e na China antes de fecharem o calendário com chave de ouro no Bahrein.

Nelsinho Piquet que também compete pela Rebellion Racing, ao lado de David Heinemeier-Hansson e Mathias Beche terminou na terceira posição. Depois de um treino de classificação difícil, a tripulação do carro #13, formada também pelo dinamarquês David Heinemeier-Hansson e o suíço Mathias Beche, conseguiu boa recuperação e chegou a ocupar o segundo lugar. No entanto, devido a problemas de pneus, o trio acabou caindo para terceiro.

“Gostaríamos de ter terminado a temporada com a vitória, é claro, mas tivemos uma boa estratégia e conquistamos mais um pódio. No fim da prova tivemos dificuldades com os pneus e nas últimas duas horas o carro ficou difícil de pilotar. Fizemos o possível para terminar na terceira posição”. Comentou.

Agora, Nelsinho volta novamente suas atenções para a quarta temporada da FIA Fórmula E. Primeiro campeão mundial da categoria de carros elétricos, Piquet Jr. fará sua estreia pela equipe Jaguar na rodada dupla de Hong Kong, dias 2 e 3 de dezembro. André Negrão terminou na quarta posição com o Alpine #36.

Vitória e título para a Ferrari na classe GTE-PRO

Ferrari termina temporada com título e dobradinha na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

James Calado e Alessandro Pier Guidi chegaram em segundo na classe GTE-PRO e de quebra, levaram para casa o título de pilotos para a Ferrari. Com dois pontos de vantagem antes da etapa do Bahrein, a dupla teve uma boa luta com Porsche e Ford durante toda a prova.

No início da prova a liderança ficou com a Ferrari #71 de Sam Bird e Davide Rigon. Harry Tincknell e Andy Priaulx com o Ford #67 foram os maiores adversários. Na terceira hora, Pier Guidi levou a Ferrari #51 ao terceiro lugar antes da direção de prova aplicar uma bandeira amarela em todo o circuito.

A sorte mudou após o toque da Toyota com o Porsche #92 que liderava a classe. Após ver Priaulx escapar em uma das curvas, Pier Guidi conseguiu se manter na liderança, entregando o carro para James Calado completar a corrida na segunda posição. A vitória ficou com Sam Bird e Davide Rigon.

Aston Martin vence na GTE-AM

Aston Martin se despede do Vantage GTE com título e vitória na classe GTE-AM. (Foto: Divulgação)

Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Mathias Lauda conquistaram um título de pilotos na classe GTE-AM. A vitória foi com quase uma volta de vantagem para a Ferrari 61 da Clearwater Racing. Na largada Lauda caiu para a quarta posição. Com uma pilotagem agressiva, conseguiu recuperar as posições, entregando para Dalla Lana, que já liderava na terceira hora.

A prova marcou a última participação do Aston Martin Vantage GTE. Carro iniciou sua trajetória em 2012, na primeira temporada do Mundial de Endurance. Venceu duas vezes as 24 horas de Le Mans e dois pódios nos últimos cinco anos. No total foram 36 vitórias nas duas classes. Na terceira posição a Ferrari #54 da Spirit of Race.

Toyota confirma testes com Alonso no Bahrein

(Foto: Divulgação)

A Toyota divulgou na tarde desta sábado, 18, a participação do espanhol Fernando Alonso nos testes promovidos pelo WEC neste domingo, 19 no Bahrein. A confirmação veio depois de uma onda de boatos por parte da imprensa internacional, já que Alonso esteve na sede da Toyota na Alemanha, poucas semanas atrás.

O objetivo do espanhol e conquistar a tríplice coroa do automobilismo, vencendo Le Mans, Indianápolis e Mônaco, esta última já conquistada. A liberação por parte da McLaren só foi possível, após o rompimento do time britânico com a Honda.

“Estamos muito animados com os testes de Fernando com o nosso carro. Quando ele nos visitou em Colonia todos sentiram seu entusiasmo e paixão pelo nosso esporte; ele é um verdadeiro piloto. Respeitamos o seu interesse em diferentes formas do automobilismo e é um prazer oferecer-lhe esta oportunidade de dirigir um carro LMP1 hybrid. Vai ser interessante ouvir o seu feedback sobre o TS050.” Comentou o presidente da equipe Hisatake Murata.

Lutando pelo título na classe LMP2, Bruno Senna larga em terceiro

(Foto: Divulgação)

Como último tempero, as posições de largada das 6 Horas do Bahrein, 9ª e derradeira etapa do Campeonato Mundial de Endurance, não poderiam prometer desfecho mais eletrizante para a prova deste sábado no circuito de Sakhir. Bruno Senna e Julien Canal, líderes da divisão LMP2, partirão em terceiro no carro compartilhado também por Nicolas Prost e logo atrás dos maiores rivais na luta pelo título. O trio formado por Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Thomas Laurent sairá em segundo, superado apenas pelos poles André Negrão, Gustavo Menezes e Nicolas Lapierre.

Resultado treino classificatório

A corrida começará às 11 horas (Brasília). Bruno e Canal, da Rebellion Racing, somam 161 pontos, contra 157 do time da Jackie Chan DC Racing. Em síntese, os ponteiros da classificação garantem o título se os rivais não vencerem a prova. Qualquer outro resultado, desde que terminem logo em seguida, será insuficiente para os pilotos da equipe do astro chinês de filmes de ação superarem o brasileiro e o francês. “Nossa corrida é contra eles”, resumiu Senna, admitindo que ele e seus parceiros vão procurar “marcar” o carro número 38 de perto.

Os tempos válidos para a formação do grid levam em conta a média de cada uma das melhores voltas de dois pilotos por carro. Senna lamentou que a última tentativa de Canal tenha sido comprometida por um piloto mais lento no final da sessão. “O Julian pegou um carro quase parado e não conseguiu melhorar. As parciais indicavam que daria para ficar com o segundo lugar no grid”, reclamou. Mesmo assim, lembrou que as posições iniciais serão pouco representativas para a estratégia. “É uma prova de seis horas e basicamente temos um adversário”, lembrou. O bom rendimento do carro de Negrão e seus parceiros pode jogar a favor de seus planos. “É um adversário forte a mais para quem obrigatoriamente tem de ganhar, como é o caso dos nossos rivais.”

Com 138 pontos e ocupando a quarta colocação no campeonato, Gustavo Menezes tem possibilidades remotas de ser campeão, mas depende de uma improvável combinação de resultados. Nelsinho Piquet, com o segundo Oreca 07-Gibson da Rebellion e ao lado de Mathias Beche e Daniel Heinemeier Hansson, largará em 8º.

 

BR1 LMP1 é apresentado no Bahrein

(Foto: Divulgação)

A BR Engineering apresentou nesta sexta-feira, 17, no Bahrein o seu protótipo que vai disputar a temporada 2018/2019 na classe LMP1 do Mundial de Endurance. Construído sob um chassi Dallara, o novo LMP é equipado com um motor AER.

Os pilotos Vitaly Petrov, Mikhail Aleshin e Sergey Sirotkin foram os responsáveis pelos mais de 1000 km de testes, realizados no circuito de Aragon na Espanha. Kirill Ladygin e Victor Shaytar também participaram dos testes.

Um dos diferenciais do projeto é que várias peças do carro e do motor foram desenvolvidos por estudantes Russos. Além da SMP Racing que vai alinhar dos carros, a DragonSpeed também confirmou a compra de um exemplar.

“Depois que Porsche partiu, o desafio tornou-se ainda maior, e essa é a abordagem da SMP. Estamos levando os melhores desafios “, disse o fundador da equipe, Boris Rotenberg.

“Esta é a minha abordagem. Eu estabeleci metas máximas para mim e para a equipe. Quanto mais difíceis forem os desafios, melhor será para nós “.

Após o lançamento o protótipo volta para os testes no circuito de Aragon. “Definitivamente, o carro vai voltar em alguns dias”, disse Rotenberg. “Continuaremos em dezembro, provavelmente alguns dias em novembro.”

“Vamos fazer uma simulação de 24 horas definitivamente. Precisamos encontrar a localização certa com o tempo certo. Não quero 24 horas de chuva.”

Além dos três protótipos confirmados, o dirigente deixou claro que mantém conversas com outras equipes: “Sim, absolutamente sim. Nós estamos abertos. Mas você tem que se apressar! Primeiro a chegar, primeiro a ser servido.”

“DragonSpeed ​​acabou de comprar o carro. Nós o colocamos fora do portão, eles vão gerenciar o carro completamente. Claro que BR Engineering e Dallara farão suporte na pista como fabricante. Mas eles estão executando sua própria equipe e seu próprio carro. “

Rebellion espera fechar temporada do WEC no Bahrein com Título

Bruno Senna e Nelsinho Piquet estão confiantes. (Foto: Divulgação)

Duas sessões de treinos livres com duração de 90 minutos cada abrem nesta quinta-feira, no circuito de Sakhir, a programação da 9ª e última etapa do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. As 6 Horas do Bahrein podem garantir a Bruno Senna e ao francês Julien Canal a conquista do título da divisão LMP2. Os parceiros na equipe Rebellion Racing lideram com quatro pontos de vantagem sobre o chinês Ho-Pin Tung, o britânico Oliver Jarvis e o francês Thomas Laurent, da Jackie Chan DC Racing.

Senna e Canal contam ainda com a companhia de Nicolas Prost, afastado da disputa pela ausência nas 6 Horas de Nurburgring. Depois de descontarem a desvantagem de 46 pontos, Senna e Canal assumiram a ponta da tabela com a vitória na China, a terceira da temporada de estreia da Rebellion entre os protótipos da LMP2. “Nossa segunda metade de campeonato tem sido bastante positiva. Conseguimos melhorar o carro e a equipe também evoluiu nos pit stops e estratégias. Mas o desafio é ainda muito grande, porque se o carro 38 ganhar a corrida levam o título. Por isso, nossa meta tem de ser a de vencer a prova. O que não será fácil, porque os outros carros estão andando cada vez mais próximos”, comentou o brasileiro.

Foram três vitórias até agora – além de Xangai, a Rebellion ganhou ainda no México e no Japão. “Temos tido uma ótima performance nas classificações em termos de ritmo, mas a corrida no Bahrein é extremamente dura para os pneus, especialmente os traseiros. Vamos ter de fazer um trabalho voltado principalmente para a prova, onde o carro 38 costuma se dar muito bem, embora não seja tão rápido em classificação. Mas já conversei bastante com meu engenheiro e ele sabe como devemos fazer para começar bem desde os primeiros treinos”, continuou Senna.

A expectativa da conquista do título, Senna admite, joga um pouco mais de pressão sobre a Rebellion. “Viemos lá de trás, estamos vivendo um momento muito legal, mas teremos de fazer nosso melhor para chegar aonde queremos. Estamos com um bom carro, uma boa equipe, e todos estão bastante motivados. Acho que psicologicamente estamos mais fortes que os adversários. Então, vamos procurar não cometer erros e ver o que acontece.” Senna tem sido o piloto mais veloz dos protótipos da LMP2. Na China, além de comandar o trio desde a largada, fez a volta mais rápida do qualifying e também da corrida.

Depois de conquistar um segundo e um terceiro lugares nas últimas três etapas no Mundial de Endurance, Nelsinho Piquet, espera manter o bom momento na categoria. A exemplo do que aconteceu nas duas provas anteriores, no Japão (onde conquistou a pole position) e na China (onde terminou em terceiro lugar), o piloto da Rebellion Racing encara um desafio numa pista conhecida, já que pilotou no circuito por dois anos na Fórmula 1.

O traçado de 5.412 metros é composto por três grandes retas encerradas por curvas de baixa velocidade, nas quais é possível negociar uma ultrapassagem. Existe ainda um miolo formado por esses de média velocidade e curvas de alta, o que torna difícil encontrar a melhor regulagem do carro.

“Essa fase asiática do campeonato tem sido boa para nós, com a conquista de uma pole position em Fuji e do terceiro lugar em Xangai. Vamos trabalhar bastante e fazer o máximo para encerrar a temporada com uma vitória no Bahrein, outra pista que conheço bem”. Comentou o brasileiro.

Programação (horário de Brasília)*:

Quinta-feira, 16 de novembro
10h – Primeiro treino livre
14h30 – Segundo treino livre

Sexta-feira, 17 de novembro
6h20 – Terceiro treino livre
12h30 – Treino classificatório

Sábado, 18 de novembro
11h – 6 Horas do Bahrein

WEC pode adotar protótipos GTP a partir de 2020

Porsche 911 GT1 de 1998, um protótipo com cara de GT. (Foto: Divulgação)

ACO e FIA estudam adotar um novo design, para os protótipos da classe LMP1 a partir de 2020. O estilo, semelhante ao adotado ao utilizado na classe GTP nos anos 90, ganhou força durante a reunião organizada pela entidade, que discutiu os rumos do Mundial de Endurance para os próximos anos.

Com as incertezas que rondam a classe LMP1, no que se refere aos gastos, o projeto quer adotar um desenho que se assemelhe aos modelos de produção em série, o que poderia despertar interesse em mais fabricantes.

O diretor esportivo da ACO, Vincent Beaumesnil, confirmou que regras para deixar os protótipos semelhantes aos antigos GTP foi uma das opções.  Porém nada de concreto foi definido. “Estamos bem no meio da questão, então preferimos demorar um pouco mais antes de realmente decidir”, disse o dirigente ao site Motorsport.com.

Para Pascal Vasselon, diretor da Toyota a proposta é válida, já que o desenho pode ser usado de forma mais comercial. “No momento, um LMP1 é um tipo de protótipo genérico e você tem que pintá-lo para colocar sua marca nele”, disse. “A ideia poderia ser uma carroçaria que seja claramente mais próxima dos carros reais – pode interessar os fabricantes que, no momento, não estão interessados ​​em um LMP genérico”.

Vasselon acredita que o estilo utilizado na classe DPi da IMSA, seja o mais indicado. Atualmente as alterações de uma LMP2 para DPi, se resumem a carenagem dianteira e em pequenos pontos do carro.

Mesmo que a ACO adote tal direcionamento, o regulamento não permitiria por exemplo superesportivos como o novo Aston Martin Valkyrie ou a LaFerrari. Um novo encontro do conselho Mundial de Endurance acontece em dezembro.

McLaren demonstra interesse

A McLaren foi uma dos primeiro fabricantes a ver com bons olhos, a alteração dos protótipos da classe LMP1 em modelos semelhantes a carros GT.  Zak Brown, diretor esportivo da equipe aposta nas mudanças: “Nós gostamos muito do que eles estão dizendo: com os orçamentos e o nível de tecnologia que eles estão falando, está indo em uma direção que significa que há um forte interesse da nossa parte”, disse Brown à Motorsport.com

Brown disse que vai acompanhar de perto as próximas reuniões da entidade. A última vez que a McLaren disputou as 24 horas de Le Mans foi em 1995. Uma possível volta começaria pela classe GTE. Brown também já esboçou uma volta pela classe LMP1, desde que os regulamentos fossem financeiramente favoráveis.

Até a Porsche demonstrou interesse. O diretor do programa GT, Frank-Steffen Walliser disse que o fabricante está sempre disposto a  “discutir e ouvir”.

* Com informações do site motorsports.com

Porsche realizada última corrida na classe LMP1 neste final de semana no Bahrein

(Foto: Porsche AG)

A Porsche caminha para sua última corrida com seu programa LMP1 neste sábado, 18, no circuito do Bahrein. Presente desde 2014 no Mundial de Endurance, o fabricante alemão vai competir em 2018 na Fórmula E.

O desenvolvimento do 919 Hybrid remete à 2013, quando a equipe construiu um novo complexo de pesquisa e desenvolvimento em Weissach na Alemanha. A equipe encerra sua participação com três vitórias nas 24 horas de Le Mans, três títulos de fabricantes e pilotos. Com o fim do programa LMP1, a equipe mantém seus dois 911 RSR oficiais na classe GTE-PRO. De acordo com a imprensa internacional, existe a possibilidade de quatro 911 RSR estarem presentes em Le Mans, nos mesmos moldes da Ford.

Sendo um dos projetos automotivos mais complexos, o LMP é movido por um motor a combustão V4 turbo de dois litros, gerando aproximadamente 500hp que aciona o eixo traseiro. Ele é acompanhado por dois sistemas híbridos. O primeiro recupera a energia através do sistema de freios do eixo dianteiro, o segundo aproveita o calor do sistema de exaustão. A energia é armazenada em baterias de lítio.

Fritz Enzinger, responsável pelo programa LMP1 recorda as dificuldades que rondavam a equipe nos primeiros estágios do projeto. “Naquela época, nós desenvolvemos de zero um carro de corrida híbrido altamente complexo nos mesmos padrões técnicos de um Fórmula 1. Os primeiros dias foram extremamente exigentes, especialmente com a infra-estrutura recém inaugurada, incluindo novos edifícios, ao mesmo tempo, além de montar uma equipe de 260 pessoas excelentes. O timing foi muito apertado  Le Mans 2014 veio muito cedo para nós. Mas, desde então, conseguimos o máximo de sucesso. Estou muito orgulhoso desta equipe e espero que possamos concluir a era do Porsche 919 híbrido com uma boa corrida no Bahrein.

911 RSR continua na classe GTE-PRO. (Foto: Porsche AG)

Para o chefe da equipe Andreas Seidl, a prova será tranquila, já que a equipe conquistou os títulos de construtores e pilotos antecipadamente. “Sinto um grande alívio depois dos títulos de pilotos e construtores. As emoções da despedida sob o estresse da batalha pelo título teria sido extremamente difícil para a equipe. A Toyota foi um adversário forte em 2016, já que desenvolveu um carro totalmente novo. Nós, ao contrário, mantivemos o desenvolvendo do carro existente. Que ainda ganhou Le Mans, bem como os dois títulos do campeonato,  graças a performances dos nossos pilotos e muitas melhorias e a força operacional da nossa equipe. Agora temos que focar esta última corrida. Queremos deixar o palco não apenas como campeões mundiais, mas também com um desempenho que é gratificante para todos nós. Seis horas de confiabilidade e trabalho impecável são grandes desafios de homens e máquinas.”

André Lotterer que viveu uma despedida em 2016, enquanto piloto da Audi, vai encarar mais essa emoção: “Toda a equipe vai experimentar um fim de semana muito emocional no Bahrein. Eu tinha sentimentos semelhantes com Audi ano passado. Mas acho que desta vez vai ser diferente para todo o paddock, porque uma era de grande competição entre carros híbridos está terminando. Vou tentar aproveitar cada segundo e levar boas memórias comigo. Quero contribuir com um forte desempenho para uma boa despedida. A pista de Bahrein não é um das minhas favoritas, mas eu ainda gosto de pilotar lá. O clima geralmente é bom no deserto. É uma corrida desafiadora para os pneus, mas eu acho que o 919 é um carro rápido, sólida e nós temos o potencial para vencer lá.”