Oreca critica atualizações de protótipos LMP2

(Oreca praticamente sozinha na classe LMP2 do WEC. (Foto: FIAWEC)

A fabricante Oreca criticou a decisão da ACO, em autorizar a atualização de chassi dos seus rivais Onroak, Dallara e Riley para o próximo ano. A medida veio após um domínio do modelo 07 no Mundial de Endurance, ELMS e Le Mans.

Agora Ligier JSP217, Dallara P217 e Riley Mk30, poderão sofrer alterações aerodinâmicas para pistas regulares, além do circuito de Le Mans. Nenhuma alteração será feita no Oreca 07, que serviu como “base” para as alterações de seus concorrentes.

“O espírito desses ajustes é garantir uma categoria muito disputada, bem como um nível de competitividade entre os construtores e as equipes”, disse o comunicado da ACO. As equipes deverão receber as atualizações sem custos. Detalhes sobre o que ajustes serão permitidas por cada construtor não foram detalhados, embora todas as atualizações devem ser fornecidas, gratuitamente, aos clientes existentes.

O protótipo Riley de acordo com Larry Holt, diretor da Multimatic deve ser re-homologado, o que não foi confirmado pela FIA. As alterações também devem respingar nos protótipos DPi da IMSA, que tem como base os modelos LMP2.

A Oreca que já construiu 20 modelos 07, foi contra as mudanças. O presidente da empresa Hugues de Chaunac criticou a medida. Segundo ele, a ACO não adotou critérios de déficits de desempenho para definir as mudanças no Ligier JSP217 e Dallara P217. Ainda segundo o dirigente as alterações são injustas já que os protótipos concorrentes não participaram em tempo integral do Mundial de Endurance.

“Não concordamos com essas decisões e contestamos sua legitimidade, considerando as análises detalhadas realizadas e prestados pela Oreca”, disse de Chaunac.

“Somente corridas do ELMS foram analisadas – quatro rodadas para começar, em seguida, cinco. Quanto corridas na  IMSA foram vistas?”

“Contrariamente às regulamentações técnicas, essas decisões sobre ajustes de desempenho não são baseadas em dados que avaliem os déficits de desempenho.”

“Como única fabricante que não pode desenvolver seu carro, Oreca encontra-se injustamente penalizado hoje, juntamente com todas as equipes que colocaram sua confiança em nós e encontraram sucesso com o Oreca 07.” Durante as 24 horas de Le Mans, o modelo 07 ocupou as cinco primeiras posições na classe LMP2.

Para amenizar o mal estar o diretor esportivo da ACO, Vincent Baumesnil elogia o trabalho desenvolvido pelo fabricante francês. “Temos que respeitar o fato de que Oreca fez um grande trabalho e ter construído um grande carro. Isto é muito importante para nós”, disse. “Nós apenas precisamos restaurar, para os outros carros e equipes, a esperança de competir.”

Segundo o dirigente todas a mudanças estão amparada pelas regras propostas e aceita pelas equipes. “O que todos nós sabemos é que este ano, o que o Oreca 07 é um carro de referência; que é o melhor carro”, disse ele.

“As regras que acordamos com os construtores ao longo dos últimos três anos, ele diz que, se algum carro têm um déficit de desempenho, há uma possibilidade de conceder um subsídio para fazer uma evolução para compensar um déficit de desempenho.”

“Com base nisso, alguns fabricantes têm a possibilidade de pedir esta Evo. Três deles fizeram o pedido. Obviamente Oreca não fez o pedido porque estava claro para todos que eles têm o melhor carro.”

O pedido para atualizações é feito durante os quatro anos de vida útil dos protótipos. “Se quisermos fornecer alguma evolução para estes três fabricantes para se  impor frente a Oreca, em seguida, fazer outra Evo porque a Oreca seria mais lento do que lhes seria completamente estúpido”, disse ele. “Não é o espírito.”

“É importante ter em mente que essas pessoas terão um passo para competir. Mas nós não queremos colocar a Oreca em uma situação difícil.”

Para De Chaunac a mudança é vista com outros olhos: “Nos primeiros dias do projeto, todos os fabricantes LMP2 tinham acordado na ideia de uma competição aberta entre quatro fabricantes de chassis que partilham as mesmas regras, com o mesmo motor também”,

“Menos de um ano, estamos caminhando para um equilíbrio de desempenho do sistema que não tem nada a ver com esta ideia original.”

“Originalmente, evoluções de desempenho tem a intenção de que nenhum fabricante enfrente dificuldades. Apenas um de nós está nesta situação hoje”, acrescentou, em referência ao Riley Mk. 30.

* Com informações do site sportscar365.com

Hegemonia da Cadillac é quebrada com vitória da Ligier em Laguna Seca

(Foto: Divulgação equipe)

Uma vitória inédita para a equipe Visit Florida Racing neste domingo, 24, no circuito de Laguna Seca nos Estados Unidos. Renger Van der Zande e  Marc Goossens, superaram o domínio dos protótipos Cadillac na IMSA. A bordo do Ligier #90 a equipe conquistou a primeira vitória de um protótipo LMP2 na atual temporada. O primeiro lugar veio após Dane Cameron com o Cadillac #31, ver sua vantagem de mais de seis segundos ir por terra nos últimos 15 minutos de prova.

Resultado Laguna Seca

Cameron que dividiu o #31 com Eric Curran. A dupla assumiu a liderança na metade da corrida, não conseguiu segurar o ímpeto do Ligier #90. O calvário do #31 também foi intensificado após toque com um dos carros da classe GTD. Com a carroceria avariada, foi questão de tempo para que fossem superados.

A ultrapassagem de Van Der Zande se deu na tradicional curva Corkscrew. A dupla cruzou a linha de chegada com uma diferença de 2.248 segundos para o protótipo da Action Express. Na terceira posição os líderes do campeonato Jordan e Ricky Taylor com o Cadillac #10 da Wayne Taylor Racing. A dupla que largou na pole liderou até as primeiras trocas de pneus. Com a substituição dos compostos, o Cadillac #10 perdeu rendimento.

Na quarta posição o Oreca 07 da equipe JDC-Miller Motorsports. Christian Fittipaldi e João Barbosa completam os cinco primeiros com o Cadillac #5 da Action Express. Faltando apenas Petit Le Mans para o término do campeonato, a Wayne Taylor Racing lidera com uma vantagem de 29 pontos para Cameron e Curran. Serão 36 pontos em jogo na última etapa, tornando o título do #31 pouco improvável.

Scuderia Corsa vence na classe GTD. (Foto: Divulgação)

Com o resultado, Fittipaldi e Barbosa caíram para terceiro na tabela de pontos, um ponto atrás dos companheiros Cameron e Curran, também da Action Express Racing. O foco da dupla luso-brasileira agora é brigar pelo tetracampeonato do Campeonato Norte-americano de Endurance (que engloba as quatro provas longa da temporada – 24 Horas de Daytona, 12 Horas de Sebring, 6 Horas de Watkins Glen e 10 Horas de Petit Le Mans).

Fittipaldi e Barbosa estão na liderança da competição de endurance e buscam o título na última etapa, no dia 7 de outubro, as 10 Horas de Petit Le Mans, em Road Atlanta.

“Largamos em segundo, mantive a posição até entregar o carro para o João na primeira parte da prova. Depois caímos para terceiro e, na penúltima volta, o João foi tentar passar um carro de GT e eles acabaram se tocando. O João escapou e acabou perdendo duas posições. Íamos para o pódio, mas paciência”, contou Fittipaldi.

“Não é o resultado que gostaríamos, acabamos perdendo uma posição no campeonato também, mas agora é trabalhar e tentar vencer em Road Atlanta, para buscar nosso quarto título na competição de endurance”, completou o brasileiro

BMW vence na classe GTLM. (Foto: Divulgação)

O BMW #24 de John Edwards e Martin Tomczyk venceram na classe GTLM. A vitória veio de forma dramática, após forte pressão de Toni Vilander na Ferrari #62 da Rizi Competizione. A diferença entre ambos foi de apenas 0.152 segundos. Em terceiro o Porsche #911 de Patrick Pilet e Dirk Werner.

A vitória da BMW se deu após uma formidável economia de combustível, o que deixou a equipe apreensiva nos momentos finais da prova. O #25 correu com o mesmo tanque por 1 hora e 16 minutos. Foi a primeira vitória para Edwards e Tomczyk e a terceira para a BMW no ano. O Corvette #3 de Jan Magnussen e Antonio Garcia terminaram na quarta posição, a frente dos dois Ford GT, #67 em quinto e #66 em sexto.

A Scuderia Corsa com Christina Nielsen e Alessandro Balzan venceram, na classe GTD com a Ferrari #63. Na segunda posição o Acura #93 da Michael Shank Racing de Andy Lally e Katherine Legge. O Porsche #93 da Park Place Motorsports de Joerg Bergmeister e Patrick Lindsey completaram o pódio em terceiro.

ACO não autoriza alterações no Ligier JS P217 para Le Mans

Ligier começa Le Mans com dificuldades. (Foto: FIAWEC)

A briga entre os fabricantes na classe LMP2 ganhou mais um capítulo. A ACO não atendeu as solicitações da Onroak Automotive, que pleiteava alterações no Ligier JS P217. A polêmica começou após os testes oficiais para as 24 Horas de Le Mans, que viu as 13 primeiras posições na classe, ocupadas por protótipos Oreca 07.

Tentando dar uma maior chance para seus clientes, a Onroak acabou solicitando, que as alterações feitas, pudessem ser avalizadas. Para tal, os demais fabricantes deveriam aprovar, todos negaram.

Os outros fabricantes decidiram que não podemos fazer essa mudança”, disse Jacques Nicolet dono da OnRoak Automotive, ao site dailysportscar.com.

O principal problema dos protótipos franceses é a baixa velocidade em reta. O melhor JS P217 foi o #32 da equipe United Autosports, pilotado por Filipe Albuquerque. O português marcou 3:31.907. O melhor tempo da classe foi de Nelson Panciatici com o #35 da Signatech Alpine, marcando 3:28.146.

Quando se compara as velocidades máximas, nova perda para o Ligier. O mais rápido durante os testes foi o Dallara com 341,3 km/h, superando com folga os 333,9 km/h obtidos pelo JS P217.

 

 

Tockwith Motorsports deve alinhar Ligier JS P217 no Mundial de Endurance

 

(Foto: ELMS)

A supremacia dos protótipos Oreca 07 na classe LMP2, está com os dias contados. A Tockwith Motorsports estuda alinhar seu Ligier JS P2 nas 6 horas de SPA. A equipe compete com o modelo da Onroak Automotive no ELMS e já possui entrada garantida nas 24 horas de Le Mans.

Nigel Moore e Phil Hanson deve aparecer na lista de inscritos provisória para a segunda etapa do WEC na pista belga. Caso os planos da equipe se concretizem, e os recursos sejam adquiridos, a participação de mais quatro etapas estão nos planos.

Caso se concretize, serão 10 Oreca contra 1 Ligier. Segundo informações do site Sportscar365.com, as possíveis entradas da Tockwith devem ser: SPA, Nurburgring, Xangai e Bahrein.

Filipe Albuquerque leva United Autosports a vitória em Silverstone pelo ELMS

United Autosports vence na classe LMP2 e LMP3. (Foto: ELMS)

A primeira etapa do European Le Mans Series, realizada neste sábado 15, no circuito de Silverstone na Inglaterra teveum final de prova inesperado. Filipe Albuquerque com uma pilotagem agressiva superou faltando menos de 5 minutos o Oreca da equipe G-Drive Racing pilotado por Ryo Hirakawa.

Albuquerque pilotou o Ligier JS P217 #32 com Hugo Sedeleer e Will Owen. A vitória poderia ter sido mais fácil se Owen não tivesse recebido uma punição por uma ultrapassagem em bandeira amarela.

Resultado final 4 horas de Silverstone 2017

Disputando a vitória conseguiu superar o Oreca da equipe DragonSpeed que enfrentou problemas com a durabilidade dos seus pneus. Pelos lados da G-Drive, Leo Roussel foi o principal piloto. Largando em quarto na classe, depois do stint de Memo Rojas, superando o Oreca #40 da equipe Graff e o Ligier #25 da Algarve Pro Racing em apenas duas voltas. Infelizmente o desempenho do protótipo caiu depois que Hirakawa assumiu o volante.

Na terceira posição Dallara #49 da equipe High Class Racing de Dennis Anderson e Andres Fjordbach. Os três fabricantes escritos na classe, acabaram ocupando o pódio. Na quarta colocação o #40 da Graff Racing, que chegou a liderar a prova. Frank Matelli e James Allen não conseguiram manter o mesmo ritmo de Richard Brandley.

A DragonSpeed que marcou a pole iniciou, a prova com um bom ritmo. Ben Hanley liderou a primeira hora. Após passar o volante para Henrik Hedman o Oreca #21 teve problemas na caixa de câmbio. Terminou na 11º da classe. O Ligier da Algarve Pro Racing pilotado por Andrea Roda, Andrea Pizzitola e Mattew McMurry também enfrentou problemas mecânicos não completado a prova.

Aston Martin vence na classe GTE. (Foto: ELMS)

A United Autosports também venceu na classe LMP3 com o Ligier JS P3 de John Falb e Sean Rayhall. Foi uma vitória do início ao fim da prova. A diferença para o Ligier #6 da 360 Racing foi de aproximadamente 30 minutos. Em terceiro o também Ligier #17 da equipe Ultimate.

Pela classe GTE, a TF Sport, estreante na série venceu com Nick Thiim, Euan Hankey e Slih Yoluc. Fazendo o último stint. Os atuais vencedores da Michelin GT3 Le Mans Cup correram com um Aston Martin Vantage, largando na pole. Acabaram perdendo a primeira posição para a Ferrari #55 da Spirit of Race

Euan Hankey retomou a liderança após a primeira rodada de pit stop, construindo uma vantagem de 50 segundos antes de perder tempo depois de um toque. Thiim controlou a parte final da corrida, enquanto Matteo Cairoli no Porsche #77 da equipe Proton Competition terminou na segunda posição. O Porsche pilotado por Cairoli, Joel Camathias e Christian Ried se alternou com a Ferrari pela liderança da prova. Fechando o pódio na classe, o Aston Martin #99 da equipe Beechdean AMR de Andrew Howard, Ross Gunn e Darren Turner.

A próxima etapa acontece no dia 14 de maio no circuito de Monza na Itália.

DragonSpeed marca pole para as 4 horas de Silverstone

(Foto: Jakob Ebrey Photography)

A equipe DragonSpeed marcou o melhor tempo no treino classificatório para as 4 horas de Silverstone, prova que abre o calendário do European Le Mans Series em 2017. Ben Hanley marcou 1:44.040 com o Oreca 07 #21. Em segundo o português Filipe Albuquerque com o Ligier JS P2 #32 da equipe United Autosports.

Esta foi a primeira pole position de Hanley no campeonato. Na terceira posição Enzo Guibbert com o Oreca #39 da equipe Graff. Em quarto Richard Brandley com o Oreca #22 da G-Drive Racing.

Resultado treino classificatório

Mikkel Jensen liderou os trabalhos na classe LMP3 com o Ligier #9 da AT Racing. Em segundo e terceiro, os dois Liger da equipe United Autosports. Na classe GTE Nicki Thiim manteve o bom momento que vive com o Aston Martin Vantage GTE. Marcando 1:58.269, superou Ross Gunn com o Aston Martin da equipe Beechdean AMR. Em terceiro na classe Matt Griffin

Nicki Thiim manteve Aston Martin no topo da classe GTE, definindo um tempo de volta de 1: 58.269 na entrada TF Sport, enquanto Ross Ross Gunn Beechdean AMR foi menos de dois décimos atrás. Matt Griffin vai largar em terceiro com a Ferrari #55 da Spirit of Race.

Oreca e Onroak Automotive, ampliam domínio no WEC e IMSA

Dos 10 protótipos da classe LMP2 do WEC, 10 são da Oreca. (Foto: Alexis Goure)

A divulgação das listas de inscritos do WEC, Le Mans e ELMS, revelaram algo que já era implícito nos bastidores. O domínio da Oreca e Onroak Automotive no cenário do endurance mundial.

Os números do WEC, não mentem. Todas as equipes da classe LMP2, irão alinhar um Oreca 07.  Por outro lado, o Ligier JS P3, foi o protótipo mais vendido, e vai dominar a classe LMP3 no ELMS. Este domínio se estende, pelas várias parceria da ACO ao redor do mundo. IMSA, campeonato britânico de protótipos e VdeV.

Na contramão, Dallara e Rilley, confirmaram poucos protótipos. A Dallara, está em melhor situação, pois firmou parceria com a GM, e está presente na IMSA pelas mãos da Action Express e Wayne Taylor Racing. Com vários LMP2 em 2016, a Onroak, viu sua participação, ser diminuída em 2017. Por outro lado, está lado a lado da Nissan com um DPi na IMSA.

O mercado americano

Onroak estreou Ligier JS P217 nas 24 horas de Daytona. (Foto: Onroak)

 

Jacques Nicolet, dono da Onroak, em entrevista ao site endurance-info, comenta a logística em torno do Ligier JS P217 e o Nissan DPi, que estrearam nas 24 horas de Daytona. Pelos lados do WEC, o domínio da Oreca, não é algo que preocupa sua organização.

“Nós temos agora um suporte ao cliente eficaz através do meu filho Pierre. O povo de Crawford (base da Onroak localizada no Texas) são de uma qualidade incrível. Eles vão dar um suporte ao cliente rápido e com eficiente. A implementação foi complicada no começo, mas tudo acaba funcionando ao longo do tempo. Temos um estoque de peças no local e vários Ligier JS P3 já estão nos Estados Unidos. Vendemos carros que não estão envolvidos especificamente na nova liga. O suporte ao cliente está também acompanha as equipes LMP2 e DPI “.

Nissan DPi, enfrentou problemas no motor na abertura da IMSA, nada que desabone o projeto da Onroak. (Foto: Onroak Automotive)

Sobre o domínio da Oreca. “Nós vendemos carros para os clientes que decidem ao campeonato de sua escolha. Não há nenhum segredo sobre a distribuição. Tudo é uma questão de orçamento. Várias equipes que confiam em nós, que não tiveram orçamento para chegar no WEC. Estou muito feliz por ter um Ligier no ELMS. Não posso pedir as equipes para encontrar o dinheiro para ir no FIA WEC. O número de chassis vendidos, está além das nossas expectativas. Devemos ter quinze carros em diferentes campeonatos. Este é o dobro do que nós imaginávamos em nosso plano de negócios para o primeiro ano.”

Assim como seu Nicollet, Hugues de Chaumac, acredita que a Oreca vai desempenhar um bom papel nos EUA. É sempre um prazer estar em Daytona. Este é um lugar fantástico e simbólico. Daytona é um dos mitos de Endurance. Com Oreca, temos grandes memórias deste o tempo Viper. 2017 marca o início de uma nova era com o P2 e o DPi.”

Sobre um possível imediatismo dos chassis LMP2 e DPi em Daytona: “Todo mundo está no mesmo barco. Equipes apresentaram seus carros com um pouco de pressa. Nem tudo estava 100% pronto. Em espírito, eu não gosto disso. Nós temos três equipes que nos confiaram.”

Por conta do BoP, que claramente favoreceu os DPi, Daytona viu os Oreca 07 em posições secundárias. (Foto: Oreca)

Chaunac, afirma que uma parceria DPi, não está descartada. “Estou confiante. Oportunidades atraentes estão sob consideração. A probabilidade de Oreca desenvolver um DPi para a próxima temporada é forte. Nós não queremos nada neste ano. O princípio da DPI é bom, pois permite que os fabricantes trabalhem com um orçamento razoável. O conceito é bom.”

Com todas as equipes do WEC, competindo com seu protótipo na classe LMP2, o presidente da Oreca, argumenta, que isso é resultado do bom trabalho de desenvolvimento do Oreca 07. “Por um lado, nós amamos a concorrência, por isso é um lamento ver somente chassis Oreca nesta temporada do WEC. No entanto, não sabemos de todos os elementos. Isto é muito importante para nós e para a LMP2, ter diferentes fabricantes. Por outro lado, a Oreca fez um grande trabalho para ter o melhor carro. A nossa oferta é atraente. No plano econômico, temos de estar vigilantes.”

Protótipos LMP1

Os dois fabricantes são cautelosos com seus projetos para a principal classe do Mundial de Endurance. Seria uma inverdade, acreditar que nenhuma das duas empresas, não possuem projetos para ofertar, a possíveis clientes.

Sendo 2017, um ano de esperar para os novos regulamentos que entram em vigor a partir de 2018, uma expectativa sobre Oreca e Onroak, na classe LMP1, estão depositada em 2018. “Continuamos atentos para a classe LMP1 privada. É necessário encontrar parceiros e um fabricante para a parte mecânica. coisas que queremos fazer da melhor forma possível. O projeto está bem avançado e as regras estão confirmadas por um período considerável. Temos muitos problemas para lidar agora. Para iniciar este projeto, é necessário que sejam preenchidas todas as condições. Se formos para a LMP1, aplicamos a mesma receita que fizemos com os LMP3. É fazer um projeto vencedor.” Salienta Jacques Nicolet.

Oreca desenvolveu o Rebellion R-One para a classe LMP1 do WEC. (Foto: Rebellion Racing)

O mesmo argumento é sustentado por Chaunac. “Oreca, de alguma forma iniciou o LMP1 privado com o Rebellion R-One. Há claramente um projeto,  mesmo que por agora todo mundo esteja olhando para a LMP2. Em paralelo a uma reflexão sobre o chassi, olharmos para o que pode ser feito sobre o motor. Temos feito um bom trabalho com a Nissan, quando esta competia na LMP2. Temos de acompanhar o desenvolvimento das regras. É importante que o LMP1 privado, não canibaliza os LMP2. Não se pode pensar que a classe tenha seis ao invés de dez. A ACO está ciente desse parâmetro.”

“É preciso um novo conceito de LMP1, mais barato do que um protótipo híbrido, e de um privado. Algo inspirado no que feito com os DPi. Devemos reinventar algo para 2019. O mercado que a ACO abriu é bom, estou bem ciente de que a solução não é óbvia.”

Onroak domina mercado LMP3 com seu Ligier JS P3. (Foto: Onroak Automotive)

Para Pierre Fillon, presidente da ACO, o fato da classe LMP2, ter apenas protótipos Oreca não reflete qualquer predileção por parte da entidade. “Eu realmente acho – eu não diria que é uma coincidência, não é a palavra certa – mas isso não reflete a realidade”, disse ao Motorsport.com. “Este ano, acontece ser apenas Orecas no WEC, mas se você olhar para as 24 Horas de Le Mans ou ELMS, você vê que há muitos Ligiers, há Dallaras. Eu acho que tudo isso, faz parte do primeiro ano, mas eu não acho que o fato de que há apenas Orecas no WEC tem um significado particular.”

Quando questionado sobre o fato da Alpine, estar na classe LMP2, e não na P1, o dirigente foi político. “Alpine não faz carros”, disse ele, “assim quando eles voltaram para a P2, eles não fizeram carros e não poderíamos considerá-los como um construtor. É por isso que os aceitamos sua inscrição na classe LMP2. Sabemos que o chassi ainda é um Oreca ou qualquer outra coisa. Caso Alpine não produza carros, eles serão autorizados a correr na P2.”

“É óbvio que no dia em que produzem carros, as regras terão de ser aplicadas”.

 

“É muito mais do que carenagem diferente”, diz Philippe Dumas da Onroak sobre LMP2 e DPi

Projeto do DPi da Nissan , acabou atrasando. (Foto: John Dagys)

O diretor da Onroak Automotive, Philippe Dumas, está em Daytona acompanhando os mais novos produtos do fabricante francês. O Ligier JS P217 e o Nissan DPi, estão se enfrentando pela primeira vez, mesmo que seja apenas um teste.

Em entrevista ao site sportscar365, Dumas revelou detalhes sobre os dois protótipos e confirmou o que grande parte dos torcedores já sabia, é muito mais do que uma carenagem diferente.

“Mais ou menos, tudo é diferente com o carro”, disse Dumas. “60%  do carro do DPi, é diferente do JS P217.”

“O equilíbrio é diferente. Algumas partes da caixa de velocidades são diferentes. O motor, o piso, os sidepods, a frente, a capota traseira … tudo é diferente.”

“Foi um grande desafio, porque se você olhar para a Mazda ou Cadillac, eles começaram o projeto do DPi, e depois fizeram o LMP2. Nós fizemos o oposto.”

O motor do DPi, é baseado no V6 de 3 litros e 3 cilindros oriundo do GT-R NISMO GT3. Todo o projeto começou em setembro. Os concorrentes diretos, Cadillac e Mazda estão com seus projetos em andamento desde o final de 2015.

“Foi também um grande desafio porque é a primeira vez que um motor GT3 está dentro de um protótipo”, disse. “É completamente novo e provavelmente bom para o futuro porque é um motor GT3.”

“Você pode imaginar o espaço com o turbocompressor, o peso, e tudo? Isso é muito novo.”

Outro fator que diferencia o DPi do LMP2 é a distribuição de peso. O motor Nissan é cerca de 50 kg mais pesado do que o Gibson GK428 V8. Segundo as regras da IMSA, os dois protótipos terão que ter o peso mínimo de 930 kg. Por conta disso, o JS P2017 terá que utilizar lastro em Daytona.

“Foi um desafio, mas é claro que no momento temos algo a aprender”, disse ele. “Temos de trabalhar do nosso lado e especialmente do lado da NISMO para obter um peso competitivo.”

“Quando você fala sobre uma diferença de 50 quilos, especialmente na parte traseira, e quando você olha para o motor, o peso está no pior lugar. É muito alto. Assim, a distribuição de peso é tão diferente.”

“A geometria é a mesma, o chassis é o mesmo, os freios são os mesmos. Então nós compartilhamos algumas informações entre os dois carros com certeza.”

“Não é algo novo para nós. Tivemos essa situação com o JS P2 Nissan e o JS P2 Honda”.

Ligier JS P217 é mais leve do que o irmão DPi. (Foto: John Dagys)

Muitos criticaram a carenagem do Nissan DPi, por ser ligeiramente diferente do JS P217. Para Dumas, este é apenas o começo do desenvolvimento do modelo. “Você tinha que encontrar um compromisso e trabalhar em conjunto porque o projeto estava atrasado”, disse Dumas. “A IMSA precisava nos dar um pouco de espaço, o mesmo para a Nissan.”

“Meu objetivo é dar confiança a Nissan que o campeonato está indo bem e eles vêem que é importante estar lá, e eu estou confiante nisso.”

“Então, se for um caso, certamente a Nissan trará mais apoio e um design um pouco diferente.”

As regras da IMSA, possibilitam uma mudança no desenho da carenagem por ano. A ESM tem um contrato de exclusividade com a Nissan e Onroak por dois anos. Para Dumas, a expectativa é que novos fabricantes queiram firmar parceria com a Onroak.

“Fomos os primeiros, a fazer um LMP2 totalmente compatível com motores Judd, Nissan e HPD. Seria impossível vencer Daytona e Sebring sem o apoio da HPD.”

“Com esta experiência com a Nissan, todos irão ver como somos capazes de trabalhar em diferentes projetos. Acho que é uma boa oportunidade para novas parcerias.”

Extreme Speed apresenta versão DPi do Ligier JS P217

(Foto: ESM)

A Extreme Speed Motorsports apresentou na tarde desta quarta (21), a versão DPi do Ligier JS P217 que vai competir na IMSA. A equipe firmou uma forte parceria com a Nissan para a próxima temporada.

O LMP é bem diferente da versão “original” do JS P217 que vai competir no WEC. Serão dois protótipos. Os pilotos já foram escolhidos. Scott Sharp e Ryan Dalziel irão dividir o #2 com o brasileiro Pipo Derani presente apenas nas provas longas. O #22 será dividido por Ed Brown e Johannes van Overbeek. Nas provas longas terão a companhia de Bruno Senna e Brendon Hartley.

E equipe venceu este ano as 24 horas de Daytona e 12 horas de Sebring.

(Foto: ESM)

Versão é está bem diferente da original. (Foto: IMSA)

Projeto DPi da Nissan sofre atraso

Nissan vai alinhar um Ligier DPi na IMSA em parceria com a Extreme Speed Motorsports. (Foto: Onroak Automotive)

A Nissan, foi um dos primeiros fabricantes a revelar seus planos de participação na temporada 2017 da IMSA. Em parceria com a Extreme Speed Motorsports, a montadora japonesa, deve rivalizar com Mazda e Cadillac a supremacia da série no próximo ano.

Mesmo tendo revelado seus planos com antecedência, o desenvolvimento está ocorrendo lentamente. O principal fator, fica por conta do motor, já que o Ligier JP217, que vai servir de base para o DPi, já foi apresentado, inclusive dando algumas voltas na França.

“No geral as coisas estão indo muito bem”, disse o chefe da NISMO Michael Carcamo ao site Racer. “Eu tive uma conferência com os caras da Onroak na França e na semana passada eu estava no Japão verificando o desenvolvimento do powertrain. Tudo está indo muito bem. O motor já foi testado em dinamômetro, e logo será embarcado para a Europa para ser instalado no chassi.”

“O chassi, está dentro do cronograma para o mapeamento aerodinâmico IMSA DPi. Nosso primeiro shakedown será no final de dezembro. Vamos fazer testes privados em primeiro lugar. Outros terão muito mais tempo testando seus próprios carros, então vamos testar em particular antes de qualquer outra coisa.”

O novo protótipo será alimentado por um motor 3.8 litros, biturbo V6. Ele será baseado no propulsor usado pela marca nos campeonatos GT3. A Cadillac, irá competir com um V8 aspirado, que foi usado no Corvette DP este ano. Já a Mazda vai correr com um turbo de quatro cilindros.

A Nissan fez grandes alterações no motor, por conta do layout do seu GT-R. Um novo sistema de lubrificação por cárter seco, bem como mudanças estruturais para deixar o motor com menos torção estrutural. “Há duas partes difíceis: A primeira é que você instalar um motor que estava montado na dianteira de um carro GT3, para a traseira de um protótipo. É necessário mudar mudar tudo estruturalmente em como o motor se conecta ao carro”, disse Carcamo. “É complicado do ponto de vista estrutural, mas não tanto tecnicamente. Você cria faceplates frontais e suportes traseiros para o motor para se adaptar na parte de trás de um protótipo. Então estamos nos certificando que os caminhos certos de ligação estão sendo feitos da maneira correta.”

“O motor que usamos no carro GT usar cárter molhado, e o que vamos usar no protótipo é seco. Neste momento não fizemos alterações significativas com a indução forçada porque estamos preocupados com a potência e torque. o motor em si é um pacote forte, e nós podemos mudar, se necessário, mas já temos grandes turbos e eles são confiáveis. Podemos ir além se isso for necessário.”

Carcamo também confirmou que o protótipo terá uma identidade própria. “Neste momento estamos dando prioridade para o sistema de refrigeração e carenagem”, disse ele.

Ao contrário de Mazda e Cadillac, que já confirmaram que vão permanecer por bastante tempo no campeonato, a Nissan segue com cautela, principalmente sobre o custo x benefício da IMSA.

“O primeiro passo foi tentar entrar em uma grande série de grandes eventos e uma grande equipe. Essa foi a gênese de começar o programa. O que acontece no futuro depende dos resultados e como a série em si cresce. Nós não estamos prontos para fazer qualquer compromisso sobre o futuro a longo prazo, mas esperamos encontrar oportunidades que vão se refletir na mídia.” Finaliza.