Frank-Steffen Walliser da Porsche: “Estávamos a 2 segundos da vitória”

(Foto: Porsche AG)

A Porsche considerou boa a estreia da versão 2017 do 911 RSR. Com dois carros inscritos na classe GTLM, a equipe alemã conseguiu o segundo lugar, em uma prova vencida e dominada pela Ford.

Patrick Pilet, Dirk Werner e Frédéric Makowiecki, garantiram o segundo lugar, depois de 634 voltas. Ficou apenas 2,988 segundos de conquistar a vitória. Se na classe GTLM, o primeiro lugar escapou por pouco, a Alegra Motorsports, com um 911 GT3 R, “vingou” a marca, vencendo na classe GTD. 

Sob forte chuva, principalmente à noite, a prova precisou ser interrompida diversas vezes. Na manhã de domingo, os carros passaram mais de duas horas atras do carro de segurança por conta do acúmulo de água na pista. O próprio SC, ficou sem combustível. Os dois carros da equipe não tiveram um bom desempenho em pista seca.

Com maior intensidade da chuva, os dois 911 RSR, começam escalar até as primeiras posições. O #912 de Kévin Estre, Laurens Vanthoor e Richard Lietz, enfrentou problemas na suspensão, obrigando manutenções não programadas. O trio chegou em sexto na classe. No entanto, Patrick Pilet, que fez o último stint com o #911, travou uma boa batalha com Ford, Corvette e Ferrari pela liderança da prova. Terminou na segunda colocação.

Vitória na classe GTD. (Foto: Porsche AG)

Na classe GTD, o Porsche 911 GT3 R, comemorou sua primeira vitória em Daytona, um ano após sua estréia na corrida. Michael Christensen levou o 911 da Algera Motorsports para o primeiro lugar no pódio. Depois de garantir vitória no geral nas 14 Horas de Dubai em 14 de janeiro, o 911 GT3 R agora ganhou a segunda corrida de longa duração em 2017.

Para Frank-Steffen Walliser, chefe da Porsche Motorsport, a vitória escapou por pouco: “Foi uma corrida incrível e uma grande estréia para o nosso novo 911 RSR. Nós estávamos apenas dois segundos da vitória depois de 24 horas, mas isso não importa neste caso. Foi uma corrida muito dura, uma luta fantástica para a vitória. Apesar das condições de mau tempo, os fãs foram brindados com um belo espetáculo. Os dois 911 RSR completaram a prova. A vitória da Alegra Motorsports com o 911 GT3 R na classe GTD foi a cereja do bolo. Estamos particularmente entusiasmados com o fato de pilotos mais jovens e inexperientes ganharam. Contaram com a ajuda do experiente Michael Christensen. Este resultado, é um excelente conquista.”

Estreando pela marca, Laurens Vanthoor comemora o bom rendimento do 911: “Daytona foi a minha primeira corrida pela Porsche, com o 911 RSR e primeira nos EUA. Tudo realmente correu bem, não cometer erros e isso é importante. Eu não estava totalmente feliz com meu desempenho, eu posso fazer melhor, mas eu tenho tempo dentro docarro. O potencial do 911, me deixa otimista pelo resto da temporada.”

24 horas de Daytona 2017, o primeiro desafio do novo Porsche 911 RSR

Porsche 911 RSR 2017, um carro totalmente novo. (Foto: Porsche AG)

A nova versão do Porsche 911 RSR, faz sua primeira corrida do ano em Daytona. A prova de 24 horas que abre o calendário da IMSA em 2017, acontece entre os dias 28 e 29 de janeiro na Flórida.

O novo 911, que compete na classe GTLM, vai enfrentar uma forte oposição das equipes oficiais da BMW, Corvette, Ford. A Ferrari também está presente, com um apoio semi oficial com a Rizi Competizione. Tendo pilotos experientes, a equipe espera uma boa apresentação. No #911 estarão Patrick Pilet, Frederic Makowiecki, Dirk Werner. Já o #912, marca a estreia de Laurens Vanthoor, Kevin Estre e Richard Lietz.

Além dos dois 911 oficiais, teremos cinco 911 GT3-R na classe GTD. Dos cinco, deles, o destaque fica para o #59 da equipe Manthey Racing. Os pilotos serão Sven Mueller, Steve Smith, Matteo Cairoli, Reinhold Renger, Harald Proczyk.

Com 11 pilotos de fábrica, além dos estão alocados na classe GTLM e no #59 da Manthey, os demais estão em equipes clientes. Jorg Bergmeister compete pela Park Place Motorsports, Michael Christensen estará na Alegra Motorsports. Wolf Henzler vai representar a TRG

Tendo 22 vitórias  no geral e 76 vitórias de classe, a Porsche é o fabricante mais bem sucedido na história da corrida. A pista, conta com um traçado de 5.729. Desde a unificação da ALMS com a Grand-AM, que resultou na criação do United SportsCar Championship em 2014, a Porsche venceu na classe GTLM naquele ano. Desde então, nenhuma vitória mais foi somada.

Os 911

A versão 911, é um carro totalmente novo. Suspensão, estrutura de carroceria e conceito aerodinâmico, bem como motor e transmissão. Dependendo do tamanho do restritor, o motor pode desenvolver até 510 HP. Um das grandes diferenças para a versão 2016, é o enorme aerofólio traseiro, dando um maior downforce, além de ajudar todo o conjunto a obter velocidades convincentes na parte oval de Daytona.

Core Autosports, troca a classe PC, pela GTD. (Foto: Porsche AG)

Já a versão GT3, estreou em 2016, também em Daytona.  Com um motor 4 cilindros “flat”, equipado com injeção direta de combustível, pode render até 500 HP, dependendo do restritor.

Grandes vitórias em Daytona

A primeira das 22 vitórias da Porsche, foi de Vic Elford, Jochen Neerpasch, Rolf Stommelen, Jo Siffert e Hans Herrmann em 1968 em um Porsche 907LH (longtail). Nas classes GT tradicionalmente muito competitiva, Porsche marcou mais de 76 vitórias. A mais recente, foi na classe GTLM em 2014.  Richard Lietz, Nick Tandy e Patrick Pilet, ao volante do 911 RSR #991. Foram cinco vitórias no geral em 1973, 1975, 1977, 1979 e 1991, bem como uma vitória de classe em 1972 conquistada pelo americano Hurley Haywood, o piloto Porsche mais bem sucedido em Daytona.

Para o Dr. Frank-Steffen Walliser, diretor do departamento motorsport da Porsche, a prova é o local ideal para testar a nova versão do 911 RSR. “As 24 Horas de Daytona é a corrida perfeita para estrear nosso novo 911 RSR. A Porsche celebrou algumas de suas maiores vitórias neste clássico fascinante de longa distância, e estamos ansiosos para mostrar ao mundo o nosso novo carro. Teremos uma forte concorrência. Nós também queremos que nossas equipes de clientes façam uma boa apresentação com o 911 GT3 R.”

FIA estuda novo sistema de BoP para o Mundial de Endurance

(Foto: AdrenalMedia)

O BoP (Balance of performance), sempre foi motivo de discussões, tanto pelas equipes, pilotos e fãs, que veem o verdadeiro potencial do carro ser manipulado, para proporcionar uma disputa mais “justa”. Em tempos de custos controlados, o desenvolvimento e pesquisa por parte das equipes acabam se tornando um processo caro. O BoP acaba beneficiando, quem investe menos.

Em 2016, a classe GTE teve 10 mudanças ao longo do ano. Para evitar uma quantidade igual, ou maior para o próximo ano, a FIA e ACO estão desenvolvendo junto com os fabricantes um novo sistema para equilibrar o carros.

O diretor de esportes da ACO, Vincent Beaumesnil, ressaltou em entrevista ao site Sportscar365, alguns detalhes sobre o novo sistema. “A ideia é definir o processo em conjunto, uma evolução do processo”, disse Beaumesnil. “Há muita emoção com o BOP. Temos de manter a calma. Eu acho que a equipe técnica faz um trabalho incrível e eles realmente gerenciaram uma enorme quantidade de dados para tomar as  decisões.”

“Há um grupo de trabalho trabalhando no processo para o próximo ano. Nenhuma conclusão foi alcançada até o momento, mas eles estão trabalhando em uma boa direção.”

“Vamos ver em poucos dias ou semanas como as coisas estão. Mas estou muito confiante que teremos uma temporada com menos debate no próximo ano. “

Três fabricantes, venceram este ano na classe GTE-PRO, A Porsche, foi a única que não alcançou a vitória. Mesmo com o BoP, em determinadas pistas um fabricante, acabou tendo mais vantagem do que outro.

Mesmo com o título da Aston Martin, Ford e Ferrari foram os protagonistas na classe GTE-PRO em 2016 (Foto: AdrenalMedia)

Aston Martin dominou na Cidade do México e Austin. Mesmo com um restritor de ar menos, a Ford teve duas vitórias incontestáveis em Fuji e Xangai. Para a última etapa no Bahrein, os modelos americanos tiveram 20kg e peso extra e 4% menos de potência.

O grande debate do ano, foi durante as 24 horas de Le Mans. Poucas horas antes do início da prova, Ferrari 488 e Ford GT, ambos com motorização turbo, acabaram sofrendo com uma alteração de performance. Mesmo mais pesados e menos potentes, os dois carros foram os protagonistas da prova. A vitória ficou com a Ford.

Beaumesnil, no entanto, argumenta que a diferença entre os quatro fabricantes ao longo da temporada nunca não foi grande.

“Em todos os anos temos usado o BoP, ele nunca foi tão justo, e também nunca tivemos tantas reclamações. Essa é a conclusão mais irônica “, disse ele.

“Entendemos que o nível está aumentando e os mais fabricantes estão se envolvendo, mas eles querem defender suas posições e são mais fortes nos seus pedidos.” Justifica.

Marco Ujhasi, chefe do programa GT da Porsche, aprova as novas medidas, e está otimista para o próximo ano, principalmente pelo fato de que o 911 GTE, não venceu na classe PRO este ano.

“A coisa boa é que todos os fabricantes estão na mesma página e querem resolver este ponto”, disse. “Existem algumas idéias de como proceder, mas ainda é uma discussão em curso.”

Não está claro se um sistema BoP variável, semelhante ao que se usa nos campeonatos organizados pela SRO Motorsports Group, será adotado. O sistema do SRO utiliza quatro diferentes categorias de BoP, agrupadas com base em layouts de circuito e características.

Se no WEC, o BoP é polêmico, na IMSA, a equipes convivem pacificamente com as regras. (Foto: IMSA)

A solução, seria não ter BoP? “Corridas de GT  são impensáveis sem um BoP. Isso é claro “, disse ele. “Você quer competir com diferentes conceitos: motor dianteiro, traseiro, turbo, aspirado. São tantas diferenças que você tem que ter em mente.”

“É apenas factível com BoP. Caso contrário, você teria que escrever muita regulamentação técnica. Se for assim vamos transformar os GTs em protótipos.”

Se no WEC, a discussão sobre estes ajustes, sempre causaram discussões e muita polêmica, na IMSA a situação é diferente. Mesmo com ajustes a briga pela vitória é intensa em todas a provas. A solução seria um BoP comum para as duas séries?

“Nós compartilhamos todas as informações com a IMSA, em seguida, cada um toma suas próprias decisões”, disse ele. “Cada campeonato tem as suas próprias especificidades, circuitos, etc.”

“Fizemos um exercício simples. Em Le Mans, tomamos os valores que a IMSA usa. Não teria havido grandes diferenças se não tivéssemos usado o nosso “.

Beaumesnil espera  finalizar o seu processo de revisão até janeiro ou fevereiro. Qualquer alteração seria aprovado diretamente pelo Comité de Endurance da FIA e não teria de ir antes para o Conselho Mundial de Automobilismo.

“Em anos anteriores nós mantivemos um mínimo de duas corridas [antes de uma mudança BoP]”, disse ele. “O que planejamos para o próximo ano é provavelmente muito diferente disso.”

Ford deve alinhar quatro carros nas 24 horas de Daytona 2017

(Foto: Ford Performance)

A Ford, deve alinhar quatro carros para a abertura da IMSA em 2017, as 24 horas de Daytona. A notícia foi levantada pelo site Sportscar365.com. Segundo o portal a Chip Ganassi já começou a preparar seus quatro Ford GT para a empreitada.

Como ocorreu em Le Mans, nomes oriundos da NASCAR e Fórmula Indy devem fazer parte do programa. Quando questionado, Dave Pericak não chegou a confirmar, nem negou a hipótese.

“Nossa equipe Ford está completamente focada na programação WEC restante. Estamos extremamente orgulhosos e felizes com o nosso desempenho na américa quanto europa.”

Desde o seu lançamento no início do ano, foram três vitórias na IMSA, com o #67 de Richard Westbrook e Ryan Briscoe. Em Le Mans os vencedores foram Joy Hand, Dirk Mueller e Sebastien Bourdais.

Pelos lados do WEC, foram conquistadas vitórias em Fuji e Xangai, ambas com Andy Priaulx e Harry Tincknell.

IMSA divulga lista de inscritos para Long Beach e ajusta BoP

A próxima etapa do TUSC será disputada entre os dias 17 e 18 de Abril nas ruas de Long Beach na Califórnia. Como é de costume o número de inscritos cai vertiginosamente se comparado as etapas de Daytona e Sebring.

Lista de inscritos.

Para esta edição apenas 18 carros estarão alinhados. As classes que irão disputar a corrida serão a P e GTLM o que explica também o baixo plantel. Serão 10 carros na classe principal. A grande expectativa está na estréia do Delta Wing da dupla Memo Rojas e Katherine Legge.

Os brasileiros Christian Fittipaldi no Corvette #5 da equipe Action Express e Oswaldo Negri no Ligier #60 da equipe Michael Shank Racing estão confirmados. O Ligier que foi bem danificado por Negri em Sebring foi recuperado a tempo para a prova.

Na classe GTLM, os oito carros de costume também estão presentes no grid. Os dois Corvettes da equipe oficial de fábrica, O Porsche #17 da equipe Falken Tire e os dois 911 oficiais da Porsche. A BMW está presente com seus dois modelos Z4GTE, enquanto apenas a Ferrari #62 da Risi Competizione represente o fabricante Italiano.

A IMSA também anunciou ajustes de desempenho para a classe GTLM. O BMW Z4 teve uma redução de peso na casa de 10kg, pesando agora 1.210 quilos. Para a próxima etapa em Laguna Seca o carro sofrerá modificações aerodinâmicas na portas e a redução do difusor traseiro de 2007,, para 1883 milímetros.

Todos os carros da classe terão ajuste na capacidade do tanque de combustível. A Ferrari teve um aumento de 4 litros, Porsche 3 e BMW 2. Já o Corvette teve uma na casa dos 3 litros, o que deve se manter para Laguna Seca.

Ainda para a próxima etapa a Ferrari terá uma diminuição no tamanho do restritor em 0,3 mm e uma adição 15 quilos de peso. Além disso o carro poderá receber o difusor spec 2015 e o uso do acelerdor fly-by-wire.

IMSA finaliza BoP para Sebring

Como preparação para as 12 horas de Sebring que acontece no dia 21 de Março a IMSA revelou nesta segunda-feira (23) o ajuste de desempenho das classes que irão participar da prova.

As classes que mais sofreram alteração foi a GTLM e GTD, concidentemente a classe P aonde os modelos DP deitaram e rolaram em Daytona em cima dos P2 não terá grandes alterações. A única alteração para todos os carros da classe é a adição de pacotes aerodinâmicos com alta carga de Downforce além dos DP correram com um difusor traseiro.

O Riley Dinan-BMW terá uma redução de 3 litros na capacidade do seu tanque de combustível se comparado a Daytona.

Já a classe GTLM tem diversas alterações, como peso, restritor de ar, e capacidade de combustível para a maioria das equipes. O Aston Martin GTE terá um aumento de 15 kg no seu peso mínimo, enquanto o BMW Z4 terá uma redução de 10 kg.

Os dois modelos, mais o Corvette C7.R terão um aumento de 15mm em sua altura. Já o Corvette terá 0,3mm em seu restritor de ar, o que vai resultar em uma perda de potência.

Tanto a Ferrari F458, quanto o Porsche 911 terão reduções na capacidade de combustível. O modelo italiano perderá 1 litro enquanto o alemão 4. O Aston Martin também voltará a ter um pacote aerodinâmico padrão, pois em Daytona ele competiu com a mesma configuração de Le Mans.

Na classe GTD mais alterações. O Dodge Viper GT3-R, terá um aumento de 40kg em seu peso mínimo, uma redução de 200 RPM e um aumento de 0,5 mm em sua altura, além da redução da capacidade do tanque de combustível.

O BMW Z4 GTE também ganhou 40kg de peso e uma redução de 19mm em seu restritor de ar. Aston Martin V12 Vantage GT3 e Audi R8 LMS ganharam 20kg de peso mínimo.

A Ferrari 458 Itália GT3, ganha 35 kg de peso e tem uma redução de 250 RPM e 4 litros a menos em seu tanque de combustível. O Porsche 911 GT Améria não teve alterações.

BoP para Sebring.

Andrea Bertolini se junta a Risi Competizione para Sebring

Andrea Bertolini irá se juntar a Giancarlo Fisichella e Pierre Kaffer na Ferrari #62 da equipe Risi Competizione para as 12 horas de Sebring.

“Eu tenho sempre boas memórias com a Risi, por que é uma equipe Ferarri forte e muito profissional.” Disse Bertolini em nota. “Eu sei que todos os caras que estão com Giuseppe estão a muito tempo o que deixa tudo com uma atmosfera muito especial. Vou estar ao lado de dois grandes amigos que são Giancarlo e Pierre.” Disse.

Bertolini competiu em Daytona na classe GTD com a Ferrari #64 da Scuderia Corsa. Em 2014 terminou em quarto em Sebring na classe GTLM competindo pela equipe Krohn Racing em parceria com Tracy Krohn e Nic Jonsson.