Um dos principais circuitos dos Estados Unidos teve o seu asfalto refeito. A pista de Mid-Ohio, palco de provas da IMSA, Fórmula Indy, além de diversas séries, fez o trabalho que garantirá segurança para pilotos e equipes.
A Kokosing Construction Company, Inc., com sede em Ohio, iniciou o trabalho de reparo inicial na semana de 16 de outubro, seguido pela fresagem da superfície da pista existente na segunda-feira, 23. Assim, os trabalhos se encerraram no último dia 27, com a camada final de asfalto. As informações são da administração do circuito. Aliás, o planejamento e a pesquisa para a repavimentação começaram em 2022 com uma camada de teste colocada na Curva 1 para avaliação de desempenho de uma mistura asfáltica específica para pistas de corrida durante a temporada de corridas de 2023.
Assim, a superfície da pista foi repavimentada pela última vez em 2005 e concluída na primavera de 2006. “Fomos abençoados com um clima excelente na semana passada para que as equipes concluíssem este grande projeto em um período de tempo relativamente curto”, disse Kevin Savoree, coproprietário, presidente e diretor de operações da Green Savoree Racing Promotions, empresa que executou o projeto.
“Foi uma enorme conquista e colaboração entre a Kokosing Construction, Kokosing Materials, Advanced Materials Services e nossa própria equipe de operações de pista para fazer isso acontecer. Estamos ansiosos para colocar carros de corrida pela primeira vez na próxima primavera!”
Trabalho intenso em Mid-Ohio
Obras duraram menos de 10 dias. (Foto: Kokosing/Mid-Ohio Sports Car Course
As obras utilizaram aproximadamente 100 pessoas, 5 mil horas de mão de obra, 15 caminhões para remover aproximadamente 6 mil toneladas (300 caminhões) de material antigo.
Além de 30 caminhões para transportar 6 mil toneladas da nova mistura asfáltica para a propriedade. Após a fresagem da superfície, a segunda etapa do processo da Kokosing incluiu reparos de asfalto e reforço de áreas de alta tensão. Que exigiam profundidade de fresagem adicional.
Para a etapa final, dois pavimentadores colocaram a camada de superfície de asfalto ao redor de todo o circuito. Por fim, o material antigo e fresado da pista está sendo reciclado e reclassificado para criar áreas adicionais de paddock. Além do estacionamento na propriedade de Mid-Ohio.
O britânico Jenson Button é o caso “isolado 999” de piloto que descobriu o que é viver e correr de verdade após sua passagem pela Fórmula 1. Mesmo que o endurance não seja uma novidade para Jenson, ele sentiu o doce gosto de correr com um Porsche 963 na última etapa da temporada 2023 da IMSA, em Petit Le Mans.
Ao lado dos pilotos Tijmen van der Helm e Mike Rockenfeller, Button guiou o Porsche amarelo da equipe JDC-Miller MotorSports. Porém, o endurance não é algo novo para ele. Button competiu neste ano nas 24 Horas de Le Mans, com o Nascar que estava inscrito no Garagem 56. Fez bonito.
Após a prova em Road Atlanta, ele afirmou que possui planos de competir na IMSA no próximo ano, além do WEC, durante uma entrevista ao canal NBC. No campo dos boatos, Sebastian Vettel e Robert Kubica estão na lista de possíveis nomes para competir no porsche 963 da equipe JOTA, tendo Button como parceiro.
“Feliz por ter saído inteiro!” ele brincou durante a entrevista a NBC. “Não, foi muito divertido… Estressante, caótico, agitado e bastante físico nas mãos também”.
“O volante ficou pesado de repente, não sei por que isso acontece. Na minha primeira volta, coloquei pneus novos e foi ótimo, pude correr, tentei passar Josef Newgarden [no Porsche da equipe Penske] e então o segundo stint foi com pneus velhos. Nossa, isso foi difícil”.
“Você tem tantas coisas no volante para mudar e ajustar, e depois os comandos de frenagem e há tanta coisa, eu estava mudando tudo para tentar cuidar de um lado do o carro [pneus] Eu estava andando em círculos com todos os interruptores”, relembra.
Mesmo com a complexidade do protótipo, Jenson seguiu firme durante seus stints. “A aderência dos pneus foi um pouco maior do que eu esperava, mas na primeira passagem com os pneus senti-me feliz, considerando que foi a primeira vez que estive no carro e nunca fiz mais de 10 voltas. Foi bom correr lá com algumas pessoas”, explica.
A estreia de Jenson Button em Road Atlanta
Jenson Button competiu com o Porsche da JDC-Miller Motorsports. (Foto: Porsche)
Aliás, foi a primeira corrida de Jenson Button em Road Atlanta, o que só aumentou os desafios. “A pista não é tão ruim quando você está sozinho – o que você nunca está!” disse Botão.
“A Curva 1 é realmente complicada. E, com o vento favorável, você vira em quinta marcha e consegue uma grande pressão [de sobre esterço] no meio do caminho. “Aí você passa pelos Esses, na Curva 2, e só quer frear, porque você tem muito pouco downforce nesse ponto. Mas os Esses são muito divertidos, e então chega ao fundo e você fica pesado de novo”, explica.
Uma das grandes características da prova, ou em qualquer prova de endurance, é o tráfego A dificuldade não passou despercebida ao piloto. “Tentando avaliar o tráfego, já faz muito tempo que não tive que fazer isso e acho que correu bem, não perdi nenhum lugar na classe – quase ganhei um. Tive alguns momentos assustadores, no meio de dois carros, mas no geral foi bom”, finaliza o piloto.
A Corvette terá mudanças em sua estrutura de equipes a partir de 2024. Além do programa de fábrica, o GM ofertou o Z03 GT3.R para equipes de clientes. Desse modo, a AWA anunciou nesta quinta-feira, 26, que terá dois carros na classe GTD da IMSA do próximo ano.
A equipe sediada em Ontário, é liderada por Andrew Wojteczko, e terá dois carros para os pilotos Orey Fidani, Matt Bell, Anthony Mantella e Nico Varron. “Entrar na classe GTD é uma sensação muito emocionante e intensa”, disse Fidani. “A competição neste nível é de classe mundial e conta com alguns dos melhores pilotos do automobilismo. Todos os olhos estarão voltados para nós e tenho total confiança nesta equipe e neste programa”, destacou.
Bell acrescentou: “Competir com um Corvette é um sonho tornado realidade, pois adoro esses carros desde que comecei a competir na IMSA em 2014. A Chevrolet é um fabricante icónico do automobilismo, por isso representar esse nome na classe GTD é uma grande oportunidade para todos nós.”
Experiência é um dos destaques da AWA com o Corvette
Além disso, Mantella, que teve duas vitórias na classe LMP3 este ano, estará ao lado de Varrone, que fez parte da equipe vencedora das 24 Horas de Daytona este ano. Varrone também venceu as 24 Horas de Le Mans e o Campeonato Mundial de Endurance da FIA em na classe GTE-Am com a Corvette Racing.
“Esta é uma oportunidade única e rara da qual me sinto muito privilegiado por fazer parte”, disse Mantella. “O programa mundial de clientes da Corvette é uma rede confiável e foi uma decisão muito fácil de tomar depois de ter trabalhado com a Chevrolet no passado”.
Varrone acrescentou: “Estou ansioso pela próxima temporada e mal posso esperar para correr pelas vitórias com Anthony Mantella. Construímos uma amizade incrível e ambos temos o mesmo desejo de vencer. “Temos um ano agitado pela frente com novos desafios, mas gostamos que seja assim”, finalizou.
Com o fim da classe LMP3 no IMSA Weathertech para 2024, as equipes que competem com o protótipo voltado para gentleman drives, precisavam de um local para chamar de seu. Assim, o antigo formato da IMSA Prototype Challenge foi revisto e ampliado para o próximo ano.
Inicialmente, com seis etapas a série se chamará HSR Prototype Challenge. Os eventos serão administrados pela Historic Sportscar Racing (HSR) com supervisão da IMSA. Que é detentora dos direitos de licença para corridas LMP3 nos Estados Unidos e Canadá.
“O LMP3 continua a ser uma plataforma valiosa da IMSA por vários motivos”, disse o presidente da IMSA, John Doonan. “Ele oferece uma oportunidade inicial de prototipagem de corridas para pilotos, equipes. Além de ser um catalisador para uma carreira em corridas de carros esportivos de resistência. Como parte do IMSA VP Racing SportsCar Challenge, que utiliza máquinas LMP3 da geração atual. Os competidores podem aprimorar suas habilidades em corridas de velocidade de 45 minutos com um único piloto.
“Continuar a fornecer um formato de corrida de resistência é importante para a IMSA e também para os concorrentes e partes interessadas da LMP3. Assim, e uma progressão lógica incorporar corridas de resistência LMP3 na nossa plataforma HSR, onde muitos carros LMP3 da geração anterior já competem. Aliás, acreditamos que o HSR Prototype Challenge apresentado pela IMSA será uma adição popular aos fins de semana de eventos HSR em 2024 e além.”
Os detalhes apresentados pela IMSA para o HSR Prototype Challenge
Cada evento terá formato de corrida de endurance, com duração de 90 minutos a três horas, com duas classes competindo. Teremos a LMP3-1 incluirá carros EVO atuais, com a classe LMP3-2 usando carros LMP3 da geração anterior.
Contudo, será necessário um grid mínimo de 20 carros para corridas independentes e, se não for alcançado, os carros LMP3 serão integrados nas corridas HSR Grupo 6 (protótipo) existentes. Como têm acontecido nos últimos anos.
Aliás, o calendário de seis eventos abre com uma corrida de duas horas no fim de semana de 8 a 10 de março no Sebring International Raceway como parte do evento HSR Spring Fling. Seguida por um evento de duas horas no Michelin Raceway Road Atlanta de 25 a 28 de abril.
Além disso, a primeira metade da temporada termina com uma corrida de 90 minutos como parte das 6 Horas Clássicas do HSR em Watkins Glen International no fim de semana de 6 a 9 de junho.
A série retorna à Road Atlanta para abrir a segunda metade da temporada com uma corrida de duas horas durante o Fall Historics de 19 a 22 de setembro. seguida pela penúltima rodada – outra corrida de 90 minutos – como parte do Classic. 24 horas em Daytona de 30 de outubro a 3 novembro. Aliás, a temporada termina em Sebring com um evento de três horas como parte das 12 Horas Clássicas, de 4 a 8 de dezembro.
Por fim, todos os carros do HSR Prototype Challenge rodarão com pneus Michelin. Ligier e Duqueine planejam ter representantes no local para suporte técnico em cada evento. Entretanto, cada corrida contará com um pit stop cronometrado. As equipes terão a opção de escalações de um ou dois pilotos, sem tempos mínimos de condução.
Após confirmar que deixaria a IMSA para se dedicar a Fórmula Indy, a Meyer Shank Racing está mantendo conversas com a Alpine para alinhar o Hypercar A424 no WeatherTech SportsCar Championship já na temporada de 2025.
A informação foi confirmada por Bruno Famin, vice-presidente de automobilismo da Alpine. A princípio, o fabricante francês estará com dois protótipos em 2024 no WEC, mas analisa com bons olhos para o mercado norte-americano.
Já a MSR, encerrou sua participação na IMSA deste ano com uma vitória em Petit Le Mans com um protótipo Acura. Um dos motivos de um possível retorno, seria o dinheiro do principal patrocinador da MSR, a empresa AutoNation.
Segundo rumores, a empresa poderia ser a representante da Alpine nos EUA, comercializando seus modelos de produção em série. Quando questionado sobre um possível acordo com a MSR, Famin, confirmou aos repórteres durante o teste da Alpine no Circuito de Jerez, na Espanha.
“Eu conversei com eles, sim”, disse Famin. “Há muito tempo, antes mesmo de se separarem, eles decidiram seguir caminhos separados com a Acura. Claro, poderia ser uma opção, mas poderíamos ter outras opções”.
Porém, o dirigente da Alpine deixou claro que uma expansão para o Campeonato WeatherTech não é uma prioridade para a Alpine, uma vez que procura primeiro preparar-se para a sua entrada na classe Hypercar do WEC no próximo ano.
“Por enquanto, para ser honesto, não estamos pressionando muito nisso”, explicou. “O tema principal é estar pronto para o WEC. Para desenvolver o carro, para entender, para estarmos prontos o máximo que pudermos para o campeonato WEC de 2024”.
“Faremos o possível para ter um programa IMSA, pois já teremos o carro homologado. Fez parte da escolha de desenvolver um LMDh.
“Se a IMSA vier, ela virá junto com a marca nos EUA. Não é para 2024, talvez para 2025, não sei. Mas não há necessidade de entrar em contato muito cedo. Precisamos ter mais informações primeiro”, ressaltou.
Alpine depende da venda de carros nos EUA
Alpine depende da venda de carros nos EUA. (Foto: Alpine)
Em outras palavras, para poder participar da IMSA, a Alpine, ou qualquer fabricante precisa vender carros nos Estados Unidos. Além é claro, do processo de homologação do protótipo ou de algum outro carro baseado no modelo de produção.
Para tal, o fabricante poderia começar na IMSA com um GT, e não com um protótipo. Segundo o site Sportscar365, os fabricantes com protótipos LMDh seriam autorizados a aderir à série mesmo que os carros não sejam vendidos atualmente nos EUA, desde que cumpram o acordo comercial da IMSA para entrada.
Famin fez comentários semelhantes, indicando que o programa de corridas serviria para construir o reconhecimento da marca, embora tenha dito que atualmente não há data de início.
“Vai depender muito do fato da Alpine, quando a Alpine voltar ao mercado norte-americano. Ainda não está decidido”, disse ele. “Mas como a estratégia da Alpine é realmente desenvolver a consciência alpina, graças a um programa de automobilismo, com certeza que o dia em que decidiremos voltar a vender um carro nos EUA”.
“Faremos o possível para ter um programa IMSA, pois já temos o carro homologado. Foi parte da escolha de desenvolver um LMDh”, lembra.
A equipe cliente da Porsche, JDC-Miller Motorsports, estaria com planos de ter um segundo Porsche 963 LMDh para competir na classe GTP da IMSA em 2025.
De acordo com informações do site Sportscar365, a equipe sediada em Minnesota, deverá receber um novo chassi Porsche LMDh antes das 24 Horas de Daytona, em janeiro do próximo ano.
“É apenas para peças sobressalentes”, disse Church ao Sportscar365. “Precisamos ter um programa de peças de reposição adequado. É sempre mais viável economicamente dessa forma”, disse John Church.“O carro inteiro vale muito mais do que metade de suas peças.”
No entanto, o dirigente indicou que o carro sobressalente poderia ser transformado em um segundo carro de corrida para a temporada de 2025. “Acho que no futuro, com certeza”, disse ele. “Mas não no próximo ano”, explicou.
“[2025] seria a meta. Mas agora, estamos apenas tentando fazer uma corrida de cada vez e então descobriremos.”
Equipes de clientes Porsche pensam em expansão
Proton Competition também quer expandir. (Foto: Porsche)
A cliente da Porsche, a equipe Proton Competítion, que atualmente tem dois carros, está de olho em planos de expansão semelhantes, embora as datas de entrega de carros adicionais tenham forçado a equipe alemã a se concentrar em programas de temporada completa de carro único no Campeonato WeatherTech e no Campeonato Mundial de Endurance da FIA. Próximo ano.
Por fim, a JDC-Miller, que ainda não finalizou a escalação de pilotos para o próximo ano. Mesmo em sua primeira temporada, o Porsche 963 é considerado promissor.
“Acho que sabemos muito mais do que sabíamos ao entrar em Laguna”, disse Church. “Você aprende todos os dias. Estou muito feliz com o progresso que fizemos e com os caras”.
“Tem sido um daqueles anos em que tem sido muito difícil encontrar coisas para reclamar. Faremos mais alguns testes, mas definitivamente estamos indo na direção certa”, comemora.
Como o próprio Pipo Derani já previa, foi uma final para lá de emocionante, neste sábado (14), na disputa das 10 Horas de Petit Le Mans, que encerrou a temporada 2023 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship.
Entretanto, e o resultado não poderia ser melhor para o brasileiro. Ele conquistou os bicampeonatos do IMSA (2021 e 2023) e do Campeonato Norte-americano de Endurance (2019 e 2023), que engloba as quatro provas longas da competição (Daytona, Sebring, Watkins Glen e Petit Le Mans).
Derani, que completou 30 anos na última quinta-feira, faturou os novos títulos no primeiro ano da era dos carros GTP. Além disso, ao lado do britânico Alexander Sims, seu companheiro na temporada regular, e do sul-coreano Jack Aitken, que disputou as provas longas com a dupla, o brasileiro celebrou muito mais uma conquista com o #31 Whelen Engineering Cadillac V-Series.R, após cruzarem a linha de chegada na sexta colocação. O time também foi o campeão entre as equipes.
Com a vitória nas 12 Horas de Sebring, em março, a quarta de Derani na tradicional corrida, e mais dois pódios (Laguna Seca e Watkins Glen) e duas poles no ano (Sebring e Road America), o brasileiro chegou a 2733 pontos no campeonato geral e a 40 pontos no endurance.
Pipo Derani e o histórico vencedor nos EUA
Brasileiro conquista dois títulos numa corrida cheia de emoções. (Brian Cleary)
Com os resultados, a Cadillac também alcançou seu quarto título como montadora no IMSA. O quinto no Campeonato Norte-americano de Endurance, o quarto entre os pilotos no geral e terceiro no endurance, desde sua entrada na competição com os protótipos em 2017.
Aliás, menos de 16 meses após sua estreia nos testes em pista e 37 semanas desde a corrida de abertura, o Cadillac V-Series.R provou sua confiabilidade e desempenho nos diversos circuitos e pistas de rua.
“É incrível. Que temporada”, comemorou Derani. “Foi um ano de altos e baixos, mas conseguimos conquistar o campeonato geral. O endurance e o título entre os fabricantes”, destacou o brasileiro, que já tem o seu nome gravado entre os maiores pilotos do endurance mundial.
“Estou orgulhoso de todo o trabalho de tantas pessoas nos bastidores para chegar a este ponto no primeiro ano dos carros GTP. Há tantas coisas fora do seu controle em uma corrida como esta. O final da corrida foi muito tenso. Ultrapassei os dois BMWs e saímos vitoriosos”, comentou.
“No final do dia, eu disse para mim mesmo: ‘Já ganhei um campeonato. Assim, o que quer que aconteça este ano é um bônus.’ Sinceramente, fiquei muito, muito relaxado durante toda a semana. Coloquei minha fé nas mãos de Deus e fiz o melhor que pude com o que tinha e no final deu certo. Estou muito orgulhoso deste momento”, completou o piloto paulista.
A vitória nas 10 Horas de Petit Le Mans deste ano ficou com o brasileiro Hélio Castroneves, ao lado de Tom Blomqvist e Colin Braun. Por fim, a temporada 2024 do IMSA está prevista para começar entre os dias 19 e 21 de janeiro, com a disputa das 24 Horas de Daytona.
A participação da equipe BMW Team RLL na última etapa da temporada 2023 da IMSA, terminou com os dois protótipos GTP no sétimo e oitavo lugares. A prova que garantiu o título de Pipo Derani foi marcada por diversos acidentes.
Depois de dez horas repletas de incidentes, a corrida terminou atrás do safety car. O BMW M Hybrid V8 #25, conduzido por Connor De Philippi, Nick Yelloly e Sheldon van der Linde , terminaram em sétimo lugar. Logo atrás deles estava o #24, que teve Augusto Farfus, Philipp Eng e Marco Wittmann.
Além disso, Petit Le Mans marcou o fim da temporada de estreia da BMW M V8 Hybrid. Nas nove corridas realizadas, a BMW M Team RLL garantiu cinco pódios, incluindo uma vitória em Watkins Glen.
“Acho que Tentei. Em primeiro lugar, terminamos a corrida sem problemas com os dois carros. Hoje simplesmente não tivemos o ritmo. Experimentamos a estratégia, a economia de combustível. A equipe estava muito empenhada, mas no final acabamos não fazendo o suficiente. Mas está tudo bem. Foi a primeira temporada na classe GTP. Agora voltamos para casa, aprendemos e depois devemos voltar em seguida ano muito mais forte”, disse o brasileiro Augusto Farfus.
BMW na classe GTD
BMW garante o título de construtores da classe GTD-Pro. (Foto: BMW)
Aliás, na classe GTD, a Turner Motorsport concluiu a temporada no pódio. Robby Foley, Patrick Gallagher e Michael Dinan garantiram o segundo lugar com o BMW #96. Seus companheiros de equipe, Bill Auberlen, Chandler Hull e Thomas Merrill, terminaram em sétimo na classe com o carro #97.
Infelizmente, a Paul Miller Racing, que já havia garantido os títulos de pilotos e construtores na classe GTD antes da temporada final e foi a primeira equipe a vencer a IMSA Sprint Cup De costas, teve um golpe de azar.
O M1 GT4 #3 conduzido por Bryan Sellers, Madison Snow e Corey Lewis estiveram envolvidos em um acidente. Após uma pausa de reparo prolongada, a equipe inicialmente retomou a corrida, mas acabou tendo que abandonar. Mesmo assim, a Paul A Miller Racing comemorou nada menos que cinco vitórias na classe GTD nesta temporada.
Uma coisa os fãs de automobilismo não podem negar, não existe corrida apática na IMSA (alô Fórmula1?). Tivemos mais um belo exemplo na noite deste sábado, 14, durante a final da temporada 2023 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, em Road Atlanta.
Pipo Derani e Alexander Sims, conquistaram o título da temporada 2023. Com direito a uma manobra polêmica de Derani em cima do Acura #10 da equipe Wayne Taylor Racing, pilotado por Filipe Albuquerque há menos de 1 horara para o final.
Lutando pela liderança da prova de 10 horas, Albuquerque, visivelmente mais rápido que Derani, tentou uma ultrapassagem por fora no final da reta dos boxes. Não deu outra, Derani em seu traçado, acabou tocando no #10 que colidiu com a barreira de pneus.
A decisão do título após a disputa entre Pipo Derani e Filipe Albuquerque
Pipo Derani conquista segundo título na IMSA. (Foto: Divulgação)
Com o incidente, o Acura #10 abandonou e Derani e Sims conquistaram o título da classe GTP. A prova foi vencida pelo Acura #60 da Meyer Shank Racing. por sinal, a prova terminou sob bandeira amarela, após o Porsche 911 #16 da Wright Motorsports de Jan Heylen logo após um reinício, faltando cinco minutos para o final, pegou fogo.
A conclusão cheia de ação viu o #01 da Chip Ganassi Racing de Renger van der Zande terminar em segundo, dando à Cadillac o campeonato de fabricantes. Os vencedores no acura #60 foram Colin Braun, Tom Blomqvist e Helio Castroneves. Com a vitória, a equipe se despede da IMSA, focando seus recursos na Fórmula Indy.
Pipo Derani, por sua vez, cruzou a linha em sexto vencendo o campeonato. Por conta do acidente, Albuquerque foi transportado para um hospital para avaliação adicional, enquanto a IMSA não declarou nenhuma punição para a dupla do carro #31.
Meyer Shank Racing vence em sua última corrida na IMSA. (Foto: MSR)
O Porsche #59 da Proton Competition, de Harry Tincknell, Gianmaria Bruni e Neel Jani, conquistou o terceiro lugar no geral, tendo sido um dos quatro carros da classe GTP.
Já o Porsche #7 de Matt Campbell terminando em quarto lugar ao lado dos co-pilotos Felipe Nasr e Josef Newgarden, apesar de lutar contra as vibrações no final da corrida.
O 5º do Porsche da JDC-Miller de Mike Rockenfeller, Tijmen van der Helm e Jenson Button, completou os cinco primeiros depois de uma corrida praticamente sem problemas. Por fim, os dois BMW M Hybrid V8 do Team RLL ficaram em sétimo e oitavo, atrás do Cadillac #31.
PR1/Mathiasen fatura título na classe LMP2
PR1/Mathiasen conquista título na classe LMP2. (Foto: Divulgação)
Na classe LMP2, a equipe PR1/Mathiasen Motorsports, de Ben Keating e Paul-Loup Chatin consagraram-se campeões com um terceiro lugar na classe. Assim, a dupla dividiu o Oreca 07 #52 com Alex Quinn.
A vitória na classe ficou com a equipe Crowdstrike Racing by APR, Nolan Siegel e George Kurtz. Além disso, os rivais mais próximos de Keating e Chatin no campeonato, a dupla do #11 da TDS Racing Oreca, composta por Mikkel Jensen e Steven Thomas abandonou faltando três horas e 20 minutos para o fim nas mãos do dinamarquês.
Já na classe LMP3, as honras foram para o #30 da Jr III Racing de Garett Grist, Dakota Dickerson e Bijoy Garg. Isso aconteceu depois de um incidente no final da corrida entre Grist e o vencedor do campeonato da classe, o #74 de Felipe Fraga, que forçou o brasileiro a ir aos boxes a 20 minutos do final. Assim, ao deixar o carro da Riley para terceiro na classe, o piloto Gar Robinson conquistou o título da classe
Briga entre Porsche e Mercedes na classe GTD
WeatherTech Racing vencem na classe GTD-Pro. (Foto: Divulgação)
A equipe WeatherTech Racing venceu a classe GTD-Pro depois que o piloto de fábrica da Mercedes-AMG, Daniel Juncadella, segurou o piloto da Porsche, Kevin Estre, no final das dez horas.
Juncadella, Jules Gounon e Maro Engel conquistaram a quarta vitória do Mercedes-AMG GT3 Evo #79 na temporada do IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Tornando a operação dirigida pela Proton Competition a equipe GTD-Pro de maior sucesso em termos de vitórias.
O campeonato Pro, no entanto, foi para os pilotos da Lexus, Jack Hawksworth e Ben Barnicoat. Que conquistaram a pole. A tripulação da equipe Proton viu Juncadella pular do terceiro lugar para a liderança da classe. Quando todos os carros GT entraram em um período de bandeira amarela faltando uma hora e 20 minutos para o fim.
Aliás, qualquer possibilidade de uma corrida com economia de combustível até a bandeira foi descartada por outra advertência, após um incidente entre dois competidores do GTP na Curva 1.
A competição na classe GTD-Pro, em vez disso, se transformou em uma batalha acirrada entre Juncadella e Estre. Que foi convocado para o #9 da Pfaff Motorsports para o final da temporada ao lado de Patrick Pilet e Klaus Bachler.
Estre permaneceu menos de um segundo atrás de Juncadella até que outra bandeira amarela ocorreu a 14 minutos do final. Mas o francês não conseguiu ultrapassar o Mercedes-AMG no breve espaço de tempo antes de uma interrupção final causada por outro acidente.
Os demais competidores da IMSA
Vasser Sulivan fatura o título da classe GTD-Pro. (Foto: Divulgação)
Além disso, o contato entre o Lamborghini da equipe Iron Lynx de Mirko Bortolotti e o Porsche da Wright Motorsports de Jan Heylen resultou em danos traseiros que terminaram em um incêndio na traseira do carro.
Heylen ficou em segundo lugar na classe GTD, vencida pela Forte Racine Loris Spinelli, Misha Goikhberg e Patrick Liddy. A equipe se recuperou de duas penalidades na oitava hora. A primeira para Goikhberg girando Roman De Angelis e a segunda para sua equipe de box trabalhando em seu carro fora do box designado.
Assim como o Mercedes-AMG da WeatherTech Racing, o Lamborghini #78 assumiu a liderança durante a movimentada rodada final de paradas. Assim, Heylen no final da corrida deixou o segundo lugar no GTD para o trio da Turner Motorsport formado por Robby Foley, Michael Dinan e Patrick Gallagher.
Em parceria com Trent Hindman e Max Root, o piloto da Wright Motorsports, Alan Brynjolfsson, subiu ao pódio em sua última corrida. Os pilotos da Risi Competizione, Daniel Serra, Davide Rigon e Alessandro Pier Guidi completaram o pódio no GTD-Pro atrás dos três primeiros colocados do GTD.
Campeões pelo caminho
Os campeões das classes GTD-Pro e GTD abandonaram a corrida em incidentes separados. Hawksworth e Barnicoat, de Vasser Sullivan, tentavam vencer, no entanto, seu Lexus RC F GT3 #14 retirou-se da liderança. Quando Barnicoat rodou na Curva 3 com pneus frios e atingiu uma placa publicitária.
Bryan Sellers e Madison Snow garantiram o título da classe GTD antes de seguirem para Road Atlanta. Além disso, a corrida terminou quando o co-piloto Corey Lewis bateu na traseira do Acura da Meyer Shank Racing. Causando danos à cremalheira da direção do BMW M4 GT3 #1.
Outra vítima notável foi o Chevrolet Corvette C8.R #3. O carro começou bem e liderava na classe GTD-Pro na sexta hora com Tommy Milne quando desacelerou abruptamente após um “problema de motor ainda a ser determinado”, de acordo com a equipe.
Em uma sessão classificatória com pista molhada, os protótipos da classe LMP2 superaram os da classe GTP e largaram na frente, neste sábado, 14, em Petit Le Mans.
Na classe GTP, o Acura #10 da Wayne Taylor Racing, pilotado por Louis Deletraz, ficou com o melhor tempo da classe, porém largará da sexta posição no geral. O piloto estabeleceu o ritmo entre os GTP com o tempo de 1:15.402.
Embora a volta mais rápida em toda a qualificação tenha sido feita pelo Oreca #52 da equipe PR1/Mathiasen, pilotado por Ben Keating, com pneus slick. Deletraz venceu Sebastien Bourdais no #01 da equipe Chip Ganassi por em 0,230 segundos.
Além disso, os protótipos GTP começaram com pneus slick, mas todos voltaram para pneus de chuva quando a chuva leve criou uma superfície de pista gordurosa. O quarto lugar foi para Tom Blomqvist no Acura da Meyer Shank Racing, com Nick Tandy ficando em quinto lugar no melhor Porsche 963 de fábrica da Team Penske.
Na LMP2, o líder geral Keating venceu Steven Thomas por dois centésimos de segundo logo no final da sessão. Sendo assim, Thomas e Keating marcaram 1:13.879, apenas para ser superado pouco tempo depois. O terceiro colocado John Falb recuperou mais meio segundo para a TDS Racing.
WTR faz o melhor tempo da classe GTP. (Foto: Oreca)
Já na classe LMP3, o melhor tempo ficou com o Ligier da equipe Andretti Autosport, de Glenn van Berlo. Assim, ele marcou 1:16.674 no Ligier #36 antes de quase imediatamente sair da pista na Curva 3, acertando uma placa publicitária no processo. Van Berlo qualificou-se 0,129 segundos à frente de Rasmus Lindh, da JDC-Miller Motorsports.
Briga na classe GTD
Na classe GTD, o Aston Martin #27 da equipe Heart of Racing ficou com a pole da classe GTD, após trocar os pneus de chuva por de pista seca. Ian James, foi o mais rápido entre os pilotos das classes GTD.
James primeiro igualou a pole da classe GTD-Pro, de Jack Hawksworth, com um tempo de 1:23.168, mas conseguiu uma melhoria nos últimos minutos com 1:23.116. Além disso, Hawksworth ainda conquistou a pole na classe GTD-Pro com o Lexus #14 da Vasser Sullivan, batendo o piloto da Iron Lynx, Mirko Bortolotti, por três décimos de segundo.
No entanto, Bortolotti teve todos os seus tempos de volta apagados por sair do carro antes do final da sessão. Com isso, Antonio Garcia, da Corvette Racing, ficou com segundo lugar no GTD-Pro. Embora o espanhol tenha ficado atrás de um trio de competidores do GTD.
Doriane Pin ficou em segundo lugar na GTD para Iron Lynx. Batendo Aaron Telitz no outro Vasser Sullivan e para o piloto da Turner Motorsport BMW, Bill Auberlen.
