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Endurance tratado a sério!
Meyer Shank Racing estuda retorno a IMSA com protótipos Alpine

Após confirmar que deixaria a IMSA para se dedicar a Fórmula Indy, a Meyer Shank Racing está mantendo conversas com a Alpine para alinhar o Hypercar A424 no WeatherTech SportsCar Championship já na temporada de 2025. 

A informação foi confirmada por Bruno Famin, vice-presidente de automobilismo da Alpine. A princípio, o fabricante francês estará com dois protótipos em 2024 no WEC, mas analisa com bons olhos para o mercado norte-americano. 

Já a MSR, encerrou sua participação na IMSA deste ano com uma vitória em Petit Le Mans com um protótipo Acura. Um dos motivos de um possível retorno, seria o dinheiro do principal patrocinador da MSR, a empresa AutoNation. 

Segundo rumores, a empresa poderia ser a representante da Alpine nos EUA, comercializando seus modelos de produção em série. Quando questionado sobre um possível acordo com  a MSR, Famin, confirmou aos repórteres durante o teste da Alpine no Circuito de Jerez, na Espanha. 

“Eu conversei com eles, sim”, disse Famin. “Há muito tempo, antes mesmo de se separarem, eles decidiram seguir caminhos separados com a Acura. Claro, poderia ser uma opção, mas poderíamos ter outras opções”.

Porém, o dirigente da Alpine deixou claro  que uma expansão para o Campeonato WeatherTech não é uma prioridade para a Alpine, uma vez que procura primeiro preparar-se para a sua entrada na classe Hypercar do WEC no próximo ano.

“Por enquanto, para ser honesto, não estamos pressionando muito nisso”, explicou. “O tema principal é estar pronto para o WEC. Para desenvolver o carro, para entender, para estarmos prontos o máximo que pudermos para o campeonato WEC de 2024”. 

“Faremos o possível para ter um programa IMSA, pois já teremos o carro homologado. Fez parte da escolha de desenvolver um LMDh. 

“Se  a IMSA vier, ela virá junto com a marca nos EUA. Não é para 2024, talvez para 2025, não sei. Mas não há necessidade de entrar em contato muito cedo. Precisamos ter mais informações primeiro”, ressaltou. 

Alpine depende da venda de carros nos EUA

Alpine depende da venda de carros nos EUA. (Foto: Alpine)

Em outras palavras, para poder participar da IMSA, a Alpine, ou qualquer fabricante precisa vender carros nos Estados Unidos. Além é claro, do processo de homologação do protótipo ou de algum outro carro baseado no modelo de produção. 

Para tal, o fabricante poderia começar na IMSA com um GT, e não com um protótipo. Segundo o site Sportscar365, os fabricantes com protótipos LMDh seriam autorizados a aderir à série mesmo que os carros não sejam vendidos atualmente nos EUA, desde que cumpram o acordo comercial da IMSA para entrada.

Famin fez comentários semelhantes, indicando que o programa de corridas serviria para construir o reconhecimento da marca, embora tenha dito que atualmente não há data de início.

“Vai depender muito do fato da Alpine, quando a Alpine voltar ao mercado norte-americano. Ainda não está decidido”, disse ele. “Mas como a estratégia da Alpine é realmente desenvolver a consciência alpina, graças a um programa de automobilismo, com certeza que o dia em que decidiremos voltar a vender um carro nos EUA”. 

“Faremos o possível para ter um programa IMSA, pois já temos o carro homologado. Foi parte da escolha de desenvolver um LMDh”, lembra.