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Endurance tratado a sério!
Adrian Newey pensando em Le Mans?
Adrian Newey nos boxes da Porsche em 2014 na etapa de Silverstone do WEC
Adrian Newey nos boxes da Porsche em 2014 na etapa de Silverstone do WEC

Não é de hoje que “botam” Adrian Newey, considerado o maior projetista que a F1 já teve e que ocupa atualmente o cargo de consultor da Red Bul como futuro novo integrante das corridas de Endurance. O próprio Newey já deu a entender que gostaria de desenvolver um LMP visto a grande abertura tecnológica que Le Mans proporciona ao contrário da F1 que limitou até as cores dos capacetes dos pilotos na atual temporada.

O projetista abdicou do cargo de engenheiro chefe da RBR em 2014, coincidentemente o carro da temporada passada ficou aquém dos modelos anteriores. Hoje o inglês ocupa um cargo de consultor, um conselheiro de luxo sem de envolver diretamente com os futuros projetos da sua equipe.

Mas como Newey entraria em Le Mans? Por meio da RedBul? Não sabemos. O fabricante de energéticos enfrentou uma “proibição” sobre a fórmula original da sua bebida entre os anos de 1996 e 2008, já que para o governo Frances os níveis de cafeína e taurina estavam acima dos limites tolerados pelo ministério de saúde daquele país.

Talvez este seja um dos empecilhos para a entrada da RedBul como equipe em Le Mans e no Mundial de Endurance, pois quem iria investir ou apoiar uma marca com uma imagem distorcida? A Porsche cogitou contratar o projetista, mas queria exclusividade e sem qualquer interação com seus trabalhos n F1.

Porém nem tudo são hipóteses. O site Motorsport.com revelou esta semana que o fabricante austríaco recebeu ainda em 2011 uma proposta vinda da inglesa Lola sobre um possível programa cliente. A Lola forneceria o chassi nos mesmos moldes da parceria que teve com a Aston Martin e ficaria a cargo de Newey e sua equipe desenvolverem o sistema híbrido e aerodinâmico.

O maior pecado de Newey foi sugerir que a morte de Senna em 1994 foi causada por um erro do piloto, e não pela fragilidade do carro.
O maior pecado de Newey foi sugerir que a morte de Senna em 1994 foi causada por um erro do piloto, e não pela fragilidade do carro.

Ainda segundo a “fonte” da Motorsport o departamento de Marketing da RBR tem se empenhado em ter uma maior participação em Sarthe alem do patrocínio de Sebastien buemi e Neel Jani, além de patrocínios esporádicos nas equipes Pescarolo e AF Corse nos últimos anos.

O que podemos esperar?

Meios para Newey trabalhar em Sarthe existem. O principal deles é a Renault que poderia voltar a Le Mans em 2018 em comemoração aos 40 anos da vitória do Renault-Alpine A442B  aonde venceram e Jean-Pierre Jaussaud. Outro fator é a escassez de sucessos de fabricantes franceses na prova, já que a Peugeout venceu em 1992, 1993 e 2009 e a Rondeau em 1980.

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Projeto apresentado pela Lola a RBR em 2011

Até quando a RBR terá duas equipes em uma F1 que vem perdendo o apelo tecnológico e um WEC crescendo a cada dia com novos fabricantes? Newey sempre gostou de projetos inovadores e revolucionários.

Em todas as equipes que participou na F1, Leyton House no final dos anos 80, depois McLaren, Williams e por último RedBull seus modelos sempre dependeram mais da aerodinâmica do que propriamente da potencia dos motores. O projetista já visitou o “circo” do Endurance, participou de provas com carros clássicos em 2006 a 2008 e visitou o WEC em Silverstone ano passado. Quem sabe?

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