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Endurance tratado a sério!
Wolfgang Dürheimer do grupo VAG. “A Fórmula 1 não está na nossa agenda no momento”
Jogar dinheiro fora sem retorno? Não no grupo VW. (Foto: Divulgação)
Jogar dinheiro fora sem retorno? Não no grupo VW. (Foto: Divulgação)

A crise de identidade de popularidade que assola a Fórmula 1 nos últimos anos não é novidade. Passa ano e vem ano e a imprensa tenta de todos os modos por fabricantes que não estão envolvidos na categoria como certos. Montam equipes, dizem que tudo está certo e tem que engolir as matérias que criam no maior estilo “sensacionalista”.

A última notícia que era dada como certa foi a chegada da Audi como fornecedora de motores para a RBR, que estava descontente com a potencia dos propulsores Renault. Somando o fato da Porsche ter entrando no WEC. Para muitos seria inconcebível duas marcas do mesmo dono disputar vitórias entre si.

Nada disso aconteceu e na época várias fontes tanto da VW, quanto das marcas Audi e Porsche falaram que as regras atuais da F1, não fazem sentido para as marcas do grupo VAG.

Nesta semana o assunto voltou a tona. Em entrevista ao site inglês “Autocar”, Wolfgang Durheimer, responsável pelo setor automobilístico do grupo VAG, deixou claro que neste momento as coisas não são favoráveis para que nenhuma marca do grupo se aventure e principalmente rasgue dinheiro em um campeonato aonde o foco não é a inovação.

“A Fórmula 1 não está na nossa agenda no momento”, disse Dürheimer. “A situação não é previsível o suficiente para fazer o tipo de investimento necessário.”

“Sobre os regulamentos, há um monte de rumores em torno lado do motor e o lado tecnologia de suporte. Antes de se comprometer com dinheiro, é necessário você deve ver cinco anos de estabilidade de regras. Não pode haver a possibilidade de mudanças de regras, de mais ou menos cilindros, de sistemas híbridos, ou algo que esteja longe do que vamos empregar em carros de rua.”

“Do lado de dono de equipe, há também grandes questões que devem ser respondidas pelo esporte. Se você quer fazer um grande investimento que você espera ter alguma influência sobre o set-up, com a garantia de que nada mude ano após ano. Na F1, parece que as equipes se importam com a instabilidade que isso causa.”

No outro lado a CVC Capital Partners que é acionista da F1, deu indícios de que poderia vender sua parte, muito por pressão de Bernie Ecclestone que vem criticando publicamente a categoria. Ironicamente muitas das atuais regras tem uma grande influencia sua. “A Fórmula 1 está pior que nunca Eu não gastaria meu dinheiro para levar a minha família para assistir a uma corrida de jeito nenhum…”

Por outro lado Durheimer teceu elogios a gestão do WEC, mesmo com orçamentos superiores ao das equipes da F1. “A tecnologia é maior do que na F1 e os níveis de investimento são, portanto, maiores”, disse ele. Quando perguntado se isso era sustentável, acrescentou: “Provavelmente não, mas a série está em boa forma, espero que, com o tempo, os carros LMP1 tenham sistemas menos complexos, e assim atrair novos fabricantes. Por agora os regulamentos são atrativos para os fabricantes.”

Atualmente o grupo VW compete no WEC com Porsche e Audi, WRC e Campeonato Mundial de Rallycross com a marca VW e nos programas cliente GT3 com Porsche, Bentley e Audi.

 

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