Hélio Castroneves, Bruno Senna e Pipo Derani largam na primeira fila em Road Atlanta

(Foto: IMSA)

Se os treinos livres já deram as pistas iniciais, a sessão classificatória para a formação do grid ratificou que são elevadas as chances de vitória brasileira na 20ª edição da Petit Le Mans, prova com 10 horas de duração neste sábado, 07,  válida pelo Campeonato Norte-Americano de Endurance. O trio formado por Hélio Castroneves, pelo colombiano Juan Pablo Montoya e o francês Simon Pagenaud conquistou a pole no qualifying de hoje ao bater por pouco mais de um décimo de segundo o time integrado por Bruno Senna, Pipo Derani e pelo local Johannes van Overbeek, que completarão a primeira fila. A largada no circuito de Road Atlanta, em Braselton, no estado da Georgia, começará às 12h05 (Brasília) com transmissão ao vivo pelo Fox Sports 2.

Resultado treino classificatório

Como se esperava, o qualifying se transformou numa dura batalha entre o Oreca LMP2 de Castroneves e seus parceiros e os dois Nissan DPi da Extreme Speed Motorsport – o segundo protótipo da equipe, compartilhado pelo norte-americano Scott Sharp, o escocês Ryan Dalziel e o neo-zelandês Brendon Hartley terminou em 3º, a somente 24 milésimos dos companheiros. “Foi treta. A gente sabia que o Oreca estava um pouco mais rápido, mas que daria para brigar pela pole. E o Pipo e o Brendon fizeram um ótimo trabalho”, ressaltou Bruno.

A Extreme Speed Motorsport queria que Bruno assumisse o cockpit do protótipo no qualifying, mas ele abriu mão da oportunidade. “O Pipo está mais com a mão do carro, já que está em seu segundo ano. Era natural que ele classificasse, porque qualquer diferença seria importante numa sessão tão equilibrada”, explicou. Como determina o regulamento do campeonato, o piloto que leva o carro no qualifying começa a corrida.

Apesar da satisfação pelo resultado, Bruno manteve uma postura cautelosa em relação à prova e às possibilidades de superar os mais velozes da classificação. “É difícil saber qual é o ritmo de corrida de cada um por causa do tráfego pesado nos ensaios. Mas nosso carro está conservando muito bem os pneus, principalmente com a pista mais fria. Isso será importante na parte final da prova, o momento em que as coisas se decidem”, concluiu.

Christian Fittipaldi que compete ao lado de João Barbosa e Filipe Albuquerque no Cadillac #5 da Action Express, larga apenas na nona colocação. 

“Foi um dia de progresso”, analisa Bruno Senna sobre treinos para Petit Le Mans

(Foto: Divulgação)

Os resultados das três primeiras sessões de treinos livres da Petit Le Mans, prova válida pelo calendário do Campeonato Norte-Americano de Endurance, deixaram Bruno Senna razoavelmente confiante nas chances do trio do carro número 22 da Extreme Speed Motorsport nas tomadas classificatórias válidas para a formação do grid nesta sexta-feira no circuito de Road Atlanta, na Georgia. “Foi um dia de progresso. Começamos bastante fora da janela de performance e as mudanças foram melhorando o acerto. A última sessão foi muito boa, mas agora temos de ver como será o comportamento do carro com a temperatura mais alta da tarde, já que terminamos os ensaios à noite”, observou.

Bruno e seus companheiros, o brasileiro Pipo Derani e o norte-americano Johannes van Overbeek, ficaram com a quarta posição no TL3, com uma volta no tempo de 1min12s527, a cinco décimos do segundo Nissan DPi da equipe, compartilhado por Scott Sharp, Ryan Dalziel e Brendon Hartley. Pipo está assumindo a vaga aberta com a aposentadoria de Ed Brown, que ocupou o cockpit na primeira metade do calendário. Bruno elogiou o novo parceiro, que completa 24 anos na próxima semana. “Ele está acrescentando bastante. Está bem acostumado ao carro, já que está na ESM desde o ano passado, e serve como ótima referência.”

Em seu retorno ao traçado de 4.088 metros localizado na pequena cidade de Braselton, Bruno admitiu que ainda pode crescer ao longo do fim de semana. “Andei aqui uma única vez em 2013 pela Aston Martin. Preciso ganhar mais confiança com o carro. Esta pista tem muita ondulação, muito sobe e desce, e os erros costumam cobrar um preço alto”, explicou. “Mas o potencial para fazermos um bom trabalho para a corrida está lá”, completou.

Além de Bruno e Pipo, o Brasil está representado na Petit Le Mans, que está completando sua 20ª edição e conta com o patrocínio da Motul, por Christian Fittipaldi, pilotando um Cadillac ao lado dos portugueses João Barbosa e Filipe Albuquerque, e por Hélio Castroneves com o Oreca LMP2 juntamente com os ex-rivais da Fórmula Indy Juan Pablo Montoya e Simon Pagenaud. O qualifying da classe dos protótipos começará às 18h35 (Brasília) desta sexta-feira e terá duração de 15 minutos. A largada para as 10 horas da corrida de amanhã está marcada para as 12h05. O Fox Sports 2 transmitirá a prova em dois momentos, a partir das 11h30 e até 16 h e depois entre as 19 e as 22h30.

Hélio Castroneves lidera quarto treino livre em Road Atlanta

(Foto: IMSA)

Pela segunda vez a Penske liderou nesta sexta-feira, 06, os treinos livres para a última etapa da IMSA, que será disputada neste sábado, 07, em Road Atlanta. Coube ao brasileiro Hélio Castroneves levar o Oreca #6, marcando 1:11.968.

Em segundo e terceiro os dois protótipos da equipe Nissan #2 pilotado por Brendon Hartley e o #3 do brasileiro Pipo Derani. Na quarta colocação, o Ligier #9 da equipe Visit Florida Racing com Renger van der Zande ao volante.

Na classe GTLM a Ferrari #62 de Toni Vilander liderou, marcando 1:17.497. Apenas três protótipos estão inscritos na classe PC. O melhor tempo ficou com o Oreca #20 da BAR1 Motorsports. Na classe GTD, Connor de Philippi marcou 1:20.175 com o Audi #29 da Land Motorsports.

Resultado treino 4

 

Fittipaldi, Barbosa e Albuquerque buscam título em Petit Le Mans neste final de semana

 

(Foto: José Mário Dias)

A temporada 2017 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship chega ao fim neste sábado (dia 7) com a décima etapa em Road Atlanta (EUA), na disputa das 10 Horas de Petit Le Mans. A prova também será a quarta do Campeonato Norte-americano de Endurance, que envolve as quatro provas longas (24 Horas de Daytona, 12 Horas de Sebring, 6 Horas de Watkins Glen e 10 Horas de Petit Le Mans).

O brasileiro Christian Fittipaldi e o português João Barbosa voltam a dividir o cockpit do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R, da equipe Action Express Racing, com o português Filipe Albuquerque, que já esteve com a dupla nas conquistas dos pódios deste ano em Daytona e Sebring (segundos lugares), além da vitória nas 6 Horas de Watkins Glen. Por isso, o trio ocupa a liderança do Campeonato de Endurance e Fittipaldi e Barbosa vão em busca do tetracampeonato da competição. No geral da temporada, Fittipaldi e Barbosa estão em terceiro lugar.

Os treinos livres no circuito de 2,54 milhas (aproximadamente 4,1 km) terão início nesta quinta-feira (5), com o classificatório na sexta (6), entre 18h35 e 18h50 de Brasília. No sábado (7), a prova terá sua largada às 12h05, com chegada às 22h05 (de Brasília). O Fox Sports transmitirá a largada, chegada e boa parte da prova ao vivo para o Brasil.

“Estou animado com a chance de brigar por mais um título”, comentou Fittipaldi. “Sempre gostei de correr em Road Atlanta, pois é uma pista legal. Queremos vencer a corrida e também o campeonato. Se pensarmos que essa competição inclui as quatro provas de longa duração, isso mostra a força da nossa equipe na preparação dos carros não apenas para terminarem as corridas, mas para serem velozes o tempo todo. A Cadillac tem feito um grande trabalho este ano e nós devemos muito a eles por todo esforço que colocaram no desenvolvimento deste carro”, completou o brasileiro.

Barbosa também está animado, mas mostra preocupação com o tráfego, que é frequente nesta pista. “É muito importante ter um carro bem preparado e capaz de virar voltas rápidas para capitalizar o tempo perdido no tráfego”, lembrou Barbosa. “O tráfego é um fator muito importante em Road Atlanta. Há muitos carros, de categorias diferentes, com velocidades diferentes e não há muitos pontos de ultrapassagem”, continuou.

“Já fizemos grandes corridas lá, estamos liderando o campeonato de endurance, então nosso objetivo é a vitória no sábado. Seria ótimo encerrar a temporada em alta para começar bem 2018”, finalizou o português.

No ano passado, o trio foi prejudicado por um furo de pneu em Road Atlanta e agora espera ter a sorte ao seu lado. “Estávamos numa boa posição no ano passado, mas tivemos um furo no pneu faltando três horas para o final, o que nos custou a perda de uma volta”, recordou Albuquerque.

“Road Atlanta é uma pista estreita, então será um desafio. Mas estou gostando muito de pilotar o Cadillac DPi, é um carro sofisticado, com boa aderência e potência. Um carro muito bom para se pilotar e espero que nos ajude no tráfego, para termos um final de semana longe dos problemas”, concluiu o português.

Hélio Castroneves confirmado ao lado de Montoya e Simon Pagenaud em Petit Le Mans

Reestreia da Penske na IMSA será com um Oreca 07. (Foto: Alexis Goure)

A Penske confirmou nesta quinta-feira, 28, os pilotos que estarão participando da última etapa da temporada 2017 do Weathertech em Road Atlanta. O brasileiro Hélio Castroneves, Juan Pablo Montoya e Simon Pagenaud estarão dividindo o Oreca 07 equipado com motorização Gibson, propulsor padrão dos protótipos que disputam o Mundial de Endurance.

“Nós tivemos essa corrida em nosso radar há algum tempo, mas queria esperar até fossemos capazes de obter dos nossos pilotos alguns testes em Road Atlanta antes da competição. Estes carros são muito difíceis se comparados com um carro da IndyCar” , disse o presidente do Team Penske Tim Cindric. “Infelizmente, nós confirmamos isso da maneira mais difícil, como nós tivemos que reconstruir totalmente o nosso carro depois de um incidente durante o teste na semana passada.”

Lista de inscritos

Sendo parceira da Acura no desenvolvimento do ARX-05, a direção da equipe ainda não confirmou a segunda de pilotos para a temporada 2018. Até o momento Eric Curran e Montoya estão confirmados. “Juan participou a maioria dos nossos testes do protótipo, uma vez que foi confirmado como um dos nossos pilotos em tempo integral”, disse Cindric. “Nós também gostaríamos de envolver os outros pilotos no programa sempre que possível. Helio e Simon têm boa experiência em protótipos em Road Atlanta, então eles parecem ser um ajuste natural para participar da prova.”

O brasileiro está empolgado com o novo desafio. Em 2008 venceu na classe LMP2 em Road Atlanta com o Porshe RS Spyder ao lado de Ryan Briscoe. Montoya já venceu três vezes as 24 horas de Daytona. “Vai ser divertido trabalhar com Juan novamente”, disse Castroneves. “O carro é uma explosão para dirigir, já que tem muita energia e uma incrível quantidade de downforce. A última vez que eu corri em Petit, eu tive a sorte de fazer parte da equipe vencedora. Ele foi um dos pontos altos da minha carreira. Agora, eu estou olhando para a frente com um desafio novo, e eu tenho certeza que ele será divertido com esses caras neste cenário.”

Pagenaud também é um conhecedor das provas de longa duração. Venceu em 2010 Petit Le Mans ao lado de David Brabham e Marino Franchitti. Em 2016 ajudou Cameron e Curran a conquistar o título da IMSA, com um quarto lugar na prova. “É um regresso para casa, voltar a pilotar protótipos”, disse Pagenaud. “Eles são grandes carros para dirigir, e dividir a condução com Juan e Hélio em um evento de resistência vai ser muito divertido. Esta é uma oportunidade para ajudar a Penske a preparar o carro para o próximo ano.”

A prova vai contar com Bruno Senna e Pipo Derani dividindo o Nissan DPi #22, Christian Fittipaldi no Cadillac #5 da equipe Action Express e Oswaldo Negri no Acura #86 da equipe Michael Shank Racing que compete na classe GTD.

* Com informações do site da IMSA

 

Penske avalia participação na edição 2017 de Petit Le Mans

Porsche com as cores da Penske em 2008. (Foto: Divulgação)

A Penske estaria planejando um retorno ao endurance ainda em 2017. De acordo com informações do site sportcar365.com, o time poderia ré estrear em Petit Le Mans, última etapa da IMSA.

Segundo fontes do site, o modelo escolhido por Roger Penske seria um Oreca 07. Os pilotos seriam os que atualmente competem pela equipe na Indy. Os rumores ganham forma, já que a equipe já possui um Oreca 07, por conta de um futuro acordo com a Honda em um possível programa DPi.

Para Tim Cindric, presidente do Team Penske esteve no último final de semana em Watkins Glen durante as 6 horas. O dirigente não descarta, nem confirma o aceite da equipe. “Isso é algo que estamos considerando, mas não vamos ter certeza se é viável até que entendamos melhor o estado do nosso programa”, disse Cindric.

“Tenho certeza que esta discussão veio à tona depois que assisti as 6 horas de Glen e perguntei para a IMSA sobre alguns dos requisitos. ”

A Penske introduziu na ALMS o mítico Porsche RS Spyder em 2005. O programa durou até 2009 com batalhas com protótipos da classe LMP1. Na época Audi e Acura participaram de forma oficial na categoria. Por conta do ótimo protótipo a equipe conquistou três títulos na classe LMP2. O ponto alto foi a vitória no geral nas 12 horas de Sebring em 2008.

* Com informações do site Sportscar365.com

Porsche 911 GT3-R Hybrid, um precursor

Porsche 911 GT3-R Hybrid, ajudou no desenvolvimento dos futuros modelos híbridos da marca. (Foto: Porsche AG)

Carros com dois sistemas de alimentação, por combustível fóssil e baterias estão na ordem do dia. Cada vez mais a indústria vai traçando alternativas para substituir a gasolina. Os modelos híbridos, que se movimentam por meio de energia elétrica, já são uma realidade.

Muitos reclamam que o carro do futuro não fará barulho, que o ronco dos motores dos carros de corrida estão cada vez mais silenciosos. Bobagem. Não se deve temer os avanços tecnológicos, principalmente quando essa inovação, vai significar economia e preservação do meio ambiente.

Um dos precursores dessa onda verde nas pistas foi o Porsche 911 GT3-R Hybrid. O modelo estreou em 2011. Curiosamente, 110 anos antes, Ferdinand Porsche desenvolveu o Lohner Porsche Semper Vivus, o primeiro carro do mundo com um sistema híbrido.

O sistema híbrido do GT3, foi desenvolvido exclusivamente para as competições. Equipado com dois motores elétricos no eixo dianteiro, o conjunto desenvolvia 60 quilowatts cada. O motor a combustão gerava 480 cavalos de potência.

Dois motores elétricos no eixo dianteiro, davam a potencia extra ao 911. (Foto: Porsche AG)

Ao lado do banco do motorista, foi instalado um volante elétrico, que era capaz de girar a 40 mil RPM. Depois do sistema carregado, o piloto poderia usar a energia extra entre 6 a 8 segundos, para fazer ultrapassagens ou economizar combustível.

A versão 2.0 estava elegível tanto na VLN quando em Petit Le Mans. O 911 também ficou mais leve, os componentes do sistema híbrido, tiveram o peso reduzido em 20%. A “força” do sistema híbrido também aumentou de 60 para 75 quilowatts. Agora o piloto tinha cerca de 200 cv além do motor a combustão para administrar durante a prova. O método de acionamento do sistema era acionado pelo pedal do acelerador ou por um botão no volante.

“Fizemos um enorme progresso no desenvolvimento do 911 GT3 R Hybrid” disse Hartmut Kristen, então chefe da Porsche Motorsport, em entrevista ao site endurance info, na época do lançamento. “O teste em condições de corrida nos deu informações adicionais que não são fáceis de reunir durante uma simulação. Nós vamos usar as informações obtidas a partir das corridas VLN para fortalecer nosso laboratório corridas confiável e econômica.”

Romain Dumas, Timo Bernhard e Mike Rockenfeller terminaram em 8º lugar na classe GT2 em 2010 no Petit Le Mans. O modelo foi a porta de entrada da Porsche no segmento híbrido, que culminou com o 919 Hybrid LMP1.

Falha mecânica tira de Augusto Farfus pódio em Petit Le Mans

(Foto: BMW)

Convidado para participar da última rodada do IMSA WeatherTech SportsCar Championship (IWSC) com o BMW Team RLL, Augusto Farfus cumpriu uma boa jornada ao lado dos pilotos Bill Auberlen e Dirk Werner neste fim de semana, na tradicional prova de 10 Horas de Road Atlanta, também conhecida como Petit Le Mans. O trio, que largou em 9º na categoria GTLM, conseguiu escalar o pelotão com um bom ritmo de corrida e estratégia acertada e já figurava em 3º lugar a apenas duas horas para o fim da prova, mas não contaram com a sorte na parte final da corrida, e tiveram de abandonar pouco antes da bandeirada final.

Os treinos para a etapa final do campeonato norte-americano tiveram início na quinta-feira, enquanto no dia seguinte já foi realizada a tomada de tempos. Auberlen garantiu a 9ª posição no grid de largada entre os carros da categoria GTLM para a BMW M6 #25.

Com o tempo firme no sábado – ao contrário da edição do ano passado, quando uma forte chuva caiu durante a prova -, a corrida teve início às 11h10 (horário local). Farfus foi o 3º a assumir o comando do carro, e o trio da BMW foi avançando posições, tirando proveito de um ritmo de corrida consistente e também das entradas do safety-car e bandeiras amarelas, e já estava em posição de subir ao pódio, no 3º lugar, quando o carro começou a apresentar problemas com a direção hidráulica. Auberlen levou o carro para os boxes, para tentarem reparar, e voltaram para a pista, mas o problema persistiu e eles foram obrigados a abandonarem a cerca de uma hora para o fim das 10 horas de disputa.

“Foi a primeira vez desde 2011 que corri aqui e não choveu. Fiquei feliz por poder vir até Road Atlanta e ajudar ao Bill Auberlen e ao Dirk Werner na última etapa do campeonato. Não tínhamos o carro mais rápido da pista, mas nosso ritmo de corrida era bom e soubemos usar as entradas do safety-car e bandeiras amarelas a nosso favor, e estávamos no caminho para subir ao pódio. Infelizmente, um problema na direção hidráulica não nos permitiu ir até o fim da corrida e trazer o resultado que merecíamos, mas faz parte do nosso esporte. Agora, vou para Hockenheim para tentar fechar o ano no DTM da melhor forma possível em duas semanas”. Comenta o piloto.

Depois do desafio nos Estados Unidos, Augusto Farfus volta a se preparar para a última etapa do DTM 2016, que acontece entre os dias 14 e 16 de outubro, em Hockenheim, na Alemanha.

“Chegar em segundo é uma grande conquista”, afirma Pipo Derani sobre Petit Le Mans

(Foto: ESM)

Foi uma corrida dura, mas o segundo lugar ao final das 10 Horas de Petit Le Mans, neste sábado (dia 1º), coroou os esforços da equipe Tequila Patrón ESM na disputa da última etapa do IMSA WeatherTech Championship, no circuito de Road Atlanta (EUA), e a grande pilotagem do brasileiro Pipo Derani.

Ao lado dos companheiros Scott Sharp e Johannes van Overbeek, o piloto fechou a temporada com três pódios para o No. 2 Tequila Patrón ESM Honda Ligier, em quatro provas disputadas no IMSA este ano, incluindo as vitórias nas 24 Horas de Daytona e 12 Horas de Sebring.

O trio enfrentou algumas dificuldades no acerto do carro durante os treinos livres e partiu da sétima colocação no grid. A equipe conseguiu se recuperar durante a prova com uma boa estratégia nos pit stops e Derani chegou a lutar pela segunda posição, ainda na primeira metade da prova, mas o contato com outro carro fez o brasileiro perder posições e cair para sétimo.

Faltando seis horas, a equipe conquistou mais duas posições e com o anoitecer a sorte começou a virar a favor do trio da Tequila Patrón ESM. Derani voltou a assumir o cockpit quando faltavam duas horas e meia para o final, na quinta posição. Faltando 50 minutos para o encerramento da prova, o brasileiro subiu para terceiro e, na sequência, assumiu a segunda posição.

A prova ainda teve uma bandeira amarela nos 20 minutos finais, permitindo que Derani lutasse pela vitória. Mas com alguns carros de GTD entre o brasileiro e o líder não foi possível superar o tráfego e batalhar pelo primeiro lugar.

“Foi uma corrida muito difícil. Nunca estivemos entre os top-5 na corrida toda. Conseguir chegar em segundo é uma grande conquista”, declarou o brasileiro de 22 anos.

“Começamos o final de semana atrás dos demais. Tivemos alguns problemas nos primeiros treinos livres e conseguir uma dobradinha para a Ligier é o melhor que poderia acontecer”, lembrou, destacando a vitória do trio Oswaldo Negri Jr., Olivier Pla e John Pew (Michael Shank Racing Honda HPD Ligier JS P2) na 19ª edição da prova.

“Claro que eu queria vencer. Estávamos próximos na relargada. Eu tinha alguns GTs entre mim e o Oli (Pla) e ele conseguiu abrir vantagem. Mas foi ótimo. Lutamos bastante pelo título do Tequila Patrón North-American Endurance Cup e é ótimo terminar a temporada aqui em Petit Le Mans, numa grande pista e com esta grande equipe”, continuou Derani, que ficou com o vice-campeonato da competição, que inclui as quatro provas de longa duração do IMSA (24 Horas de Daytona, 12 Horas de Sebring, 6 Horas de Watkins Glen e 10 Horas de Petit Le Mans). Eles ficaram apenas dois pontos atrás dos campeões Christian Fittipaldi e João Barbosa.

“Eu não era conhecido antes de estar com a Patrón e eles me deram uma grande chance de ser alguém. Viemos aqui e conseguimos grandes vitórias juntos. Cada corrida que fazemos juntos, estamos mais e mais próximos. Não posso esperar para continuar o trabalho com a equipe nas corridas que ainda faltam na temporada”, completou o brasileiro.

Derani volta a competir agora no dia 16, na disputa das 6 Horas de Fuji, no Japão, sétima etapa da temporada do FIA WEC.

Veja os melhores em Road Atlanta (Top-5):*
1 J. Pew / O. Negri Jr. / O. Pla (Michael Shank Racing Honda HPD Ligier JS P2) 412 voltas em 10h00min30s023
2 S. Sharp / L. Derani / J. van Overbeek (Tequila Patron ESM Honda HPD Ligier JS P2) a 3s524
3 R. Taylor / J. Taylor / M. Angelelli (No. 10 Konica Minolta Corvette DP for Wayne Taylor Chevrolet Corvette DP) a 11s745
4 E. Curran / D. Cameron / S. Pagenaud (Action Express Racing Chevrolet Corvette DP) a 14s258
5 J. Barbosa / C. Fittipaldi / F. Albuquerque (Action Express Racing Chevrolet Corvette DP) a duas voltas

Michael Shank Racing vence em Petit Le Mans

Vitória para o Ligier JS P2. (Foto: MSR)

A edição 2016 de Petit Le Mans, última etapa do WeatherTech foi cheia de simbolismos. Foi a última corrida dos arcaicos Daytona Prototypes. Modelos que estão na pista desde 2002 e que desde que a IMSA se uniu com a ALMS em 2014, foram alvos de críticas por conta do favorecimento a um protótipo inferior, se comparado aos modelos LMP2.

Desde 2014, as poucas vitórias dos modelos homologados pela ACO, eram consideradas verdadeiras epopeias. O maior feito de um LMP2 foi a vitória nas 24 horas de Daytona no início deste ano. Vencer na casa dos DP foi algo que surpreendeu até a organização da prova. Coube ao Ligier JS P2 da equipe Extreme Speed a vitória, muito pelas mãos do brasileiro Pipo Derani.

Também foi da ESM a vitória em Sebring. A partir dali várias alterações foram feitas para limitar o desempenho dos modelos mais modernos. Nas provas curtas o domínio dos DP era evidente, seja pelo bom plantel de pilotos e estrutura das equipes. Hoje em Road Atlanta foi diferente. Desde os primeiros treinos o Ligier #60 da Michael Shank Racing do trio Oliver Pla, Oswaldo Negri e John Pew, estiveram no topo das tabelas de tempo.

Quem acompanha a IMSA sabe dos rompantes de desempenho que Negri e Pew tem nos treinos, e que nem sempre se refletem na corrida. Oliver Pla, piloto que veio reforçar a equipe mudou isso. A pole já era o prelúdio de uma boa prova. Restava saber se o azar costumeiro da equipe, e o bom trabalho dos adversários iria estragar a festa da equipe.

Desde o começo o ritmo do Ligier foi forte. Pla chegou a abrir mais de 30 segundos para o resto do pelotão nas primeiras horas de prova. Mesmo com um bom ritmo, a equipe enfrentou problemas. Durante uma das paradas, o cubo da roda traseira esquerda apresentou falha durante os pits. Na parte final da prova, Pla acabou rodando depois de se estranhar com um retardatário na pista. O Ligier também enfrentou um problema de ignição na hora final. Com todos estes problemas a equipe conseguiu a segunda vitória na temporada.

Risi Competizione vence na GTLM.

Na segunda posição, o também Ligier #31 da Action Express de Pipo Derani, Scott Sharp e Johannes van Overbeek. O começo da prova do carro #31 foi discreta. Com o azar dos adversários e a pilotagem sempre agressiva de Derani a equipe conseguiu o segundo lugar. A festa dos LMP2 teria sido completa, se não fosse o Mazda #70 de Joel Miller pegar fogo a 15 minutos do fim. Seria o primeiro pódio com modelos P2 da história recente da categoria.

Com o abandono do Mazda, o terceiro lugar ficou com o Corvette DP da Wayne Taylor Racing de Ricky e Jordan Taylor, que tiveram a companhia de Max Angelelli. Na quarta posição e campeões da temporada 2016, o Corvette #31 da Action Express de Dane Cameron, e Eric Curran que tiveram Simon Pagenaud como terceiro piloto.

A dupla estava com um ponto de vantagem para o Corvette #5 de Christian Fittipaldi e João Barbosa. Um furo no pneu traseiro esquerdo acabou com o sonho da dupla de conquistar o tricampeonato. Ficaram com a quinta posição. Mesmo com o resultado a dupla é campeão da Tequila Patron North Endurance Cup, minicampeonato que engloba apenas as corridas longas da temporada (Daytona, Sebring, Watkins Glen e Petit Le Mans).

PR1 vence na PC, mas título fica com a StarWorks. (Foto: IMSA)

“Óbvio que eu queria conquistar os dois títulos, mas se o nosso #5 não pode ganhar, eu sou o primeiro a torcer pelo # 31 e deixar tudo dentro da nossa equipe. Os últimos três anos foram fora do comum para a Action Express Racing. Ganhamos todos os campeonatos, então não poderia ter sido melhor“, comentou Fittipaldi.

O brasileiro lembrou que a partir da próxima temporada a categoria terá apenas carros LMP2 e mostrou-se motivado com a novidade. “No ano que vem, teremos carros novos na categoria e estamos bem animados. Um fato interessante é que eu corri a primeira corrida dos Daytona Prototype, em 2003, e agora a última, em 2016”, frisou.

“De uma maneira geral, estou terminando a temporada contente, de cabeça erguida e agora é trabalhar bastante na pré-temporada. Vamos virar a página e começar com o pé direito na corrida mais importante do ano, as 24 Horas de Daytona, no final de janeiro de 2017”, finalizou Fitipaldi, que subiu sete vezes ao pódio este ano, incluindo a vitória nas 6 Horas de Watkins Glen.

Na classe PC, a PR1/Mathiasen Motorsports venceu a prova, mas perdeu o campeonato para a Starworks Motorsports de Renger van der Zande e Alex Popow. A dupla do carro #8 teve a companhia de David, Heinermeier Hansson.

Tom Kimber-Smith levou o #52 a vitória em cima do #38 da Performance Tech Motorsports de James France, Kyle Marcelli e Kenton Koch. Kimber-Smith compartilhou a vitória na classe com Robert Alon e Jose Gutierrez.

Com o #8, terminando em sexto lugar na classe, depois de problemas de freio e suspensão,a StarWorks e a PR1 terminaram com 355 pontos. Como a equipe do #8 teve 4 vitórias na temporada, uma a mais do que os adversários, se tornaram campeões. O #85 da JDC-Miller Motorsports completou o pódio na terceira posição e em 13º no geral.

A Risi Competizione venceu na classe GTLM, enquanto Oliver Gavin e Tommy Milner com o Corvette #4 foram os campeões da classe. Giancarlo Fisichella, Toni Vilander e James Calado levaram a Ferrari #62 a uma vitória sem grandes dificuldades. A vitória já garantida, se tornou definitiva, após uma última parada do Ford #66 de Joey Hand, Dirk Muller e Sébastien Bourdais.

Com desclassificação do Audi da Magnus Racing, o Viper #33 vence na GTD. (Foto: IMSA)

O terceiro lugar do Corvette #4 garantiu o título da classe. Foram 4 vitórias durante a temporada. Gavin e Milner terminaram a temporada com uma vantagem de 17 pontos sobre Richard Westbrook e Ryan Briscoe, que perderam as esperanças de título, após problemas em um dos tubos do escapamento do Ford #67. Assim a dupla terminou em sétimo na classe, enquanto o Corvette #3 de Antonio Garcia, Jan Magnussen e Mike Rockenfeller foi o quarto colocado, depois de um problema de acelerador.

As equipes Porsche e BMW, não tiveram sorte na corrida. Nick Tandy colidiu com PC de Johnny Mowlem. O Porsche #911 não completou a prova. Já o #912 acabou batendo com o Audi da Magnus Racing de Andy Lally.

Pelos lados da BMW, o #100 colidiu com o Ford #67 ainda no início da corrida. Por conta disso uma falha no alternador foi detectada. O Ford teve que trocar o assoalho. Problemas na direção tiraram as chances de um bom resultado do #25. A Ferrari #68 da Scuderia Corsa, teve um princípio de incêndio durante uma das paradas nos boxes. O fogo foi rapidamente controlado e o carro voltou para a prova.

Christina Nielsen e Alessandro Balzan, campeões da classe GTD. (Foto: Scuderia Corsa)

Na classe GTD, Christina Nielsen e Alessandro Balzan foram os campeões, com pouco mais de 3 horas de prova. Nielsen precisava completar o tempo mínimo a bordo da Ferrari #63 da Scuderia Corsa. A dupla teve a companhia de Jeff Segal na condução do carro. A bela foi a primeira mulher a conquistar um título na IMSA.

A vitória ficou com o Viper #33 da Riley Motorsports de Jeroen Bleekemolen, Ben Keating e Marc Miller. O #33 foi superado faltando poucos minutos para o fim pelo Audi #44 da Magnus Racing, porém John Potter não completou o tempo mínimo de permanência no carro como punição a equipe foi desclassificada. Em segundo o Porsche da Park Place Motorsports. A Ferrari #63, campeã da classe, termina em terceiro.