Toyota faz dobradinha em Fuji pelo Mundial de Endurance

Mesmo em bandeira verde Toyota foi um adversário difícil para a Porsche. (Foto: Divulgação)

A Toyota conquistou na madrugada deste domingo, 15, a vitória em casa, no circuito de Fuji no Japão. A prova teve apenas 113 voltas e foi marcada pelo mau tempo, coroou o bom trabalho do TS050 #8 de Anthony Davidson, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima.

Mesmo com a entrada do carro de segurança, a organização da prova ficou na esperança de que a chuva e a falta de visibilidade, passassem, o que não aconteceu. A prova ficou sob bandeira verde por pouco mais de 10 minutos, quando finalmente foi decretada bandeira vermelha. Oficialmente a prova teve pouco mais de 4 horas e 20 minutos.

Esta foi a terceira prova na história do Mundial de Endurance que teve seu tempo reduzido, por conta do mau tempo. As duas primeiras vezes também foram em Fuji. A equipe japonese mostrou força, dominando a prova em condições molhadas. Os dois carros da equipe Porsche ficaram com a terceira e quarta posição. Earl Bamber com o 919 #2 chegou a liderar, mas não conseguiu manter a liderança frente ao bom desempenho dos carros da Toyota.

Resultado final

Hisatake Murata, chefe da equipe Toyota: “É fantástico ficar no centro do pódio novamente na nossa terceira vitória da temporada. Lutamos muito duro para conseguir isso, e é ainda mais especial aqui na nossa corrida em casa. Obrigado a todos que vieram para Fuji Speedway hoje e apoiar-nos, apesar do mau tempo. Eles realmente nos dão motivação extra e estou satisfeito que pudéssemos mostrar-lhes uma luta emocionante com a Porsche. Nossos pilotos e carros apresentaram desempenho muito forte hoje em condições molhadas. Nossa meta agora é lutar duro com a Porsche nas duas últimas corridas e criar um final emocionante para a temporada para os fãs.”

Mais tempo parados do que correndo. (Foto: FIAWEC)

Bamber, Timo Bernhard e Brendon Hartley são os líderes do campeonato, mantendo vivas a chances, pelo menos matemáticas de Nakajima e Buemi de conquistar o título. O Porsche #1 teve o bico avariado, após André Lotterer tocar em Buemi.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 da Porsche: “A chuva pesada, densa neblina, um começo atrás do safety car, duas bandeiras vermelhas e períodos de safety car numerosos e zonas amarelas: Dadas essas condições adversas, podemos estar contente que nada sério aconteceu hoje. No final, foi uma dobradinha  em casa para a  Toyota. Mas estávamos perto e em Xangai, vamos fazer de tudo para fazer o próximo passo para defender nossos títulos de campeão.”

Bruno Senna vence a segunda no ano. (Foto: Divulgação)

Na classe LMP2, Bruno Senna, Julien Canal e Nicolas Prost venceram com o Rebellion #31. Foi a segunda vitória do trio na temporada. Em segundo lugar o Alpine #36 de André Negrão e Gustavo Menezes. Os líderes do campeonato, o Oreca #38 da Jackie Chang DC Racing de Oliver Jarvis, Ho-Ping Tung e Thomas Laurent, terminarem em terceiro lugar.

“Foi talvez a corrida mais tensa e difícil da minha vida”, disse Bruno, que aproveitou o pódio para comemorar também o aniversário – completou 34 anos. Com os resultados, os pilotos da Rebellion Racing mantiveram a vice-liderança e reduziram para somente 10 pontos a diferença para o trio da Jackie Chan Racing, formado por Oliver Jarvis, Thomas Laurent e Ho-Pin Tung, terceiro colocados na etapa.

As previsões da meteorologia, que indicavam até a possibilidade de cancelamento da prova, quase que se confirmaram completamente. A prova começou com pista molhada e visibilidade reduzida, o que levou a direção de prova a determinar o regime de bandeira amarela em uma das curvas. “Em nenhum momento conseguimos ver a curva 1. Foi um desafio enorme completar a corrida”,  afirmou Bruno, que saiu na segunda colocação, passou à liderança logo no início e sobreviveu aos múltiplos choques – um deles envolvendo o segundo Oreca-Gibson da equipe, então nas mãos de Mathias Beche, que bateu forte mas nada sofreu.

Ferrari vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Bruno percorreu uma maratona. Por causa do encurtamento da prova, Canal nem chegou a assumir o cockpit. “Fiquei três horas e meia pilotando. Foi muito cansativo e mentalmente exigente. Felizmente, consegui tomar a frente logo com a rodada do Nelsinho Piquet, que provocou um embaralhamento de posições atrás que nos ajudou. Tivemos de fazer um pit stop com bandeira verde, o que nos prejudicou bastante, mas felizmente recuperamos no segundo e deu para reprogramar a estratégia. Mesmo assim, demos sorte porque o ritmo do carro do André Negrão era melhor que o nosso e o encerramento prematuro nos beneficiou”, admitiu.

Com mais 25 pontos, Bruno e Canal passaram a somar 135 contra 145 dos líderes – Prost não tem mais chances de ser campeão porque não participou das 6 Horas de Nurburgring. Com isso, as 6 Horas de Xangai, no próximo dia 3 de novembro, ganharam ainda mais importância na definição do título, já que depois restará apenas a prova final no Bahrein. “Dez pontos não são tão poucos assim, mas se lembrarmos que já estivemos 46 atrás…”, lembrou Bruno. “E o importante é que continuamos crescendo e viemos descontando um pouco a cada prova.”

Companheiro de Bruno Senna na equipe Rebellion Nelsinho Piquet, largou na pole, iniciando uma feroz recuperação e, depois de ultrapassar os carros das categorias GT, começou a descontar a diferença em relação aos demais protótipos da LMP2. Foi quando uma nova entrada do safety car ajudou e reduziu ainda mais a desvantagem.

Com pouco mais de uma hora de prova, Nelsinho já era o oitavo na classe, mas a chuva aumentou e uma forte neblina tornou a visibilidade terrível, obrigando a direção de prova a acionar a bandeira vermelha. Depois de quase uma hora de paralisação, mas com a regressiva das seis horas prosseguindo, a prova recomeçou e Nelsinho seguiu sua recuperação.

Clearwater vence na GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

Piquet Jr. subiu logo para o quinto lugar e decidiu permanecer na pista por mais tempo, retardando o segundo pit stop e, consequentemente, a troca de pilotos. Quando finalmente parou, com quase três horas de prova, Nelsinho já estava em segundo na LMP2, e deu lugar a Mathias Beche.

No entanto, o suíço acabou sofrendo um acidente com 3h35 de corrida após toque do francês Jean-Eric Vergne e a tripulação teve de abandonar a disputa devido aos danos no protótipo Oreca #13. Uma hora depois, a direção de prova agitou novamente a bandeira vermelha e esperou pela melhora das condições, o que não aconteceu, e a prova foi encerrada.

“A corrida foi complicada, acabei rodando no começo e caí para trás. Fomos recuperando bem, cheguei ali até a ficar em segundo, perto da frente. Depois, o Mathias Beche acabou levando uma pancada do Jean-Eric Vergne e infelizmente abandonamos”. Comentou o piloto.

Na classe GTE-PRO a Ferrari de Alessandro Pier Guidi e James Calado, superou a equipe Porsche no pódio e também na luta pelo título. A prova marcou a segunda vitória de Calado e Pier Guidi. Andy Priaulx e Harry Tincknell que pilotam o Aston Martin #67 não completaram a prova.

Em segundo o Porsche #91 de Richard Lietz e Fred Makowiecki. Completando o pódio o Porsche #92. Na classe GTE-AM Miguel Molina, Francesco Castellaci e Thomas Flohr, conquistaram a primeira vitória com a Ferrari #54 da Spirit Racing. Em segundo a Ferrari #61 da Clearwater de Keita Sawa e Weng Mok Sun. Completando o pódio da classe, o Porsche #77 da equipe Dempsey Proton Racing.

Senna e Piquet saem na frente no Japão

(Foto: Divulgação)

Como nos tempos de glória do automobilismo brasileiro, um Senna e um Piquet estarão na primeira fila do grid – e desta vez lado a lado. Os dois pilotos da Rebellion Racing dominaram a sessão classificatória que definiu a ordem de largada da classe LMP2 das 6 Horas de Fuji, sétima e antepenúltima etapa do Campeonato Mundial de Endurance. Nelsinho Piquet, que divide o protótipo número 13 com Mathias Beche e David Heinemeyer Hansson, partirá da pole e terá a companhia de Bruno Senna, este em plena luta pela conquista do título da divisão juntamente com o parceiro francês Julien Canal com o Oreca-Gibson nº 31.

Resultado treino classificatório

A prova começará às 23 horas (Brasília) deste sábado e com chances quase certas de chuva ao longo de todo o período – 99% de acordo com os serviços de meteorologia do Japão. O mau tempo característico da região nesta época do ano se fez novamente presente no autódromo localizado nas proximidades do Monte Fuji e impediu as equipes de usarem os pneus de seco até agora. O qualifying foi disputado com pista molhada e pneus intermediários.

Bruno levou leve vantagem na disputa que trava com os líderes Oliver Jarvis, Ho-Pin Tung e Thomas Laurent, que sairão em terceiro. Mas lamentou o tráfego encontrado por Canal no momento em fazia sua volta rápida. Pelo regulamento, dois pilotos por carro participam da classificação, o mais graduado (ouro ou platina) e o de currículo mais modesto (prata), valendo para efeito de tempo a média da melhor volta de cada um. “Foi uma pena porque tínhamos tudo para ficar com a pole. Mas vamos brigar pela vitória, de qualquer jeito”, prometeu.

“Foi um ótimo dia! O carro sempre esteve bom na chuva tanto na sexta-feira como hoje. Foi crucial acertar a escolha de pneus porque estava bem difícil saber se era pneu de chuva ou intermediário, e os engenheiros fizeram a escolha perfeita. Deu tudo certo e o David Heinemeier-Hansson andou muito bem, ele um piloto silver mas foi mais rápido do que muitos pilotos pro. Agora é torcer para não chover muito e termos uma boa corrida porque a chance é de chover tanto que pode atrapalhar o dia”, destacou Nelsinho Piquet.

A diferença de Bruno e Canal para os ponteiros é de 20 pontos – 130 as 110. Nicolas Prost, o terceiro piloto do carro do brasileiro, não correu em Nurburgring e tem 98. Apesar de sair à frente dos maiores rivais, Bruno sabe que a prova está completamente aberta, não apenas em função da duração como das condições extremas que as equipes deverão enfrentar. “Tudo indica que vai chover forte. Não será fácil, mas nos preparamos para ganhar.”

Bruno Senna tenta encostar nos líderes no Japão

(Foto: Divulgação)

Com 20 pontos de desvantagem para o trio da Jackie Chan Racing formado pelo inglês Oliver Jarvis, o chinês Ho-Pin Tung e o francês Thomas Laurent, Bruno Senna tem neste fim de semana nas 6 Horas de Fuji a primeira das três últimas chances de superar os rivais na luta pelo título da classe LMP2 do Campeonato Mundial de Endurance. E a disputa entre os dois times favoritos promete mesmo ser a tônica da 7ª e antepenúltima etapa, já que nos treinos livres desta sexta-feira, prejudicados em grande parte pela chuva típica desta época do ano no Japão, Laurent foi o mais rápido da divisão, com uma volta em 1min47s437 que superou a de Bruno, seu mais direto perseguidor, por menos de um décimo.

Bruno e Julien Canal, um dos parceiros na Rebellion Racing, somam 110 pontos contra 130 dos ponteiros. Nicolas Prost, o outro francês da equipe, se afastou porque não participou da etapa de Nurburgring. O desafio que eles têm pela frente é grande, já que o sistema de pontuação do Mundial de Endurance segue o da Fórmula 1, distribuindo 25 pontos ao vencedor e 18 ao segundo. O crescimento da Rebellion na segunda fase do calendário, no entanto, é um fator que não pode ser desprezado na reta final.

O mau tempo aos pés do Monte Fuji desapontou a todos. “Quase não pudemos andar”, resumiu Bruno, que ainda teria um treino livre na manhã deste sábado para trabalhar no acerto do Oreca-Gibson do time suíço antes da sessão classificatória que definirá o grid. A largada da corrida está marcada para as 23 horas (Brasília) deste sábado. A chuva, no entanto, é uma ameaça real à realização da prova. “Existe, sim, o risco de não acontecer. Há previsão de tempestade a partir da tarde do sábado”, avisou Bruno.

Nelsinho Piquet inicia fase asiática do Mundial de Endurance

(Foto: José Mário Dias)

O Campeonato Mundial de Endurance inicia no próximo fim de semana a sua fase asiática com as 6 Horas de Fuji, no Japão, e Nelsinho Piquet chega embalado após o terceiro lugar na categoria LMP2 na última etapa, em Austin (Estados Unidos).

Ao contrário das últimas corridas, disputadas em pistas nas quais ele ainda não havia pilotado, o brasileiro da Rebellion Racing vai competir com o protótipo Oreca #13 em três circuitos conhecidos por ele; além da prova em Fuji, o FIA WEC terá etapas em Xangai (China) e Sakhir (Bahrein).

Nelsinho, aliás, guarda lembranças muito positivas de Fuji. Foi lá que em 2008 ele fez uma de suas melhores provas na Fórmula 1, quando chegou a liderar a corrida por duas vezes (sete voltas) e terminou em quarto lugar.

Localizado ao pé do famoso Monte Fuji, ponto culminante do Japão (3.776 metros), o circuito japonês tem 4,563 quilômetros e uma das mais longas retas do automobilismo mundial, com 1.475 metros. O traçado tem uma combinação de curvas de alta velocidade e um miolo de baixa. O clima na região costuma ser instável e a previsão indica chuva para o fim de semana.

“Agora o campeonato entra na fase asiática, em pistas que conheço bem e gosto bastante. Com isso, espero um resultado melhor do que nas últimas duas corridas, em circuitos que eu nunca havia andado. Estou muito motivado para essas três etapas e nessa reta final podemos tomar mais riscos para terminar melhor no campeonato”, comentou o piloto. 

A programação em Fuji se inicia na sexta-feira com a realização de dois treinos livres. No sábado, serão disputados mais um treino livre e a classificação para determinar o grid de largada. A corrida tem início previsto para as 23h de sábado (11h de domingo no Japão).

 

 

 

Protótipos LMP2 passam por alterações para 2018

Oreca é o melhor LMP2 em 2017. (Foto: FIAWEC)

A temporada 2018 do Mundial de Endurance e campeonatos “regionais” (ELMS e IMSA) marcou a introdução de uma nova classe de protótipos LMP2. Com apenas quatro fabricantes de chassis homologados para competir no WEC e em Le Mans, a proposta da ACO era baratear custos e evitar que fabricantes abortassem seus projetos no meio do caminho.

Mesmo limitando a classe, o que se viu foram grids cheios e muita disputa. No Mundial de Endurance uma predileção pelos modelos da Oreca chamou a atenção. Praticamente todas as equipes optaram pelo modelo francês, deixando de lado Onroak, Dallara e  Riley/Multimatic.  

Para o próximo os protótipos irão passar por uma atualização. “Foi claramente dentro dos regulamentos, e foi uma discussão técnica” comentou em entrevista ao site RACER o diretor do WEC, Gerard Neveu. “Eu entendo que a FIA e ACO receberam pedidos de alguns dos fabricantes em relação ao desempenho a partir deste ano. Assim, a comissão técnica tem trabalhado duro nos últimos três meses, com os dados para investigar esse ponto, e sua conclusão foi claramente que, para um dos três fabricantes, eles têm uma grande oportunidade para melhorar o desempenho do carro, no caso a Riley”.

“E para os outros dois, existem algumas possibilidades para ajustar o desempenho do próximo ano, em diferentes níveis, seja Le Mans ou na demais corridas. A ideia não é para equilibrar, mas dar a todos os carros um nível semelhante de desempenho, como o interesse é ter o mesmo nível em cada carro”.

Ainda de acordo com a RACER, os planos para 2018 apontam que o protótipo Riley/Multimatic Mk30 receba alterações no chassis e kits tanto de Le Mans quanto para as pistas regulares. Para a Onroak (Ligier JP P217) e Dallara, serão autorizadas alterações em seus kits aerodinâmicos. O Ligier será permitido atualizar seus kits (Le Mans e pistas regulares). Já a Dallara apenas Le Mans. Equipe dominante na atual temporada, a Oreca não deve receber atualizações para melhorar seu desempenho. O dirigente garante que uma decisão final ainda não foi tomada.

“Tem havido comunicações com as equipes, mas eles não fizeram decisões finais sobre isso (que chassis podem modificar ou  qual kit aero)”, disse ele. “Eles têm que discutir isso agora, em detalhes, sobre o que eles podem fazer ou não.”

As novas modificações serão testadas este ano no túnel de vento da Windshear na Carolina do Norte nos EUA. “Eu não sei a data exata (para o teste de túnel de vento), mas eu acho que é até o final de novembro – isso ainda está em discussão.” disse Neveu. “Eles acabaram de iniciar contato com as equipes. Eles estão começando a discutir suas conclusões com os dados, e agora eles vão tomar uma decisão.”

Segundo o dirigente, a ideia não é superar o desempenho dos protótipos Oreca e sim garantir que os quatro fabricantes, tenham condições reais de vencer uma corrida.  “A ideia com isso não gastar mais dinheiro,” disse. “O único ponto que todos concordam é que o Oreca é o melhor carro atualmente, de modo que os outros carros devem ter a oportunidade de executar neste mesmo nível.”

“Eles estão trabalhando para se certificar de que (permitindo que os upgrades para exceder o nível de desempenho do Oreca)  não aconteça.  Não é possível dizer que ele vai estar exatamente no mesmo nível -. Você vai ver a diferença – mas a ideia é certificar-se de que, com os dados e análises que eles estão em um nível semelhante, para que possam lutar por vitórias.”

“Se isso aconteceu (um upgrade provando ser superior em termos de desempenho para o Oreca) não iria funcionar: Só vamos autorizar uma atualização que garanta que eles não tenham tomado mais um passo mais do que o Oreca.”

* Com informações do site Racer.com

“Não tínhamos o mesmo ritmo do Alpine do Negrão”, comenta Bruno Senna após terceiro lugar em Austin

(Foto: Divulgação)

Bruno Senna reduziu um pouco mais a diferença para os líderes, conservou a segunda colocação ao lado do parceiro Julien Canal e manteve vivas as chances de título na classe LMP2 depois de conquistar sábado em Austin o 3º lugar nas 6 Horas do Circuito das Américas, sexta etapa do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Foi um dia histórico para o automobilismo brasileiro, que viu ainda seus representantes ocuparem todos os degraus do pódio da categoria, já que André Negrão integrou o time vencedor ao lado de Nicolas Lapierre e Gustavo Menezes, enquanto Nelsinho Piquet terminou em 2º no trio completado por Mathias Beche e Daniel Heinemeier Hensson.

Restando três corridas, a próxima marcada para 15 de outubro em Fuji (Japão), Bruno e Canal roubaram mais três pontos da vantagem de Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Tomas Laurent, quarto colocados no Texas e que agora comandam a classificação com 130 pontos contra 110 dos dois pilotos do Oreca-Gibson número 31 da Rebellion Racing – Nicolas Prost, o terceiro, não correu em Nurburgring e ocupa o 5º lugar com 92. Com 81 pontos ainda em jogo, a disputa está distante de uma definição.

Bruno, no entanto, disse que as chances de repetirem a vitória de duas semanas atrás no México pareceram viáveis. “Não tínhamos o mesmo ritmo do Alpine do Negrão, mas estávamos compensando na estratégia. Infelizmente, nossa prova foi complicada numa entrada do safety car e depois por um problema durante o pit stop do Canal. Perdemos cerca de um minuto que acabou fazendo toda a diferença”, explicou, depois de descer do quinto pódio da temporada de estreia da Rebellion na LMP2.

André Negrão, paulista de Campinas, conquistou a primeira vitória no Mundial de Endurance. Ele cumpriu o turno inicial com o Alpine A470-Gibson da Signatech Matmut e viu da mureta dos boxes o companheiro Gustavo Menezes receber a bandeirada depois de 177 voltas, uma a mais que os três carros seguintes. A corrida voltou a mostrar a conhecida competitividade da LMP2, a mais equilibrada das quatro do Mundial de Endurance, com a alternância de líderes e a segunda colocação sendo decidida em favor do segundo time da Rebellion Racing pela escassa margem de três segundos.

Porsche vence em Austin pelo Mundial de Endurance

Porsche #2 venceu após troca de posições. (Foto: FIAWEC)

A Porsche conquistou na tarde deste sábado, 16, sua quarta vitória consecutiva no Mundial de Endurance, em Austin nos EUA. Earl Bamber, Brendon Hartley e Timo Bernhard ampliaram a liderança na classe LMP1. A vitória foi em cima do Porsche #1 que cruzou a linha de chegada, com uma diferença de 0,276 segundos para o carro vencedor.

Resultado final Austin

O quarto triunfo do Porsche #2 veio após uma troca de posições quando o #1, pilotado por Nick Tandy liderava. A troca foi realizada faltando poucos minutos para o fim da prova. Naquele momento a vantagem do #1 era de quase 10 segundos. Esta foi a terceira troca de posições entre os dois carros no ano. A prova foi marcada pelo bom desempenho da equipe Toyota. Ainda na primeira parte da prova, Kazuki Nakajima com o TS050 #8 liderou, adotando uma estratégia de não trocar os pneus no primeiro pit-stop. Com altas temperaturas, a Toyota se mostrou um adversário forte, terminando com uma diferença de 21 segundos para o Porsche vencedor.

Hisatake Murata, presidente da equipe Toyota: “A equipe trabalhou muito para se recuperar de uma qualificação decepcionante e eu estou contente que nós desafiamos a Porsche e demos aos fãs uma corrida emocionante. Todo mundo podia ver o nosso espírito de luta hoje, então muito obrigado para a equipe para o seu grande esforço; tivemos uma boa estratégia, pit stops rápidos e corrida difícil. Parabéns à Porsche em sua vitória. Apesar de estarmos desapontados por não ganhar, o desempenho de hoje nos dá muito incentivo para a nossa corrida em casa; iremos para Fuji Speedway apontando para o meio do pódio”.

Alpine vence a primeira no ano na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

Na classe LMP2 a equipe Alpine conquistou a primeira vitória no ano. Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e André Negrão superaram os dois Oreca da equipe Rebellion que terminaram em segundo e terceiro. Em quarto o também Oreca #38 da equipe Jackie Chang DC Racing, que lidera o campeonato com Oliver Jarvis, Ho-Ping Tung e Thomas Laurent.

Com uma atuação marcada pela velocidade e regularidade, Nelsinho Piquet obteve seu melhor resultado na temporada 2017. Aliás, por pouco o segundo lugar não se transformou em vitória, depois que os líderes da prova tiveram um problema na luz traseira do protótipo #36 a poucos minutos do fim, e foi necessário um pit stop extra. No fim, Piquet terminou a 20 segundos da liderança.

Nelsinho dividiu a pilotagem do protótipo #13 da Rebellion Racing com o suíço Mathias Beche e o dinamarquês Daniel Heinemeier-Hansson. Depois do segundo lugar do trio no grid de largada da categoria, Piquet Jr. foi o responsável pelo segundo stint da tripulação.

Ferrari vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

No seu primeiro turno, Piquet Jr. se manteve em segundo lugar, sempre próximo ao líder, e entregou o carro a Heinemeier-Hansson. No entanto, o dinamarquês foi fechado por um adversário, rodou e ficou parado no sentido contrário, perdendo valiosos segundos.

“Finalmente conseguimos fazer uma corrida com um grande resultado! Tivemos uma grande sorte com uma entrada do safety car, até que enfim a sorte virou para o nosso lado. O carro estava bom e deu tudo certo, e equipe mereceu o resultado, trabalhou muito bem. Agora faltam três corridas para o fim da temporada e terminar essas provas no pódio seria bom para o fim do campeonato”, comentou Nelsinho Piquet.

Numa corrida marcada pelo sol forte e um calor de 35 graus, o protótipo #13 chegou a figurar na sétima colocação. Mas, depois de um safety car, Mathias Beche começou a recuperação do trio e subiu para quarto. Nelsinho pegou novamente o carro e o entregou a Heinemeier-Hansson, que caiu para quarto.

Beche reassumiu o carro no começo da penúltima hora e, com um bom ritmo, reconduziu o trio ao segundo lugar. Piquet Jr. voltou à pista no fim e manteve uma diferença tranquila para o outro protótipo da Rebellion Racing, que vinha em terceiro.

Aston Martin vence na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

A Ferrari voltou a vencer na classe GTE-PRO. Alessandro Pier Guidi e James Calado foram os primeiros a repetir o primeiro lugar na atual temporada com a Ferrari #51 da equipe AF Corse. Mesmo com o primeiro lugar a dupla enfrentou um adversário forte, o Porsche #92 de Michael Christensen e Kevin Estre. O Aston Martin #95 dos pilotos Nicki Thiim e Marco Sorensen, chegaram a liderar a prova, terminando na quarta posição. Em terceiro a Ferrari #71.

Na classe GTE-AM o Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana Pedro Lamy e Mathias Lauda venceram a segunda do ano. O trio enfrentou problemas com o difusor traseiro no início da prova. Mesmo com os reparos o trio conseguiu superar o tempo perdido vencendo, com uma vantagem de 50 segundos para a Ferrari #61 da equipe Clearwater Racing. Em terceiro a Ferrari #54 da Spirit of Race.

Dos 26 carros inscritos, apenas o Porsche #86 da equipe Gulf que compete na classe GTE-AM e o Oreca #25 da Manor, não completaram a prova. A próxima etapa será realizada no dia 13 de outubro em Fuji.

 

 

 

 

Porsche faz dobradinha em Austin. Silverstone volta ao calendário do WEC

(Foto: Porsche AG)

A Porsche dominou a primeira fila para a etapa de Austin do Mundial de Endurance, que será realizada neste sábado, 16, no Circuito das Américas nos EUA. Com o tempo de 1:44.741 o Porsche #1 do trio formado por Neel Jani, André Lotterer e Nick Tandy, superou nos momentos finais o segundo carro da equipe. O tempo foi conquista por Jani. Com uma diferença de 1.659 segundos aparece o Toyota #8, seguido pelo #7. A classe LMP1 terá apenas quatro carros competindo.

Para Andreas Seidl, chefe da equipe Porsche, o calor será um desafio extra durante a prova. “Considerando o calor, este desempenho é especialmente notável. Tendo ambos os nossos Porsche 919 largando na primeira fila, nos dá a melhor chance para a corrida. No entanto, esperamos que as mesmas altas temperaturas amanhã e, portanto, a corrida de seis horas vai se sentir extremamente longa. Mas com tudo o que aprendemos durante os treinos livres nos últimos dias, nos sentimos bem preparados.”

Treino classificatório Austin

Pelos lados da Toyota o desapontamento é grande. Mike Conway afirma que seu tempo poderia ser melhor, caso um LMP2 não tivesse lhe atrapalhado: “Estou muito irritado porque eu perdi  tempo devido a um LMP2. Ele saiu das boxes, assim como eu estava começando minha volta. Ele estava apenas pilotando por aí sem olhar o que está ao seu redor, embora eu estivesse farol alto.”

Na classe LMP2, a pole ficou com o Oreca #36 da equipe Signatech Alpine. Nicolas Lapierre, Gustavo Menezes e André Negrão vão partilhar a primeira fila com o Oreca #13 da equipe Rebellion Racing, que terá Nelsinho Piquet entre os pilotos. Bruno Senna larga em quarto na classe com Oreca #31 da Rebellion.

Bruno cravou o tempo de 1min53s081, diferença pouco inferior a dois décimos sobre Daniel Heinemeier Hensson, do outro carro da Rebellion e segundo mais rápido do qualifying. Mas no average o tempo subiu para 1min54s394 e o Oreca-Gibson de Senna e Julien Canal, que também contam com a companhia de Nicolas Prost, foi superado por Hensson, Nelsinho Piquet e Mathias Beche e pelos líderes do campeonato – Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Thomas Laurent, que dividiram a segunda fila com Bruno e seus parceiros.

A prova deste sábado é importante no esforço de Bruno se aproximar ainda mais da ponta da tabela, meta que parece mais ao alcance depois da vitória há duas semanas nas 6 Horas do México e que reduziu a desvantagem em relação aos líderes de 46 para 23 pontos – a vitória e a volta mais rápida rendem 26. Bruno saiu do Autódromo Irmãos Rodrigues suspeitando que a Rebellion pode ter encontrado o acerto ideal do carro, mas prefere esperar mais um pouco antes de aceitar que o trabalho de desenvolvimento está mesmo rendendo frutos. “Uma corrida não é suficiente. Temos de esperar mais um pouco para termos essa certeza.”

O que pode servir de consolo a Bruno é que o roteiro da prova na capital mexicana obedeceu a um roteiro semelhante nos treinos classificatórios. Também lá, Bruno foi o mais veloz da categoria, mas caiu para terceiro depois da entrada do segundo piloto da Rebellion. Na corrida, no entanto, tomou a ponta logo na primeira volta, abriu grande vantagem dos perseguidores e foi determinante para a primeira vitória da Rebellion Racing em sua temporada de estreia na LMP2 e a sua segunda no México.

 Na classes GT, AF-Corse #71 lidera na PRO, enquanto o Aston Martin #98 larga em primeiro na classe AM.

 Calendário do WEC sofre alterações para 2018/2019

 A direção do Mundial de Endurance atualizou o calendário como o novo formato do campeonato para os próximos anos. A principal alteração da primeira versão é o retorno de Silverstone, que passa a ser a quarta etapa do campeonato.

 Tradicionalmente os testes oficiais voltam a ser realizados no circuito de Paul Ricard entre os dias 6 e 7 de abril de 2018, que se estende com SPA, Le Mans, Silverstone, Fuji e Xangai. A luta pelo título continua em 2019 com etapas em Sebring, SPA e Le Mans fechando o campeonato. O calendário precisa ser oficializado perante o conselho mundial da FIA.

 Tanto Silverstone, quanto Sebring serão realizadas no mesmo final de semana do ELMS e IMSA respectivamente. A prova americana vai ter sua larga no período noturno, amanhecendo no domingo.

Nelsinho Piquet busca primeiro pódio em Austin pelo Mundial de Endurance

(Foto: José Mário Dias)

Depois da quinta posição na última etapa do Mundial de Endurance na categoria LMP2, Nelsinho Piquet volta a acelerar o protótipo #13 da Rebellion Racing neste próximo fim de semana nas 6 Horas de Austin, nos Estados Unidos.

Se no México Piquet Jr. alcançou o top5, a expectativa para o Circuito das Américas é brigar pelo primeiro pódio na temporada-2017, na prova que marca o início da segunda metade do campeonato – depois de Austin, restarão três etapas.

O brasileiro jamais pilotou no seletivo traçado de 5.513 metros, que tem 20 curvas e uma incrível variedade de curvas e mudanças de relevo. No entanto, Austin reserva boas memórias para Nelsinho, que conquistou no Texas uma inédita medalha para o Brasil no X-Games no Rally Cross, em 2014.

Para alcançar o melhor resultado no campeonato, Nelsinho espera que não haja contratempos como na Cidade do México, onde um problema após a classificação fez a tripulação do protótipo #13 ser punida e largar do fim do grid, o que influenciou diretamente no resultado.

“Adoro estar nos Estados Unidos! Não conheço a pista de Austin, então será mais um traçado para aprender, mas espero que as coisas funcionem um pouco melhor aqui. Vamos tentar apresentar um melhor desempenho em relação ao México, precisamos muito do nosso primeiro pódio esse ano”. Comentou o piloto. 

Os dois primeiros treinos livres para as 6 Horas de Austin serão disputados nesta quinta-feira, com a terceira sessão livre e a classificação programadas para sexta-feira e a corrida com largada às 14h (de Brasília) de sábado, com transmissão ao vivo do site oficial da categoria (www.fiawec.com)

Interlagos pode voltar ao calendário do WEC

(Foto: WEC)

Quando divulgou o calendário para o Mundial de Endurance 2018/2019, durante o final de semana das 6 horas do México, o CEO do WEC, Gerard Neveu deixou claro que a prova que será realizada em fevereiro ainda está em aberto.

Para o dirigente as opções estão abertas. “Será um calendário com muitas corridas”, disse ele, quando solicitado a explicar a nova “Super Season”. Serão duas na ásia, duas na Europa e duas na  América ou na América do Sul. Com duas corridas no continente americano (norte e sul), as opções são grandes, assim como na região do Golfo, Ásia como Barhein e Sepang.

Assim as chances de uma retorno de Interlagos ao calendário são grandes, porém não confirmados. Também estão na disputa um retorno da prova mexicana. Em entrevista ao site DailySportscar, o promotor da etapa do México afirmou que as negociações para a continuidade da prova estão acontecendo.

Calendário surpreendeu. (Foto: Divulgação)

“O acordo é de três anos para executar esta corrida (o próximo ano é o final no contrato atual)”, disse ele. “Mas, todos os anos, podemos revisar o contrato. Ainda tenho algumas reuniões com o WEC e patrocinadores para entender o que vai acontecer no próximo ano. Vamos ter notícias hoje sobre o que está acontecendo. Mas ainda estou esperando para saber mais.

“Com certeza, queremos que isso continue, mas há muitas coisas que devem se juntar para que isso aconteça”.

Como sempre um dos empecilhos para a realização da prova no Brasil é a logística. O tempo para o envio dos carros de São Paulo para a Flórida é de aproximadamente três semanas, o que daria uma janela de duas semanas entre um evento o outro.

A princípio a corrida estava originalmente marcada para janeiro. Por determinação das equipes a prova foi transferida, sinal de que Daytona não faria parte do futuro calendário.

* Com informações do site DailySportscar.com