Este seria o Audi R18 2017

(Foto: Filipe Albuquerque)

Por meio do seu twitter, o piloto português Filipe Albuquerque revelou nesta sexta (16), o Audi R18 2017 em escala. O modelo foi apresentado, durante a festividades da Audi na Alemanha.

O carro não chegou a ser construído. Segundo o chefe do programa LMP1 Stefan Dreyer, o carro seria vencedor. “Obviamente que ainda não tínhamos testado, mas fomos muito longe no desenvolvimento”, disse ao site Sportscar365.

(Foto: Reprodução Twitter Filipe Albuquerque)

 

Lucas di Grassi é eleito o melhor piloto de endurance do planeta

(Foto: MF2)

Depois de se despedir em grande estilo do FIA WEC fazendo pole position, melhor volta, recorde da pista e vencendo para marcar o fim da história da Audi no Campeonato Mundial de Endurance, Lucas di Grassi foi eleito pelo site norte-americano Motorsport.com o melhor piloto do ano na classe LMP1, a principal e mais rápida da categoria.

À frente de pilotos como Mark Webber, Andre Lotterer e Neel Jani, o piloto teve seu desempenho destacado durante o ano. “Di Grassi terminou sua terceira temporada completa no WEC no topo de seu jogo”, escreveu o site. “Ostentando um ritmo feroz, um cérebro de engenheiro e se aproveitando da posição vencedora em que se encontrava, o brasileiro é o profissional consumado dentro e fora do cockpit”, continuou o artigo.

Na avaliação sobre o paulistano de 32 anos, a publicação diz que embora o Audi R18 não tenha demonstrado seu potencial em virtude de quebras ou acidentes, di Grassi extraiu todo o desempenho da máquina durante o ano. “E foi facilmente o melhor entre os seis pilotos da Audi”, prosseguiu.

O Motorsport.com destaca um dos grandes momentos do brasileiro na temporada, em sua vitória nas 6 Horas de Spa-Francorchamps, na Bélgica. “Seu duelo com (Sébastien) Buemi foi um dos pontos altos do ano: di Grassi foi pela grama acima de 300 km/h na curva Blanchimont para concluir uma ultrapassagem deslumbrante sobre o rival suíço. Um momento de pura alegria, e típico do comprometimento e força que di Grassi exibiu durante toda a temporada”, concluiu o site.

“Foi de fato uma temporada batalhada, suada, em que demos tudo o que tínhamos na luta pelas vitórias”, destacou Lucas, dono de duas vitórias e três poles na temporada do FIA WEC. “Mantivemos o nosso foco, comprometimento e determinação e, da minha parte, quis dar tudo de mim na pista para garantir a melhor despedida possível para a Audi. Esta consideração me enche de orgulho e de vontade de continuar trabalhando o mais forte possível”, finalizou o piloto, que estará neste domingo (11) no Autódromo de Interlagos para acompanhar a etapa final da Stock Car.

Audi R18, poderia correr em 2017 por equipes privadas

(Foto: Joest Racing)

O Audi R18, poderia estar presente no Mundial de Endurance em 2017. A notícia não é nova. Mesmo com a saída da Audi do Endurance, se levantou a hipótese de alguma equipe privada comprar ou alugar os modelos que estavam em processo de desenvolvimento para a próxima temporada.

Chegou a se cogitar um esforço por parte da Joest Racing de continuar na disputa. Em entrevista ao site Autocar, o chefe do departamento Motorsports da VW, Wolfgang Durheimer, levantou a hipótese de uma parceria com algum time privado, desde que se tenha dinheiro para bancar o desenvolvimento.

“Estamos muito dispostos a cooperar com qualquer equipe que tem a experiência e orçamento para correr”, disse. “Há interesse, mas é mais complexo do que a situação do Campeonato Mundial de Rally, estes carros estão em um nível diferente tecnologicamente a qualquer outra coisa de corrida hoje.”

“Eles não são os carros que uma equipe privada, poderia operar.”

Pouco depois do término do WEC, dirigentes da Joest, levantaram a hipótese de competir com os LMP, sem sistema híbrido. O último LMP da Audi, que competiu por equipes privadas foi o R10 em 2011, com resultados medianos.

Despedidas marcam última vitória da Audi no Mundial de Endurance no Bahrein

Audi em números. Uma das grandes na história do Endurance (Foto: Audi AG)

O dia finalmente chegou. A última volta na última corrida da Audi no Mundial de Endurance. Presente em corridas de longa duração desde 1999, a marca alemã, apostou em uma série que por muitos anos foi marginalizada por conta dos desmandos da Fórmula 1 e de politicagem dentro da FIA.

Começou como quem não quer nada. Ano após ano foi mostrando serviço, mostrando resultado. Assim foi com o R8, R10, R15 e as versões do R18. Em 2012 foi a única montadora que apostou no ressurgimento do WEC, já que faltando poucos meses para o início do campeonato, a Peugeot acabou desistindo pelo famoso corte de custos.

Resultado final da prova.

O famoso corte de custos que por muitas vezes rondou a equipe, não por estar descontente com a modalidade. A Audi sempre foi sondada por outra categorias. Sempre esnobou com veemência a fórmula 1, argumentando que a categoria máxima não lhe traria benefícios. Nos últimos anos, boatos e mais boatos diziam que a permanência da montadora no Endurance era questão de tempo, as conversas ganharam corpo quando a Porsche resolveu entrar. Os críticos diziam que era um absurdo o grupo VAG, rasgar dinheiro com duas equipes de ponta brigando entre si.

Audi #8 vence a última. (Foto: AdrenalMedia)

De 2014 até 2016 foi assim. Porsche, Audi e Toyota. Tivemos boas brigas, boas disputas. O escândalo dos motores diesel, combustível que ganhou as pistas e se popularizou por conta dos motores TDI, foi seu maior vilão. Prevendo processos milionários, o grupo fez uma grande reestruturação. Demissões, programas esportivos cancelados e muita tristeza.

A corrida foi especial e cheia de simbologia. Não foi apenas a Audi que foi embora. Mark Webber, que largou uma F1 sem sal e descobriu o caminho da vitória no Endurance também fez sua última corrida. Por conta dos novos regulamentos da classe LMP2 para o próximo ano, o Ligier JS P2 e o motor Nissan VK 45, também estão na memória dos fãs. Vão estar reclusos no European Le Mans Series e Asian LMS. O Oreca 05 também deixa a cena. As equipes que quiserem, podem atualizar o protótipo para a versão 07.

Ainda na largada, O Audi #8 manteve a ponta. Não foi uma corrida difícil. Foram poucos acidentes e alguns pneus furados. O Porsche #2 viveu esse drama, quando acabou batendo o Porsche #78 da KCMG. Teve que fazer uma parada não programada nos boxes. O Aston Martin #98 da classe GTE-AM, não teve tanta sorte. Abandonou com problemas no motor.

G-Drive vence na LMP2. (Foto: AdrenalMedia)

Lucas Di Grassi, Loic Duval e Oliver Jarvis, foram os responsáveis pela última vitória da Audi. Foi a segunda vitória do trio no ano. Em segundo lugar o Audi #7 de Andre Lotterer e Benoit Treluyer. Na terceira posição o Porsche #1 de Mark Webber, Timo Bernhard e Brendon Hartley

Foi uma exibição de gala. “Uma vitória carregada de significados e emoções. Foi a minha vitória mais importante no WEC e também a minha melhor performance na categoria nestes três anos. Pole, recorde da pista na classificação e na corrida, melhor stint da prova, melhor tempo em todos os setores”, enumerou. “Então sem dúvida esse desempenho mostrou o quanto eu estava motivado para levar a bandeira do Brasil e da Audi para o lugar mais alto do pódio”, afirmou.

Fazendo parte da esquadra das quatro argolas desde o final de 2012, Lucas passou a disputar a temporada regular do WEC em 2014. Em quatro participações nas 24 Horas de Le Mans, três pódios e o segundo lugar, justamente em 2014, igualando o melhor resultado de um piloto brasileiro na classificação geral da mítica prova de resistência.

Em 2016, o brasileiro, junto de seus companheiros, cravou três pole positions e venceu duas corridas. “Mostramos que evoluímos como trio de pilotos, tendo vencido duas vezes na temporada, e isso é ótimo. Naturalmente, estou triste que a Audi e a maioria de nós está deixando o WEC, que é uma grande família. Vou sentir falta das corridas longas e das pessoas também. Eu não era familiarizado com o endurance quando pilotei com a Audi pela primeira vez em 2012, e me apaixonei por isso. Vou sentir muita falta destes carros e da adrenalina deste estilo de disputa”, ressaltou.

O prêmio pelo desempenho foi fechar a temporada como segundo melhor trio do ano, atrás apenas dos campeões Romain Dumas, Marc Lieb e Neel Jani, da Porsche. Uma forma de concluir a disputa premiando a fabricante que acolheu o brasileiro apostando em seu potencial e o reconhecendo como um dos melhores do mundo na atualidade. “Eles (Audi) merecem, e a vitória foi uma consequência disso. O segundo lugar no campeonato acabou como uma recompensa: não é todo ano que a gente pode dizer que terminou dois campeonatos mundiais entre os três melhores – e com dois vice-campeonatos”, disse, referindo-se à Fórmula E, onde segue defendendo a Audi.

“É, sem dúvida, um ano para se orgulhar, agradecer e fechar esta história tão importante da Audi no endurance com chave de ouro, e fazer parte dela proporcionando a vitória derradeira. É uma mistura de sentimentos: estou muito feliz, muito satisfeito, mas ao mesmo tempo muito triste por fechar este ciclo no WEC com a Audi. Vou sentir falta de acelerar esta fera”, concluiu.

“Nossa intenção era alcançar o máximo hoje no Bahrein, e foi exatamente o que fizemos”, disse Stefan Dreyer, chefe de LMP na Audi Sport. “Um enorme obrigado vai para todo o time Audi Sport Joest, aos nossos pilotos, e todas as pessoas que tornaram isso possível nos bastidores em Neuburg, Neckarsulm e Ingolstadt. Sinceros parabéns a todos.”

Vitória e título de pilotos para a Aston Martin na GTE-PRO. (Foto: AdrenalMedia)

A G-Drive, voltou a vencer na classe LMP2. Rene Rast superou o Ligier #43 da equipe RGR, faltando pouco mais de 20 minutos para o fim. O Ligier #31 da ESM, chegou a liderar a classe, mas Chris Cumming ficou sem combustível. Com a parada para reabastecimento, foi superado pelo Alpine #36 de Nicolas Lapierre, Gustavo Menezez e Stephane Richelmi. Com o resultado a Alpine, conquista o título de equipes e pilotos na classe.

O segundo lugar do #43, coroou uma ótima campanha da RGR Sport. “Fizemos sete pódios em nove corridas. Sofremos problemas com o motor em Spa e Le Mans, e esses resultados acabaram fazendo toda a diferença. Mas só posso estar satisfeito com essa colocação. Fizemos tudo o que era possível nas condições que tínhamos, e ainda levando em conta que essa era a primeira experiência da equipe na LMP2. Enfrentamos adversários duros, como os campeões da Signatech-Alpine, e a G Drive, que venceu as últimas três provas”, lembrou Senna.

A despedida do calendário no circuito do Bahrein viu uma das melhores atuações de Senna em 2016. Ele largou em terceiro, cumpriu os dois primeiros turnos e chegou a liderar o terço inicial. “O carro estava muito bom no início, quando sai com pneus velhos. Estranhamente, piorou no terceiro stint, depois que coloquei um jogo zero pneus. Com a queda de rendimento, chegamos a despencar para quinto na vez do Ricardo, mas felizmente o Filipe fez muito bem a parte dele e recuperou as posições perdidas”, elogiou.

Senna permanecerá na LMP2 em 2017, mas ainda avalia as possibilidades. Ele espera pela posição da RGR Sport, equipe mexicana de propriedade do parceiro Gonzalez, mas considera também a possibilidade de mudança para uma equipe da qual já recebeu proposta. “Tenho uma ótima relação com a RGR Sport e é natural que eles tenham a preferência neste momento”, justificou. Antes do final do ano, Senna estará na Nova Zelândia para cumprir compromissos com a McLaren.

Nicki Thiim e Marco Sorensen, venceram na classe GTE-PRO e faturaram o título de pilotos da classe. A festa seria perfeita, se não fosse o pneu furado do Aston #97. Com o incidente a Aston Martin não conquistou também o título de equipes.

Porsche vence na GTE-AM. (Foto: AdrenalMedia)

A AF Corse, completou o pódio #51 e #71 respectivamente. Com o resultado a Ferrari levou o título de construtores nas classes GT. Na GTE-AM, a vitória ficou com o Porsche #88 da Abu Dhabi-Proton, dos pilotos Patrick Long, David Heinemeier Hansson e Khaled Al Qubaisi. Em segundo o Porsche da KCMG. Fechando o pódio, a Ferrari #83 de Emmanuel Collard, Rui Aguas e François Perrodo.

Foram 18 anos, assim como um adolescente que tira sua tão sonhada carteira de motorista, a Audi, vai percorrer outras pistas agora. Grande parte do time vai se deslocar para a Fórmula E e programas esportivos dentro do grupo VW. Muitos se tornaram fãs de endurance, por conta das inúmeras vitórias da Audi. Quem ousaria vencer os carros prateados? Poucos. Foram batalhas com a Peugeot, Toyota e Porsche. Também teve a Acura, Panoz nos primórdios da ALMS. Muitas histórias.

Mark Webber também vai deixar saudades. (Foto: AdrenalMedia)

O WEC se despede. 2016 foi um ano atípico, muitas despedidas e muitas incertezas. 2017 será um período de transição. Poucas equipes na LMP1 e um turbilhão de mudanças na P2. Estamos prontos.  

Audi marca pole em corrida derradeira no Mundial de Endurance

(Foto: Audi AG)

A Audi marcou sua última pole. Coube a Lucas di Grassi e Oliver Jarvis, levar o R18 #8 a primeira posição do grid para as 6 horas o Bahrein que acontece neste domingo a partir da 11:00, horário de brasília.

Marcando 1:39.207, o #8 superou o Porsche #1 de Timo Bernhard e Brendon Hartley por 0,264 segundos. Em terceiro o Porsche #2 de Marc Lieb e Timo Bernhard. O Audi #7 de Andre Lotterer e Marcel Fassler fica na quarta posição. Esta foi a terceira pole para o Audi #8 na temporada. A Toyota ficou com o quinto e sexto lugar. “Estou absolutamente feliz. Esta qualificação histórica é incrível “, disse di Grassi

Na classe LMP2, O Oreca 05, #26 da G-Drive Racing com Roman Rusinov e Rene Rast, conquistou o primeiro lugar. Segue a frente do Alpine #36 com uma diferença de 0,018 segundos. O Oreca #44 da Manor, fecha o top-3 na classe.

A Aston Martin com o Vantage #97, marcou a pole na classe GTE-PRO. Entre os amadores, o #98 larga na frente.

Resultado do treino classificatório.

“Minha última corrida com este monstro de 1.000 hp”. Lucas di Grassi e a despedida do Audi R18

(Foto: Audi Sport)

Lucas di Grassi finaliza neste final de semana, no Barein, sua terceira temporada completa no Campeonato Mundial de Resistência da FIA (WEC – World Endurance Championship). Piloto da Audi desde o final de 2012, o paulistano de 32 anos encara a prova de seis horas deste domingo (20) já sentindo saudades.

“Minha última corrida com este ‘monstro’ de 1.000 hp… Vou sentir muita falta de pilotar esse carro”, afirmou Lucas, referindo-se ao Audi R18, uma das fantásticas peças de engenharia que compõem a classe LMP1 – a mais rápida – do Mundial. Em 2016, o brasileiro conquistou uma vitória e duas pole positions ao lado do francês Loïc Duval e do britânico Oliver Jarvis.

Di Grassi segue com a Audi, que após 17 anos nas corridas de longa duração, anunciou recentemente sua retirada da categoria em um portfólio que inclui 13 vitórias nas 24 Horas de Le Mans. A marca alemã encerra um capítulo de sua história e, junto do piloto brasileiro, mira seu foco e investimento para a Fórmula E, onde Lucas é o atual vice-campeão e piloto que mais vezes subiu ao pódio na série dos carros elétricos.

Apesar de já sentir saudades do R18, o paulistano mantém o foco. “É uma despedida, mas enquanto estivermos sob bandeira verde vamos acelerar o máximo e buscar a vitória, como sempre fizemos até aqui. Temos um objetivo e uma missão a cumprir, que é encerrar a história da Audi no FIA WEC sob aplausos e com o lugar mais alto do pódio”, “ressaltou.

A largada para as 6 Horas do Barein acontece neste domingo (20) às 11 horas (de Brasília).

Qual o destino dos pilotos da Audi após 2016?

Andre Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Treluier. Muitas conversas, nada concreto. (Foto: Fox Sports)

O mercado de pilotos do Mundial de Endurance, não é tão badalado quanto o da Fórmula 1, mas tem seu valor. A saída da Audi da competição, colocou cincos ótimos pilotos a disposição de equipes, seja do WEC ou de outras categorias. Qual o destino de André Lotterer, Loic DuvalLucas di Grassi, Oliver Jarvis, Benoit Treluyer e Marcel Fassler?

Segundo informações do site motorsports.com, André Lotterer, teria assinado um contrato com a Porsche para o próximo ano. O piloto também chegou a conversar com a Toyota, mas as negociações não prosperaram.

Mesmo não competindo pelo time nipônico no WEC, o piloto está confirmado na Super Formula no Japão ao lado de Kazuki Nakajima. Lotterer estaria brigando pela vaga de Mark Webber com Nick Tandy, piloto da Porsche que compete na classe GTLM na IMSA.

Pelos lados da Porsche, também existem muitas indefinições. Marc Lieb e Romain Dumas podem não manter seus lugares no 919 Hybrid no próximo ano. Outro piloto da Porsche, Earl Bamber, que também compete no programa GT da marca nos EUA, poderia “subir” para os LMP1.

Para os outros pilotos da Audi a coisa é mais complicada. A Toyota já confirmou que fechou seu plantel de pilotos para o próximo ano, deixando claro que fez isso antes da Audi anunciar sua saída. Os boatos dão conta que Pechito Lopez vai substituir Stephane Sarrazin.

Com os planos de ter três TS050 em Le Mans no próximo ano, existem chances. A Porsche descartou um terceiro carro, alegando os custos.

“Há uma série de possibilidades” disse Loic Duval. “Para um construtor na LMP1, há muitos aspetos positivos em ter um piloto experiente. Eu tenho que olhar para as oportunidades, mas no momento há muita incerteza.”

Lucas di Grassi, fica na Fórmula E pela Audi. (Foto: MF2)

O brasileiro Lucas di Grassi, já foi confirmado como piloto da Audi na Fórmula E. Ele não descarta um retorno a Le Mans. “A Fórmula E está chegando como um substituto do WEC, e eu vou assumir este desafio em tempo integral, tentando representar a Audi da mesma maneira que eu fiz no WEC.”

“Eu tenho apenas 32, e sinto que ainda pode voltar. Se outra empresa do grupo VW ou outra companhia, decide fazer LMP1, Eu ficaria feliz em voltar a fazer Le Mans.”

“Seria uma grande prazer, fazer em paralelo com o meu programa na Fórmula E próximo ano.”

Oliver Jarvis e Benoit Treluyer, também estão esperando oportunidades seja em um LMP1 ou qualquer lugar que necessite de um piloto de ponta. Fassler competiu este ano pela Corvette Racing, durante as 24 horas de Daytona, Sebring e Petit Le Mans.

“Primeiro vamos ter uma reunião com a Audi, em seguida, decidir quais são as possibilidades para mim dentro do grupo”, disse Fassler, em Xangai. “Eu estou muito aberto a tudo no momento.”

“Com certeza o contato com a Corvette está lá, eu estava lá em 2009 em Le Mans antes de ir para a Audi, e participei de algumas corridas este. Mas nada está decidido ainda.”

Porsche mantem 2 carros para Le Mans 2017

(Foto: Porsche AG)

A Porsche deve manter dois carros para a próxima edição das 24 horas de Le Mans. Com a saída da Audi, surgiram boatos de que a marca alinharia mais um 919 Hybrid. A notícia foi confirmada pelo diretor do programa LMP1 da marca, Andres Seidl.

“No momento, não é uma prioridade”, disse ao site Sportscar365. “As razões por que não teremos um  terceiro carro, igual em 2015 ainda são válidas.”

Na época, foi feito um acordo com a Audi para evitar um terceiro carro para ambas as marcas. O motivo, corte de custos.  “Além disso, a estrutura dentro da empresa agora ainda é nova para operar dois carros.”

“Como vimos em 2015, correr com um  terceiro carro é uma grande coisa. Na verdade, é muito maior do que você pensa no começo. É preciso muita energia para coordenar três carros, especialmente para os engenheiros e pessoal de equipe nas mais diferentes posições.”

“Conseguimos muito bem em 2015, por isso valeu a pena. Mas não é um assunto no momento.”

Pelos lados da Toyota, a adição de um terceiro carro, que foi levantado pela equipe após as 24 horas de Le Mans deste ano deve acontecer. A confirmação final deve acontecer em novembro.

“Seria muito bom ter três Porsche e três Toyotas próximo ano, para ter seis LMP1-H.”, disse Pascal Vasselon ao site Sportscar365.

O CEO do WEC, Gerard Neveu ressaltou que nem ele, nem o presidente da ACO Pierre Fillon, estão forçando as equipes para adicionar um terceiro carro. Caso as duas não alinhem outros LMP1, será um dos menores grids da classe LMP1 em décadas.

Até o momento cinco carros estão confirmados. Dois Porsche, dois Toyota e um ByKolles. “Nós estamos olhando apenas para o que é melhor para as equipes”, disse Neveu.

“Se eles querem por três carros, Pierre irá ajudá-los a ter três carros. Se o melhor for dois carros, vamos aceitar o fato de que eles terão dois carros “.

Seidl acrescentou: “Nós, obviamente, estamos conversando com Gerard e Pierre, e também com a Toyota para ver como ficará o campeonato com a saída da Audi.”

Joest Racing busca alternativas para 2017

(Foto: Audi)

A Joest Racing busca um novo rumo para 2017. Após ver o programa da Audi sendo cancelado pelo escândalo dos motores diesel nos EUA, a equipe está olhando para todos os lados.

Ralf Juttner, diretor da equipe não descarta uma investida na classe LMP1 com um protótipo sem sistema híbrido, bem como a utilização de um chassi do R18 para o próximo ano.É claro que é uma grande equipe; uma das melhores do mundo,” disse Juttner ao site Sportscar365. “Estamos agora enfrentando a difícil tarefa de encontrar algo a curto prazo.”

“Estamos cientes de que, mesmo sem o curto espaço de tempo, um programa como a que tivemos com a Audi para os últimos 18 anos, não está no nos planos neste momento.”

“Tudo o resto são coisas menores. Nós provavelmente precisamos olhar para programas menores, mas talvez mais dois ou três. Mas vai ser um desafio difícil.”

Uma das primeiras opções, seria criar um programa na classe LMP1 sem sistemas híbridos. Ao todo a equipe mantém 45 funcionários em tempo integral. A utilização do Audi R18 2017, poderia ser uma alternativa. O carro está praticamente pronto, e seriam feitos ajustes para adequar um motor convencional.

“Se houvesse uma solução adequada para conseguir isso, seria algo que poderia ser pensado”, disse Juttner Sportscar365. “Mas você precisa de dinheiro para fazer.”

“Muito provavelmente, você não iria executá-lo com esse motor (híbrido), porque você precisaria de muita ajuda de Audi Sport, que agora foi cancelada.“

“O RP6 é o carro que temos agora e o RP7 está quase pronto. Você pode tirar o sistema híbrido e o motor.”

“Estamos [olhando para ele], mas este carro é construído em torno da célula de combustível diesel. Então você não pode simplesmente bombear mais 20 litros. Não é tão fácil.”

Um programa LMP1 para o próximo ano seria complicado pelo curto espaço de tempo para encontrar um novo chassi e reunir os investimentos necessários.

“Se queremos fazer alguma coisa deve ser algo bom”, disse ele.”Eu não quero fazer o mesmo apenas por desespero claro. Felizmente somos uma velha, empresa bem situada.”

Nos anos 90 a equipe venceu 2 vezes as 24 horas de Le Mans em parceria com a TWR e o Porsche WSC-95. Todo o desenvolvimento do carro ficou a cargo da equipe naquela época.

Competir nos EUA também estão nos planos da organização. “Eu gostava de correr na América”, disse ele. “Foi há alguns anos, eu tenho que admitir.Eu adorei, Mr. Joest adorou também.”

Porsche vence em Xangai e conquista título de contrutores no Mundial de Endurance

A Porsche venceu as 6 horas e Xangai, penúltima etapa do Mundial de Endurance realizada na madrugada deste domingo (06) na China. Brendon Hartley, Mark Webber e Timo Bernhard venceram após o Toyota #6 enfrentar problemas.

Com o resultado, a Porsche conquistou o título de construtores da temporada. O 919 #2 de Neel Jani, Romain Dumas e Marc Lieb terminou na quarta posição. Em segundo lugar o Toyota #6 de Kamui Kobayashi, Stephane Sarrazin e Mike Conway. Fechando o pódio, o Toyota #5. Assim como em Fuji os dois TS050 apresentaram um bom ritmo durante toda a prova, superando a equipe Audi.

Resultado final da prova.

O Toyota #6 poderia ter vencido a prova, se não fossem as duas punições que acabaram sofrendo. A corrida também não foi das melhores para o Porsche #2, que chegou a lutar pela liderança, mas ficou pelo caminho. Mesmo chegando na quarta posição, as chances de lutar pelo vice-campeonato com a Toyota estão abertas.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 da Porsche comemorou: “Este grande sucesso só foi possível graças a um grande esforço de equipe. Mecânicos, engenheiros e pilotos e muitas pessoas que trabalham nos bastidores da equipe. Todo o esforço foi recompensado, pela segunda vez depois de 2015. Isso não provam apenas o potencial de 919 Hybrid, mas também a excelência da equipe . Eu quero agradecer a todos do meu coração. “

Vitória ficou mais fácil, após punição do Toyota #6. (foto: Porsche AG)

Pelos lados da Audi, nem tudo foram flores. Após a notícia de que não vai estar na competição em 2017, o time alemão também enfrentou problemas. O #8  teve problemas durante o reabastecimento. Para não bastar, Oliver Jarvis acabou batendo no primeiro carro da equipe o #7 de Benoit Treluyer. Com o toque o R18, precisou passar um bom tempo nos boxes para reparos. Para o time das argolas conquistar o título de pilotos, precisa vencer a última etapa no Bahrain. Entre os LMP1 privados, a vitória ficou com a By Kolles, a primeira da temporada. O único rival, o Rebellion #13 enfrentou problemas de ignição.

“Esses contratempos são muito decepcionante”, disse o chefe da Audi Motorsport, Dr. Wolfgang Ullrich, resumindo o evento. “Vendo o forte empenho demonstrado por toda a equipe e pilotos, foi gratificante para nós. Eles nunca desistiram e lutaram, durante seis horas seguidas. Como resultado, marcamos 18 pontos e conseguimos defender o nosso segundo lugar na classificação. Nós ainda podemos nos tornar vice campeões mundiais.”

O chefe da equipe, Toshio Sato elogia o pódio duplo da equipe: “Parabéns a Porsche para ganhar Campeonato Mundial de construtores; isso é uma grande conquista para manter este título. Temos o prazer de ter os dois carros no pódio pela primeira vez nesta temporada, apesar de alguma má sorte. Assim como nas últimas três corridas, temos visto novamente uma luta incrivelmente entre os três fabricantes da classe LMP1. Isso mostra o quão alto o nível de competição está em WEC e penso que os  fãs aqui em Xangai gostaram do espetáculo. Agora temos pouco tempo para se preparar para a última corrida no Bahrein, quando esperamos estar novamente competitivo; queremos manter o nosso forte desempenho e lutar pela vitória novamente.”

G-Drive vence mais uma na classe LMP2. (Foto: Gabi Tomescu – AdrenalMedia.com)

A G-Drive, venceu mais uma na classe LMP2. O pilotos Alex Brundle, Romain Rusinov e Will Stevens não tiveram grandes dificuldades para vencer a prova, mesmo com uma certa alternância entre os ponteiros. Em segundo o Ligier #30 da ESM de Tom Blomqvist, Antonio Giovanazzi e Sean Galeal, que fizeram uma estratégia diferente.

Fechando o pódio, o também Ligier # da RGR Sport, que sofreu uma punição, após um toque com o Alpine de Nicolas Lapierre. Com o quarto lugar, o Alpine #36 de Gustavo Menezes, Stephane Richelmi e Nicolas Lapierre conquistaram o título da classe.

A etapa de encerramento do próximo dia 19 no Bahrein servirá apenas para definir o vice. Senna e seus parceiros na RGR Sport, o português Filipe Albuquerque e o mexicano Ricardo Gonzalez, somam 148 e levam 11 pontos de vantagem sobre Rusinov. O problema é que a equipe do russo vem de duas vitórias seguidas. “Vamos ter de ralar lá. Na verdade, eles deveriam estar destruindo todo mundo, mas deram muito azar. À exceção do México, foram sempre os mais rápidos”, elogiou Senna.

Senna disse que o resultado na China acabou sendo talvez até superior ao potencial revelado pelo Ligier JS P2-Nissan no fim de semana. “Poderia ter sido muito pior. Foi um milagre chegar ao pódio. Só conseguimos passar o Alpine da Signatech nos boxes e a última hora foi um sufoco, porque eles ficaram grudados no Filipe até à bandeirada. O desgaste dos pneus do nosso carro foi acima do esperado”, disse. Senna, que cumpriu o turno inicial, lamentou a perda de tempo nesse período da prova. “Mathias Beche rodou sozinho na minha frente na primeira curva e precisei evitá-lo. O Mikhail Aleshin me passou e aí complicou, porque o BR01 é lento de ritmo, mas voa nas retas. Perdi 25 segundos nessa briga e os pneus foram embora”, explicou.

Ford vence na classe GTE-PRO. (Foto: Gabi Tomescu – AdrenalMedia.com)

A Ford novamente dominou a classe GTE-PRO com o #67. Andy Priaulx e Harry Tincknell foram perfeitos durante toda a prova. A diferença para o Ford #66 que chegou em segundo lugar foi de mais de 50 segundos. Fechando o pódio, a Ferrari #51 da AF Corse dos pilotos Gianmaria Bruni e James Calado. Os líderes do campeonato, Nicki Thiim e Marco Sorensen com o Vantage #95, terminaram a prova na quarta posição. O Aston #97 se envolveu em um acidente ainda na primeira curva da prova com o Manor #45. Ambos não completaram a prova.

A Ferrari #71 de Davide Rigon e Sam Bird, terminaram na quinta posição. A dupla levou acabou sendo punida por conta de um pitstop, enquantos os boxes estavam fechados. Na última posição da classe o Porsche #77 da Proton Racing.

Aston #98, vence mais uma na GTE-PRO. (Foto: Gabi Tomescu – AdrenalMedia.com)

Nova vitória do Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana, Mathias Lauda e Pedro Lamy na classe GTE-AM. O trio não chegou a ter dificuldades durante a prova. Apenas nas primeiras voltas teve uma certa pressão do Porsche da equipe Gulf Racing.

Em segundo lugar na classe, o Porsche da equipe KCMG. Em terceiro a Ferrari #83 da AF Corse. Na luta pelo campeonato, Collard / Perrodo / Aguas lidera com 170 pontos contra 148 de Lauda / Dalla Lana / Lamy. As duas equipes vai chegar no Bahrain com uma diferença de 22 pontos

A próxima etapa será no dia 19 de Novembro.