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Endurance tratado a sério!
Redução de potência na LMP1. Com a palavra as equipes
Audi contra. Porsche e Toyota a favor. (Foto: FIAWEC)
Audi contra. Porsche e Toyota a favor. (Foto: FIAWEC)

A polêmica sobre a redução da potência dos LMP1 está longe de terminar. Depois da FIA ter dado a bela notícia, e por conta da repercussão negativa voltou atrás pouco tempo depois. Para muitos a medida seria uma forma e frear o avanço do WEC frente a cambaleante Fórmula 1.

Pelas novas regras os LMP1 terão uma redução de fluxo de combustível para a próxima temporada, bem como 10 MJ a menos no sistema de recuperação de energia por volta em Le Mans. O sistema ERS será limitado a 300 kW também para a prova de Sarthe.

Resultado do treino classificatório para Fuji.

“O resultado final é que vamos reduzir o consumo de combustível, eu acho que é uma mensagem perfeita novamente para o campeonato e para a regulamentação”, disse diretor técnico da Porsche Alex Hitzinger disse Sportscar365.

“Nós estamos ficando mais e mais eficientes. Estamos usando cada vez menos combustível e ainda estamos rápidos”.

A pole para Fuji se comparada com a do ano passado foi cerca de 3 segundos mais rápido, visto que os carros estão dentro do mesmo regulamento.  

O principal argumento da medida segundo a ACO é a segurança. “Temos que controlar o desempenho a qualquer momento”, disse o diretor esportivo da ACO Vincent Beaumesnil. “A gestão da segurança do automobilismo está muito melhor. Os circuitos e carros, mas também precisamos controlar o desempenho.”

“Eu acho que todos percebemos que no ano passado nós alcançamos um grande passo no desempenho. Para a ACO se faz necessário controlar esta potencia para não exceder uma determinada quantidade de desempenho.”

Hitzinger afirma que a redução de combustível não trará necessariamente nenhuma alteração significativa na arquitetura de seu motor, embora as equipes tenham que desenvolver configurações específicas para Le Mans.

“Eu não gostaria de ter duas especificações diferentes para o WEC e Le Mans”, disse ele. “Eu não acho que faz muito sentido. Para mim, faria sentido limitar a potencia em todos os circuitos ou em nenhum.

De acordo com Hitzinger, o Porsche 919 híbrido produz cerca de 300-400 kW, e mesmo com as novas regras , não teria mudanças tão significativas como a FIA gostaria. O dirigente acredita que mesmo com as mudanças os carros serão de três a quatro segundos mais lentos em Le Mans.

“No final, não é como se nós estivéssemos limitados em quanta energia colocar”, disse Hitzinger. “Significa que teremos menos aceleração, mas o impacto por tempo de volta não serão tão grande.”

Para o diretor técnico da Toyota, Pascal Vasselon, o limite do ERS também terá um impacto sobre o novo TS050, que está atualmente em desenvolvimento.

Redução ajudaria equipes provadas com a Rebellion? (Foto: FIAWEC)
Redução ajudaria equipes provadas com a Rebellion? (Foto: FIAWEC)

“Isso afeta claramente o tipo de sistema híbrido que temos”, disse. “Uma vez que temos dois KERS, para garantir que uma grande quantidade de energia.”

“Mas, em Le Mans, este tipo de limitação tem um impacto limitado em termos de desempenho, porque as retas são muito longas.”

Para ele a redução de potencia em Le Mans é lógica por questões de segurança, mas as propostas para 2017, dão conta de uma redução em todos os circuitos, aonde Vasselon é contra.

“É só para Le Mans no ano que vem, mas estão planejando em todas as faixas para 2017”, disse. “Isso nós questionamos porque não tem lógica.”

Para Chris Reinke da Audi, as mudanças são para visar a segurança. Eu acho que nós temos que fazer alguma coisa para retardar os carros para competir de maneira segura, mas ao mesmo tempo, mostrar um aumento de desempenho para estimular a competição.” Disse Reinke.

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