Cinco construtores na briga para fornecer motores a classe LMP2

Quem vai levar? (Foto: FIAWEC)

A briga para ser o fornecedor único de motores para a classe LMP2 a partir de 2017 está longe de terminar. Um levantamento do site Racer.com, aponta que até o momento 5 fabricantes entregaram propostas para a ACO na esperança de ser o escolhido.

Os nomes não foram revelados, e mesmo a FIA e a ACO comentarem que existe “um bom número” de interessados. Até o momento se sabe que a Gibson (ex Zytek)  Judd e Mecachrome entregaram uma proposta para a entidade.

O site também levantou que um fabricante Japonês também está na disputa pela vaga, mas sem confirmar o nome, além de outro fabricante europeu. O nome do escolhido deve ser revelado em Outubro, durante a reunião do conselho mundial de automobilismo.

Uma das regras será o uso de injeção direta, porém o diretor esportivo da ACO Vincent Beaumesnil afirma que poderá ocorrer mudanças. “O que disse sobre injeção direta é que é preferível, mas não obrigatório,” disse ao site Autosport. “Você poderia ter o melhor em outros aspectos, serviço, qualidade, pode e preço, e nenhuma injeção direta. Podemos ter um motor que é a injeção direta, mas a oferta pode não ser tão forte em outras áreas. O que você escolheria?”

Os novos motores serão mais poderosos que os atuais, além de ter uma vida útil maior. Estas regras não vale para a IMSA que deixara a critério das equipes escolher seu fornecedor de motores. Além dos quatro construtores conhecidos a Dallara, também poderá fornecer chassis para a IMSA.

 

31 carros em Austin pelo Mundial de Endurance

Edição de 2014 foi marcada pela forte chuva. (Foto: Divulgação WEC)

Para a próxima etapa do Mundial de Endurance que será realizada entre os dias 17 e 19 de Setembro no circuito das Américas em Austin no Texas, um total de 31 carros, representando 10 nações diferentes, 86 pilotos de 19 países estarão competindo no Lone Star Le Mans.

A prova marca a estréia da equipe ESM com seus dois Ligier JS P2 correndo em casa. Além disso, há um piloto do Canadá, um da Texas, México e, vários América do Sul, mostrando que o evento representa vários países tanto da América do norte quanto latina.

Lista de inscritos.

Representando os EUA competem Scott Sharp, Ed Brown, Johannes van Overbeek e Jon Fogarty pela ESM. Na classe GTE-AM ator Patrick Dempsey corre ao lado de Patrick Long com o Porsche 911 RSR. A equipe terminou em terceiro lugar na classe durante as 24 horas de Le Mans. A dupla divide o Porsche #77 com Marco Seefried. Além dos pilotos dos EUA, do Canadá vem Paul Dalla Lana que corre no Aston Martin #98, que venceu na classe GTE-AM em Silverstone e SPA, com Pedro Lamy de Portugal e Mathias Lauda da Áustria.

Do México vem Ricardo Gonzalez que voltou ao Campeonato Mundial de Endurance em 2015. Ele compete no Ligier #28 da equipe G-Drive Racing ao lado do colombiano Gustavo Yacaman e do Brasileiro “Pipo” Derani. O trio da América Latina já provou o sucesso com uma vitória na Bélgica em maio.   

A classe LMP1 contará com nove carros e 26 pilotos, com os fabricantes de Audi, Porsche e Toyota com dois carros cada. Depois de vencer as 24 Horas de Le Mans e a etapa de Nurburgring, a Porsche será o time a ser batido no Texas já que atualmente detém uma vantagem de 33 pontos sobre o Audi no Campeonato de fabricantes.

A tripulação do Porsche 919 Hybrid #17 com Mark Webber, Brendon Hartley e Timo Bernhard, teve sua primeira vitória na Alemanha e são apontados como favoritos, mas estão a 17 pontos atrás dos pilotos do Audi #7, Benoit Treluyer, André Lotterer e Marcel Fässler, já que venceram as etapas de Silverstone e Spa-Francorchamps no início da temporada.

Único sul-americano no grid da LMP1, o brasileiro Lucas Di Grassi divide o Audi #8 com Loic Duval e Oliver Jarvis. Os atuais campeões, a Toyota vem sofrendo para ter um carro competitivo como em 2014, mas espera uma boa apresentação nos EUA. O ex-piloto de Fórmula Indy Mike Conway é parte da tripulação TS040 #2 ao lado de ex-pilotos de F1 Alex Wurz e Stéphane Sarrazin. O carro #1 é tripulado por Sébastien Buemi e Anthony Davidson, ao lado de Kazuki Nakajima. A classe LMP1 é completada pelas equipas privadas Bykolles, impulsionados por sua vitória na Alemanha, e a Rebellion Racing.

Já na LMP2, oito carros são esperados, Dois para o G-Drive Racing, dois para ESM, uma para a campeã da ELMS Signatech Alpine, Strakka Racing, SARD Morand e um para KCMG.

Há sete entradas na classe GTE-PRO. Ferrari, Porsche e Aston Martin que competem pelo título mundial GT de Construtores. Em 2016 eles serão acompanhadas pola Ford, que é volta com o novo Ford GT. Campeã do Mundo do ano passado, Ferrari, está enfrentando um desafio frente ao bom trabalho realizado ela Porsche depois que a equipe Manthey venceu em casa em Nürburgring no mês passado. A Ferrari ainda tem uma vantagem de 24 pontos e espera uma boa prova no Texas. Nosso terceiro representante, Fernando Rees compete no Aston #99.

Na classe GTE-AM, Aston Martins, Porsches e Ferraris e Chevrolet Corvette C7 correm pelas equipes francesa Larbre Competition (Corvette), Russa SMP Racing (Ferrari), Italiana AF Corse (Ferrari). A Aston Martin Racing compete com seu Vantage V8. Os dois Porsche 911 serão executados pela Proton Competition, um so a bandeira Dempsey Racing para Patrick Dempsey e outro para Abu-Dhabi.

As 6 Horas de Circuito das Américas será no dia 19 de Setembro, sendo a quinta etapa do Mundial de Endurance.

BBR01 pode competir em Daytona e no WEC em 2016

Atuais BR01 são elegíveis até 2018. (Foto: Divulgação SMP Racing)

O BR01, LMP2 desenvolvido pela BR Engineering e que estreou este ano no ELMS pelas mãos da SMP Racing vai competir na edição 2016 das 24 de Daytona e em toda temporada do Mundial de Endurance.

O LMP desenvolvido por Paolo Catone, o mesmo que desenhou o Peugeot 908 se mostrou competitivo durante as 4 horas de Paul Ricard neste final de semana na França. Para o diretor Benjamin Durand um programa cliente vai ganhar forma e os trabalhos começam em Daytona. “Não importa o continente, as equipes querem ter  apoio, e estamos discutindo em oferecer uma estrutura nos EUA”, disse Durand ao site Endurance-Info. “Houve interesse no BR01 nos EUA, mas sabemos que não fizemos parte dos construtores a partir de 2017, será mais difícil de vender carros.”

Benjamin não revelou a identidade da equipe que irá alinhar o carro em Daytona. Em Paul Ricard o carro correu com o nome da AF Corse por questões políticas, e não se sabe se em Daytona competira com o nome da SMP Racing ou a de um cliente. A mudança de nome permitiu à equipe avaliar os pneus Dunlop, pela primeira vez, já que o Russo Boris Rotenberg está sofrendo sanções e bloqueio de bens pelo governo dos EUA.

“Há um desejo de oferecer diferentes motores e pneus para o BR01”, disse Durand. “A decisão foi tomada para mudar de Michelin para Dunlop antes de Paul Ricard. Dada a situação, tivemos que mudar a entidade e correr com o nome da AF Corse. ” A SMP Racint já competiu em Daytona terminando na quarta colocação na edição de 2014 na classe GTD com uma Ferrari 458 Itália GT3.

Atualmente a equipe lidera na classe GTE-AM no WEC, graças a vitória em Le Mans. Durand confirmaram as suas esperanças de voltar a classe LMP2 em 2016 também. “A decisão será tomada durante o inverno, mesmo se o objetivo é trazer o BR01 à FIA WEC”, disse ele. Rotenberg disse ao site Endurance-Info que um programa WEC para os BR01s é a melhor escolha, com uma equipe de cliente potencial a ser posta em prática para um carro também no ELMS.

Murphy Prototypes recentemente testou um dos chassis BR01 SMP como opção para 2016. “Gerenciar um programa no ELMS e WEC é complicado financeiramente”, disse Durand.”Tudo o que permanece sob avaliação e que poderíamos passar por um programa cliente. Temos um terceiro chassis que está pronto para montagem. “

Com BR não foi selecionada como construtor de chassis para 2017, os atuais LMP2 estarão elegívies até 2018 e 2019 na Asian LMS.   “Ninguém faz tudo isso para perder dinheiro”, disse Durand. “Há uma vontade real de ganhar com um produto russo, mas tem que ser rentável. O orçamento não é ilimitado. O estudo do LMP2 vai nos servir para outros projetos no futuro.”

Várias opções estão sendo exploradas para o próximo projecto do construtor, incluindo a construção de um carro LMP1. “Há diferentes opções”, disse Durand. “Claramente, nós gostaríamos de ficar no endurance, mas esperamos uma estabilidade de regras. Nós não queremos reviver a mesma coisa que está acontecendo com os LMP2 com um futuro LMP1.” Finalizou.

 

JOTA Sport se divide entre ELMS e WEC em 2016

Equipe se divide entre Gibson e Oreca. (Foto: Divulgação JOTA Sports)

A equipe JOTA Sport confirmou na manhã desta Sexta (04), seu programa esportivo para 2016, com boas novidades.

Competindo atualmente com um Gibson na ELMS, a equipe Britânica, vai correr também no WEC com um Oreca 05 equipado com motor Nissan.

Desde 2012, JOTA compete no ELMS. Chegou a correr este ano no WEC, vencendo na classe LMP2 as 6 horas de SPA, como preparação para as 24 horas de Le Mans. Conseguiu um segundo lugar na prova, mesmo resultado conquistado em 2014. Em 2013 a equipe chegou em terceiro na classe.

A escolha pelo modelo Oreca se deu pelos bons resultados obtidos por outras equipes. O modelo estreou na abertura do WEC em Silverstone, e conquistou vitórias em Le Mans e Nurburgring.

Já no ELMS, pelo quinto ano consecutivo a equipe vai alinhar o Gibson 015S- Nissan (até o ano passado o carro era denominado Zytek Z11SN). A equipe lidera o campeonato. Seu histórico no campeonato é de três vitórias, 10 poles e por 11 vezes chegou entre os 4 primeiros, em um total de 15 corridas disputadas. Os nomes dos pilotos serão revelados posteriormente.

Extreme Speed permanece no WEC em 2016

Equipe espera um 2016 melhor após um ano de aprendizado. (Foto: FIAWEC)

Eu seu primeiro ano no WEC, após fazer algumas provas em 2014, a Extreme Speed Motorsports planeja continuar no Mundial em 2016 com seus dois Ligier JS P2.

“Nós vamos continuar aqui no WEC”, revelou o proprietário da equipe Scott Sharp ao site  Sportscar365. “Nós sabíamos que isso seria um grande ano de aprendizagem para nós, com nossos novos chassis. Aprendemos muito nas novas pistas e esperamos que este aprendizado reflita em um 2016 muito melhor.”

Sharp se espantou com o metodologia empregada no WEC, em comparação com os certames em que competiu nos EUA, a ALMS e TUSC. “Eu fico surpreso e impressionado com o profissionalismo e dinamismo do WEC”, disse Sharp. “Para nós, é um grande desafio estar aqui. É emocionante ser parte disso.”

“Quando você está correndo contra outras equipes que já competem e estão acostumadas com o traçado é um grande problema. É por isso que estamos tentado aprender o máximo que pudermos. “

Como a temporada de 2015 em seu meio, a próxima etapa será em Austin, sendo esta uma pista conhecida, Sharp acredita que pode fazer uma boa apresentação.

“Eu acho que nós temos uma compreensão muito melhor do carro de uma perspectiva do piloto, bem como uma perspectiva de engenharia. Agora é hora de começar com os pit stops, estratégia e configuração dos carros.”

Além de seus planos no WEC, a equipe não descartou a possibilidade de competir no próximo ano no Weathertech SportsCar Championship, dependendo do calendário do Mundial.

“Nós ainda estamos olhando sobre esta possibilidade”, disse ele. “O Prólogo acabou sendo realmente difícil para nós este ano, com Sebring na semana anterior. Dependendo do calendário vamo avaliar todas as possibilidades.” Finalizou.

Audi e Toyota trabalhando em seus LMP para 2016

Em 2014 Toyota na frente, em 2015 Audi. (Foto: Getty Imagens)

Se o atual campeonato do Mundial de Endurance está em sua metade, Audi e Toyota já estão desenvolvendo seus carros para 2016. O fabricante Alemão confirmou nesta Terça (01) que permanece firme e forte no WEC para os próximos anos e está na busca de novas tecnologias, bem como busca mudar de categoria de MJ.

Atualmente competindo com 4 MJ,  diretor da equipe Chris Reinke quer mudar para a subclasse de 8MJ, além de um novo sistema de armazenamento com baterias.

“Estamos em desenvolvimento de carro do próximo ano com certeza”, disse o chefe do programa LMP1 Chris Reinke ao Sportscar365. “É sempre uma coisa a longo prazo. Nossos prazos são muito longos.”

“Ainda estamos avaliando diferentes tecnologias. No final, nós vamos ficar como nossa tradição de não confirmar o pacote final até o final do ano”. 

Regras mais claras

Reinke disse que os parâmetros básicos do carro 2016 já foram decididos, mas eles ainda têm alguns cenários que estão sendo avaliados. “No momento em que vemos o aumento da concorrência, estamos em uma situação muito apertada”, disse ele. “Não temos o privilégio de ignorar a tecnologia que possa ser usada em outra equipe mas ao mesmo tempo, para a Audi, será sempre prioridade ter um desempenho relevante.

Se espera que a marca continue com propulsores a diesel, Reinke admitiu seu desejo de mover-se para a subclasse de 6 ou 8 MJ para 2016. “Converse com qualquer um dos pilotos e pergunte se eles gostariam de ter mais poder para o próximo ano e você terá uma resposta clara”, disse Reinke. “Tem que ser um objetivo, com certeza.”

Reinke também é a favor da prorrogação da regulamentação LMP1 além de 2016, ao contrário de um novo regulamento feito do zero a partir de 2017. “No momento, temos um conjunto de regulamentos que funcionam muito bem”, disse ele.”Temos grande competição aqui e um campeonato de crescimento.”

“Por outro lado, também somos sensíveis em relação aos custos. Temos de discutir se nós podemos estender o período de regulamentos técnicos.” Finalizou.

Toyota quer recuperar o tempo perdido

Se para a Audi, 2015 tem sido um ano bem melhor do que 2014, para a Toyota é o contrário. Atual campeã do WEC, a esquadra Japonesa não se encontrou em 2015, e já deu por encerrado o desenvolvimento do TS040. A algumas semanas dirigentes da equipe revelaram que irão buscar uma nova motorização para 2016, o que acabou se confirmando.

O atual sistema de super capacitores para o armazenamento de energia deve ser substituído por algo mais eficiente para fazer frente a Audi e Porsche.  

“O que está claro é que nós temos que atualizar todas as áreas do nosso carro e isso é o que vamos fazer”, disse o diretor técnico Pascal Vasselon ao site Sportscar365. “Vai ser um novo monocoque, lataria nova, o novo sistema híbrido com um objetivo claro para os 8MJ, esta é uma obrigação.

“Haverá um novo motor. No momento ainda é difícil falar sobre especificações, mas com certeza será a gasolina e, provavelmente, não um V8.”

“Precisamos de um motor de deslocamento menor, porque a quantidade de combustível, a energia de combustível e fluxo de combustível vai cair significativamente no próximo ano para manter os tempos de volta sob controle. Por todas estas razões, nós tivemos que fazer um passo enorme.”

Toyota contra o relógio

Tais mudanças foram vistas como necessárias após as 6 horas de SPA em Maio, bem como um incremente no orçamento do programa LMP1 da marca. Contrariando a lógica o novo carro vem 1 ano antes dos novos regulamentos que serão válidos a partir de 2017.

“Precisávamos de uma reação que começou a partir de Spa em diante”, disse ele. “Algo começou a mudar em Spa e a Toyota se aproximou dos seus adversários.”

“Definitivamente, vamos ter mais recursos. Não vai ser algo grande. Nós nunca vai estar perto de Audi ou Porsche, mas para nós será um aumento que irá nos permitir melhorarmos nossos planos.”

A equipe ainda estuda um terceiro carro para Le Mans, mas tudo depende é claro dos rumos que o TS050 vai ter, bem como os custos.

Alpine estuda novo LMP para os próximos anos

Lendária marca francesa pode ir para a LMP1. (Foto: Divulgação FIAWEC)

A Alpine que estreou este ano no Mundial de Endurance, já avalia uma mudança de protótipo para os próximos anos e olha com um cuidado especial para a classe LMP1.

Com dois títulos na ELMS, a equipe compete com apenas um carro o Alpine A450b, que é um Oreca 03 com outro nome, os pilotos Nelson Panciatici, Paul-Loup Chatin e Vincente Capillaire tem um bom histórico de vitórias em provas de longa duração.

O diretor Philippe Sinault, em entrevista ao site endurance.info comenta os planos da equipe para os próximos anos, bem como nos novos regulamentos para 2017 na classe LMP2.

“É necessário que a história continua. Vamos ver o que os regulamentos permitem para os próximos anos.” Disse. Mesmo escolhendo um dos quatro fabricantes da classe LMP2, não se sabe se a ACO vai autorizar usar a marca Alpine como construtor. Caso isso não aconteça as portas da classe LMP1 podem ser abertas.

“Nós olhamos e vamos continuar a olhar para o que pode ser feito, mesmo na LMP1 sem sistemas híbridos, se esta é a única maneira de ter um Alpine, então assunto será estudado. Por três anos, temos visto o azul e queremos que ele continue. Esse é o meu desejo e ambição.” Concluiu.

 

Pipo Derani satisfeito com pódio em Nurburgring

Equipe G-Drive sobe ao pódio com os dois carros. (Foto: FGCom)

Brasileiro conquista terceiro pódio na temporada e mantém vice-liderança. FIA WEC segue agora para a América e terá etapa no dia 19 de setembro nos EUA

O brasileiro Pipo Derani conquistou neste domingo (dia 30) mais um pódio. Ao lado dos companheiros Gustavo Yacaman (Col) e Ricardo Gonzalez (Mex), o piloto terminou em terceiro lugar nas 6 Horas de Nurburgring na categoria LMP2. É o terceiro pódio do trio em quatro etapas com o #28 Ligier JS P2 (Dunlop / Nissan) da equipe G-Drive Racing. Com o resultado, eles mantiveram a vice-liderança do campeonato, com 89 pontos.

Derani foi o responsável pela largada da equipe e logo ganhou uma posição, subindo para terceiro numa manobra surpreendente pra cima de Nelson Panciatici. “De última hora, ataquei, joguei por dentro e fiz a ultrapassagem”, explicou o brasileiro, de 21 anos.

O piloto considerou a prova difícil, mas ficou satisfeito com a conquista de mais um pódio. “Foi uma corrida dura, com muito calor, o que tornou ainda mais difícil a pilotagem. Os pneus Dunlop foram ótimos considerando a situação do tempo e fizeram o que podiam nesta condição desafiadora”, contou.

“A KCMG (vencedora da prova) surpreendeu a gente com o ritmo deles nesta corrida. Mas no final, conquistamos mais um pódio. São quatro etapas, três pódios e uma pole, então acho que tem sido um ano positivo. Agora precisamos trabalhar bastante para ir para as quatro últimas etapas do campeonato com chances de vitória. Vamos para a América ainda com boas chances no campeonato”, completou o brasileiro, que ficou em nono no geral da disputa.

Trinta e um carros disputaram as 6 Horas de Nurburgring, divididos nas categorias LMP1, LMP2, LMGTE Pro e LMGTE Am. A vitória geral ficou com o trio da LMP1 Mark Webber, Timo Bernhard e Brendon Hartley, da Porsche Team. Na LMP2, os vencedores foram Matthew Howson, Richard Bradley e Nick Tandy, da KCMG.

A etapa marcou o final da primeira metade da temporada do FIA WEC. A quinta prova do ano acontecerá dia 19 de setembro, em Austin, nos Estados Unidos.

 

Os melhores nas 6 Horas de Nurburgring (Top-10):

1 LMP1 T.Bernhard, M.Webber, B.Hartley (Porsche Team, Porsche) 6h01m16s966

2 LMP1 R.Dumas, N.Jani, M.Lieb (Porsche Team, Porsche) a 1 volta

3 LMP1 M.Fassler, A.Lotterer, B.Treluyer (Audi Sport Team Joest, Audi) a 1 volta

4 LMP1 L.di Grassi, L.Duval, O.Jarvis (Audi Sport Team Joest, Audi) a 1 volta

5 LMP1 A.Davidson, S.Buemi, K.Nakajima (Toyota Racing, Toyota) a 3 voltas

6 LMP1 A.Wurz, S.Sarrazin, M.Conway (Toyota Racing, Toyota) a 4 voltas

7 LMP2 M.Howson, R.Bradley, N.Tandy (KCMG, ORECA/Nissan) a 18 voltas

8 LMP2 R.Rusinov, J.Canal, S.Bird (G-Drive Racing, Ligier/Nissan) a 18 voltas

9 LMP2 G.Yacaman, L.Derani, R.Gonzalez (G-Drive Racing, Ligier/Nissan) a 19 voltas

10 LMP2 P.Ragues, O.Webb, A.Hamilton (Team SARD Morand, Morgan/SARD) a 19 voltas

 

Classificação do campeonato na LMP2 (Top-5):

1 Matthew HOWSON e Richard BRADLEY 104

2 Pipo DERANI, Gustavo YACAMAN e Ricardo GONZALEZ 89

3 Julien CANAL, Roman RUSINOV e Sam BIRD 82

4 Nicolas LAPIERRE 66

5 Ed BROWN e Jonathan FOGARTY 42

Com dobradinha Porsche vence em Nurburgring

Equipe enfrentou problemas com o #18. (Foto: Porsche AG)

A Porsche venceu de forma convincente na tarde deste Domingo (30) as 6 horas de Nurburgring disputada na Alemanha. A vitória do #17 dos pilotos Timo Bernhard, Mark Webber e Brendon Hartley se deu por uma série de punições enfrentados pelo Porsche #18 de Romain Dimas, Neel Jani e Mar Lieb, que passaram a prova consumindo mais combustível por volta do que o regulamento permite.

Resultado final da prova. 

Mesmo com três punições com paradas nos boxes, a última chegou a 1 minuto os pilotos do #18 fizeram literalmente uma corrida de recuperação, chegando a estar na quarta posição. Mesmo assim e com uma melhor velocidade conseguiram superar os carros da Audi que não tinham um bom ritmo nas primeiras horas, mas foram combativos nas horas finais dando trabalho para o Porsche #18.

KCMG Racing superou o favoritismo da G-Drive Racing. (Foto: KCMG Racing)

Segundo a equipe um problema no sistema de fluxo de combustível ocasionou o alto consumo, e o carro teve que andar com um ritmo mais lento para não receber novas punições.

A vitória do #17 foi a primeira do trio de pilotos na categoria, Nurburgring também coincide com a primeira vitória de Mark Webber na F1 em 2009. Na terceira posição o Audi #7 de Andre Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler, que também correram com cautela por conta da redução de motores para o restante da temporada.

Fizeram uma prova cautelosa e se valeram dos problemas dos adversários para chegar na terceira posição. Na verdade a posição para o carro deveria ser o quarto lugar, mas com uma ordem de equipe o piloto Lucas di Grassi que estava na terceira posição com o Audi #8 acabou dando sua posição para ajudar na luta pelo campeonato.

Porsche também com dobradinha na classe GTE-PRO. (Foto: Porsche AG)

Assim di Grassi, Loic Duval e Olivier Jarvis ficaram na quarta posição, a frente dos dois carros da equipe Toyota que não tiveram equipamento para lutar pelas primeiras posições. Entre as equipes da classe LMP1 privadas a vitória ficou com a equipe Team ByKollles que marcou os primeiros pontos na temporada para os pilotos Pierre Kaffer e Simon Trummer.  

Pela equipe Rebellion apena o #12 completou a prova com os pilotos Nicolas Prost, Mathias Beche e Nick Heidfeld.

Na classe LMP2 a vitória ficou com a equipe KCMG com o Oreca #47 dos pilotos Matt Howson, Richard Brandley e Nick Tandy, O time  superou o favoritismo da equipe G-Drive Racing que dominou todos os treinos livres e era apontado como um dos favoritos da prova.  Na segunda posição com uma diferença de mais de 1 minuto o Ligier JS P2 #26 de Roman Russinov, Julien Canal e Sam Bird. Na terceira posição, o Ligier #28 de Pipo Derani, Gustavo Yacaman e Ricardo Gonzalez.  

Entre os GTs da classe PRO a Porsche fez uma dobradinha, superando o favoritismo da equipe AF Corse. Richard Lietz e Michael Christensen com o Porsche #91 conquistaram sua primeira vitória deste a etapa de Xangai ano passado.

A vitória era para ser do segundo carro da equipe o #92 dos pilotos Patrick Pilet e Fred Makowiecki, mas que receberam uma punição após um toque com a Ferrari #71 da AF Corse que estava sendo pilotada por James Calado, durante a luta pela segunda posição na terceira hora de prova. O toque acabou ocasionando danos a carroceria da Ferrari.

Mesmo assim Calado e seu companheiro Davide Rigon, terminaram na terceira posição. Os líderes da classe Toni Vilander e Gianmaria Bruni que lideram com a Ferrari #51 enfrentaram problemas elétricos logo no inicio da prova, conseguiram voltar a prova, chegando a um sétimo lugar e perdendo a liderança da classe.

Após disputa com Aston Martin, SMP Racing vence na GTE-AM. (Foto: Divulgação SMP Racing)

Os Aston Martin Vantage terminaram em quarto (95), quinto (99) e sexto (97). Na classe GTE-AM a vitória ficou com a Ferrari #72 da equipe SMP Racing de Viktor Shaitar, Andrea Bertolini. Em segundo com uma volta de desvantagem o Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana, Mathias Lauda e Pedro Lamy. A vitória foi um alento após o carro ter perdido o primeiro lugar na última hora das 24 horas de Le Mans em Junho. A vitória seria do Aston, mas por conta de um pit stop e uma parada repentina de Lauda que conseguiu voltar a tempo.

Em terceiro a Ferrari #83 da AF Corse, seguido pelo Porsche #77 da equipe Dempsey Proton Competition.

A próxima etapa será no circuito de Austin nos EUA entre os dias 18 e 19 de Setembro.

Audi e os problemas com o #7

A Porsche não é o único adversário a ser batido. (Foto: FIAWEC)

Nem tudo são flores para os atuais líderes do WEC. Os pilotos do Audi #7, André Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler terão que competir nas etapas restantes do WEC com apenas dois motores de um total de 5 que são permitidos por carro durante toda a temporada.

O fabricante alemão perdeu dois de seus cinco motores alocados para a temporada, como parte de uma grande penalidade imposta pela FIA quando o lacre do motor no carro em Le Mans foi quebrado para que fosse realizados reparos no propulsor.

Por conta disso sobraram apenas 2 motores, que serão trocados entre as sessões para evitar enfrentar uma nova penalidade caso necessite de um bloco adicional. Com um tempo estimado de rodagem de 10 mil quilômetros para as últimas etapas do certame os atuais motores da Audi já rodaram cerca de 6 mil quilômetros. Para o dirigente da Audi, Ralf Juttner um tremendo desafio.

“Sim, é um problema”, disse ele ao site Sportscar365. “Nós temos que usar com cuidado o que nos resta, e estamos tentando usar em algumas sessões motores mais antigos para não temos problemas com  tempo de execução.”

“É uma carga de trabalho logisticamente mais difícil para os pilotos. Não é o ideal, mas vamos tentar nos adaptar com o que temos. “

Jüttner confirmou que o carro #7 começou neste fim de semana com seu velho motor, utilizado nas 24 Horas de Le Mans, antes de mudar para o novo motor restante para o terceiro treino livre e qualificação.

Competir com um motor tão rodado tem seus riscos “O problema está no início, não sabíamos que isso iria acontecer”, disse Jüttner. “O primeiro motor foi utilizado em Silverstone, Spa e na quarta-feira em Le Mans, foi desmontado para verificações. Nunca pensamos em utilizar ele novamente.” Disse.

“Ao abri-lo, você obviamente rompe os lacres. É por isso que nós temos somente dois motores.” Finalizou. O trio do carro #7 lidera o mundial com uma vantagem de 23 pontos sobre os demais concorrentes. Infelizmente em algum momento a equipe deverá utilizar um motor extra e sofrer as penalidades previstas no regulamento.

Entre as penalidades está um Stop and go de três minutos, o que acabaria com chances de pódio e a equipe teria que contar mais com a sorte do que com o talento de seus pilotos e equipamentos.

“Eu acredito que nós vamos fazer tudo para evitar isso”, disse Reinke. “Seria uma pena, mas estamos confiantes de que não iremos precisar realizar este tipo de manobra.” Finalizou.