34 carros para as 6 Horas de SPA

(Foto: FIAWEC)

O circuito de Spa-Francorchamps com suas belas paisagens volta a ser cenário da segunda etapa do Mundial de Endurance. A etapa que está marcada para o dia 7 de maio vai contar com 34 carros.

A Audi vai tentar recuperar os pontos perdidos para muitos injustamente na abertura do campeonato em Silverstone. Praticamente todos os carros que participaram da abertura do WEC estarão na Bélgica.

Lista de inscritos.

Porsche e Toyota que lideram o campeonato querem aumentar a diferença. O time alemão que não completou a prova com o #1 apos um acidente ainda nas primeiras horas da prova inglesa acredita que uma dobradinha é viável, visto as grandes retas do circuito belga. A Toyota que acabou se beneficiando com os abandonos da Audi e Porsche quer fazer mais, porém se o desempenho foi o mesmo da primeira corrida as coisas serão difíceis.

As 12 entradas na classe LMP2, incluem um carro adicional para a equipe G-Drive que competiu nas 4 Horas de Silverstone pela ELMS.  Giedo Van Der Garde e Simon Dolan estarão ao volante ao lado de Jake Dennis. Harry Tincknell que correu pela equipe em Silverstone, vai estar representando a Forda na classe GTE-PRO.    

Cinco chassis diferentes – Oreca 05, BR01, Ligier JS P2, Alpine A460 e Gibson 015S – estarão presentes na prova. As equipes representam Rússia, os EUA, China, França, Grã-Bretanha e México. Serão 36 pilotos da categoria. Os vencedores da primeira etapa, o Ligier da equipe RGR by Morand  esperam repetir o feito. A ESM espera algo a mais do que o segundo lugar, esforço feito grande parte por Pipo Derani.

Nas classes GT, Porsche (2012), Ferrari (2013/14) e Aston Martin Racing (2015) fizeram o espetáculo que deve se repetir no circuito belga. A Ford que estregou no campeonato, espera repetir o bom começo. Na categoria GTE-AM. o Porsche da equipe Gulf Racing volta a prova, após o acidente aonde foi acertado pelo Porche 919 da classe LMP1.

Lembrando que ao contrário da etapa inglesa, as 6 Horas de SPA será realizada no sábado.

Nissan avalia fornecimento de motor para a classe LMP1 do WEC

(Foto: Nissan)

A Nissan ainda não desistiu do WEC. Por conta dos novos regulamentos da classe LMP2 a partir do ano de 2017 que terá apenas um motor fornecido pela Gibson, o fabricante Japonês avalia levar seus motores para a classe LMP1, para equipes independentes. Atualmente o fabricante fornece um competente V8 para diversas equipes na classe LMP2

“É difícil para 2017, porque estamos perdendo a classe LMP2, mas na verdade estamos avançando com nosso programa de motores, olhando as oportunidades na classe LMP1 provada”, disse Michael Carcamo, novo diretor global do programa motorsports da Nissan ao site Sportscar365.

“Eu acho que existe esta oportunidade. É um dos nossos pontos fortes. Fornecemos a muito tempo motores a classe LMP2. Então, nós estamos procurando novas oportunidades. “

O motor V6 de 3 litros que equipou o GT-R NISMO LM poderia ser afinado para as equipes provadas na classe LMP1. Se o sistema híbrido do finado LMP foi considerado um fracasso, o mesmo não se pode dizer do motor.

Várias reuniões já foram feitas com clientes potenciais desde o ano passado. Segundo o dirigente, duas equipes se mostraram empolgadas com a parceria na principal classe do Mundial de Endurance. “Fomos convidados para o grupo de trabalho técnico. Estamos prontos para ajudar a ACO.” Disse Carcamo. “Nós apoiamos as provas de Endurance e gostaríamos de fazer parte da classe LMP1.”

“O interesse existe, enquanto as pessoas veem a classe LMP2 como um campeonato de pilotos, a LMP1 é algo mais voltado para os construtores, onde existe inovação sem a necessidade de um modelo híbrido.” Disse. Tanto a Strakka Racing quanto SMP Corrida estão avaliando as entradas na classe principal no próximo ano. A Onroak Automotive e Oreca também têm estado nas reuniões do grupo de trabalho.

Audi não apela e Porsche fica com vitória em Silverstone

Porsche na liderança do campeonato. (Foto: FIAWEC)

A Audi não vai recorrer da decisão da FIA que puniu a equipe após as 6 Horas de Silverstone. O R18 #7 dos pilotos Andre Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler teve a vitória cassada por conta de medidas divergente do assoalho do carro.

Com direito a contestar a decisão da entidade, a Audi decidiu não recorrer, mesmo que em um comunicado enviado a imprensa dizendo que o faria.

“Nós aceitamos a exclusão da classificação. Para o bem do esporte, vamos olhar para a frente”, disse o chefe da Audi Motorsport Dr. Wolfgang Ullrich.

A análise mostrou que o desgaste acentuado no assoalho do carro, que foi atribuída a um saída de pista inesperada. “Nosso trabalho é evitar um maior desgaste – nós aceitamos esta responsabilidade”, acrescentou Ullrich.

“Tomamos a nossa decisão pelo bem do esporte e espero que o restante do campeonato seja emocionando como foi em sua abertura.”

Como resultado, o Porsche 919 #2 de Neel Jani, Romain Dumas e Marc Lieb foram confirmados oficialmente como vencedores da corrida. A Audi saiu de Silverstone com apenas 1 ponto, atribuído a conquista da pole.

Porsche 911 RSR no WEC em 2017?

Presença da Ford pode fazer a Porsche voltar com suas cores para 2017. (Foto: IMSA)

A Porsche parece estar se arrependendo de ter abandonado seu programa na classe GTE-PRO do Mundial de Endurance. Após um péssimo começo com os dois carros inscritos em parceria com a equipe Proton, um em cada classe GTE, o fabricante Alemão vem revendo sua decisão e já considera voltar a classe em 2017.

O fato da Ford ter voltando de forma oficial também está povoando a cabeça dos dirigentes. O fabricante já confirmou que terá dois 911 oficiais em Le Mans, mas no resto do campeonato?

“Essa é a ideia”, disse Frank-Steffen Walliser ao site Sportscar365. “Não é algo confirmado ainda.” O dirigente não revelou se uma nova versão GTE do 911 RSR esteja sendo desenvolvida, mesmo estando satisfeita com o atual modelo.

As especulações da imprensa internacional contam que o novo carro teria uma melhor distribuição de peso, com o motor possivelmente montado na frente além de uma novo cambio. Porém para que tal carro realmente seja feito, será necessário que uma versão de rua do 911 tenha motor dianteiro, um sacrilégio para os fãs da marca.

A nova versão poderá vir com um motor aspirado ou um novo propulsor turbo. “Com certeza, com todos os carros novos, você precisa ter um olhar profundo nos regulamentos para tomar as decisões corretas”, disse ele.

“Eu não posso te dizer o caminho que nós vamos tomar, mas posso dizer que foi uma longa e difícil discussão. várias coisas foram debatidas.”

Tanto ACO quanto a IMSA deve ajustar o BoP para que motores aspirados e turbo tenham uma luta justa. O ajuste nos propulsores turbo seria feito através do impulso variável. A futura decisão pode ter pesado na cabeça dos dirigentes da marca.

Para o Weathertech os dois 911 devem continuar no certame, mesmo 2016 sendo o último ano da parceria com a CORE Autosport.  

Pipo Derani: “É uma boa maneira de começar o ano”

Além de Pipo, pódio teve Bruno Senna na primeira colocação. (Foto: FGCom)

Dando sequência ao excelente início de temporada, o brasileiro Pipo Derani teve papel principal na conquista do segundo lugar nas 6 Horas de Silverstone (ING), neste domingo (dia 17), palco da abertura do FIA WEC 2016.

O piloto de 22 anos largou e encerrou a prova, novamente com stints excepcionais com o Tequila Patrón ESM Ligier JS P2-Nissan. A pilotagem de Derani ajudou o carro #31, que ele dividiu com os companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming, a superar as dificuldades enfrentadas no início da disputa.

Partindo da segunda posição do grid na LMP2, Derani fez uma largada brilhante e imediatamente assumiu a liderança, superando o líder Nicolas Minassian.

O brasileiro logo começou a imprimir um ritmo forte e fez a melhor volta entre os LMP2 na corrida, com 1min48s909, no seu stint inicial, antes de entregar o carro para Cumming, cumprindo a estratégia pré-planejada pela equipe.

A metade da corrida, no entanto, não foi fácil para o Tequila Patrón ESM #31, que perdeu tempo em uma bandeira amarela e após uma rápida rodada de Cumming.

Mas ainda tinha muito a ser “tirado” do Tequila Patrón ESM Ligier-Nissan, primeiro com Dalziel e depois com Derani, que voltaram à disputa e colocaram o carro novamente na briga pelo pódio.

A última parte da corrida mostrou um triplo stint impressionante de Derani, que conquistou várias posições e chegou ao segundo lugar, completando a prova no pódio.

“É uma boa maneira de começar o ano para nós”, disse Derani. “Foi uma corrida difícil, mas sabemos que há muito para vir de Spa em diante. O Ryan, o Chris e eu tivemos pouco tempo de pista juntos, então sair daqui com 18 pontos é satisfatório”, continuou.

“Fui agressivo no meu stint inicial e construí uma vantagem que era parte de nossa estratégia”, contou. “A competição está muito disputada este ano, então acho que todos nós temos de estar orgulhosos deste resultado e ir pra cima novamente em Spa no mês que vem”, destacou.

“A equipe Tequila Patrón ESM foi novamente excelente e tenho de agradecer a todos pelo esforço neste final de semana. A combinação dos membros da Tequila Patrón ESM com os membros da OAK Racing, sob a direção do Philippe, provou ser uma parceria muito efetiva”, completou o piloto paulista.

A segunda etapa da temporada 2016 do FIA WEC acontecerá no dia 7 de maio, em Spa-Francorchamps, na Bélgica.

Os melhores nas 6 Horas de Silverstone (Top-10):
1 LMP1 Marcel FÄSSLER, André LOTTERER, Benoît TRÉLUYER (Audi R18) 194 voltas em 6h01min06s963
2 LMP1 Romain DUMAS, Neel JANI, Marc LIEB (Porsche 919 Hybrid) a 46s065
3 LMP1 Stéphane SARRAZIN, Mike CONWAY, Kamui KOBAYASHI (Toyota TS050 – Hybrid) a uma volta
4 LMP1 Mathéo TUSCHER, Dominik KRAIHAMER, Alexandre IMPERATORI (Rebellion R-One – AER) a 11 voltas
5 LMP1 Nicolas PROST, Nelson PIQUET JR, Nick HEIDFELD (Rebellion R-One – AER) a 13 voltas
6 LMP2 Ricardo GONZALEZ, Filipe ALBUQUERQUE, Bruno SENNA (LIGIER JS P2 – Nissan) a 15 voltas
7 LMP2 Ryan DALZIEL, Luis Felipe DERANI, Christopher CUMMING (LIGIER JS P2 – Nissan) a 15 voltas
8 LMP2 Roman RUSINOV, Nathanaël BERTHON, René RAST (Oreca 05 – Nissan) a 15 voltas
9 LMP2 Gustavo MENEZES, Nicolas LAPIERRE, Stéphane RICHELMI (Alpine A460 – Nissan) a 16 voltas
10 LMP2 Nick LEVENTIS, Danny WATTS, Jonny KANE (Gibson 015S – Nissan) a 17 voltas

Classificação LMP2 (Top-5):
1. Ricardo GONZALEZ, Filipe ALBUQUERQUE, Bruno SENNA (LIGIER JS P2 – Nissan) 25 pontos
2. Ryan DALZIEL, Luis Felipe DERANI, Christopher CUMMING (LIGIER JS P2 – Nissan) 18
3. Roman RUSINOV, Nathanaël BERTHON, René RAST (Oreca 05 – Nissan) 16
4. Gustavo MENEZES, Nicolas LAPIERRE, Stéphane RICHELMI (Alpine A460 – Nissan) 12
5. Nick LEVENTIS, Danny WATTS, Jonny KANE (Gibson 015S – Nissan) 10

Audi sofre punição e perde primeiro lugar em Silverstone

(Foto: Audi)

A Audi foi punida após vistoria técnica realizada após as 6 Horas de Silverstone na tarde deste Domingo (17). O R18 #7 pilotado por Andre Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler foi excluído dos resultados após o assolho da parte da frente do LMP não estar de acordo com as especificações do regulamento.

A Equipe teve tempo para apresentar recurso, como não o fez a vitória fica com o Porsche #2 de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb. Em terceiro Toyota TS050 #6 de Stephane Sarrazin, Mike Conway e Kamui Kobayshi. Fechando o pódio o #13 da equipe Rebellion Racing.

WEC comemora cinco anos com vitória da Audi em Silverstone

Audi supera Porsche em primeiro confronto. (Foto: WEC)

Tudo começou em Março de 2012. Com os campeonatos “regionais” da ACO nos EUA com a ALMS e na Europa com o ELMS, o extinto Intercontinental Le Mans Cup deu vida ao que hoje conhecemos como WEC.

Com muitas dúvidas e o medo de uma nova aliança entre ACO e FIA que no passado se mostrou maléfica para os organizadores das 24 horas de Le Mans, o WEC vai chegando em sua quinta temporada sendo um dos principais ou o principal campeonato automobilístico do mundo. Só não é maior por conta de uma certa política interna dentro da FIA para privilegiar a F1, mas isso é algo que vem sendo derrubado dia após dia.

Classificação final.

Naquela prova que foi conjunta com a ALMS, foram trinta carros escritos. O medo de que a coisa não andasse se dava pela saída repentina da Peugeot no final de 2011 por conta de problemas financeiros. Com apenas a Audi vencendo qual seria o interesse do público sabendo o resultado das corridas?

Largada da primeira prova do WEC em Sebring 2012. Muitas esperanças, mesmo com medo. (Foto: WEC)

A recém chegada Toyota deixava claro que se não tivesse condições de vencer não pensaria duas vezes em abandonar seu programa LMP. Na classe GTE-PRO apenas quatro carros corriam pelos pontos do campeonato.

Desde 2012 quem comanda o WEC é Gerard Neveu, que tinha receio de que as coisas não iriam durar muito. “Foi uma Toyota e meio naquele primeiro ano. Honestamente, quando eu comecei, eu estava convencido de que talvez não poderia fazer um segundo ano. Era tão frágil. Perdemos a  Peugeot. O ACO tomou uma série de riscos, em 2012. Depois disso, nos três últimos anos podemos dizer que temos um bom nível de visibilidade.”

“Quatro anos e 32 corridas depois, o WEC tem crescido em um dos campeonatos mais promissores, e, possivelmente, agora apenas perdendo para a F1em todo o mundo em termos de exposição global e suporte do fabricante.”

Desde então vários pilotos novatos e experientes vem escolhendo o WEC como o lugar para fazer seu nome no automobilismo. O maior exemplo é Mark Webber que trocou um triste jogo de equipe promovido pela RBR pelo Mundial em 2014. Seu talento aliado ao bom trabalho da Porsche culminou no título de 2015.

Peugeot, a primeira perda. (Foto: WEC)

Outro exemplo é a Manor que tem uma equipe na classe LMP2. “Quando você tem uma equipe como a Manor deixando a Fórmula Um, uma equipe com dinheiro e eles acabam decidindo vir para o o WEC, é fantástico.”

“Temos pilotos como Kamui Kobayashi e Will Stevens. Três anos atrás quando corria na classe GTE-Pro, Kobayshi estava dizendo, ‘Eu quero ir para a F1. Eu o conheci no Prologue  e disse: ‘Bem-vindo de volta. É um prazer tê-lo aqui e eu espero que você seja feliz, sinceramente. E ele disse: ‘Você não tem ideia de como estou feliz de estar com Toyota LMP1.”

“Isso é das coisas mais importantes. Temos que fazer os motoristas feliz porque eles são os nossos melhores embaixadores.”

Além da Peugeot, a Nissan também teve um programa para o Mundial. Chegou a competir em 2015 em Le Mans, mas por conta de erros de projetos e um amadorismo nunca visto na história do fabricante, cancelou sua participação. Atualmente fornece motores para a classe LMP2.

Nissan, a maior vergonha até agora no WEC. (Foto: Nissan)

Se espicula que a Peugeot volta ao Mundial em 2018, quando as regras da classe LMP1 terão uma nova versão. A BMW também cogitou sua entrada, entrada que deve acontecer, se acontecer será para depois de 2021.

Das atuais equipes, Audi e Toyota não revelam se continuaram no certame após 2017, o que deve se confirmar ou mudar no decorrer do ano. Qual o futuro do WEC? Por enquanto promissor. Se o lado político do esporte não superar o esporte o Mundial terá muitos e muitos anos de vida.

Audi vence e convence

A Porsche foi a equipe a ser batida em 2015. Venceu de forma convincente e não deu chance para Audi e Toyota. Seus principais rivais trouxeram carros novos, enquanto a Porsche refinou o 910 Hybrid. Nos testes oficiais no final de Março em Paul Ricard, o 919 liderou todas as seções de treinos. O feito se resultou nos testes em Silverstone, mas a pole foi conquistada pelo Audi #7.

Seria a chuva a ajuda que a Audi precisava para vencer a equipe irmã? A prova começou favorável a Porsche que pulou a frente ainda nas primeiras voltas. A vantagem do 919 #1 do trio Timo Bernhard,, Brendon Hartley e  Mark Webber era grande. A briga ficou entre o Audi #7 e o Porsche #2.

Marcel Fasslar levou o Audi #7 a vitória com uma diferença de 46.065 segundos sobre o Porsche #2 pilotado por Neel Jani. A diferença que inexistia por grande parte da prova acabou após o 919 bater no Ford #67 de Marino Franchitti. Por conta deste toque o carro fez uma parada não programada por conta de um furo no pneu frontal direito.

Faltando 57 minutos para terminar a prova, Neel Jani conseguiu terminar a prova com os pneus desgastados, porém voltou aos boxes faltando 10 minutos para reabastecimento.

A vitória de Marcel Fassler, Benoit Treluyer e Andre Lotterer, foi a primeira desde SPA em  2015, circuito que Audi venceu pela última vez.

Correndo por fora e sem nenhuma chance de vitória o Toyota #6 de Mike Conway, Stephane Sarrazin e Kamui Kobayshi terminou em terceiro, se valendo mais dos acidentes dos seus adversários do que por méritos do TS050.

O Porsche #1 pilotado por Brendon Hartley que tinha uma grande vantagem na terceira hora foi o protagonista do principal acidente da prova. Após bater no Porsche 911 pilotado por Mike Wainwright da Gulf Racing o carro voou, indo de encontro a barreira de pneus. Felizmente os dois pilotos não sofreram nenhum arranhão.

Para o presidente do programa LMP1 da Porsche, Fritz Enzinger, as coisas não foram como planejado. “A Qualificação não foi a ideal para nós e na corrida tivemos vários tipos de problemas, tais como o acidente de Brendon Hartley, e estamos aliviados que ele não esteja ferido. No final, tivemos a punção no carro número 2. No entanto: parabéns a Audi. Nós ficou em segundo lugar, Toyota terceiro. Para o campeonato este é um grande começo para a temporada. Os fãs podem esperar algumas corridas muito emocionantes. Em Spa vamos atacar de novo. “

“Sinceros parabéns aos nossos três pilotos e toda a nossa equipe”, disse o chefe da Audi Motorsport Dr. Wolfgang Ullrich. “Não só em Silverstone, mas também nas semanas e meses antes, deu tudo certo para o nosso carro de corrida mais sofisticado e eficiente até agora.” O  Audi R18 usa 46% menos combustível do que o primeiro LMP1 da Audi, o R10 TDI de 2006.

Grupo VW comandou a festa. (Foto: Joest Racing)

Na sequencia foi a vez do Audi #8 pilotado por Lucas di Grassi abandonar por problemas no sistema híbrido. O carro ficou parado na pista, mesmo com as investidas do piloto e de um mecânico para tentar fazer o carro funcionar, um princípio de incêndio acabou jogando por terra as chances de uma possível dobradinha da Audi em Silverstone.

Kazuki Nakajima foi o protagonista de um furo de pneu que sujou grande parte da pista. Como a quantidade de de detritos era grande, o carro de segurança deve que entrar na pista para que fiscais pudessem limpar. Mesmo assim os danos causados no Toyota #5 obrigaram o japonês a abandonar a prova. A equipe Rebellion completou os cinco primeiros com o #13 de Matheo Tuscher, Dominik Kraihamer e Alexandre Imperatori vencem entre as equipes privadas na classe.

Classe LMP2 com dobradinha brasileira

Bruno Senna e Pipo Derani, no pódio da classe LMP2. (Foto: MF2)

Na classe LMP2 a equipe RGR Sport by Morand venceu na sua estreia no Mundial. Filipe Albuquerque, Bruno Senna e Ricardo Gonzalez souberam resistir as investidas do Ligier da equipe ESM do também brasileiro Pipo Derani.

Dono da volta mais rápida da equipe durante os treinos, Senna começou a prova. A briga entre os protótipos da LMP2 foi intensa desde o início. As equipes dos brasileiros se alternaram na ponta com o Gibson 015S Nissan da Strakka Racing dos britânicos Nick Leventis, Danny Watts e Jonny Kane. A partir da metade da prova, no entanto, Bruno tomou a frente e entregou o carro aos parceiros na liderança. Mesmo fazendo uma parada rápida para reabastecimento quando restavam apenas 15 minutos, Albuquerque cruzou a linha de chegada com vantagem confortável sobre Derani.

Bruno comemorou a vitória em sua estreia na LMP2 com a certeza de que as metas traçadas ao assinar com a RGR Sport by Morand podem mesmo ser alcançadas. “Achávamos que tínhamos potencial para brigar por vitórias, inclusive nas 24 Horas de Le Mans, e pelo título. Felizmente começamos muito bem, apesar de um susto. O pneu dianteiro esquerdo moeu do nada depois do meu stint depois do Gonzalez. Trocamos só ele para o segundo e o carro continuou andando muito bem. Depois da entrada de um safety car, pude abrir bastante do segundo”, explicou. “A verdade é que nossa estratégia funcionou perfeitamente. Fizemos as paradas sempre na hora certa.”

Pipo Derani teve papel fundamental no segundo lugar no #31. (Foto: WEC)

O rendimento do carro da RGR Sport by Morand superou as expectativas. “Não tivemos nenhum probleminha. Só o rádio é que estava operando apenas em uma via. Eu ouvia o engenheiro, mas não conseguia falar com ele. Fiquei desesperado com o problema do pneu e entrei nos boxes sem poder avisar o que estava acontecendo. Mas ele percebeu pela telemetria que a roda estava travando e deixou tudo pronto para a troca”, elogiou Bruno.

Restou a ESM se contentar com o segundo lugar. A pilotagem sempre agressiva de Pipo Derani contrastou com a dos seus companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming ao volante do #31. Em terceiro o Oreca 05 da equipe G-Drive Racing, seguido pelo Alpine #36.

Ferrari vence na classe GTE-PRO e AM

Ferrari vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Davide Rigon e Sam Bird venceram sem grandes dificuldades na classe GTE-PRO com a Ferrari #71 da equipe AF Corse. Esta foi a primeira vitória da Ferrari 488 GTE desde sua estreia em Janeiro durante as 24 horas de Daytona.

Rigon assumiu a liderança e não viu as brigas para as posições subsequentes da categoria. A segunda Ferrari da AF Corse de Gianmaria Bruni e James Calado sofreu com uma punição de 3 minutos por conta da troca de motor antes da prova. Mesmo assim terminaram as 6 horas na segunda colocação. Em terceiro o Aston Martin #95 com Nicki Thiim, Marco Sorensen e Darren Turner. Os dois Ford GT completarem a prova em quarto e quinto.   

Ferrari também vence na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

Na classe GTE-AM, a Ferrari #83 da AF Corse dos pilotos François Perrodo, Emmanuel Collard e Rui Águas vencem. Em segundo o Aston Martin #98 de Pedro Lamy, Paul Dala Lana e Mathias Lauda.  Fechando o pódio da classe o Corvette #50 da equipe Larbre Competition.

A próxima prova será as 6 horas de SPA entre os dias 06 e 07 de maio em SPA-Francorchamps.

Pipo Derani satisfeito com primeira fila em Silverstone

Brasileiro quer repetir vitórias obtidas nos EUA na Europa. (Foto: FGCom)

O brasileiro Pipo Derani registrou a melhor volta individual da categoria LMP2, neste sábado (dia 16), durante o treino classificatório para as 6 Horas de Silverstone, na Inglaterra, e assegurou um lugar na primeira fila do grid na etapa de abertura do FIA WEC 2016 (Campeonato Mundial de Endurance), que começa neste domingo (17).

Pilotando o Tequila Patrón ESM Ligier-Nissan #31 e combinando sua melhor volta com a do companheiro Chris Cumming, eles registraram a média de 2min09s632. Pipo fez a volta mais veloz entre os carros da LMP2, com o tempo impressionante de 2min07s315 em condição de pista bastante traiçoeira.

Treino classificatório.

“Foi um bom começo e estou muito feliz por ter feito a volta mais rápida entre todos os pilotos da LMP2 durante o treino”, disse Derani. “As condições estavam muito complicadas, mas começou a secar e foi difícil ter a aderência adequada. O objetivo é continuar com a nossa estratégia e ver como nos sairemos na corrida. Não será fácil, porque andamos pouco no seco. Mas estou confiante e ansioso para brigar pela ponta”, continuou o brasileiro.

“A equipe Tequila Patrón ESM está fazendo um trabalho fantástico nesta temporada até aqui e gostaria de agradecer ao Philippe Dumas, à OAK Racing e a todos do time por me darem essa oportunidade de fazer parte desta excelente organização”, completou Derani.

O brasileiro de 22 anos divide o cockpit do Tequila Patrón ESM Ligier-Nissan com o canadense Cumming e também o escocês Ryan Dalziel. O trio mostrou bom entrosamento na formação do FIA WEC 2016, que terá o grid mais forte na história da LMP2.

Com a melhor volta deste sábado, Derani segue com excelentes resultados neste início de temporada, depois de ter vencido as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring. Esta é a segunda temporada do brasileiro no FIA WEC, depois de ter conquistado seis pódios em sua excelente estreia em 2015.

A largada das 6 Horas de Silverstone, neste domingo, está programada para as 12 horas local (8 horas de Brasília).

Audi larga na frente em Silverstone

Pista fria favoreceu R18. (Foto: FIAWEC)

A Audi conquistou a pole para as Seis horas de Silverstone, primeira etapa do Mundial de Endurance que acontece neste domingo na Inglaterra. Surpreendendo a todos o R18 #7 pilotado por Andre Lotterer e Marcel Fassler momentaneamente bloqueou a favorita Porsche marcando 1:53.204.

Em segundo o Audi #8 de Lucas di Grassi e Loic Duval. A diferença entre os dois carros foi de apenas 0,104 segundos. O feito da Audi foi comemorado já que a equipe não largava na primeira posição desde a etapa de Fuji do WEC de 2013.

A Porsche ficou com o terceiro e quarto tempo. Mark Webber e Brendon Hartley fizeram 1:54.150, tempo que os deixou a quase 1 segundo para o Audi #8. O Porsche #2 de Neel Jani e Romain Dumas marcou 1:54.266.

Treino classificatório.

André Lotterer  com pneus de chuva, não sabia o que enfrentar no treino. “Não tínhamos ideia do que esperar. Mas fizemos as decisões certas que foram perfeitas”, disse o alemão. Posteriormente, Marcel Fässler assumiu o carro #7. “A qualificação foi divertida. O carro deu-nos um feedback muito bom.” Comemora.

Para Loïc Duval o #8 também estava rápido.“Infelizmente, eu não encontrei uma volta limpa no início e depois os pneus ficaram um pouco desgastados”, disse o francês. Seu companheiro Lucas di Grassi, acredita em uma boa prova no domingo. “Nós quase conquistamos a pole. O carro está bem equilibrado”, disse o brasileiro.

Com pista seca, Porsche pode surpreender. (Foto: Porsche AG)

Já o diretor do programa LMP1 da Porsche, Fritz Enzinger ficou desapontado com seus carros.  “Por mais de um ano ocupamos a primeira fila nas etapas do WEC, desde a etapa do Brasil em 2014.  Agora vamos analisar por que não conseguimos as primeiras posições.. Para amanhã as condições climáticas são previsíveis e, com certeza, vamos fazer um bom trabalho”.

A Toyota ficou com as duas posições seguintes com o TS050 #6 e #5 a quase 2 segundos do primeiro colocado. Para Anthony Davidson a equipe foi prejudicada pelo clima chuvoso. “Foi um dia desafiador a chuva nos colocou um pouco fora de sincronia com as configurações do nosso carro, que são muito complexas. Treinamos em condições que não tínhamos enfrentado ainda. Temos que aprender com isso e nos preparar para a prova de domingo.” Lamentou. Entre as equipes privadas a ByKollles superou os dois carros da Rebellion Racing com o tempo de 2:08.332.

Na classe LMP2 a pole ficou com o Oreca 05 #26 da G-Drive Racing, que foi pilotado por Roman Rusinov e Rene Rast. Os dois fizeram a média de 2:08.479. Em segundo o Ligier #31 da equipe Tequila Patron, graças ao trabalho do brasileiro Pipo Derani e Chris Cumming. Foi do brasileiro a melhor volta na classe.

Em terceiro o Ligier #43 da equipe RGR by Morand Racing que teve Bruno Senna e Filipe Albuquerque participando do treino classificatório. O brasileiro comemora o resultado. “Optamos por uma tática arriscada, saindo primeiro com o Filipe Albuquerque, depois com o Ricardo Gonzalez e o Filipe voltando depois. Mas ele não conseguiu abrir uma última volta por falta de tempo por causa do atraso na troca de pilotos”, explicou, satisfeito com a marca de 2:10.295 registrada pelos parceiros.

Ferrari #51 da AF Corse conquista pole na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

A tomada de tempos foi realizada com temperaturas baixíssimas – cinco graus ambiente e apenas seis na pista. A neve, que praticamente inviabilizou a terceira e última sessão de ensaios livres da manhã, pegou a todos de surpresa. “É a primeira vez que vejo isso nesta época do ano”, disse Bruno, antes de elogiar o comportamento do protótipo da equipe mexicana. “Acho que estamos bem no molhado. No seco, talvez fique um pouco mais difícil.” Partindo com pneus novos, Bruno acredita que poderá permanecer no cockpit por dois turnos. “Acho que vai dar, mas ainda vamos conversar direitinho para escolher a tática mais apropriada.”

A AF Corse vai começar largando na frente entre os competidores da classe GTE-PRO. Davide Rigon e Sam Bird com a Ferrari #71 marcaram 2:12. 440. O tempo foi 1.382 segundos mais rápido do que o do Porsche #77 da Dempsey Proton Racing com Richard Lietz e Michael Christensen. Em terceiro o Ford #66 da Chip Ganassi Racing com Olivier Pla e Stefan Muecke com a média de 2:14.475.

Porsche #88 faz a pole na classe GTE-AM. (Foto: Porsche AG)

A Abu Dhabi Proton Racing conquistou a pole na classe GTE-AM com Klaus Bachler e Khaled Al Qubaisi com 2:15.102 de média. Em segundo o Porsche da KCMG de Wolf Henzler e Christian Ried. O Corvette da Larbre Competition vai largar na terceira posição.

Bruno Senna espera tempo chuvoso em Silverstone

Brasileiro ao lado do companheiro Filipe Albuquerque. (Foto: MF2)

Prevista pela meteorologia, a chuva durante a tomada classificatória poderá ser a aliada de Bruno Senna e seus companheiros da RGR Sports by Morand para a conquista de uma boa posição de largada nas 6 Horas de Silverstone, prova que abre neste domingo o calendário do FIA WEC – Campeonato Mundial de Endurance. Nesta sexta-feira, o famoso tempo instável da Inglaterra, que deixou a pista variando entre molhada e úmida na maior parte do dia, complicou a vida das equipes durante os treinos livres e tornou a cronometragem inconclusiva. “Andamos muito pouco no seco. Para nós, acredito que essa não seria a melhor condição no qualifying, porque temos poucas informações sobre o comportamento do carro”, admitiu o brasileiro, que tem o português Filipe Albuquerque e o mexicano Ricardo Gonzalez como companheiros no Ligier JS P2-Nissan da categoria de protótipos LMP2.

Foram duas sessões de ensaios de 90 minutos para as quatro divisões – os LMP1 e os GTE Pro e AM, num total de 33 carros, participaram das atividades. Bruno foi o mais rápido do trio do time mexicano. Ao final da prática, no entanto, reconheceu que seria difícil avaliar os resultados por causa das variáveis condições climáticas. “Estão todos um pouco confusos a respeito dos dados coletados. Conversamos com o pessoal da equipe do Pipo Derani, com quem temos uma parceria, e eles também estavam encontrando dificuldades com as informações obtidas. A verdade é que os engenheiros terão muito trabalho antes da classificação.”

O regulamento do campeonato determina que a colocação de cada carro no grid seja definida pela média das duas melhores voltas de cada dupla de pilotos. Exige também que um dos pilotos da categoria prata, Ricardo Gonzalez no caso da RGR, participe da tomada. Bruno ainda não sabe quem será o outro nome da sua equipe. “O Filipe está mais com a mão do carro no seco. Mas vai depender da chuva, porque o regulamento também diz que o dono da melhor volta dos treinos de cada equipe tem que classificar. E, por enquanto, sou o mais veloz do nosso trio.”