Ullrich da Audi: “Dependemos do conselho para aprovar nossos programas esportivos”

Participação da Audi no WEC é dada como certa, mesmo com ok do conselho da marca. (Foto: Audi AG)

Recentemente a Audi confirmou que terá um programa oficial da Fórmula E. Sendo uma das categorias que mais refletem o espírito inovador da marca. Por conta desta decisão, rumores  sobre o cancelamento do programa da marca do WEC, ganharam forma.

A história da Audi com o Endurance é antiga. Desde 1999 a marca vem competindo em provas de longa duração, e nos últimos anos com a entrada da Porsche que faz parte do grupo VW e o sonho da imprensa de ver a marca na F1, sempre levantam boatos sobre o futuro na LMP1.

“É um projeto adicional e está em um nível completamente diferente”, disse Ullrich ao site Sportscar365. “Espero que possamos executar esses três programas, mas as decisões relativas aos programas precisam ser tomadas.”

Além do WEC e agora Fórrmula E, a Audi tem sua participação no DTM. “Não existe um programa confirmado para o próximo ano. Como sempre, ele viria é definido entre setembro e novembro.”

Tanto Porsche quanto Toyota já tem seus programas no WEC confirmados. Para a Audi, as decisões envolvendo grandes somas de dinheiro dependem do conselho administrativo da marca. Ullrich acredita que isso não passa de uma formalidade, e que a equipe deve continuar no Endurance nos próximos anos.

Enquanto o programa LMP1 da Toyota foi confirmado até 2017, e o fabricante japonês trabalhando em um carro de 2018, e futuro WEC da Porsche garantidos para o longo prazo, apenas a Audi ainda tem que ganhar formalmente aprovação do conselho para um retorno para os altos escalões do protótipo Próximo ano.

Segundo Ullrich, é mais ou menos uma formalidade, com seus programas de motorsports tendo sido sempre numa base de renovação de ano para ano.

“Nós tivemos isso por seis anos”, disse ele. “Você sempre tem que convencer o conselho de que o dinheiro que você precisa para fazer o programa se encaixa no que você vai receber em troca.”

“Isso tem que ser discutido todos os anos, porque os parâmetros mudam ano após anos Você tem que ter certeza que será competitivo, e ter certeza de que o orçamento não está se ficando alto demais. Cortes sempre são bem vindos.”

“Você tem que ser mais eficiente a cada ano. Fomos capazes de reduzir no ano passado.”

Para o próximo a marca se tiver seu programa confirmado, deve alinhar apenas 2 R18 nas 24 horas de Le Mans, mesmo número de carros da Porsche. O acordo faz parte do programa de redução de custos que o grupo VW adotou em 2015 por conta do escândalo das emissões dos motores diesel.

 

Ferrari 488 pode dominar classe GTE-AM em 2017

Ferrari 488 GTE, pode ser o único carro da classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

O fator dinheiro novamente ronda as equipes das classes GT do Mundial de Endurance. Com o campeonato chegando a sua reta final, os preparativos para 2017 começam a ganhar corpo.

Atualmente quem corre na classe GTE-AM, disputa o WEC com modelos 2015. Para o próximo ano, os atuais modelos que estão na GTE-PRO, estarão elegíveis para a classe amadora. E é ai que começa a dor de cabeça.

A atual GTE-PRO é composta por modelos novos como a Ferrari 488, com um custo de manutenção muito maior do que a F458 que está desde 2011 no mercado. Por conta disso as equipes estão em conversas com a ACO para permitir que os atuais carros da GTE-AM possam ser utilizados em 2017.

“Há muita conversa no paddock sobre apenas congelar a classe para manter esses carros e obter alguma longevidade fora delas”, disse Dalla Lana que corre com Asto Martin ao Sportscar365. “Caso contrário, todo mundo teria que comprar um carro turbo.”

Sem planos de vender seus carros atuais Ford, Aston Martin e Corvette, resta as equipes apenas um modelo disponível, a Ferrari 488.  “Com certeza, se só tiver Ferrari 488 na GTE-AM, não faz sentido para nós. Vamos parar”, disse o proprietário da equipe Proton, Christian Ried.

“Nós vimos este ano na classe PRO, o BOP … Não há nenhum cliente que quer fazer o programa com um Porsche, e também para mim, não faz qualquer sentido.”

O dono da Gulf Racing, Michael Wainwright, já deixou claro que não vai trocar de fabricante. “Certamente a Porsche está competindo este ano com um carro que não pode fazer frente a Ferrari. Não faz sentido atualizar com um novo carro vindo em 2018.”

Quem defende a atualização é a AF Corse, parceira da Ferrari. Para o chefe da equipe Amato Ferrari, um planejamento para 2017 inclui duas 488 GTE na classe AM. “É claro que a regra estabelece um ano de idade para os carros que estão na GTE-Am”, disse. “Eu já vendi meus 458 para colecionadores.”

“As regras não podem ser alteradas agora nesta época do ano.”

Antonello Coletta, chefe do programa cliente GT da Ferrari, já definiu seu plano de vendas para o próximo ano e obviamente é contra possíveis mudanças nos regulamentos. “Nós também estamos perto de assinar alguns contratos com clientes para 2017. É tarde para mudar as regras.” 

Se ocorrem mudanças no WEC, elas irão respigar no European Le Mans Series. O direitor esportivo da ACO, Vincente Beaumesnil não quis comentar a declaração das equipes.

Para Dalla Lana, que passou os últimos quatro anos na classe com a Aston Martin Racing, a mudança nas regras neste momento iria manter a beleza da classe com uma grande variedade de fabricantes. “A classe tem mais de 6 carros e uma grande quantidade de fabricantes. É isso que as pessoas querem ver”, disse ele. “Se nada mudar posso competir na classe GTD da IMSA.”

Para Wainwright, além da questão do carro, também tem a graduação dos pilotos que sai apenas em janeiro, dificultando ainda mais a criação de um programa. “Como você pode obter um orçamento justo, quando você não sabe quem vai dirigir em seu carro?”

“Todas essas pequenas coisas, são problemas. Eles serão estúpidos se permitirem que a categoria AM acabe. É ela que trouxe a emoção para o GT.”

A Proton Competition também descartou se manter na classe GTE-PRO para o próximo ano. Com o retorno do Team Manthey com a nova versão do 911 RSR, o time liderado por Christian Ried já deixou claro que volta para a GTE-AM, se poder competir com Porsche.

“Com certeza, se tiver apenas Ferrari 488 na GTE-AM, não faz sentido para nós. Vamos parar.”

 

Rebellion Racing pode competir com motor Nissan em 2017

(Foto: FIAWEC

A Rebellion Racing, estuda mudar de motor para a temporada 2017 do Mundial de Endurance. Atualmente competindo com unidades AER, um propulsor considerado foi o V6 da Nissan que equipava o mal fadado GT-R LM NISMO. A informação foi confirmada pelo diretor da equipe Bart Hayden.

“Nós temos a opção para mudar os motores, e com de costume é de um ano para o outro. Podemos olhar para outras opções também”, disse Hayden Sportscar365.

A Nissan fez uma opção para o fornecimento de seus motores para a Rebellion e a ByKolles, ambas equipes da classe LMP1 sem sistemas híbridos. Além do motor japonês, Gibson e Judd também são opções a serem consideradas.

Qualquer deicisão, será feita durante a etapa de COTA do WEC. “Temos que pensar. Quando estivermos em COTA vamos ter uma ideia melhor”, disse ele. “Nós temos algumas reuniões na próxima semana para começar a diminuir as opções.”

Competindo apenas com o R-One #13, no restante das rodadas do WEC, o #12 está na Europa participando do desenvolvimento para a temporada 2017. “Uma das razões para nós competirmos apenas com um carro, é passar mais tempo em se preparando para o próximo ano”, disse Hayden.

“Estamos trabalhando com a Oreca, no momento, e obtendo informações para o próximo ano”

Em 2017,  LMP1 privada está sem grandes expectativas. A Rebellion, é a única equipe que já deixou claro as intenções de voltar para o WEC. A Strakka Racing que chegou a anunciar um programa na classe, também não apresentou atualizações, bem como a SMP Racing.

A ByKolles já demostrou que também deve competir. “Eu ouço muitos rumores sobre equipes que querem entrar em 2018 em vez de 2017″, disse Hayden.

Em corrida difícil, Porsche vence as 6 horas do México

Chuva e punição. Nada disso tirou a vitória do 919 #1. (Foto: Porsche AG)

Uma verdadeira prova de endurance. Assim podemos classificar as 6 horas do México, que foram disputadas na tarde deste sábado no Autódromo Hermanos Rodriguez.

A vitória do Porsche #1 do trio formado por Mark Webber, Timo Bernhard e Brendon Hartley foi sob muitas adversidades. Ocorreu de tudo. Pista seca, molhada e um desempenho superior da equipe Audi. É sabido que em pisos mais molhados o R18 se sobressai em cima do 919 Hybrid. A grande reta era o único ponto em que o Porsche conseguia abrir uma boa vantagem, com pista seca.

Quando a chuva começou a apertar a pilotagem agressiva, aliado ao bom trabalho dos pilotos da equipe Audi, se mostrou melhor. Infelizmente em uma prova de 6 horas nem tudo é como as equipes gostariam.

Resultado final.

Ainda na largada os dois R18 tomaram a ponta, e abriram uma vantagem nunca vista em cima dos Porsche. Com a pista apresentando trechos secos e molhados a equipe conseguiu se manter à frente com o #7 do trio Marcel Fassler, André Lotterer e Benoit Tréluyer. Em segundo o Audi #8 de Lucas di Grassi, Lois Duval e Oliver Jarvis. Vale ressaltar o ótimo trabalho do brasileiro.

Para os lados da Porsche o #1 era o melhor. O #2 dos pilotos Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb não se encontraram neste final de semana. A diferença de Timo Bernhard com o Porsche #1 quando cruzou a linha de chegada, após 6 horas foi de 1 minuto e 1 segundo, à frente do Audi #7 pilotado de forma espetacular por André Lotterer. A prova terminou com chuva o que ajudou a Audi a recuperar terreno.

A vitória do Porsche #1, não foi fácil. O 919 recebeu uma punição no começo da prova por ter entrado nos pits e saindo no último segundo. Após a punição, Bernhard fez um bom trabalho com os pneus intermediários, recuperando o tempo perdido. Pelos lados da Audi, o #7 também perdeu tempo. Ficou mais de 30 segundos, após ter problemas nos freios.

Andreas Seidl, chefe da equipe Porsche comemora: ” Foi uma corrida difícil. Todos os três fabricantes foram ao pódio. Nós conseguimos aumentar a nossa liderança em ambos os campeonatos, o que significa mais um passo no caminho para vencer os dois títulos do Campeonato do Mundo. Parabéns a toda a equipe que enfrentou um fim de semana desafiador. Hoje foi difícil conseguir tomar as decisões certas. O carro #1, funcionou perfeitamente e eles mereceram ganhar a corrida. Para o #2, nossa estratégia não deu certo nas condições meteorológicas. Além disso, tivemos um incidente quando um carro LMP2 tocou a traseira do LMP. Depois, focado em trazer buscar pontos. Provamos que nosso carro pode vencer uma corrida difícil como esta. Isso nos deixa confiantes para as demais etapas do Mundial.”

RGR Sports, vence na classe LMP2. (Foto: Adernalmedia)

Com o término da prova, Bernhard e a chuva apertando teve que fazer uma nova parada para troca de pneus. Além do tempo perdido, acabou batendo em uma das barreiras de pneus do circuito, faltando 6 minutos para o fim da prova.

Esta foi a segunda vitória do #1 que vai ampliando ainda mais a vantagem da Porsche no mundial de construtores. O #7 de Lotterer e Marcel Fassler, novamente sem Benoit Treluyer, ficou em segundo lugar, depois de enfrentar problemas de aderência inicial e ficar sem combustível na terceira hora, e perder um tempo considerável durante um período ode FCY.

Em terceiro, Stephane Sarrazin, Mike Conway e Kamui Kobayashi com o Toyota #6. O LMP que bateu forte nos treinos de quinta. Romain Dumas levou o Porsche # 2 para um quarto lugar depois de perder desempenho de uma escolha errada de pneus no primeiro período de chuva. Também perdeu tempo depois de receber um toque de um dos carros da Alpine da classe LMP2.

O Audi #8 que largou na frente, fez uma prova complicada. Tudo começou na quarta hora quando Oliver Jarvis perdeu o controle por conta de problemas nos freios. De volta a pista, após 30 minutos nos boxes, não teve o mesmo rendimento, voltando por diversas vezes para reparos. Acabou na 27º posição no geral. O segundo carro da Toyota abandonou por problemas no sistema híbrido.

“Foi uma pena essa corrida aqui do México”, lamentou Lucas di GRassi. “Depois de uma excelente classificação com a pole, lideramos as primeiras duas horas de prova. Conseguimos abrir 15 segundos na liderança na parte inicial, e depois teve uma briga bem legal com o Mark Webber”, descreveu Lucas, que agora soma 77,5 pontos na terceira posição, a 44 dos líderes e a 2,5 pontos dos vice-líderes, faltando quatro corridas para o final da temporada.

“Entreguei o carro na primeira posição, e depois disso as coisas começaram a andar para trás. Saio do México bastante frustrado – e não é a primeira vez – por ter tido a chance de vencer e ter de abdicar disso em função de problemas com o carro. Ficamos devendo para o ano que vem”, analisou.

A Rebellion Racing venceu a prova na classe LMP1 privada com uma corrida particular com o #4 da By Kolles, que passou um bom tempo na garagem enfrentando problemas de motor. Dominik Kraihamer, Alexandre Imperatori e Mathaeo Tuscher terminou em 5º no geral.

Aston Martin volta a vencer. (Foto: Adernalmedia)

Na classe LMP2 a RGR Sport venceu com o trio formado por Ricardo Gonzalez, Bruno Senna e Filipe Albuquerque. A vitória veio depois de uma boa briga com Nicolas Lapierre com o Signatech Alpine #36. Os dois carros optaram por pneus de pista seca, quando o traçado ainda estava molhado.

“Fizemos barba, cabelo e bigode”, comemorou Bruno Senna ao descer do pódio em meio à comemoração da torcida mexicana. “Estamos muito felizes por vencer a corrida de casa e ver toda a alegria dessa gente. Mas as últimas voltas foram um sofrimento, todos no boxe com os olhos grudados na TV”, acrescentou.

Vale destacar os bons pegas que ocorreram na classe. A liderança foi alterada diversas vezes com o Oreca 05 #26 da equipe G-Drive racing. Sempre favoritos, o #26 chegou na quarta colocação, após um princípio de incêndio nos freios. Por conta disso perderam 35 minutos nos boxes para reparos.

Nicolas Lapierre que estava no Alpine #36, sofreu uma punição por conta de um toque. Mesmo assim o #36 ficou na segunda posição. O #31 da equipe ESM fechou o pódio com Pipo Derani, Ryan Dalziel e Chris Cumming. A prova também não foi fácil para o trio. Pipo Derani chegou a bater o carro contra a barreira de pneus.

A Aston Martin venceu na classe GTE-PRO. Darren Turner e Richie Stanaway levaram o #97 ao primeiro lugar do pódio. Foi uma vitória dominante. A equipe chegou a ter os seus dos carros nas primeiras posições.

Nicki Thiim foi o líder no início da prova com o Aston #95. Ele dividiu o Vantage V12 com Marco Sorensen. Faltando duas horas para o fim, acabou se envolvendo em um acidente, termindo na terceira posição.

Chegada apertada na classe GTE-AM com Porsche vencendo e Ferrari na segunda colocação. (Foto: Adernalmedia)

A partir daí o #97 assumiu a liderança, mesmo tendo a Ferrari #51 da AF Corse dos pilotos Gianmaria Bruni e James Calado, diminuindo a diferença. Esta foi a primeira vitória do time inglês desde as 6 horas de SPA de 2015.

Em quarto chegou a outra Ferrari da AF Corse, pilotada por Davide Rigon e Sam Bird. Em quinto o Ford #67. Já o Ford #66 terminou em último na classe, após vários problemas durante a prova.

Na classe GTE-AM, a vitória ficou com o Porsche #88 da Abu Dhabi Proton Racing. Foi a primeira vitória na temporada. Khaled Al Qubaisi, David Heinemeier Hansson e Patrick Long, tiveram uma boa briga com as equipes AF Corse com o #83 que ficou na segunda posição, e o Porsche #78 da KCMG que terminou em terceiro. Em quarto o 911 RSR #86 da Gulf Racing.

O Aston Martin #98 e o Corvette #50, não completaram a prova. A próxima etapa, acontece no circuito de COTA no Texas entre os dias 16 e 17 de setembro.

Audi larga na frente no México

(Foto: Audi Motorsports)

A Audi superou a Porsche e vai largar na frente para as 6 horas do México que ocorrem na tarde deste sábado (03). Loic Duval e Lucas di Grassi marcaram 1:25.069 com o R18 #8. Em segundo lugar o Porsche #2 com o tempo de 1:25.111.

Em terceiro e mostrando um bom desempenho o Audi #7 marcando 1:25.350. O Porsche #1 segue na sequencia com 1:25.400, seguido pelos dois carros da Toyota (#5 e #6).

Na classe LMP2 a Ligier superou o bom momento que os protótipos Oreca estão passando. Com Ricardo Gonzalez e Bruno Senna o #41 da RGR Sport By Morando marcou 1:13.485. Em segundo o Alpine #36 que fez 1:35.819.

O Gibson #42 da Strakka Racing ficou na terceira posição. A sempre competitiva G-Drive vem apenas na quarta posição com o #26. Os demais brasileiros terminaram em posições intermediárias. Bruno Junqueira vai largar na 6º posição com o Gibson da equipe Greaves Motorsports. Pipo Derani em 10º com o Ligier #31 da Extreme Speed Motorsports.

 

 

Aston Martin larga na frente para as 6 horas do México

Pole na classe GTE-PRO e GTE-AM. (Foto: © Gabi Tomescu – AdrenalMedia.com)

A Aston Martin marcou a pole nas classes GTE-PRO e GTE-AM durante o treino classificatório para as 6 horas do México, que serão disputadas na tarde do próximo sábado (03).

Nicki Thiim e Marco Sorensen marcaram 1:40.458 com o Aston #95. Em segundo o também Aston Martin #97 de Darren Turner e Richie Stanaway. A diferença entre ambos é de 0,142 segundos.

Em terceiro a Ferrari #51 da equipe AF Corse de James Calado e Jianmaria Bruni. Na sequencia o Porsche #77 da Dempsey Proton de Richard Lietz e Michael Christensen e a Ferrari #71 da AF Corse.

A equipe Ford não fez um bom treino. Olivier Pla e Stefan Muecke ficaram na sexta posição com o GT #66. Andy Priaulx com o #67 largará na sétima posição.

Pedro Lami e Paul Dalla Lana marcaram 1:42.437 com o Aston Martin #98 na classes GTE-PRO. Em segundo o Porsche #88 da Abu Dhabi Proton. Em terceiro o Porsche da Gulf Racing.

 

Audi faz dobradinha em primeiro treino livre no México

(Foto: Adernalmedia)

A Audi dominou o primeiro treino livre para as 6 horas do México que serão disputadas na tarde deste sábado no circuito Hermanos Rodriguez. André Lotterer marcou 1:26.705 com o Audi #7. Foi seguido pelo R18 #8 com uma diferença de 0,194 segundos.

Os Porsche conquistaram a terceira e quarta posição, seguidos pelo Toyota #5. O #6 ainda está em processo de reconstrução, após o acidente no teste coletivo.

Na classe LMP2, o Oreca 05 #44 da Manor pilotado por Richard Brandley fez o melhor tempo, marcando 1:36.755. Foi seguido pelo Ligier JS P2 #31 da ESM. O #26, Oreca 05 da equipe G-Drive ficou na terceira posição.

O Aston Martin #95 ficou na primeira posição na classe GTE-PRO, enquanto o Porsche #86 da Gulf Racing liderou na GTE-AM.

Tempos da primeira seção de treinos.

Bruno Senna espera corrida difícil durante as 6 horas do México

(Foto: RGR Racing)

As 6 Horas do México, quinta etapa do Campeonato Mundial de Endurance, podem ser a corrida de casa para a RGR Sport, mas nem por isso a tarefa de Bruno Senna e seus companheiros, o local Ricardo Gonzalez e o português Filipe Albuquerque, será mais facilitada. Tanto quanto as demais, a equipe mexicana já percebeu na sessão de treinos coletivos desta quinta-feira que as características do circuito, a altitude e o consumo de pneus serão as principais dificuldades ao longo do fim de semana. A prova está marcada para sábado no Autódromo Hermanos Rodríguez, com início às 15h30 (Brasília) e transmissão exclusiva e na íntegra do Fox Sports.

O trio liderado por Bruno ocupa a segunda colocação na classificação dos pilotos dos protótipos da categoria LMP2 com 71 pontos, contra 112 do norte-americano de origem brasileira Gustavo Menezes, do francês Nicolas Lapierre e do monegasco Stéphane Richelmi. Os 90 minutos de ensaios foram suficientes para gerar uma avaliação inicial da relação de forças. “O carro da G-Drive continua muito bem e leva o favoritismo”, admitiu Bruno, que fechou o primeiro combate entre as equipes com o quarto tempo. “Mas peguei tráfego em minha volta boa. Realisticamente, terminaria em terceiro ou até mesmo em segundo.”

A pista da capital do país, aliás, está estreando no calendário depois de reformada com vistas ao retorno da Fórmula 1. “O traçado é difícil é técnico, com pouca aderência fora da linha ideal. Tem diversas curvas lentas interconectadas. Se você pegar um carro da GTE naquele trecho é capaz de perder até três segundos na volta”, analisou. “O piso escorregadio também deverá cobrar um preço alto quanto ao desgaste dos pneus”, acrescentou.

A altitude da Cidade do México, localizada a pouco mais de 2,2 mil metros acima do nível do mar, é outra variável que alterará radicalmente o desempenho dos carros em relação às etapas anteriores. “A perda de potência é em torno de 130 cavalos, uma enormidade. A pressão aerodinâmica também caiu em cerca de 30%. A compensação é no pico de velocidade, já que o arrasto também diminuiu”, explicou Bruno, que ainda teria duas sessões de treinamento ao longo do dia para trabalhar o acerto do Ligier JS P2-Nissan da RGR Sport.

Amanhã, depois da última sessão de 60 minutos, as quatro categorias – LMP1, GTE Pro e GTE Am completam o grid de 32 carros – voltarão à pista para as tomadas classificatórias, previstas para as 16h40 (Brasília).

Em testes coletivos para as 6 horas do México, Porsche começa na frente

Toyota bate forte. (DailySportscar)

A Porsche começa as 6 horas do México na frente. Na tarde desta quinta (01) foi feito um treino coletivo antes dos trabalhos oficiais. O evento extra é para promover uma adaptação e reconhecimento da pista por parte de equipes e pilotos.

Brendon Hartley marcou 1:27.335. O tempo foi pouco mais de meio segundo mais rápido do que o Audi #8, pilotado por Lucas di Grassi. Em terceiro o Porsche #2.

O destaque negativo da prova foi o acidente sofrido por Stephane Sarrazin a bordo do Toyota #6. O piloto saiu ileso. Na classe LMP2, Alex Brundle liderou os tempos com o Oreca 05 da equipe G-Drive Racing marcando 1:37.379.

A Strakka Racing ficou na segunda colocação com Jonny Kane com 1:37.798. Em terceiro o Ligier #31 da ESM com 1:38.002. Na classe GTE-PRO, Gianmaria Bruni marcou 1:41.589 com a Ferrari #51 da AF Corse. Na GTE-AM, o  Porsche #78 da KCMG liderou o pelotão.

GTE Pro, que vai ser interessante neste fim de semana, vendo as diferenças de desempenho entre o turbo e não-turbo carros em uma altitude elevada tal, viu o nº 51 AF Corse 488 de Gianmaria Bruni definir o melhor momento; de 1: 41,589.

Tempos dos testes coletivos

 

 

 

Altitude será o maior desafio, aponta Lucas di Grassi para as 6 Horas do México

(Foto: Audi Sport)

O Mundial de Endurance da FIA chega à quinta etapa da temporada, de um total de nove, encarando um desafio a mais para pilotos, equipes, e principalmente as máquinas: a altitude da Cidade do México, que recebe a categoria pela primeira vez em sua história. A prova, de seis horas de duração, acontece neste sábado (3) com largada às 15h30 (de Brasília) e transmissão ao vivo do canal Fox Sports 2.

O desafio consiste basicamente na altitude da capital mexicana, situada a 2.250 metros em relação ao nível do mar. Com ar rarefeito, os carros de motor aspirado têm perda de potência; os turbo-alimentados, como o Audi R18 do brasileiro Lucas di Grassi, não sofrem com este efeito, mas sofrem com a refrigeração e também na questão aerodinâmica.

“Nossos técnicos e engenheiros têm trabalhado bastante nesta questão porque o ar é entre 25 e 30% mais ‘fino’”, aponta Lucas, segundo colocado na tabela de classificação da temporada. O brasileiro, que corre ao lado do francês Loïc Duval e do britânico Oliver Jarvis, já tem uma vitória e dois pódios em 2016. “A aerodinâmica e o resfriamento do motor são as áreas mais afetadas pela altitude. Além disso, a corrida vai ser fisicamente mais difícil para os pilotos também, pelo mesmo motivo”, disse.

A máquina da Audi é movida por um motor V6 4.0 biturbo movido a diesel com injeção direta TDI, que coloca tração nas rodas traseiras, ajudado por um sistema elétrico que gera potência para os pneus dianteiros. Os dois componentes, somados, geram cerca de mil cavalos de potência, fazendo os carros alcançarem velocidades superiores aos 340 km/h.

“Na parte aerodinâmica, como o ar é mais fino, ele oferece menor resistência. Por isso, nas retas alcançaremos velocidades superiores aos 300 km/h”, aponta Di Grassi. “Por outro lado, temos de usar uma configuração que gere bastante downforce para a estabilidade em curvas”, explicou.

“Além disso”, continua o piloto de 32 anos, “o motor turbo não irá sofrer com falta de potência como os motores aspirados por dois motivos: o primeiro é que temos o sistema híbrido que também gera potência; o segundo é que o compressor trabalha em um regime de giros mais alto, o que requer melhor refrigeração, por isso os técnicos instalaram adaptações para resolver esta questão”, detalhou.

Esta será a primeira vez de Lucas correndo no traçado de 4,3 quilômetros do Autódromo Hermanos Rodríguez; em março deste ano, o piloto competiu na capital mexicana em etapa da Fórmula E, mas em circuito com configuração distinta.

“Temos um bom conjunto aqui. Esta prova vai ser extremamente desgastante para pilotos e carros, o que faz do FIA WEC um verdadeiro campeonato de resistência. Estamos prontos, e estamos confiantes em um bom resultado para diminuirmos a diferença que nos separa dos líderes”, concluiu Di Grassi, que soma 73 pontos, 36 a menos que o trio da Porsche.

As 6 Horas do México terão transmissão ao vivo na íntegra a partir das 15h30 pelo canal Fox Sports 2.