F1 GP do Canadá–Endurance ou GP?

A FIA bem que tentou, mas no final das contas não conseguiu estragar o sempre surpreendente GP do Canadá. Com a atitude de largar com o carro de segurança sempre que uma chuva um pouco mais forte molha os ricos pilotos, a entidade máxima dá aquele claro sinal de não gosta de emoção. Gostaria de ver se a paranoia fosse aplicada em outras categorias como o rally Dakar ou o mundial da rally. É lamentável. Acho e digo por todos os torcedores que o piloto deve saber bem o que o espera em uma corrida de automóveis principalmente na F1 que é um das mais rápidas. Se a FIA não quer correr riscos, que cancele o campeonato e mande todos os seus pilotos jogar Rfactor ou Iracing aonde ninguém se machuca ou se molha.

Com esse pensamento, Hamilton novamente pensou que estava comandando seu Logitec G27 e começou a se atravessar na frente dos pilotos. Atitude mais do que lamentável. No primeiro toque que teve com Webber, na minha modesta opinião, ele não teve tanta culpa, pois os dois não iriam passar ali. Se freasse mais forte poderia rodar ou acertar literalmente o carro da RBR. No segundo toque com seu companheiro de equipe foi altamente burro. Mesmo com Button mais lento e no lado limpo da pista, Hamilton teria condições de usar a Asa Móvel, Kers e um pouco do seu talento para passar pelo lado mais molhado e conseguir controlar. Ele tinha espaço para isso e, pelo histórico de Button, duvido que fosse tentar algo suicida. Só que estamos falando de Hamilton, o intocável.

Não tinha intenção de comentar suas declarações na corrida passada, em que se dizia injustiçado pelos comissários por ser negro e toda aquela ladainha que conhecemos de pessoas que se fazem ou se acham superiores. Hamilton é um ótimo piloto, não do mesmo nível de Senna ou Schumacher, mas como esses dois ele faz xixi, cocô e até onde sei não flutua como um semideus. Se a FIA quer que a corrida tenha um bom andamento que o suspenda por 1 corrida. Não foi isso que aconteceu com Schumacher em 1994 quando seu carro estava irregular? E olha que naquela época ele não botou em risco ninguém. Penalidades como Stop and Go, Perder 10 segundos na próxima corrida isso para quem tem um dos melhores carros do grid e pela alta competitividade da F1 atualmente é uma piada.

Não desmerecendo Button que fez uma corrida perfeita quem poderia imaginar que um piloto que teve 6 paradas nos boxes seria o vencedor da prova ou na pior da hipóteses chegar em segundo não fosse o erro de Vettel?

Isso que Button também foi ceifado por uma punição injusta por andar rápido enquanto o SC estava na pista. Ridículo já que não o vi forçando uma ultrapassagem ou qualquer coisa do tipo enquanto o belo Mercedes SLS desfilava pela pista. São medidas assim que matam a graça da coisa deixando ótimos pilotos limitados e como medo de ser arrojados. Mas Button que estava determinado foi e venceu a prova e mesmo não ameaçando o reinado do jovem piloto da RBR o deixou com uma pulga atrás da orelha.

Foi engraçado ver o todo poderoso Schumacher em ação nesta corrida. A imprensa “especializada” tratou de ovacionar a boa prova do Alemão. É sabido que ele é um dos melhores pilotos quando o piso está molhado, mas não seria mais condizente com seu histórico ele tirar leite de pedra quando está competindo em pista seca? É lamentável pensar que “Schumy voltou”. Dadas às circunstancias ele fez uma boa corrida sim, mas ainda não achou e duvido que ache o caminho da vitória. Se ele quer mostrar talento que acredito que tenha que use como exemplo os anos de 2000 e 2001, que com um carro inferior lutou de igual para igual com a McLaren de Hakkinen e Coulthard. Aquele Schumacher eu gostaria de ver novamente.

No mais tivemos a ótima corrida costumeira, onde prevaleceu o braço dos melhores. Foi uma pena Massa ter batido, pois poderia ter acabado no pódio, infelizmente o azar que ronda o brasileiro esteve bem presente este ano.

Para terminar o que foi aquela transmissão da globo? Lamentável ter que ouvir Galvão Bueno falar com aquela voz cínica “as 4 vai ter jogo” e dai? Não tem jogo em quase todos os dias da semana? Seriam os únicos jogos do ano? Pensei que nem tudo estava perdido quando entrou o “show” do intervalo, mas era muito mais interessante ver os lindos e civilizados torcedores do que ver a bela corrida. Acredito que deve existir algum contrato entre a emissora e a F1 quando algum tipo de empecilho atrasa o bom andamento da mesma.

Com atitudes assim é que nosso automobilismo não se desenvolve e grande maioria de possíveis compradores desconhece ótimas categorias internacionais como FIAGT ou o Endurance. Com o lançamento do SPORTV3 para o segundo semestre a esperança de que mais campeonatos, mesmo que em forma de VT, possam ser disponibilizados para quem pode ter tv por assinatura ou temos que torcer para Cacá Bueno dar o ar da graça no WTCC para podermos ver algo além de F1 e Stockcar.

Campeonato mundial de endurance… isso pega?

 
Semana passada o mundo do endurance ficou estarrecido com a noticia da criação de um campeonato “mundial” em conjunto com a FIA. A mesma FIA que nos anos 90 acabou com o mundial de marcas para privilegiar a F1. Na época a maioria dos construtores acabou migrando para a categoria do Sr. Eclestone mas com o passar do tempo a chatice que envolveu a F1 com seus jogos de equipe e o domínio da Ferrari no começo dos anos 2000 fez o endurance voltar a crescer.
Tanto ALMS quanto LMS além é claro das 24 horas de Le Mans tem seu crescimento com grids superando fácil 45 carros tudo indicava que a ACO estaria indo pelo caminho certo… mas chegou a FIA.
O mundial da FIAGT ano após ano vem perdendo equipes para a LMS. Tentando não perder mais terreno por meio da SRO empresa que organiza da FIA GT foi criada a Blancpain Eudurance Series. Com provas de 4 horas com carros da classe GT2 e GT3. O campeonato teve um sucesso mediano, mesmo com um grid cheio e com uma grande variedade de marcas que supera fácil as marcas que competem na LMS. Porém o que a FIA e a SRO nunca tiveram foram equipes “oficiais”. Ferrari, Porsche seriam o grande sonho de consumo da FIA que mesmo não estando diretamente ligadas as equipe são consideras equipes de fábrica.
Assim com BMW, Corvette, Toyota em parceria com a Rebellion, Lotus, Spyker que anunciou um novo modelo para 2012, Corvette. Além é claro de Aston Martin, Audi e Peugeot. Mesmo estes dois últimos dominando as corridas é mas interessante ver uma equipe oficial do que pequenas equipes.
Pensando por esse meio a FIA resolveu agir e em conjunto com a ACO criando o World Endurance Championship. Ficou acordado que o campeonato será de responsabilidade da ACO e tem como base o ILMC desde ano com 7 etapas com as provas tendo  uma duração mínima de 6 horas. Sebring, Petit Le Mans e Le Mans continuarão  com 12, 10 e 24 horas respectivamente. As datas serão confirmadas pelo conselho mundial que é realizada em Outubro. As etapas em conjunto com a LMS estão confirmadas.
Estarão em jogo vários títulos como: Campeonato do mundo do Endurance, Campeonato de pilotos, Campeão das copas GTE-PRO e LMP2, e Troféu FIA GTE-AM. Os regulamentos técnicos serão os impostos pela ACO este ano (2011/2013). A organização das 24 horas será exclusivamente feita pela ACO o que garante que a prova terá de fato 24 horas. De fato a ACO será responsável por tudo e eu me pergunto o que a FIA ganha com isso? Mais um campeonato sob sua chancela.
E vou além a FIA sempre teve medo do endurance pois nos anos 90 a quantidade de fabricantes envolvidos era imensamente maior do que os que participavam da F1. A ACO também ganha visibilidade e é esperado uma maior participação nas transmissões de TV pois bem ou mal a ACO só é conhecida por quem realmente acompanha o campeonato.
E as equipes? Terão que gastar mais com os deslocamentos? Poderão permanecer em suas classes? Várias equipes estão receosas mais pelo fato da FIA estar envolvida do que pelo futuro do campeonato. Para os times grandes será mais uma oportunidade para vender seu peixe além é claro de buscar novos patrocínios.
Sou um tanto quanto cético quando o assunto é a FIA mas vamos ter mais detalhes no decorrer do ano, até lá é rezar para a entidade máxima do automobilismo não estragar mais uma vez o endurance.

F1 GP de Mônaco–Quando a FIAsco estraga tudo.

O GP de Mônaco nunca foi meu preferido. É apertado, de difícil ultrapassagem e mesmo tendo a constante presença do fator erro nem sempre coroa o melhor piloto. Basta largar na frente e não cometer erros que você pode vencer.

Neste ano estava curioso para ver como seria a prova. E ela estava indo muito bem com disputas, ultrapassagens batidas…. até que a FIA resolve se meter e estragar a festa.

Não é de hoje que a entidade máxima do nosso automobilismo faz das suas, mas este ano parecia ter acertado e bem ou mal estava indo tudo muito bem . A prova estava gostosa de se ver com ótimas ultrapassagens até que um stike nas últimas voltas revela quanto mal administrada a F1 é.
Até onde eu sei (e olha que acompanho automobilismo a muito mais tempo do que Vettel pilota) quando a  bandeira vermelha é dada os carros param e ponto, não se deve fazer nada nem uma troca de pneus, nem um aperto ou qualquer outra coisa. Caso o carro esteja muito danificado e ponto em risco o bom andamento da corrida esse deve ser consertado e posto no final da fila, posição natural de quem para nos boxes e demora mais do que uma simples troca de pneus por exemplo.

Com a atitude de trocar os pneus de Vettel, Alonso e Button a FIA perdeu uma bela oportunidade de um final de corrida que não se via a séculos com os três primeiros se matando para ver quem chega na frente. Se Vettel ganhasse assim pelo menos iria honrar o bom braço que tem. Se Alonso ou Button tivessem ganho seria a experiência de dois grandes pilotos em cima da sensação do campeonato. Assim ninguém ninguém ganhou nada, Nem Vettel que poderia ter descontado no braço o mal estado dos pneus.

Perdeu Alonso e Button que foram competentes por manter os pneus em bom estado o que poderia ser um diferencial…mas a FIA com o seu bom “senso” costumeiro mato tudo isso e quem mais perdeu fomos nós espectadores.

Tirando esse deslize a prova foi um das melhores dos últimos anos. Nunca se ultrapassou e se errou tanto em Mônaco. Massa, Schumacher e Hamilton foram bons e maus exemplos. Massa fez uma prova muito boa ultrapassando e evitando ser ultrapassado. Schumacher mesmo com um carro com alto consumo de pneus teve uma performance que não se via desde seu retorno a categoria, mesmo que essa “vontade” toda seja ultrapassar por cima de zebras ou achar espaços aonde não cabem dois carros.

Exemplo que foi seguido a risca pelo Dick Vigarista Mirim Hamilton. Todos os acidentes da prova tiveram um dedo seu. Dedo, pneus, aerofólio. É vergonhoso ver um piloto com tanto talento empurrando Massa no grampo ou partindo para cima de Maldonado na relargada após a bandeira vermelha. Ele não precisa disto mas o  despreparo emocional e a vontade de resolver tudo em uma única volta botam em xeque a real capacidade do piloto. Não basta apenas correr o mais rápido possível é preciso conter os instintos primitivos.

A próxima prova que será no dia 12 no circuito do Canadá tem tudo para ser uma das melhores do ano. A pista proporciona isto e a grande reta que antecede a linha de chegada deve ser o ponto de uso da Asa móvel. Isso se a FIA não inventar mais nada para estragar o espetáculo.

F1 GP da Espanha–Deu pro gasto.

Esperei até hoje para escrever sobre a prova da Espanha para ver o que rolava nos bastidores a categoria, e olha me surpreendi.

No domingo mesmo andando por Itajaí e encontrando amigos a opinião de todos foi de que a prova foi boa. Não como as outras aonde a disputa dentro da pista garantiu a emoção, mas boa se comparada às provas monótonas no circuito espanhol de outrora. Faltou ultrapassagem sim, não pelo circuito ser ruim (a organização tem a intenção de mudar algo caso a prova fosse ruim) e sim pela aerodinâmica dos carros. Um exemplo foi na disputa entre Webber e Alonso aonde o piloto da RBR com KERS e Asa conseguiu ser mais rápido durante a grande reta com uma diferença superior a 10 km/h e mesmo assim não conseguia ultrapassar o espanhol.

Se em uma reta como aquela não se consegue ultrapassar por conta da falta de pressão aerodinâmica não sei o que pode ser feito, até sei e a FIA sabe mais fazer o que é bom é um pouco complicado e principalmente demanda vontade.

Assim o melhor carro não precisa ter necessariamente o motor mais potente, pois a pouca resistência ao ar compensa na velocidade final e Vettel pode ir leve e solto para mais uma vitória. Alias Vettel deveria parar com aquela mania besta de jogar seu carro para cima do de Webber todas as vezes em que os dois disputam alguma coisa. A história conta que disputas entre companheiros de equipe nem sempre acabam bem. Webber pelo menos nesta primeira metade do mundial está sendo levado pelo carro ao contrário de leva-lo, ficou um piloto passível sem animo de luta.

Os demais penaram com o alto consumo de pneus que estão fazendo a diferença e fizeram uma bela fila indiana durante a prova. A quantidade de trocas e posteriormente o aumento do número de unidades me faz pensar a onde ficou aquela história de custos das equipes. Será que se os testes fossem liberados e as equipes fizessem carros mais “compatíveis” com os pneus o valor gasto não seria menor? F1 e suas hipocrisias.

Já os brasileiros foram de 8 a 80, Barrichello apenas completou a prova e Massa com problemas no cambio não terminou. Massa que vem enfrentando problemas com seu carro. A verdade é que o brasileiro não se encontrou como foi falado abertamente na pré-temporada. O carro não nasceu bem feito e Alonso tem tirado essa diferença no braço. 

A única equipe com condições de brigar com a RBR foi a McLaren que teria ganho a prova se Hamilton tivesse feito a ultrapassagem em cima de Vettel. Hamilton assim como Button estão conseguindo poupar pneus e ainda assim terminar as provas competitivos.

A disputa teve e foi benéfica para a corrida, mas tudo ficou mascarado nos boxes como nos anos anteriores. A próxima corrida é o GP de Mônaco. Em resumo se a corrida não tivesse os carros que tem, teria sido bem mais empolgando.

A FIA já determinou que o uso da Asa será proibida no túnel e sim na “reta” dos boxes. Resta saber como será o andamento da corrida e o espaço para se usar o tal recurso. Será que Mônaco com todo seu glamour ainda é uma prova válida? É esperar para ver.

24 horas de Le Mans–ACO impõe mais restrições aos modelos a Diesel

O jornalista do canal Speed americano John Dagys por meio do seu twitter revelou pormenores das “restrições” que a ACO vai impor no carros para Le Mans este ano.

Para entender temos que voltar um pouco no tempo. Desde 2006 quando a Audi lançou seu R10 a Diesel todos os carros que venceram as 24 horas ou ALMS ou LMS foram movidos a Diesel. Claro que há exceções porém em um prova normal não teve para ninguém. Com seu menor consumo e maior potencia os carros seja da Audi quanto da Peugeot nunca tiveram um adversário a altura. Nas provas realizadas este ano o único movido a gasolina que ganhou foi o Pescarolo equipado com um V10 Judd. Claro que a equipe teve seus méritos mas só teve a chance de vencer por o único modelo a diesel na competição o 908 da equipe Oreca com problemas na suspensão não teve tempo de reagir.

Esta sempre foi a grande reclamação por parte das outras equipes. Quando a Aston Martin resolveu voltar de forma oficial para o endurance causou espanto por optar por um motor a gasolina já que as outras equipes “oficiais” são movidas a Diesel. Nas provas do ano passado aonde Audi e Peugeot não estavam presentes a luta pela vitória foi intensa e por mais que seja interessante ver os dois fabricantes disputando as primeiras posições se criou uma expectativa de qual equipe teria o primeiro lugar entre os movidos a gasolina.

Esta ”vitória” está com os dias contados, ou pelo menos é o que espera a ACO com mais um pacote de medidas para evitar um domínio tanto da Audi quanto da Peugeot.

O novo pacote da uma ajuda para as equipes não oficias começando pela LMP1 que desde o ano passado recebeu mais equipes por conta da ILMC e é o cartão de visitas da ACO para novos mercados e equipes. Os protótipos movidos a gasolina poderão optar por um restritor maior possibilitando um maior fluxo de ar para os motores e consequentemente mais potencia. Outra opção dada é os carros competirem com 10 kg de lastro a menos o que vai gerar uma maior economia de combustível já que o motor não terá este peso exta para empurrar. Caso a equipe escolha uma das duas opções não pode voltar atrás.

Este ajusta vai beneficiar (pelo menos é o que se espera) das melhores equipes não diesel da classe como Rebellion, Pescarolo e Aston Martin. Entre estas três sem dúvida a Pescarolo leva vantagem pelo V10. Pode se dizer que os AMR da Kronos que é equipado com um V12 porém a equipe foi pega de surpresa e se preparar para uma prova longa é sempre um desafio. Por outro lado a Rebellion com seus V8 e o suporte da Toyota já mostraram tanto em Paul Ricard quanto em SPA que podem chegar lá sim basta os movidos a Diesel quebrarem…
Por outro lado os movidos a Diesel modelos 2011 irão ganhar um restritor maior. Restritor que já foi encolhido no começo do ano mas que se revelou um tiro no escuro já que a potencia e velocidade final dos carros aumentaram em comparação a 2010. O 908 da Oreca vai ter um redução de peso na ordem de 15kg.

Na classe P2 que tem se mostrado bem competitiva pelo menos na LMS as mudanças ocorrem para as equipes com motores BMW montados pela Judd. Estas equipes vão receber um restrior maior se igualando aos carros com motor Honda V6 Bi-turbo. Neste senário equipes com motor Judd como OAK Racing, e com motor Honda como RML e Strakka podem fazer frente as favoritas equipadas com motores Nissan. Mesmo vencendo sua primeira prova em SPA se sairão muito bem nos testes em Le Mans e na primeira corrida em Paul Ricard.

Entre os GTs alterações individuais para tentar quebrar o domínio Ferrari-Porsche. O recém chegado Lotus Evora teve uma redução de peso de 50kg e o aumento de 1,4mm no restritor de combustível. Medida um tanto quanto pelo menos para mim precipitada visto que o carro ainda é uma grande incógnita. Para o Aston Martin Vantage vai poder competir com um assoalho 10mm menor o que ajuda na aerodinâmica. Outro contemplado foi o Ford GT da Robertson Racing que teve o restritor aumentando de 28,1 para 29,3 mm mesma medida que a equipe usa na ALMS.

Se essas medidas vão contar pelo menos na P1 o domínio Audi-Peugeot não sabemos, o que a entidade quer evitar é uma possível debandada de equipes para outras categorias justo agora que com a criação da ILMC em média 9 fabricantes oficias estão investindo na categoria.

F1 GP da Turquia–Erros ganham corridas?

Por definição e pela história do automobilismo o vencedor é aquele que vai do ponto A ao ponto B no menor tempo e de forma mais rápido possível. Foi assim até o começo dos anos 90 aonde a FIA começou a mutilar circuitos e por artifícios nos carros para deixar eles mais lentos. Nivelando os carros o melhor piloto iria se destacar e assim o braço do piloto iria prevalecer sobre o motor.

Funcionou pois alguém sabe o nome de algum piloto que dirigiu o Porsche 917 em Le Mans? Não a grande maioria lembra do carro por ele chegar a 400km/h em uma época em que freio de carro de competição era igual a freio de carro de rua.

Claro que esse tipo de conceito se aplica bem em carros esporte e não em monopostos de F1. Senna tirava leite de pedra quando pilotava carros ruins, Emerson conseguia levar seus adversários ao erro e assim conquistava vitórias. Já Schumacher usava meios não muito amistosos para ganhar corridas e assim a F1 foi evoluindo.

Quando um carro se destaca logo a FIA cria meios para nivelar e deixar a coisa mais interessante. Foi assim com o amortecedor de massa da Renault, o difusor, a suspensão ativa. Este ano o KERS, a asa móvel e o auto consumo de pneus tem deixado a F1 muito gostosa de se ver e até circuitos chatos e sem graça foram palcos de grandes apresentações.

Nessa F1 moderna tudo tem funcionado menos o ganhador das últimas corridas, Vettel com seu carro mágico. Guiou sem erros e não deu chance para os adversários chegarem perto. Os que chegaram levaram junto mais adversários que acabam atrapalhando que tentasse algo. Foi assim com Alonso e Webber que poderiam ter vencido a corrida mas…hoje era o dia Vettel (mais um que se diga).

Mas o que isso tem haver com o título da coluna? Tudo…Vettel errou? A equipe errou? Não, foram altamente competentes e não jogaram por água todo o trabalho que ele teve na pista.

Os outros postulantes a vitória Ferrari e McLaren pisaram feio na bola principalmente com Hamilton e Massa. Foi vergonhoso ver os dois perdendo tempo com coisas que se fazem a séculos.  Nem na época que se tinha reabastecimento se via trocas tão medíocres. Esses erros seriam comuns as equipes novas mas não as principais do grid.

E assim o bonde anda e a RBR conquista mais uma vitória muito em cima das cagadas dos outros. Foi gostoso ver Massa disputando com Hamilton, Button e Rosberg. Foi uma pena pelos erros da equipe pois o brasileiro teria facilmente chego em 4º. Tirando o fato dos erros nos pits me pergunto se esse consumo alto de pneus não estaria prejudicando alguns pilotos.

Certamente quem tem mais braço vai saber poupar e levar o carro até o final da corrida com os pneus inteiros, só que o que adianta tudo isso se a estrutura do carro consome pneus demais? Até que ponto essa dificuldade é benéfica para o esporte?. Isso vamos ver nas próximas corridas.

Por falar em dificuldade como é bom ver Schumacher levando uma surra de todos os pilotos do grid. Acho que as equipes pagam um bônus por piloto para cada ultrapassagem feita. Aonde está todo aquele talento? Em que lugar ficou aquele audácia? Será que ele tem todo esse potencial?

Quando corria sozinho (pois a Ferrari não deixava ele ter adversários dentro da equipe) tudo era mais fácil e bem ou mal os outros adversário o temiam pois sabiam que se fossem disputar alguma coisa ou o alemão jogava eles para fora ou vinha alguma punição por parte da direção de prova. Hoje com uma equipe mesmo que 100% alemã Schumy tem um adversário competente que soube valorizar as melhorias que estavam presentes em seu carro. Esse papo que ele está velho não cola mais. As coisas mudam e hoje Schumacher não é mais Schumacher o que dá um sabor todo especial para as corridas. Poderia ser feito um bolão para ver qual piloto ultrapassa ele mais vezes durante a corrida.

A próxima etapa será o GP da Espanha em Barcelona. Uma prova que sempre foi chata pelo conhecimento de todas as equipes do traçado já que sempre foi um dos circuitos “oficiais” para os testes de pré-temporada. Se esta prova foi emocionante ai sim a F1 honra o nome que tem e olha que isso não está tão longe assim de acontecer.

F1 GP da China–Queimando a língua

Como começar a coluna sobre o GP da China? Em um circuito feito por Hermann Tilke, que é o atual matador da categoria? Como criticar a falta de competitividade dos últimos anos? Será que todo mundo que critica a categoria (e estou me incluindo nesse bolo) estava errado ou terá que rever seus conceitos?

Tanto a etapa da Malásia quanto a da China sem sombra de dúvida estão entre as mais disputadas nos últimos tempos e olha que dá para contar nos dedos as corridas que fizeram o expectador se empolgar. Aos poucos as medidas da FIA estão surtindo efeito. A asa móvel foi de grande valia na grande reta do circuito, bem como o consumo de pneus que levou as equipes a queimar a pestana pensando na melhor estratégia, e é claro o KERS que tem sido decisivo em várias manobras.

Claro que o motorzinho elétrico não vem funcionando nos carros da Red Bull o que para muitos é sinal de crise. Se ele foi determinante para o desempenho de Vettel? Não o carro do alemãozinho estava na “mão” basta ver o tempo que foi obtido na pole. O que melhorou e muito foi o carro da McLaren depois de duras críticas por parte de Hamilton. O vazamento de óleo mostrou uma eficiência dos mecânicos surpreendente e que foi recompensada pelo excelente trabalho do Inglês.
Superação também pode ser a palavra para descrever o desempenho de Massa. O brasileiro não conquistou um pódio e não podemos acusar a Ferrari de erro. Faltou foi um desempenho melhor por parte do carro. Se ele tivesse feito três pitstop’s? Iria acabar mais para traz do que o quinto lugar no qual acabou ficando. Os pneus tanto dele quanto de Vettel não aguentaram o quanto deveriam, como Felipe tem um carro menos acertado foi mais difícil de controlar.

Para o brasileiro foi fundamental ter superado seu amigo Alonso. O espanhol, que em tese é “superior” ao brasileiro, poderia ter tirado um proveito maior do seu talento e conquistado uma melhor posição. Outro “medalhão” que apanhou do companheiro de equipe, e que neste caso não é nada novo, é Schumacher que terminou em 8º e seu companheiro Rosberg conseguiu um ótimo 5º e também sofreu com os pneus.

Já Mark Webber mostrou maturidade e principalmente consistência e saiu de um vergonhoso 18º e acabou em 3º festejando a vitória do piloto da McLaren. Tenho pena de Webber e com o que a Red Bull está fazendo com ele. Claro que é natural na F1 a equipe privilegiar um piloto por ele ser mais novo ou ser o piloto do momento. Pena que nem sempre o que ganho é realmente o melhor ou o mais completo.

Barrichello como de costume reclamando do péssimo carro. Já virou hábito. Toda pré-temporada o brasileiro fala que vai ter uma ótima temporada que os tempos são surpreendentes e chega na hora do “vamos ver” o carro não anda, esta lento e assim por diante. Não está na hora de mudar o discurso? Que o carro tem problemas isso é sabido vide o estreante Pastor Maldonado que acabou em 18º. Nem sempre reclamar para a imprensa vai resultar em uma melhora no carro.
Se fosse para escolher uma dupla entre os 24 pilotos seria Kamui Kobayashi e Sergio Pérez que não tiveram um bom desempenho, mas animavam com suas disputas e trapalhadas. Todas as vezes que Schumacher via o jovem piloto no retrovisor já se arrependia de ter voltado a F1. Koba é o que mais se empolga em ultrapassar o jurássico campeão o que a meu ver é algo muito bom de ver. A próxima etapa é o GP da Turquia, dia 8 de Maio. A melhor pista feita por Tilke de todas as que o mesmo desenhou. Pista que nos dá boas lembranças com as vitórias de Massa e o bate-bate ano passado entre Vettel e Webber. A corrida promete.

ALMS Long Beach–Uma corrida de extremos

Sempre considerei Long Beach a Mônaco do mundo do endurance. É uma pista em um balneário rico, apertada e que não tem nada haver com o campeonato de que faz parte. É apenas um lugar onde os fabricantes tem a oportunidade de vender seu peixe para turistas endinheirados. Mas ao contrário da F1 (pelo menos neste circuito) a emoção aconteceu. Não na categoria principal aonde apenas dois carros competiram, mas na classe que atualmente leva o campeonato nas costas a GT.

Em pouco mais de duas horas de prova, bem distante de um prova de endurance, tivemos uma mostra do que bons pilotos, bons carros e principalmente o que a falta de jogo de equipe pode proporcionar para os fãs da classe. A começar pela LMP1, que com seus dois representantes viu o Lola Aston Martin da Muscle Milk tomar a dianteira e sumir a frente do até combativo Lola Mazda da Dyson Racing, que no final pouco pode fazer. A vitória do AMR vingou seu irmão que ano passado com as cores oficias lutou de igual para igual com o Acura da Highcrfot, mas que a poucas voltas do final pelas mãos de Adrian Fernandes deu a vitória para o modelo nipônico. E foi só Lucas Luhr e Claus Graf fizeram o óbvio e, principalmente, souberam se esquivar dos afoitos carros da GT e venceram uma corrida fácil.

Na LMP2 dos dois carros da Level 5 apenas um completou a prova, a 38 voltas do líder. Foi um belo passeio pela pista já que a equipe teste os carros no dia 24 no circuito de Le Mans. A “aparição” foi apenas para agradar patrocinador e mais nada. Na Europa a classe P2 é muito mais competitiva e a equipe de Scott Tucker vai ter muito trabalho, mesmo com os carros já com a configuração de 2011.

Core mostorsport no pódio depois de chegar em terceiro no geral

Na LMPC o vencedor foi o #06 Gunnar Jeannette e Ricardo Gonzalez que penou para passar o #89 da equipe Intersport, o que aconteceu a poucas voltas do final. A LMPC que está garantida até 2014 poderia ser mais rápida, mesmo este sendo um circuito apertado, por várias vezes foi facilmente ultrapassada pelos carros da GT, o que a meu ver não condiz com a proposta de um protótipo ser mais lento que um GT.

Do erro ao acerto a vitória mostra a força da marca

Porém na GT a coisa foi outra. Fico pensando que a FIA deve odiar a decisão da BMW de tirar suas equipes tanto da F1 quanto do WTCC e se dedicar exclusivamente ao endurance. A vitória do time alemão mostra como o jeito metódico da equipe começou a dar resultados. Mesmo tendo vencido o campeonato de marcas o ano passado mais pelos dois carros enquanto a maioria da equipe possuía apenas um, este ano o carro conseguiu a velocidade que faltava frente à Porsche, que no momento é a única marca que pode fazer frente.

A Corvette que começou na frente teve seu rendimento caindo progressivamente e mesmo com as várias alternâncias de posições acabou em segundo com o #4 pilotado por Oliver Gavin e Jan Magnussen. A corrida foi extremante tensa para a BMW #56 que liderava com Joey Hand e que por conta de um erro do seu companheiro de equipe, Bill Auberlen no BMW #55, acabou dando a liderança mesmo que momentânea para o Corvette e Porsche #45 de Bergmesiter e Long que no início da prova tinha um carro mais rápido. Porém, em um erro dos dois pilotos a liderança volta para a BMW #56 .

GTC fica com a BSR

A luta entre os dois iria culminar com o choque do Porsche no muro por conta da Ferrari #01 de Scott Sharp. Por falar em Ferrari, o terceiro lugar da #62 de Jaime Melo se deve mais pelo bom desempenho do brasileiro do que pelo carro. A Ferrari ainda precisa evoluir muito e o bom resultado se deu pelos erros dos outros pilotos do que pela velocidade do carro.

Os outros brasileiros da Jaguar, Cristiano da Matta e Bruno Junqueira, acabaram em 6º na sua classe e também dependem de um melhor desenvolvimento para lutar por melhores posições e não esperando erros dos outros pilotos para chegar a frente.

As equipes que despontaram nesta segunda etapa sem dúvida são as alemãs BMW e Porsche e em terceiro a Corvette mostrou força no começo e por conta da dificuldade de ultrapassagem ficou com o ótimo segundo lugar. Na GTC a vitória ficou com a equipe Black Swan Racing com os pilotos Tim Pappas e Jeroen Bleekmolen. A próxima etapa será no dia 9 de Julho no apertado circuito de Lime Rock aonde sempre as surpresas sempre acontecem. Mesmo com um número diminuto de protótipos mais uma vez a corrida será dos GT.

O melhor e o pior da prova.
Flying Lizard – Teria ganho a prova se não fosse a lambança de Patrick Long. Neste momento do campeonato é a única que pode superar a BMW

Corvette – A renovação de pilotos deu novo animo a equipe, mas é fato. Desde que mudou da GT1 para a GT2 a equipe ainda não se encontrou. Será curioso ver o desempenho em Le Mans

Falken – A equipe mesmo não sendo uma “oficial” da Porsche não fez feio e mostra que o carro 2011 é promissor.

Rizi Competizione – O terceiro lugar se deve mais ao bom braço de Jaime Melo do que ao carro. Mesmo com tempo para treinar o carro ainda não deslanchou… Será que a equipe ainda tem a F430?

F1 Malásia–Deu pro gasto

Seria muita pretensão minha querer que toda corrida de F1 fosse cheia de emoção, com milhares de ultrapassagens, disputas e muitas batidas. Nos anos 70 e 80 até poderia ser assim, mas hoje, com a qualidade dos nossos circuitos é um pouco improvável que a emoção aflore em todas as corridas.

Mas essa corrida, mesmo sendo em um circuito feito pelo Sr. Tilke, teve sua emoção. Foi superior se comparada à Austrália e a chuva que tanto se almejou não veio e também não fez aquela falta. Então o que deixou a corrida interessante? A Asa móvel? O Kers? Ou os Pneus?

Quem respondeu os redondos acertou. Os pneus estão fazendo a diferença e de uma forma que ninguém esperava. A asa móvel para mim, é algo pelo menos neste primeiro momento desnecessário. Exemplos não faltam para certificar esta minha teoria. A disputa entre Hamilton e Alonso, por exemplo, o espanhol não tinha a tal asa em pleno funcionamento e mesmo assim conseguia pegar o vácuo do jovem Inglês. Poderia ter passado se não tivesse sido a barbeiragem. O que determinou ali a coisa foram os pneus e é claro o talento do espanhol que tem lutado como o carro assim como Massa, que além de lutar com o carro tem que rezar para seus mecânicos realizarem um pit stop descente. Ter problemas com roda foi o fim já que a equipe italiana é reconhecida como a mais eficaz quando o assunto são as paradas nos boxes. Fico imaginando como seria a troca de uma barra de direção, um cambio ou discos de freio como é em Le Mans…

Outro fator é o perigo que a asa pode proporcionar para pilotos menos talentosos. A diferença de velocidade para o carro da frente é tanta que o piloto pode literalmente atropelar ou em casos mais bizarros arrancar um das rodas como foi o caso de Alonso. Sem contar que é o fim ter que usar tal artifício em apenas uma parte do circuito, tirando a graça da coisa. Se a F1 quer se tornar competitiva deve investir em circuitos bons e explorar o erro do piloto como é o caso dos pneus com baixa durabilidade. Nenhum piloto se matou ou bateu por andar com pneus em mau estado e sim teve que mostrar braço para segurar o carro e seus adversários e é assim que descobrimos bons pilotos.

Ahh os pilotos. A corrida derrubou alguns mitos e enalteceu outros. Vettel foi soberano e mereceu a vitória e está aproveitando o bom momento, ao contrário de Webber que não se encontrou com o carro ainda. Mesmo a crítica caindo de pau em cima, este pelo menos por enquanto não é o ano ou o momento dele, assim como não foi de Massa o ano passado que não se acertava com o carro e este ano está se superando. Suas disputas nas duas provas provam que o menino é bom e está em um nível senão igual, pouco abaixo de Alonso, visto que o espanhol, quando percebe que está perdendo, arruma um jeito de trapacear e obtiver vantagem.

Mesmo com a falta de ânimo Webber acabou em 4º a frente de um Nick Heidfeld consistente que levou o carro sem maiores percausos para o fim da corrida sabendo guardar os pneus, mesmo tática que teve Jenson Button que acabou em segundo. Os dois não fizeram uma grande corrida em termos de disputa, mas cumpriram o objetivo terminar no pódio.

Assim como Webber não está se achando com o carro Kamui Kobayashi se encontrou muito bem com sua Sauber, Schumacher que o diga. Foram duas ótimas ultrapassagens no todo poderoso alemão que ainda não se encontrou, e olha que desde a sua volta já se vão mais de 20 grandes prêmios. Pior que isso é ver Rosberg, que ano passado foi superior ao seu companheiro, acabando em 12º. E bem pior é ver a equipe oficial da Mercedes sendo superada com facilidade pela Force India e McLarem que utilizam o propulsor alemão. Não está na hora de alguma coisa ser revista? Onde está todo o diferencial de Schumacher? Ele só aparece quando tem tratamento especial por parte da equipe? A atitude de Kobayashi só demostra isso. Quando o alemão estava na Ferrari os pilotos tinham medo de tentar superar ele. Hoje se tornou um desafio bem mais fácil do que se poderia imaginar. Se o dinheiro que é pago para ele fosse investido no carro com certeza a história seria outra.

A próxima etapa é no circuito de Xangai com sua enorme reta. Se tudo der certo será uma boa corrida mais pelo braço dos pilotos do que pelas qualidades do traçado…

O automobilismo no Brasil pode ser chamado de tal?

Essa semana não se fala em outra coisa no mundo do automobilismo do que a morte do piloto brasileiro Gustavo Soderman. Não sou de acompanhar os campeonatos nacionais, pois acho que tudo não passa de um grande amadorismo onde pessoas ricas e se experiência ficam desfilando com suas máquinas e esquecem de que automobilismo é competição e não uma fila indiana.

Gustavo não estava neste “patamar” era um piloto em sua essência e acabou tendo sua vida abreviada por um conjunto de erros do nosso automobilismo. No começo do ano o Piloto Xandinho negrão voou em um dos nossos autódromos durante os testes da Stock Car em Piracicaba. O acidente se deu pelo fato do piloto ter saído da pista e invés do autódromo ter uma área de escape descente tinha literalmente um barranco. A foto abaixo mostra aonde o carro caiu. Quem não acompanhou o caso pode pensar que o stock caiu de um caminhão de mudança e rolou ribanceira abaixo tamanha é o mato que existe no autódromo ou seria “matodromo”?

Podemos chamar isso de área de escape?

Claro que o mato não é uma característica do circuito paulista. Outro belo exemplo é a pista de tarumã, lá a área de escape existe, mas e a lama e os morros? Nos circuitos “modernos” se usa cascalho para diminuir a velocidade dos carros que saem da pista, hoje este artificio já é ultrapassado em vista de materiais como o cimento e o asfalto mais aderente e que realmente funciona, mas isso custa caro e a organização de qualquer autódromo acha que não vai ter acidente e é mais barato e fácil deixar a lama no lugar. Assim pessoas normais com seus gol, fusca, celtas se arriscam em pistas matadoras assim.

E por falar em carros… Será que o carro que matou Gustavo é realmente seguro? Ouvi vários profissionais do nosso automobilismo e a da CBA dizendo que o carro é homologado, e quem homologa a CBA? E as empresas que constroem esses carros? É feito testes de colisão, de estrutura? Ou será que quem paga mais leva? Um belo exemplo são os carros que competem na Nascar. Lá ao contrário daqui os pilotos competem e não tem medo de bater, tocar e empurrar seus adversários já que essa é uma característica da modalidade. Quando acontece um acidente por mais espetacular e perigoso que possa parecer o piloto sai andando.

Na Europa independente da importância da categoria os autódromos estão sempre com a grama cortada, muro de pneus organizados, enfim em qualquer dia do ano se pode competir ali na mais total segurança. Interlagos só se organiza dois meses antes da F1 nos outros meses o mato toma conta.

Agora querem mutilar mais uma vez o circuito de Interlagos achando que vai resolver o problema. Talvez essa repercussão só tenha acontecido, pois foi no circuito mais importante do país e se fosse nos confins do Brasil? Teria o mesmo reboliço?