As corridas na TV – Será que torcemos todos juntos?

Esta semana tive a péssima noticia de que o SPEED terá seu sinal cancelado nos próximos dias. A informação dada pelo blog do Tazio acaba com o único canal especializado em automobilismo na tv por assinatura brasileira. O mesmo já não se encontra na grade das principais operadoras de TV por assinatura. A última a trocar o sinal pelo da Fox Sports foi a Claro TV.

E o que nós brasileiros que gostamos de automobilismo perdemos com o fim do SPEED? Desde que a Fox anunciou a intenção de por o Fox Sports nas principais operadoras do Brasil ficou o temor de que com o tempo os campeonatos de automobilismo estariam fora da grade. Informação esta negada veementemente pelos diretores do canal alegando que ninguém iria perder. Os fãs de automobilismo teriam suas corridas garantidas e os torcedores de futebol a tão sonhada transmissão da copa libertadores já que a Globosat perdeu o direito de transmitir. Até ai tudo bem já que as corridas ao vivo (NASCAR, ALMS e ROLEX, Porsche GT3 entre outras) são realizadas nos finais de semana e eram transmitidas em VT nos horários vagos na grade durante a semana.

Porém o mesmo blog informa que com o fim dos contratos de exibição dos campeonatos existe a grande possibilidade de não serem renovados, e até a NASCAR estaria com seus dias contados na grade do canal.

Ai eu pergunto… Onde fica a vontade de quem paga (nossa tv por assinatura é uma das mais caras do mundo) nessas horas? Será que a Fox acha que 100% dos assinantes gostam tanto assim de futebol que não vão sentir falta das corridas transmitidas pelo canal. Foi neste mesmo SPEED que em 2009 vi pela primeira vez (e acredito que muitos brasileiros) as 24 horas de Le Mans, antes “exibida” apenas em vídeos do youtube. Também foi no mesmo canal que pude acompanhar as belas disputas da ALMS, LMS e campeonatos nunca antes transmitidos no Brasil como BTTC, Monster Jam e por que não a Speed Race Brasil que é muito mais interessante do que a fila indiana que assistimos na StockCar?

Não são apenas nós torcedores que perdemos, e sim o automobilismo nacional que já não é um dos mais desenvolvidos e infelizmente depende e muito de exposição na mídia. Se formos ver o que cada emissora transmite chegamos a uma conclusão de que perdemos muito. A Globo tem apenas a F1 e Stock Car (Que é transmitida quando não tem algo mais importante para passar). A BAND tem a ótima Fórmula Truck que em matéria de público dá de 10 a 0 em qualquer competição nacional, também transmite a Fórmula Indy com seus belos pegas. O SBT pelo que sei não transmite nenhum tipo de evento automobilístico bem como Record ( caso alguém saiba por favor me informe).

Já na TV por assinatura bom foram os anos em que o SporTV transmitia as etapas da NASCAR, FIAGT, Motorsport GOLD com os campeonatos lendários de F1. Atualmente com três canais transmite ao vivo os treinos da F1, um compacto das corridas, GP2, GP3 e muito raramente alguma etapa do WTCC meses depois da corrida ter sido realizada. Até as mesas redondas comandadas por Reginaldo Leme estão meio perdidas na grade de programação e só entram ao ar quando o canal acha alguma brecha.

No Band Sports podemos conferir o ótimo campeonato Australiano de Turismo, DTM ao vivo e também as corridas de F-Indy que não são transmitidas na Band aberta. Para quem torce o Band Sports poderia muito bem absorver mesmo em vt os campeonatos que muito provavelmente irão sair da grade do SPEED. A ESPN transmite em VT as etapas da ALMS (pelo menos foi assim da metade do no passado para cá) e mesmo assim o assinante tem que adivinhar o dia e hora ja que não existe um dia ou horário fixo.

Ontem (09/04) os três canais SPORTV estavam transmitido reprises de jogos de futebol. Será que o consumidor de automobilismo é tão pobre que não pode assinar uma tv paga? Infelizmente vivemos em um país aonde se nasce “gostando” de futebol, e não falo apenas de corridas, mas para assistirmos eventos de vôlei, basquete ou natação temos que torcer para que não existam jogos de futebol passado no mesmo horário. Como uma pessoa pode se interessar por qualquer outro esporte já que os mesmos aparecem raramente na TV?

Temos outras alternativas como as transmissões nos sites dos campeonatos com NASCAR, e os de endurance. A grande maioria disponibiliza um link para acompanhar a corrida na integra. Basta ter um bom sinal de internet para poder acompanhar. Infelizmente este tipo de transmissão a imagem não é das melhores e dependemos da qualidade do sinal.

Agora a onda é o UFC. Para quem acompanha sabe a muito tempo que este tipo de modalidade está a anos fazendo sucesso em vários países e ocupa espaço em horário nobre nos mais diversos canais. E por que só agora teve este “sucesso” na TV aberta? Sabe-se que a Record iria transmitir as Lutas e para não perder audiência e dinheiro a Globo correu e adquiriu os direitos de transmissão e começou o “telecurso UFC” mostrando origem e tudo o que os torcedores já sabiam mas a grande massa achava que era um esporte violento. Pode até ser mas deu um jeito de mostrar que tudo é super controlado e todos os lutadores são “bonzinhos”. Agora pergunto e se não tivesse brasileiros vencendo o interesse seria o mesmo?

Em termos de brasileiros, Nelsinho Piquet está fazendo boas corridas na NASCAR. Jaime Melo é um dos melhores pilotos de GT que temos assim como Osvaldo Negri é um dos líderes da Rolex, Assim como Augusto Farfus este ano estreia na DTM. Pena que grande parte dos torcedores não vai assistir nenhum dos seus representantes ganhando corridas este ano, pois é bem mais interessante ver futebol e mais futebol. Enquanto isso, torcemos juntos?

Abaixo está uma pequena lista das atrações que estavam sendo transmitidas pela Speed aqui no Brasil. (Dados obtidos no fórum TV Magazine).

– 24h de Le Mans (transmissão de mais da metade da corrida ao vivo)
– 24h de Daytona da Grand-Am Rolex (transmissão de mais da metade da corrida ao vivo)
– 24 de Nürburgring-Nordschleife – traçado de 22km (compacto de 1h)
– 12h de Sebring da ALMS (transmissão de mais de 8 horas da corrida ao vivo)
– Petit Le Mans da ALMS – 1.000km ou 10h (transmissão de mais da metade da corrida ao vivo)
– 6h de Watkins Glen da Grand-Am Rolex (transmissão completa da prova ao vivo)
– American Le Mans Series (ao vivo)
– Grand-Am Rolex Sports Series Car Series (ao vivo)
– Grand-Am Continental Tire Sports Car Challenge
– Porsche GT3 Cup Challenge Brasil (ao vivo)
– Copa Chevrolet Montana (ao vivo)
– DTCC Audi Brasil
– Campeonatos Regionais de Marcas
– F3 Inglesa
– British Rally
– BTCC
– V8 Supercars Australia
– Porsche Supercup
– DTM (VT e eventualmente ao vivo)
– FIA GT1
– FIA GT3
– Blancpain Endurance Series
– Campeonato Brasileiro de Grand Turismo (antiga Itaipava GT Brasil)
– Le Mans Series
– ANDRA Drag Racing
– Mundial de Superbike
– Programa Curva do S
– WTCC
– Mundial de SuperBike
– Motocross Arena

Brasileiro venceu as 24 horas de Daytona sabia?

 
O titulo pode parecer bobinho para quem acompanha automobilismo mais a fundo. Mas hoje conversando com meus colegas de trabalho e amigos nas redes sociais apenas confirmei o que já sabia. Poucos tinham o conhecimento que um brasileiro venceu uma das principais corridas do mundo.

Achei que estava enganado e fui procurar nos grandes portais (que adoram enaltecer quando um brasileiro ganha campeonatos de jogar pedra no rio por exemplo), e o único registro foi no site do Terra. Globo, R7, Folha entre outros sequer noticiou o feito de Osvaldo Negri e Felipe Nasser, sim!! outro brasileiro chegou em terceiro em sua primeira vez na grande pista de Daytona.

O principal assunto do dia foram os testes de Rubens Barrichello com um carro da Indy. Não que isso fosse uma péssima notícia já que Rubens pode e deve ter um bom desempenho nos carros da Indy ou em qualquer outra categoria. Mas Negri com seus 48 anos de vida (Rubinho tem 40) está no auge da sua carreira. Competiu na Nascar e em outras categorias. Trilhou o mesmo caminho de Rubens más acabou migrando para o lado dos GTs.

Isso o faz pior ou melhor que Rubens? Ou qualquer notícia “importante” sobre automobilismo. Não o erro de Negri e não ter feito sucesso na F1 ou quando tivesse perto da aposentadoria chamar a imprensa e avisar que vai competir na StockCar que são as duas (e para a maioria dos editores) as únicas categorias amplamente divulgadas. É triste saber que o público que gosta de automobilismo muitas vezes não tenha acesso a informação. Claro que graças a essa falta de vontade dos grandes meios jornalísticos de buscar novas histórias fizeram surgir milhares de blogs e sites que buscam, esgravatam e garimpam notícias e principalmente a história não só da Rolex mas de tudo que é corrida por esse mundo a fora.

Alguém viu alguma matéria sobre a etapa de mundial de Endurance em Interlagos? WTCC ou FIA GT? Pois é são campeonatos importantes em qualquer lugar do mundo e que trazem dinheiro e investimentos por onde passam, mas aqui no Brasil a única coisa que “vende” é F1 e Stock.
E as etapas da F-truck? Pois é a média de público é infinitamente maior do que qualquer etapa da Stock mas é pouco divulgado, sem contar campeonatos de marcas e pilotos, Copa Spyder bons campeonatos com belas disputas.

Por isso parabéns Osvaldo Negri e Felipe Nasser, continuem dando orgulho para os poucos brasileiros que acompanham suas carreiras graças a péssima cobertura da nossa rica imprensa.

ALMS Petit Le Mans–Sorte, azar e por que não um pouco de Dick Vigarista, misturado com muito amadorismo?

Vitória incontestável mesmo com “empurrão” no Audi

A prova de Road Atlanta desde ano pode ser classificada como uma das melhores dos últimos anos. Se ano passado a briga pela liderança caiu no colo da Peugeot ainda durante o dia este a ano a situação não foi diferente. Mas esse “cair no colo” ainda vai dar muito o que falar. A fechada que o Peugeot #8 deu em cima do Audi #1 foi o ponto triste de uma corrida altamente competitiva. Mesmo com uma penalidade para os dois carros franceses logo no inicio da corrida se pensou que a vitória da Audi estava fadada a ser algo fácil. Mas vendo e revendo as imagens quem culpou o pobre Porsche da TRG pelo toque terá que rever seus conceitos sobre leis de transito e de pista. Era nítida a vantagem do carro Alemão que mesmo com um tráfego intenso conseguia chegar e aproveitar os momentos de indecisão de Sarrazin no volante do carro Francês. Mais uma ou duas voltas Romain Dumas passaria com certa facilidade e ficaria com a primeira posição. Mas não esqueça que estamos falando de uma disputa entre Audi e Peugeot.

Por outro lado em uma disputa limpa seria impossível dizer qual equipe estava me melhor forma já que o tráfego foi determinante para os acontecimentos da corrida. Em todas as outras etapas da ILMC com exceção de Le Mans o modelo Francês foi superior em velocidade e conseguiram resolver o grande problema de durabilidade que sempre foi o calcanhar de Aquiles do time. Em contra partida as duas equipes sofreram com seus sistemas de machas e tanto o #7 pelas mãos de Sebastian Bordais quanto o #2 por McNish acabaram abandonando prematuramente. Mesmo o #2 ter conseguido voltar foi apenas para terminar a corrida sem qualquer chance de luta pelas primeiras posições.

#20 da Dyson Racing se perdendo ainda nas primeiras horas da prova.

O trunfo ficou completo pelo segundo lugar do Peugeot da equipe Oreca que por muitas vezes ocupou a primeira posição no geral e que não demostrou nenhuma combatividade quando disputava algo com os carros de fábrica. O terceiro lugar (primeiros entre os movidos a gasolina) do antigo Aston Martin de fábrica deve fazer os diretores da equipe pensaram duas vezes antes de abandonar o carro. As declarações de Primat durante a prova de que a medida que os modelos a Diesel iam se destruindo a equipe ia subindo de posição. Os outros carros da classe P1 como o #24 da OAK Racing, #12 Rebellion acabaram em quarto e quinto respectivamente mas não fizeram da excepcional durante a corrida. Esperei mais dos campeões da ALMS #16 da Dyson Racing  que até começaram bem mas acabaram em 7º a 31 voltas do líder parando por problemas mecânicos.. O outro carro da equipe # 20 pelas mãos de Steven Kane se envolveu no mais grave acidente da prova logo no começo. Felizmente o piloto nada sofreu.

Sem adversários a vitória fico fácil para o #33 da Level 5

A quantidade de bandeiras amarelas também surpreendeu. Foram 10 intervenções por acidentes muitas vezes grosseiros como escapadas de pista principalmente em voltas após a saída dos boxes. E quase todas foram causadas pelos pilotos amadores da categoria. Mesmo as classes LMPC e GTC sendo as protagonistas dos acidentes chegou a hora da ACO e da IMSA fazer uma melhor seleção dos pilotos que pensam em competir em 2012. É inadmissível em uma categoria que chega a ser paranoica com segurança aceitar pilotos com nenhum preparo e que botam a vida de outros pilotos em risco. A primeira hora da prova foi triste pela quantidade de bandeiras amarelas por erros bobos.

Na LMPC a Mathiasen ficou com a vitória.

Na classe LMP2 a emoção não deu o ar da graça pois foi dominada totalmente pelo Acura da Level 5 que acertou na mosca na escolha do novo carro. A superioridade foi tamanha que o segundo colocado na classe o #22 da OAK Racing chegou a 8 voltas. Em terceiro chegou o Oreca da Signatech a 18 voltas. A classe que deve ser mais presente em 2012 já que construtores como Lola, Oreca e HPD já começaram a comercializar seus modelos com base no teto orçamentário estipulado pela ACO.

Já na classe LMPC a quantidade de rodadas das equipes e a fragilidade dos carros chegou a surpreender quem sempre apostou na classe. Mesmo com as mancadas a competitividade foi mantida até o final com a vitória com a vitória do #52 da Mathiasen Motorsports com Dobson/Richard e Lewis. Em segundo chegou o #89 da Intersport Racing que foi um dos protagonistas do grave acidente durante os treinos de sexta com o Ford GT da Robertson Racing. Felizmente nenhum dos pilotos se feriu gravemente.

#51 da AF Corse conseguiu resistir as investidas da Porsche e faturou na GT-PRO

Na classe GT-PRO a competitividade foi mantida até a última curva com a vitória da Ferrari da AF Corse com Fisichella/Bruni e Kaffer que chegou a poucos milésimos do Porsche #045 da Flying Lizard pelas mãos do competente Jorg Bergmesiter que na ultima volta conseguiu ultrapassar a BMW #55 do trio Auberlen, Werner e Farfus. A classe que foi a que mais teve lideres diferentes durante a prova teve um início dominado pelas BMW que tinha uma boa vantagem até serem traídas pelos pneus dando passagem para os carros Italianos da AF Corse e Extreme Speed que estavam irreconhecíveis na primeira metade da prova. Os brasileiros Jaime Melo e Rafael Mattos nem chegaram a largar pois ainda na volta de ida para o grid saíram da pista danificando seriamente o carro e mesmo levando o mesmo aos boxes não tiveram condições de largar. Uma pena pois a equipe vinha evoluindo prova a prova. Bruno Junqueira com Jaguar novamente fez uma prova complicada fazendo apenas 92 voltas.

Ferrari da Khron Racing fatura na GTE-AM

Porsche da Black Swan é o vencedor entre os LM-GTC

Na classe GTE-AM uma interessante briga entre a Ferrari da Krohn Racing e o Corvette da Larbre Competition que se estendeu durante toda a prova e que no final acabou ficando mesmo com o time da Ferrari Verde. Entre os Porsches da GTC o #54 da Black Swan do trio Pappas e irmãos Bleekemolen. Com o término da ALMS e Petit Le Mans sendo a penúltima prova do ILMC o campeonato de construtores tem a Peugeot com uma boa vantagem sobre a Audi com 182 a 108 e mesmo que os dois carros franceses quebrem em Zhuhai é praticamente impossível o título ir para o lado alemão. Já na classe GTE a Ferrari é líder com 151 pontos, contra 123 da BMW e 105 da Porsche.

Entre as equipes na P1 a Peugeot Sport Total conta com 97 pontos contra 74 da Audi Sport Team Joest. Na LMP2 a Signatech Nissan lidera com 79 contra 57 da Level 5. Na GTE-PRO a AF Corse lidera com 99 pontos, seguida pela BMW com 85. Entre os amadores da GTE-AM a Larbre lidera com 79 contra 50 da Krohn Racing.

Classificação final da prova.

O melhor e o pior da prova.

Equipes da classe LMPC – Foi a classe que mais causou problemas para as outras equipes durante a prova. O #06 foi o campeão de rodadas e escapadas. Cabe a IMSA fazer uma avaliação dos pilotos amadores aponto de impedir acidentes realmente graves.

Equipe Corvette – A equipe oficial ficou em 4º entre os GTs enquanto o #3 não completou a prova por problemas mecânicos. Esperei mais do #4 e mesmo tendo um bom desempenho a alta competitividade foi tanta que ofuscou o bom trabalho da equipe. Que venha 2012.

Equipes com equipamento Ferrari – Mesmo com a ausência da Rizi Competizione o construtor italiana foi bem representado pela AF Corse, Extreme Speed e Krohn Racing. Para 2012 essas equipes prometem muito levando em conta a possível ausência da BMW. É esperar para ver.

Equipe Aston Martin – O carro é de 2009 mas o desempenho foi muito superior ao AMR-ONE que fez sua estreia em Le Mans e foi o maior fiasco. Quando o projeto nasce bem feito seu desempenho permanece por vários anos. Espero ver o carro ano que vem na ativa seja por equipes provadas ou quem sabe pela oficial. 

Audi – A equipe pode não ter conquistado a vitória pela fechada do Peugeot #8, mas não se pode tirar o mérito e o bom desempenho da equipe em todo o final de semana. Mesmo que o time tenha tomado um banho em todo o ILMC a equipe fez o que a Peugeot não consegue a dois anos… Vencer Le Mans.

ALMS Laguna Seca–Vitória da Aston Martin, título para a Dyson Racing com gostinho de F1.

A corrida prometia. Além do belo duelo entre as equipes Muscle Milk e Dyson Racing que se revezavam nas vitórias neste ano a adição da equipe oficial da AMR prometia deixar tudo igual. Dois AMR x dois Lola Mazda. E assim se fez os quatro carros sumiram na frente do pelotão e ficaram se ultrapassando mutuamente. Porem nem tudo são flores e antes da corrida começar o Lola #16 de Chris Dyson, Guy Smith e Jay Cochran tiveram que voltar as pressas para os boxes para pequenos reparos. No início da corrida o carro mantem a ponta mas aos poucos perde velocidade e cede a liderança para o outro carro da equipe que era pilotado por Mumaid Al Masood, Steven Kane e Butch Leitzinger que são outros pilotos desde que ganharam a prova em Baltimore. O outro postulante ao título o Aston da Muscle Milk enfrentou problemas mecânicos ausentes em toda a temporada e que custaram 50 voltas nos boxes perdendo todas as chances de vitória ou de um bom resultado. Acabando em 32º.

HPD da Level 5 mesmo correndo sozinho teve bom desempenho.

Por outro lado o #007 comandando por Adrian Ferandez, Harol Primat e Stefan Mucke nem pareciam os mesmos pilotos que desapontaram em Silverstone não deixaram os carros da Mazda escapar e só ganharam a prova por um erro bobo do terceiro piloto do carro #20 Jay Cochran que a poucas voltas do final depois de uma troca de pneus acabou rodando na tradicional curva do saca rolha deixando o caminho livre para a vitória do AMR oficial. Mas ai entra o famigerado jogo de equipe que sempre foi criticado por qualquer torcedor sério do automobilismo mas que aqui foi feito nas últimas consequências o que não é de todo mal quando se tem um título em jogo faltando poucas voltas para o final. Assim a equipe chamou o #16 para os boxes deixando o caminho livre para Jay se recuperar e “vencer” já que o o #007 não estava competindo por pontos. E assim a equipe Dyson Racing que por vários anos foi uma equipe secundária e que depois de um forte investimento da Mazda ganhou de forma convincente vencendo um carro (AMR da Muscle) dito mais rápido. A Mazda acertou em privilegiar a ALMS a Rolex em seus futuros investimentos em automobilismo. E mesmo tendo feito este jogo de equipe acertou em decidir o campeonato agora e não em Petit Le Mans aonde as coisas serão bem mais complicadas com mais equipes na LMP1 competindo.

Genoa Racing fatura a vitória na LMPC
Na classe LMP2 a equipe Level 5 fez uma boa estreia com seu HPD terminando em 4º na geral e mesmo correndo na classe sozinha usou a prova como um ótimo laboratório para Road Atlanta. Entre os Orecas da LMPC a disputa como de costume foi intensa em vários turnos da corrida culminando com a vitória do #63 da Genoa Racing com Elton Julian, Michael Guasch e Eric Lux sobre o #6 da Core Autosport.

P
orsche mostrou força e venceu entre os GTE-PRO
Entre os carros da classe GTE-PRO um duelo dos bons entre a Ferrari da Rizi Competizione e o Porsche da Flying Lizard que se estranharam por várias vezes durante a prova chegando a receber um pito por parte da direção de prova. O melhor momento foi na descida do saca rolha aonde os dois carros ficaram literalmente se batendo até a reta dos boxes. Jaime Melo em dupla com Toni Vilander teriam ganho a prova mas para poupar combustível na última volta acabaram superados pelo Porsche da dupla Bergmeister e Long além do BMW de Dirk Muller e Joey Hand. Mesmo terminando em terceiro a Rizi Competizione foi desclassificada sendo adicionado ao seu tempo 90 segundos por conta dos toques e fechadas que deu no Porsche #45. Assim terminou em 6º na sua classe. Novamente não foi um bom final de semana para a equipe Jaguar. Bruno Junqueira com o carro #99 deu apenas 186 voltas enquanto o #98 deu apenas 5. Mesmo com a vitória da Porsche o título da classe ficou nas mãos da BMW com os trunfos de pilotos para Muller e Hand e obviamente de construtores para a marca alemã. Vale destacar também o ótimo desempenho do Porsche #911 o famoso Porsche híbrido que correu apenas para testes e pelo número diminuto de paradas nos boxes acabou a frente de todos os carros GTs. Não encontrou problemas e fez apenas paradas de rotina.

TRG ficou com a vitória na GTC

Já na classe GTC a vitória ficou com o Porsche #23 da equipe TRG com os pilotos Duncan Ende, Spencer Pumpelly e Peter Ludwing. nesta classe a decisão do título ficou mesmo para Petit Le Mans. E o que esperar da última prova do campeonato? Além da disputa entre Peugeot e Audi a briga na classe GT-PRO e LM2 deve ser intensa.  
O melhor e pior da prova.
Risi Competizione – Poderia terg anho a corrida. Mesmo com os problemas de combustível e a afobação de Jaime Melo mostrou que o a equipe voltou as primeiras posições e fez uma ótima batalha com o Posche #45 da Flying Lizard.

Porsche 911 Híbrido – Poderia parecer obvio o #911 chegar na frente dos carros “normais” já que fez menos paradas nos boxes. Mas não é apenas isso. A Porsche resolveu os problemas de confiabilidade e quando o carro for homologado poderá fazer o mesmo estrago que o Diesel fez entre os protótipos. É esperar para ver. 
BMW – Vencer um campeonato como o da ALMS com pouco mais de 3 anos de idade que é o tempo da BMW na categoria não é para qualquer um. Mesmo que a equipe não continua no endurance ano que vem provou que bom planejamento e dedicação são recompensados com vitórias.

Dyson Racing – Mereceu o título mesmo com o jogo de equipe nas últimas voltas da prova. Mesmo tendo apenas 1 adversário durante toda a temporada mostrou um desenvolvimento incrível se comparado ao ano passado. Mereceu o título. 

F1 Monza–Quando a reta deu o show.

Fazia tempo que não dedicava algumas linhas para a F1. Mesmo este ano o campeonato estando mais competitivo do que os últimos, está anos luz de ser algo disputado e emocionante. Não digo isso pelo fato de Vettel ter ganhado quase todas as corridas disputadas, mas sim pelos artifícios que a FIA tem se valido para deixar a coisa mais emocionante.

Os pneus com desgaste maior realmente funcionaram assim com a Asa Móvel recurso que maquiou carros com fraco desempenho e ajudaram ainda mais nitidamente os superiores. Claro que para as grandes equipes e para quem realmente gosta de F1 seria mais inteligente deixar livre o desenvolvimento de motores. Recurso que não iria agradar as pequenas e médias equipes. Mas em todas as pistas o recurso da Asa móvel foi eficaz? Em todas tivemos milhares de ultrapassagens? Não em várias provas principalmente em circuitos “modernos” a asa não foi eficaz e por muitas vezes vimos à bela fila indiana.

Até que chegamos a Monza. Que junto a SPA e Le Mans são os últimos refúgios para carros e pilotos que não tem medo de buscar os limites. E o que vimos foi a melhor corrida do ano. Em todas as posições e não nas primeiras se viu grandes duelos, belas ultrapassagens e velocidades dignas de um carro de F1.

Mesmo o incidente da largada que foi em uma velocidade considerada resultou apenas em danos materiais. Depois da saída do carro de segurança vimos um belo espetáculo. Não enalteço a vitória de Vettel já que ele se valeu do ótimo carro e mesmo com a ótima ultrapassagem em cima de Alonso a primeira posição foi questão de tempo. Passou e foi embora, o que me lembra das boas corridas de Damon Hill nos áureos tempos da Willians em 1997. Depois da primeira volta ele passava os possíveis adversários e sumia na frente sem erros apenas se preocupando com adversários e com os vários retardatários.

Porém atrás de Vettel o pau comeu solto. A ultrapassagem de Alonso na largada lembrou outro piloto que corria com a faca nos dentes. Gilles Villeneuve. Assim como Alonso, Hamilton, Button o verdadeiro nome da prova sem sombra de dúvida foi Shumacher. Sempre desci o sarrafo nele pela sua volta e por seus desempenhos pífios nos últimos dois anos. Em Monza Schummy mostrou que ainda tem gana de vencer e fez uma das melhores corridas se não a melhor desde que voltou a categoria. A aula que ele deu em Hamilton por várias voltas foi histórica. Esperava a cada volta que o jovem inglês acabasse perdendo a paciência e desse um toque no alemão. Mas como bom senso não é algo que esteja em primeiro lugar no dicionário de Hamilton teve que chorar suas pitangas para a equipe dizendo que Schumacher estava sendo mal com ele não dando espaço.

Espaço que Button em uma volta conseguiu achar e passar Schumacher. Claro que o bom desempenho se deve e muito pelo ótimo motor Mercedes, mas nenhum carro ali se guiava sozinho. Mas aonde quero chegar é que quando a pista proporciona a F1 da espetáculo. Não é preciso circuitos que mais parecem palácios, ou pistas com desenhos mirabolantes. Pista para qualquer categoria tem que ter reta, e não reta “curva” com em Mônaco ou com extensões que não se pode engatar a segunda marcha. Já imaginou Monza com chicanes além das que já existem? E olha que as atuais foram postas ainda nos anos 60 e desde lá as únicas alterações feitas foram logo após a largada aonde a chicane mudou de lado por várias verses e mesmo assim o circuito é rápido.

Mesma coisa que se aplica a SPA que longas retas, subidas e descidas deixando o piloto livre para criar e achar o melhor ponto de ultrapassagem. Os rumores de que a pista de Paul Ricard voltaria ao calendário da F1 nos próximos anos nos faz sonhar. Já pensou o uso da asa móvel na reta mistral? O piloto poderia passar ainda cuidar para o ultrapassado não pegar o vácuo e recuperar a posição. Ou Magny Cours aonde existe espaço para fazer uma manobra a 300 km/H é possível com a maior segurança? Ou a FIA acha que os carros e pilotos não tem capacidade técnica para andar nestas velocidades? Existem vários circuitos modernos que são rápidos e podem receber uma prova de F1. Cito dois bons exemplos. Algarve em Portugal e Motorland Aragón na Espanha.
O futuro da F1 não depende apenas de carros que faltam voar e que funcionam mais por computador do que pelo talento do piloto. A F1 precisa é de pistas descentes e olha que não é preciso torrar milhões de dólares em vão como nos circuitos Árabes.

F1 Silverstone–Quanto o braço faz a diferença

O GP da Inglaterra foi um bom exemplo de como andam as coisas ultimamente na F1. Há quem goste de tanta tecnologia aonde os carros só não andam sozinhos pois precisam de alguém para virar o volante, e tem aqueles que gostam do piloto fazendo a diferença. Como dizem na gíria automobilista piloto bom tem “braço”. As imagens de Alonso dominando um F1 dos anos 50 deixa bem claro isso. O jovem espanhol tento que segurar o carro a todo segundo sob risco de escapar e bater o lindo exemplar. Isso que ele estava a uma velocidade baixa. Agora vamos voltar na época e Fangio, Farina, Moss. Queria ver ele ou qualquer piloto de hoje segurar.

E foi esse braço que diferencia pilotos de pilotos. A pilotagem de Vettel pode ser resumida entre antes e depois da sua parada de box quando Alonso o superou. Esperei um Vettel louco para recuperar a posição andando no limite e explorando todo o potencial que o carro tem. Mas o que se viu foi um alemãozinho totalmente entregue. Muitos podem dizer que a grande vantagem que ele tem sobre os outros pilotos lhe da o luxo de tirar um pouco o pé e levar o carro até o fim. Será mesmo? Ou será que Vettel desaprendeu a pilotar?

Este “estilo” me lembra outros dois pilotos que foram campeões do mundo mais pelo belo carro do que por qualidades próprias. Damon Hill e Mika Hakkinen. O primeiro teve o triste fardo de levar a equipe nas costas quando Senna morreu em 1994. Quase foi campeão no mesmo ano mais pela ajuda da FIA por punir Schumacher até pelo ar que ele respirava do que por talento. Conseguiu o trunfo em 1996 pelo ótimo carro que a Williams lhe entregou. Damon não gostava de embates com seus adversários. Se ele fazia a pole e conseguir manter a posição na largada era impossível alcança-lo. Foi assim em quase todas as corridas exceto na chuva aonde era facilmente superado por outros pilotos. Mesma característica tinha Hakkinen com seu bi-campeonato em 98 e 99. Voava quando não era incomodado mas se tinha que lutar por posições o calo era mais embaixo.

Assim notei Vettel na Inglaterra. Tinha carro e tem um ótimo talento para buscar a vitória mesmo com a Ferrari tendo um desempenho superior aos outros GPs ainda não alcançou a RBR. Mas um trunfo que a equipe italiana tem é Alonso dai…

Webber que nos últimos grandes prémios estava apagado mostrou um ligeiro serviço nas voltas finais pressionando seu companheiro de equipe. A ordem por parte da Red Bull de proibir uma disputa nas últimas voltas nos privou de uma possível acidente ou quem sabe ver pedaços dos carros voando. Fez o mesmo que a Ferrari em seus ridículos jogos de equipe agora não podem mais criticar a Ferrari.

Massa também teve uma ligeira melhora mas ainda longe de Alonso. A reza dos brasileiros por melhores pits-stops parece que deu resultado. É a primeira vez que tudo o correu bem com o brasileiro em suas paradas. Na pista não conseguiu compensar a instabilidade do carro acabando em 5º depois de uma bela disputa com Hamilton. Se o Inglês foi desleal ou não isso cabe a direção de prova julgar. No meu ponto de vista os dois estavam errados e pareciam mais carrinhos de choque. Como sempre sobrou para o brasileiro. A tristeza do final de semana se deu pelo azar de Button com sua roda solta no carro. Se não fosse o incidente Button teria conseguido um segundo lugar. A próxima prova será no circuito de Nurburgring com sua pista estreita para os padrões da F1 atualmente. A corrida promete.

ALMS Lime Rock–Dyson Racing vence com uma boa dose de sorte.


Deveria existir uma lei. Toda categoria devia ter pelo menos uma rodada no pequeno circuito de Lime Rock. Nos últimos anos qualquer tipo de campeonato encontra neste estreito traçado a emoção que grandes pistas não oferecem (F1 que o diga). Mesmo com um número reduzido de protótipos tendo apenas três na LMP1 e acorrida não ser tão emocionante a equipe Dyson tinha 66% de chances de vencer e soube aproveitar esta chance mesmo não tendo o melhor carro. Mesmo marcando a pole e começando a prova na liderança nitidamente o Aston Martin da Muscle Milk era rápido, mas a quantidade de carros atrapalhando e principalmente o bom braço de Chris Dyson e G. Smith evitando as investidas da equipe o leite.

Mesmo com a ajuda do trafego os últimos resultados da Dyson Racing mostram mesmo com um grid reduzido de protótipos que a equipe e a Mazda estão acertando em dedicar mais investimentos na ALMS do que na Rolex. Já na classe GT a briga foi acirrada do começo ao fim mesmo com um acidente logo no começo envolvendo a BMW #55 e um desastre total a equipe Corvette que acabou tendo os dois carros danificados além de uma das Ferrari da equipe Extreme Speed. Ver os quatro carros sendo concertados em um curto espaço de tempo da um inveja já que para nós “mortais” uma simples troca de disco de freio leva um dia. Muito provavelmente este é o último ano da BMW com apoio oficial na categoria já que em 2012 todo o dinheiro e estrutura será investido na DTM. Se não e ainda com a criação do novo campeonato mundial de endurance seria uma pena o time alemão lagar o osso logo agora.

#63 venceu entre os FLM

Ao contrário da LMS aonde a Porsche não encontrou seu rumo ainda em solo americano a coisa é outra. O tráfego ajudou a BMW mas a Porsche não só da FlyingLizard como o da Team Falken estavam muito próximos e por diversas vezes ameaçaram o primeiro colocado conquistando o segundo e terceiro. Outro bom resultado foi o Ford GT da equipe Robertson Racing com um quarto lugar. A decepção ficou pelo fraco desempenho da equipe Rizzi do nosso brasileiro Jaime Melo. A Ferrari #62 chegou a ficar entre os ponteiros mas perdeu rendimento e acabou desistindo. Aquela desculpa de que a Ferrari é um projeto novo ainda em desenvolvimento é conversa furada. Basta ver as equipes equipadas com o bólido na LMS. Outra decepção foi a equipe Jaguar o #99 dos brasileiros Cristiano da Matta e Bruno Junqueira chegou a 38 voltas do primeiro colocado enquanto o #98 não completou a prova.

BMW #56 vence na GT e Porsche #68 da equipe TRG na GTC

Fazendo uma comparação com as equipes da Europa a ALMS parece não ter saído daquela crise que se arrasta desde 2009 com poucas equipes e orçamento limitado. As únicas classes que tem mostrado um crescimento são as duas monomarcas. Na classe LMPC o #63 da Genoa Racing conquistou a vitória chegando a pouco mais de 2 segundos para o carro da equipe Core Autosport. Já na GTC a vitória ficou com o #68 da equipe TRG. A próxima etapa será daqui a 2 semanas no circuito de Mosport no Canadá. Com suas longas retas o Aston Martin da Milk deve levar uma grande vantagem.

Equipe Robertson Racing – Sem dúvida o melhor ano da equipe. Passou de apenas mais um nos últimos anos para uma das favoritas a vitória. O que falta é profissionalizar seus pilotos. O #04 dos pilotos Anthony Lazzaro e David Murry prova que a equipe está no caminho certo

Equipe Falken – Outro bom exemplo de como a coisa anda quando se investe. Presente a vários anos na categoria primeiro com Ford e nos últimos anos com Porsche a equipe dos pneus nesta temporada tem andado junto com a Flying Lizard.

Corvette Racing – Melhor exemplo de dedicação e estrutura não há. A imagem dos dois carros voltando para os boxes batidos e desalinhados iria desanimar o mecânico mais experiente. A equipe já pronta arrumou tudo em tempo recorde. Mesmo voltando nas últimas posições não desistiram.

Equipe Rizzi – Triste o desempenho de uma das melhores equipes do ALMS. O bom trabalho de Jaime Mello não conseguiu levar o carro até o final da corrida. Isso que ela tinha “apenas” 2:45 de duração. E quando virem Petit Le Mans ou um traçado mais rápido do que Lime Rock? A desculpa de que o carro está em desenvolvimento não cola, já que os duas Ferrari da Extreme completaram a prova sem quebrar.

LMS/ILMC 6 horas de Imola–Peugeot ganha e cala a Audi?


A Peugeot se vingou da Audi ao vencer a etapa do ILMC em Imola? Não sei. Claro que vencer uma corrida principalmente uma prova de longa duração é sempre motivo de festa para pilotos e principalmente mecânicos. Mas a forma como a Audi venceu Le Mans este ano vai demorar muito tempo para ser engolido pela equipe francesa.

É sabido que a Peugeot é superior a Audi em provas “pequenas”. Foi assim ano passando quando em todas as provas curtas os franceses ganharam. Este ano a “tradição” estava para ser quebrada em SPA se não fosse pelos erros e toques a Audi teria ganho a corrida facilmente. Em Le Mans o time Alemão foi superior  mesmo com um só carro. E em Imola? A tendência natural das coisas indicaria que a Audi daria um banho na Peugeot mas fatores não deixaram. A surpresa maior foi que durante toda a semana a Audi se gabou por dizer que o novo kit aerodinâmico era infinitamente superior ao usado em Le Mans. Talvez esqueceram de dizer que as longas retas de Sarthe não existem em Imola pela imensidão de chicanes.

Sorte sorriu novamente para a equipe Greaves na LMP2

O primeiro. Os dois carros das 4 argolas são modelos 0KM e mesmo que nasceram bem resolvidos não estavam “amaciados” o suficiente para fazer frente aos modelos franceses. E mesmo com a qualidade inegável dos 4 pilotos eles também não podem fazer mágica. Em segundo a pista. Mesmo ela sendo nova e a grande maioria dos pilotos já tendo competido ali em diversas categorias algumas equipes conseguem assimilar melhor a coisa e outras não. E terceiro a vontade da Peugeot de vencer. Essa “vontade” ficou muito estampada desde os treinos e mais evidente durante a corrida. Mesmo com o #7 tendo um pneu furado os pilotos Sébástian Bordais e Anthony Davidson não tiveram conhecimento dos concorrentes e venceram de forma convincente. O ritmo imposto em nenhum momento foi páreo para os carros alemães. Talvez a maior surpresa ficou pela falta de ação de McNish e Tom Kristensen que acabaram na mesma posição que largaram na 4º posição. Tanto o #1 quanto o #2 acabaram a 1 volta do líder. O quarto motivo sem duvida foi o consumo da Peugeot nitidamente superior ao da Audi algo que não foi possível em Le Mans. O que esperar para Silverstone? Se a tradição foi mantida a Peugeot volta a vencer, mas com suas longas retas… quem sabe. O quinto motivo para muitos supersticiosos foi o fato de Wolfgang Ullrich diretor da Audi não estar no autódromo já que hoje estava acontecendo a etapa da DTM em Norisring bem ou mal sua decisões pesam.

Dobradinha da AF Corse na GTE-PRO

Entre os carros normais movidos a gasolina a dobradinha da Rebellion em 5º e 6º mostra que a equipe está consolidando a posição na P1,2. Esse título até então estava seguro nas mãos da equipe Pescarolo mas com problemas nos freios acabaram em 7º sem qualquer chance de luta. Outra decepção foi pelo hibrido da equipe Mik Corse que não chegou a completar a prova com problemas no motor. Outra equipe que também não se deu bem em terras italianas foi o #15 da OAK Racing que acabou  na 40º posição por problemas elétricos.

Na P2 os prognósticos também não foram cumpridos. A vitória do #41 o Zytek Nissan da Greaves motorsport mostram que a equipe teve uma boa dose de sorte e que o mérito também se deve ao ótimo motor Nissan. Esta é a terceira vitória na temporada. O líder o Oreca da TDS Racing enfrentou problemas e o azarão Lola B11/40 da Level 5 que mostraram uma ótima evolução desde que trocaram o protótipo Coupe pelo Spyder chegaram a liderar a prova mas com apenas a 4º marcha não puderam fazer frente. Em segundo ficou o Signatech Nissan em terceiro o Level 5. O brasileiro Tomas Erdos e seu Acura acabarem em 36º no geral e em 10º na classe. A equipe ainda não se encontrou com o novo carro e deve estar se perguntando se realmente vale a pena vender seu antigo Lola Coupe.

Porsche fatura na GTE-AM

Entre os carros da GTE-PRO vitória do brasileiro Jaime Melo e ToniVilander. Esta foi a primeira vitória do brasileiro em 2011 e só foi possível pelo menor consumo em comparação as 2 BMW que acabaram em 3º sendo esta a de #55 do também brasileiro Augusto Farfus que além do alto consumo foi penalizado com um stop and go em uma das paradas pela quantidade de mecânicos maior do que o permitido, e a de #56 enfrentou problemas no câmbio e ar condicionado. A festa da Ferrari foi completa pelo segundo lugar da Ferrari #51 de Fisichella e Bianmaria Bruni. O melhor Porsche da Ferbermayr Proton ficou em 4º a 2 voltas do líder da classe. A decepção da classe ficou pelos dois abandonos dos Lotus da Jetalliance.

#99 da JMB Racing lidera na FLM

Já na classe GTE-AM a Porsche lava alma vencendo com a equipe IMSA Performance Matmut  seguido pelo Porsche da Proton competition e o Corvette da Larbre Competition.

Já na classe FLM a JMB Racing levou a vitória, seguido pela Pegasus e Hope Racing. Como falei ali em cima a próxima etapa será em Silverstone entre os dia 9 a 11 de Setembro. 

O melhor e o pior da prova. (clique nas fotos para ampliar).

Audi – De Caça a caçadora em menos de 1 mês. Se esperou muito do time alemão mas que estava irreconhecível em Imola. Culpa de quem ou a Peugeot evoluiu mais? O novo kit aerodinamico não surtiu efeito e o consumo sua principal arma contra o time Francês desta vez foi pior. Que a reação venha em Silverstone.

Porsche – Este não é o ano do time Alemão. Em nenhum momento fizeram frente a Ferrari e BMW. A vitória na GTE-AM se deu mais pelo conhecimento do circuito do que por um desempenho satisfatório. A Larbre estava a espreita.

HPD das equipes Strakka e RML – As equipes estão penando com o modelo do fabricante Japonês. Segundo as equipes o problema está na falta de suporte devido aos problemas do tsunami do começo do ano. Até a coisa se revolver a a Honda voltar aos seus melhores dias vamos ver as 2 equipes nas últimas posições ou com problemas sérios.

Rebellion Racing – A estrutura da equipe e o apoio da Toyota começa a render frutos. A equipe hoje é a melhor dos protótipos movidos a gasolina. Posto este que já foi da Pescarolo mas que por problemas tanto em Le Mans quanto em Imola deixam o caminho livre para o time suíço. Se tudo estiver bem com a Pescarolo será uma boa corrida em Silverstone com suas grandes retas. 
O circuito de Imola – As reformas impostas no circuito na entrada da reta dos boxes deixaram uma boa opção para a ultrapassagem no final da reta. Em temos de circuitos sendo mutilados para deixar a coisa mais lenta é bom ver que nem todos os dirigentes pensam como os homens da FIA. Espero que ano que vem a coisa não mude.

F1 Valência–Sem sal?

Sal só no saleiro por que a corrida…

Esta semana demorei para comentar a prova de Valencia pelo fato do endurance com as noticias da Porsche e a prova de Imola dominarem o blog. Mas quem acompanhou a prova teve a nítida intenção de que já viu aquela corrida monótona em outros carnavais.

Corridas na Espanha são sempre chatas. Mesmo com a torcida enlouquecida em ver Alonso chegando perto de Vettel e com a promessa de milhares de ultrapassagens já que a organização liberou dois pontos para uso da Asa móvel o que se viu foi mais um passeio de Vettel. Só que este passeio em determinados momentos parecia mais uma fuga. Alonso chegou perto e não pelos méritos da Asa e sim pelo bom desempenho da Ferrari. Mesmo com a diferença na casa de 1 segundo a asa não se mostrou eficaz. As ultrapassagens só aconteciam com a diferença na casa de 400 milésimos o que o bom e velho vácuo faz sem a necessidade de apertar botões. Culpa do circuito? Talvez. Mesmo com as grandes retas as sequencias de esses antes da linha reta dificultavam a pressão aerodinâmica do carro que vinha atrás e o que se viu foram poucas ultrapassagens.

E a FIA errou novamente por limar o desempenho da RBR com aquela proibição da mudança de mapeamento dos motores. Se tivesse adiantado Vettel não teria ganhado da forma convincente e sem erros até marcando a melhor volta com pneus mais do que desgastados. No mais os pilotos da McLarem fizeram uma corrida discreta. Hamilton se limitou a terminar a prova com medo de mais problemas como tem ocorrido nas últimas provas e Button com problemas no Kers acabou em 6º. Massa terminou em 5º muito por conta dos problemas nas trocas de pneus, e infelizmente temos que admitir… Massa não está bem na equipe e não tem mostrado a fibra de antes.

A coisa boa é que todos os carros terminaram a prova algo não tão comum em tempo de pilotos afoitos por resultados e podemos dizer que esta é a única boa nova do final de semana passado

Mundial do endurance–Equipes japonesas querem uma fatia.


Não é de hoje que a participação dos fabricantes japoneses é aguardada em Le Mans. Com o anúncio do “mundial” de endurance ano que vem a expectativa de que vários fabricantes entrariam de forma oficial no campeonato.Logo após o termino das 24 horas de Le Mans desde ano duas delas já mostraram interesse. Toyota e Nissan anunciam planos para voltar a competições.

A Toyota que fornece motores atualmente para a equipe Rebellion que tem se mostrado confiável a ponto de terminar em primeiro entre os modelos a gasolina em Sarthe. Segundo a edição semanal da AutoSport o fabricante já estaria desenvolvendo um novo protótipo para a classe LMP1 além de um novo motor totalmente diferente do RV8KLM que equipa o time suíço. Outras especulações apontam para um motor 2.0 litros híbrido similar ao que equipava o Oreca 03 da equipe Hope Racing. A matéria ainda aponta que a construção está a cargo de uma parceria com a Dome. O projeto que vem sendo desenvolvido desde que o fabricante saiu da F1 teria sua dada de estreia em 2012 independente do lançamento ou não do mundial de endurance. Ainda segundo a matéria o cronograma pode sofrer atrasos por conta dos problemas do tsunami que assolam o Japão e influenciaram inclusive a Honda no fornecimento de peças para as equipes que competem com o modelo Acura.

Outra ótima notícia é a Mazda estaria de malas prontas para o futuro campeonato. Atualmente disputa a Grand-Am com o modelo RX-8 aonde foi campeão ano passado e fornecendo motores para a equipe Dyson Racing na ALMS. O “despertar” se deu durante as 24 horas de Le Mans quando o piloto e ator Patrick Dempsey pilotou o lendário 787b 20 anos depois da vitória única em Sarthe. O que é certo é a saída da equipe da Rolex e um caminho natural pelo menos neste primeiro momento seria competir na ALMS. As dúvidas que pairam é se o fabricante vai continuar com sua parceria com a AER? Estariam também na classe GT? Ou seria desenvolvido um novo motor?

Muitas perguntas poucas respostas, nos resta aguardar.