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Endurance tratado a sério!
Le Mans e Pink Floyd
Baterista competiu com um Lola T297. (Foto: ACO)

Competir em Le Mans não é apenas desejo de pilotos profissionais. Gentleman Drives e celebridades acabaram rendendo-se aos encantos da prova que dura 24 horas. Exemplos não faltam: Patrick Dempsey, Paul Newman e Steve Mcqueen, que em diversas cenas do filme Le Mans, não quis a participação de dublês e ele mesmo realizou as tomadas com o Porsche 917. 

Com Nick Mason, baterista do Pink Floyd, não foi diferente. Em uma época que vontade não tinha tanto haver com toneladas de dinheiro, Mason conseguiu recursos para disputar a prova.  Seu pai, o documentarista Bill Mason, era próximo de Sammy Davis, jornalista britânico e piloto que corria pela Bentley, e foi ali que a paixão começou. 

Sammy e Dr. Dudley Benjafield, venceram as 24 Horas de 1927. Como estava envolvido com o álbum “The Dark Side Of The Moon” de 1973,  teve que encontrar uma brecha na conturbada agenda da banda para poder correr. 

“Foi apenas na década de 1970, quando eu tinha dinheiro, graças à música, que fui capaz de me lançar. na competição. Todas as despesas pagas pelo disco. Comecei a correr com carros antigos, porque foi assim que meu pai começou, e parecia a melhor maneira para iniciar”, conta Mason. 

Antes de alinhar na prova, Mason, precisava resolver o lado legal da banda. “Na verdade, havia duas coisas”, diz. “Percebemos que deveríamos registrar “The Wall” no exterior e partimos por um ano no exílio fiscal. Ao mesmo tempo, Augustus Bertelli, proprietário da Aston Martin na década de 1930, morreu. Me pediram para levar minha Aston Martin Ulster para o funeral dele. Eu conheci Brian Joscelyne, que fazia parte da equipe Dorset Racing”.

Foi no funeral que Mason recebeu o convite de competir em Sarthe. “Ele me perguntou se eu gostaria de correr em Le Mans. Eu nunca tinha dirigido um carro de corrida, mas no final foi a melhor decisão que já tomei. Posteriormente, passamos a maior parte do tempo no estúdio, mas eu tinha um amigo, Simon de la Tour, que dirigia a Winfield Flying School, e eu treinei com ele. Eu dirigi muito e me senti cada vez mais confiante nas 24 horas”, comemora. 

Ferrari 512BB/LM de Steve O’Rourke. (Foto: Divulgação)

Ele conseguiu o índice de desempenho e alinhou um Lola T129 da equipe Dorset Racing Associates, ao lado de Brian Joscelyn, Tony Birchenhoug e Richard Jenvey. A equipe conquistou o segundo lugar do Grupo 6 para protótipos com motores de até 2 litros. Em 1980, Mason terminou em terceiro na classe. 

O ano de 1979 foi estrelado. Além de Mason, o comediante Paul Newman, conquistava o segundo lugar no geral com o Porsche 935 K3, da equipe Dick Barbour Racing. O ambição do baterista do Pink Floyd fez com que o agente da banda, Steve O’Rourke, participasse da prova com uma Ferrari 512BB/LM, da equipe alemã Beurlys. 

“Quando eu disse a Steve que iria correr as 24 horas, ele foi comigo ver o circuito”, diz Mason. “E ele disse: “quer saber, eu também farei!” Ele encontrou um acordo com a Stable Francorchamps e a Ferrari”. A dupla participação de Nick Mason e Steve O’Rourke foi no auge da banda. A dupla conseguiu conciliar a agenda de shows com a preparação para a corrida.  “Acho que eles provavelmente pensaram que éramos loucos, mas a abordagem do grupo para o que todos queriam fazer era muito relaxada”, revela Nick Mason. 

Em 1991, o guitarrista David Gilmour participou da Carrera Panamericana ao lado de Steve O’Rourke e Manson.  A corrida rendeu um documentaŕaio que teve como trilha sonora trechos de A Momentary Lapse Of Reason , álbum de 1987 do Pink Floyd.

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