Alessandro Zanardi poderia competir na temporada completa da IMSA

(Foto: BMW)

Os testes que o italiano Alessandro Zanardi realizou no início do mês no circuito de Miramas, no Sul da França, como preparação para as 24 Horas de Daytona do próximo ano foram produtivos.

Zanardi deu algumas voltas no M8 GTE adaptado, se sentindo bem dentro do carro. “Eu acho que fiz um enorme progresso durante este teste”, disse Zanardi. “Particularmente, quando você considera que as condições eram muito difíceis. Miramas não é um circuito fácil de qualquer maneira, e então tivemos a chuva para lidar também. Foi um desafio conhecer o carro nessas condições e, ao mesmo tempo, descobrir o que preciso para pilotá-lo. No entanto, foi um teste muito produtivo. Meu sentimento pelo carro melhorou o tempo todo e logo descobri o que preciso fazer com as mãos e como posso controlar as várias funções eletrônicas do carro. Estamos agora muito bem preparados para o próximo teste em Daytona. Eu tenho que dizer, o BMW M8 GTE é uma verdadeira beleza. Foi um privilégio para mim levá-lo para a pista e conduzi-lo por tantas voltas. ”

Com o bom andamento dos testes, a possibilidade do italiano competir na temporada inteira da IMSA, em um dos carros da equipe Rahal Letterman, não está descartada para o chefe da BMW Motorsports, Jens Marquardt. “Não precisa ser assim. O carro pode funcionar com as exigências especiais de Alex sem fazer qualquer diferença no desempenho”.

“Se não acreditássemos que Alex poderia atuar em alto nível, não seria um projeto a ser seguido.”

Zanardi competiu nas 24 Horas de SPA em 2015 com o BMW Z4 GT3 da ROAL Motorsports ao lado de Bruno Spengler e Timo Glock. No M8 GTE, os comandos especiais como acelerador e freio manual, são desconectados, assim que a troca de piloto é realizada.

O sistema permite que o italiano freie com a mão direita por meio de uma alavanca, que também tem um botão que reduz as marchas. A aceleração é feita por um anel ao redor do volante, que é equipado com as aletas tradicionais para “subir” as marchas.

Todo o sistema foi testado no BMW M6 GT3, antes da participação de Zanardi na DTM. Até o momento apenas Alexander Sims, está confirmado como piloto ao lado do italiano.

McLaren 720S GT3 pode competir na IMSA em 2019

(Foto: McLaren)

A McLaren pode ser o próximo fabricante a entrar no IMSA. De acordo com o diretor do fabricante inglês, Dan Walmsley, as chances do novo 720s GT3, estrear na classe GTD do campeonato de endurance americano são grandes.

O 570s GT4 estreou no Michelin Pilot Challenge em 2017, a versão GT3 deve estrear nas 12 horas da Gulf em Dezembro. Inicialmente programado para ser vendido para pequenos clientes, de acordo com Walmsley, nada impede do carro competir. “A categoria em si abriu as portas para os pequenos fabricantes”, disse Walmsley ao Sportscar365. “Estamos trabalhando muito de perto com os caras da IMSA nos últimos dois anos com nossas corridas de carros GT4 na categoria GS.”

“Do ponto de vista esportivo e também do ponto de vista do marketing automotivo, é o nosso maior mercado global de vendas de carros de rua, por isso é uma área fundamental para que possamos competir.”

“Embora não tenhamos nos comprometido com nada ainda, o IMSA é um lugar que realmente sentimos que podemos correr o carro e mostrar bem, então estamos trabalhando muito para isso.”

De acordo com a reportagem do site Sportscar365, equipes como a Flying Lizard Motorsports e a Compass Racing, seriam as primeiras a competir com o novo GT3. Essas informações não foram confirmadas pelo dirigente da McLaren. “É bem provável que tenhamos um carro de corrida na América do Norte”, disse ele. “Pelo menos um. Somos uma empresa ambiciosa. Queremos ter algumas boas corridas por lá, então a meta é mais do que uma e com parceiros competitivos.”

“Também observamos com interesse a evolução do Pirelli World Challenge no novo formato e estrutura com o SRO. Estamos observando com interesse e a América é um mercado chave para nós e esperamos nos sair muito bem em ambos os campeonatos”, finalizou.

 

 

 

Para evitar sustos, Toyota testa em Sebring

(Foto: Divulgação)

A próxima etapa do Mundial de Endurance acontece no circuito de Sebring, no dia 15 de março. O circuito é conhecido pelo asfalto irregular e inúmeros buracos. Para evitar imprevistos, a Toyota vai realizar um teste preparatório, antes da etapa do WEC.

Sebring foi a primeira etapa do Mundial de Endurance em 2012. Naquele ano a Toyota também estreava na competição, estreando apenas em Le Mans.

Em entrevista ao site Sportscar365.com, o diretor da Toyota, Pascal Vasselon, afirmou que quer “estudar” o circuito. “Não temos experiência com este carro em Sebring, então vamos lá para aprender um pouco sobre a pista”, disse Vasselon. “É muito semelhante a Portimão, por isso gostaríamos de confirmar esses dados e gostaríamos de ajustar o mais cedo possível no caso de encontrarmos algo especial, que tenhamos algum tempo para o resolver.”

“Vamos trazer alguns equipamentos e depois vamos deixá-los lá para reduzir um pouco o custo do teste. É sempre apertado e um pouco caro chegar a Sebring.”

Várias equipes já embarcaram seus carros para os EUA, enquanto a Toyota levou os dois TS050, para a base da equipe em Colônia, Alemanha. Antes de irem para o circuito americano, está marcada uma bateria de testes no circuito espanhol de Aragon, no dia 05 de fevereiro.

O dirigente destacou que a sessão será aberta, dando a oportunidade de outras equipes testarem junto. As regras do WEC determinam que um LMP1 possa testar 12 dias de forma aberta (com outras equipes) e três de forma privada.

Participantes das 24 Horas de Le Mans 2019 serão conhecidos em duas datas

(Foto: Divulgação WEC)

A ACO divulgou nesta quinta-feira, 29, que para a próxima edição das 24 Horas de Le Mans, válida pela temporada 2018/19, a lista de inscritos será divulgada em duas etapas.

A primeira lista com os 50 inscritos será anunciada no dia 11 de fevereiro. As 10 equipes reservas, serão conhecidas no dia 1º de março. De acordo com a entidade, a mudança se faz necessária por conta da super-temporada, que começou em maio em Spa-Francorchamps e termina no dia 16 de junho do próximo ano.

Inscrições de equipes que competem no Asian Le Mans Series, não serão conhecidas antes do término da temporada 2018/19, que encerra no circuito de Sepang no dia 24 de fevereiro. A série premiava até a temporada passada os campeões das classes LMP2, LMP2 Am, LMP3 e GT.

Convites também são distribuídos para os campeões do European Le Mans Series, Michelin Le Mans Cup e IMSA. O período de inscrição inicia no dia 20 de dezembro até 31 de janeiro.

Asian LMS pode ter duas gerações de LMP2 na próxima temporada

Jackie Chang DC Racing compete com as duas gerações do Oreca no WEC e no Asian LMS. (Foto: Divulgação)

A primeira etapa da temporada 2018/19 do Asian Le Mans Series aconteceu neste domingo, 24, no circuito de Xangai, na China. Um dos pontos que garantiram o sucesso do evento e principalmente a manutenção das equipes, e a aceitação de protótipos antigos na classe LMP2, como o Oreca 05 e Ligier JS P2.

Os modelos estiveram presentes tanto no European Le Mans Series como no Mundial de Endurance até 2016. Foram substituídos pelo Oreca 07 e Ligier JS P217 e utilizam obrigatoriamente um motor Gibson V8. A “novidade” vai estar presente na temporada 2019/20. A questão é se os antigos LMP2 serão elegíveis, ou se irão compartilhar a mesma pista. Para o diretor da série, Taesch Wahlen, é um ponto que mais cedo, ou mais tarde, seria posto na mesa.  

“Dissemos que na temporada 2019-20 nós introduziremos os carros de nova geração”, disse Taesch Wahlen ao Sportscar365. “A única coisa que ainda não decidimos é saber se introduzimos os carros novos e nos livramos dos antigos ou botamos os carros antigos em uma categoria Am.”

“Se quisermos crescer com os LMP2 na Ásia, em algum momento você tem que tomar uma decisão como esta.”

Mesmo que os dois modelos partilhem a mesma pista, os antigos LMP2 terão que passar por ajustes, pois são mais lentos que a atual geração. Equipes como a Jackie Chan DC Racing e a United Autosports, já dispõem de novos protótipos. “A tendência é, sim, todas as equipes gostariam de ver o carro de nova geração elegível e manter o antigo para o Am Trophy”, disse ele. “Não significa que isso vai acontecer, porque isso não significa que eles farão ou seus clientes decidiram fazê-lo.”

“É aqui que temos que ler nas entrelinhas e tomar a decisão correta.”

Mesmo que os carros novos estejam disponíveis, resta saber se equipes com recursos financeiros parcos, irão aceitar investir. “Não é apenas uma questão do que eles gostariam de fazer no melhor cenário”, disse ele. “As equipes têm clientes com orçamento para um carro de nova geração para competir no Asian LMS? Talvez eles tenham clientes para LMP3 e GT.”

“Então, você tem a questão da logística. Se introduzirmos o carro de nova geração, eles terão que transportar o frete após as 4 Horas de Portimão em outubro, o mesmo chassi para competir no Asian Le Mans em novembro.”

“Então, ele deve ser trazido de volta à Europa a tempo para manutenção, teste, renovação de pilotos e, em seguida, o prólogo para o ELMS.”

“Você tem que levar tudo isso em consideração, e o tempo que leva para transportar os contêineres de volta ou o frete aéreo. Não se trata apenas de saber se as equipes estão interessadas em ter o carro da nova geração elegível na Asian Le Mans Series. É a combinação de todos esses fatores.” Finalizou.

Spirit of Race vence em Xangai pelo Asian Le Mans Series

Fernando Alonso disputa as 24 Horas de Daytona de 2019 pela Wayne Taylor Racing

(Foto: Divulgação)

Fernando Alonso foi confirmado nesta segunda-feira, 26, como um dos pilotos da equipe Wayne Taylor Racing, que irão disputar as 24 Horas de Daytona em 2019. O espanhol vai dividir o Cadillac DPi com Kamui Kobayashi. As informações foram apuradas pelos site Sportscar365.com.

De acordo com as fontes ouvidas, Alonso e Kobayashi irão dividir o Cadillac #10 com Jordan Taylor e Renger van der Zande. Wayne Taylor, dono da equipe, afirmou que nenhum contrato foi fechado para o próximo ano, mesmo com o anúncio dos pilotos, esteja marcado para a próxima quarta-feira.

“Eu tenho cinco pilotos que estou trabalhando em contratos”, disse Taylor ao site Sportscar365. Alonso correu este ano em Daytona com o Ligier da equipe United Autosports, não tendo qualquer chance de brigar pela vitória, frente aos modelos DPi.

“Daytona é desafiador e da maneira como nos Estados Unidos, a maneira como eles correm com os carros de segurança e tentam manter a corrida perto até o último par até o final”, disse Alonso no início deste mês em Xangai. “Eu acho que é muito divertido de se fazer. É no meio de janeiro com o tempo em Miami na Flórida, então tem algumas coisas atraentes ”.

Kobayashi faria sua estréia na IMSA. A Wayne Taylor Racing foi a equipe que deu a primeira com um Cadillac DPi em 2017 com Ricky e Jordan Taylor, Max Angelelli e Jeff Gordon.

“Foi um final de semana perfeito para nós.” Comemora Pipo Derani sobre vitória em Xangai

(Foto: Divulgação)

 Pipo Derani continua sua bem-sucedida temporada no endurance. Neste domingo (dia 25), o piloto venceu as 4 Horas de Xangai, na China, primeira etapa do Asian Le Mans Series 2018-19. Derani recebeu a bandeira quadriculada 47 segundos à frente do segundo colocado, depois de uma vitória espetacular da equipe Spirit of Race Ligier LMP2.

Após a conquista da pole position, Derani – ao lado dos companheiros Alexander West (Sue) e Come Ledogar (Fra) – lutou para se recuperar de um toque logo no início da disputa e vencer a corrida.

West envolveu-se num toque com o rival Phil Hanson, da United Autorsport, na curva 1 e rodou, caindo para o final do pelotão.

Após excelentes stints de West e Ledoger e a sorte após a entrada de um safety car, Derani conseguiu voltar a brigar pela ponta.

O brasileiro conseguiu abrir uma boa vantagem para o ex-piloto de F-1 Paul di Resta e, quando o piloto da United Autosport precisou fazer um pit stop perto do final da corrida, Derani estava sozinho na frente para conquistar outra grande vitória em 2018.

“Estávamos atrás no início da corrida, então tivemos um pouco de sorte com o safety car, que nos colocou novamente na disputa. Mas aproveitamos as oportunidades ao máximo e conseguimos a vitória”, comemorou Derani.

“Foi um final de semana perfeito para nós. Lideramos os treinos livres, conquistamos a pole e agora a vitória. Gostaria de agradecer ao Alexander, ao Come e a toda equipe Spirit of Race por estes dias memoráveis na China”, continuou o brasileiro de 25 anos.

“Estou ansioso para voltar a correr com os meus companheiros. Tenho certeza de que formamos uma grande equipe e poderemos lutar por bons resultados nos próximos meses”, completou.

A próxima etapa da temporada do Asian Le Mans Series será nos dias 8 e 9 de dezembro, em Fuji (Jap).

Spirit of Race vence em Xangai pelo Asian Le Mans Series

Spirit of Race vence em Xangai pelo Asian Le Mans Series

Equipe realizou uma prova de recuperação, após rodar na primeira volta. (Foto: Divulgação)

Pipo Derani, Alexander West e Come Ledogar venceram a primeira etapa do Asian Le Mans Series disputada neste domingo, 25, em Xangai, na China. O trio pilotou o Ligier JS P2 #8 da equipe Spirit of Race.

Tudo parece ter ido por terra quando na primeira curva após a largada, Alexandre West perdeu o controle do Ligier e rodou. Realizando uma prova de recuperação, e equipe conseguiu galgar posições, muito pela pilotagem agressiva do brasileiro Pipo Derani, para vencer com uma vantagem de uma volta para o Ligier #22 da equipe United Autosports dos pilotos Philip Hanson e Paul di Resta.

Andrea Pizzitola assumiu a liderança da prova, com o Ligier #24 da equipe Algerve Pro Racing, o que não durou muito. O protótipo teve que abandonar na primeira hora da prova, com problemas mecânicos.

Único Oreca 05 na prova, o #1 da equipe Jackie Chang DC Racing X Jota dos pilotos Jazeman Jaafar, Nabil Jeffri e Weiron Tan liderava, quando depois de um pit stop, perdeu uma das rodas traseiras. Também abandonou.

Com pouco mais de duas horas de prova, Derani assumiu o volante do #8 quando o LMP2 estava ocupando a terceira posição. Como é característico do brasileiro, foi diminuindo a diferença pouco a pouco, superando os dois carros da United Autosports.

Derani cruzou a linha com uma diferença de 1:47.019 para o #22. O terceiro lugar ficou com o #23 também da United Autosports dos pilotos Guy Cosmo, Patrick Byme e Salih Yoluc. Na quarta e quinta posições chegaram os Ligier #4 da ARC Bratislava e #25 da Algarve Pro Racing respectivamente. O #4 dos pilotos Miro Konopka, Ling Kang e Darren Burke, conquistaram o troféu LMP2 AmTrophy, destinado a equipes amadoras que competem na classe principal.

Na classe LMP3, a Inter Europol Competition venceu com os pilotos Jakub Smiechowski e Martin Hippe. A vantagem para o #2 da equipe United Autosports dos pilotos Garett Grist e Wayme Boyd foi de pouco mais de 47 segundos. Completando o pódio na classe o #36 da Eurasia Motorsports dos pilotos nobuya Yamanaka e Aidan Read.

Ferrari vence na classe GT

Ferrari da Car Guy Racing vence na classe GT. (Foto: Divulgação)

Pilotos de renome lutaram pela vitória na classe GT. A CarGuy Racing venceu com a 488 GT3 dos pilotos Takashi Kimura, Kei Cozzolino e James Calado. O brasileiro Oswaldo Negri Júnior chegou em segundo com a Ferrari #51 da Spirit Of Race, dividindo o carro Alessandro Pier Guidi e Francesco Piovanetti.

Calado cruzou a linha com uma diferença de dois minutos à frente de, Pier Guidi, que chegou com uma volta de vantagem para o Aston Martin #5 da TF Sports dos pilotos Johnny Mowlem e Bonamy Grimes.

O Audi da equipe Tianshi Racing Team liderou a classe, até abandonar depois que pegou fogo durante o pitstop. Benny Simonsen e Phillipe Descombes, da Modena Motorsports, ganharam conquistaram a vitória no Porsche Endurance para as equipes que competem com o modelo 911 GT3 Cup.

A próxima etapa acontece no circuito de Fuji, no Japão entre os dias 7 a 9 de dezembro.

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Lico e Zonta conquistam o título da Porsche Cup Endurance

(Foto: Lucas Bassani)

A Porsche Cup Império terminou no fim da tarde de sábado em Interlagos com uma emocionante prova de 500 km. As vitórias ficaram com a dupla da Hero composta por Nonô Figueiredo/Gaetano di Mauro na classe 4.0 e Dennis Dirani/Matheus Coletta na 3.8. Os campeões de endurance foram os quartos colocados na corrida final: os paranaenses Lico Kaesemodel e Ricardo Zonta conquistaram o primeiro título da história da Shell com carros de corrida no Brasil, na classe 4.0, enquanto Chico Horta venceu com William Freire o campeonato na 3.8.

A jornada final decidiu também os campeonatos overall -que somam os pontos das três provas de endurance com os conquistados nas seis etapas de sprint. Lico Kaesemodel foi o campeão na 4.0, Sylvio de Barros na 4.0 Sport, Pedro Aguiar na 3.8 e Chico Horta na 3.8 Sport. Campeão também de sprint na GT3 Cup 3.8, Horta é o primeiro piloto da história da Porsche Cup Império a gabaritar o ano, conquistando os três títulos em jogo numa mesma temporada.

Desde a largada ficou claro que a prova prevista para até 4h30min de duração ou 117 voltas teria praticamente o ritmo de uma disputa de sprint. Os carros #4 e #27 (da equipe Hero), #177 e #777 (da Cimed Racing), #5 (Michelin) e #8 (RCHLO) começaram muito forte. Mas as duplas Miguel Paludo-Justin Allgaier (com o #7 da Brandt) e o #63 de Lico/Zonta cresceram muito durante a prova.

Com a constante ameaça de chuva -que chegou a cair com pouca intensidade pelo meio da corrida-, os carros logo partiram para estratégias diversas. Assim as alternâncias na liderança foram muitas, inclusive com carros da classe 3.8 figurando na liderança geral em mais de uma ocasião. Foram dez carros diferentes liderando ao longo da tarde, com 20 trocas do ponteiro durante as 117 voltas.

Nas classes Sport o panorama foi similar e, no fim do dia, prevaleceram Rodolfo Toni/Danilo Dirani na 4.0 e o trio Paulo Totaro, Renan Guerra e Arthur Ramos na 3.8. Os títulos de endurance nas classes de entrada ficaram com Luca Seripieri (4.0) e a dupla Maurizio e Marco Billi (3.8).

A corrida

(Foto: Lucas Bassani)

Na largada, Nonô Figueiredo manteve a liderança, mas de imediato sofreu o ataque de Felipe Fraga, que logo assumiu a liderança. Após ter sido ultrapassado por Felipe Fraga, Nonô Figueiredo perdeu rendimento e também foi superado por Ricardo Baptista, Marcos Gomes, Nelsinho Piquet e Werner Neugebauer. Enquanto isso, Fraga começou a abrir na ponta.

Na quinta volta, Gomes passou Baptista, que ficou mais para Piquet. Este, no entanto, teve um contato com Werner, e o carro ficou dianteiro, o que o fez perder dois postos, para o próprio Neugebauer e Nonô.

Já na 3.8, Renan Guerra começou bem a prova e conseguiu colocar dois carros da categoria 4.0 entre ele e Dennis Dirani, o que o protegia na liderança da categoria. Porém, Dirani conseguiu se livrar do tráfego e colou no líder, trazendo com ele Guilherme Salas.

Na volta 14, Gomes e Fraga ficaram grudados numa briga de companheiros da equipe Cimed Racing pela liderança, enquanto Nelsinho entrou nos boxes. Logo depois, outros pilotos fizeram a primeira parada obrigatória, e Baptista pegou a ponta. A liderança também mudou de mãos na 3.8 depois que Guerra foi aos boxes e Dirani seguiu na pista.

Após o pit stop, houve inversão de posições entre os carros da Cimed, com o #777, de Gomes e Murilo Coletta ficando à frente do #177, de Fraga e Marcel Coletta. Outros pilotos permaneciam na pista com estratégias diferentes, e na 20ª volta Neugebauer liderava, seguido por Nonô Figueiredo, Vitor Baptista, Lico Kaesemodel e Rouman Ziemkievicz.

Depois de 25 voltas, Vitor Baptista seguia na pista, na liderança, e o segundo colocado no geral era o #277, de Dennis Dirani, que também esticava sua janela e liderava na 3.8. Outros carros que adiaram o primeiro pit stop foram o #10, de Adalberto Baptista, o #71, de Guilherme Salas, e o #85, de Enzo Bortoleto. Após os pits de Vitor e Dirani, Adalberto assumiu a ponta, mas já foi acossado por Gomes e ambos tiveram um contato, com Marquinhos recuperando a liderança.

Adalberto Baptista e Guilherme Salas levaram seus carros adiante no primeiro stint antes do pit stop até depois da 30ª volta, e finalmente pararam no 33º e 32º giro, respectivamente. Com uma hora de corrida, alguns pingos de chuva caíam na parte de trás do autódromo de Interlagos, com muito vento, mas a água só caiu com força em uma volta, e a pista não chegou a molhar totalmente. Mesmo assim, com a pista traiçoeira, Cacá Bueno fez bela ultrapassagem sobre Werner Neugebauer.

Marcos Gomes recuperou a liderança quando Adalberto Baptista fez a primeira parada, mas a ponta durou apenas quatro voltas, e ele voltou aos boxes para o segundo pit stop. Com isso, Gaetano di Mauro, Cacá Bueno, Werner Neugebauer e Ricardo Zonta ficaram nas quatro primeiras colocações.

Com 40 voltas, um pouco mais de um terço de corrida, Di Mauro era o líder, à frente de Zonta, Pedro Queirolo, Danilo Dirani e Miguel Paludo. Na 3.8, Kreis Jr. liderava com o carro #71. Neste momento, Werner Neugebauer finalmente deixou o carro, pouco depois de um contato com Sylvio de Barros. Logo depois, a parceria de Sylvio e Cacá Bueno foi punida porque seu pit stop durou 5m59s595, 0s4 a menos do que o obrigatório. Com o incidente, o carro #8 de Neugebauer e Sérgio Jimenez perdeu rendimento, precisando de uma parada extra nos pits e, a seguir, uma penalização de drive-thru. Acabava ali a chance do carro da RCHLO conquistar a trinca, com os títulos de sprint, endurance e overall.

Pouco antes de 50 voltas, Gaetano, Zonta e Queirolo entraram para mais um pit stop, e Kreis Jr. passou à ponta no geral pois seguia com apenas uma parada. Com isso, na prática a dobradinha da Cimed foi restabelecida, com Murilo Coletta à frente de Marcel Coletta, com Lucas di Grassi encostando nos dois. Pouco depois, o carro #27 de Lucas assumiu a ponta, seguido por Nonô, Kaesemodel, Fernando Fortes e Nelsinho Piquet. Neste cenário, a disputa pelo campeonato de endurance favorecia Ricardo Baptista sobre a dupla da Shell.

Dez giros depois, Nonô Figueiredo liderava e entrou para o terceiro pit stop, seguido por Kaesemodel e Piquet, estes com duas paradas ainda. Na 3.8, Kreis Jr. e Pedrinho Aguiar lideravam sobre Chico Horta e William Freire. Na volta 70, Lico liderava à frente de Nelsinho, que logo depois fez a terceira parada.

Na 80ª volta, Kreis Jr. e Pedrinho Aguiar seguiam na ponta mesmo nos boxes, já que fizeram um stint muito longo. Gaetano di Mauro vinha em segundo, enquanto Murilo Coletta, Ricardo Zonta e Justin Allgaier fechavam o top5. Na briga pelo título, seguiam os carros #63 e #27, que tinha uma parada a mais já realizada.

A última rodada de pit stops foi muito movimentada, com o carro #177 com Felipe Fraga traseirando na frente de Lucas di Grassi. No entanto, Fraga saiu dos boxes 0s088 abaixo do tempo mínimo de seis minutos e foi punido com o acréscimo de 12 segundos ao tempo de prova. Di Grassi tampouco teve sorte, com problema no carro forçando a tripulação do #27 a recorrer ao carro reserva. Com 98 voltas, a liderança era de Zonta, seguido por Paludo e Nelsinho. Na 3.8, Menossi e Bortoleto lideravam.

Na centésima volta, Zonta seguia na liderança, com Paludo parado nos boxes em segundo e Piquet em terceiro. Na 3.8, Menossi mantinha o primeiro lugar à frente de Dennis Dirani e Pedrinho Aguiar. Enquanto isso, Bruno Baptista ia com o carro reserva depois do problema de Di Grassi.

Zonta e Nelsinho finalmente fizeram a última parada no fim das voltas 105 e 104, respectivamente, o que deu a liderança a Fraga, com Gaetano colado nele. Na volta 106, Di Mauro atacou Felipe na Junção e fez belíssima ultrapassagem invertendo o traçado. Ao mesmo tempo, Zonta saía dos boxes com pneus novos, em quarto lugar, atrás de Marcos Gomes, com Miguel Paludo e Nelsinho Piquet na mesma volta, atrás.

Na liderança, Gaetano passou a abrir com facilidade sobre Fraga, que ficou para trás com desgaste de pneus. Gomes não conseguiu mais atacar o companheiro de equipe. Enquanto isso, Zonta, depois de ter dificuldades para ultrapassar o retardatário Bruno Baptista, fechou a prova em quarto para garantir o título da Porsche Império Cup Endurance Series na categoria 4.0.

Na 3.8, Matheus Coletta e Dennis Dirani venceram foram os vencedores, mesmo com problemas. Guilherme Salas, Kreis Jr. e Pedrinho Aguiar completaram a corrida em segundo, à frente de Matheus Iorio e Carlos Renaux, que escalaram o pelotão no fim. O título da temporada na Endurance Series ficou mesmo com Chico Horta e William Freire que cruzaram na quarta posição na 3.8 e na 18ª no geral.

 

 

Pipo Derani conquista pole em Xangai pelo Asian Le Mans Series

(Foto: Asian LMS)

O brasileiro Pipo Derani conquistou neste sábado (dia 24) a pole position para a etapa de abertura da temporada 2018/19 do Asian Le Mans Series no circuito internacional de Xangai, na China.

Derani registrou sua melhor volta em 1min55s476 no traçado de 5.451 milhas (aproximadamente 8,77 km), ficando quase quatro décimos de segundo à frente do segundo colocado.

Foi a primeira pole position do brasileiro na categoria para a equipe Spirit of Race. Derani vai dividir a pilotagem do Ligier JS P2 com os companheiros Come Ledoger (Fra) e Alexander West (Sue) nas 4 horas de disputa.

Treino classificatório Xangai Asian LMS

“Foi uma ótima volta e a equipe fez um trabalho muito bom”, comentou Derani. “Evoluímos o carro durante os treinos e só usamos um jogo de pneus no classificatório, então isso foi muito satisfatório”, continuou o brasileiro de 25 anos.

“A corrida terá 4 horas e muitas coisas podem acontecer, mas ao menos estamos começando da melhor posição possível”, finalizou Derani.

O brasileiro e seus companheiros na Spirit of Race enfrentarão fortes rivais na abertura da temporada neste domingo (25). As equipes Jackie Chan DC Racing, United Autorsport, Panis-Barthez Racing e Algarve Pro Racing serão algumas das “ameaças” durante o evento.

A prova está prevista para começar as 9h30 (horário local), ainda 23h30 deste sábado no Brasil. A corrida pode ser acompanhada ao vivo no canal do Youtube do Asian Le Mans Series: https://youtu.be/H8tAx2wqkZI